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O presente documento consiste em parte da produção gráfica obtida através do desenvolvimento do Trabalho de Graduação Integrado, desenvolvido por Luis Fernando Martins de Godoi, para a conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.Este material pretende ser síntese do desenvolvimento obtido.

Composição por AberturasUma lógica flexível para um sistema rígido

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Síntese______________________________________________________07

Processo_____________________________________________________11

Programa____________________________________________________27

Sistema_____________________________________________________39

Mediação _____________________________________________42

Núcleos_______________________________________________49

Diretrizes de Conjunto_____________________________________77

Construtibilidade______________________________________________81

Aplicação do Sistema___________________________________________89

Estudos de Composição___________________________________91

Aplicação (Situação hipotética)_____________________________92 Aplicação em situação real_________________________________95

Bibliografia__________________________________________________133

Sumário

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“A realidade, mesmo sem interesse, quando enquadrada com convicção, pode adquirir um status de escolha.”

(Eduardo Souto de Moura)

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Síntese

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O objetivo do projeto aqui apresentado é produzir um sistema de desenvolvimento destinado a unidades de saúde. Este sistema atua em dois níveis: a lógica espacial e a composição.

O primeiro nível atua como guia no processo, estabelecendo os parâmetros gerais e buscando a unidade sistêmica, enquanto o segundo atua no sentido oposto, na particularização de cada projeto.

Este sistema constitui-se como um metaprojeto, a partir do qual estabelece-se um conjunto de soluções adaptáveis, passíveis de inserção em distintos contextos, alterando seu produto diante de cada nova inserção de parâmetros, adquirindo complexidade e, em seu último momento, particularizando o projeto.

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Processo

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O desenvolvimento deste projeto parte de uma abordagem inicial genérica, estabelecendo a intenção de trabalho com um elemento básico da arquitetura, elevando-o ao protagonismo projetual, conferindo-lhe o papel de estruturador do projeto.

Essa intenção transforma-se em uma exploração formal livre que se estabelece como projeto real a medida que restrições são incorporadas.

O elemento básico em questão é a abertura.

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Como citado, o desenvolvimento do projeto iniciou-se com uma especulação formal. Este momento consistiu na exploração do potencial formal de abertura em volumes puros buscando estabelecer níveis de variação destas aberturas.

O passo seguinte aproximou essa exploração do âmbito projetual, inserindo estas variações em quatro grupos claramente definidos: Opacidade (fechamento total), Iluminação e ventilação, Contato Visual, e Integração (contato físico).

Com isso surge a primeira inserção restritiva do processo de exploração: a criação de ambiências. Junto a essa inserção, houve uma mudança na atitude exploratória, passando esta a cuidar das consequências de cada gesto, e imaginar qual seria o seu resultado espacial. Neste momento a abertura é associada ao controle da interiorização e exteriorização dos eventos, e passa-se a valorizar a possibilidade de evidenciar ou omitir as ações externas, conferindo à abertura, um papel de ferramenta de leitura da área na qual se insere o objeto.

O processo de exploração constituiu-se em uma operação de síntese, através da qual obteve-se o que chamo de elementos base. Estes elementos compõem-se como variação de um módulo de 1,2m x 1,2m. Essa modulação permitiu maior precisão nas intervenções no volume e na proposição de espacialidades, evidenciando a sua inserção nos grupos de variação citados acima.

O passo seguinte do processo, utilizando a mesma lógica de adição de restrições, foi a definição do programa a ser desenvolvido. A opção por unidades de saúde,

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fundamentou-se, não apenas por atender ao objetivo de impor novos e rígidos parâmetros ao trabalho com aberturas, mas também, por uma intenção latente, de desenvolvimento de uma lógica sistêmica, passível de inserção em distintas situações, oferecendo a cada uma delas, uma resposta diferente, mas resultante da composição dos mesmos elementos base. Evidencia-se neste momento, o objetivo de produzir, não um único produto, mas uma estrutura de gerenciamento lógico que direciona as ações como um todo, porém, sem deixar de lado as particularidades de cada situação.

O que se pretende, então, não é um molde, mas o desenvolvimento de parâmetros de variação.

A variação origina-se então dos “ruídos” gerados dentro dos parâmetros, estabelecendo as particularidades de cada produto e fundamentando a última das inserções restritivas do processo: a área.

Esta nova inserção obriga o sistema a adequar-se. Essa adequação consiste em respostas às solicitações da área.

Em síntese, este sistema pretende constituir-se como um guia projetual que precede o projeto único. O desenvolvimento do produto final consiste neste último passo citado, no qual se trabalha composições a partir de respostas às características do terreno, dentro dos parâmetros do sistema.

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Especulação formal livre - exploração do potencial de abertura em volumes puros, visando estabelecer níveis de variação das aberturas, e gerar elementos base.Os elementos base não são catalogados, e sim indicados por característica de intervenção. Qualquer produto desenvolvido a partir do trabalho com cheios e vazios (ausência ou não do módulo) no plano bidimensional compõe um elemento base. Cabe aos passos seguintes determinar quais servirão realmente.

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Opacidade

(elementos intransponíveis, seja física ou visualmente. Barreiras até mesmo à luz e ventilação:

Madeira, concreto...)

Iluminação/Ventilação

(obstáculos - opcionais ou não - ao contato visual e a integração, mas que permitem a entrada de luz e ventilação natural: Brise, cobogó...)

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A aproximação com o âmbito projetual produziu quatro grupos.

Contato visual

(Ausência ou transparência de módulo, que permite visualisar a paisagem externa, ou mesmo a interna. Atua como enquadramento da paisagem: janelas, rasgos...)

Integração

(possibilidade de acesso total, física e visualmente. Passagem de ventilação. A iluminação pode ser controlada: portas,

rasgos...)

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A restrição arquitetônica trouxe a exploração de espacialidades a partir dos

elementos base.

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A abertura passa a ser usada como ferramenta de leitura da área,

encontrando as barreiras e as áreas de interesse.

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Estudos de aberturas em edifícios (situações hipotéticas).

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Aproximação construtiva: Exemplos de materiais dentro da

composição modular. A variação da materialidade é outra possibilidade de

particularização do projeto.

Placa cimentícia Madeira Bambú

Módulo de janela Janela Horizontal Janela Vertical

Cobogó Brise

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Aproximação construtiva:Composição de elementos arquitetônicos

a partir da alteração dos produtos da síntese de elementos base.

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Programa

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Arquitetura da Doença Arquitetura da Saúde

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Após a aproximação com o âmbito projetual, o programa surge como a próxima adição de restrições à exploração.

A opção por uma unidade de saúde traz consigo, não apenas a intenção de continuidade do projeto, mas também o objetivo de trabalhar de forma distinta, um tipo de equipamento público que, em geral, nasce exclusivamente da lógica funcional.

A proposta é criar uma lógica sistêmica, que possa atender a função, mas que também trabalhe espacialidades, rompendo com a produção de um lugar de doença (herança dos primeiros hospitais, que funcionavam como lugar de exclusão, e afastamento da sociedade), e incorporando a idéia de locus da saúde, que não só atue fisicamente, mas psicologicamente. Permitindo que o bem estar psicológico interfira na melhora física, baseando-se em comprovação estatística, de que a ambiência interfere na recuperação do paciente.

Para este desenvolvimento, a busca de referências foi no sentido de encontrar projetos da área da saúde que trabalhassem a ambiência como fator decisivo no desenvolvimento.

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Hospital de Veneza - Veneza – Le Corbusier (1964)

Apesar de sua inserção no contexto de mega-estrutura, o destaque do projeto vem pelo trabalho com os estares e as praças.

Le Corbusier trabalha a incorporação de áreas verdes. A praça deixa de estar justaposta para ser englobada pelo edifício, e passa a pertencê-lo.

Quanto aos estares, Le Corbusier rompe com a monotonia do corredor, bastante recorrente em edifícios de saúde, nos quais há salas dispostas lado a lado compondo grandes eixos marcados quase equidistantemente por portas. Para tanto, o arquiteto francês cria entroncamentos onde dispõe estares, multiplicando-os no decorrer do trajeto, e encurtando os corredores.

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Rede Sarah - Rio de Janeiro – João Filgueiras Lima (2009)

Monumentalidade a parte, a leitura dos projetos da Rede Sarah acrescentou ao desenvolvimento do sistema, a incorporação da natureza.

A iluminação e ventilação naturais são, nas obras de Lelé, uma ferramenta de imposição de uma dinâmica temporal (e m edifícios ambientalmente artificializados, a perda da noção do tempo é comum, pela falta de uma referência, pela ausência de alteração na temperatura ou na iluminação, devido a luz artificial e ao condicionamento de ar). A artificialidade não deixa de existir na obra de Lelé, mas é trabalhada em conjunto com a natureza.

Além da ventilação e da iluminação, o arquiteto trabalha a paisagem, inserindo espelhos d’água e outros elementos para gerar uma ambiência agradável.

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Após avaliação das referências, e estudo dos diferentes equipamentos de saúde, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi escolhida como programa.

Pelo seu porte, e principalmente sua demanda por aplicação e reprodutibilidade, constatei que este equipamento teria a complexidade e as dimensões necessárias ao desenvolvimento deste trabalho.

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Descrição do programa

As Unidades de Pronto Atendimento surgem, a partir da Política Nacional de Atenção às Urgências, como ferramenta de ação na descentralização do atendimento de urgência de baixa e média complexidade, visando o desafogo dos hospitais públicos.

Tratam-se de unidades não hospitalares de atendimento 24 horas.Toda a regulamentação deste tipo de equipamento é feita pela RDC nº50/2002

da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), com recomendações para o seguimento da NBR 9050/2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que regulamenta as questões de acessibilidade universal, necessária, uma vez que este equipamento tem caráter público.

Dentre as exigências para implantação deste equipamento, são destacáveis: a existência ou previsão de implantação do SAMU na região de abrangência, a existência de retaguarda hospitalar para os casos de alta complexidade, e para internações em tempo superior a 24 horas, e quantitativo populacional maior ou igual ao mínimo exigido para cada unidade.

Esse quantitativo populacional é que determina o porte que a unidade terá, podendo variar em 3 níveis:

UPA I - 50 a 100 mil pessoasUPA II - 100 a 200 mil pessoasUPA III - 200 a 300 mil pessoas

As atribuições dessa Unidades de Saúde (em qualquer dos três níveis) correspondem ao Pronto Atendimento, atendimento de urgência e estabilização, apoio diagnóstico terapêutico e observação por até 24 horas.

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Pronto atendimento

Recepção/Espera

Sanitários

Triagem

Salas de consulta

Depósito

Urgência

Desembarque Ambulância

Salas de Urgência

Sala de macas

Diagnóstico e Terapia

Sutura

Inalação

Medicação

Curativo

Raio X

Coleta

Observação

Posto de enfermagem

Sala de observação

Quarto individual

Sanitários

Apoio Técnico/Logístico

Farmácia

Equipamentos

Expurgo

Esterilização

Café

Copa(funcionários)

Depósito

Lixo Hospitalar

Necrotério

Almoxarifado

Rouparia

Gerador

Gases

Embarque funerário

Quarto(descanso)

Estar(funcionários)

Vestiário(funcionários)

Sanitários

Administração

Direção

Reunião

Coordenação

Arquivo Médico

-------48

-------18

--------9

-------40

-------2,2

-------21

-------60

-------4,3

------10,8

------14,4

-------30

------10,8

-------23

-------8

-------10

------102

-------28

------14,4

- - - - -- -4

-------15

-------8

-------5,4

- - - - -- -4

-------14

-------2,2

-------5,4

-------14

-------10

-------10

-----23,8

------8,6

-------21

-------40

------- 1 1

-------30

-------6,4

-------12

-------16

-------20

-------12

Áreas mínimas - Unidade de Pronto atendimento - nível II (em m²)

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Avaliação do potencial de abertura das áreas constituintes da Unidade de Pronto Atendimento. (leitura de uma Unidade de Nível II - áreas ao lado)

Abertura restrita - 40%(urgência, necrotério...)

Abertura Ampla - 35%(esperas, circulação...)

Abertura moderada - 25%(observação, consultórios...)

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DESEMBARQUE DE AMBULÂNCIAS

ACESSO DEFUNCIONÁRIOS

PRONTOATENDIMENTO

URGÊNCIA

ADMINISTRAÇÃO

OBSERVAÇÃO

DIAGNÓSTICO

SERVIÇOS

ACESSOPRINCIPAL

ÁREA TERAPÊUTICA

DESEMBARQUE DE AMBULÂNCIAS

ACESSOPRINCIPAL

ACESSO DEFUNCIONÁRIOS

PRONTOATENDIMENTO

URGÊNCIA

ÁREA TERAPÊUTICA

ADMINISTRAÇÃO

OBSERVAÇÃO

DIAGNÓSTICO

SERVIÇOS

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Indicação a partir do organograma fornecido pelo Ministério da Saúde, mostrando a possibilidade de manutenção dos fluxos quando se explode o volume.

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Sistema

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Unidade de Saúde Reprodutibilidade Alta demanda

Vários produtosUma lógica

Sistema aberto

Seriação

Soluções adaptáveis

Contexto variado Projeto Único

Liberdade de composição

Esquema de representação do sistema:Associação estabelecida durante o

processo de desenvolvimento

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Vários produtos

Organização Lógica Projeto Composição

Lógica espacial

Flexibilidade x rigidez

Mediação Núcleos

Circulação e estares áreas “funcionais”

Para tornar possível a proposta de adequação do projeto a diferentes contextos, a rígidez programática foi o maior obstáculo. O sistema tomou então como método a

divisão do equipamento em duas frentes: Mediação e Núcleos.

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Mediação

A mediação consiste na parte flexível do sistema, englobando as área de circulação e os estares.

Através da mediação ocorrem as conexões entre núcleos e a conexão entre conjunto e área de implantação.

Este elemento define-se pela flexibilidade, sendo responsável pela adaptação, e acentuando as particularidades de cada projeto.

A principal diretriz de projeto da mediação é a inserção de estares nos núcleos, alterando completamente a configuração padrão destes equipamentos, criando locais propícios a permanência, em detrimento dos recorrentes corredores lotados.

Essa diretriz não altera apenas o interior dos núcleos, mas também a dinâmica de locomoção pelo equipamento, criando o que chamo de movimentação por estares.

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Em síntese, a circulação mantém um “trajeto objetivo”, mas que deixa de ser uma imposição para tornar-se opção.

Movimentação por estares Conexão com o exterior

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Contato visual - as aberturas a paisagem devem ser feitas buscando captar as melhores vistas. O desenho do edifício nasce dessa procura. pela integração

e pelo visual. As janelas movimentam-se, vertical e horizontalmente, nas paredes buscando enquadrar a paisagem.

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Grandes planos móveis - portas que permitem a integração total com o exterior, mas que garantem a possibilidade de fechamento quando desejável.

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Indicação da incidência solar

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Quanto a iluminação e ventilação, o sitema impõe o uso de desníveis na laje, pois, mesmo com grande potencial de abertura, as aberturas laterais não seriam suficientes para a iluminação. Estas aberuras na parte superior ampliam também o potencial de ventilação como exposto na figura.

Exemplo de ventilação

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Núcleos

Os núcleos constituem a face do projeto que trata as áreas funcionais do equipamento, englobando todas as salas e locais necessários para o funcionamento de uma Unidade de Pronto Atendimento.

A avaliação do funcionamento de uma UPA, permitiu-me realizar uma distinção entre as áreas funcionais e agrupá-las em 5 núcleos:

Pronto Atendimento, Diagnóstico-Terapia, Observação/enfermagem, Urgência/Serviços e Administração.

Cada núcleo tem uma lógica de implantação e as suas devidas conexões pré-estabelecidas.

Em sua composição, os núcleos apresentam subnúcleos base, que permitem a variação do núcleo conforme sua disposição, conferindo-lhe uma característica “semi-rígida”. Essa semi-rigidez facilita a atuação da mediação na adequação à área.

Estes subnúcleos por sua vez, compõem-se por agrupados de salas que de alguma forma estabelecem uma relação de uso. Estes elementos são rígidos quanto a composição de salas, mas tem sua forma variável de acordo com a situação.

A variabilidade formal do sub-núcleo segue a lógica de variação dos elementos base explicitada anteriormente.

A organização espacial, de todo o conjunto responde a modulação de 1,2m x 1,2m.

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Conexão comos demaisnúcleos

Acesso principal

Espera integradaao exterior

Consultórios

Triagem e SanitáriosRecepção

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Pronto atendimento

O núcleo de Pronto Atendimento é o primeiro elemento de contato do público com o equipamento, portanto, seu acesso deve ser facilitado. A indicação de uma extensão da sala de espera para um local aberto nasceu da avaliação do uso das unidades de saúde e consequente percepção da recorrente procura dos usuários por regiões naturalmente ventiladas e iluminadas, que inexistem na maioria dos conjuntos.

O que o sistema faz é incorporar essa área externa, e dar a ela um tratameto que gere a continuidade entre ela e o edifício. Essa incorporação remete, agindo de forma distinta, às referências aqui expostas anteriormente.

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Exemplos de organização dos subnúcleos (malha de 1,2x1,2m).

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Exemplos de Layout do subnúcleo triagem/sanitários. (malha de 0,60x0,60m)

A variação existente no subnúcleo de triagem/sanitários, restringe-se a possibilidade de alteração do posicionamento de portas e consequente modifição de layout da triagem, e expansão modular das dimensões do banheiro para ampliação do número de cabines. Este subnúcleo tem potencial de abertura restrito a iluminação e ventilação.

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O subnúcleo de consultórios varia suas dimensões de acordo com a demanda, aumentando ou diminuindo o número de salas. Suas salas podem ter sua forma alterada, desde que mantida a lógica de divisão em dois momentos. Um aberto com possibilidade de contato visual e integração, e outro reservado, para examinação, com abertura apenas à ventilação.

Exemplos de Layout do subnúcleo de consultórios - desenho de um único componente (malha de 0,60x0,60cm).

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Exemplos de variação dos componentes do subnúcleo de consultórios.

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Conexão com aUrgência

Conexão coma Observação

Raio x, Sanitáriose curativos

Espera secundária (respiro)

Ortopedia, Farmácia, inalação

Medicação/coleta e suturas

Conexão comoPronto atendimento

Conexão comárea externa

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Diagnóstico terapia

O núcleo de diagnóstico-terapia engloba todas as áreas de apoio de exames e tratamento, podendo variar suas dimensões com a inserção de componentes que não são fixos, como odontologia e psicologia, que tem sua implantação vinculada a demanda.

Dentro da lógica de funcionamento de uma UPA, este setor atua na segunda etapa do processo, após a passagem por consulta médica. A avaliação de funcionamento deste setor evidenciou a necessidade de uma segunda espera, pois a passagem para o tratamento, ou a realização de exames, raramente ocorre imediatamente após a consulta médica, gerando obstrução nos corredores.

Esta segunda espera respeita os mesmos moldes da primeira, integrando uma área externa. Esta integração, além de servir como respiro para o usuário permite também a saída do paciente após o tratamento sem a necessidade de restornar ao acesso principal.

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Exemplos de organização dos subnúcleos (malha de 1,2x1,2m)

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Exemplos de Layout dos subnúcleos (malha de 0,60x0,60 cm)

Os subnúcleos de Diagnótico-terapia tem restrição de abertura apenas a ventilação e iluminação. O Raio -x deve ser totalmente fechado.

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Conexão com adiagnóstico-terapia

Conexão com aárea externa (menor)

Conexão comserviços

Salas de observação

Salas de observação individual

Enfermagem

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Observação/enfermagem

O núcleo de Observação/Enfermagem tem menor frequência de público, sendo acessível apenas para os que fazem uso do setor de observação e de seus acompanhantes. Por este motivo a área estar gerada por este setor foi destinada ao descanso da enfermagem.

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Exemplos de organização dos núcleos (malha de 1,2x1,2m)

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Exemplos de Layout dos subnúcleos (malha de 0,60x0,60 m)

As salas de observação coletiva permitem que se trabalhe o contato visual, e até mesmo a integração. Para tanto, é necessário o uso de estratégias na face externa (paisagismo, etc. ) que resguardem o usuário, evitando a exposição do mesmo.

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Exemplos de variação dos componentes de subnúcleo do núcleo Observação.

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Urgência ehigienização

Esterilização, expurgoe equipamentos

necrotério,lixo hospitalare depósito

Saída - serviço(restrita)

Conexão com adiagnóstico- terapia

Acesso rápido(Urgência)

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Urgência/Serviços

O núcleo de Urgência/Serviços é o único ambiente no qual não existem estares, devido a dinâmica exigida no exercício funcional, e a inexistência de razões para a permanência nas proximidades daquele setor.

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Exemplos de organização dos núcleos (malha de 1,2x1,2m)

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Exemplos de Layout dos subnúcleos (malha de 0,60x0,60 cm)

Além da necessidade de potencializar a circulação, outra característica destacável é a restrição rígida às aberturas, tanto para preservar o paciente, quanto para manter os níveis de higiene exigidos na sala de Urgência e nas áreas de esterilização nos serviços.

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Reuniões, administração

Reuniões, administração

Sanitários, almoxarifado

Circulação vertical

Conexão P.A.

Conexão áreaexterna

Descansos e copa

Reunião, arquivo, depósito

Vestiários

Circulação vertical

Contato visual

1º piso 2º piso

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Administração

O núcleo de Administração é o único que foge a implantação estritamente térrea (recomendável a uma unidade deste porte), apresentando um segundo pavimento.

Esse segundo pavimento é de uso restrito de funcionários, e dispõe de áreas de estar e descanso, exigidas pela diretrizes do Ministério da Saúde.

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Exemplos de organização dos núcleos (malha de 1,2x1,2m)

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Exemplos de Layout dos subnúcleos (malha de 0,60x0,60m)

Este núcleo é o que oferece maior liberdade de composição. podendo ser composto por mais salas menores ou salas maiores em menor quantidade, dependendo da proposta do projeto, quanto a organização espacial.

Há grande liberdade para o trabalho com aberturas ao contato visual e a integração.

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Adequação do conjunto ao relevo. É recomendável a manutenção de todo o equipamento na mesma cota facilitando a circulação de macas e cadeiras de rodas.

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Explorar o potencial de mirante quando o edifício se eleva.

Explorar ambientes interiorizados para criar áreas de respiro que não exponham

o usuário.

Diretrizes de conjunto

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Serviço

Principal

Urgência

Administração

Conexão

Indicação dos diferentes acessos destinados aos 4 diferentes grupos de

usuários que frequentam o equipamento.

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O sitema contraria a implantação convencional, incorporando a paisagem, seja interiorizando ou mesclando-se a ela.

Implantação convencional

Paisagem interiorizada

Paisagem mesclada ao edifício

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Construtibilidade

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A escolha da materialidade construtiva é fundamentada na necessidade de facilitar a manutenção do edifício e suas futuras ampliações, sem grande impacto no conjunto, o que é desejável devido ao seu funcionamento permanente. Além disso, a precisão nas dimensões para que se obtenha as medidas exatas dos elementos base modulares, foi outro fator considerado.

Diante destes requisitos, a vedação escolhida foi o steelframe com revestimento de placas cimentícias, enquanto na laje há o emprego de laje mista (steel deck).

Nos locais onde as solicitações estruturais são superiores a capacidade da laje mista e do steel frame, usa-se reforço de montantes (nas aberturas na parede), e vigas Vierendeell (grandes vãos).

Quanto ao revestimento, tanto nas paredes, quanto no piso, o sistema incoropora o uso de material vinílico, pela sua praticidade na manutenção, e pela inexistência de juntas, evitando o acumulo de bactérias.

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Módulo estrutural de um consultório conectado a viga vierendeel para vencer o vão. Os vãos da viga são usados com inserção de janelas.

Bloco (consultório + cobertura da espera)

Pórticos + ossatura interna (vedação)

Estrutura principal

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Viga Vierendeel

Perfil c (duplo)

Guia (perfil c)

Montante (perfil C

Pilar (perfil I)

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Abertura

Montanteduplo

Montanteduplo

Verga

Montanteretirado

Junção de montantes

Junção de placas

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Perfil U (enrijecido)

Conector em L

Painel externo

Fechamento interno

Acabamento do piso

Radier

Manta depolietileno

Armadura

Viga

Nível doterreno

Montante (perfil Ue)

Fechamento interno

Acabamento do pisoAncoragem

Detalhes estruturais

Impermeabilização

Concreto

Armadura

Forma metálica

Descrição da laje mista.

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Aplicação do sistema

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Estudos de composição

Exploração de composições livres em terrenos variados.

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Planta (Escala - 1: 750)

AA

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Este exemplo foi desenvolvido em um terreno fictício, uma espécie de corredor que obriga o projeto a interiorizar-se. Nesta hipótese o equipamento atinge as duas faces da quadra, permitindo que se distancie o acesso de urgência e o de Pronto atendimento.

Aplicação (situação hipotética)

Indicação de ambiência (Corte AA- 1:400)

Corte AA- 1:750

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Aplicação real

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N

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A Região escolhida para experimentação em uma situação real, foi a Zona Norte de Ribeirão Preto.

Esta área apresenta alta demanda de serviço de Pronto Atendimento, devido ao posicionamento dos hospitais na Região Centro-Sul, distanciando-se da Zona Norte.

O quantitativo populacional da área de abrangência da Unidade corresponde a aproximadamente 130 mil pessoas, fazendo-se necessário o desenvolvimento de uma UPA de nível II.

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A área escolhida (azul) para a implantação encontra-se no cruzamento de duas das vias que estruturam a região (amarelo) e que fazem conexão com à Via Expressa Norte (vermelho) que conecta a região ao restante da cidade. Há conexão também com o anel viário que se liga a Rodovia Anhanguera (preto). Essa posição foi escolhida devido à necessidade de acesso rápido para o atendimento de urgência.

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O terreno escolhido é quase totalmente plano. Atualmente a área é ocupada por uma quadra poliesportiva abandonada, e uma área de mato alto.

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Laterais de residência

muro de escola

Alto fluxo(rotatória)

Zonas deInteresse

Leitura da área buscando as zonas de interesse à integração e ao contato visual (setas brancas), e as barreiras (barras vermelhas).

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EstacionamentoE acesso de ambulâncias

Extensão da massa arbórea

A extensão da massa arbórea foi uma opção do projeto para criar uma barreira entre o equipamento e o alto fluxo da rotatória.Em azul está indicado o fluxo de automóveis que tem contato direto com o terreno. A partir disso definiu-se que o acesso de ambulâncias e o estacionamento seriam alocados nesta face do terreno.Em vermelho há indicações de acessos peatonais ao terreno, oriundos dos cul-de-sacs, além do eixo que os conecta e indica o fluxo do único uso atual da área, a passagem de pedestres. O projeto toma como premissa, a manutenção desta passagem de pedestres (evita ser obstáculo), a qualificação desta, e a inserção de pequenas praças nos nós de fluxo peatonal.

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Implantação geral.

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Acesso púbico

Acesso administração

Acesso urgência

Acesso serviço

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Indicação de alternância entre estares e praças.

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Área: 2350m²

Planta do equipamento com indicação do trajeto objetivo.(malha de 1,2x1,2 m).

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Planta do Pronto Atendimento(malha de 0,60 x 0,60 m).

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Planta da Diagnóstico-Terapia.(malha de 0,60 x 0,60 m).

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Planta da Observação.(malha de 0,60 x 0,60 m).

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Planta da Urgência. (malha de 0,60 x 0,60 m).

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Planta da Administração.(malha de 0,60 x 0,60 m).

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Corte BB e Indicação de Ambiência. Escala - 1:600)

Corte AA e Indicação de ambiência. Escala- 1:600)

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Bibliografia

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