TRANSPORTE DE CARGAS NAS HIDROVIAS BRASILEIRAS...

16
Brasília, 2011 TRANSPORTE DE CARGAS NAS HIDROVIAS BRASILEIRAS 2010 HIDROVIA DO MADEIRA

Transcript of TRANSPORTE DE CARGAS NAS HIDROVIAS BRASILEIRAS...

  • Brasília, 2011

    TRANSPORTE DE CARGAS NAS HIDROVIAS BRASILEIRAS

    2010

    HIDROVIADO MADEIRA

  • AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOSSUPERINTENDÊNCIA DE NAVEGAÇÃO INTERIOR

    Gerência de Desenvolvimento e Regulação (GDI)

    TRANSPORTE DE CARGAS NAS HIDROVIAS HIDROVIA

    DO MADEIRA 2010

  • FICHA TÉCNICA

    AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS

    Diretor-Geral (DG)Fernando Antônio Brito Fialho

    Diretor (DR)Tiago Pereira Lima

    Superintendência de Navegação Interior – SNIJosé Alex Botelho de Oliva

    Gerência de Desenvolvimento e Regulação da Navegação Interior – GDIAdalberto Tokarski

    Equipe Técnica - GDIFábio Augusto GianniniArthur YamamotoJosé Renato Ribas FialhoEduardo PessoaMarcos Gomes Coelho

    2

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Instalações portuárias na hidrovia do Madeira ......................................................................................... 6

    Tabela 2.1. Transporte de cargas na hidrovia do Madeira, por grupo de mercadoria – 2010 ….............................. 7

    Tabela 2.2. Transporte de cargas na hidrovia do Madeira, no sentido jusante, por grupo de mercadoria – 2010 ... 8

    Tabela 2.3. Transporte de cargas pela hidrovia do Madeira no sentido montante por grupo de mercadoria - 2010 8

    Tabela 2.4. Transporte de combustíveis e óleos minerais e produtos com destino a TUP Manaus - 2010 ….......... 9

    Tabela 3.1.1. Transporte de soja na hidrovia do Madeira, por instalação portuária de origem e destino – 2010 … 10

    Tabela 3.1.2. Destinos internacionais da soja exportada por instalações portuárias selecionadas - 2010 …........... 11

    Tabela 3.1.3 Produção de soja por região, em toneladas e e relação da produção com o transporte na hidrovia do Madeira - 2010 …..................................................................................................................................................... 12

    Tabela 3.2.1. Transporte de milho na hidrovia do Madeira por instalação portuária de origem e destino - 2010 ... 13

    Tabela 3.2.2. Destinos internacionais do milho exportado por instalações portuárias selecionadas - 2010 …........ 13

    Tabela 3.3.1 Transporte de semi-reboque baú na hidrovia do Madeira por instalação portuária de origem e destino - 2010 ........................................................................................................................................................... 14

    3

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 2.1. Transporte de cargas pela hidrovia do Madeira, no sentido jusante, por grupo de mercadoria - 2010 ... 7

    Figura 3.1.1. TUP Hermasa Graneleiro .…................................................................................................................. 10

    Figura 3.1.2. Movimentação de soja mensal na hidrovia do Madeira em toneladas – 2010 …................................. 10

    Figura 3.1.3. Destinos da soja com origem no TUP Hermasa Graneleiro e Porto de Santaré - 2010 ....................... 11

    Figura 3.1.4. Comparativo da quantidade de soja transportada (t) na hidrovia do madeira em relação a produção de soja de algumas regiões do país – 2010 …............................................................................................................. 12

    Figura 3.2.1. Destinos do milho com origem no TUP Hermasa Graneleiro e Porto de Santarém - 2010 .................. 13

    Figura 3.3.1. Transporte de semi-reboque baú na Região Hidrográfica do Amazonas .............................................. 14

    Figura 4. Rotas de exportação de soja para Rotterdam a partir de Sorriso-MT …..................................................... 15

    4

  • SUMÁRIO

    1- Introdução........................................................................................................................ 62- Transporte de cargas na hidrovia do rio Madeira............................................................. 73- Detalhamento dos principais produtos transportados na hidrovia do Madeira................ 10

    3.1. Soja …............................................................................................................... 103.2. Milho …............................................................................................................. 123.3. Semi-reboque baú …......................................................................................... 14

    4. Considerações finais ….................................................................................................... 15

    5

  • A HIDROVIA DO RIO MADEIRA

    1. Introdução

    Afluente da margem direita do rio Amazonas, o rio Madeira é uma fundamental via de escoamento para os mercados consumidores do exterior da produção de soja do Centro-Oeste, bem como da própria região amazônica, e de vital importância para o desenvolvimento regional devido à sua posição estratégica. Constitui-se praticamente como a única via de transporte para a população que vive nas cidades às suas margens, excluindo-se as cidades de Humaitá – AM e Porto Velho - RO, que contam com acesso rodoviário.

    O transporte de cargas ocorre tanto no sentido jusante, quando desce o rio, quanto no sentido contrário. O caminho pela hidrovia do rio Madeira de Porto Velho até Itacoatiara (descendo o rio) leva 70 horas. No sentido oposto, contra a correnteza, são necessárias 130 horas. Já o percurso de Porto Velho a Santarém, com uma distância de 1603 km, o tempo estimado de viagem é de 174h 57min para subir o rio e 108h 42 min para descer. Entretanto, o tempo não tem sido um empecilho à utilização da via.

    Fazem parte da hidrovia os rios Madeira, desde Porto Velho – RO até à sua foz, na confluência com rio Amazonas, no estado de mesmo nome, e o rio Aripuanã, afluente da margem direita daquele.

    Na hidrovia do Madeira estão em operação um porto organizado e seis terminais de uso privativo, todos localizados no município de Porto Velho, discriminados no tabela abaixo.

    Tabela 1. Instalações portuárias no rio Madeira

    Fonte: ANTAQ

    A seguir, são apresentadas informações a respeito do transporte de cargas nesta hidrovia. Os dados são oriundos do Sistema de Desempenho Portuário – SDP, da ANTAQ. A mensuração das cargas transportadas seguiram a metodologia utilizada no Anuário Estatístico da Navegação Interior, disponível em http://www.antaq.gov.br/Portal/Estatisticas_NavInterior.asp.

    6

    Rio Nome da Instalação Portuária

    Rio Madeira

    Porto de Porto VelhoTUP Belmonte

    TUP Ipiranga Base Porto VelhoTUP Passarão

    TUP CaimaTUP Cargill AgrícolaTUP Fogás

    http://www.antaq.gov.br/Portal/Estatisticas_NavInterior.asp

  • 2. Transporte de cargas na hidrovia do rio Madeira

    A hidrovia do rio Madeira vem se consolidando como um relevante eixo de ecoamento de cargas, em especial devido ao seu papel de conexão entre as regiões Norte e Centro-Oeste a portos de grande porte, por onde as cargas são enviadas a outros países. Destaca-se a presença de grandes operadores como a Hermasa Navegação da Amazônia S.A. e a Transportes Bertolini Ltda.

    Em 2010, foram transportados pela hidrovia do rio Madeira mais de 4 milhões de toneladas, incluindo tanto as cargas embarcadas nas instalações portuárias de Rondônia, quanto as ali desembarcadas.

    Tabela 2.1. Transporte de cargas na hidrovia do Madeira, por grupo de mercadoria – 2010

    * No trecho compreendido entre Porto Velho – RO e a foz do rio Madeira, no rio Amazonas (1.017,38 km de extensão)

    Do total de mercadorias transportadas na hidrovia do rio Madeira, 89,9% foram embarcadas em Porto Velho – RO e seguiram no sentido jusante, consistindo basicamente de cinco grupos de mercadorias: soja, milho, semi-reboque baú, contêineres e açúcar. Essas mercadorias representaram aproximadamente 99% do total transportado no sentido jusante, em toneladas, conforme tabela.

    7

    GRUPO DE MERCADORIA QUANTIDADE (t) % % ACUMULADA TKU (MILHÕES) *

    SOJA 2.554.790 63,74% 63,74% 2599,22MILHO 496.822 12,40% 76,13% 505,46SEMI-REBOQUE BAÚ 353.490 8,82% 84,95% 359,64CONTÊINERES 204.614 5,10% 90,06% 208,17FERTILIZANTES ADUBOS 131.057 3,27% 93,33% 133,34COMBUSTÍVEIS E ÓLEOS MINERAIS E PRODUTOS 96.941 2,42% 95,75% 98,63PRODUTOS QUÍMICOS ORGÂNICOS 48.024 1,20% 96,95% 48,86CAMINHÃO 46.979 1,17% 98,12% 47,8AÇÚCAR 29.138 0,73% 98,84% 29,64CARGAS DIVERSAS 19.739 0,49% 99,34% 20,08VEIC. TERRESTRES PARTES ACESSOR 7.606 0,19% 99,53% 7,74AUTOMOVEIS PASSAGEIROS 4.596 0,11% 99,64% 4,68OBRAS DE PEDRA, GESSO, AMIANTO E MICA 3.360 0,08% 99,73% 3,42ENXOFRE, TERRAS E PEDRAS, GESSO E CAL 3.333 0,08% 99,81% 3,39FERRO GUSA 2.525 0,06% 99,87% 2,57CIMENTO 2.517 0,06% 99,93% 2,56GORDURA, ÓLEOS ANIMAIS/VEGETAIS 615 0,02% 99,95% 0,63REATORES, CALDEIRAS, MÁQUINAS 580 0,01% 99,96% 0,59CARNES BOVINAS CONGELADAS 493 0,01% 99,98% 0,5MADEIRA 471 0,01% 99,99% 0,48ARROZ 253 0,01% 99,99% 0,26BEBIDAS, LÍQUIDOS ALCOÓLICOS E VINAGRES 180 0,00% 100,00% 0,18LEITE E LATICÍNIOS, MANTEIGA, OVOS E MEL 42 0,00% 100,00% 0,04CARGA DE APOIO 8 0,00% 100,00% 0,01

    TOTAL 4.008.173 4.078

  • Tabela 2.2. Transporte de cargas na hidrovia do Madeira no sentido jusante por grupo de mercadoria - 2010

    * No trecho compreendido entre Porto Velho – RO e a foz do rio Madeira, no rio Amazonas (1.017,38 km de extensão)

    Figura 2.1. Transporte de cargas pela hidrovia do Madeira no sentido jusante por grupo de mercadoria - 2010

    Quando se observa o sentido montante, a quantidade transportada foi de aproximadamente 405 mil toneladas, o que representa pouco mais de 10% do total transportado na hidrovia, revelando baixa incidência de carga de retorno e grande vocação exportadora no sentido Centro-Norte. Os principais grupos de mercadorias no fluxo para montante são (i) fertilizantes e adubos – 32,2%, (ii) combustíveis e óleos minerais – 23,9%, (iii) semi-reboque baú – 16,3%, (iv) produtos químicos orgânicos – 11,8% e (v) caminhões – 11,6%.

    Tabela 2.3. Transporte de cargas pela hidrovia do Madeira no sentido montantepor grupo de mercadoria - 2010

    8

    71%

    14%

    8%5%1%1%0%0%

    SOJA MILHO SEMI-REBOQUE BAÚ CONTÊINERESAÇÚCAR CARGAS DIVERSAS VEIC. TERRESTRES

    PARTES ACESSOROBRAS DE PEDRA, GESSO, AMIANTO E MICA

    GRUPO DE MERCADORIA Quantidadet % % acumulada

    SOJA 2.554.790 70,91% 70,91% 2.599,19MILHO 496.822 13,79% 84,70% 505,46SEMI-REBOQUE BAÚ 287.314 7,97% 92,68% 292,31CONTÊINERES 194.868 5,41% 98,09% 198,25AÇÚCAR 29.138 0,81% 98,89% 29,64CARGAS DIVERSAS 19.739 0,55% 99,44% 20,08VEIC. TERRESTRES PARTES ACESSOR 5.541 0,15% 99,60% 5,64OUTROS 14564 0,40% 100,00% 14,82

    TOTAL 3.602.776 100,00% 3.665

    TKU (milhões) *

    Grupo mercadoria Transporte % % acumuladaFertilizantes adubos 131.057 32,3% 32,3%Combustíveis e óleos minerais e produtos 96.844 23,9% 56,2%Semi-reboque baú 66.176 16,3% 72,5%Produtos químicos orgânicos 48.024 11,8% 84,4%Caminhão 46.979 11,6% 96,0%Contêineres 9.746 2,4% 98,4%Cimento 2.517 0,6% 99,0%Outros 4.054 1,0% 100,0%Total 405.397 100,0% 100,0%

  • Praticamente metade do fertilizante vem de Israel e é baldeado ou transbordado em terminais no rio Amazonas, não identificados pelo SDP, para embarcações de menor porte. A outra metade tem origem em Itacoatiara, no TUP Hermasa Graneleiro, o qual não tem registro de desembarque de fertilizantes e adubos de outro tipo de navegação.

    No que se refere ao grupo de mercadoria combustíveis e óleos minerais e produtos, duas origens foram registradas: TUP Manaus (95.687 t), localizado no município de Manuas e TUP Madenorte (1.157 t), localizado em Breves - PA. Este último não apresentou registros de desembarque de combustíveis e óleos minerais e produtos. Já o TUP Manaus desembarcou o referido grupo de mercadoria de países como Estados Unidos, Holanda, Dinamarca e do próprio Brasil. Aproximadamente 3% dos combustíveis e óleos minerais e produtos que chegam ao TUP Manaus se destinam a Porto Velho.

    Tabela 2.4. Transporte de combustíveis e óleos minerais e produtos com destino a TUP Manaus - 2010

    9

    Destino Origem País de Origem Navegação Vias Interiores Total de CargasFortaleza - CE BRASIL CABOTAGEM 149.468

    ESTADOS UNIDOS LONGO CURSO 177.698Itaqui - MA BRASIL CABOTAGEM 819.458

    ESTADOS UNIDOS LONGO CURSO 149.207BRASIL CABOTAGEM 71.624ESTADOS UNIDOS LONGO CURSO 180.302

    Porto de Santos - SP BRASIL CABOTAGEM 486.561Porto do Rio de Janeiro - RJ BRASIL CABOTAGEM 423.386

    HOLANDA LONGO CURSO 106.558BRASIL CABOTAGEM 324.224DINAMARCA LONGO CURSO 35.525

    TUP ALMIRANTE SOARES DUTRA - RS BRASIL CABOTAGEM 126.346TUP MADRE DE DEUS - BA BRASIL CABOTAGEM 470.181TUP NORTE CAPIXABA - ES BRASIL CABOTAGEM 60.685

    Total 3.581.2232,67%

    Tup Manaus – AMTup Manaus – AM HoustonTup Manaus – AMTup Manaus – AM Lake CharlesTup Manaus – AM Paranagua - PRTup Manaus – AM PasadenaTup Manaus – AMTup Manaus – AMTup Manaus – AM RotterdamTup Manaus – AM Sao Sebastiao - SPTup Manaus – AM SkagenTup Manaus – AMTup Manaus – AMTup Manaus – AM

    Transporte de Tup Manaus a Porto Velho / Total desembarcado no Tup Manaus

  • 3. Detalhamento dos principais produtos transportados na hidrovia do Madeira

    3.1 Soja

    Como visto, mais de 3,6 milhões de toneladas de cargas (equivalentes a 3,66 bilhões de TKU) foram transportados a partir de Porto Velho, das quais mais de 2,5 milhões referem-se a soja.

    A soja representou, portanto, 70,9% do total das cargas que seguiram no sentido jusante, transportada por caminhão até as instalações portuárias da cidade de Porto Velho, oriundas principalmente da região norte do Mato Grosso. De Porto Velho, foram registradas duas linhas de transporte aquaviário de soja: (i) Porto Velho RO) – Itacoatiara (AM), com mais de 1,8 milhões de toneladas e (i) Porto Velho (RO) – Santarém (PA), com aproximadamente 721 mil toneladas.

    Tabela 3.1.1. Transporte de soja na hidrovia do Madeira por instalação portuária de origem e destino - 2010

    Figura 3.1.1. TUP Hermasa Graneleiro

    Os meses de maior quantidade de soja transportada em 2010 foram fevereiro, março e abril, coincidindo com a época de cheia do rio. A menor utilização da referida hidrovia para o transporte de soja no mesmo ano ocorreu nos meses de agosto, setembro e outubro, sendo que em setembro a navegação praticamente foi paralisada devido à severa e atípica seca verificada naquele ano.

    Figura 3.1.2. Movimentação de soja mensal na hidrovia do Madeira, em toneladas. 2010

    10

    Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro NovembroDezembro0

    50.000

    100.000

    150.000

    200.000

    250.000

    300.000

    350.000

    400.000

    450.000

    Hidrovia madeira Itaquatiara – HERMASA Santarém – CARGIL

    Linha Distância Sentido Total de Soja (t)

    Porto Velho (RO) - Itacoatiara (AM) 1.063 1 1.833.525 1.949

    Porto Velho (RO) - Santarém (PA) 1.623 1 721.265 1.171

    Milhões de Tku

  • Grande parte desta soja tem como destino principal a Europa. Países como Itália, Noruega, Holanda, Rússia, Espanha, Romênia, Lituânia, Grécia, Croácia, Dinamarca, Portugal e Grã Bretanha estão entre os destinos destas cargas. Os registros “zona internacional” referem-se a países não informados pelas instalações portuárias a ANTAQ.

    Tabela 3.1.2. Destinos internacionais da soja exportada por instalações portuárias selecionadas. 2010

    Figura 3.1.3. Destinos da soja com origem no TUP Hermasa Graneleiro e Porto de Santarém. 2010

    A quantidade de soja transportada no rio Madeira é altamente relevante em termos nacionais, representando 151% de toda soja produzida no norte do país, ou 13% do total da produção de soja do Mato Grosso. Se compararmos com a produção nacional de soja de 2010, 3,7% passaram pela hidrovia do rio Madeira.

    11

    Origem Pais de Destino Total de CargasSantarém - PA Zona Internacional 392.696

    Itália 294.329Noruega 265.039Holanda 206.401Rússia 196.383

    Santarém - PA Grã Bretanha 111.270Santarém - PA Holanda 110.134

    Espanha 107.108Romênia 64.512

    Santarém - PA Portugal 53.410Lituânia 50.235Grécia 38.500Croácia 20.842Dinamarca 11.741

    TUP Hermasa Graneleiro – AMTUP Hermasa Graneleiro – AMTUP Hermasa Graneleiro – AMTUP Hermasa Graneleiro – AM

    TUP Hermasa Graneleiro – AMTUP Hermasa Graneleiro – AM

    TUP Hermasa Graneleiro – AMTUP Hermasa Graneleiro – AMTUP Hermasa Graneleiro – AMTUP Hermasa Graneleiro – AM

    16%

    15%

    14%10%

    6%6%

    33%

    HOLANDA ITÁLIA NORUEGA RUSSIAGRÃ BRETANHA ESPANHA OUTROS

  • Tabela 3.1.3. Produção de soja por região em toneladas e relação da produçãocom o transporte na hidrovia do Madeira. 2010

    Fonte: ANTAQ/CONAB

    Figura 3.1.4. Comparativo da quantidade de soja transportada (t) na hidrovia do Madeira em relação a produção de soja de algumas regiões do país - 2010

    Fonte: ANTAQ/CONAB

    3.2. MilhoAo se observar o transporte do grupo de mercadoria milho, constam três linhas a partir de Porto Velho: (i) Porto Velho (RO) - Itacoatiara (AM), (ii) Porto Velho (RO) - Belém (PA) e (iii) Porto Velho (RO) - Santarém (PA). A primeira rota foi a mais representativa, transportando mais de 314 mil toneladas de milho e Santarém foi a segunda linha com maior quantidade de milho.

    12

    Região/UF Produção de Soja (t) – 2010 Soja rio Madeira/regiãoNorte 1.691.700 151,02%RR 3.900 65507,44%RO 384.300 664,79%PA 232.500 1098,83%TO 1.071.000 238,54%NORDESTE 5.309.500 48,12%MA 1.330.600 192,00%PI 868.400 294,20%BA 3.110.500 82,13%CENTRO-OESTE 31.586.700 8,09%MT 18.766.900 13,61%MS 5.307.800 48,13%GO 7.342.600 34,79%DF 169.400 1508,14%SUDESTE 4.457.600 57,31%MG 2.871.500 88,97%SP 1.586.100 161,07%SUL 25.642.700 9,96%PR 14.078.700 18,15%SC 1.345.200 189,92%RS 10.218.800 25,00%NORTE/NORDESTE 7.001.200 36,49%CENTRO-SUL 61.687.000 4,14%BRASIL 68.688.200 3,72%

    Transportada na Hidrovia do Madeira

    Total produzido na região nordeste

    Total produzido no MT

    Total produzido no MS

    Total produzido no Sul

    Total produzido no Brasil

    0

    10.000.000

    20.000.000

    30.000.000

    40.000.000

    50.000.000

    60.000.000

    70.000.000

  • Tabela 3.2.1. Transporte de milho na hidrovia do Madeira por instalação portuária de origem e destino - 2010

    Desses três destinos apenas o TUP Hermasa Graneleiro e o Porto de Santarém apresentaram registros de exportação de milho através de navegação de longo curso. A América do Sul, a Africa, a República Dominicana e a Europa foram os destinos internacionais do milho partindo desses terminais no ano de 2010.

    Tabela 3.2.2. Destinos internacionais do milho exportado por instalações portuárias selecionadas - 2010

    Figura 3.2.1. Destinos do milho com origem no TUP Hermasa Graneleiroe Porto de Santarém - 2010

    13

    39%

    29%

    14%

    7%7%3%

    COLÔMBIA MARROCOS ARGÉLIAREPÚBLICA DOMINICANA

    VENEZUELA HOLANDA

    Instalação Portuária de Origem País de Destino Total de Milho (t)Colômbia 140.435Marrocos 125.832

    Santarém - PA Argélia 33.046Santarém - PA República Dominicana 31.000Santarém - PA Venezuela 29.999Santarém - PA Colômbia 27.849

    Argélia 27.499Holanda 13.654

    Total 429.314

    TUP Hermasa Graneleiro – AMTUP Hermasa Graneleiro – AM

    TUP Hermasa Graneleiro – AMTUP Hermasa Graneleiro – AM

    Linha Distância Sentido Total de Milho (t)

    Porto Velho (RO) - Itacoatiara (AM) 1.063 1 314.714 334.471.387 334

    Porto Velho (RO) - Belém (PA) 2.468 1 447 1.103.339 1

    Porto Velho (RO) - Santarém (PA) 1.623 1 181.661 294.873.751 295

    Tku Milhões de Tku

  • 3.3. Semi-reboque baúNo que tange ao transporte de semi-reboque baú na hidrovia do Madeira, duas linhas apresentaram registro de transporte: (i) Manaus (AM) – Porto Velho (RO), sendo que neste caso o sentido da carga ocorreu de Porto Velho a Manaus, e (i) Porto Velho (RO) – Itacoatiara (AM). Praticamente todo transporte foi realizado na primeira linha.

    Tabela 3.3.1. Transporte de semi-reboque baú na hidrovia do Madeira por instalação portuária de origem e destino - 2010

    Figura 3.3.1. Transporte de semi-reboque baú na Região Hidrográfica do Amazonas

    4. Considerações finais

    Conforme exposto, foram transportadas mais de 4 milhões de toneladas de cargas pela hidrovia do rio Madeira em 2010, sendo importante mencionar que este número é relativo somente à navegação interior. A quantidade transportada por esta hidrovia pode ser comparada a hidrovia Paraná-Tietê, onde foram transportadas aproximadamente 5,4 milhões de toneladas em 2010, segundo dados da Administração da Hidrovia do Paraná (AHRANA) e do Departamento Hidroviário da Secretaria de Transportes do Estado de São Paulo (DH-SEST-SP).

    Percebe-se uma ampla predominância do transporte de grãos. A quantidade de soja que passou pela hidrovia em análise representou quase 4% da produção nacional de soja em 2010 ou 13% da produção do Mato Grosso.

    14

    Linha Distância Sentido

    Manaus (AM) - Porto Velho (RO) 1.171 2 281.082 329

    Porto Velho (RO) - Itacoatiara (AM) 1.063 1 6.232 7

    Total de Semi-reboque baú (t) Milhões de Tku

  • Além desses pontos, cabe mencionar a contribuição da hidrovia do rio Madeira no comércio exterior brasileiro pelo prisma logístico. A hidrovia garante uma conexão mais vantajosa da região Centro-Oeste – que concentra a maior produção de grãos do país – com o mercado europeu. Por exemplo, segundo Ojima1, tomando-se Sorriso-MT como região de origem e o porto de Rotterdam (Holanda) como destino, comparando-se a alternativa rodoviária-marítima com saída pelo já congestionado porto de Santos-SP, a via rodo-hidroviária-marítima passando pelo Madeira com saída por Santarém proporciona redução de 3,3 mil quilômetros no trajeto percorrido pela soja, equivalendo a economia de US$14,8/tonelada no frete, com alívio no tráfego de caminhões e proporcionando redução nas emissões de CO2, diminuição de acidentes de trânsito e menores danos às rodovias, dentre outros benefícios econômicos, ambientais e sociais.

    Figura 4. Rotas de exportação de soja para Rotterdam a partir de Sorriso-MT

    Sorriso – Porto de Santarém - Rotterdam por rodovia e hidrovia do rio Madeira

    Sorriso – Porto de Santos – Rotterdam por rodovia

    Além disso, a coincidência de ocorrência de maior demanda de movimentação da soja com o período de cheia do rio (março a julho) torna o uso mais intensivo da hidrovia do rio Madeira rumo a Santarém ou Itacoatiara uma opção extremamente interessante aos produtores que visam a exportação ao mercado europeu.

    Logo, entende-se que a hidrovia do rio Madeira ainda tem um grande potencial a ser explorado, haja vista sua localização estratégica, principalmente para o caso da soja.

    1 OJIMA, Andréa Leda Ramos de Oliveira. Informações Econômicas, SP, v 36, n. 1, jan 2006.

    15

    CAPAS HIDROVIA DO MADEIRA.pdfSlide Number 1Slide Number 2