Um Novo Modelo de Financiamento dos Transportes P...(novo modelo de financiamento) Necessidade...

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Um Novo Modelo de Financiamento

dos Transportes Públicos em Portugal

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Situação Actual(diagnóstico)

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Situação Actual(diagnóstico)

• o actual modelo de financiamento dos transportes Públicos em Portugal está esgotado e é insustentável;

• o actual modelo de financiamento está baseado no recurso sistemático a capitais alheios;

• o actual modelo de financiamento é ainda baseado em crescente endividamento;

• o accionista estado não cumpriu e não cumpre o seu dever em repor os capitais das sociedades anónimas que detém, nem cumpriu o Código das Sociedades Comerciais no seu célebre artigo 35º;

• o actual modelo de financiamento só foi possível de manter enquanto o nosso país não estava obrigado a consolidar a dívida contraída em cada ano no cômputo do déficit orçamental do OE;

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Situação Actual(diagnóstico)

• existe uma enorme confusão nos vários papeis que o estado assume :

Regulador

Definidor da Estratégia para o sectorAccionista

Operador

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Refer 6.026.000.000,00 €ANA 1.077.000.000,00 €Estradas de Portugal 1.993.300.000,00 €Carris 692.437.000,00 €STCP 393.000.000,00 €CP 3.324.000.000,00 €Metropolitano de Lisboa 3.710.000.000,00 €Metro do Porto 2.500.000.000,00 €

Fluvio-marítimas Transtejo / Soflusa 100.000.000,00 €Aviação Tap 1.277.000.000,00 €

Total 21.092.737.000,00 €

Gestores de Infra-estruturas

Rodoviárias

Ferroviárias

Endividamento SEE – TransportesAno 2010

Fonte : DGTF – Relatório SEE – Julho 2011 / Relatórios e Contas 2010 das empresas referidas

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Resultados Líquidos - SEE – TransportesAno 2010

Resultados Líquidos

Refer -146.503.000,00 €ANA 43.018.000,00 €Estradas de Portugal -102.506.000,00 €Carris -42.257.000,00 €STCP -37.677.000,00 €CP -195.197.000,00 €Metropolitano de Lisboa -148.592.000,00 €Metro do Porto -351.790.000,00 €

Fluvio-marítimas Transtejo / Soflusa -17.660.000,00 €Aviação Tap -57.000.000,00 €

Total -1.056.164.000,00 €

Gestores de Infra-estruturas

Rodoviárias

Ferroviárias

Fonte : DGTF – Relatório SEE – Julho 2011 / Relatórios e Contas 2010 das empresas referidas

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Encargos Financeiros - SEE – TransportesAno 2010 Encargos Financeiros

Refer 423.871.000,00 €ANA 15.681.000,00 €Estradas de Portugal 105.032.000,00 €Carris 30.389.000,00 €STCP 28.383.000,00 €CP 147.406.000,00 €Metropolitano de Lisboa 97.222.000,00 €Metro do Porto 88.669.000,00 €

Fluvio-marítimas Transtejo / Soflusa 4.677.000,00 €Aviação Tap 44.000.000,00 €

Total 985.330.000,00 €

Gestores de Infra-estruturas

Rodoviárias

Ferroviárias

Fonte : DGTF – Relatório SEE – Julho 2011 / Relatórios e Contas 2010 das empresas referidas 8

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Indemnizações Compensatórias + Dotações de CapitalSEE – Transportes

Ano 2010

Indeminizações Compensatórias Dotações de Capital Total

Refer 43.379.000,00 € 0,00 € 43.379.000,00 €ANA 0,00 € 0,00 € 0,00 €Estradas de Portugal 0,00 € 130.000.000,00 € 130.000.000,00 €Carris 58.651.000,00 € 0,00 € 58.651.000,00 €STCP 20.661.000,00 € 0,00 € 20.661.000,00 €CP 38.522.000,00 € 0,00 € 38.522.000,00 €Metropolitano de Lisboa 31.142.000,00 € 30.120.000,00 € 61.262.000,00 €Metro do Porto 13.203.000,00 € 0,00 € 13.203.000,00 €

Fluvio-marítimas Transtejo / Soflusa 12.216.000,00 € 0,00 € 12.216.000,00 €Aviação Tap 6.896.000,00 € 0,00 € 6.896.000,00 €

Total 224.670.000,00 € 160.120.000,00 € 384.790.000,00 €

Fonte : DGTF - Relatório SEE - Julho 2011 / Relatórios e Contas 2010 das diversas empresas

Gestores de Infra-estruturas

Rodoviárias

Ferroviárias

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Futuro(novo modelo de financiamento)

Necessidade urgente de encontrar um novo modelo de financiamentodos Transportes Públicos que seja concretizável e sustentável

Princípios :

1.ter uma visão de longo prazo, para não aplicar medidas conjunturais que contrariem as necessárias mudanças estruturais;

2.diversificar as fontes de financiamento dos transportes públicos;2a. efectuar alterações na política fiscal nacional

3.tratar o território nacional com equidade;3a. não querer resolver apenas os problemas das empresas

públicas das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto3b. tratando cada parte do território nacional a partir da

sua realidade específica, de acordo com os indicadores sócio-económicos existentes

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Futuro(novo modelo de financiamento)

Princípios ( contin.) :

4. clarificar o papel do estado;

4a. o estado deve sair do capital das empresas operadoras

4b. o estado deve concentrar-se no único papel que lhe deve caber e que é o de regulador da actividade, cumprindo esse

papel com todos os meios necessários à regulação da actividade e do sector , papel esse que deve ser devidamente assegurado mantendo a devida equidistância de todo e qualquer operador

5.não confundir a dívida estrutural e histórica com os déficits operacionais anuais;

6. definir o que se considera ser serviço público de transportes e as respectivas obrigações de serviço público;

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Futuro(novo modelo de financiamento)

Princípios ( contin.) :

7.dar sinais correctos aos diversos agentes económicos;

7a. não desvalorizar as empresas que se pretendem privatizar

7b. não desvalorizar os activos que se pretendem alienar

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Futuro(novo modelo de financiamento)

Cuidados a ter :

Se o comportamento dos agentes económicos não for devidamente considerado e ponderadas as possíveis alterações ou adaptações no comportamento da procura podemos agravar os actuais desequilíbrios em vez de os resolver :

• sobe-se o preço• reduz-se a oferta• degrada-se intencionalmente a qualidade do serviço que se presta• a procura desce• a fraude aumenta• os custos de fiscalização sobem• a receita tarifária desce• os resultados pioram• a sustentabilidade fica mais comprometida

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Novo Modelo de Financiamento(proposta)

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Novo Modelo de Financiamentoproposta

1º ) Assegurar o reequilíbrio económico-financeiro das empresas operadoras :

Contratualização das obrigações de serviço público (OSP) com as diversas empresas operadoras

Contratos que prevejam as obrigações de serviço público a serem prestadas e as contrapartidas financeiras da prestação efectiva dessas obrigações

Saída do capital das empresas operadorasIPO – dispersão de uma parte do Capital em Bolsa e a investidores institucionais;Emissão de Obrigações Convertíveis em parte do capital ao final de 5 anos, que devem ser tomados por investidores institucionais;OPV –venda do restante capital em Bolsa, no final de período de ajustamento;

Reposição dos Capitais Próprios das empresas operadorasNecessária recapitalização, ao longo de 5 anos por parte do actual accionista resolvendo, ao longo desse período a dívida estrutural dessas empresas 15

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Novo Modelo de Financiamentoproposta

2º ) Assegurar o equilíbrio operacional das Empresas Operadoras

Receita Tarifáriaassegurar que se mantém a autonomia na receita tarifária com a devida regulação pelas autoridades metropolitanas e nacionais de regulação de transportes ( AMTP, AMTL, e IMTT);

Contrapartidas dos Contratos de OSPEstas contrapartidas anuais deverão prestadas só após a efectiva verificação do cumprimento pelas diversas empresas operadoras das obrigações contratuais;

Impostos sobre valorização de Terrenos e EdifíciosIMI – parte da receita de IMI deve reverter para as empresas operadoras de transporte público que operem na área concomitante;IMT - parte da receita de IMT deve reverter para as empresas operadoras de transporte público que operem na área concomitante; 16

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Novo Modelo de Financiamentoproposta

2º ) Assegurar o equilíbrio operacional das Empresas Operadoras (cont.) :

Taxas sobre o combustívelA utilização do transporte individual privado assegurando a mobilidade dos cidadãos deve ser penalizada pela concorrência que produz ao Transporte Público de Passageiros, que é mais eficiente e mais sustentável do ponto de vista social, económico e ambiental.

Taxas associadas ao estacionamento nas cidadesA estratégia de mobilidade nas áreas urbanas e nas áreas metropolitanas deve integrar a política de estacionamento, e a estrutura da receita provinda do estacionamento automóvel nessas áreas deve estar de acordo com a definição do tipo de mobilidade que se tem de assegurar

Taxas associadas ao Imposto AutomóvelA propriedade de viaturas de transporte individual de passageiros em modo rodoviário deve ser desincentivada 17

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Novo Modelo de Financiamentoproposta

3º ) Diversificar as fontes de receita :

Negócio ImobiliárioExploração de negócios de aluguer de espaços para lojas de pequeno comércio nos interfaces de transportes e nas principais paragens (Station Retail)

Direitos de construção sobre os interfaces de transportes

Receitas de PublicidadeExploração do negócio de publicidade em torno dos transportes públicos

Receitas de actividades correlacionadas com o core-businessExploração do negócio de circuitos regulares turísticos (SightSeeing Tours)

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Controlo das Receitas e das Despesas

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Investimento em Infraestruturas

Investimento em Material Circulante

Custos Operacionais

Receita Tarifária

Contrapartidas de Contratualização

Receitas de Publicidade

Receitas de actividades Conexas / turismo

Receitas derivadas de impostos e outras taxas

Receitas de Negócio Imobiliário

Informação Pública, Publicada, consultável e Auditável

Receitas / Proveitos

Custos / Investimentos

Fig 1 : Modelo de Financiamento Transparente e Sustentável dos Transportes Públicos 19

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Obrigado !

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