Trabalho Impermeabilizacao

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ESCOLA TÉCNICA MUNICIPAL DE SETE LAGOAS TRABALHO NBR 9557 Impermeabilização TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES MÓDULO II Alunos: - CARLOS EDUARDO MAIA - EMANUELA DE CASTRO SOARES - MATHEUS DA SILVA ROQUE - PAULO CESAR RODRIGUES - STÉPHANIE KARINE CARVALHO Esta Norma estabelece as exigências e recomendações relativas à seleção e projeto de impermeabilização, para que sejam atendidos os requisitos mínimos de proteção da construção contra a passagem de fluidos, bem como os requisitos de salubridade, segurança e conforto do usuário, de forma a ser garantida a estanqueidade 1 dos elementos construtivos que a requeiram.

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Trabalho impermeabilização

Transcript of Trabalho Impermeabilizacao

(Continuao do Trabalho sobre a NBR 9557 ...................................................................fl 5/42)

ESCOLA TCNICA MUNICIPAL DE SETE LAGOAS

TRABALHO NBR 9557

Impermeabilizao

TCNICO EM EDIFICAES

MDULO II

Alunos:

- CARLOS EDUARDO MAIA

- EMANUELA DE CASTRO SOARES

- MATHEUS DA SILVA ROQUE

- PAULO CESAR RODRIGUES

- STPHANIE KARINE CARVALHO

Esta Norma estabelece as exigncias e recomendaes relativas seleo e projeto de impermeabilizao, para que sejam atendidos os requisitos mnimos de proteo da construo contra a passagem de fluidos, bem como os requisitos de salubridade, segurana e conforto do usurio, de forma a ser garantida a estanqueidade1 dos elementos construtivos que a requeiram.

Abordaremos os tpicos que consideramos mais importante deste assunto

1 "sem vazamento", em ingls no-leak, ou seja, a definio dada a um produto que est isento de furos, trincas ou porosidades que possam deixar sair ou entrar parte de seu contedo.

SUMRIO

1. O que impermeabilizao...................................................................................................05

2. Objetivo .................................................................................................................................05

3. Importncia.............................................................................................................................05

4. Projeto de Impermeabilizao................................................................................................05

4.1 Interferncias com a arquitetura...........................................................................................06

4.1.1 Custo da impermeabilizade em uma obra.........................................................................07

5. Sistema de impermeabilizao...............................................................................................07

5.1 Rgido ..................................................................................................................................07

5.1.1 Principais tipos de impermeabilizantes rgidos ...............................................................07

5.1.2 Aplicaes de impermeabilizantes rgidos .......................................................................07

5.1.2.1 Impermeabilizao rgida..................................................................................................07

5.1.2.2 Argamassa impermevel com aditivo hidrfugo............................................................08

5.1.2.3 Estudo de caso................................................................................................................09

5.1.2.3.1 Cristalizantes...............................................................................................................09

5.1.2.3.2 Mtodo executivo.........................................................................................................10

- Pintura......................................................................................................................................10

- Preparo da Superfcie:.................................................................................................................10

- Aplicao.....................................................................................................................................11

- Cura .........................................................................................................................................11

5.1.2.4 Estudo de caso ...............................................................................................................11

- 1 PASSO: Limpeza da superfcie e saturao do concreto ...................................................11

- 2 PASSO: Retirada do excesso de gua..................................................................................12

- 3 PASSO: Mistura...................................................................................................................12

- 4 PASSO: Aplicao...............................................................................................................12

- 5 PASSO: Cura.......................................................................................................................12

5.1.2.4.1 Aplicao nos encontros da estrutura............................................................................12

5.1.2.3 Impermeabilizante de pega ultra-rpida.........................................................................14

5.1.2.3.1 Mtodo executivo........................................................................................................14

5.1.2.3.2 Argamassa polimrica.................................................................................................17

5.1.2.3.2.1 Mtodo executivo.....................................................................................................18

- Preparo da superfcie:..............................................................................................................18

5.1.2.3.2.1.2 Metodologia Executiva.....................................................................................18

- Preparo do produto:....................................................................................................................18

- Aplicao do produto .................................................................................................................18

5.1.2.4 Estudo de caso - Reservatrios de gua .........................................................................19

5.1.2.4.1 Erros tpicos...................................................................................................................21

5.1.2.5 Estudo de caso - Garagem em subsolo ............................................................................21

5.1.2.5.1 Contextualizao.........................................................................................................21

5.1.2.5.2 Justificativa do projeto................................................................................................22

5.1.2.5.3 Escolha do sistema....................................................................................................22

5.1.2.5.3.1 Mtodo de aplicao...................................................................................................23

5.1.2.6 Estudo de caso - Laje subpresso.....................................................................................24

5.1.2.6.1 Armaduras.....................................................................................................................25

5.1.2.6.2 Cristalizantes do concreto...........................................................................................26

5.2 Flexvel ................................................................................................................................27

5.2.1 Principais tipos de impermeabilizantes flexveis ............................................................27

5.2.1.1 Caracterstica membrana acrlica .................................................................................28

5.2.1.1.1 Descrio ....................................................................................................................28

5.2.1.1.2 Usos ............................................................................................................................28

5.2.1.1.3 Vantagens ...................................................................................................................28

5.2.1.1.4 Aplicao ....................................................................................................................28

5.2.1.1.5 Proteo mecnica ......................................................................................................29

5.2.1.2 Caracterstica membrana asfaltica ................................................................................29

5.2.1.2.1 Membranas asflticas ................................................................................................29

5.2.1.2.2 Membranas sintticas .................................................................................................30

5.2.1.2.3 Asfalto Oxidado ........................................................................................................30

5.2.1.2.4 Asfalto Modificado com Polmeros ..........................................................................30

5.2.1.2.5 Emulso Asfltica ......................................................................................................30

5.2.1.2.6 Soluo Asfltica ......................................................................................................30

5.2.1.2.7 Emulso Polimrica ...................................................................................................30

5.2.1.2.8 Membrana de Elastmero (Polmeros) ......................................................................31

5.2.1.2.9 Membranas Termoplsticas .......................................................................................31

5.2.1.2.10 Vantagens e desvantagens das membranas .............................................................31

5.2.1.2.10.1 Vantagens...............................................................................................................31

5.2.1.2.10.2 Desvantagens .........................................................................................................31

5.3 Escolha dos sistemas de impermeabilizao ......................................................................31

5.4 Classificaes tericas .......................................................................................................31

5.5 Quanto a forma de apresentao ..........................................................................................32

5.5.1 Sistema moldado in-loco ..................................................................................................32

5.5.2 Sistema pr-fabricado .......................................................................................................32

5.6 Analise de desempenho .......................................................................................................32

5.6.1 Ensaios de desempenho ....................................................................................................32

5.6.1.1 Ensaio de trao/alongamento .......................................................................................32

5.6.1.2 Estanqueidade a gua ....................................................................................................33

5.6.1.3 Absoro de gua por imerso ......................................................................................33

5.6.1.4 Puncionamento esttico ......................................................................................,..........33

5.6.1.5 Puncionamento dinmico ..............................................................................................33

5.6.1.6 Puncionamento de rasgamento .............................................................................,,.......33

5.6.1.7 Ensaio de fadiga ...................................................................................................,........33

5.6.1.8 Envelhecimento acelerado .............................................................................................33

5.6.1.9 Aderncia ........................................................................................................,..............33

5.7 Ensaios de caracterizao ....................................................................................................33

5.7.1 Massa especfica ...............................................................................................................33

5.7.2 Viscosidade ......................................................................................................................33

5.7.3 Porcenatagem de teor de slidos em peso ........................................................................33

5.7.4 Teor de cinzas ..................................................................................................................33

5.7.5 Estabilidade ......................................................................................................................33

5.7.6 Secagem ao toque ............................................................................................................33

5.7.7 Pot-life ..............................................................................................................................33

5.7.8 Cobertura ..........................................................................................................................34

5.7.9 Absoro por coluna dgua .............................................................................................34

5.7.10 Flexibilidade baixa temperatura ..................................................................................33

5.7.11 Anlise granulomtrica ...................................................................................................33

5.7.12 Incio e fim de pega .......................................................................................................34

5.7.13 Resistncia a microorganismos ......................................................................................34

5.7.14 Resistncia a agentes agressivos ...................................................................................34

5.7.15 Ensaio de inflamabilidade ..............................................................................................34

5.7.16 Dureza shore A ...............................................................................................................34

5.7.17 Porcentagem de polmero em peso .................................................................................34

5.7.18 Caracterizao do polmero ............................................................................................34

5.7.19 Transmisso de vapor .....................................................................................................34

5.7.20 Ensaio de potabilidade.....................................................................................................34

6. Manuteno e preservao da impermeabilizao ................................................................34

6.1 Contratao e manuteno ..................................................................................................34

6.2 Formas de tratamento ..........................................................................................................35

6.3 Maiores incidncias e preveno .........................................................................................35

6.4 Preservao da impermeabilizao ......................................................................................35

7. Tipos e exemplos de aplicaes .............................................................................................36

7.1 Manta asfltica .....................................................................................................................36

7.2 Manta pr-moldadas ............................................................................................................39

7.3 Sistema rgido ......................................................................................................................40

8. Curiosidades sobre a impermeabilizao ...............................................................................41

9. Concluso ..............................................................................................................................41

1 O que impermeabilizao

Impermeabilizar o ato de isolar e proteger os materiais de uma edificao da passagem indesejvel de lquidos e vapores, mantendo assim as condies de habitabilidade da construo. uma tcnica que consiste na aplicao de produtos especficos com o objetivo de proteger as diversas reas de um imvel contra a ao de guas que podem vir da chuva, de lavagem, de banhos ou de outras origens. Como tudo em construo civil, a impermeabilizao tambm deve ser planejada para reduzir o custo e aumentar a eficincia.A falta ou uso inadequado da impermeabilizao compromete a durabilidade da edificao, causando prejuzos financeiros e danos sade. A gua infiltrada nas superfcies e nas estruturas afeta o concreto, sua armadura, as alvenarias. O ambiente fica insalubre devido umidade, fungos e mofo, diminuindo a vida til da edificao, sem falar no desgaste fsico e emocional do proprietrio ou usurio que sofre com a m qualidade de vida causada pelos problemas existentes no imvel.

2 Objetivo

Proteo da construo contra a passagem de fluidos, assegurando a salubridade dos ambientes, tendo em vista a segurana e o conforto do usurio, de forma a ser garantida a estanqueidade das partes construtivas que a requeiram.

3 Importncia

As principais funes da impermeabilizao so:

- Aumentar a durabilidade dos edifcios;

- Impedir a corroso das armaduras do concreto;

- Proteger as superfcies de umidade, manchas, fungos, etc.

- Garantir ambientes salubres

4 Projeto de Impermeabilizao

O projeto bsico de impermeabilizao deve ser realizado para obras de edificaes multifamiliares, comerciais e mistas, industriais, bem como para tneis, barragens e obras de arte, pelo mesmo profissional ou empresa responsvel pelo projeto legal de arquitetura, conforme definido na NBR 13532.

O projeto executivo de impermeabilizao, bem como os servios decorrentes deste projeto, devem ser realizados por profissionais legalmente habilitados no CREA, com qualificao para exercer esta atividade. O responsvel tcnico pela execuo deve obedecer de forma integral a esse projeto. Em todas as peas grficas e descritivas (projeto bsico, projeto executivo e projeto

realizado), devem constar os dados do profissional responsvel junto ao CREA, bem como a correspondente Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART).

O projeto de impermeabilizao deve ser desenvolvido juntamente com o projeto geral e os projetos setoriais, prevendo-se as correspondentes especificaes em termos de dimenses, cargas, cargas de testes e detalhes. O projeto deve ser constitudo de: memorial descritivo e justificativo, desenhos e detalhes especficos, alm das especificaes dos materiais e dos servios a serem empregados e realizados. Para a elaborao do projeto devemos considerar:

a) A estrutura a ser impermeabilizada

Tipo e finalidade da estrutura, deformaes previstas e posicionamento das juntas.

b) As condies externas s estruturas

Solicitaes impostas s estruturas pela gua, solicitaes impostas s impermeabilizaes,

detalhes construtivos, projetos interferentes com a impermeabilizao e anlise de custos X durabilidade.

4.1 Interferncias com a arquitetura

Existem algumas interferncias entre o projeto arquitetnico das reas que devem receber impermeabilizao, principalmente com relao aos detalhamentos, que devem ser equalizadas ainda na fase de concepo do projeto.

O arquiteto deve ter pleno conhecimento das necessidades tcnicas com relao impermeabilizao, para desta forma, considerar solues arquitetnicas que no inviabilizem a correta execuo da impermeabilizao e de seus arremates e que tambm, no resultem em vcios construtivos podendo acarretar problemas patolgicos de difcil resoluo.

Lamentavelmente, observamos atualmente que os projetos executivos de arquitetura possuem detalhamento de interferncias cada vez mais reduzido, deixando muitas decises para serem tomadas em campo. Normalmente a que se d a origem dos maiores problemas. Podemos citar como pontos a serem considerados como os principais viles para a impermeabilizao, os seguintes:

- Paredes em concreto aparente onde a impermeabilizao dever ser arrematada nos rodaps.

- Pilares e elementos em cascas em concreto aparente que chegam at as lajes impermeabilizadas.

- Terraos e sacadas sem peitoril, onde no h como fazer a virada da impermeabilizao.

- Lajes sem platibanda com queda livre das guas pluviais.

- Platibandas com altura insuficiente para acomodar todas as camadas que compe a impermeabilizao.

- Helipontos sem condies de arremates nas bordas.

- Fixaes de elementos como gradis, postes, antenas, etc., sem ter sido prevista uma base adequada.

- Bancos em reas comuns, assentados sobre a impermeabilizao.

- Jardineiras profundas e com abertura reduzida, onde no h condies operacionais adequadas execuo da impermeabilizao.

- Paredes em ngulos fechados (< 45 ) de difcil execuo de arremates.

- Poos de ventilao sem as condies adequadas de virada.

- Domus e clarabias mal posicionadas, ou seja, muito juntas entre si ou muito prximas s

paredes ou elementos verticais.

- Paredes ou elementos decorativos que no estejam compatibilizados com a estrutura, atravessando juntas de dilatao.

- Salincias e ressaltos na fachada constituindo pontos que favoream a penetrao de gua.

- Utilizao de buzinotes ao invs de pontos de escoamento de guas pluviais.

- Tampas de caixas de inspeo, caixas de gua, caixas de fora, etc, sem ter sido previsto o correto arremate da impermeabilizao.

- Alturas e cotas insuficientes para acomodar todas as camadas que iro compor a impermeabilizao.

- Adotar nveis de gua em espelhos dgua e piscinas acima do trmino da impermeabilizao.

Enfim, na prancheta do arquiteto que nascem as idias e no deve haver ningum que tenha maior intimidade com o projeto. Portanto, cabe a ele adequar e compatibilizar as solues arquitetnicas com as solues tcnicas, dentre elas, a impermeabilizao.

4.1.1 Custo da impermeabilizade em uma obra

5 Sistema de impermeabilizao

Os sistemas de impermeabilizao podem ser classificados em rgidos e flexveis e esto relacionados s partes construtivas sujeitas ou no, a fissurao.

5.1 Rgido

A impermeabilizao rgida aquela que torna a rea aplicada impermevel pela incluso de aditivos qumicos, aliado correta granulometria dos agregados e reduo da porosidade do elemento, entre outros. Os impermeabilizantes rgidos no trabalham junto com a estrutura, o que leva a excluso de reas expostas a grandes variaes de temperatura. Este tipo de impermeabilizao indicado para locais que no esto sujeitos a trincas ou fissuras, tais como:

Locais com carga estrutural estabilizada: poo de elevador, reservatrio inferior de gua (enterrado);

Pequenas estruturas isostticas expostas;

Condies de temperatura constantes: subsolos, galerias e piscinas enterradas, galeria de barragens.

5.1.1 Principais tipos de impermeabilizantes rgidos

Argamassa impermevel com aditivo hidrfugo

Argamassa modificada com polmero

Argamassa polimrica

Cimento cristalizante para presso negativa

Cimento modificado com polmero

Membrana epoxdica

5.1.2 Aplicaes de impermeabilizantes rgidos

5.1.2.1 Impermeabilizao rgida

De acordo com a NBR 9575, chamada impermeabilizao rgida como o conjunto de materiais ou produtos aplicveis nas partes construtivas no sujeita fissurao. Isso ocorre devido sua baixa capacidade de absorver deformaes da base da estrutura a ser impermeabilizada, principalmente deformaes concentradas como fissuras e trincas.

Desta maneira, so utilizadas em estruturas que tem deformaes limitadas, sendo assim protegidas da variao trmica e incidncia solar, como cisternas, por exemplo.

5.1.2.2 Argamassa impermevel com aditivo hidrfugo

Aditivos hidrfugos so aditivos impermeabilizantes de pega normal, reagindo com o cimento durante o processo de hidratao. So compostos de sais metlicos e silicatos (DENVER, 2008).

Os aditivos hidrfugos proporcionam a reduo da permeabilidade e absoro capilar, atravs do preenchimento de vazios nos capilares na pasta de cimento hidratado, tornando os concretos e argamassas impermeveis penetrao de gua e umidade. (SIKA, 2008).

Pode ser adicionado ao concreto ou utilizado para preparar argamassa impermevel de revestimento diretamente, evitando eflorescncias. Como adicionado argamassa, seu efeito permanente, pois possibilita uma espessura de camada impermevel maior. Vale lembrar, argamassa impermevel no promove maior resistncia estrutura. (VEDACIT, 2010)

Sendo o revestimento ou, no caso do concreto aditivado, a estrutura, o prprio agente impermeabilizante, devemos utilizar este mtodo em elementos que no estejam sujeitos a movimentaes estruturais nem a grandes variaes trmicas, que ocasionariam trincas e fissuras.

O aditivo deve ser adicionado gua de amassamento a ser utilizada. Sendo as recomendaes gerais dos preparos, de acordo com a VEDACIT, um dos principais fabricantes do produto, as seguintes:

- As estruturas a serem impermeabilizadas com argamassa rgida de aditivo hidrfugo devem estar suficientemente dimensionadas e sem trincas. De maneira que o revestimento no rompa aps a aplicao

- As superfcies a serem revestidas com a argamassa devem estar speras e isentas de partculas soltas e os cantos devem ser arredondados, formando meia-cana. Com isso, aumenta-se a capacidade de aderncia da superfcie e a aplicao facilitada atravs das meias-canas

A aplicao da argamassa aditivada deve ser feita em duas ou trs camadas de aproximadamente 1 cm de espessura, desempenando a ltima camada, no alisando com desempenadeira de ao ou colher de pedreiro (SIKA, 2008).

Atentando-se para a no incluso do aditivo no chapisco, j que h a possibilidade de perda de aderncia. Desta maneira, antes da aplicao da argamassa com aditivo hidrfugo, o chapisco deve ser executado de maneira convencional.

J o modo de aplicao da argamassa aditiva deve ser feita como de costume, utilizando, assim, desempenadeira de madeira ou colher de pedreiro.

Figura 46: Aplicao de argamassa com colher de pedreiro e desempenadeira de madeira Fonte: Revista Tchne Edio 115 - Novembro/2006

5.1.2.3 Estudo de caso

Como estudo, sero utilizados dois casos em que foi utilizada a soluo com argamassa impermevel com aditivo hidrfugo, em que ambas apresentavam problemas com umidade ascendente.

No primeiro deles, em uma rea do trreo, de uma edificao no Jardim Botnico, Rio de Janeiro apresentavam-se partes estufadas do revestimento e com a tinta soltando, conforme a foto 47. Pelas caractersticas da patologia, que se mantinha prxima ao piso, e as caractersticas do local, que no sofre presso negativa ou positiva, caracterizou-se a patologia como decorrente de umidade ascendente.

Figura 47: Parede com patologia decorrente de umidade ascendente Fonte: O autor

O outro caso ocorreu na Urca, Rio de Janeiro. Em um cmodo da edificao no trreo havia a mesma patologia apresentada no caso anterior, com o revestimento soltando alm de mofo ao longo de todo o rodap.

O diferencial deste caso o fato de a parede em questo que ela uma parede de divisa para a fachada, o que aumenta ainda mais o contato com a umidade.

Desta maneira, o tratamento foi feito tanto na parte interna quanto na externa da edificao, do mesmo modo: primeiro retirou-se todo o revestimento existente da parede at uma altura de 50 cm acima da umidade existente, para, ento, ser aplicada a argamassa aditivada.

Mas, deve-se resaltar, que nos casos de umidade ascendente, para que se tenha certeza que no haver problemas futuros o mais indicado que se fao o tratamento at o teto. Pois comum que, com o passar do tempo, a umidade avance a altura estipulada inicialmente da aplicao.

5.1.2.3.1 Cristalizantes

O sistema de impermeabilizao por cristalizao consiste de argamassas cimentcias com compostos qumicos ativos que promovem a cristalizao no concreto e consequentemente a impermeabilizao da estrutura, de acordo com definio da Revista Tchene.

Cimentos cristalizantes so impermeabilizantes rgidos, base de cimentos especiais e aditivos minerais, que possuem a propriedade de penetrao osmtica 27 nos capilares da estrutura, formando um gel que se cristaliza, incorporando ao concreto compostos de clcio estveis e insolveis (DENVER, 2008). Esses cristais insolveis que avanam pelos poros e fissuras, selando-os permanentemente contra a passagem de gua e agentes agressivos.

Desta maneira, este impermeabilizante pode ser utilizado em estruturas monolticas, ou seja, aquelas sem movimentaocomo estaes de tratamento de gua (ETA), reservatrios e pisos frios ou em contato direto com o solo. Alm de tambm podem ser utilizado como sistema auxiliar, aumentando a impermeabilizao e, com isso, a durabilidade do concreto.

Quando no utilizado diretamente na gua de amassamento de concreto, existem dois tipos de cristalizantes. No primeiro tipo, os cimentos cristalizantes, so aplicados na forma de pintura nos seguintes materiais previamente saturados: concreto, blocos de concreto e tijolos cermicos revestidos de argamassa.

O segundo tipo so os cristalizantes lquidos base de silicatos e resinas que injetados e, por efeito de cristalizao, preenchem a porosidade das alvenarias de tijolos macios, bloqueando a umidade ascendente (VIAPOL, 2008).Segundo a MC Bauchemie, produtora do Xypex, os critalizantes utilizados em estruturas de concreto tiram vantagem das caractersticas naturais e inerentes da estrutura de concreto, seu sistema de capilaridades e caractersticas qumicas. Assim, por meio de difuso, os produtos qumicos reativos usam a gua com meio migrante para entrar e caminhar atravs das capilaridades do concreto. Este processo catalisa reaes entre a umidade e os produtos qumicos naturais subprodutos da hidratao do cimento, hidrxido de clcio, sais minerais, xidos minerais e partculas de cimento no hidratadas e sub-hidratadas. Que resulta numa formao cristalina no solvel que sela definitivamente os poros e capilaridades do concreto. Desta maneira, os poros se tornam descontnuos e impenetrveis pela gua e outros lquidos de qualquer direo. Sendo que, por ser cataltico, o processo pode se reativar sempre que houver a presena de gua, reativando-se, assim, continuamente quando sofrendo presso de gua.

A figura 48 apresenta o processo de cristalizao da estrutura de concreto.

Figura 48: Processo de cristalizao do concreto Fonte: Xypex

concrete untreated = concreto antes do tratamento; crystallization begins =

incio da cristalizao; crystallization matures = cristalizao terminada

5.1.2.3.2 Mtodo executivo

- Pintura

No caso dos cristalizantes aplicados na forma de pintura, a aplicao pode ser feita com uma trincha direto na estrutura. Sendo que h, tambm, a possibilidade da utilizao de jatos de spray, desde que de acordo com as especificaes tcnicas do fabricante.

- Preparo da Superfcie:

A superfcie de concreto a ser tratada, deve estar limpa, livre da camada superficial de pasta, sujeiras, filmes, tintas, revestimentos e outros agentes contaminantes. E, para que haja suco do produto pela estrutura, a superfcie deve possuir um sistema capilar aberto com porosidade. Desta maneira, superfcies muito lisas, devero ser lixadas ou jateadas com gua ou areia.Apsaaberturada porosidade da superfcie, preciso que se garanta a saturao da estrutura para garantir a completa penetrao dos agentes qumicos ativos. Assim, antes da aplicao, deve-se garantir que a estrutura fique totalmente molhada com gua limpa at que fique saturada. Atentando que todo o excesso deve ser retirado.

- Aplicao:

Como dito anteriormente, a aplicao pode ser feita com trincha, spray ou escovo, ao se tratar de grandes estruturas. A pintura deve ser feita de forma cruzada, para que se garanta homogeneidade da estrutura, atentando para que a espessura da camada no ultrapasse o indicado pelo fabricante e no interfira no processo de cura.

Deve-se respeitar o consumo indicado por fabricante, assim, quando houver a necessidade de mais de uma demo, a aplicao deve ser feita antes do trmino do processo de cura, pois, enquanto este processo no se encerra, ainda h poros abertos que permitem a suco da segunda camada.

- Cura:

Aps aplicao e secagem inicial, deve-se realizar a cura do material atravs de uma fina camada de gua. O processo de cura e a quantidade de gua utilizada devem seguir as recomendaes do fabricante, dependendo, inclusive, do clima local.

Durante o processo, para que ocorram as reaes qumicas necessrias, o impermeabilizante cimentcio necessita do contato com o ar, portanto o tratamento deve estar com sua superfcie livre, sem contato direto com coberturas ou lonas plsticas.

5.1.2.4 Estudo de caso

De maneira a exemplificar o mtodo, ser apresentada a aplicao do impermeabilizante em uma laje de concreto, de modo a evitar a infiltrao e a umidade atravs de presses negativas.

O mtodo foi escolhido devido s caractersticas do caso, umidade devido a presses negativas em uma laje enterrada, ou seja, de baixa movimentao, o que permite a utilizao de sistemas rgidos. Alm disso, necessitava-se, apenas, fazer um fechamento capilar da estrutura de concreto. Assim, para melhor visualizao do processo de execuo, a aplicao feita no local ser apresentada na forma de um passo a passo.

- 1 PASSO: Limpeza da superfcie e saturao do concreto

Para que se obtivesse maior aderncia do produto impermeabilizante na superfcie, foram soltas partes desagregadas do concreto com cavadeira e, depois, feitas limpeza com bomba de gua de alta presso para retirada de pequenos fragmentos. Assim, foi feita simultaneamente saturao do concreto.

Na figura 49 vista a limpeza da superfcie de concreto utilizando bomba de gua com jato de alta presso.

Figura 49: Aplicao de jato de gua para limpeza da superfcie Fonte: O autor

- 2 PASSO: Retirada do excesso de gua

Para perfeita aplicao do produto, deve ser retirado todo o excesso de gua para a penetrao qumica do produto pela superfcie. Tal retirada foi feita manualmente at o poo de guas servidas, servio facilitado pelo caimento da laje.

- 3 PASSO: Mistura

Misturou-se mecanicamente, para melhor homogeneidade, o p impermeabilizante com a gua seguindo a proporo indicada pelo fabricante de 5:3 (p:gua) para aplicao com trincha, conforme a figura 50.

Figura 50: Mistura mecnica do produto Fonte: O autor

- 4 PASSO: Aplicao

Utilizando-se de uma trincha, a aplicao foi feita atravs de pintura cruzada da superfcie a ser tratada, como a figura 51.

Figura 51: Aplicao com trincha Fonte: O autor

- 5 PASSO: Cura

Aps a secagem inicial, a cura foi feita, como pedido por fabricante, atravs de fino spray de gua. Em condies normais esta aplicao deve ocorrer por 3 vezes durante 2 dias, podendo aumentar para at mais 3 vezes por dia, em dias de muito calor, situao semelhante apresentada no local devido a pouca circulao de ar apresentada.

5.1.2.4.1 Aplicao nos encontros da estrutura

J o tratamento dos cantos deve ser feito de maneira separadamente do restante da rea a ser impermeabilizada, diferenciando-se atravs do trao utilizado, j que usada uma menor proporo de gua na mistura. Na figura 52, v-se a aplicao nos cantos j boleados.

Figura 52: Aplicao nos cantos Fonte: O autor

O mais importante nesta rea de aplicao o preparo da superfcie, onde devem ser evitados os cantos vivos. Criando, se possvel, uma meia cana ao logo do permetro.

Desta maneira, deve-se fazer o preparo de superfcie adequado, seguindo as recomendaes que sero transmitidas a seguir.

Na figura 53, demonstra-se como costumam ficar os cantos logo aps a concretagem, com falhas e imperfeies que devem ser corrigidas. Em primeiro lugar, devem ser retiradas partes desagregadas do concreto.

Figura 53: Falhas de concretagem nos encontros Fonte: O autor

Aps a retirada das partes soltas, as falhas de concretagem devem ser preenchidas para que seja feita posteriormente a impermeabilizao, atentando para que no seja feita de maneira a deixar cantos vivos, como na figura 54. Pois assim seriam criados dois pontos de fraqueza da impermeabilizao nas juntas.

Figura 54: Estrutura com cantos vivos Fonte: O autor

J na figura 52 a seguir, apresenta-se o mtodo correto de execuo com o canto boleado.

Figura 55: Detalhamento de meia cana executada em estrutura de concreto Fonte: O autor

O processo se mostrou simples e eficaz, formando uma pelcula nica sobre o piso, fechando possveis poros da estrutura. O acabamento tambm agradvel esteticamente, no necessitando de pinturas, por exemplo.

O porm desta soluo a falta de proteo da camada impermeabilizante, impossibilitando a fixao atravs de chumbadores na estrutura, obrigando que se tenham maiores cuidados durante a utilizao devido a exposio do sistema. No entanto, isto vantajoso no que diz respeito a reparos, j que, com o sistema visvel, mais fcil a visualizao da falhas do sistema.

5.1.2.3 Impermeabilizante de pega ultra-rpida

um produto cimentcio impermeabilizante de pega-ultra rpida, ou seja, cujo inicio de pega se d em apenas poucos segundos, geralmente de 10 a 15, e o fim entre 20 e 30 segundos. H tambm alta aderncia e grande poder de tamponamento.

De acordo com a SIKA, um dos maiores produtores, define-se o produto como: uma soluo aquosa de silicato modificado de alta alcalinidade, que, quando misturado com a gua e o cimento, se transforma em hidrossilicato. Tem como principaiscaractersticas ser um cristal insolvel em gua, que preenche os poros da argamassa (SIKA, 2008).

J de acordo com a Viapol, fabricante do P 2, impermeabilizante de pega ultra-rpida mais utilizado, indica-se seu uso para o tamponamento de jorros dgua e de infiltraes em geral que ocorrem em funo da ao da presso da gua do lenol fretico. Utilizando-o, assim, em poos de elevadores, tneis, galeria, subsolos e outras estruturas sob influncia do lenol fretico. Outra utilizao possvel do produto seria como aditivo ao cimento Portland, agindo como um acelerador de pega.

Na figura 56, apresentam-se as etapas de um tamponamento de jato de gua.

Figura 56, a,b.c.d: Aplicao impermeabilizante de pega ultra-rpida Fonte: Ventutini, 2008

5.1.2.3.1 Mtodo executivo

Para utilizao do produto, o primeiro a passo a ser dado o da identificao do exato ponto de vazamento. A partir dele deve-se chegar ao ponto vazio d estrutura e se preparar uma zona de aderncia ao produto.

Assim, o preparo da estrutura consiste na abertura dos pontos de infiltrao, alargando-os e aprofundando-os, at que se chegue ao ponto de vazamento sem a presena de materiais desagregados.

Aps o preparo da superfcie, o produto deve ser mistura a gua limpa, respeitando as propores indicadas pelo fabricante, de maneira atenta, para que o processo de pega no comece antes mesmo da aplicao.

A aplicao do material deve ser feita de forma manual, introduzindo a argamassa de cimento de pega ultra-rpida no ponto de vazamento, pressionando a argamassa at o fim do processo de endurecimento.

Quando o jorro possuir alta presso, impossibilitando seu tamponamento, aconselha-se o uso de mangueiras, ou dispositivos semelhantes, que permitem a diminuio da presso dgua, como mostrado na figura 57. De modo com que o tamponamento seja feito aos poucos.

Figura 57: Dreno para tamponamento de vazamento Fonte: O autor

Em um primeiro momento, deve-se escarear a estrutura, de modo a serem retiradas partes desagregadas da estrutura. Na figura 58, apresenta-se uma estrutura com vazamento a ser escareada.

Figura 58: Estrutura com jorro dgua Fonte: O autor

Coloca-se, ento, uma pequena mangueira, ou tubo, no cento do ponto de

vazamento para que a sada de gua seja canalizada, facilitando a aplicao do produto. Com isso, inicia-se o tamponamento ao redor da mangueira colocada, como visto na figura 59.

Figura 59: Colocao de tubo no local do vazamento e tamponamento radial Fonte: O autor

Conforme feito o tamponamento, de dentro para fora na rea a ser aplicado o cimento de pega ultra-rapida, o fluxo aumenta proporcionalmente, e o tamponamento deve continuar a ser feito at que s haja jorro atravs da mangueira.

Ou seja, a aplicao deve ser feita de fora para dentro em sentido radial, com a parte central da rea de vazamento sendo tamponada por ltimo. Como o inicio de pega do produto muito rpido, ele deve ser misturada a gua apenas no momento de aplicao e de maneira manual. O importante no momento da mistura no manusear aps a mistura, pois isso faz com que a quebra das molculas seja agilizada, fazendo com o tempo de pega diminua e parte do material possivelmente se perca.

A figura 60 representa o momento descrito de aplicao para tamponamento de jorro dgua de alta presso.

Figura 60: Vista superior de tamponamento de jato dgua Fonte: O autor

5.1.2.3.2 Argamassa polimrica

um material biocomponente, ou seja, composto por dois materiais distintos que devem ser misturados antes da utilizao, no caso um componente em p e outro na forma de resina.

De acordo com a Viapol, defini-se a argamassa polimrica como uma argamassa de cimento modificada com polmeros, bicomponente, base de cimento, agregados minerais inertes, polmeros acrlicos e aditivos.

Pela presena dos polmeros acrlicos o composto torna o sistema mais flexvel, fazendo com que seja capaz de suportar pequenas movimentaes da estrutura. Por isso, fabricantes classificam o produto como semi-flexvel. No entanto, apesar de um sistema mais flexvel, ainda se trata de uma argamassa, rgida como cimento.

Outras caractersticas do sistema a capacidade de resistir tanto a presses hidrostticas positivas, quanto negativas, a incapacidade de alterar a potabilidade da gua e ser uma barreira contra sulfatos e cloreto. Sendo que, essas duas caractersticas se tornam preponderantes para que o sistema seja recorrentemente especificado para reservatrios enterrados.

As argamassas polimricas so fornecidas em dois componentes e com as indicaes de propores pelo fabricante. Sendo os mais utilizado o Viaplus 1000 e o Denvertec 100.

5.1.2.3.2.1 Mtodo executivo

- Preparo da superfcie:

O preparo da superfcie a etapa mais demorada e trabalhosa do sistema. De acordo com indicaes da Denver, as condies gerais para o inicio da impermeabilizao so as seguintes:

-Concreto desformado e curado por no mnimo 28 dias, tendo cobrimento de armadura mnimo de 3,0 cm.

-Restos de madeira, pontas de ferro, concreto desagregado ou quaisquer outros elementos no pertencentes estrutura devem ser removidos.

-Furaes, ralos, tubos passantes de instalaes executadas e liberadas.

-Esperas para postes, gradis, e demais elementos fixados na estrutura, concludos e liberados.

-Chumbadores para escadas marinheiro, guias, pra- raios, etc, rigidamente fixados.

-rea desimpedida, limpa e interditada para o incio dos trabalhos.

5.1.2.3.2.1.2 Metodologia Executiva

-Detectar todas as falhas de concretagem, ninhos, etc. retirando-se o agregado solto, at a obteno de concreto firme e homogneo. Durante a retirada do concreto, deve-se tentar obter uma cavidade cncava, com borda superior inclinada, de forma a facilitar a aderncia do reparo.

-Pontas de ferro de amarrao de frmas devem ser cortadas a uma profundidade mnima de 3 cm para o interior do concreto.

-Existindo o sistema de travamento de frmas, atravs de parafusos ou travas recuperadas, retirar o tubo de PVC e escarear a superfcie lisa deixada pelo tubo, utilizando-se furadeira eltrica, com broca de dimetro igual ao do orifcio.

-A recomposio das falhas de concretagem e o preenchimento dos furos e reparos necessrios no devem ser executados com argamassa comum. Para espessuras at 7 cm devem ser executadas preferencialmente com argamassa modificada com polmeros acrlicos industrializada

Aps a verificao de cada um desses pontos, deve ser executada a limpeza do substrato e o umedecimento da superfcie com gua limpa.

- Preparo do produto:

O preparo da argamassa deve se dar de acordo com as especificaes do fabricante, geralmente o produto deve ser preparado no momento de aplicao.

De acordo com a Denver, sua argamassa polimrica Denvertec 100 deve ser preparada, para ser aplicada na forma de pintura, adicionando o componente B (p) aos poucos ao componente A (resina) e misturar mecanicamente por 3 minutos ou manualmente por 5 minutos, tomando-se cuidado para dissolver possveis grumos.

J para a aplicao do produto como revestimento, deve-se utilizar a metade do componente A (resina) e adicionar a quantidade total do componente B (p). E, para a obteno da consistncia desejada, deve-se adicionar aos poucos o componente A (resina).

- Aplicao do produto:

A aplicao deve ser feita com auxilio de trincha, desempenadeira metlica ou vassoura de pelo, no caso de grandes reas, de acordo com a consistncia especificada em projeto, pintura ou revestimento.

Nas figuras 61 e 62 so representadas as aplicaes trincha e com desempenadeira metlica, de argamassa polimrica, respectivamente.

Figura 61: Aplicao de argamassa polimrica trincha Fonte: Revista Tchne Edio 115 -Novembro/2006

Figura 62: Aplicao de argamassa polimrica com desempenadeira metlica Fonte: Revista Tchne Edio 115 - Novembro/2006

Os fabricantes indicam uma aplicao mnima de 1 kg/m por camada, com a aplicao subsequentes de 2 a 4 camadas da argamassa, aps secagem de cada camada. No entanto, durante a execuo, deve-se tomar como parmetro o consumo total indicado, independente do numero de aplicaes. Pois o consumo varia conforme o nmero de demos, j que no inicio da aplicao o consumo costuma ser maior, caindo a medida que o produto aplicado.

J, as regies criticas, como ralos e juntas de concretagem, devem ter o revestimento reforado com a incorporao de uma tela industrial de polister.

5.1.2.4 Estudo de caso - Reservatrios de gua

Como os reservatrios, tanto inferiores quanto superiores, so as estruturas mais caracterizadas quanto ao uso da argamassa polimrica no processo de impermeabilizao, cabe uma discusso mais aprofundada da impermeabilizao dessas estruturas neste tpico.

Pode-se dizer que, as cisternas e caixas dgua, so responsveis de substancial movimentao do mercado de impermeabilizao na cidade do Rio de Janeiro, sendo executadas, na maioria das vezes, por empresas de manuteno predial.

Ambos os reservatrios podem ser considerados de pouca movimentao, mesmo os superiores. Desta maneira a soluo mais utilizada o uso de solues de sistemas de impermeabilizao rgidos, destacando-se o uso da argamassa polimrica. Com o cuidado de, nas caixas dgua, haver a previso da dilatao e retrao ocasionadas pela variao trmica devido exposio ao sol, prevendo, assim, a aplicao de estruturantes, como na figura 63.

Figura 63: Aplicao de estruturante em reservatrio Fonte: Cetimper

Deve-se dizer que, apesar das dilataes e retraes dos reservatrios superiores, o uso de manta asfltica no recomendado. Pois, mesmo no sendo este um erro conceitual, a utilizao da manta pode diminuir a vida til da impermeabilizao. E isso ocorre porque, nas paredes e teto do reservatrio, a ao da gravidade age contra a aderncia da manta na superfcie do reservatrio.

Desta maneira, com o tempo, com a manta se desprende da parede e o reservatrio comea a vazar. Alm disso, h o perigo da execuo com maarico ou asfalto quente dentro de um espao confinado, o que no atende as normas de segurana do trabalho.

Como dito anteriormente, na descrio do mtodo executivo da argamassa polimrica, o preparo da superfcie para a aplicao da impermeabilizao o processo mais demorado da execuo do sistema e, muitas vezes, no recebe a ateno devida.

Assim, antes que seja iniciado o processo de impermeabilizao deve-se fazer os preparos de superfcies relativos aos seguintes pontes:

- Tratamento de trincas e fissuras

- Execuo de meia-cana no encontro de piso e parede

- Tratamento ninhos e falhas de concretagem

- Corrigir o recobrimento das armaduras

- Chumbamento com argamassa tipo Grout de peas como ralos e tubos

Na figura 64, pode ser visto um exemplo em que a armadura do reservatrio est exposta, aps degradao da estrutura, devido atuao da em gua em reservatrio com sistema de impermeabilizao deficitrio. Exemplo de local onde necessita-se fazer o tratamento da armadura danificada e refazer o recobrimento da estrutura em concreto do reservatrio.

Figura 64: Armadura aparente em reservatrio Fonte: Cetimper

Aps o preparo de toda a superfcie, conforme as figuras 65 e 66 abaixo, a aplicao deve feita conforme o explicado anteriormente.

Figura 65: rea de reservatrio com recobrimento refeito Fonte: Cetimper

Figura 66: Juntas de concretagem tratadas com argamassa tipo Grout Fonte: Cetimper

5.1.2.4.1 Erros tpicos

Um erro muito comum na execuo do sistema de impermeabilizao dos reservatrios ocorre em seus fechamentos superiores, pela ideia errada de que o teto dos reservatrios no sofre com a umidade, o que errado j que h ao do vapor dgua.

Desta maneira, muitas vezes, se negligenciam esta rea dos reservatrios, ou utilizada de maneira errada a argamassa polimrica, pelo desconhecimento que h deste tipo de material no suportar a gua em sua forma de vapor. Isto faz com que o cloro presente na gua deteriore, aos poucos, o concreto.

Na prxima figura 67 vista uma tampa de cisterna com sinais visveis de corroso. Para que sejam solucionados os efeitos do vapor dgua com cloro, deve ser feita pintura epxi na parte superior do reservatrio.

Figura 67: Tampa de cisterna corroda Fonte: O autor

5.1.2.5 Estudo de caso - Garagem em subsolo

5.1.2.5.1 Contextualizao

Este caso foi acompanhado pelo Autor, e se trata de impermeabilizao de uma garagem em subsolo em um edifcio comercial no Catete, Rio de Janeiro. Tal garagem estava com seu uso impossibilitado devido a infiltraes provenientes a presses negativas, ou seja, de fora para dentro do subsolo.

5.1.2.5.2 Justificativa do projeto

A partir do impedimento do uso total da garagem se torna justificvel a sua no utilizao durante o perodo de obras para que fosse possvel o seu uso de maneira total aps a execuo do projeto.

J o investimento desprendido justifica pelo custo de uma vaga de garagem na cidade do Rio de Janeiro, visto que, o custo das vagas de garagem nas grandes cidades brasileiras vem crescendo a cada ano. De acordo com levantamento da Revista Exame, por exemplo, as vagas na regio do Centro do Rio de Janeiro chegam a ser comercializadas a at R$100 mil. E, em reportagem do jornal O Globo, afirmado aps pesquisas com imobilirias que ma vaga de garagem em condomnio da Zona Sul est regulando com o salrio mnimo e pode at ultrapassar este valor, em bairros como Leblon, Ipanema e Copacabana.

5.1.2.5.3 Escolha do sistema

Por ser uma estrutura enterrada e, assim, de pouca movimentao, foi definido que o sistema a ser escolhido seria o rgido, sendo os materiais escolhidos resistentes a presses negativas, devido s caractersticas do tipo de vazamento.

Decidiu-se, ento, pela soluo:

- Cristalizantes, atravs do T.E.H - Tratamento Especial Heydi

Foi escolhido, assim, um produto bicomponente da Viapol de impermeabilizante cristalizante, cujas caractersticas e mtodo executivos j foram descritos no trabalho. Cujos materiais so apresentados na figura 68.

Figura 68: Produto cristallizante Fonte: Viapol

5.1.2.5.3.1 Mtodo de aplicao

O produto deveria ser aplicado diretamente na estrutura de concreto, sendo a aplicao em toda a parede e, tambm, feita em uma faixa de 30 cm no permetro do teto, para evitar a passagem de gua por esse trecho devido capilaridade. Alm da aplicao no piso.

Como as duas aplicaes devem ser feitas diretamente na estrutura do concreto, para ambas, seria necessria a retirada do revestimento e da pavimentao. Com isso, comearam, ento, percusses, tanto na parede quanto no piso, para que, posteriormente, fossem iniciados os processos de demolio.

Nesta etapa descobriu-se, ento, um fator preponderante para as definies subsequentes de projeto: no havia laje de subpresso como era esperado. No local o que se viu foram diversas camadas sobrepostas de contrapiso, provavelmente executadas em diferentes perodos visando eliminar os vazamentos. Isto fez com que o mtodo de impermeabilizao a ser executado fosse revisto, o uso do cristalizante foi substitudo pela execuo de uma laje subpresso com o uso de aditivos impermeabilizantes.

Desta maneira, iniciou-se a demolio do revestimento existente e fez-se a impermeabilizao com argamassa polimrica conforme o previsto para que depois fosse iniciada a demolio do contrapiso. Escolheu-se impermeabilizar primeiro as paredes, pois, previu-se que a demolio do contrapiso existente aumentaria os vazamentos, dificultando os trabalhos. Previso que se mostrou correta no decorrer da obra.

Na figura 69, pode-se ver a aplicao j realizada nas paredes e teto do subsolo.

Figura 69: Parede e teto de subsolo impermeabilizadas Fonte: O autor

Com o trmino da aplicao do impermeabilizante nas paredes, iniciou-se o processo de demolio do contrapiso existente. E, conforme previso feita anteriormente, o vazamento aumentou, fazendo com que fosse necessrio executar drenos que direcionassem a gua captada para bombas de recalque que impedissem a elevao do nvel dgua no subsolo.

Na figura 70, v-se um dos drenos instalados direcionado para o poo de guas servidas do prdio, alm de uma bomba de suco.

Figura 70: Dreno e bomba de suco em subsolo Fonte: O autor

No entanto, apesar de manterem o nvel dgua mais baixo, os drenos no foram criados como artifcio de projeto para que fossem evitados os vazamentos e infiltraes no subsolo. Isso por dois motivos:

- Economia de energia devido ao acionamento constante das bombas dos poos de guas Servidas do prdio

- Aumento de vazios no solo devido o retirada de gua do lenol fretico

A segunda questo , conceitualmente, a maior delas, devido aos possveis danos estruturais, ocasionados por problemas estruturais, aos vizinhos. Porque, com a drenagem constante de gua pode ocasionar um carreamento grande de partculas a ponto de criar vazios que prejudiquem as fundaes das edificaes vizinhas.

Tal preocupao deve ser considerada, j que, nos ltimos anos, aps a utilizao deste tipo de soluo, ocorreram casos computados de danos vizinhos na cidade do Rio de Janeiro. Onde o uso dos drenos na construo de grandes torres obrigou que fossem feitas interdies e, posteriormente, reforos nas fundaes, em construes mais antigas com fundaes diretas na regio do centro da cidade. Fato que gerou apresentaes e debates no simpsio de Impermeabilizaes em Estruturas de Concreto Enterradas na SINDUSCON-RJ, que sero comentados nos captulos a seguir.

5.1.2.6 Estudo de caso - Laje subpresso

A laje foi projetada contendo armaduras negativas e positivas, capazes, assim, de resistirem tanto aos esforos de flexo aplicados pelo trfego de carros na garagem e pela presso aplicada pela gua de baixo para cima. Outra preocupao na concepo do projeto era quanto ao peso da laje, j que uma laje de pouca espessura poderia flutuar devido a presso dgua existente. Pois tal ocorrncia faria com que a laje fletisse e, consequentemente, trincasse.

Tal preocupao trouxe outro ponto preponderante nas definies do projeto estrutural: o p direito da garagem. O que fez com que aps a concretagem fosse preciso fazer a demolio de um patamar de concreto de uma antiga escada que j estava fora de uso. Na figura 71, possvel observar que a estrutura foi demolida de maneira a ficar na altura das vigas existentes.

Figura 71: Estrutura demolida para manuteno do p direito Fonte: O autor

J as vigas haviam sido projetadas, em um primeiro momento, para serem engastadas nas paredes do subsolo. Ou seja, seriam executados diversos furos na estrutura para a colocao de barras de ao que fariam a ponte entre as novas vigas e a estrutura existente, de modo a evitar as juntas frias.

No entanto, essa opo foi descartada devido ao provvel extravazamento de gua atravs dos furos feitos, o que dificultaria a continuao dos servios a serem executados no local.

Na figura 72, ficam claros pequenos pontos de vazamentos provenientes de pequenas falhas na parede que ocorreram durante os processos de demolio. Atravs dela fica claro o quo grande seriam os vazamentos se fossem feitos os furos na parede para o engastamento da armadura.

Figura 72: reas das vigas com pontos de infiltrao Fonte: O autor

Assim, foi decidido que a ponte de ligao entre as vigas e as paredes de concreto seria exercida com a aplicao de um aditivo que seria o responsvel pela aderncia das estruturas de concreto. Tal aditivo foi aplicado por asperso logo antes a concretagem, conforme a imagem abaixo.

5.1.2.6.1 Armaduras

Com a demolio do contrapiso existente foi iniciado o processo de armao da estrutura a ser executada. Sendo est estrutura uma laje de subpresso engastada em vigas invertidas por todo o permetro. Abaixo, na figura 73, possvel ver as telas de ao inferiores e superiores da laje.

Figura 73: Telas de ao superiores e inferiores Fonte: O autor

5.1.2.6.2 Cristalizantes do concreto

Para evitar a ascenso da gua atravs da laje, devido a presso negativa, a laje executada deveria ter uma baixa permeabilidade, desta maneira, foi decidida a utilizao de cristalizantes da Xypex no concreto, por possuir as seguintes caractersticas:

- Resiste a presses hidrostticas positivas e negativas

- Sela microfissuras de at 0,4 mm

- No requer primer, regularizao ou proteo da superfcie

Havia, ento, a possibilidade de escolha da utilizao do produto adicionado diretamente na gua de amassamento do concreto ou aspergido na forma de p sobre o concreto fresco, sendo escolhido o segundo, o Xypex Concentrado DS-1, por apresentar um menor custo.

Na figura 74, v-se parte dos sacos de Xypex utilizados.

Figura 74: Sacos de cristalizantes Xypex Fonte: O autor

Este impermeabilizante escolhido tem o seguinte mtodo executivo indicado pelo fabricante:

- O concreto fresco deve ser lanado e nivelado

- Aps o concreto atingir a capacidade de suporte de uma acabadora, todo o excesso de gua devido a eflorescncia deve ser retirado e aplicada a acabadora

- Imediatamente aps a aplicao da acabadora, aplique de maneira uniforme Xypex Concentrado DS-1 sobre a superfcie, com aplicao manual ou mecnic

- Assim que o p tenha absorvido a umidade da superfcie, a acabadora deve ser aplicada novamente para incorporar o produto ao substrato

- Depois que o concreto tenha endurecido o suficiente, deve ser tratada a superfcie at obter o acabamento requerido

- Terminado o processo de acabamento do concreto, inicia-se a cura, que deve ser feita pelos mtodos convencionais por pelo menos 48 hr.

J as vigas foram concretadas de maneira convencional e, aps o seu endurecimento, receberam um tratamento impermeabilizante por Xypex na forma de pintura, logo aps a desforma das vigas. Na figura 75 abaixo, vista a viga concretada em frmas metlicas.

Figura 75: Viga concretada em frma metlica Fonte: O autor

5.2 Flexvel

Impermeabilizao flexvel compreende o conjunto de materiais ou produtos aplicveis nas partes construtivas sujeitas fissurao que podem ser divididos em dois tipos: moldados no local, chamados de membranas e tambm os pr-fabricados, chamados de mantas.

Os materiais utilizados para impermeabilizao flexvel so compostos geralmente por elastmeros e polmeros.

Os sistemas pr-fabricados, como a manta asfltica, possuem espessuras definidas e controladas pelo processo industrial, podendo ser aplicados normalmente em uma nica camada.

O sistema moldado no local que pode ser aplicado a quente, como os asfaltos em bloco, ou aplicado a frio, como as emulses e solues, possuem espessuras variadas. Exigem aplicao em camadas superpostas, sendo observado para cada produto, um tempo de secagem diferenciado.

O sistema flexvel de impermeabilizao normalmente empregado em locais tais como:

Reservatrios de gua superior;

Varandas, terraos ecoberturas;

Lajes macias, mistas ou pr-moldadas;

Piscinas suspensas e espelhos dgua;

Calhas de grandes dimenses;

Galerias de trens;

Pisos frios (banheiros, cozinhas, reas de servio).

h dois tipos bsicos de sistemas flexveis:

- Sistema flexvel moldado no local: membranas e revestimentos polimricos.

- Sistema flexvel pr-fabricado: mantas asflticas.

5.2.1 Principais tipos de impermeabilizantes flexveis

Membrana de asfalto modificado sem adio e com adio de polmeros elastomricos

Membrana de emulso asfltica

Membrana de asfalto elastomrico em soluo

Membrana elastomrica de policloropreno e polietileno clorossulfonado;

Membrana elastomrica de poliisobutileno isopreno (i.i.r), em soluo;

Membrana elastomrica de estireno-butadieno-estireno (s.b.s.);

Membrana de poliuretano;

Membrana de poliuria;

Membrana de poliuretano modificado com asfalto;

Membrana de polimero modificado com cimento;

Membrana acrlica;

Manta asfltica;

Manta de acetato de etilvinila (e.v.a.);

Manta de policloreto de vinila (p.v.c.);

Manta de polietileno de alta densidade (p.e.a.d.);

Manta elastomrica de etilenopropilenodieno-monmero (e.p.d.m.);

Manta elastomrica de poliisobutileno isopreno (i.i.r).

5.2.1.1 Caracterstica membrana acrlica

5.2.1.1.1 Descrio

Denvercril: Impermeabilizante flexvel, moldado in loco , formulado base de polmeros acrlicos dispersos em meio aquoso.

Denvercril top: Impermeabilizante flexvel de alto desempenho base de polmeros acrlicos puros, isenta de estireno, moldado in loco .

5.2.1.1.2 Usos

Indicado para impermeabilizao exposta de lajes de cobertura, lajes abobadadas, marquises, sheds, telhados, pr- fabricados, etc.

5.2.1.1.3 Vantagens

. Fcil aplicao

. tima flexibilidade

. Resistente s intempries, ozona, raios ultravioleta e nvoa salina.

. De colorao branca, reflete os raios solares e proporciona timo acabamento

5.2.1.1.4 Aplicao

Aplicar duas demos da mistura Denverlit (25 partes) : gua (8 partes) Denverfix acrlico (2 partes) ou duas demos de Denvertec, sobre a superfcie mida.

Aplicar 1 demo de Denvercril, sobre a superfcie seca.

Estender uma tela de polister.

Aplicar as demos seguintes, cruzadas at atingir o consumo recomendado.

5.2.1.1.5 Proteo mecnica

Por se t ratar de uma membrana acrlica, no deve ser protegida pois foi especialmente criada para atuar em reas esteticamente expostas ou de difcil acesso para a execuo de proteo mecnica. Possui a vantagem de refletir o calor incidente, diminuindo o fluxo trmico que passa atravs da cobertura, melhorando o conforto trmico da edificao.

5.2.1.2 Caracterstica membrana asfaltica

Membrana o conjunto impermeabilizante, moldado no local, com ou sem armadura. Existem diversas membranas no mercado, onde cada uma com suas respectivas caractersticas quanto ao local de aplicao. Estas membranas de modo geral podem ser utilizadas praticamente todo local. Alguns tipos:

Membranas Asflticas

Feltro Asfltico e asfalto

Emulso Asfltica e vu de fibra de vidro

Membranas Asflticas (asfalto elastomrico em soluo)

Membranas Polimricas Sintticas

Elastmeros em soluo (Neoprene, Hypalon)

Membranas Termoplsticas (acrlicas)

Membranas Polimricas Sintticas

5.2.1.2.1 Membranas asflticas

Essas membranas podem ser aplicadas a frio ou a quente. Na aplicao das membranas a frio, tm-se as emulses e solues asflticas e os asfaltos elastomricos. Nas membranas asflticas aplicadas a quente pode ser utilizado o asfalto oxidado e o asfalto modificado. Devido alta tecnologia desenvolvida na indstria de impermeabilizao, atualmente muitos asfaltos so modificados com adio de polmeros, aumentando o ponto de amolecimento, diminuindo a penetrao, aumentando a resistncia fadiga mecnica, aumentando a resistncia ao escorrimento e adquirindo flexibilidade a baixas temperaturas. Como principais armaduras podemos incluir a tela de polister termo estabilizada, o vu de fibra de vidro, o no tecido de polister, entre outros.

5.2.1.2.2 Membranas sintticas

Nas membranas sintticas, temos as solues elastomricas, com a utilizao de materiais mais comumentes chamados de neoprene; as emulses termoplsticas que so base de polmeros acrlicos emulsionados; as solues e emulses polimricas. Tipo:

5.2.1.2.3 Asfalto Oxidado

um betume asfltico cujas caractersticas foram modificadas pela passagem de ar aquecido a 2000C atravs de sua massa aquecida. Este tratamento produz alteraes em suas propriedades, principalmente quanto diminuio de suscetibilidade trmica, isto e, da tendncia a modificar a sua consistncia pelo efeito da temperatura. Os asfaltos oxidados no so elsticos, apenas possuem plasticidade. Deformam em torno de 10% (sem modificao com leos ou polmeros), so quebradios em baixa temperatura, possuindo baixa resistncia a fadiga.

Quando a reao de oxidao ocorre na presena de agentes catalisadores, o processo de oxidao chamado de oxidao catalstica. Permite a adio de polmeros elastomricos para melhoria de sua flexibilidade.

5.2.1.2.4 Asfalto Modificado com Polmeros

Sua modificao com polmeros tem como objetivo incorporar melhores caractersticas fsicoqumicas ao asfalto. As principais caractersticas do asfalto polimrico so:

Melhor resistncia as tenses mecnicas;

Reduo da termo - sensibilidade;

Maior coeso entre partculas;

Excelente elasticidade/plasticidade;

Sensvel melhora resistncia fadiga;

Sensvel melhora da resistncia ao envelhecimento

Dependendo dos polmeros utilizados, permitem que o asfalto resista aos raios ultra-violeta do sol. O asfalto modificado pode ser aplicado a quente ou a frio (em emulso ou soluo), mas sua maior aplicao feita na industrializao de mantas asflticas polimricas com armaduras.

5.2.1.2.5 Emulso Asfltica

um impermeabilizante produzido atravs da emulsificao do asfalto em gua atravs de um agente emulsificador. A combinao com cargas minerais melhora sua resistncia ao escorrimento em temperaturas mais elevadas. Apresenta baixa flexibilidade, resistncia a fadiga e durabilidade, restringindo sua utilizao em situaes de menor exigncia de desempenho.

5.2.1.2.6 Soluo Asfltica

produzida principalmente a partir da solubilizao do asfalto oxidado cm solvente apropriado, de forma a permitir a sua aplicao a frio. Aps a evaporao do solvente, adquire as propriedades do asfalto antes da solubilizao. Seu principal uso e como primer para a utilizao de impermeabilizantes a base de asfalto oxidado e mantas asflticas

5.2.1.2.7 Emulso Polimrica

produzida a partir da emulsificao de polmeros termoplsticos e sintticos. As emulses acrlicas bem formuladas tm boa resistncia aos raios ultravioletas do sol, permitindo sua aplicao em impermeabilizaes expostas. Possui absoro dgua relativamente elevada, devendo, portanto, ser aplicada em lajes com inclinao. No devem ser usadas em lajes com proteo mecnica ou com exigncias de desempenho, mdias elevadas, restringindo sua aplicao em lajes expostas, com acesso para uma peridica conservao ou manuteno. importante escolher boas emulses acrlicas, pois em nosso mercado existem algumas de formulao sofrvel. As emulses acrlicas, tambm, so utilizadas em formulao apropriada, como pintura refletiva de impermeabilizao, como mantas pr-fabricadas, etc.

5.2.1.2.8 Membrana de Elastmero (Polmeros)

Aplicao de vrias demos de soluo polimrica, com a utilizao de, pelo menos, uma armadura de tola de nylon ou polister.

5.2.1.2.9 Membranas Termoplsticas

Aplicao de varias demos de emulso termoplstica intercalada com, pelo menos, uma tola de nylon ou polister. Ex.: membrana de emulso acrlica.

5.2.1.2.10 Vantagens e desvantagens das membranas

5.2.1.2.10.1 Vantagens:

Aplicao a quente e a frio. Aderncia a diversos tipos de superfcie. Flexibilidade. Muitos aps a cura viram atxico, Durabilidade. Muitos com resistncia a luz solar. Alta resistncia mecnica e a abraso. Aceitao de diversos tipos de revestimento de acabamento.

5.2.1.2.10.2 Desvantagens:

Variao de espessura. Dificuldade de controle e fiscalizao, quer pelo consumo (numero de demos, adulterao do produto). Aplicao de vrias camadas, ficando sujeitas a intempries e interferncias. Aguardar tempo de secagem seno podero surgir bolhas se o tempo no for cumprido. Possibilidade de haver desalinhamento na armadura acarretando desempenho varivel. Sensvel gasto de tempo e mo de obra, acarretando maior custo. Dificuldade no cronograma de obras, pois a rea fica por mais tempo interditada, podendo ocorrer danos a terceiros.

5.3 Escolha dos sistemas de impermeabilizao

As impermeabilizaes podem ser rgidas ou flexveis e escolha do Sistema de Impermeabilizao mais adequado para uma dada construo varia com:

Forma da estrutura;

Presso da gua e sua direo;

Insolao e variao de temperatura;

Tipo de rea a ser impermeabilizada (lajes, subsolos, piscinas etc.);

Custos.

5.4 Classificaes tericas

Conforme o tipo de estrutura, sua posio dos fluxos dgua, entre outros fatores, deve ser escolhido o sistema de impermeabilizao mais adequado.

Quanto flexibilidade pode ser rgida ou flexvel;

Quanto solicitao pela gua pode ser sob presso, de percolao ou umidade do solo ou ambiente;

(Sob Presso) (Percolao)

(Umidade do Ambiente) (Umidade do Solo)

Quanto regulamentao por norma pode ser normatizado ou no normatizado;

Quanto execuo pode ser pr-fabricado ou moldado in loco;

Quanto aplicao pode ser a quente ou a frio;

Quanto camadas pode ser monocapa ou multicapa;

Quanto estruturao pode ser armada ou no armada;

Quanto aderncia pode ser aderente, parcialmente aderente ou no aderente

Quanto ao comportamento dos elementos da edificao pode ser sujeito a fissurao e trinca ou sujeitos a esforos externos.

5.5 Quanto a forma de apresentao

5.5.1 Sistema moldado in-loco - obtidos pela aplicao de diversas camadas formando um sistema monoltico e sem emendas. Os produtos utilizados neste sistema tambm recebem o nome de membranas. So vantajosos para reas com muitos recortes e arremates como jardineiras, lajes recortadas e outras reas com muitas interferncias construtivas.

Existem sistemas moldados in- loco aplicados quente como asfalto oxidado, etc e sistemas moldados in- loco aplicados a frio, como: produtos base gua, base solvente, etc.

5.5.2 Sistema pr-fabricado - so mantas impermeveis, prontas para uso, necessitando a soldagem ou colagem ent re elas com processos indicados pelos fabricantes. So vantajosas para

grandes reas que no possuam muitas interferncias, devido ao processo rpido e prtico de aplicao. O processo de colagem no substrato pode ser a frio, a quente ou com maarico a gs.

5.6 Analise de desempenho

Para adotar um sistema de impermeabilizao, tambm indispensvel conhecer suas caractersticas tcnicas, isto , analisar seu desempenho atravs de ensaios laboratoriais para verificar suas propriedades.

Como conceito geral, o sistema de impermeabilizao ser submetido a diversos esforos fsicos/ qumicos e se o mesmo atende a uma determinada exigncia. Atravs dos resultados dos ensaios e do conhecimento das necessidades da obra, adota-se o material impermeabilizante mais adequado.

Resumem-se abaixo os ensaios normalmente requeridos, para verificar as caractersticas de um material ou sistema impermeabilizante.

5.6.1 Ensaios de desempenho

5.6.1.1 Ensaio de trao/alongamento: Avalia a resistncia trao e alongamento na carga mxima ou na carga de ruptura do material ou sistema impermeabilizante.

5.6.1.2 Estanqueidade a gua: Avalia-se a resistncia presso hidrosttica de um sistema impermeabilizante.

5.6.1.3 Absoro de gua por imerso: Neste ensaio, avalia-se a resistncia do produto penetrao da gua. um ensaio importante para produtos base gua, como emulses acrlicas e emulses asflticas. Existem membranas acrlicas que absorvem mais gua que o prprio peso do filme, chegando-se a concluso que no constituem sistemas impermeabilizantes. O adequado no ultrapassar 15% para emulses e 4% para solues impermeabilizantes.

5.6.1.4 Puncionamento esttico: Verifica-se a resistncia de um sistema ao esforo de carga pontual. Ex. torre de ar condicionado, estruturas, etc., sobre a impermeabilizao.

5.6.1.5 Puncionamento dinmico: Avalia as resistncias de um impacto dinmico sobre um sistema impermevel. Ex. trfego de veculos ou outros temporrios.

5.6.1.6 Puncionamento de rasgamento: Avalia a resistncia do sistema impermeabilizante ao rasgamento.

5.6.1.7 Ensaio de fadiga: Avalia-se a resistncia de fadiga de um sistema impermeabilizante um dobramento de uma pelcula. importante para avaliar, por exemplo, os ciclos de t rabalho de um ponteamento de uma impermeabilizao sobre uma junta de dilatao, cantos vivos, etc.

5.6.1.8 Envelhecimento acelerado: Verifica-se o grau de envelhecimento do produto em determinado tempo. Normalmente este ensaio conjugado com out ros ensaios como fadiga, resistncia t rao, alongamento, flexibilidade, etc., para verificar-se os parmet ros de um produto antes e depois do envelhecimento.

5.6.1.9 Aderncia: Verifica-se a adeso de um sistema sobre o substrato, atravs de ensaio de t rao/ arrancamento em dinammetro.

5.7 Ensaios de caracterizao

5.7.1 Massa especfica: determina a concentrao de uma soluo ou mistura, para monitorar e/ ou cont rolar a mesma dent ro dos parmet ros dos processos.

5.7.2 Viscosidade: mede a consistncia do material. Neste ensaio verificado se o material muito pastoso, se possui dificuldade de impregnao sobre um tecido de reforo.

5.7.3 Porcenatagem de teor de slidos em peso: Mede-se qual a quantidade de slidos que possui um material impermeabilizante, atravs do_ processo de evaporao dos volteis do produto (gua ou solvente) . Pela diferena de peso calcula-se o teor de slidos.

5.7.4 Teor de cinzas: o ensaio que verifica quanto o produto possui de cargas minerais.

5.7.5 Estabilidade: Verifica-se a estabilidade do produto dentro da embalagem, para que o fabricante garanta a vida til do material dentro da mesma. No caso das mantas verifica-se a capacidade da manta em no alterar suas dimenses.

5.7.6 Secagem ao toque: Verifica-se o tempo de secagem superficial do filme impermeabilizante.

5.7.7 Pot-life: o tempo de vida de utilizao para produtos bicomponente aps sua mistura.

5.7.8 Cobertura: Ensaio para verificar se um impermeabilizante acrlico possui boa cobertura.

5.7.9 Absoro por coluna dgua: Pode ser usado para filmes impermeveis ou para cristalizao.

5.7.10 Flexibilidade baixa temperatura: Avalia-se a flexibilidade de um determinado produto a temperaturas menores ou iguais a 0C.

5.7.11 Anlise granulomtrica: Normalmente para materiais em forma de p, fazendo-se a reteno do produto em determinadas peneiras. utilizado como ensaio para impermeabilizantes de base cimentcia. Ex. Argamassas polimricas, cristalizantes, etc.

5.7.12 Incio e fim de pega: Utilizado para impermeabilizantes de base cimentcia.

5.7.13 Resistncia a microorganismos.

5.7.14 Resistncia a agentes agressivos: (Nvoa salina, ozona, produtos qumicos, etc).

5.7.15 Ensaio de inflamabilidade: Resistncia propagao de chama.

5.7.16 Dureza shore A: Avalia-se o grau de dureza de um produto. Muito utilizado para selantes.

5.7.17 Porcentagem de polmero em peso: Calcula-se a porcentagem de polmero em materiais

impermeabilizantes polimricos.

5.7.18 Caracterizao do polmero: Deteco do tipo de polmero utilizado em um determinado

produto.

5.7.19 Transmisso de vapor: Mede-se a resistncia de um produto percolao de vapor de gua ou de outros vapores.

5.7.20 Ensaio de potabilidade: Verifica-se se o produto no altera a potabilidade da gua.

Para cada um dos ensaios citados, existem normas que estabelecem os procedimentos de ensaio a serem adotados, conforme o tipo de produto.

6. Manuteno e preservao da impermeabilizao

6.1 Contratao e manuteno

A impermeabilizao um componente essencial de proteo da estrutura do prdio. Por isso, problemas em impermeabilizaes exigem rpida resoluo.

Antes de contratar uma empresa, veja se ela faz uma inspeo gratuita avaliando: as reas com pontos de umidade/vazamentos, disponibilizando um oramento de custo e informando o material que ser utilizado.

A contratao de umainspeo prvia feita por um engenheiro independente pode trazer economia e diminuir riscos. Muitas vezesaobradiagnosticada pelo condomnio apenas atua sobre os sintomas de um problema, sem eliminar a causa. O profissional dever apontar os problemas reais da edificao.

O oramento para impermeabilizao no possvel sem uma vistoria tcnica: pode-se ter a impresso, por exemplo, que a infiltrao tem origem na laje, e na verdade um problema com um cano.

Contratar uma empresa que tenha garantias reais para dar, visto que as infiltraes podem voltar se o trabalho no for bem feito, e ou ocorrer alguma movimentao anormal na obra.

Na aplicao de uma nova camada de impermeabilizao, a camada antiga deve ser retirada.

Aplicaes de produtos impermeabilizantes devem seguir as Normas Tcnicas da ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas)

6.2 Formas de tratamento

Local

Modo de tratamento e materiais

Lajes

Antes da aplicao deve-se analisar a situao da estrutura da laje, certificar-se se est com trincas etc. O procedimento adotado a utilizao da manta asfltica. A manta aplicada e sobe cerca de 30 cm do cho para a parede, impedindo que a gua penetre por debaixo da manta.

Infiltraes em geral

Premer (tinta preta) que aplicado no cho das lajes e nas regies onde ocorrem infiltraes. Em muitos casos no eficiente, pois o problema maior e deve-se realizar um tratamento mais aprofundado.

Jardins

Prdios que so construdos em cima de laje e possuem jardim em cima da garagem, por exemplo, devem aplicar a manta anti-raiz, base de petrleo e polister. um material que impede que as razes das rvores penetrem no subsolo, provocando infiltraes (quanto maior o tamanho das rvores, maior a espessura da manta, de 3mm, 4mm).

Janelas de fachada de vidro

Impermeabilizao atravs de silicone, aplicao na parte externa da fachada. Em alguns casos, devido exposio ao tempo, a gua da chuva se infiltra nas vigas das janelas.

Tabela 3 Tratamento da Impermeabilizao- materiais aplicados e suas reas.

A manta asfltica no recomendada para caixas d'gua, pois contamina o lquido. Para estes lugares, melhor uma mistura de resina acrlica com cimento especial.

Em lugares expostos s intempries (chuva, sol etc.), deve-se proteger a manta asfltica de impermeabilizao com um acabamento de concreto ou ardsia.

6.3 Maiores incidncias e preveno

Locais como lajes de cobertura de apartamentos garagens e jardins, seguidos de fachadas. As prevenes so as vistorias antecipando os problemas que diminuiro os custos de reparos.

Em condomnios que tem manuteno e vistorias constantes, dever haver uma programao para execuo de servios de impermeabilizaes aps os perodos de chuvas

Nenhuma infiltrao tem incio de um dia para o outro, em geral a impermeabilizao vai se deteriorando e o vazamento vem aparecendo aos poucos

Fazer uma limpeza geral de calhas e condutores de guas pluviais, bem como drenos de floreiras dos apartamentos, para que haja o escoamento das guas.

Fatores que danificam a impermeabilizao:

- Ao do tempo- Movimentao natural da estrutura da edificao- Cupins subterrneos - Movimentao de veculos sobre a laje impermeabilizada - Razes profundas de algumas plantas

6.4 Preservao da impermeabilizao

Deve-se impedir que a impermeabilizao aplicada seja danificada por terceiros, ainda que involuntariamente por ocasio da colocao de pregos,luminrias,para-raios,antenas coletivas,play-ground,pisos e revestimentos,etc.Considerar,como,precauo,a possibilidade de ocorrncia de tais problemas quando da execuo do projeto.Caso isto no seja possvel,providenciar a compatibilizao em poca oportuna,evitando escolher as solues paliativas.

7. Tipos e exemplos de aplicaes

7.1 Manta asfltica

7.2 Manta pr-moldadas

7.3 Sistema rgido

8. Curiosidades sobre a impermeabilizao

- Os romanos e os incas j empregavam albumina (clara de ovo, sangue, leos, etc.) para impermeabilizar saunas e aquedutos. Tambm no Brasil, nas cidades histricas, existem igrejas e pontes em perfeito estado de conservao, nas quais a argamassa de assentamento das pedras foi aditivada com leo de baleia, utilizado como plastificante, visando a obteno de estruturas menos permeveis.

- Segundo os estudiosos, a obra de impermeabilizao mais eficiente de que se conhece, com o mnimo de consumo de material, so as colmias feitas pelas abelhas que conseguem impermeabilizar grandes reas utilizando apenas pequena quantidade de material.

- Entre os construtores das caravelas de Pedro lvares Cabral havia uma turma de especialistas (calafates) em impermeabilizar as juntas das madeiras com betume, Abreu, pez, resina e alcatro.

Um produto muito usado nas bolas de futebol, quando eram feitas de coura, era passar sebo em toda ela para conservar e proteger contra a umidade.

- Outra forma de impermeabilidade utilizada na cozinha, bezuntamento com leo feito em panelas de barro para evitar que a panela encharque com o lquido e venha a vazar e posteriormente causando a sua quebra.

9. Concluso

A partir dos estudos feitos durante este trabalho, foi possvel perceber que a Impermeabilizao ainda um conceito novo na sociedade atual em que vivemos, visto que a falta da mesma ainda um dos principais problemas da construo civil. A falta de informao e a ausncia e/ou falha de execuo so fatores que mais contribuem para o surgimento de patologias nas edificaes.

O processo de impermeabilizao, para ser executado com sucesso, depende de muitos fatores, desde a fase da concepo do projeto at a manuteno do imvel em toda sua vida til.

Qualquer desateno pode representar uma falha, e dependendo da fase em que tenha ocorrido, poder prejudicar o projetista, o construtor ou mesmo o usurio final, ou a todos, se a soluo projetada no for a mais adequada para a situao.

Um dos materiais mais utilizados em impermeabilizaes a manta asfltica, ela apresenta caractersticas mais adequadas para aplicao em banheiros e sacadas.

Cada rea requer um tipo de impermeabilizao, de acordo com as suas caractersticas. Nunca se deve usar o mesmo material como remdio para todos os males. Tambm no se deve acreditar em milagres, o ideal sempre consultar um especialista tcnico para se obter a melhor soluo para cada caso, tanto economicamente quanto tecnicamente.

Concluindo, a impermeabilizao uma etapa muito importante de uma obra e no pode ser relegada, devendo ser prevista em projeto e por um profissional com o conhecimento tcnico para poder indicar a melhor soluo, executar corretamente e supervisionar o servio. Se isso no acontecer, ser mais oneroso executar a impermeabilizao e os possveis reparos que sero necessrios, alm de trazer transtornos aos usurios da edificao.

Apesar de termos normas excelentes referentes ao assunto de impermeabilizao, no adiantar se os prprios no tiverem tica para orientar seus clientes, pois temos que ter em mente que o cliente leigo no assunto, tudo que ser dito pelo profissional ele entender que o correto.

obrigao do profissional informar o cliente de todas as situao que possam ocorrem quando optar pela impermeabilizao ou no de sua construo.

Referncias Bibliogrficas:

-NBR 9557/2010 - Impermeabilizao

- Apostila impermeabilizao - http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAV58AJ/apostila-impermeabilizacao-denver

-Apostila Vedacit - http://www.vedacit.com.br/neu/images/edi/lib/7.pdf

- http://www.deciv.ufscar.br/tcc/wa_files/TCC_Felipe_Leite.pdf

- http://wwwo.metalica.com.br/sistemas-de-impermeabilizacao-na-construcao-civil

- A IMPORTNCIA DO PROJETO DE IMPERMEABILIZAO EM OBRAS DE CONSTRUO CIVIL-Universidade Federal do Rio de Janeiro Escola Politcinica (Felipe Flores Soares).

5

gua ou

umidade

percolada

gua ou umidade

acumulada sobre o

parapeito

presso menor que

0,1 m c.d.a

esquadria

parede de

alvenaria

gua sob presso

maior ou igual a

0,1 m c.d.a.

solo

solo mido

subpresso

capilar

a umidade

pode subir por

capilaridade at

70 a 80 cm

gua ou

umidade

passada por

capilaridade

material

poroso

gua acumulada por condensao em

ambientes saturados de umidade

(banheiros

cozinhas) ou por

resfriamento (baixas temperaturas no

ambiente

ar condicionado)

passagem da

gua por

capilaridade para

a parte superior

da laje