Trabalho de Educação Física sobre Culturas Corporais de Movimento
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INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS MACEIÓ
Culturas Corporais de Movimento
Em foco pessoas com necessidades especiais
James Gomes Lima
22/01/2015
Nº 14 / Turma 222-B
2º Ano de Edificações – Tarde
Trabalho de Educação Física
RESUMO
Trabalho para obtenção de nota na disciplina de Educação Física, orientado pela
professora Liziane Tenório.
Dentro dos termos apresentados para desenvolvimento do trabalho, foram
selecionadas páginas que apresentavam conteúdo mais completo, portanto alguns dos
parágrafos apresentam indicação de referência ao final do texto. Os links podem ser
verificados para confirmação de que tais parágrafos foram retirados integralmente e
reproduzidos aqui por serem considerados ideais para compreensão do texto.
As áreas divisórias da Educação Física, assim chamadas Culturas Corporais, aqui
estudadas dentro das diversas modalidades desenvolvidas, voltadas as Culturas Corporais de
Movimento, mostram que podem ser adaptadas às pessoas com necessidades especiais e levar
qualidade de vida e os mesmos benefícios que encontramos com todas as pessoas.
CULTURAS CORPORAIS DE MOVIMENTO
Definição
A cultura de movimento, ao envolver a relação entre corpo, natureza e cultura,
configura-se como um conhecimento que vai sendo construído e reconstruído ao longo de
nossas vidas e da história. Um conhecimento marcado pela linguagem sensível, que emerge do
corpo e é revelada no movimento que é gesto, abarcando os aspectos bioculturais, sociais e
históricos, não se resumindo às manifestações de jogos, danças, esportes, ginásticas ou lutas,
mas abrangendo as diversas maneiras como o ser humano faz uso do ser corpo, ou seja, como
cria e vivencia as técnicas corporais*. Um conhecimento que permite a compreensão do
mundo por meio do corpo em movimento no ambiente, cultura e história. A linguagem
sensível é revelada pela movimentação do corpo no tempo e no espaço de cada indivíduo e da
comunidade. Somos capazes de criar e recriar, e, ao mesmo tempo em que nos expressamos,
conseguimos nos comunicar. (1)
* As técnicas corporais referem-se às “maneiras como os homens, sociedade por
sociedade e de maneira tradicional, sabem servir-se de seus corpos” (MAUSS, 1974, p. 211). O
conceito de técnicas corporais, apresentado por Marcel Mauss (1974), contribui para a
superação da ideia de que a técnica necessariamente está vinculada a um padrão de
movimento. (1)
EXEMPLOS DE PRÁTICAS VOLTADAS PARA PESSOAS COM
NECESSIDADES ESPECIAIS
Síndrome de Down e artes marciais: força, determinação e
disciplina
Artes marciais pela inclusão
No Brasil, existem associações e clubes que oferecem aulas de artes marciais para pessoas com
deficiência, inclusive a síndrome de Down. É assim no Instituto Olga Kos, em São Paulo. A
organização realiza oficinas gratuitas de karatê e tae-kwon-do para crianças, jovens e adultos
com a síndrome e outras deficiências intelectuais. Atualmente, são oferecidos módulos de
diversos níveis, com cerca de 15 alunos por turma. Outra iniciativa que oferece aulas de judô
para pessoas com deficiência intelectual é a Oficina do Aluno. (2)
Pedro Neves, professor da Oficina do Aluno, conta que o núcleo atende oito pessoas com
síndrome de Down, duas com deficiência intelectual e outras duas com síndromes
desconhecidas. A experiência tem sido tão positiva que motivou a instituição a dar um passo
além na luta pela inclusão. “Pedimos ajuda, passamos por várias consultorias, fomos atrás de
formação adequada e hoje temos 10 alunos alfabetizados, duas com possibilidades de
empregabilidade. Nosso objetivo é mostrar as potencialidades desses jovens, prepará-los, cada
um no seu momento, para o mercado de trabalho e dar-lhes um papel social e profissional”,
relata Pedro. (2)
As duas iniciativas defendem que as artes marciais estimulam e desenvolvem a parte física, a
autoestima e o convívio social entre os atletas. No caso da síndrome de Down, ainda existe
outro benefício. “A prática de artes marciais auxilia no fortalecimento do tônus muscular, o
que é fundamental por conta da hipotonia das pessoas com síndrome de Down”, ressalta
Michele Furukawa, do Instituto Olga Kos. (2)
Força, determinação e disciplina. A prática de artes marciais pode ser uma valiosa aliada na
reabilitação física e cognitiva das pessoas com síndrome de Down. A atividade oferece não só
as vantagens de um exercício físico, mas também a filosofia de cada modalidade, o incentivo à
disciplina e ao equilíbrio emocional, o controle da força e o respeito a si próprio e ao outro. (2)
Em todo o mundo, pessoas com a síndrome praticam e até competem em campeonatos de
diversas modalidades. É o caso de Breno Viola, judoca e autodefensor e do Movimento Down.
Breno, de 33 anos, pratica judô desde os três anos de idade. Hoje, é o único atleta com
síndrome de Down das Américas a ter alcançado a faixa preta neste tipo de luta. O judoca faz
parte da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e treina cinco vezes por semana no Flamengo,
no Rio de Janeiro. “É bom fazer esporte. Além de ser saudável, o esporte ensina a ter
disciplina, a não reagir na hora de um assalto, por exemplo,” conta Breno, que já conquistou
medalhas em competições internacionais. (2)
No entanto, antes de incentivar os filhos a praticarem qualquer tipo de esporte, os pais devem
estar atentos. Realizar uma avaliação clínica é imprescindível, principalmente para as pessoas
com deficiência. Além disso, é importante saber se os profissionais de educação física estão
preparados para questões associadas à síndrome. (2)
Equilíbrio, desafios e emoção: veja os benefícios do surfe para
pessoas com síndrome de Down
Sol, ondas e muita emoção. Graças ao trabalho de profissionais e associações, pessoas com
deficiência têm melhorado sua qualidade de vida por meio do surfe. O esporte pode ser um
poderoso aliado para o desenvolvimento de pessoas de todas as idades, inclusive com
síndrome de Down. Além dos benefícios do exercício aeróbico e do convívio social, as aulas
estimulam a integração sensorial, muito importante para as pessoas com a síndrome. (3)
Criado em 2007, o Instituto Adaptação e Surf – AdaptSurf surgiu para promover a inclusão e
integração social das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. O projeto disponibiliza
aulas de surfe adaptado para pessoas com deficiência, além de lutar pela acessibilidade das
praias do Rio de Janeiro. (3)
Atualmente, são 50 alunos, nove deles com síndrome de Down. “As aulas trazem desafios e
diversão. O ganho no desenvolvimento físico e psicológico acaba sendo natural,
principalmente no caso das crianças. O surfe auxilia na autonomia dos alunos, em sua
formação enquanto indivíduos”, explica Luana Nobre, coordenadora de projetos e vice-
presidente da instituição. (3)
Mãe de Amanda, que tem síndrome de Down, Patricia Almeida conta que as aulas ajudam a
filha de nove anos a entender seus limites e expandir o convívio social, entre diversos
benefícios. “A Amanda sempre adorou água, só que não tinha a menor noção de perigo.
Depois que ela começou no Adaptsurf, passou a respeitar mais o mar e não ir mais para o
fundo sozinha. O contato com a areia desenvolve a integração sensorial, os exercícios pra ficar
em pé na prancha ajudam no equilíbrio e encontrar com os amigos promove a socialização. Ou
seja, é tudo de bom!”, comemora a jornalista, que também atua na coordenação do
Movimento Down. (3)
De pai para filho
Surfista profissional e pai de Pedro, que tem síndrome de Down, Fabio Aquino fez questão de
ensinar o esporte para o filho e acredita que a prática tem sido fundamental para o seu
desenvolvimento. “Acho que o contato com a natureza é muito bom. Estar na água furando as
ondas estimula muito no equilíbrio. Fazer um esporte aquático também ajuda muito na
respiração do Pedro”, conta ele, que também surfa ao lado da filha Anna Júlia, de oito anos. (3)
Aquino revela que incentivou Pedro a surfar desde cedo. Com poucos meses, o menino já
ficava sobre a prancha dentro das piscinas e, mais tarde, na praia. O percurso nem sempre foi
fácil – aos três anos, o filho começou a ter medo do mar, dificuldade já superada – mas trouxe
excelentes resultados, inclusive para a sua autonomia. “Hoje em dia ele consegue se virar em
tudo. O Pedro vai sozinho para a onda, fura e pega. Tudo sozinho”, orgulha-se. (3)
Superação também é a palavra de ordem entre o grupo de jovens com síndrome de Down da
Praia de Manguinhos, na Serra, região Metropolitana do Espírito Santo. Eles aprendem surfe e
stand up paddle (modalidade de surfe com remos) em uma escolinha exclusiva pra quem tem
a síndrome. “A gente vê nas atividades que a gente monta que eles estão o tempo todo se
superando e buscando mais. A gente vê o resultado na mudança de vida, no relacionamento
com os colegas”, conta Fábio Palmeira, que dirige o projeto. (3)
Música e dança ajudam a incluir deficientes auditivos
Ângela Baasch tem 11 anos e é estudante e dançarina. Ela visita escolas atuando num musical
para apresentar às crianças a maneira pela qual os surdos - como ela e os outros atores - se
comunicam. A música e a dança são linguagens da peça. Ela sente e interpreta orientada pelas
ondas sonoras, mostrando que existe muita vida e agitação além do silêncio (4)
O mundo dos surdos não é uma calmaria só porque nele não existem sons. As pessoas que
não escutam são sensíveis à vibração do ar causada pelos ruídos e têm uma percepção extra
que as faz reconhecer ritmos e notar quando alguém se aproxima. "Não ouço nada, mas sinto
tudo. E isso me deixa feliz", diz Ângela. (4)
Aluna da 4ª série da EM Nossa Senhora do Carmo, em Curitiba, ela também é atendida por
profissionais do Centro de Reabilitação Sydnei Antônio (Cresa), da Universidade Tuiuti do
Paraná, onde aperfeiçoa o conhecimento em libras (Língua Brasileira de Sinais) e em Língua
Portuguesa, aprende leitura labial e a se expressar oralmente. (4)
"Ângela adora dançar. E precisa ter música", conta Ivanir Baasch, mãe da menina e de mais
cinco filhos, três deles surdos. A comunicação em casa é feita com gestos, leitura labial,
oralização e uma lousa na sala de jantar. "Ela me ensina as palavras certas", afirma, orgulhosa,
a dona-de-casa, que parou de estudar na 2ª série e quer que a filha tenha uma profissão, case-
se e seja mãe. (4)
Na hora do recreio, Ângela exibe coreografias para as amigas, que imitam seus movimentos
sintonizados com o ritmo que sai das caixas de som. A professora da 4ª série, Rosana Chicoski
Francisco dos Santos, elogia o desempenho da menina: "Ela é esforçada e atenciosa. Fazemos
atividades, com todos os alunos, nas quais as habilidades de Ângela sejam valorizadas", diz. Os
especialistas do Cresa estão sempre em contato com os colegas da escola regular para tirar
dúvidas e sugerir estratégias. (4)
CONCLUSÃO
Este trabalho comprova a eficiência da prática de Exercícios Físicos como elemento
motivador e desenvolvedor das capacidades físicas, bem exemplificado nas pessoas com
necessidades especiais, e explica e discute áreas diversas das Culturas Corporais de
Movimento.
REFERÊNCIAS
1. http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/view/6135/4981
2. http://www.movimentodown.org.br/2013/09/artes-marciais-beneficiam-a-saude-e-
estimulam-a-disciplina-em-pessoas-com-sindrome-de-down-2/
3. http://www.movimentodown.org.br/2013/09/equilibrio-desafios-e-emocao-veja-os-
beneficios-do-surfe-para-pessoas-com-sindrome-de-down/
4. http://revistaescola.abril.com.br/formacao/musica-danca-incluir-deficientes-auditivos-
563717.shtml