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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO VEZ DO MESTRE DISFEMIA Por Anna Paola Maia da Gama e Silva Orientador Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves Rio de Janeiro 2004

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO VEZ DO MESTRE

DISFEMIA

Por

Anna Paola Maia da Gama e Silva

Orientador

Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves

Rio de Janeiro

2004

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO VEZ DO MESTRE

DISFEMIA

OBJETIVO:

Apresentação de Monografia à Universidade

Cândido Mendes como condição prévia para a

conclusão do curso de Pós-Graduação “Latu

Sensu” em Psicopedagogia Institucional.

Por: Anna Paola Maia da Gama e Silva

Rio de Janeiro

2004

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AGRADECIMENTOS

Seria impossível tentar enumerar as pessoas que

contribuíram direta ou indiretamente para a realização

deste trabalho, porém espero citar aqui aquelas que

repetidas vezes estiveram lado a lado durante a elaboração.

A minha mãe Irene, pela dedicação inesgotável e apoio

proporcionado, assim como responsável pela minha

formação como pessoa.

Ao meu paciente Rogger, pela colaboração e confiança em

mim depositada.

A todos os meus professores e a Deus, por ser Ele o meu

mestre em todos os momentos de minha vida.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia cujo tema é Disfemia ao meu pai

Hélcio Gama ( in memória ), responsável por todas as

realizações de minha vida.

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EPÍGRAFE

“Se um homem não sabe para que

porto se dirige, nenhum vento lhe /

será favorável.”

( Sêneca )

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RESUMO Durante muito tempo, os médicos da reeducação trabalharam sozinhos e construíram as técnicas da foniatria para os distúrbios da voz de fonoaudiologia para os distúrbios da fala e linguagem. A foniatria está ligada mais intimamente à laringologia, enquanto o domínio da fonoaudiologia, que se refere à fala e linguagem, se liga mais estreitamente à psicologia, à neurologia e, por outro lado à amálgama entre as disciplinas, o que implica em uma colaboração dos médicos. A evolução médica se fez cada vez mais em direção à especialização, em razão dos progressos realizados e da necessidade dos médicos em conhecer bem um domínio particular, a enfermidade motora cerebral. A necessidade de compreender melhor as leis da evolução do falar e a necessidade de aprender sua estrutura acústica teve por conseqüência o nascimento da fonética experimental. Os distúrbios de aquisição da linguagem são, inicialmente, os que dependem de um déficit de estimação auditiva: as surdezes; ou de execução práxica: a enfermidade motora cerebral; em seguida, as anomalias que não são, na realidade distúrbios de linguagem, mas são a conseqüência inevitável de um estado psicopatológico: o retardo intelectual, as psicoses. Certamente, os distúrbios de articulação são observados comumente também entre os distúrbios de aquisição da linguagem e as dificuldades práxicas são igualmente um elemento essencial dos distúrbios da fala da enfermidade cerebral. Devem ser considerados os distúrbios de expressão verbal: gagueira, pseudogagueira, que evidentemente, constituem um campo à parte. E é esta disfunção que será abordada a partir de agora.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada consistiu em pesquisa bibliográfica através de livros

didáticos e pesquisa em sites da Internet.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................9 CAPÍTULO I HISTÓRICO....................................................................................................................11 CAPÍTULO II DADOS IMPORTANTES DA PATOLOGIA...............................................................12 CAPÍTULO III TEORIAS........................................................................................................................17 CAPÍTULO IV O DISFÊMICO...............................................................................................................25 CAPÍTULO V TERAPIA.......................................................................................................................29 CAPÍTULO VI CONCLUSÃO...............................................................................................................32 ANEXOS........................................................................................................................33 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................47 ÍNDICE............................................................................................................................48

FOLHA DE AVALIAÇÃO.............................................................................................50

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INTRODUÇÃO

Desde séculos passados, a disfemia já está presente em nosso meio.

Na literatura antiga, alguns filósofos acreditavam que a disfemia teria por base

uma alteração do cérebro.

Recomendava-se, para isso, muitos exercícios de voz e de palavras.

Evitar efeitos de ira e a abstinência do amor, eram prescrições para o disfêmico.

Com a objetividade de trazer a “cura” da disfemia houveram muitas

experimentações.

Uma delas foi em 1841, com uma operação cirúrgica, que consistia na

extirpação de grandes pedaços da língua. Era feita sem anestesia, chegando a causar a

morte.

Com os resultados catastróficos, tal experimentação foi descartada como meio

de cura.

Philips, outro estudioso nessa questão, sugeriu seccionar o freio lingual,

acreditando fazer o sujeito não gaguejar.

Anos mais tarde, Velpeori constatou em estudos realizados que era impossível

curar alguém dessa forma.

Atualmente, depois de vários métodos utilizados, os profissionais que atuam na

área de reabilitação, especialmente de linguagem, chegaram a conclusão que a terapia

com exercícios articulatórios, psicomotores, bem como atividades que propiciem o

sujeito disfêmico trabalhar sua deficiência, são bem mais eficientes.

Devemos considerar que tais exercícios deverão ser adequados a faixa etária e a

necessidade de cada paciente.

Essa patologia e a terapêutica desenvolvida nesses pacientes nos despertaram

interesse pela sua complexidade e também por desenvolver um aspecto emocional.

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Pretendo, neste momento, analisar algumas dessas vertentes, dentro de um

enfoque psicopedagógico.

Nesse contexto é que se situa o problema que pretendo abordar: a disfemia.

Esta monografia pretende mostrar o perfil dos professores com relação aos seus

alunos disfêmicos nos dias atuais, onde vivemos em conturbada agitação que a

sociedade nos impõe.

Portanto, o objetivo do presente trabalho é mostrar aos educadores que uma

criança disfêmica, embora seja especial, pode progredir tanto ou mais que uma criança

não disfêmica e que devemos ter tato para lidar com elas, tratá-las com carinho,

procurando realçar seus esforços e nunca desapontá-la, principalmente perante os

outros, pois sua auto-estima cairá e quem sabe nunca mais poderá ser resgatada.

No Capítulo I apresento o Histórico da disfemia.

No capítulo II apresento, bem minuciosamente, Dados importantes da patologia.

No capítulo III apresento as Teorias da disfemia.

No capítulo IV apresento o disfêmico em seus diferentes ambientes.

No capítulo V apresento a terapia utilizada em pacientes disfêmicos.

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I- HISTÓRICO:

Entendemos por disfemia, um distúrbio da expressão verbal, que atinge principalmente

o ritmo da fala, um distúrbio funcional sem adulteração dos órgãos fonatórios; com a

presença constante de um interlocutor. A disfemia é em sua essência um distúrbio da

comunicação verbal.

Acreditamos que sua origem está basicamente nas dificuldades psicológicas, que

geralmente criam uma indisposição social extremamente importante.

Até os dias atuais, essa patologia ainda vem sendo um motivo de estudos e pesquisas

aos profissionais desta área.

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II- DADOS IMPORTANTES DA PATOLOGIA

2.1. Sintomatologia:

Desde o século passado, dois grandes estudiosos, Corres e Colombat, determinaram

dois tipos de disfemia: a disfemia coréica, ou repetição convulsiva de uma sílaba, e a

disfemia tetânica onde o sujeito era incapaz de iniciar a frase; emitir uma sílaba sozinha,

mesmo esforçando sua musculatura.

Posteriormente, é descrito o aspecto clínico da disfemia de evolução, que

obrigatoriamente passa por três fases. Vejamos:

h a disfemia clônica ou repetição de sílabas, quando o ritmo encontra-se

constantemente normal.

h a disfemia tônico-clônica na qual a elocução da frase diminui e depois acelera,

havendo repetição de sílabas de forma espasmódica, algumas vezes

acompanhada de sincinesias.

h a disfemia tônica com bloqueios na elocução da frase: o sujeito não emite som

algum, e depois acelera seu ritmo de fala (é nesse tipo de gagueira que

encontramos as sincinesias e os distúrbios respiratórios).

Algum tempo depois, os estudiosos E. Pichon e S. Borel Maisonny criticam

sutilmente esta separação rigorosa dos tipos de disfemia.

O ato de gaguejar, que constitui no vício de elocução pode variar de um dia, ou de uma

hora para outra; em contraposição, as sincinesias podem unir-se a disfluência pura.

Entretanto hoje, consideramos diferentes formas de gaguejar, embora a mais comum

seja a tônico-clônica já citada anteriormente.

Sabemos que cada sujeito tem sua maneira de gaguejar, essa maneira varia com as

situações diversas, vividas por ele.

O gago não gagueja ininterruptamente, há momentos de fluência normal. Mas de um

modo geral, o gaguejar tônico corresponde aos momentos de perturbação do sujeito.

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2.2. Distúrbios associados:

No ato de gaguejar é comum encontrarmos os distúrbios associados. Nos casos menos

graves, trata-se de movimentos de cabeça ou da face, dos braços ou dos pés que

acompanham os espasmos tônicos da fala (esses movimentos são as sincinesias).

Quando a gagueira torna-se mais eloqüente, esses movimentos tendem a surgirem ainda

mais importantes. Movimentos anormais da língua e dos maxilares, das sobrancelhas,

das pálpebras dentre outros.

Quando a criança quer falar, ela se enrijece, a laringe contrai-se e a voz sai fechada e,

algumas vezes mais aguda.

Observamos também distúrbios vasomotores (excesso de transpiração, palidez) e

dificuldades respiratórias.

Os bloqueios respiratórios, ocorrem no momento da elocução ou no decorrer da frase,

devido a uma inspiração forçada que obstrui sua fluência normal.

Algumas vezes o simples fato do desfêmico esforçar-se em prestar atenção a uma

pergunta, haverá uma parada respiratória antes mesmo da resposta.

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2.3. Como a gagueira se instala?

1- De um modo geral, os disfêmicos começam a gaguejar cedo.

Foram feitas pesquisas, nas quais obtivemos como resultados que o início da

gagueira se dá antes mesmo dos 6 anos.

Aos 3 anos o início da gagueira é mais freqüente. É nesta época que a criança

multiplica as frases e utiliza sua linguagem para trocas com outras pessoas.

É importante frisar no entanto, que nos casos de gagueira precoce 1 em cada

5 casos perdura.

Muitas crianças tem um período de gagueira que duram 1 a 2 anos

denominada, dentre outras nomenclaturas, de gagueira fisiológica (Weiss).

Portanto devemos atentar para não diagnosticarmos como DISFEMIA o

paciente que ainda se encontra no período de gagueira fisiológica.

2- Em pesquisa feita constatou-se que o início da gagueira se dá em média aos 5

ou 6 anos de idade. Isso acontece com a entrada na escola (no Ensino

Fundamental), quando a criança deixa o ambiente maternal para inserir-se

num meio menos protetor. Nesta fase de aprendizado social, é oferecido a

essas crianças situações de competições, onde ela ficará muito exposta. Em

sala de aula essa criança se limitará a responder, quando houver solicitações.

Percebemos que pode estar aí, a origem de tensões emocionais, às quais uma

criança inibida pode ser sensível.

Certamente, essa relação cronológica pode constituir uma etiologia da

disfemia.

Ela coloca em evidência a importância dos traumas emocionais no

desencadeamento da disfemia.

3- Finalmente, o início da disfemia poderá acontecer após uma emoção

súbita ou após um grande terror.

Achamos que a disfemia está ligada a alguma experiência traumática vivida

pela criança com predisposição emocional.

Contudo não se pode determinar o surgimento da disfemia, pois ela é possível

tanto em sujeitos que já vivenciaram situações traumáticas, acarretando na

disfemia, como também em sujeitos que não portaram disfemia na infância e

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jamais relataram terem passado por situações traumáticas, e no entanto

gaguejam.

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2.4. Etiologia

1% da população normal é de gagos de um modo geral. Levando em consideração que

alguns atravessam um período de gagueira intermitente e a maioria regride.

Quanto ao sexo, vimos que a porcentagem de pacientes disfêmicos é consideravelmente

maior nos meninos do que nas meninas. Os motivos são diversos e nenhum deles é

absolutamente convincente.

Como por exemplo, que a menina tem uma maior resistência aos fatores hereditários, ou

que as exigências dos pais é mais severa em relação aos meninos do que nas meninas.

Ou ainda, que a linguagem do menino acontece mais lentamente do que a das meninas.

Esta preponderância é constatada também em outras patologias, onde o índice

masculino é superior ao feminino.

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III- TEORIAS:

3.1. Teorias baseadas no sintoma:

Nesta devemos considerar a natureza do comportamento do gago.

Encontramos 3 pontos de vista:

I - Hipótese da ruptura

II - Desejos reprimidos

III - Luta antecipatória

I - Hipótese da ruptura:

Os adeptos desta teoria dizem que é efeito do stress, da pressão social e

emocional que leva a um mau ajustamento neuromuscular.

II - Desejos reprimidos:

Os que seguem essa teoria acreditam em:

h desejo infantil de gratificação oral frustrada.

h desejo inconsciente de satisfazer necessidades anais eróticas, uma vez

esse desejo frustrado se deslocaria para a boca.

h impulsos agressivos, que a pessoa gostaria de expressar e não consegue.

h desejo inconsciente de não falar.

Mas por que alguém desejaria se calar?

h Para não dizer coisas obscenas

h Para não dizer coisas que o façam sentir culpado

h Para não competir

h Para obter atenção

h Para isolar-se

h Para fugir do problema

II - Luta Antecipatória:

A teoria se baseia no fato que o sujeito gagueja, quando encontra-se em uma

situação de comunicação difícil.

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Algumas das alternativas propostas por alguns autores para a hipótese de

luta antecipatória são:

h preconceitos - falta de confiança em si.

h falhas no automatismo - a disfemia seria resultado das tentativas da

pessoa em exercer um controle sobre os processos automáticos da fala. Ele

criaria dificuldades para si mesmo, produzindo, voluntariamente, gestos da

fala em seqüência, quando deveria fazê-lo automaticamente.

h evitamento - tudo o que o disfêmico faz para não gaguejar, é o que

provoca a disfemia.

h conflito entre falar e evitar de falar: conflito baseado na crença de

impossibilidade de falar com fluência.

h planificação motora - quando o disfêmico pressente que haverá

dificuldade na emissão de certa palavra, ele prepara previamente os

músculos, criando uma tensão exagerada, resultando no bloqueio da palavra.

As alternativas propostas para a teoria da luta antecipatória são compatíveis,

completando-se.

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3.2. Teorias baseadas na etiologia:

Acredita-se na análise das condições em que tal comportamento surgiu pela primeira

vez.

I - Hipótese da ruptura:

1. Predisposição

Antigamente afirmavam ser as causas da gagueira, um susto, um tombo,

algum trauma entre outras coisas, mas devemos considerar que muitas

crianças levaram tombo, se assustaram ou até mesmo vivenciaram um

grande trauma e no entanto não ficaram gagas.

Por isso acreditamos na predisposição, que seriam a hereditariedade e as

pressões do meio.

Essa teoria não se manteve, porque uma criança predisposta a gaguejar,

se tiver um ambiente familiar satisfatório não irá gaguejar. Logo uma

criança sem essa predisposição pode tornar-se um paciente disfêmico,

caso o ambiente familiar não contribua.

2. Dominância manual contrariada

Acreditava-se que para falar fluentemente deveria haver perfeito

sincronismo entre os 2 hemisférios. Se um hemisfério não fosse

suficientemente dominante em relação ao outro, funcionariam de modo

independente, causando a quebra do sincronismo da fala.

Essa teoria não se manteve, principalmente porque crianças com

dominância manual contrariada não gaguejam. E mesmo revertendo a

dominância manual não se obteve fluência.

3. Bioquímica

Conceitua-se que a taxa de açúcar no sangue dos disfêmicos é mais

elevada que o normal, o que causaria uma miniconvulsão epilética, que

se refletiria na fala.

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Daí a grande quantidade de epiléticos disfêmicos e a raridade de

encontrarmos disfemia nos diabéticos.

Até os dias atuais, não houve comprovação alguma.

I I - Desejos reprimidos:

Os adeptos desta teoria acreditam que a criança que cresce entre os conflitos

neuróticos dos pais tendem a gaguejar.

Esses conflitos baseiam-se em:

h alimentação anormal do bebê

h ansiedade da mãe no treinamento de hábitos higiênicos

h repressão dos pais

h superproteção

h agressividade

I I I - Luta antecipatória:

Explicamos aqui como a criança idealiza o ato de falar, como algo difícil e

penoso.

1. Gagueira primária

A disfemia aparece na criança sob forma de repetições na fala.

Geralmente todas as crianças passam por um período de repetição que

Regina Vakubovicz chama de "gagueira primária"

Essas repetições desaparecem normalmente, a não ser que digam à

criança que ela está falando de maneira anormal.

Conselhos como: "Toma fôlego", "Acalme-se e fale", acabam

provocando uma grande tensão na criança.

A problemática que era inconsciente torna-se consciente.

2. Teoria diagnosogênica

Alguns pais diagnosticam precocemente as disfluências normais nesta

idade, como disfemia.

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Em conseqüência disto a criança absorve esse rótulo tornando-se um

disfêmico.

Johnson diz sabiamente que: "A gagueira não começa na boca das

crianças mas no ouvido dos pais".

3. Falha na comunicação

Concluiu-se que é considerado disfemia, a resposta da criança às regras

exigentes para uma comunicação "ideal".

O fato dos pais e professores fazerem cobranças neste sentido, faz a

criança acreditar que falar é difícil e complicado.

Essas crianças mais vulneráveis, são caracterizadas por serem geralmente

sensíveis, dependentes, ansiosas de aprovação e facilmente frustráveis.

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3.3. Teorias comprovadas cientificamente:

Originam-se de experiências laboratoriais feitas com animais. Seus adeptos creêm na

disfemia como um comportamento assimilado devido a estímulos variáveis e mantido

por reforços não identificados.

I - Evitamento Instrumental

Acredita-se na disfemia, como um comportamento assimilado por

condicionamento.

O organismo recebe um estímulo negativo e sua reação é dar uma resposta

negativa também.

Presume-se então, que se o disfêmico não se esforçasse tanto para não

gaguejar, ele provavelmente diria certas palavras com total fluência.

II - Aproximação - evitamento

Há quem veja a disfemia como resultado de 2 forças opostas: a vontade de

falar e a vontade de não falar.

Logo, sempre que o desejo de falar for superior ao desejo de não falar, haverá

fluência. Mas quando houver equilíbrio entre essas duas forças, a pessoa irá

gaguejar.

Segundo Sheehan: "São as ansiedades que impedem a fala e os fatores

inconscientes da personalidade que mantém o comportamento gago".

III - Condicionamento operante

Baseado no sistema behaviorista de Skinner esta teoria afirma que a resposta

pode ser aumentada ou diminuída de acordo com as conseqüências que o

reforço afeta no organismo.

Para Skinner o estímulo é secundário, e será sempre o reforço quem atuará no

comportamento; e este será mantido ou findado conforme a força, a qualidade

e a permanência do reforço dado.

IV - Teoria dos 2 fatores (condicionamento clássico e operante)

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Estudiosos conceituam a disfemia em 2 fatores: clássico e operante.

Os adeptos dessa teoria acreditam que a disfemia é uma interrupção na

fluência, que tem como resultado uma situação de stress, associada ao

estímulo da fala.

Se no momento da fala a criança deparar com situações estressantes, ocorrerá

uma reação negativa contribuindo para a disfluência.

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3.4. Teoria baseada na cibernética:

O termo cibernética vem para designar a ampla aplicação do sistema de controle

automático.

Relacionamos isto ao ato de falar, que é essencialmente automático, e exige

informações precisas do feedback para ser integrada.

O retorno do feedback ocorre por meio de vários canais, como ar, ossos, tecidos,

sistema sinestésico e sistema tátil. Essa situação propicia muitas distorções do sinal,

ocasionando uma fala fragmentado.

Em essência essa teoria diz que a criança se habitua a sons acústicos e fixa a seqüência

da fala, unindo o modelo interiorizado com aquele fornecido pelo adulto.

Diremos então que os distúrbios no feedback podem causar a disfemia. A distorção

poderá vir do sinal auditivo ou da competição entre a audição e o propiocepção ou pelo

excesso de carga no processo central de informações.

Achamos no entanto essa teoria muito empírica, necessitando de um maior

embasamento no setor neurológico, para determinar o que ocorre no cérebro, quando ao

invés de integrada a palavra sai fragmentada.

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IV- O DISFÊMICO

4.1. No dia a dia

O disfêmico não gagueja ininterruptamente, a disfemia vai aparecer dependendo das

circunstâncias vividas por ele.

É comum no disfêmico, ler em voz alta sem gaguejar, a não ser em casos mais graves,

onde até mesmo a leitura está comprometida. Pois o fato dele Ter diante de si um texto,

livra-o de sua ansiedade e reduz seu distúrbio.

Assim como a leitura em voz alta, a música e a conversa com animais também atenuam

o ato de gaguejar, pelos mesmos motivos já escritos anteriormente.

É no momento que o disfêmico tem necessidade de ordenar seu pensamento para

descrever ou construir uma narração improvisadamente que surgem as maiores

dificuldades.

Resumindo, as crises de gagueira ocorrem, principalmente nas situações que forçam a

criança responder inesperadamente ao interlocutor, mas assim que esse interlocutor se

manter um pouco mais distante, sua gagueira diminui ou até mesmo desaparece.

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4.2. Influência da família e da escola

I- Família

O primeiro interlocutor que a criança depara é a mãe.

Se essa mãe tiver uma postura constrangedora ou de ansiedade muito nítida

surgirão os primeiros episódios de gagueira.

É evidente que o comportamento do meio familiar é o que vai determinar

inicialmente o fato da criança gaguejar ou não.

Não seria possível descrever com precisão os diferentes tipos de

comportamento familiar, mas exemplificaremos alguns.

Uma família estável e unida, mas com intervenções autoritárias e inoportunas

em relação aos primeiros episódios de gagueira farão as dificuldades

expandir-se.

Em contraposição é preciso conscientizar os disfêmicos e orientá-los de

forma educativa para não progredir essas deficiências, uma vez que

encontram no ambiente familiar dificuldades insuperáveis.

II- Escola

Posteriormente, é na escola onde a disfemia sofrerá maior influência. Na fase

escolar inicial (educação pré-escolar) muitas crianças disfêmicas são também

portadores de deficiência de linguagem.

O que ocorre é que esse setor escolar pouco contribui em relação a disfemia,

uma vez que é um meio compreensivo e tolerante.

Mais tarde, com o ingresso no ensino fundamental (6 anos) e nos anos a

seguirem, é que surgirão os problemas.

Em alguns casos, pequenas gagueiras intermitentes, agravaram-se durante

este período da vida.

Diversos fatores intervêm nessa problemática. Desde professores

incompreensivos que ignoram as dificuldades da criança disfêmica, criando

sentimento de medo e frustração, até seus colegas (geralmente os maiores

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causadores) que fazem o disfêmico intimidar-se temendo gozações e

zombarias.

As conseqüências deste rótulo farão o disfêmico isolar-se e fazê-lo assumir

uma postura marginal.

Grande maioria dos professores, querendo evitar tal marginalização procuram

conscientizar as outras crianças que é necessário haver um clima

compreensivo e harmonioso com o disfêmico.

Em contrapartida, há professores que desconhecem a psicologia da criança

disfêmica, tomando determinadas atitudes que suscitam traumas emocionais

perpétuos.

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4.3. Como será o futuro da criança disfêmica?

A disfemia pode se agravar por situações cada vez mais diversas: tensão, medo e,

principalmente, temor de contato com pessoas causadoras de forte insegurança.

De uma maneira geral temos o disfêmico como um sujeito inseguro e extremamente

ansioso. Por isso o tratamento deverá ser iniciado o mais breve possível para que a

situação constrangedora pela qual passa esse paciente seja logo controlada.

Se as sessões transcorrerem satisfatoriamente e tiver sido estabelecido um

relacionamento bom entre o reeducador e o paciente, a tendência é desaparecer a

gagueira, pelo menos durante o período de atendimento, pois ali a criança estará

completamente livre de tensões e sem medo de "gaguejar".

Aos poucos, com o processo de terapias (é o que esperamos), a criança assumirá uma

postura de confiança e descontração no momento da fala. Para isso é fundamental um

bom trabalho por parte do fonoaudiólogo.

A partir da "cura" da disfemia, acredita-se que a criança atenderá aos padrões de

normalidade exigentes, ou seja, Ter uma fala fluente. É certo que eventualmente, por ele

passar por situações difíceis, torne a gaguejar mas não o tomaremos como um paciente

disfêmico.

É necessário após o processo de alta, a criança receber periodicamente apoio

psicológico, atentando sempre para o motivo que resultou a instalação dessa patologia.

Espera-se que haja total dedicação por parte da família a fim de que essa criança não

regrida às dificuldades apresentadas anteriormente.

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V- TERAPIA

5.1. Tratamento

Não existe um tratamento específico para os pacientes disfêmicos, e sim medidas que

serão adequadas a cada distúrbio.

É essencial que se estabeleça uma boa relação entre o reeducador e o paciente.

Da mesma forma que é possível o desaparecimento da gagueira em crianças pequenas; o

objetivo em outros casos é colocar o disfêmico contra sua própria problemática, a

gagueira, oferecendo-lhe meios que o faça controlar-se quando surgir a ameaça de

gaguejar.

Não há prazo predeterminado para o tratamento, ele transcorrerá de acordo com os

estímulos proporcionados pelo reeducador e com as respostas fornecidas pelo paciente.

É aconselhável, na maioria dos casos, um acompanhamento psicológico considerando

que, muitas vezes, essa patologia tem como base um fundo absolutamente emocional.

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5.2. A Fonoaudiologia

A Fonoaudiologia vai agir lançando mão de técnicas dirigidas, que vão atuar

diretamente contra os distúrbios de fala e linguagem.

A reeducação da fala consiste na educação da elocução verbal, ritmo, entonação, pausa,

sinergia com os movimentos respiratórios.

Dentre outros, o método "fisiológico" propõe que o disfêmico libere-se de seu ritmo

incorreto e incorpore um ritmo pessoal e espontâneo. Iniciamos com exercícios

respiratórios, seguido de exercícios de fonação e articulação e chegando, finalmente, à

conversação.

Geralmente na pequena infância, alguns disfêmicos são portadores de problemas de

linguagem, aparecendo como imaturidade lingüística. Em casos assim, a melhor forma

de tratamento é a aquisição de uma linguagem normal, que em decorrência do atraso

nessa elaboração, começam a gaguejar.

Existem também as técnicas psicomotoras, que são muito utilizadas em pacientes com a

patologia em questão. Essa técnica vai atuar no disfêmico com o objetivo de evoluir

uma coordenação motora insuficiente, que muitas vezes pode estar relacionada com a

imaturidade lingüística.

Uma das técnicas psicomotoras de maior importância no tratamento do disfêmico é o

relaxamento. Essa atividade consta de uma descontração sistemática e também liberação

de tensões psicológicas favorecendo um clima livre e sem constrangimento.

O relaxamento também acontece como uma forma de descondicionamento, por isso

ocupa um lugar tão importante no tratamento do disfêmico.

Entretanto sabemos que o relaxamento, principalmente no tratamento com crianças, não

é por si só eficaz.

Ele vai ocorrer como auxílio associado a outros métodos terapêuticos. Em alguns casos,

só após o paciente sair do período de bloqueio intenso, transcorre a aceitação dessa

técnica.

Não podemos desconsiderar como fonoaudiólogos tratando de uma patologia tão ligada

ao emocional, a técnica psicoterapêutica. Ela auxilia os pacientes com

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comprometimento de comportamento de natureza neurótica e vai interagir, buscando a

redução desses distúrbios.

No que se refere às crianças disfêmicas, a psicoterapia vai ocorrer em forma de jogos

cênicos ou pedagógicos.

Basicamente todos os métodos associam a educação direta da fala, a ação psicoterápica

e relaxamento.

Associamos a psicoterapia a procedimentos fonoaudiológicos, logorritmicos e

educativos.

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CONCLUSÃO

Podemos perceber ao término desse trabalho que é impossível ver o paciente disfêmico

como simplesmente alguém que não tem uma fala fluente.

Devemos observá-lo como um todo, fazendo a união corporalmente.

Notamos também que não podemos seguir rigorosamente um critério único para uma

sessão terapêutica.

Ela será flexível, visando não só o objetivo que se pretende alcançar, sem deixar de

lado, em nenhum momento, o interesse do paciente que é o "centro da terapia".

Sabemos que na maioria dos casos de disfemia, o fonoaudiológo não atua sozinho. Por

essa ser uma patologia de grande envolvimento emocional, seria aconselhável um

trabalho paralelo de psicoterapia.

Por fim, constatamos baseados em estudos realizados que por trás de todo o tratamento,

existe um transtorno e um não acabamento da linguagem denominado

linguoespeculativo.

Esse transtorno na comunicação, é como um transtorno da linguagem interior, que se

manifesta em plano oral, por uma dificuldade expressiva.

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ANEXOS

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ÍNDICE DOS ANEXOS

ANEXO I ANAMNESE................................................................................................................35 ANEXO II EXAME DE DISFEMIA.............................................................................................42 ANEXO III PLANO DE TRABALHO...........................................................................................44 ANEXO IV TESTAGENS...............................................................................................................45

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ANAMNESE

I - Identificação:

Nome ____________________________________ Nº Inscr. ____________

Data nasc. ____/____/____ Idade ______________

Nacionalidade ________ Naturalidade ________ Sexo ______________

Cor ________________ Filiação _________________________________

Residência _______________________________ Tel ________________

- Motivo da consulta: ___________________________________________

- Problema apresentado: ________________________________________

- Aparecimento do problema: ____________________________________

- Tratamento anterior: __________________________________________

- Quem encaminhou ao centro: __________________________________

II - Antecedentes Pessoais:

(1) Ordem de Nascimento : _______________________________________

- Se é filho único, primogênito, 2º, 3º etc...

(2) Concepção:

- Posição na ordem das gestações _______________________________

- Abortos naturais _____________________________________________

- Abortos provocados __________________________________________

- Natimortos _________________________________________________

- Filhos mortos (causas mortis e idade) ____________________________

(3) Gestação:

- Quanto tempo após o casamento _______________________________

- Idade dos pais ______________________________________________

- Gravidez desejada? __________________________________________

- Enjôo? Quanto tempo? _______________________________________

- Condições psicológicas durante a gravidez ________________________

- Tratamento pré- natal? ________________________________________

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- Preparação para parto sem dor? _______________________________

- Fez exames de sangue? _____________________________________

- Tirou radiografias? __________________________________________

- Fez transfusão de sangue durante a gravidez? _____________________

- Levou algum tombo? _________________________________________

- Doença durante a gravidez? ___________________________________

- Fator RH: Pai __________ Mãe ___________

(4) Condições de nascimento:

- Local: ( ) Casa ( ) Maternidade _______________________

- Desenv. do Parto: Duração _______ Fórceps _______ Cesária ________

- Descr. do Parto: Duração ______ A termo _______ Prematuro ________

- Condições da Criança: Peso ________ Altura _________

- Incubadeira? _______ Quanto tempo? _________ Choro? _________

(5) Alimentação:

- Seio? _______ Até quando? __________ Reação __________________

- Mamadeira? ________ Até quando? _________ Reação ____________

Tipo de bico ______________________

- Atitude do desmame: Seio __________ Mamadeira _________________

- Alimentação atual (tipo, horário, apetite, posição, mastigação) _________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

- Hábitos alimentares: __________________________________________

(6) Desenvolvimento Psicomotor:

- Sustentar a cabeça __________________________________________

- Sentar (idade) _____________________

- Engatinhar (idade) _____________ Forma de engatinhar ____________

- Ficar de pé (idade) _________________________

- Andar (idade) _____________________________

- Dominância manual ________________________

- Houve influência familiar? ___________________

- Apresenta alguma dificuldade? _______________ Qual? ____________

(7) Desenvolvimento da Linguagem Verbal:

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- 1º balbucios (idade) __________________________

- 1º palavras (idade) ___________________________

- 1º frases (idade) _____________________________

- Falou corretamente? _________________________

- Gagueira? ___________________ Quando? ____________________

- Apresenta algum problema de voz? ____________ Tipo _____________

- Em casa só falam o português? _______________________________

- Apresenta alguma dificuldade? _____________ Qual? _____________

(8) Dentição:

- Aparecimento dos 1os dentes __________________________________

- Condições atuais ___________________________________________

- Oclusão __________________________________________________

(9) Controle dos Esfincteres:

- Idade de aquisição dos controles: Anal _________ Vasical ___________

- Apresentou alguma dificuldade?_______________ Qual? ____________

- Enurese noturna? ___________ Até quando? _____________________

Se ainda apresenta, de que maneira é encarada pelo Pr e pela família?

_____________________________________________________________

(10) Independência:

- Come, se veste, toma banho sozinho? ___________________________

(11) Sono:

- Calmo? __________________ Agitado? _________________________

- Alterações (sonambulismo, pesadelo etc...) _______________________

- Dorme em cama individual? ____________________________________

- Dorme sozinho ou com alguém no quarto? ________________________

- Até quando dormiu no quarto dos pais? __________________________

Qual a atitude tomada para separá-lo? ______________________________

Reação ______________________________________________________

- Hábitos especiais (presença de alguém, brinquedos, embab etc) _______

- Horário ____________________________________________________

(12) Hábitos:

- Chupeta ___________________________________________________

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- Chupar dedos ________________ Idade de aquisição _______________

- Onicofagia ___________________ Outros hábitos__________________

- Atitude da família diante dos hábitos _____________________________

(13) Tiques:

- Descrição __________________ Idade de aquisição _______________

- Atitude da família ____________________________________________

(14) Sexualidade:

- Curiosidade sexual? _____________ Atitude dos pais _______________

- Masturbação? __________________ Atitude dos pais _______________

- Educação Sexual? ______________ Por quem? ___________________

(15) Escolaridade:

- Idade de ingresso ____________________________________________

- Tipo de curso _______________________________________________

- Preparação para a escrita _____________________________________

- Reação do Pr _______________________________________________

- Método de Alfabetização ______________________________________

- Repetição e dificuldades ______________________________________

- Escola, série, turno atual ______________________________________

- Atividades extra-curriculares (prof. particular, cursos etc...) ___________

_____________________________________________________________

- Horário e método de estudo em casa ____________________________

_____________________________________________________________

(16) Sociabilidade:

- Tem companheiros? __________________________________________

- Prefere brincar sozinho? _____________ Ou em grupo? _____________

- Adapta-se facilmente ao meio? _________________________________

- Brincadeiras preferidas _______________________________________

- Pr em relação ao Grupo familiar ________________________________

" da vizinhança ___________________________

" da escola ______________________________

(17) Humor Habitual:

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- Alegre, turbulento, apático, autoritário, agressivo, chorão, carinhoso, comunicativo.

__________________________________________________

- Pessoa a quem demonstra maior apego __________________________

(18) Punição:

- Tipo de punição aplicada ______________________________________

- Reação ____________________________________________________

- Acata melhor a autoridade de quem? ____________________________

(19) Antecedentes patológicos:

- Enfermidades comuns à infância (idade, reação)

- Convulsões ________________________________________________

- Desmaios _________________________________________________

- Queda e traumatismos _______________________________________

- Cirurgias __________________________________________________

- Vacinas ___________________________________________________

- Outras enfermidades (alergias) _________________________________

III - Ambiente Familiar e Social:

(1) Pais:

- Identificação - Nome __________________________________________

__________________________________________

Idade (mãe) _____________________ (pai) _______________________

Natural _______________________________________________________

Escolaridade __________________________________________________

Profissão _____________________________________________________

Local de Trabalho ______________________________________________

- Vivem juntos _______________________________________________

- Tempo de casamento ou união _________________________________

(2) Irmãos:

- Identificação ________________________________________________

- Se são do mesmo casamento ou união ___________________________

- Se moram juntos ____________________________________________

- Se apresentam algum problema ________________________________

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(3) Demais Residentes:

- Identificação ________________________________________________

- Relação ___________________________________________________

- Se apresentam algum problema ________________________________

(4) Antecedentes Patológicos Familiares:

Doenças dos pais, avós e irmãos

- Se algum dos genitores é falecido, de que faleceu __________________

- Enfermidades que se repetem na família; alcoolismo, doenças nervosas, epilepsia,

suicídios, perversões ____________________________________

- Doenças fora do comum ______________________________________

- Problemas iguais ao Pr _______________________________________

(5) Ambiente Familiar:

- Característica efetiva dos pais e demais residentes

- Relações dos membros da família entre si:

h entre os pais _________________________________________________

h entre os irmãos e Pr ___________________________________________

h entre o pai e mãe _____________________________________________

h entre os irmãos _______________________________________________

h entre os pais e demais filhos ____________________________________

h entre a família e demais residentes _______________________________

(6) Aceitação do problema

- Como é encarado o problema do Pr:

h pelos pais ___________________________________________________

h pelos irmãos _________________________________________________

h pelos demais residentes _______________________________________

(7) Situação Econômica e Cultural:

- Nível Cultural _______________________________________________

- Nível Econômico confortável, equilibrado, baixo

h se é o pai que sustenta a família _________________________________

h outras pessoas que contribuem para a receita familiar ________________

(8) Atividade de lazer:

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- Atividades que a família desenvolve em horas de lazer ______________

- Se há atendimento às preferências do Pr em relação aos outros irmãos

_____________________________________________________________

- Como reage o Pr a essas atividades _____________________________

(9) Situação Habitacional:

- Casa, Apartamento, Barraco, Cômodo

- Próprio ou alugado

- Número de cômodos

Obs. Durante a execução da anamnese, relatada pelo responsável, atentar

principalmente aos dados referentes à conduta emocional do paciente. Tais como:

h relacionamento (com família e escola)

h punição aplicada

h escolaridade

Rio de Janeiro, _______ de _______________________ de 20______.

Ass. _____________________________________________________

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EXAME DE DISFEMIA

1º - Linguagem Espontânea:

Narração Descrição Conversação

Construção de frase

Coordenação da exposição

Lógica da exposição

Bloqueios

Repetições

Agregações

Escapes de ar

Outros defeitos articulatórios

2º - Exame da frase e da palavra repetida

3º - Repetições oral e mental de série de palavras e frases

(técnica de Chesni e Rocher)

Prova I - ....................................................................................................................

....................................................................................................................................

....................................................................................................................................

....................................................................................................................................

Prova II - ...................................................................................................................

....................................................................................................................................

....................................................................................................................................

....................................................................................................................................

Prova III - ..................................................................................................................

...................................................................................................................................

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....................................................................................................................................

....................................................................................................................................

4º - Linguagem Lida:

1º- sem conteúdo afetivo-emocional

hvoz alta

hvoz baixa

hvoz cochichada

2º- conteúdo afetivo-emocional

5º - Linguagem Escrita:

hComposição

hCópia

hDitado

6º - Linguagem Cantada:

7º - Cálculos Matemáticos:

Impressão diagnostica:

Orientação:

Data: ______________________________

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PLANO DE TRABALHO PLANO DE TRABALHO ESPECÍFICO

Nome: R.S.B

Data de Nascimento: 04/08/1986

Diagnóstico: disfemia

I - Exercícios de respiração

Trabalhar com balões de ar e pedir ao paciente para enchê-los.

Objetivo: Tomar respiração consciente (inspiração e expiração), o que é

benéfico para as crianças instáveis e ansiosas.

II - Exercícios de relaxamento

Trabalhar se movimentando pelo ambiente, fazendo movimentos amplos

livremente.

Atendendo a ordem de uma palma "estátua", nesse momento o paciente vai

contrair toda musculatura, e duas palmas volta ao normal, paciente e reeducador

tornam a percorrer pelo ambiente.

Objetivo: Noção espacial, percepção auditiva e principalmente relaxação dos

membros inferiores e superiores.

III - Exercícios específicos:

Atividades lúdicas, levando o paciente a emitir palavras.

Jogar bola e concomitantemente falar o nome de qualquer objeto.

Objetivo: Desenvolver a linguagem, organização de pensamento, memória,

coordenação motora ampla e fina.

Cantar:

Objetivo: Desenvolver a fala e linguagem, auto-expressão, descarga e canalização

de energia, liberação de conteúdos internos.

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TESTAGENS

Objetivos gerais:

Identificação:

Idade cronológica:

Diagnóstico:

Data da realização do plano:

I - Conversa informal:

Objetivo: quebrar tensão inicial

melhorar o relacionamento (criar vínculo)

observar a fala ou desenvolvimento da linguagem.

II - Psicomotricidade:

Objetivo geral: atingir o esquema corporal

a) Psicocinetia: Estabelecer um traço de união entre o pensamento e a ação,

visar a melhora do comportamento do paciente e educar sistematicamente as

diferentes condutas motoras e psicomotora, com a finalidade de facilitar as

outras técnicas terapêuticas.

b) Esquema, imagem e conceito corporal

Objetivo: Conscientizar as partes do corpo, desenvolvendo adequadamente a

imagem corporal.

Levar o paciente a ter consciência do seu corpo em relação a ele, ao espaço e

aos outros objetos, através da imagem e conceitos corporais.

c) Equilíbrio estático ou dinâmico

Objetivo: Manter o controle postural em estática e dinâmica, educar as

sensações que levam a circulação de elementos com a finalidade de um

melhor controle de si mesmo, evitando o consumo desnecessário de energia.

hEquilíbrio e educação das sensações

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h Aquisição da confiança

h Exercícios de equilíbrio

d) Ritmo:

Objetivo: Conscientizar o sentido de ritmo (ritmo corporal) e organizar as

suas relações com o tempo.

III - Psicomotricidade diferenciada:

a) Organização perceptiva:

Objetivo: Desenvolver no paciente a capacidade de reconhecer estímulos,

desenvolver a relação entre as percepções e as ações sucessivas.

b) Percepção visual:

Objetivo: Levar o paciente a desenvolver a coordenação visomotora, a

constância de percepção, a figura fundo visual, a memória visual, a relação

espacial e a posição no espaço.

c) Percepção auditiva:

Objetivo: Desenvolver a capacidade de reação aos estímulos sonoros através

da atenção auditiva, localização, identificação, memória, discriminação,

análise e síntese, memória setencial.

d) Organização do pensamento:

Levar o paciente a organizar seu pensamento para expressá-lo verbalmente.

h linguoespeculação, raciocínio e lógica

h associação de idéias

IV - Exercícios oro-faciais

a) Articulatórios:

Objetivo: Obter a melhora em relação a mobilidade, tonicidade e elasticidade

dos órgãos que intervêm na articulação da palavra falada.

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BIBLIOGRAFIA

1. LAUNAY, CL, MAISONNY, B.

"Distúrbios da Linguagem da Fala e da Voz na Infância"

S.P.

Ed. Roca - 2ª edição

1986

Cap. 17

2. JAKUBOVICZ, R

"A gagueira: teoria e tratamento de adultos e crianças"

RJ

Ed. Antares - 2ª edição

1983

3. FRIDMAN,S.

"Gagueira, origem e tratamento"

SP

Ed. Summus

1986

4. IRWING,A.

"A gagueira, uma ajuda prática em qualquer idade"

SP

Ed. Martins Fontes - 1ª edição

1983

5. BLOCH, P.

"Problemas da Voz e da Fala"

RJ

Ed. Letras e Artes

1963

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO.........................................................................................................2

AGRADECIMENTO .......................................................................................................3

DEDICATÓRIA ...............................................................................................................4

EPÍGRAFE .......................................................................................................................5

RESUMO ..........................................................................................................................6

METODOLOGIA..............................................................................................................7

SUMÁRIO ........................................................................................................................8

INTRODUÇÃO ................................................................................................................9

CAPÍTULO I

HISTÓRICO....................................................................................................................11

CAPÍTULO II

DADOS IMPORTANTES DA PATOLOGIA...............................................................12

2.1 – Sintomatologia........................................................................................................12

2.1.1 – Distúrbios Associados........................................................................................13

2.1.2 – Como a gagueira se instala .................................................................................14

2.1.3 - Etiologia ..............................................................................................................16

CAPÍTULO III

TEORIAS.......................................................................................................................17

3.1 – Teorias baseadas no sintoma.................................................................................17

3.2 – Teorias baseadas na etiologia................................................................................19

3.3 – Teorias comprovadas cientificamente...................................................................22

3.4 – Teorias baseadas na cibernética.............................................................................24

CAPÍTULO IV

O DISFÊMICO..............................................................................................................25

4.1 – No dia a dia............................................................................................................25

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4.2 – Influência da família e da escola... .......................................................................26

4.3 – Como será o futuro da criança disfêmica?.............................................................28

CAPÍTULO V

TERAPIA.......................................................................................................................29

5.1 – Tratamento.............................................................................................................29

5.2 – A Fonoaudiologia...................................................................................................30

CONCLUSÃO................................................................................................................32

ANEXOS.........................................................................................................................33

ÍNDICE DOS ANEXOS.................................................................................................34

Anexo 1 – Anamnese.......................................................................................................35

Anexo 2 – Exame de Disfemia........................................................................................42

Anexo 3 – Plano de Trabalho..........................................................................................44

Anexo 4 –Testagens.........................................................................................................45

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................47

ÍNDICE ..........................................................................................................................48

FOLHA DE AVALIAÇÃO ...........................................................................................50

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

Título da monografia: DISFEMIA

Autora: Anna Paola Maia da Gama e Silva

Data da entrega:

Rio de Janeiro, _______ de Janeiro de 2004.

Avaliado por: _________________________ Conceito: ______________

Avaliado por: _________________________ Conceito: ______________

Avaliado por: _________________________ Conceito: ______________

Conceito final: _______________________________________________

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