Impermeabilizacao Forro

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Índice 1 – Introdução____________________________________________________________________________2 2 – Impermeabilização___________________________________________________________________2 2.1 - _________________________________Condições Gerais de Execução 2 2.2 – Escolha do Sistema__________________________________________3 2.2.1 – Generalidades__________________________________________________3 2.2.2 – Manta Elastomérica (EPDM) e Manta Butílica_____________________4 2.2.3 – Manta Asfáltica (Aplicação com Asfalto Quente)_________________5 2.2.4 – Emulsão Asfáltica Estruturada__________________________________5 2.2.5 – Elastômeros em Solução_________________________________________6 2.3 – Quantidade Média de Materiais Consumidos nos Principais Sistemas__________________________________________________________6 2.3.1 – Impermeabilização de Áreas Frias_______________________________6 2.3.2 – Impermeabilização de Lajes_____________________________________7 2.3.3 – Impermeabilização de Reservatório e Piscinas___________________9 2.3.3 – Impermeabilização com umidade de solo__________________________9 2.3.4 – Piso de Acabamento____________________________________________10 2.4 – Resiliência dos Materiais__________________________________11 2.5 – Longevidade dos Sistemas de Impermeabilização_____________11 2.6 – Argamassa Rígida Impermeável_______________________________12 2.7 – Aditivo Impermeabilizante__________________________________12 2.8 – Principais Pontos a serem Observados_______________________12 3 – Forros_________________________________________________________________________________13 3.1 – Generalidades______________________________________________13

Transcript of Impermeabilizacao Forro

1 - Introduo

ndice1 Introduo2

2 Impermeabilizao2

2.1 - Condies Gerais de Execuo2

2.2 Escolha do Sistema3

2.2.1 Generalidades3

2.2.2 Manta Elastomrica (EPDM) e Manta Butlica4

2.2.3 Manta Asfltica (Aplicao com Asfalto Quente)5

2.2.4 Emulso Asfltica Estruturada5

2.2.5 Elastmeros em Soluo6

2.3 Quantidade Mdia de Materiais Consumidos nos Principais Sistemas6

2.3.1 Impermeabilizao de reas Frias6

2.3.2 Impermeabilizao de Lajes7

2.3.3 Impermeabilizao de Reservatrio e Piscinas9

2.3.3 Impermeabilizao com umidade de solo9

2.3.4 Piso de Acabamento102.4 Resilincia dos Materiais112.5 Longevidade dos Sistemas de Impermeabilizao112.6 Argamassa Rgida Impermevel122.7 Aditivo Impermeabilizante122.8 Principais Pontos a serem Observados123 Forros133.1 Generalidades133.2 Forro Suspenso de Placas de Gesso153.4 Forro Suspenso de Rguas Metlicas167 Bibliografia17

1 Introduo

O presente trabalho tem o objetivo de apresentar aspectos bsicos da tcnica utilizada para a execuo dos trabalhos de impermeabilizao e forro, sendo que para a perfeita execuo recomenda-se o uso de normas tcnicas existentes e prescries estabelecidas pelos fabricantes dos produtos utilizados.

2 Impermeabilizao

2.1 - Condies Gerais de Execuo

O responsvel da impermeabilizao deve receber uma srie de documentos tcnicos necessrios para o desenvolvimento dos servios, como indicado nas normas tcnicas, conforme descrito a seguir:

Memorial descritivo e justificativo;

Desenhos e detalhes especficos;

Especificaes dos materiais a serem empregados e dos servios a serem realizados;

Planilha de quantidade de servios a serem feitos;

Indicao da forma de medio dos servios a serem realizados.

As reas j impermeabilizadas precisam ser mantidas e utilizadas de acordo com o projeto, e eventuais modificaes, aprovadas pelos projetista e executante, sob pena de cessar sua responsabilidade. A executante das obras de impermeabilizao tem de obedecer rigorosamente ao projeto, principalmente aos detalhes e s especificaes. As cavidades ou ninhos existentes na superfcie sero preenchidos com argamassa de cimento e areia no trao volumtrico 1:3, com ou sem aditivos. As trincas e fissuras tm de ser tratadas de forma compatvel com o sistema de impermeabilizao a ser empregado. As superfcies devem estar adequadamente secas, de acordo com a necessidade do sistema de impermeabilizao a ser empregado, cabendo a deciso executante. O substrato a ser impermeabilizado no pode apresentar cantos e arestas vivos, os quais tm de ser arredondados com raio compatvel com o sistema de impermeabilizao a ser empregado. As superfcies precisam estar limpas de poeira, leo ou graxa, isentas de restos de frma, pontas de ferro, partculas soltas, etc. Toda superfcie a ser impermeabilizada e que requeira escoamento de gua tem caimento mnimo de 1 % no sentido dos ralos. A superfcie deve ser isenta de protuberncias e com resistncia e textura compatveis com o sistema de impermeabilizao a ser empregado. Caso no sejam atendidos os dois requisitos acima, necessrio executar uma regularizao, com argamassa de cimento e areia no trao volumtrico 1:3, granulometria de areia de 0 a 3 mm, sem adio de aditivos impermeabilizantes; a camada de regularizao precisa estar perfeitamente aderida ao substrato. Tm de ser cuidadosamente executados os detalhes, como juntas, ralos, rodaps, passagem durante a sua execuo, proteo adequada contra a ao das intempries. necessrio proibir o trnsito de pessoal, material e equipamento, estranhos ao processo de impermeabilizao, durante a sua execuo. Precisam ser observadas as normas de segurana quanto ao fogo, no caso das impermeabilizaes que utilizam materiais asflticos a quente, da mesma forma quando utilizados processos moldados no local, com solventes; cuidados especiais tero de ser tomados em ambientes fechados, no tocante ao fogo, exploso e intoxicao, a que os trabalhadores estiverem sujeitos, necessitando ser prevista ventilao forada. Aps a execuo da impermeabilizao, recomenda-se que seja efetuado um teste com lmina de gua, com durao mnima de 72 h, para verificao da aplicao do sistema empregado. Caso seja necessrio interromper os servios de impermeabilizao, preciso seguir os critrios do sistema para uma posterior continuidade deles. Os servios de impermeabilizao devero ser executados exclusivamente por pessoal habilitado.

2.2 Escolha do Sistema

2.2.1 Generalidades

O mercado oferece diversos sistemas que tm aplicaes bastante definidas. Para cada tipo de rea, apresenta os principais sistemas a serem utilizados. Sua escolha dever ser determinada em funo da dimenso da obra, forma da estrutura, interferncias existentes na rea, custo, vida til, etc. Considera-se vida til de uma impermeabilizao como sendo o perodo decorrido desde o trmino dos servios de impermeabilizao at o momento em que os componentes do sistema atinjam o ponto de fadiga que comprometam o seu pleno desempenho desejvel, necessitando, aps, de manuteno ou reparao basicamente, existem os seguintes sistemas:

Membranas Flexveis Moldadas in Loco: Emulses asflticas; Solues asflticas; Emulses acrlicas; Asfaltos oxidados + Estrutura + Elastmeros em soluo (Neoprene/Hypalon).

Mantas Flexveis Pr-Fabricadas: Mantas asflticas; Mantas elastomricas (Butil/EPDM); Mantas polimricas (PVC).

Membranas Rgidas Moldadas In Loco: Cristalizao; Argamassa rgida.

Alguns esquemas de sistema utilizado para impermeabilizao so a seguir descritos por camada de aplicao:

2.2.2 Manta Elastomrica (EPDM) e Manta Butlica

concreto (base),

1) regularizao (cimento e areia, trao 1:3 em volume),

2a) imprimao (primer); consumo: 0,3 kg/m2,

3) bero amortecedor (consumo: 2,5 kg/m2),

4) emulso adesiva (consumo: 0,5 kg/m2),

5) manta EPDM ou butlica (consumo: 1,1 m2/m2),

6) fita de caldeao na emenda das mantas (consumo: 2m/m2),

7) adesivo nas duas faces da fita de caldeao (consumo: 0,2 L/m2),

8) proteo mecnica (de acordo com trfego).

2.2.3 Manta Asfltica (Aplicao com Asfalto Quente)

concreto (base),

1) regularizao (cimento e areia, trao 1:3 em volume),

2) primer (consumo: 0,6 L/m2),

3) asfalto oxidado (consumo: 3kg/m2),

4) manta asfltica (consumo: 1,17 m2/m2),

5) proteo mecnica.

2.2.4 Emulso Asfltica Estruturada

concreto (base),

1) regularizao,

2) primer (consumo: 1L/m2),

3) emulso asfltica,

4) vu de fibra de vidro,

5) emulso asfltica,

6) vu de fibra de vidro,

7) emulso asfltica,

8) vu de fibra de vidro,

9) emulso asfltica (consumo: em lajes: 7kg/m2; em reas frias: 4 kg/m2),

10) proteo mecnica.

2.2.5 Elastmeros em Soluo

concreto (base),

1) regularizao,

2) primer,

3) neoprene (policloropreno),

4) vu de polister

5) neoprene (consumo: 1,6 L/m2),

6) Hypalon (polietileno clorosulfonado); consumo: 0,6 L/m2.

2.3 Quantidade Mdia de Materiais Consumidos nos Principais Sistemas

2.3.1 Impermeabilizao de reas Frias

i) Sistema Moldado no Local

Membrana de Asfalto Frio, com um Vu de Polister 75g: primer 0,5 kg/m2, emulso asfltica 4 kg/m2, vu de polister 1,15 m2/m2.

Membrana de Asfalto Frio, com dois Vus de Polister 75 g: primer 0,5 kg/m2, emulso asfltica 7 kg/m2, Vu de polister 2,3 m2/m2.

Membrana de Asfalto Frio, com um Vu de Fibra de Vidro: primer 0,5 kg/m2, emulso asfltica 4 kg/m2, vu de fibra de vidro 2,3 m2/m2.

Membrana de Asfalto Firo, com dois Vus de fibra de Vidro: primer 0,5 kg/m2, emulso asfltica 7 kg/m2, vu de fibra de vidro 2,3 m2/m2.

Membrana de Asfalto Quente Modificado com um Vu de Polister: primer 0,35 kg/m2, asfalto quente 5,5 kg/m2, polister de 110 g/m2: 1,15 m2/m2.

Membrana de Asfalto Quente Modificado, com um Vu de Fibra de Vidro: primer 0,35 kg/m2, asfalto quente 3 kg/m2, vu de fibra de vidro 1,15 m2/m2.

Membrana de Poliuretano com Asfalto, aplicada a Frio: poliuretano com asfalto 1 kg/m2.

2.3.2 Impermeabilizao de Lajes

i) Sistema Moldado no Local (para posterior recebimento de proteo mecnica)

Membrana de Asfalto Quente Modificado, com dois Vus de Polister: primer 0,35 kg/m2, asfalto quente 7,5 kg/m2, polister de 110 g/m2: 2,3 m2/m2.

Membrana de Asfalto Quente Modificado, com dois Vus de Fibra de vidro: primer 0,35 kg/m2, asfalto quente 5,0 kg/m2, vu de fibra de vidro 2,3 m2/m2.

Membrana de Asfalto Quente Modificado, com trs vus de Fibra de vidro: primer 0,35 kg/m2, asfalto quente 6,5 kg/m2, vu de fibra de vidro 3,45 m2/m2.

Membrana de Asfalto Quente Modificado, com trs Feltros Asflticos 15 Lb: primer 0,35 kg/m2, asfalto quente 7 kg/m2, efeito asfltico 15 Lb: 3,45 m2/m2.

Membrana de Poliuretano com Asfalto, aplicada a frio: poliuretano com asfalto 1,8 kg/m2.

ii) Sistema Pr-fabricado (para posterior recebimento de proteo)

Manta de Asfalto Modificado, aplicada com asfalto a quente: primer 0,35 kg/m2, asfalto quente 3 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

Manta Asfltica APP de 3 mm aplicada a Maarico: primer 0,35 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

Manta Asfltica APP de 4 mm, Aplicada a Maarico: primer 0,35 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

Manta Asfltica de 3 mm com Estruturante de Polietileno, aplicada a maarico: primer 0,35 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

Manta Asfltica de 4 mm com Estruturante de Polietileno, aplicada a maarico: primer 0,35 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

Manta Asfltica SBS de 3mm, aplicada a Maarico: primer 0,35 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

Manta Asfltica SBS de 4 mm, aplicada a Maarico: primer 0,35 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

Manta Butlica de 0,8 mm: primer 0,8 kg/m2, bero amortecedor 3 kg/m3, manta 1,1 m2/m2, fita de caldeao 2m/m2, cola 0,15 kg/m2.

Manta EPDM de 0,8 mm: primer 0,8 kg/m2, bero amortecedor 3 kg/m2, manta 1,1 m2/m2, fita de caldeao 2 m/m2, cola 0,15 kg/m2.

Manta EPDM de 1 mm: primer 0,8 kg/m2, bero amortecedor 3 kg/m2, manta 1,1 m2/m2, fita de caldeao 2 m/m2, cola 0,15 kg/m2.

Manta EPDM de 1 mm com Bero Aderente: bero auto-adesivo 1 kg/m2, manta, 1,1 m2/m2, fita de caldeao 2m/m2, cola 0,15 kg/m2.

iii) Sistema Pr-fabricado para lajes expostas e telhados (sem necessidade de proteo)

Manta Asfltica, Autoprotegida com Alumnio, de 3 mm: manta 1,15 m2/m2 (no necessita de primer).

Manta Asfltica, Autoprotegida com Alumnio, de 4 mm: manta 1,15 m2/m2 (no necessita de primer).

Manta Asfltica, Autoprotegida com Agregado Mineral, de 4 mm: primer 0,35 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

iv) Sistema moldado no local para lajes expostas (sem necessidade de proteo)

Membrana Moldado no Local com Poliuretano, aplicada a frio: poliuretano com asfalto 1,8 kg/m2.

Membrana de Neoprene e Hypalon, Moldada no Local: neoprene primer 0,5 kg/m2, neoprene 1,6 kg/m2, hypalon 0,6 kg/m2.

Membrana Acrlica Moldada no Local: Cristalizante 1 kg/m2, acrlico 1,8 kg/m2.

2.3.3 Impermeabilizao de Reservatrio e Piscinas

i) Sistema Moldado no Local para Estruturas Elevadas

Cristalizaao (com aditivo PVA): cristalizante 3 kg/m2, aditivo PVA 0,3 kg/m2.

Cristalizao (com Aditivo Acrlico): cristalizante 3 kg/m2, aditivo acrlico 0,3 kg/m2.

Argamassa Polimrica: argamassa 3 kg/m2.

Membrana de Poliuretano Moldada no Local, aplicada a frio: poliuretano 1,8 kg/m2.

ii) Sistema pr-fabricado, para estruturas elevadas

Manta Asfltica de 3 mm com Estruturante de Polietileno, aplicado a maarico: primer 0,35 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

Manta Asfltica APP de 3 mm, aplicada a maarico: primer 0,35 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

Manta Asfltica SBS de 3 mm, aplicada a maarico: primer 0,35 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

iii) Sistema moldado no local, para estruturas enterradas, em lenol fretico (presso positiva)

Cristalizao com aditivo PVA: cristalizante 3 kg/m2, aditivo PVA 0,3 kg/m2.

Cristalizao com Aditivo Acrlico: cristalizante 3 kg/m3, aditivo acrlico 0,3 kg/m2.

Argamassa Polimrica: argamassa 3 g/m2.

iv) Sistema moldado no local, para estruturas enterradas, com lenol fretico e presso negativa

Cristalizao: cristalizante 1,5 kg/m2, selante 0,7 kg/m2 (no computando o excedente de cimento rpido no tamponamento).

v) Sistema moldado no local, para estruturas enterradas, com lenol fretico e presso positiva

Manta Asfltica de 4 mm, com Estruturante de Polietileno, aplicada a Maarico: primer 0,35 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

Manta Asfltica APP de 4 mm, aplicado a maarico: primer 0,35 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

Manta Asfltica SBS de 4 mm, aplicada a maarico: primer 0,35 kg/m2, manta 1,15 m2/m2.

2.3.3 Impermeabilizao com umidade de solo

i) Sistema moldado no local para umidade de solo

Cristalizao (com aditivo PVA): cristalizante 2 kg/m2, aditivo PVA 0,2 kg/m2.

Cristalizao (com Aditivo Acrlico): cristalizante 2 kg/m2, aditivo acrlico de 0,2 kg/m2.

Argamassa Polimrica: argamassa 2 kg/m2.

2.3.4 Piso de Acabamento

i) Piso de Acabamento em Poliuretano (impermevel, flexvel, aplicado a frio, para trnsito de veculos leves)

Membrana/Piso Moldado no Local, de Poliuretano, na Cor, Aplicada a Frio: poliuretano 1,8 kg/m2.

2.4 Resilincia dos Materiais

As estruturas esto sujeitas s variaes de temperatura do ambiente, o que provoca esforos de trao e de compresso sobre elas. A temperatura sofre ciclos de variao do dia para a noite e do vero para o inverno. A temperatura alcanada em uma laje de cobertura funo da cor do revestimento, do tipo e espessura da camada isolante, e de outras condies, tais como: intensidade do vento, inclinao da laje, etc. Estando a impermeabilizao solidria estrutura, conclui-se que aquela deva acompanhar a movimentao desta, bem como resistir s tenses de trao e de compresso atuantes. Como geralmente a estrutura est submetida ora a esforos ora de compresso, dependendo da temperatura atuante sobre ela, os materiais da impermeabilizao tambm sero submetidos a ciclos de expanso e retrao. Chama-se, ento, de resilincia de um material a capacidade que ele tem de retornar s suas dimenses iniciais, uma vez cessada a causa que provocou a deformao, seja ela de origem trmica seja de origem mecnica, e aps vrios ciclos de repetio do fenmeno em questo.

2.5 Longevidade dos Sistemas de Impermeabilizao

Esse o mais subjetivo dos enfoques que esto sendo considerados para avaliao dos sistemas de impermeabilizao, por depender da localizao de sua aplicao. Para tempo de vida til de impermeabilizao menor que 25 anos, atribuem-se nmeros de conceito proporcionalmente menores. Na presente conceituao, no se levam em conta eventuais deficincias executivas, por serem passveis de ocorrer em todos os sistemas, mas to somente a longevidade associada a cada sistema de impermeabilizao, em funo do tipo de obra e da existncia ou no de proteo mecnica e trmica. Conceitua-se, ento, longevidade pela experincia em impermeabilizao, colhida na vivncia prtica de obras ao longo dos anos.

2.6 Argamassa Rgida Impermevel

o produto impermeabilizante, de emulso pastosa para impermeabilizar argamassa por hidrofugao do sistema capilar.

2.7 Aditivo Impermeabilizante

So aditivos de ao fsico-qumica, constitudos por sais orgnicos em forma lquida, pastosa ou em p, que, misturados argamassa ou ao concreto, reagem com a cal livre do cimento, formando sais calcrios insolveis. O aditivo pode ser de pega normal, rpida ou muito rpida.

2.8 Principais Pontos a serem Observados

Algumas providncias importantes a serem tomadas, quando da elaborao de uma anlise de impermeabilizao executada, so as seguintes:

verificao da existncia ou no de um projeto de impermeabilizao;

verificao do sistema de impermeabilizao utilizado na rea;

determinao do consumo de materiais utilizados;

verificao dos detalhes executados na rea, tais como: arremate nos ralos, encaixes, altura dos encaixes, arremate em soleiras, batentes, altura de arremate com relao a reas ajardinadas, arremate em tubulao, altura de caixas de passagem, posicionamento dos condutes, etc.;

verificao do tipo de espcies vegetais plantadas na rea;

verificao das descidas de guas pluviais;

verificao se o sistema, o projeto e a execuo dos servios atendem s normas vigentes.

3 Forros

3.1 Generalidades

Os tipos de forro arquitetnico mais comumente usados, quanto s caractersticas de sua fixao, so trs: forros colados, forros tarugados e forros suspensos.

Os forros colados so uma forma de proteo ou revestimento das faces internas dos planos de cobertura. Sua finalidade pode estar ligada a exigncias de conforto ambiental (isolamento trmico ou absoro acstica) ou a intenes puramente estticas. Os chamados forros colados tanto podem ser realmente colados por meio de adesivos especialmente desenvolvidos (sobretudo quando se trata de lajes de concreto) quanto podem ser pregados ou parafusados estrutura principal (o que comum nas coberturas de telhado).

Os forros tarugados em madeira, PVC, gesso e estuque, exigem a execuo de uma grelha portante em madeira ou ao, fixada s paredes ou estrutura do edifcio. Alm da sustentao, essa grelha serve para limitar os vos, a serem recobertos, s dimenses compatveis com cada material empregado no recobrimento. As rguas de madeira so pregadas ao madeiramento, enquanto as de PVC podem ser rebitadas (em tarugamento metlico) ou pregadas (em tarugamento de madeira). Os forros em placas de gesso podem ser fixados com grampos metlicos inclusos, enquanto os de estuque (constitudos de argamassa de areia, gesso e cal, moldada in loco) se apiam sobre uma tela de arame tranado ou chapa de ao recortada e estirada (deploy), que previamente pregada no tarugamento.

A principal caracterstica que distingue os forros suspensos modulados dos antigos forros colados e tarugados o seu sistema de fixao baseado em uma estrutura portante flexvel e polivalente: tirantes metlicos regulveis fixados cobertura do ambiente, suspendendo uma grelha de perfis metlicos em que so presos os painis de fechamento. A primeira conseqncia desse sistema de fixao que resulta relativa independncia entre a estrutura do edifcio e a estrutura do prprio plano do forro.

Outra caracterstica fundamental, que decorre do recurso ao sistema lay in, a mobilidade. Quase todos os forros suspensos podem Ter os seus painis de fechamento removidos e substitudos, sem prejuzo da estrutura portante, facilitando o acesso ao sobreforro. Dessa maneira, esse espao situado entre o forro e o plano de cobertura, tambm conhecido como plenum, pode ser mais bem aproveitado como caminhamento de dutos, cabos e canalizao, reduzindo o custo das instalaes e facilitando sua manuteno. Essas duas propriedades s no so vlidas para os forros lisos de gesso (no modulados) que, mesmo construdos a partir de placas suspensas, acabam funcionando como os superados forros de estuque, formando uma superfcie monoltica arrematada diretamente sobre as paredes perifricas. Os forros suspensos modulados possuem trs componentes principais: fixador, porta-painel e painel. Os dois primeiros compem a estrutura de sustentao, enquanto o terceiro responde pelo resultado esttico e funcional do forro. A esses trs componentes bsicos, uma srie de acessrios e arremates pode ser acrescentada conforme cada caso. Os fixadores so quase sempre tirantes de ao dotados de dispositivos para regulagem de nvel. Os porta-painis so invariavelmente metlicos, podendo ser constitudos simplesmente de perfilados de ao ou alumnio extrudado, ou de perfis associados a outras peas metlicas ou plsticas, destinadas a facilitar a colocao/remoo dos painis. Estes, que so a face visvel do forro, podem ser confeccionados com os mais variados materiais e apresentar os mais diversos desenhos e configuraes: placas e bandejas, rguas (forros lineares), colmias, lminas verticais e outras. O material constitutivo dos painis permite uma outra tipologia dos forros, assim resumida:

Gesso: em placas lisas, perfuradas ou estriadas, com porta-painis aparentes ou oclusos:

Fibras vegetais: em placas prensadas de fibras de pinus ou eucalipto, pr-pintadas, lisas ou decoradas, perfuradas ou no, com porta-painis aparentes ou oclusos;

Fibras minerais: em placas prensadas de l de vidro ou aglomerado de vermiculita expandida, com os mesmos acabamentos do tipo anterior;

Resinas sintticas: principalmente o PVC e o acrlico, apresentadas em rguas ou placas opacas ou translcidas, estas ltimas resultando nos chamados forros luminosos, quando associadas retroiluminao;

Madeira: em placas, rguas ou colmias, ficam entre a industrializao e o artesanato;

Metal: principalmente alumnio e ao, apresentam-se nas mais variadas configuraes e acabamentos.

3.2 Forro Suspenso de Placas de Gesso

O gesso um material que apresenta movimentaes higroscpicas (quando absorve ou perde umidade) acentuadas e, ainda, resistncia trao e ao cisalhamento relativamente baixas. Assim sendo, os forros constitudos por placas de gesso no podero ser encunhados nas paredes laterais, sendo necessrio prever folgas, em todo o contorno do forro, capazes de absorver as movimentaes do gesso ou da prpria estrutura. Nos forros muito longos, prever tambm juntas de movimentao (dilatao) intermedirias, espaadas entre si de no mximo 5 m ou 6 m, devidamente arrematadas por mata-juntas (normalmente perfis de alumnio, com seo em T ou L). Nos ambientes fechados, as placas podero ser suspensas por arames galvanizados, a serem chumbados no centro das placas para a sua sustentao. Por sua vez, os arames devero ser fixados nas lajes por meio de pino de ao, cravado a revlver. Nos ambientes abertos (trreo sob pilotis, por exemplo), as placas tm de ser estruturadas (armadas com sisal ou nervuradas na face superior) e suspensas por pendurais rgidos, que suportam perfis horizontais de alumnio, onde se apiam as placas, sendo necessrio sempre ser deixadas juntas de dilatao perimetrais. As placas so fabricadas com textura lisa, perfurada, ranhurada e outras, podendo ser bisotadas ou lisas (para emendas no aparentes). As placas de gesso para forros no podem apresentar defeitos sistemticos, como desvios dimensionais (largura, comprimento e espessura), desvios no esquadro, trincas, rachaduras, empenamento e ondulaes da superfcie, encaixes danificados ou defeitos visuais sistemticos. A conferncia de ondulaes e empenamento feita com rgua de alumnio, encostando-a na superfcie da placa de gesso a ficar aparente, em suas duas diagonais, devendo ser aceitos empenamento ou ondulaes de no mximo e 1 mm. O estoque tem de ser feito em rea coberta, fechada e apropriada para evitar a ao da gua. As placas precisam ser armazenadas justapostas, na posio vertical e com o encaixe tipo fmea voltado para baixo. As fiadas necessitam estar apoiadas sobre dois pontaletes, evitando o contato com o solo e nunca sobrepondo duas fiadas.

3.4 Forro Suspenso de Rguas Metlicas

Seu acabamento executado com rguas de alumnio ou ao, obtidas pela perfilao de chapas, com padres e dimenses variados. Sua modulao de:

100/10, ou seja, dez rguas por mdulo de 1,00 m;

125/7, ou seja, sete rguas por mdulo de 1,25 m;

200/10, ou seja, dez rguas por mdulo de 2,00 m.

Seu comprimento varia de 1274 mm a 4000 mm. Suas cores so bege, branca, ocre, preta ou prata, pintadas com tinta epxi. Seus padres so liso ou texturizado, podendo a rgua ser perfurada ou no. A estrutura de sustentao das rguas constituda de um um sistema com seo em T invertido, em ao, composto de perfil principal e de travessas.

Base para aplicao: laje de concreto ou estrutura de telhado.

Aplicao: a estrutura de sustentao, em ao ou alumnio, composta por pendurais (regulveis aos desnveis da base), cantoneiras e perfis de vedao (em PVC rgido), fornecidos pelo fabricante. Poder receber manta de l de vidro, revestida de material incombustvel, sobre o forro, adquirindo ento caractersticas de isolante termoacstico. Oferece a vantagem de as rguas poderem ser retiradas a qualquer momento (para manuteno das instalaes, por exemplo), por serem simplesmente encaixadas na estrutura de sustentao.

Peas complementares: luminrias de uma ou duas lmpadas fluorescentes, de partida rpida, com difusores em acrlico, em aletas ou em formatos especiais (sob encomenda).

Manuteno: limpeza da face aparente com gua e sabo ou detergente domstico, ou somente lcool.

7 Bibliografia

Yazigi, Walid, A tcnica de edificar - 2 Edio, ed. Pini, SindusCon-Sp, So Paulo, 1999. 317