TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo...

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA MARIA CLARA DA CUNHA SALOMÃO BARROSO O USO DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO PELOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NO CUIDADO À CRIANÇA HOSPITALIZADA NITERÓI 2016

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Page 1: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

CURSO DE GRADUACcedilAtildeO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA

MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO

O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

NITEROacuteI 2016

MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO

O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Enfermeira e Licenciada em Enfermagem

Orientadora Profa Dra Liliane Faria da Silva

Co-orientadora

Profordf Dra Maria Estela Diniz Machado

Niteroacutei RJ 2016

B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016

63 f

Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016

Orientador Profordf Liliane Faria da Silva Co-orientadora Profordf Maria Estela Diniz Machado

1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3

Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo

CDD 64955

MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO

O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Enfermeira e Licenciada em Enfermagem

Defesa em 12 de dezembro de 2016

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________ Profordf Drordf Liliane Faria da Silva ndash Orientadora

Universidade Federal FluminenseEEAAC

__________________________________________________________ Profordf Drordf Maria Estela Diniz Machado ndash Co-orientadora

Universidade Federal FluminenseEEAAC

_________________________________________________________ Profordf Drordf Emiacutelia Gallindo Cursino ndash Examinadora

Universidade Federal FluminenseEEAAC

_________________________________________________________ Profordf Drordf Luciana Rodrigues da Silva ndash Suplente

Universidade Federal FluminenseEEAAC

Niteroacutei RJ 2016

AGRADECIMENTOS

A Deus e aos meus protetores espirituais que nunca me desampararam e sempre guiaram

meus passos iluminando os meus caminhos e as minhas accedilotildees Por me darem forccedilas para

seguir em frente quando eu achei que natildeo pudesse ser possiacutevel

Aos meus amados pais Nelson e Rita por serem meu porto seguro por me darem asas para

voar mesmo que eu retornasse ao meu ninho Por muitas vezes se abdicarem de seus sonhos

para que o meu fosse realizado Pelo estiacutemulo e confianccedila Por se fazerem presentes mesmo a

quilocircmetros de distacircncia Toda minha vitoacuteria toda minha alegria toda minha realizaccedilatildeo

pessoal e profissional pertencem a vocecircs tambeacutem Obrigada por nunca desistirem de mim e

por serem exemplo de pais amigos e seres humanos Amo vocecircs

Agrave Lola minha amada avoacute pela confianccedila e amor Por compartilhar comigo valores e

experiecircncias que sempre tento aplicar no meu dia a dia Por me receber com quitutes e afagos

Por compreender minhas ausecircncias torcer a cada etapa vencida e natildeo medir esforccedilos para que

eu conseguisse alcanccedilar essa vitoacuteria Pela proteccedilatildeo carinho e dedicaccedilatildeo de sempre Por me

mostrar todos os dias que soacute o amor eacute capaz de curar

Aos meus avoacutes Caissar e Aacuteurea (in memoriam) que mesmo ausentes no plano terrestre

sempre se mostraram presentes nos pequenos detalhes me amparando de laacute de cima Tenho

certeza de que vocecircs estatildeo repartindo comigo essa felicidade Essa conquista eacute para vocecircs

Ao meu amor Caio Ceacutesar pela paciecircncia - mormente nessa reta final e ao longo de toda essa

caminhada Por ser minha calmaria em meio agraves tempestades Pelo companheirismo e amor de

todos os dias Por ser meu parceiro de vida Pela dedicaccedilatildeo e apoio incondicional sem os

quais eu natildeo teria chegado ateacute aqui Obrigada por ter sido meu professor ndash nas veacutesperas de

apresentaccedilatildeo de estudos de casoprojetosmonografia e cobaia em todos os periacuteodos Obrigada

pelo incentivo pela confianccedila pelos ldquopuxotildees de orelhardquo mas principalmente por sonhar e

acreditar junto comigo Essa conquista tambeacutem eacute sua 99 engenheiro naval mas aquele 1 eacute

enfermeiro Te amo

Agrave minha dinda Graccedila ao meu tio Fernando e ao meu primodindo Simatildeo Pedro que me

acolheram com tanto carinho na chegada agrave cidade grande acreditando no meu sonho e me

apoiando sempre que fosse preciso Obrigada pela companhia e suporte ao longo dessa

jornada Hoje comemoro mais uma vitoacuteria e isto se deve a vocecircs que estiveram ao meu lado

em todos os momentos Que me transmitiram ateacute em silecircncio amor e compreensatildeo Minha

gratidatildeo e ternura a vocecircs

Ao meu pediatra e tio Pedro Paulino pela inspiraccedilatildeo em cuidar dos pequenos e por exercer

sua profissatildeo com extrema dedicaccedilatildeo e competecircncia

Agraves famiacutelias Salomatildeo Argocirclo Benzi Carvalho Rosa Carlos Miguel e Beato Famiacutelia eacute a

base de tudo na nossa vida Sou eternamente grata pelo apoio afeto e torcida Mesmo de

longe pude receber toda essa energia maravilhosa e dedico essa vitoacuteria a vocecircs tambeacutem

Obrigada por encorajarem e encherem meu coraccedilatildeo de entusiasmo e amor me fazendo crer

que realmente estava fazendo a coisa certa Sonho que se sonha junto torna-se realidade

Aos meus amigos queridos meus presentes da UFF Eduardo Niana Marcelle Thamirys

Rodrigo Beatriz Mariana Baacuterbara Renata por tornarem essa jornada mais leve Por me

provarem que eacute possiacutevel construir verdadeiras amizades dentro de uma faculdade Sem vocecircs

teria sido muito mais difiacutecil Quando olho para traacutes vejo o quanto amadurecemos pessoal e

profissionalmente e me orgulho muito disso Guardo no meu coraccedilatildeo cada risada cada choro

cada desespero preacute-prova cada anguacutestia cada comilanccedila cada brincadeira e momento de

alegria ao longo desses cinco anos A luta foi grande ateacute aqui mas conseguimos Como eu

acredito e repito tudo tem seu tempo certo E natildeo poderia ter sido diferente natildeo eacute mesmo

Natildeo foi por acaso que nossos caminhos se cruzaram Obrigada por tudo amigos

Aos Jedirsquos ndash Ciacutentia Rachel Matheus Eliseu Larissa Ana Paula e Bruna Obrigada pela

parceria e amizade durante esses periacuteodos Vocecircs satildeo incriacuteveis Que a forccedila esteja com vocecircs

Agrave turma 20122 por ser a melhor turma de todos os tempos da Aurora Cada um com seu

jeitinho estaacute guardado no meu coraccedilatildeo

Agrave minha cunhada e tambeacutem veterana da ENF UFF Clariana pela parceria de estudos e troca

de experiecircncias universitaacuterias Por ouvir minhas reclamaccedilotildees e duacutevidas pacientemente sempre

e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa

jornada

Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de

semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de

longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais

Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento

no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em

especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo

ndash e lasanha de todas as sextas-feiras

Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de

Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria

meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu

desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em

mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos

Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema

competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me

socorrer sempre

Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive

a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como

por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro

muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos

tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por

onde eu for

Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e

Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo

exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo

conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada

por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos

estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo

Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me

acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser

exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu

trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro

do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora

Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas

experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira

Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de

vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda

mais pelas crianccedilas

Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II

Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe

professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente

responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela

generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma

enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc

foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e

admiraccedilatildeo

Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da

minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico

Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial

agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso

sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu

dever nessa vida terrena

A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse

Muito obrigada

ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta

que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por

isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores

Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo

Greyrsquos Anatomy

RESUMO

A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT

Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 15

11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16

12 OBJETO DE ESTUDO p 16

13 OBJETIVOS p 16

14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19

21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS

DE ENFERMAGEM p 28

3 METODOLOGIA p 30

31 DESENHO DA PESQUISA p 30

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31

34 COLETA DE DADOS p 31

35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32

36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34

41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO

TERAPEcircUTICO p 34

42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO

p 37

43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE

UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40

44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO

ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42

45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49

6 OBRAS CITADAS p 51

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60

8 ANEXOS p 61

81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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DF 2012

52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 2: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO

O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Enfermeira e Licenciada em Enfermagem

Orientadora Profa Dra Liliane Faria da Silva

Co-orientadora

Profordf Dra Maria Estela Diniz Machado

Niteroacutei RJ 2016

B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016

63 f

Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016

Orientador Profordf Liliane Faria da Silva Co-orientadora Profordf Maria Estela Diniz Machado

1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3

Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo

CDD 64955

MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO

O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Enfermeira e Licenciada em Enfermagem

Defesa em 12 de dezembro de 2016

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________ Profordf Drordf Liliane Faria da Silva ndash Orientadora

Universidade Federal FluminenseEEAAC

__________________________________________________________ Profordf Drordf Maria Estela Diniz Machado ndash Co-orientadora

Universidade Federal FluminenseEEAAC

_________________________________________________________ Profordf Drordf Emiacutelia Gallindo Cursino ndash Examinadora

Universidade Federal FluminenseEEAAC

_________________________________________________________ Profordf Drordf Luciana Rodrigues da Silva ndash Suplente

Universidade Federal FluminenseEEAAC

Niteroacutei RJ 2016

AGRADECIMENTOS

A Deus e aos meus protetores espirituais que nunca me desampararam e sempre guiaram

meus passos iluminando os meus caminhos e as minhas accedilotildees Por me darem forccedilas para

seguir em frente quando eu achei que natildeo pudesse ser possiacutevel

Aos meus amados pais Nelson e Rita por serem meu porto seguro por me darem asas para

voar mesmo que eu retornasse ao meu ninho Por muitas vezes se abdicarem de seus sonhos

para que o meu fosse realizado Pelo estiacutemulo e confianccedila Por se fazerem presentes mesmo a

quilocircmetros de distacircncia Toda minha vitoacuteria toda minha alegria toda minha realizaccedilatildeo

pessoal e profissional pertencem a vocecircs tambeacutem Obrigada por nunca desistirem de mim e

por serem exemplo de pais amigos e seres humanos Amo vocecircs

Agrave Lola minha amada avoacute pela confianccedila e amor Por compartilhar comigo valores e

experiecircncias que sempre tento aplicar no meu dia a dia Por me receber com quitutes e afagos

Por compreender minhas ausecircncias torcer a cada etapa vencida e natildeo medir esforccedilos para que

eu conseguisse alcanccedilar essa vitoacuteria Pela proteccedilatildeo carinho e dedicaccedilatildeo de sempre Por me

mostrar todos os dias que soacute o amor eacute capaz de curar

Aos meus avoacutes Caissar e Aacuteurea (in memoriam) que mesmo ausentes no plano terrestre

sempre se mostraram presentes nos pequenos detalhes me amparando de laacute de cima Tenho

certeza de que vocecircs estatildeo repartindo comigo essa felicidade Essa conquista eacute para vocecircs

Ao meu amor Caio Ceacutesar pela paciecircncia - mormente nessa reta final e ao longo de toda essa

caminhada Por ser minha calmaria em meio agraves tempestades Pelo companheirismo e amor de

todos os dias Por ser meu parceiro de vida Pela dedicaccedilatildeo e apoio incondicional sem os

quais eu natildeo teria chegado ateacute aqui Obrigada por ter sido meu professor ndash nas veacutesperas de

apresentaccedilatildeo de estudos de casoprojetosmonografia e cobaia em todos os periacuteodos Obrigada

pelo incentivo pela confianccedila pelos ldquopuxotildees de orelhardquo mas principalmente por sonhar e

acreditar junto comigo Essa conquista tambeacutem eacute sua 99 engenheiro naval mas aquele 1 eacute

enfermeiro Te amo

Agrave minha dinda Graccedila ao meu tio Fernando e ao meu primodindo Simatildeo Pedro que me

acolheram com tanto carinho na chegada agrave cidade grande acreditando no meu sonho e me

apoiando sempre que fosse preciso Obrigada pela companhia e suporte ao longo dessa

jornada Hoje comemoro mais uma vitoacuteria e isto se deve a vocecircs que estiveram ao meu lado

em todos os momentos Que me transmitiram ateacute em silecircncio amor e compreensatildeo Minha

gratidatildeo e ternura a vocecircs

Ao meu pediatra e tio Pedro Paulino pela inspiraccedilatildeo em cuidar dos pequenos e por exercer

sua profissatildeo com extrema dedicaccedilatildeo e competecircncia

Agraves famiacutelias Salomatildeo Argocirclo Benzi Carvalho Rosa Carlos Miguel e Beato Famiacutelia eacute a

base de tudo na nossa vida Sou eternamente grata pelo apoio afeto e torcida Mesmo de

longe pude receber toda essa energia maravilhosa e dedico essa vitoacuteria a vocecircs tambeacutem

Obrigada por encorajarem e encherem meu coraccedilatildeo de entusiasmo e amor me fazendo crer

que realmente estava fazendo a coisa certa Sonho que se sonha junto torna-se realidade

Aos meus amigos queridos meus presentes da UFF Eduardo Niana Marcelle Thamirys

Rodrigo Beatriz Mariana Baacuterbara Renata por tornarem essa jornada mais leve Por me

provarem que eacute possiacutevel construir verdadeiras amizades dentro de uma faculdade Sem vocecircs

teria sido muito mais difiacutecil Quando olho para traacutes vejo o quanto amadurecemos pessoal e

profissionalmente e me orgulho muito disso Guardo no meu coraccedilatildeo cada risada cada choro

cada desespero preacute-prova cada anguacutestia cada comilanccedila cada brincadeira e momento de

alegria ao longo desses cinco anos A luta foi grande ateacute aqui mas conseguimos Como eu

acredito e repito tudo tem seu tempo certo E natildeo poderia ter sido diferente natildeo eacute mesmo

Natildeo foi por acaso que nossos caminhos se cruzaram Obrigada por tudo amigos

Aos Jedirsquos ndash Ciacutentia Rachel Matheus Eliseu Larissa Ana Paula e Bruna Obrigada pela

parceria e amizade durante esses periacuteodos Vocecircs satildeo incriacuteveis Que a forccedila esteja com vocecircs

Agrave turma 20122 por ser a melhor turma de todos os tempos da Aurora Cada um com seu

jeitinho estaacute guardado no meu coraccedilatildeo

Agrave minha cunhada e tambeacutem veterana da ENF UFF Clariana pela parceria de estudos e troca

de experiecircncias universitaacuterias Por ouvir minhas reclamaccedilotildees e duacutevidas pacientemente sempre

e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa

jornada

Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de

semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de

longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais

Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento

no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em

especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo

ndash e lasanha de todas as sextas-feiras

Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de

Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria

meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu

desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em

mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos

Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema

competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me

socorrer sempre

Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive

a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como

por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro

muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos

tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por

onde eu for

Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e

Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo

exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo

conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada

por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos

estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo

Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me

acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser

exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu

trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro

do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora

Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas

experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira

Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de

vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda

mais pelas crianccedilas

Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II

Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe

professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente

responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela

generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma

enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc

foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e

admiraccedilatildeo

Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da

minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico

Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial

agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso

sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu

dever nessa vida terrena

A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse

Muito obrigada

ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta

que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por

isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores

Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo

Greyrsquos Anatomy

RESUMO

A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT

Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 15

11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16

12 OBJETO DE ESTUDO p 16

13 OBJETIVOS p 16

14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19

21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS

DE ENFERMAGEM p 28

3 METODOLOGIA p 30

31 DESENHO DA PESQUISA p 30

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31

34 COLETA DE DADOS p 31

35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32

36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34

41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO

TERAPEcircUTICO p 34

42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO

p 37

43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE

UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40

44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO

ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42

45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49

6 OBRAS CITADAS p 51

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60

8 ANEXOS p 61

81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

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1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

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experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

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14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

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funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

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2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

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conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

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evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

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doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

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provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

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07 nov 2016

BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt

Acesso em 07 nov 2016

BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes

PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da

crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm

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2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo

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BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia

DF 2012

52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 3: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016

63 f

Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016

Orientador Profordf Liliane Faria da Silva Co-orientadora Profordf Maria Estela Diniz Machado

1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3

Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo

CDD 64955

MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO

O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Enfermeira e Licenciada em Enfermagem

Defesa em 12 de dezembro de 2016

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________ Profordf Drordf Liliane Faria da Silva ndash Orientadora

Universidade Federal FluminenseEEAAC

__________________________________________________________ Profordf Drordf Maria Estela Diniz Machado ndash Co-orientadora

Universidade Federal FluminenseEEAAC

_________________________________________________________ Profordf Drordf Emiacutelia Gallindo Cursino ndash Examinadora

Universidade Federal FluminenseEEAAC

_________________________________________________________ Profordf Drordf Luciana Rodrigues da Silva ndash Suplente

Universidade Federal FluminenseEEAAC

Niteroacutei RJ 2016

AGRADECIMENTOS

A Deus e aos meus protetores espirituais que nunca me desampararam e sempre guiaram

meus passos iluminando os meus caminhos e as minhas accedilotildees Por me darem forccedilas para

seguir em frente quando eu achei que natildeo pudesse ser possiacutevel

Aos meus amados pais Nelson e Rita por serem meu porto seguro por me darem asas para

voar mesmo que eu retornasse ao meu ninho Por muitas vezes se abdicarem de seus sonhos

para que o meu fosse realizado Pelo estiacutemulo e confianccedila Por se fazerem presentes mesmo a

quilocircmetros de distacircncia Toda minha vitoacuteria toda minha alegria toda minha realizaccedilatildeo

pessoal e profissional pertencem a vocecircs tambeacutem Obrigada por nunca desistirem de mim e

por serem exemplo de pais amigos e seres humanos Amo vocecircs

Agrave Lola minha amada avoacute pela confianccedila e amor Por compartilhar comigo valores e

experiecircncias que sempre tento aplicar no meu dia a dia Por me receber com quitutes e afagos

Por compreender minhas ausecircncias torcer a cada etapa vencida e natildeo medir esforccedilos para que

eu conseguisse alcanccedilar essa vitoacuteria Pela proteccedilatildeo carinho e dedicaccedilatildeo de sempre Por me

mostrar todos os dias que soacute o amor eacute capaz de curar

Aos meus avoacutes Caissar e Aacuteurea (in memoriam) que mesmo ausentes no plano terrestre

sempre se mostraram presentes nos pequenos detalhes me amparando de laacute de cima Tenho

certeza de que vocecircs estatildeo repartindo comigo essa felicidade Essa conquista eacute para vocecircs

Ao meu amor Caio Ceacutesar pela paciecircncia - mormente nessa reta final e ao longo de toda essa

caminhada Por ser minha calmaria em meio agraves tempestades Pelo companheirismo e amor de

todos os dias Por ser meu parceiro de vida Pela dedicaccedilatildeo e apoio incondicional sem os

quais eu natildeo teria chegado ateacute aqui Obrigada por ter sido meu professor ndash nas veacutesperas de

apresentaccedilatildeo de estudos de casoprojetosmonografia e cobaia em todos os periacuteodos Obrigada

pelo incentivo pela confianccedila pelos ldquopuxotildees de orelhardquo mas principalmente por sonhar e

acreditar junto comigo Essa conquista tambeacutem eacute sua 99 engenheiro naval mas aquele 1 eacute

enfermeiro Te amo

Agrave minha dinda Graccedila ao meu tio Fernando e ao meu primodindo Simatildeo Pedro que me

acolheram com tanto carinho na chegada agrave cidade grande acreditando no meu sonho e me

apoiando sempre que fosse preciso Obrigada pela companhia e suporte ao longo dessa

jornada Hoje comemoro mais uma vitoacuteria e isto se deve a vocecircs que estiveram ao meu lado

em todos os momentos Que me transmitiram ateacute em silecircncio amor e compreensatildeo Minha

gratidatildeo e ternura a vocecircs

Ao meu pediatra e tio Pedro Paulino pela inspiraccedilatildeo em cuidar dos pequenos e por exercer

sua profissatildeo com extrema dedicaccedilatildeo e competecircncia

Agraves famiacutelias Salomatildeo Argocirclo Benzi Carvalho Rosa Carlos Miguel e Beato Famiacutelia eacute a

base de tudo na nossa vida Sou eternamente grata pelo apoio afeto e torcida Mesmo de

longe pude receber toda essa energia maravilhosa e dedico essa vitoacuteria a vocecircs tambeacutem

Obrigada por encorajarem e encherem meu coraccedilatildeo de entusiasmo e amor me fazendo crer

que realmente estava fazendo a coisa certa Sonho que se sonha junto torna-se realidade

Aos meus amigos queridos meus presentes da UFF Eduardo Niana Marcelle Thamirys

Rodrigo Beatriz Mariana Baacuterbara Renata por tornarem essa jornada mais leve Por me

provarem que eacute possiacutevel construir verdadeiras amizades dentro de uma faculdade Sem vocecircs

teria sido muito mais difiacutecil Quando olho para traacutes vejo o quanto amadurecemos pessoal e

profissionalmente e me orgulho muito disso Guardo no meu coraccedilatildeo cada risada cada choro

cada desespero preacute-prova cada anguacutestia cada comilanccedila cada brincadeira e momento de

alegria ao longo desses cinco anos A luta foi grande ateacute aqui mas conseguimos Como eu

acredito e repito tudo tem seu tempo certo E natildeo poderia ter sido diferente natildeo eacute mesmo

Natildeo foi por acaso que nossos caminhos se cruzaram Obrigada por tudo amigos

Aos Jedirsquos ndash Ciacutentia Rachel Matheus Eliseu Larissa Ana Paula e Bruna Obrigada pela

parceria e amizade durante esses periacuteodos Vocecircs satildeo incriacuteveis Que a forccedila esteja com vocecircs

Agrave turma 20122 por ser a melhor turma de todos os tempos da Aurora Cada um com seu

jeitinho estaacute guardado no meu coraccedilatildeo

Agrave minha cunhada e tambeacutem veterana da ENF UFF Clariana pela parceria de estudos e troca

de experiecircncias universitaacuterias Por ouvir minhas reclamaccedilotildees e duacutevidas pacientemente sempre

e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa

jornada

Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de

semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de

longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais

Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento

no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em

especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo

ndash e lasanha de todas as sextas-feiras

Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de

Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria

meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu

desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em

mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos

Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema

competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me

socorrer sempre

Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive

a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como

por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro

muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos

tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por

onde eu for

Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e

Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo

exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo

conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada

por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos

estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo

Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me

acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser

exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu

trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro

do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora

Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas

experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira

Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de

vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda

mais pelas crianccedilas

Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II

Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe

professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente

responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela

generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma

enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc

foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e

admiraccedilatildeo

Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da

minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico

Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial

agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso

sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu

dever nessa vida terrena

A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse

Muito obrigada

ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta

que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por

isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores

Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo

Greyrsquos Anatomy

RESUMO

A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT

Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 15

11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16

12 OBJETO DE ESTUDO p 16

13 OBJETIVOS p 16

14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19

21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS

DE ENFERMAGEM p 28

3 METODOLOGIA p 30

31 DESENHO DA PESQUISA p 30

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31

34 COLETA DE DADOS p 31

35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32

36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34

41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO

TERAPEcircUTICO p 34

42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO

p 37

43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE

UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40

44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO

ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42

45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49

6 OBRAS CITADAS p 51

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60

8 ANEXOS p 61

81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

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BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

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52

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SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes

SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva

Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo

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SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata

Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer

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VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza

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Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 4: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

MARIA CLARA DA CUNHA SALOMAtildeO BARROSO

O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM NO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Graduaccedilatildeo e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Enfermeira e Licenciada em Enfermagem

Defesa em 12 de dezembro de 2016

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________ Profordf Drordf Liliane Faria da Silva ndash Orientadora

Universidade Federal FluminenseEEAAC

__________________________________________________________ Profordf Drordf Maria Estela Diniz Machado ndash Co-orientadora

Universidade Federal FluminenseEEAAC

_________________________________________________________ Profordf Drordf Emiacutelia Gallindo Cursino ndash Examinadora

Universidade Federal FluminenseEEAAC

_________________________________________________________ Profordf Drordf Luciana Rodrigues da Silva ndash Suplente

Universidade Federal FluminenseEEAAC

Niteroacutei RJ 2016

AGRADECIMENTOS

A Deus e aos meus protetores espirituais que nunca me desampararam e sempre guiaram

meus passos iluminando os meus caminhos e as minhas accedilotildees Por me darem forccedilas para

seguir em frente quando eu achei que natildeo pudesse ser possiacutevel

Aos meus amados pais Nelson e Rita por serem meu porto seguro por me darem asas para

voar mesmo que eu retornasse ao meu ninho Por muitas vezes se abdicarem de seus sonhos

para que o meu fosse realizado Pelo estiacutemulo e confianccedila Por se fazerem presentes mesmo a

quilocircmetros de distacircncia Toda minha vitoacuteria toda minha alegria toda minha realizaccedilatildeo

pessoal e profissional pertencem a vocecircs tambeacutem Obrigada por nunca desistirem de mim e

por serem exemplo de pais amigos e seres humanos Amo vocecircs

Agrave Lola minha amada avoacute pela confianccedila e amor Por compartilhar comigo valores e

experiecircncias que sempre tento aplicar no meu dia a dia Por me receber com quitutes e afagos

Por compreender minhas ausecircncias torcer a cada etapa vencida e natildeo medir esforccedilos para que

eu conseguisse alcanccedilar essa vitoacuteria Pela proteccedilatildeo carinho e dedicaccedilatildeo de sempre Por me

mostrar todos os dias que soacute o amor eacute capaz de curar

Aos meus avoacutes Caissar e Aacuteurea (in memoriam) que mesmo ausentes no plano terrestre

sempre se mostraram presentes nos pequenos detalhes me amparando de laacute de cima Tenho

certeza de que vocecircs estatildeo repartindo comigo essa felicidade Essa conquista eacute para vocecircs

Ao meu amor Caio Ceacutesar pela paciecircncia - mormente nessa reta final e ao longo de toda essa

caminhada Por ser minha calmaria em meio agraves tempestades Pelo companheirismo e amor de

todos os dias Por ser meu parceiro de vida Pela dedicaccedilatildeo e apoio incondicional sem os

quais eu natildeo teria chegado ateacute aqui Obrigada por ter sido meu professor ndash nas veacutesperas de

apresentaccedilatildeo de estudos de casoprojetosmonografia e cobaia em todos os periacuteodos Obrigada

pelo incentivo pela confianccedila pelos ldquopuxotildees de orelhardquo mas principalmente por sonhar e

acreditar junto comigo Essa conquista tambeacutem eacute sua 99 engenheiro naval mas aquele 1 eacute

enfermeiro Te amo

Agrave minha dinda Graccedila ao meu tio Fernando e ao meu primodindo Simatildeo Pedro que me

acolheram com tanto carinho na chegada agrave cidade grande acreditando no meu sonho e me

apoiando sempre que fosse preciso Obrigada pela companhia e suporte ao longo dessa

jornada Hoje comemoro mais uma vitoacuteria e isto se deve a vocecircs que estiveram ao meu lado

em todos os momentos Que me transmitiram ateacute em silecircncio amor e compreensatildeo Minha

gratidatildeo e ternura a vocecircs

Ao meu pediatra e tio Pedro Paulino pela inspiraccedilatildeo em cuidar dos pequenos e por exercer

sua profissatildeo com extrema dedicaccedilatildeo e competecircncia

Agraves famiacutelias Salomatildeo Argocirclo Benzi Carvalho Rosa Carlos Miguel e Beato Famiacutelia eacute a

base de tudo na nossa vida Sou eternamente grata pelo apoio afeto e torcida Mesmo de

longe pude receber toda essa energia maravilhosa e dedico essa vitoacuteria a vocecircs tambeacutem

Obrigada por encorajarem e encherem meu coraccedilatildeo de entusiasmo e amor me fazendo crer

que realmente estava fazendo a coisa certa Sonho que se sonha junto torna-se realidade

Aos meus amigos queridos meus presentes da UFF Eduardo Niana Marcelle Thamirys

Rodrigo Beatriz Mariana Baacuterbara Renata por tornarem essa jornada mais leve Por me

provarem que eacute possiacutevel construir verdadeiras amizades dentro de uma faculdade Sem vocecircs

teria sido muito mais difiacutecil Quando olho para traacutes vejo o quanto amadurecemos pessoal e

profissionalmente e me orgulho muito disso Guardo no meu coraccedilatildeo cada risada cada choro

cada desespero preacute-prova cada anguacutestia cada comilanccedila cada brincadeira e momento de

alegria ao longo desses cinco anos A luta foi grande ateacute aqui mas conseguimos Como eu

acredito e repito tudo tem seu tempo certo E natildeo poderia ter sido diferente natildeo eacute mesmo

Natildeo foi por acaso que nossos caminhos se cruzaram Obrigada por tudo amigos

Aos Jedirsquos ndash Ciacutentia Rachel Matheus Eliseu Larissa Ana Paula e Bruna Obrigada pela

parceria e amizade durante esses periacuteodos Vocecircs satildeo incriacuteveis Que a forccedila esteja com vocecircs

Agrave turma 20122 por ser a melhor turma de todos os tempos da Aurora Cada um com seu

jeitinho estaacute guardado no meu coraccedilatildeo

Agrave minha cunhada e tambeacutem veterana da ENF UFF Clariana pela parceria de estudos e troca

de experiecircncias universitaacuterias Por ouvir minhas reclamaccedilotildees e duacutevidas pacientemente sempre

e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa

jornada

Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de

semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de

longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais

Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento

no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em

especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo

ndash e lasanha de todas as sextas-feiras

Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de

Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria

meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu

desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em

mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos

Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema

competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me

socorrer sempre

Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive

a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como

por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro

muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos

tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por

onde eu for

Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e

Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo

exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo

conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada

por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos

estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo

Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me

acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser

exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu

trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro

do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora

Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas

experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira

Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de

vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda

mais pelas crianccedilas

Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II

Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe

professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente

responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela

generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma

enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc

foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e

admiraccedilatildeo

Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da

minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico

Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial

agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso

sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu

dever nessa vida terrena

A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse

Muito obrigada

ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta

que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por

isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores

Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo

Greyrsquos Anatomy

RESUMO

A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT

Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 15

11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16

12 OBJETO DE ESTUDO p 16

13 OBJETIVOS p 16

14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19

21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS

DE ENFERMAGEM p 28

3 METODOLOGIA p 30

31 DESENHO DA PESQUISA p 30

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31

34 COLETA DE DADOS p 31

35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32

36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34

41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO

TERAPEcircUTICO p 34

42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO

p 37

43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE

UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40

44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO

ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42

45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49

6 OBRAS CITADAS p 51

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60

8 ANEXOS p 61

81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva

Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo

Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)

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lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-

dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016

SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata

Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer

infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de

brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012

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VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza

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Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-

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e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016

59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 5: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

AGRADECIMENTOS

A Deus e aos meus protetores espirituais que nunca me desampararam e sempre guiaram

meus passos iluminando os meus caminhos e as minhas accedilotildees Por me darem forccedilas para

seguir em frente quando eu achei que natildeo pudesse ser possiacutevel

Aos meus amados pais Nelson e Rita por serem meu porto seguro por me darem asas para

voar mesmo que eu retornasse ao meu ninho Por muitas vezes se abdicarem de seus sonhos

para que o meu fosse realizado Pelo estiacutemulo e confianccedila Por se fazerem presentes mesmo a

quilocircmetros de distacircncia Toda minha vitoacuteria toda minha alegria toda minha realizaccedilatildeo

pessoal e profissional pertencem a vocecircs tambeacutem Obrigada por nunca desistirem de mim e

por serem exemplo de pais amigos e seres humanos Amo vocecircs

Agrave Lola minha amada avoacute pela confianccedila e amor Por compartilhar comigo valores e

experiecircncias que sempre tento aplicar no meu dia a dia Por me receber com quitutes e afagos

Por compreender minhas ausecircncias torcer a cada etapa vencida e natildeo medir esforccedilos para que

eu conseguisse alcanccedilar essa vitoacuteria Pela proteccedilatildeo carinho e dedicaccedilatildeo de sempre Por me

mostrar todos os dias que soacute o amor eacute capaz de curar

Aos meus avoacutes Caissar e Aacuteurea (in memoriam) que mesmo ausentes no plano terrestre

sempre se mostraram presentes nos pequenos detalhes me amparando de laacute de cima Tenho

certeza de que vocecircs estatildeo repartindo comigo essa felicidade Essa conquista eacute para vocecircs

Ao meu amor Caio Ceacutesar pela paciecircncia - mormente nessa reta final e ao longo de toda essa

caminhada Por ser minha calmaria em meio agraves tempestades Pelo companheirismo e amor de

todos os dias Por ser meu parceiro de vida Pela dedicaccedilatildeo e apoio incondicional sem os

quais eu natildeo teria chegado ateacute aqui Obrigada por ter sido meu professor ndash nas veacutesperas de

apresentaccedilatildeo de estudos de casoprojetosmonografia e cobaia em todos os periacuteodos Obrigada

pelo incentivo pela confianccedila pelos ldquopuxotildees de orelhardquo mas principalmente por sonhar e

acreditar junto comigo Essa conquista tambeacutem eacute sua 99 engenheiro naval mas aquele 1 eacute

enfermeiro Te amo

Agrave minha dinda Graccedila ao meu tio Fernando e ao meu primodindo Simatildeo Pedro que me

acolheram com tanto carinho na chegada agrave cidade grande acreditando no meu sonho e me

apoiando sempre que fosse preciso Obrigada pela companhia e suporte ao longo dessa

jornada Hoje comemoro mais uma vitoacuteria e isto se deve a vocecircs que estiveram ao meu lado

em todos os momentos Que me transmitiram ateacute em silecircncio amor e compreensatildeo Minha

gratidatildeo e ternura a vocecircs

Ao meu pediatra e tio Pedro Paulino pela inspiraccedilatildeo em cuidar dos pequenos e por exercer

sua profissatildeo com extrema dedicaccedilatildeo e competecircncia

Agraves famiacutelias Salomatildeo Argocirclo Benzi Carvalho Rosa Carlos Miguel e Beato Famiacutelia eacute a

base de tudo na nossa vida Sou eternamente grata pelo apoio afeto e torcida Mesmo de

longe pude receber toda essa energia maravilhosa e dedico essa vitoacuteria a vocecircs tambeacutem

Obrigada por encorajarem e encherem meu coraccedilatildeo de entusiasmo e amor me fazendo crer

que realmente estava fazendo a coisa certa Sonho que se sonha junto torna-se realidade

Aos meus amigos queridos meus presentes da UFF Eduardo Niana Marcelle Thamirys

Rodrigo Beatriz Mariana Baacuterbara Renata por tornarem essa jornada mais leve Por me

provarem que eacute possiacutevel construir verdadeiras amizades dentro de uma faculdade Sem vocecircs

teria sido muito mais difiacutecil Quando olho para traacutes vejo o quanto amadurecemos pessoal e

profissionalmente e me orgulho muito disso Guardo no meu coraccedilatildeo cada risada cada choro

cada desespero preacute-prova cada anguacutestia cada comilanccedila cada brincadeira e momento de

alegria ao longo desses cinco anos A luta foi grande ateacute aqui mas conseguimos Como eu

acredito e repito tudo tem seu tempo certo E natildeo poderia ter sido diferente natildeo eacute mesmo

Natildeo foi por acaso que nossos caminhos se cruzaram Obrigada por tudo amigos

Aos Jedirsquos ndash Ciacutentia Rachel Matheus Eliseu Larissa Ana Paula e Bruna Obrigada pela

parceria e amizade durante esses periacuteodos Vocecircs satildeo incriacuteveis Que a forccedila esteja com vocecircs

Agrave turma 20122 por ser a melhor turma de todos os tempos da Aurora Cada um com seu

jeitinho estaacute guardado no meu coraccedilatildeo

Agrave minha cunhada e tambeacutem veterana da ENF UFF Clariana pela parceria de estudos e troca

de experiecircncias universitaacuterias Por ouvir minhas reclamaccedilotildees e duacutevidas pacientemente sempre

e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa

jornada

Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de

semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de

longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais

Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento

no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em

especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo

ndash e lasanha de todas as sextas-feiras

Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de

Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria

meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu

desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em

mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos

Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema

competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me

socorrer sempre

Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive

a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como

por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro

muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos

tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por

onde eu for

Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e

Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo

exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo

conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada

por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos

estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo

Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me

acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser

exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu

trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro

do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora

Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas

experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira

Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de

vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda

mais pelas crianccedilas

Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II

Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe

professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente

responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela

generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma

enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc

foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e

admiraccedilatildeo

Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da

minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico

Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial

agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso

sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu

dever nessa vida terrena

A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse

Muito obrigada

ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta

que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por

isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores

Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo

Greyrsquos Anatomy

RESUMO

A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT

Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 15

11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16

12 OBJETO DE ESTUDO p 16

13 OBJETIVOS p 16

14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19

21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS

DE ENFERMAGEM p 28

3 METODOLOGIA p 30

31 DESENHO DA PESQUISA p 30

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31

34 COLETA DE DADOS p 31

35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32

36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34

41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO

TERAPEcircUTICO p 34

42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO

p 37

43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE

UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40

44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO

ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42

45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49

6 OBRAS CITADAS p 51

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60

8 ANEXOS p 61

81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

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funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

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doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

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sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

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A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 6: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

Agrave minha dinda Graccedila ao meu tio Fernando e ao meu primodindo Simatildeo Pedro que me

acolheram com tanto carinho na chegada agrave cidade grande acreditando no meu sonho e me

apoiando sempre que fosse preciso Obrigada pela companhia e suporte ao longo dessa

jornada Hoje comemoro mais uma vitoacuteria e isto se deve a vocecircs que estiveram ao meu lado

em todos os momentos Que me transmitiram ateacute em silecircncio amor e compreensatildeo Minha

gratidatildeo e ternura a vocecircs

Ao meu pediatra e tio Pedro Paulino pela inspiraccedilatildeo em cuidar dos pequenos e por exercer

sua profissatildeo com extrema dedicaccedilatildeo e competecircncia

Agraves famiacutelias Salomatildeo Argocirclo Benzi Carvalho Rosa Carlos Miguel e Beato Famiacutelia eacute a

base de tudo na nossa vida Sou eternamente grata pelo apoio afeto e torcida Mesmo de

longe pude receber toda essa energia maravilhosa e dedico essa vitoacuteria a vocecircs tambeacutem

Obrigada por encorajarem e encherem meu coraccedilatildeo de entusiasmo e amor me fazendo crer

que realmente estava fazendo a coisa certa Sonho que se sonha junto torna-se realidade

Aos meus amigos queridos meus presentes da UFF Eduardo Niana Marcelle Thamirys

Rodrigo Beatriz Mariana Baacuterbara Renata por tornarem essa jornada mais leve Por me

provarem que eacute possiacutevel construir verdadeiras amizades dentro de uma faculdade Sem vocecircs

teria sido muito mais difiacutecil Quando olho para traacutes vejo o quanto amadurecemos pessoal e

profissionalmente e me orgulho muito disso Guardo no meu coraccedilatildeo cada risada cada choro

cada desespero preacute-prova cada anguacutestia cada comilanccedila cada brincadeira e momento de

alegria ao longo desses cinco anos A luta foi grande ateacute aqui mas conseguimos Como eu

acredito e repito tudo tem seu tempo certo E natildeo poderia ter sido diferente natildeo eacute mesmo

Natildeo foi por acaso que nossos caminhos se cruzaram Obrigada por tudo amigos

Aos Jedirsquos ndash Ciacutentia Rachel Matheus Eliseu Larissa Ana Paula e Bruna Obrigada pela

parceria e amizade durante esses periacuteodos Vocecircs satildeo incriacuteveis Que a forccedila esteja com vocecircs

Agrave turma 20122 por ser a melhor turma de todos os tempos da Aurora Cada um com seu

jeitinho estaacute guardado no meu coraccedilatildeo

Agrave minha cunhada e tambeacutem veterana da ENF UFF Clariana pela parceria de estudos e troca

de experiecircncias universitaacuterias Por ouvir minhas reclamaccedilotildees e duacutevidas pacientemente sempre

e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa

jornada

Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de

semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de

longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais

Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento

no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em

especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo

ndash e lasanha de todas as sextas-feiras

Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de

Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria

meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu

desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em

mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos

Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema

competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me

socorrer sempre

Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive

a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como

por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro

muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos

tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por

onde eu for

Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e

Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo

exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo

conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada

por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos

estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo

Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me

acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser

exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu

trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro

do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora

Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas

experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira

Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de

vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda

mais pelas crianccedilas

Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II

Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe

professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente

responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela

generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma

enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc

foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e

admiraccedilatildeo

Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da

minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico

Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial

agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso

sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu

dever nessa vida terrena

A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse

Muito obrigada

ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta

que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por

isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores

Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo

Greyrsquos Anatomy

RESUMO

A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT

Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 15

11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16

12 OBJETO DE ESTUDO p 16

13 OBJETIVOS p 16

14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19

21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS

DE ENFERMAGEM p 28

3 METODOLOGIA p 30

31 DESENHO DA PESQUISA p 30

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31

34 COLETA DE DADOS p 31

35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32

36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34

41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO

TERAPEcircUTICO p 34

42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO

p 37

43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE

UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40

44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO

ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42

45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49

6 OBRAS CITADAS p 51

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60

8 ANEXOS p 61

81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

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BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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DF 2012

52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 7: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

e pelos momentos divertidos ao longo desses anos Obrigada pelo companheirismo nessa

jornada

Aos meus queridos amigos de Angra por compreenderem minha ausecircncia nos finais de

semana e feriados Pelo ombro amigo sempre que preciso Pela amizade e afeto que mesmo de

longe nunca perderam seu valor Vocecircs satildeo muito especiais

Agrave equipe da Cliacutenica de Insuficiecircncia Cardiacuteaca Coraccedilatildeo Valente (CICCV) pelo acolhimento

no ano de 2015 Pelos momentos de muito trabalho debates cliacutenicos e aprendizado Em

especial aos amigos Lyvia Bruno Beatriz Pacircmella Nathaacutelia e Juliana pelo companheirismo

ndash e lasanha de todas as sextas-feiras

Agrave equipe de Enfermagem na Sauacutede do Adulto e do Idoso II (ESAI II) de 2015 e agrave equipe de

Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II (DESCA II) de 2016 onde exerci ndash com muita alegria

meu papel de monitora Estar ao lado de vocecircs foi de suma importacircncia para meu

desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional Obrigada por toda confianccedila em

mim depositada pelas experiecircncias incriacuteveis e ensinamentos

Ao Evandro melhor funcionaacuterio que a Aurora poderia ter por exercer com extrema

competecircncia seu trabalho sempre disposto a nos ajudar Por entender minhas paranoacuteias e me

socorrer sempre

Agrave professora Paula Flores por todos os ensinamentos desde a disciplina de ESAI II onde tive

a felicidade de estar em sua companhia por um ano e meio como aluna e monitora bem como

por ser minha mentora nas atividades da CICCV Sou muito grata pelos conselhos e admiro

muito a pessoa e enfermeira que vocecirc eacute sempre lutando incessantemente para que nos

tornemos excelentes profissionais Tenha certeza de que carregarei seus ensinamentos por

onde eu for

Agraves professoras Emiacutelia Cursino Luciana Rodrigues Rosane Burla Eny Doacuterea Estela Diniz e

Liliane Faria por todo o aprendizado no que diz respeito agrave Sauacutede da Crianccedila Vocecircs satildeo

exemplos de enfermeiras compromissadas corretas e que certamente transmitem todo

conhecimento e amor pela pediatria e neonatologia agravequeles que estatildeo ao seu redor Obrigada

por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos

estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo

Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me

acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser

exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu

trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro

do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora

Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas

experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira

Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de

vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda

mais pelas crianccedilas

Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II

Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe

professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente

responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela

generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma

enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc

foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e

admiraccedilatildeo

Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da

minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico

Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial

agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso

sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu

dever nessa vida terrena

A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse

Muito obrigada

ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta

que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por

isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores

Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo

Greyrsquos Anatomy

RESUMO

A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT

Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 15

11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16

12 OBJETO DE ESTUDO p 16

13 OBJETIVOS p 16

14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19

21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS

DE ENFERMAGEM p 28

3 METODOLOGIA p 30

31 DESENHO DA PESQUISA p 30

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31

34 COLETA DE DADOS p 31

35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32

36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34

41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO

TERAPEcircUTICO p 34

42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO

p 37

43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE

UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40

44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO

ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42

45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49

6 OBRAS CITADAS p 51

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60

8 ANEXOS p 61

81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em

lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em

07 nov 2016

BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt

Acesso em 07 nov 2016

BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes

PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da

crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm

Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt

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BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de

2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo

Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em

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BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia

DF 2012

52

BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da

Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 8: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

por compartilharem seus conhecimentos e experiecircncias de vida pelo acolhimento nos

estaacutegios pelo incentivo em seguir em frente e pela torcida Guardo vocecircs no meu coraccedilatildeo

Agrave querida professora Emiacutelia Cursino pelo aceite em fazer parte da banca e por ter me

acolhido de forma carinhosa no estaacutegio em Itaipu Ser mestre natildeo eacute apenas lecionar eacute ser

exemplo de doaccedilatildeo E eu pude acompanhar de perto sua dedicaccedilatildeo ao proacuteximo ao seu

trabalho e aos seus alunos Valeu muito agrave pena acordar agraves 05h e levar quase duas horas dentro

do ocircnibus para aprender tanta coisa com a senhora

Agrave querida co-orientadora e professora Maria Estela Obrigada por me transmitir suas

experiecircncias e conhecimentos possibilitando meu crescimento como pessoa e enfermeira

Pelo estiacutemulo e confianccedila em mim depositados quando cheguei insegura na tatildeo temida sala de

vacina Sua tranquumlilidade e paciecircncia foram fundamentais para que eu me apaixonasse ainda

mais pelas crianccedilas

Agrave professora Liliane minha querida orientadora e preceptora da monitoria de DESCA II

Obrigada por ter sido tatildeo atenciosa ao longo desse periacuteodo Natildeo existe

professoraorientadorapreceptora melhor exemplo de pessoa e profissional inteligente

responsaacutevel e dedicada Sou muito grata por todo seu incentivo e carinho Agradeccedilo pela

generosidade em compartilhar seus conhecimentos e pela inspiraccedilatildeo em me tornar uma

enfermeira pediatra Por apoiar minhas ideias mirabolantes e confiar no meu potencial Vocecirc

foi muito importante para que eu chegasse aonde cheguei Agrave vocecirc minha profunda gratidatildeo e

admiraccedilatildeo

Aos pacientes que jaacute cruzaram meu caminho por me apresentarem a real compreensatildeo da

minha identidade profissional cuidar com amor e conhecimento cientiacutefico

Aos meus pequenos grandes pacientes pela oportunidade de estar ao lado deles Em especial

agrave pequena Nicolle que me fez ter certeza atraveacutes de seus olhinhos brilhantes e sorriso

sincero de que esse era o caminho certo e de que estar ao lado desses ldquopiquititosrdquo era meu

dever nessa vida terrena

A todos que contribuiacuteram de forma direta ou indireta para que este sonho se concretizasse

Muito obrigada

ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta

que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por

isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores

Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo

Greyrsquos Anatomy

RESUMO

A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT

Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 15

11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16

12 OBJETO DE ESTUDO p 16

13 OBJETIVOS p 16

14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19

21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS

DE ENFERMAGEM p 28

3 METODOLOGIA p 30

31 DESENHO DA PESQUISA p 30

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31

34 COLETA DE DADOS p 31

35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32

36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34

41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO

TERAPEcircUTICO p 34

42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO

p 37

43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE

UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40

44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO

ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42

45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49

6 OBRAS CITADAS p 51

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60

8 ANEXOS p 61

81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em

lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em

07 nov 2016

BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt

Acesso em 07 nov 2016

BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes

PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da

crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm

Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt

httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016

BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de

2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo

Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em

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BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia

DF 2012

52

BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da

Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica

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MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como

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7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 9: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

ldquoNa pediatria natildeo haacute adultos em miniatura haacute crianccedilas Acreditam em magia fazem de conta

que haacute um poacute maacutegico no soro deles tecircm esperanccedila cruzam os dedos e fazem pedidos E por

isso satildeo mais resistentes que os adultos recuperam mais raacutepido sobrevivem a coisas piores

Eles acreditam Na pediatria temos milagres e magia Na pediatria tudo eacute possiacutevelrdquo

Greyrsquos Anatomy

RESUMO

A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT

Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 15

11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16

12 OBJETO DE ESTUDO p 16

13 OBJETIVOS p 16

14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19

21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS

DE ENFERMAGEM p 28

3 METODOLOGIA p 30

31 DESENHO DA PESQUISA p 30

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31

34 COLETA DE DADOS p 31

35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32

36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34

41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO

TERAPEcircUTICO p 34

42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO

p 37

43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE

UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40

44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO

ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42

45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49

6 OBRAS CITADAS p 51

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60

8 ANEXOS p 61

81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

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07 nov 2016

BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt

Acesso em 07 nov 2016

BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes

PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da

crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm

Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt

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2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo

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BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia

DF 2012

52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 10: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

RESUMO

A hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada Eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das crianccedilas O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital O brinquedo terapecircutico (BT) se constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo Nesse sentido objetivou-se identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo e discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Trata-se de uma pesquisa exploratoacuteria com abordagem qualitativa Realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) com 17 acadecircmicos do uacuteltimo periacuteodo da graduaccedilatildeo A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e os dados submetidos agrave anaacutelise temaacutetica A pesquisa foi aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa do Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro sob nordm 59606316600005243 Os resultados mostraram que a maioria dos acadecircmicos natildeo utilizou o brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e alegam que somente tiveram o conteuacutedo teoacuterico na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II Os benefiacutecios do brinquedo terapecircutico satildeo reconhecidos poreacutem inuacutemeras dificuldades para sua aplicaccedilatildeo satildeo encontradas Sua utilizaccedilatildeo influenciaria em um tratamento mais humanizado e atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa Em relaccedilatildeo ao graduando ajudaria na sua desenvoltura diminuindo a inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da crianccedila sobre o profissional Eacute imprescindiacutevel saber utilizar de maneira correta o brinquedo terapecircutico atraveacutes de embasamento teoacuterico e do desenvolvimento de habilidades para utilizaacute-lo Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem Apesar do consenso geral o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro visto que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de assistir uma crianccedila Descritores jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem pediaacutetrica

ABSTRACT

Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 15

11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16

12 OBJETO DE ESTUDO p 16

13 OBJETIVOS p 16

14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19

21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS

DE ENFERMAGEM p 28

3 METODOLOGIA p 30

31 DESENHO DA PESQUISA p 30

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31

34 COLETA DE DADOS p 31

35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32

36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34

41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO

TERAPEcircUTICO p 34

42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO

p 37

43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE

UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40

44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO

ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42

45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49

6 OBRAS CITADAS p 51

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60

8 ANEXOS p 61

81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 11: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

ABSTRACT

Child hospitalization represents a different situation from all those experienced by the child since herhis routine is modified It is necessary that the pediatrics professionals have a differentiated look for such peculiarities particularly the nursing team that is present in the daily life of the children Playing can help the child expand their relationships with the outside world by creating a link between their imaginary world and that of the hospital Through play the child can transform the environment in which shehe is inserted so that shehe can face the current situation positively Therapeutic toy (TT) is a structured toy for the child to alleviate herhis anxiety due to experiences that represent a threat to herhim It is evident the need for discussion within the universities about the importance of the therapeutic toy According to this the objective is to identify the use of therapeutic toy in the care of hospitalized child by nursing students during graduation and to discuss the implications of the use of therapeutic toy in the care of the hospitalized child in the trajectory of the nursing student This work is an exploratory research with qualitative approach The interviews were conducted in Aurora de Afonso Costa Nursing School (EEAAC) with seventeen undergraduate students from the last semester of graduation The data collection was performed through a semi-structured interview and the data was submitted to thematic analysis The research was approved by the Ethics and Research Committee of Antocircnio Pedro University Hospital under number 59606316600005243 As result most of undergraduate students did not use the therapeutic toy during graduation and claim that they only had the theoretical content in the course of Sauacutede da Crianccedila II The benefits of therapeutic toy are well recognized however numerous difficulties for its application are found Its use could influence a more humanized and less traumatic treatment for the child making herhim more collaborative In the ease of the undergraduate student could influence by decreasing herhis insecurity and helping herhim change the childrsquos view about the nursing team It is indispensable to know how to use the therapeutic toy properly It is concluded that the execution of this study provides reinforcement of the importance of the utilization of therapeutic toy in child care performed by the undergraduate students Despite general consensus the TT is underused in nurse formation since the knowledge is limited to the theoretical approach Discussions about the subject are still necessary allied to the opportunity to apply the technique of TT in Theoretical-Practical Learning in order to enable this undergraduate student to implement it in herhis work place considering that care with toys is one of the most effective ways to assist a child Keywords Play and playthings Child hospitalized Pediatric nursing

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 15

11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16

12 OBJETO DE ESTUDO p 16

13 OBJETIVOS p 16

14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19

21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS

DE ENFERMAGEM p 28

3 METODOLOGIA p 30

31 DESENHO DA PESQUISA p 30

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31

34 COLETA DE DADOS p 31

35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32

36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34

41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO

TERAPEcircUTICO p 34

42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO

p 37

43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE

UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40

44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO

ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42

45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49

6 OBRAS CITADAS p 51

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60

8 ANEXOS p 61

81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

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conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

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ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 12: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO p 15

11 QUESTOtildeES NORTEADORAS p 16

12 OBJETO DE ESTUDO p 16

13 OBJETIVOS p 16

14 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO p 17

2 REVISAtildeO DE LITERATURA p 19

21 DESENVOLVIMENTO IN FANTIL p 19

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL p 20

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 22

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA p 23

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 26

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS

DE ENFERMAGEM p 28

3 METODOLOGIA p 30

31 DESENHO DA PESQUISA p 30

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO p 30

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA p 31

34 COLETA DE DADOS p 31

35 ANAacuteLISE DE DADOS p 32

36 ASPECTOS EacuteTICOS p 33

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO p 34

41 PERCEPCcedilAtildeO DOS ACADEcircMICOS QUANTO AO USO DO BRINQUEDO

TERAPEcircUTICO p 34

42 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO DURANTE A GRADUACcedilAtildeO

p 37

43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE

UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40

44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO

ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42

45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49

6 OBRAS CITADAS p 51

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60

8 ANEXOS p 61

81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

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Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 13: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

43 EXPECTATIVA DO ACADEcircMICO EM RELACcedilAtildeO Agrave OPORTUNIDADE DE

UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO p 40

44 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA TRAJETOacuteRIA DO

ACADEcircMICO DE ENFERMAGEM p 42

45 UTILIZACcedilAtildeO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO PELOS ACADEcircMICOS DE

ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A QUALIDADE DA ASSISTEcircNCIAS p 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS p 49

6 OBRAS CITADAS p 51

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 ndash ROTEIRO DAS ENTREVISTAS p 59

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO p 60

8 ANEXOS p 61

81 ANEXO 1 ndash PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA p 61

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

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BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

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52

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SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes

SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva

Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo

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SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata

Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer

infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de

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VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 14: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

LISTA DE SIGLAS

BT Brinquedo Terapecircutico

CEP Comitecirc de Eacutetica e Pesquisa

DeCS Descritores em Ciecircncias da Sauacutede

ECA Estatuto da Crianccedila e do Adolescente

EEAAC Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

ETP Ensino Teoacuterico Praacutetico

HUAP Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro

LILACS Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede

MEP Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

MS Ministeacuterio da Sauacutede

NUPESICA Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral da Crianccedila e do Adolescente

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

SCIELO Scientific Eletronic Library Online

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

TCC Trabalho de Conclusatildeo de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFF Universidade Federal Fluminense

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

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BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

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PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da

crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm

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2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo

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BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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DF 2012

52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 15: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

15

1 INTRODUCcedilAtildeO

A aproximaccedilatildeo com a temaacutetica desenvolvida neste trabalho de conclusatildeo de curso

(TCC) teve como inspiraccedilatildeo inicial meu grande amor pelas crianccedilas principalmente as que jaacute

passaram pela minha vida durante minha trajetoacuteria acadecircmica

Toda crianccedila traz consigo a alegria constante o amor ingecircnuo a sinceridade

espontacircnea e a pureza de um ser humano Quisera eu que toda crianccedila tivesse uma infacircncia

feliz e saudaacutevel como a minha mas infelizmente natildeo eacute o caso daquelas que se encontram

hospitalizadas Minha vocaccedilatildeo eacute estar ao lado delas justamente quando a dor se torna mais

pavorosa que o bicho papatildeo debaixo da cama ser colo e matildeo que afaga quando o silecircncio do

hospital invade a enfermaria

Desde meu ingresso na vida acadecircmica natildeo havia duacutevidas da minha escolha Natildeo

imagino meu caminho na Enfermagem sem ser na pediatria Tenho contato com disciplinas de

diferentes caracteriacutesticas cada uma com sua singularidade poreacutem nenhuma delas me

impulsiona e desafia como a pediatria Acredito que ser apaixonada pelo que vocecirc faz

desperta o interesse e a possibilidade de inovar e contribuir de maneira significativa para o

desenvolvimento cientiacutefico acadecircmico e pessoal

Segundo Jansen Santos e Favero (2010) a hospitalizaccedilatildeo infantil representa uma

situaccedilatildeo diferente de todas as vivenciadas pela crianccedila uma vez que sua rotina eacute modificada

Ela estaacute inserida em outra realidade em um ambiente impessoal repleto de restriccedilotildees e

rotinas com significados diferentes do seu contexto diaacuterio e longe de seus familiares e

amigos Encontra-se cercada por pessoas desconhecidas que realizam procedimentos que lhe

causam desconforto

Mesmo hospitalizadas natildeo podemos deixar de lado seu desenvolvimento Por essa

razatildeo eacute preciso que os profissionais da pediatria tenham um olhar diferenciado para tais

peculiaridades particularmente a equipe de enfermagem que se faz presente no cotidiano das

crianccedilas Uma estrateacutegia fundamental para manutenccedilatildeo do desenvolvimento infantil eacute o uso

do brincar

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

No ambiente hospitalar o brinquedo terapecircutico (BT) eacute uma abordagem que se

constitui num brinquedo estruturado para que a crianccedila alivie sua ansiedade mediante as

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

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Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes

SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva

Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo

Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)

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SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata

Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer

infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de

brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012

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VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza

Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn

Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 16: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

16

experiecircncias vivenciadas no hospital que representam agrave ela uma ameaccedila Deve ser utilizado

sempre que o paciente apresentar dificuldade em compreenderlidar com a situaccedilatildeo ou para o

preparo de procedimentos (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

Eacute sabido que a brinquedoterapia eacute um meio de compreensatildeo dos sentimentos e

necessidades de uma crianccedila Mas foi somente no quarto ano de faculdade que ouvi falar

sobre brinquedo terapecircutico durante uma aula teoacuterica da disciplina de Enfermagem na Sauacutede

da Crianccedila II Entretanto durante meu ensino teoacuterico-praacutetico (ETP) da mesma disciplina no

Hospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro (HUAP) natildeo observei a utilizaccedilatildeo do BT pelos

acadecircmicos de enfermagem do meu grupo de ETP Cabe destacar que a turma passa por

rodiacutezios em diferentes setores do hospital neste sentido natildeo pude observar se esta situaccedilatildeo se

repetiu em outros grupos

11 QUESTAtildeO NORTEADORA

Os acadecircmicos de enfermagem utilizam o brinquedo terapecircutico (BT) no cuidado agrave

crianccedila hospitalizada durante a graduaccedilatildeo

12 OBJETO DE ESTUDO

O uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem

13 OBJETIVOS

Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos

acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo

Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila

hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em

lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em

07 nov 2016

BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt

Acesso em 07 nov 2016

BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes

PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da

crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm

Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt

httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016

BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de

2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo

Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em

lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-2952004_4331htmlgt Acesso em 27 jan 2016

BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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DF 2012

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 17: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

17

14 JUSTIFICATIVA DE ESTUDO

Para uma melhor aproximaccedilatildeo com o tema escolhido foi realizada uma busca na

base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da Sauacutede) e na biblioteca

virtual SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) utilizando-se os seguintes Descritores

em Ciecircncias da Sauacutede (DeCS) Jogos e brinquedos crianccedila hospitalizada enfermagem

pediaacutetrica

Os criteacuterios de inclusatildeo que orientaram a seleccedilatildeo das publicaccedilotildees foram artigos com

resumo e texto na iacutentegra disponiacuteveis na base nos idiomas inglecircsportuguecircs e com recorte

temporal dos uacuteltimos 10 anos Foi usado como criteacuterio de exclusatildeo artigos natildeo relacionados agrave

enfermagem pediaacutetrica artigos relacionados ao brincar em sala de espera ambulatorial teses e

dissertaccedilotildees

Os resultados encontrados foram na base de dados LILACS foram encontradas 16

publicaccedilotildees seguindo os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 05 foram selecionados para leitura

Na SCIELO foram encontradas 37 publicaccedilotildees sendo que 2 jaacute estavam na LILACS

e aplicando os criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo 07 artigos foram selecionados para leitura

totalizando 12 artigos

O estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a

presenccedila do acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e

familiaridade (MURAKAMI CAMPOS 2011)

A enfermeira pediatra deve pautar suas accedilotildees de cuidado na interaccedilatildeo dialoacutegica com

a famiacutelia e a crianccedila apoiando protegendo e fortalecendo o relacionamento com eles e entre

eles durante a hospitalizaccedilatildeo (LIMA et al 2010)

Francischinelli et cols (2012) e Maia Ribeiro e Borba (2010) relatam que no final

do seacuteculo XIX Florence Nightingale jaacute enfatizava a importacircncia de brincar e o uso de

brinquedo na assistecircncia de enfermagem

O estudo de Lemos et cols (2010) afirma que cuidar com brinquedos eacute um dos

meios mais eficientes de prestar assistecircncia agrave uma crianccedila hospitalizada

Nos estudos desempenhados por Jansen Santos e Favero (2010) foi possiacutevel

verificar os benefiacutecios da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico (BT) na assistecircncia de

enfermagem uma vez que ele facilita a comunicaccedilatildeo participaccedilatildeo aceitaccedilatildeo de

procedimentos e motivam a crianccedila o que possibilita a manutenccedilatildeo da individualidade

diminuiccedilatildeo do estresse e possibilidade de implementaccedilatildeo de um cuidado atraumaacutetico O BT

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 18: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

18

funciona como liberador dos temores e ansiedades dessa crianccedila e permite a ela revelar o que

sente e pensa (SOUZA et al 2012)

Apesar dos benefiacutecios apontados pelo BT no estudo de Francischinelli et al (2012)

os enfermeiros relataram dificuldades decorrentes da falta de tempo para utilizaacute-lo aleacutem do

despreparo em relaccedilatildeo ao uso do mesmo

Na pesquisa realizada por Maia Ribeiro e Borba (2008) e Leite e Shimo (2008)

foram evidenciados inuacutemeros benefiacutecios do BT em relaccedilatildeo agrave crianccedila famiacutelia profissionais e

para o proacuteprio hospital Sendo assim vivenciaacute-los em seu cotidiano fez com que o enfermeiro

se sentisse gratificado pessoal e profissionalmente valorizando o BT como instrumento de

intervenccedilatildeo de enfermagem natildeo focando apenas na assistecircncia e orientaccedilotildees nas questotildees

relacionadas agrave doenccedila e seu tratamento (SILVA CABRAL CHRISTOFFEL 2010)

O artigo de Depianti et cols (2014) menciona a importacircncia da enfermagem em

relaccedilatildeo a reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil atraveacutes do luacutedico considerando que

seja a categoria profissional de maior contato com a crianccedila

Conforme aponta o estudo de Brito et al (2009) haacute necessidade de adaptar o

ambiente hospitalar e as praacuteticas de enfermagem agraves necessidades da crianccedila a fim de diminuir

o sofrimento e minimizar riscos de traumas decorrentes da hospitalizaccedilatildeo Nesse contexto a

inserccedilatildeo do luacutedico no ambiente pediaacutetrico hospitalar torna-se vaacutelido no processo de

humanizaccedilatildeo e integralizaccedilatildeo da assistecircncia

Evidencia-se a necessidade da discussatildeo dentro das universidades e dos proacuteprios

hospitais acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de

enfermagem com intenccedilatildeo de conhecer os benefiacutecios da praacutetica do cuidar aliada agrave terapecircutica

do brinquedo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar tais benefiacutecios

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em

lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em

07 nov 2016

BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt

Acesso em 07 nov 2016

BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes

PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da

crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm

Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt

httpwwwscielobrpdftcev21n1a22v21n1pdfgt Acesso em 27 jan 2016

BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de

2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo

Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em

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BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia

DF 2012

52

BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da

Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica

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MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como

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CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 19: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

19

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta entre desenvolvimento

fiacutesico cognitivo e psicossocial de maneira que facilite o estudo do desenvolvimento humano

Contudo tais aspectos estatildeo interligados e sofrem influecircncia muacutetua durante a vida de um

indiviacuteduo (BRASIL 2002)

Durante o desenvolvimento infantil a crianccedila passa por etapas distintas e eacute

importante que o profissional de enfermagem conheccedila cada uma delas para que possa

direcionar seu plano de cuidados a fim de atender suas especificidades

O periacuteodo preacute-natal eacute aquele que vai desde a concepccedilatildeo ao nascimento envolvendo o

periacuteodo germinativo (em torno das duas primeiras semanas) embrionaacuterio (de 2 a 8 semanas) e

fetal (de 8 a 40 semanas) Eacute de suma importacircncia para o desenvolvimento pois a taxa de

crescimento eacute raacutepida e ele possui uma dependecircncia total as relaccedilotildees de sauacutede materna e

algumas manifestaccedilotildees do neonato enfatizam a importacircncia de cuidados preacute-natais adequados

para a sauacutede e bem-estar do bebecirc (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Lactacircncia eacute periacuteodo que abrange o nascimento ateacute os 12 meses de idade sendo

classificado em neonato (de 0 a 28 dias apoacutes o nascimento) e lactente (de 1 mecircs a 12 meses)

Eacute possiacutevel observar o raacutepido desenvolvimento motor social e cognitivo na qual o bebecirc

estabelece uma confianccedila baacutesica com o mundo e os fundamentos para relaccedilotildees interpessoais

futuras atraveacutes da reciprocidade com o seu cuidador (pais) (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

A Primeira infacircncia que vai de 1 a 6 anos de idade pode ser dividida em infante (de

1 aos 3 anos) e preacute-escolar (de 3 aos 6 anos) Caracterizada por grandes descobertas e

atividade intensa que se estende a partir do momento que a crianccedila domina sua locomoccedilatildeo ateacute

sua entrada na escola Eacute uma fase niacutetida de desenvolvimento fiacutesico e da personalidade Os

avanccedilos evolutivos motores continuam gradativamente E eacute nessa idade que as crianccedilas

adquirem linguagem e maiores relaccedilotildees sociais aprendem os papeacuteis estipulados pela

sociedade adquirem o autocontrole e a precisatildeo dos movimentos desenvolvendo uma

percepccedilatildeo crescente entre dependecircncia e independecircncia comeccedilando a desenvolver seu

autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Infacircncia intermediaacuteria tambeacutem conhecida como idade escolar eacute aquela que

corresponde a faixa etaacuteria de 6 a 11 ou 12 anos Eacute nesta fase que a crianccedila passa a ter um

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

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SUS Brasiacutelia DF 2004

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 20: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

20

conviacutevio social fora do grupo familiar e centraliza-se no acircmbito do mundo mais amplo dos

amigos O desenvolvimento fiacutesico mental e social com ecircnfase no desenvolvimento de

habilidades acontece de maneira gradativa A interaccedilatildeo social e o desenvolvimento moral

precoce satildeo de suma importacircncia para os estaacutegios posteriores da vida sendo este um periacuteodo

criacutetico no desenvolvimento do autoconceito (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN

2014)

Infacircncia tardia dos 11 aos 19 anos envolve a preacute-adolescecircncia (10 a 13 anos) e a

adolescecircncia (dos 13 anos a aproximadamente 18 anos) considerada como periacuteodo de

transiccedilatildeo que se inicia na puberdade e se encerra com a entrada na vida adulta em geral na

conclusatildeo do ensino meacutedio Haacute demasiado turbilhonamento da maturaccedilatildeo e importantes

mudanccedilas fiacutesicas e emocionais assim como a definiccedilatildeo do autoconceito sucedidas do

amadurecimento bioloacutegico e da personalidade Eacute na fase final da adolescecircncia que o jovem

passa a internalizar todos os valores previamente aprendidos e se concentra na identidade

individual e natildeo grupal (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

22 HOSPITALIZACcedilAtildeO INFANTIL

A maioria das crianccedilas que adoecem fica mais chorosa e dependente dos pais Se a

patologia for grave o suficiente para exigir uma hospitalizaccedilatildeo o quadro emocional tende a se

agravar em decorrecircncia da possibilidade do afastamento de casa e de seus familiares do

ambiente hospitalar a que seraacute submetida e dos procedimentos meacutedicos (OLIVEIRA

DANTAS FONSEcircCA 2005)

A hospitalizaccedilatildeo e a doenccedila constituem na maioria das vezes a primeira crise que as

crianccedilas se deparam Dessa forma as reaccedilotildees das crianccedilas a estas crises satildeo influenciadas por

diversos fatores dentre eles seus sentimentos frente agrave hospitalizaccedilatildeo sua fase de

desenvolvimento experiecircncia preacutevia com a doenccedila separaccedilatildeo gravidade do diagnoacutestico

capacidade de enfrentamento e o apoio disponiacutevel a esse escolar (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

Apesar de todas essas vertentes o enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo classifica-se em

trecircs fases Fase de protesto Fase de desespero e a Fase de desligamento Na primeira fase as

crianccedilas reagem agressivamente agrave separaccedilatildeo dos pais elas choram gritam procuram e

chamam seus pais natildeo deixando que estes saiam do local tentam escapar para encontraacute-los

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 21: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

21

evitam e rejeitam o contato com estranhos atraveacutes de ataques verbais e fiacutesicos Soacute cessam

quando atingem a exaustatildeo fiacutesica (HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na segunda fase a depressatildeo eacute evidente a crianccedila para de chorar se torna menos

ativa isola-se das outras pessoas demonstra perda de interesse pelo ambiente brincadeiras ou

alimentos o que pode comprometer suas condiccedilotildees fiacutesicas Regridem para comportamentos

anteriores como por exemplo volta a chupar o dedo urinar na cama querer usar mamadeira

e chupeta Esses comportamentos podem durar por intervalos de tempos variaacuteveis

(HOCKENBERRY WILSON WINKELSTEIN 2014)

Na terceira e uacuteltima fase podendo tambeacutem ser chamada de negaccedilatildeo geralmente

ocorre apoacutes uma separaccedilatildeo prolongada dos pais e seus comportamentos representam um

ajustamento superficial a essa perda Passam demonstrar interesse pelo ambiente e pelas

outras pessoas interagindo com estranhos com os profissionais e outras crianccedilas brinca

aparenta formar novos relacionamentos e estar feliz Ela passa a fazer isso tudo para escapar

da dor emocional do desejo da presenccedila dos seus pais atribuindo maior importacircncia aos

objetos materiais Esta eacute sem duacutevida a fase mais grave e o profissional de enfermagem deve

ter a percepccedilatildeo de analisar essa crianccedila e impedir que chegue a esse estaacutegio pois ela pode

trazer consequecircncias negativas para o desenvolvimento dessa crianccedila (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014)

No Brasil a preocupaccedilatildeo com a permanecircncia dos pais no hospital soacute tornou-se mais

efetiva apoacutes a promulgaccedilatildeo da Lei nordm 8069 de 13 de julho de 1990 Essa regulamenta o

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente (ECA) e dispotildees em seu Artigo 12 ldquoos

estabelecimentos de atendimento agrave sauacutede deveratildeo proporcionar condiccedilotildees para a permanecircncia

em tempo integral de um dos pais ou responsaacuteveis nos casos de internaccedilatildeo de crianccedila ou

adolescenterdquo (BRASIL 1991)

No estudo cliacutenico-qualitativo de Murakami e Campos (2011) concluiu-se que o

estado emocional da crianccedila influencia na evoluccedilatildeo do seu quadro cliacutenico e a presenccedila do

acompanhante causa impacto positivo oferecendo sensaccedilatildeo de seguranccedila e familiaridade

Afirma ainda que o enfermeiro natildeo deve realizar somente os cuidados teacutecnicos mas deve

exercer tambeacutem seu papel de facilitador da vivecircncia da hospitalizaccedilatildeo tanto para a crianccedila

quanto para o acompanhante Desta forma ele seraacute capaz de proporcionar um tratamento

menos traumaacutetico minimizando o sofrimento causado pela enfermidade contribuindo para a

recuperaccedilatildeo da crianccedila

De acordo com Hockenberry Wilson e Winkelstein (2014) as crianccedilas em idade

escolar geralmente demonstram grande interesse sobre sua sauacutede e doenccedila Elas definem a

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

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BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

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PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da

crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm

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BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 22: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

22

doenccedila por meio de sintomas como indisposiccedilatildeo dor e falta de vontade de comer e

acreditam que a doenccedila acontece com algumas pessoas trazendo consigo consequecircncias

fiacutesicas que satildeo sentidas atraveacutes de mudanccedilas no seu corpo

Tendo em vista a desordem que a hospitalizaccedilatildeo causa na vida da crianccedila a sua

admissatildeo eacute a primeira impressatildeo do novo lugar que a iraacute acolher logo natildeo soacute ambiente bem

como os profissionais devem estabelecer uma relaccedilatildeo de seguranccedila e confianccedila favorecendo

a adaptaccedilatildeo do escolar diminuindo o medo e o estresse fatores decorrentes do processo de

hospitalizaccedilatildeo (SABATES 1999)

Durante a hospitalizaccedilatildeo a crianccedila convive a maior parte do seu tempo com os

profissionais de sauacutede sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional de maior

contato com a mesma Por conseguinte a enfermagem possui um papel indubitaacutevel na

reduccedilatildeo do impacto da hospitalizaccedilatildeo infantil Para tal fim esses profissionais podem utilizar

uma abordagem diferenciada dentro de sua unidade com estrateacutegias que colaborem para

melhora do enfrentamento da hospitalizaccedilatildeo e de modo consequumlente do quadro cliacutenico da

crianccedila (DEPIANTI et al 2014)

23 HUMANIZACcedilAtildeO DO CUIDADO Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

No ano de 2004 o Ministeacuterio da Sauacutede implantou a Poliacutetica Nacional de

Humanizaccedilatildeo (PNH) do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) como eixo transversal de

consolidaccedilatildeo dos princiacutepios norteadores da atenccedilatildeo agrave sauacutede no Brasil (JESUS et al 2010)

Este programa tem como intuito a elaboraccedilatildeo de alteraccedilotildees nas formas tradicionais

de gerir e prestar assistecircncia agrave sauacutede onde se compreende que ldquohumanizar eacute ofertar

atendimento de qualidade articulando os avanccedilos tecnoloacutegicos com acolhimento com

melhoria dos ambientes de cuidado e das condiccedilotildees de trabalho dos profissionaisrdquo (BRASIL

2004 p6)

Dessa forma humanizar a assistecircncia em sauacutede para as crianccedilas implica em dar voz

natildeo soacute a ela mas ao profissional a fim de se estabelecer um elo de confianccedila atraveacutes do

diaacutelogo que promova accedilotildees a partir da dignidade eacutetica da palavra reconhecimento muacutetuo da

solidariedade e do respeito Dando a possibilidade de se colocar no lugar do outro abrindo

possibilidade para que ela saiba sobre sua situaccedilatildeo e que possa ajudar a criar formas de

resolver na medida do possiacutevel Jaacute que cada pessoa eacute um ser uacutenico e que seu planejamento de

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

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BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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DF 2012

52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 23: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

23

cuidados deve ser elaborado de forma individual e natildeo somente de acordo com sua doenccedila

(OLIVEIRA COLLET VIEIRA 2006)

ldquoCuidados atraumaacuteticos satildeo a provisatildeo de cuidados terapecircuticos nos cenaacuterios de

praacuteticas por profissionais e pela aplicaccedilatildeo de intervenccedilotildees que eliminem ou minimizem o

sofrimento psicoloacutegico e fiacutesico enfrentado pelas crianccedilas e suas famiacuteliardquo (HOCKENBERRY

WILSON WINKELSTEIN 2014 p10)

A assistecircncia atraumaacutetica estaacute de acordo com o que eacute preconizado pela Poliacutetica de

Humanizaccedilatildeo do Ministeacuterio da Sauacutede Assim sendo a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico

estaacute entre as estrateacutegias que tornam possiacutevel a criaccedilatildeo de um espaccedilo hospitalar mais

humanizado uma vez que distancia o medo e a ansiedade que fazem parte do cotidiano das

crianccedilas que satildeo submetidas a procedimentos dolorosos e angustiantes (FRANCISCHINELLI

et al 2012)

Depianti et cols (2014) cita que muitas vezes haacute desvalorizaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo do

luacutedico devido ao modelo vigente pautado no paradigma biomeacutedico focando somente no

tratamento da doenccedila em detrimento do paradigma biopsicossocial que visualiza o sujeito no

sentido mais amplo buscando atender os aspectos psicoloacutegico e social bem como o

bioloacutegico

ldquoUma abordagem humaniacutestica de assistecircncia para a prestaccedilatildeo de um cuidado integral

eacute aspecto indiscutiacutevel no que se refere agrave busca da qualidade do trabalho de enfermagemrdquo

(SOUSA et al 2011)

24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Agrave CRIANCcedilA HOSPITALIZADA

Devido agraves suas caracteriacutesticas singulares e suas peculiaridades as crianccedilas

demandam uma maior atenccedilatildeo por parte dos profissionais de sauacutede mormente dos

enfermeiros posto que eles estatildeo ao seu lado na maior parte do tempo Qualquer trauma que a

crianccedila sofra poderaacute interferir proporcionalmente na qualidade de vida e em seu pleno

desenvolvimento

O objetivo principal dos cuidados de enfermagem agrave crianccedila hospitalizada eacute

minimizar as ameaccedilas ao desenvolvimento infantil (HOCKENBERRY WILSON

WINKELSTEIN 2014)

Atraveacutes de pesquisas estudos e a vivecircncia de profissionais atualmente podem ser

identificados diversos tipos de abordagem existentes nos hospitais e as mais conhecidas

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 24: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

24

dentre elas satildeo as abordagens centradas na patologia da crianccedila na crianccedila e na crianccedila e sua

famiacutelia

O modelo centrado na patologia da crianccedila tem como foco seus sinais e sintomas

embasados na necessidade de cuidados profissionais a equipe hospitalar segue um raciociacutenio

de que a crianccedila eacute um ser limitado dependente sem poder de decisatildeo a crianccedila possui

caracteriacutesticas fiacutesicas e emocionais que diferem das dos adultos sobretudo em relaccedilatildeo aos

seus oacutergatildeos e sistemas e a praacutetica pediaacutetrica estaacute fundamentada no diagnoacutestico e cura dessa

doenccedila (SCHMITZ et al 2005)

Dessa maneira a equipe de sauacutede estaacute voltada para a obtenccedilatildeo de dados referentes

aos problemas de sauacutede da crianccedila com intuito de um raacutepido diagnoacutestico e implementaccedilatildeo de

medidas terapecircuticas eficazes (SCHMITZ et al 2005)

Podemos visualizar essa funcionalidade tambeacutem na unidade terapecircutica onde as

crianccedilas satildeo agrupadas pelas suas afecccedilotildees e de forma a ficar mais faacutecil a sua monitorizaccedilatildeo

pela equipe Os setores geralmente natildeo possuem distraccedilotildees como cores e adesivos o que

pode ser beneacutefico para o profissional poreacutem inadequados para crianccedilas (SCHMITZ et al

2005)

A parte recreativa desse modelo geralmente eacute ineficiente para os estaacutegios de

desenvolvimento da crianccedila com poucos brinquedos estimulaccedilatildeo deixando de ser um local

para recreaccedilatildeo sendo somente um hospital com sua disciplina riacutegida normas e rotinas

generalizadas (SCHMITZ et al 2005)

A interaccedilatildeo entre profissional crianccedila e famiacutelia acaba sendo miacutenima e esta se daacute de

forma vertical hierarquizada no qual esse profissional de sauacutede eacute o detentor das informaccedilotildees

sobre a crianccedila e ele as repassa a famiacutelia quando e o que julgar necessaacuterio Os momentos de

interaccedilatildeo se datildeo somente quando necessaacuterios como na admissatildeo uacutenica e exclusivamente para

coleta de dados quando haacute uma mudanccedila no tratamento ou algum agravamento que atrase a

alta hospitalar dessa crianccedila (SCHMITZ et al 2005)

Com isso a famiacutelia acaba adquirindo uma postura mais inativa aceitando as accedilotildees da

equipe e raramente interveacutem nas condutas dos profissionais ou pedem informaccedilotildees Essa

conduta centrada na equipe de sauacutede mais especificamente na figura do meacutedico estaacute

relacionada ao tratamento da doenccedila sendo fundamentada nos conceitos fiacutesicos quiacutemicos e

bioloacutegicos dispensando uma visatildeo mais ampla sobre as necessidades da crianccedila em questatildeo

(SCHMITZ et al 2005)

Por fim esse modelo tem como vantagens o menor tempo de hospitalizaccedilatildeo

economia de pessoal e material maior aproveitamento do espaccedilo fiacutesico da unidade e

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 25: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

25

provocar menor estresse a equipe pelo menor envolvimento com o paciente E suas

desvantagens podem ser caracterizadas como relacionamento difiacutecil com a famiacutelia

desconfianccedila dos familiares com relaccedilatildeo aos cuidados prestados ansiedade e desinteresse de

familiares acarretando no abandono de crianccedilas no hospital (SCHMITZ et al 2005)

Schmitz et cols (2005) descrevem o modelo centrado na crianccedila como aquele que

percebe a crianccedila como um ser em desenvolvimento com suas vulnerabilidades e

necessidades decorrentes dessa situaccedilatildeo onde a crianccedila necessita manter seu viacutenculo afetivo

contiacutenuo com pessoas ambiente e objetos no qual o profissional deve ter sentimento de

carinho agrave crianccedila e demonstraacute-lo na praacutetica diaacuteria atraveacutes da manutenccedilatildeo de relaccedilotildees afetivas

Essa abordagem tem sido cada vez mais adotada nas instituiccedilotildees pediaacutetricas Ela

entende a crianccedila por sua unidade biopsicoespiritual dando devida importacircncia na sua

singularidade bem como seus haacutebitos e costumes que podem ser obtidos tambeacutem atraveacutes de

uma conversa horizontal com os familiares Fato este que auxilia a estadia dessa crianccedila

facilitando o conviacutevio com a equipe transmitindo conhecimento para esse familiar e levando

um pouco do lar para o ambiente hospitalar (SCHMITZ et al 2005)

As decisotildees satildeo elaboradas de forma mais democraacutetica com toda a equipe de sauacutede

com o objetivo de cuidar do bem estar dessa crianccedila A famiacutelia passa a ser informada sempre

que possiacutevel juntamente com o esclarecimento de suas duacutevidas (SCHMITZ et al 2005)

Podemos citar como as principais vantagens dessa abordagem o ambiente mais

descontraiacutedo relacionamento e integraccedilatildeo entre crianccedila famiacutelia e profissional participaccedilatildeo

ativa da crianccedila e sua famiacutelia na assistecircncia obtenccedilatildeo de um maior nuacutemero de informaccedilotildees

colaborando com a assistecircncia menor possibilidade de ocorrer agravos psiacutequicos e distuacuterbios

no crescimento e desenvolvimento menor alteraccedilatildeo na vida dessa crianccedila favorece a

prevenccedilatildeo de reinternaccedilotildees e as decisotildees satildeo compartilhadas entre a equipe (SCHMITZ et

al 2005)

As dificuldades podem ser relacionadas com o maior custo devido a aacutereas mais

amplas brinquedos materiais apropriados e mais gasto de material de consumo dessa crianccedila

e famiacutelia provoca maior estresse agrave equipe devido os envolvimentos com a crianccedila e sua

famiacutelia exige um maior preparo da equipe de enfermagem demanda de familiares que natildeo se

adaptam ao modelo pela falta de interesse acerca da hospitalizaccedilatildeo problemas individuais

equipe que possui dificuldade de se adaptar ao modelo por ter que orientar auxiliar e

supervisionar esses cuidados (SCHMITZ et al 2005)

O modelo centrado na crianccedila e sua famiacutelia tambeacutem chamado de modelo de

assistecircncia integral eacute uma abordagem que reconhece a importacircncia da famiacutelia assegurando

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 26: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

26

sua participaccedilatildeo no planejamento das accedilotildees tendo em vista que a famiacutelia estaacute diretamente

ligada agrave crianccedila e revelando uma nova maneira de cuidar que oferece oportunidade para que a

proacutepria famiacutelia defina seus problemas (BARBOSA BALIEIRO PETTENGILL 2012)

A relaccedilatildeo do enfermeiro com a famiacutelia deve ser de respeito compromisso e diaacutelogo

incluindo escuta reflexatildeo e accedilatildeo promovendo assim o empoderamento dos pais que cuidam

dos seus filhos tanto dentro quanto fora do contexto hospitalar (BARBOSA BALIEIRO

PETTENGILL 2012)

Podemos citar como vantagens desse modelo o envolvimento da crianccedila e famiacutelia

nas questotildees de sauacutede aprendizagem continuada a partir da participaccedilatildeo da famiacutelia maior

compromisso e divisatildeo de responsabilidades com a famiacutelia bem como seu relacionamento

mais democraacutetico com a equipe (SCHMITZ et al 2005)

Como principais problemas Schmitz et cols (2005) descreve como famiacutelia que natildeo

desejam assumir essas responsabilidades insuficiecircncia de recursos da famiacutelia eou de

comunidade para o desenvolvimento do plano assistencial famiacutelias com dificuldade de

discernir suas limitaccedilotildees na assistecircncia maior custo para a instituiccedilatildeo pela necessidade de

material permanente e de consumo pessoal necessidade de treinamento desse profissional da

sauacutede para lidar com essa famiacutelia

O brincar eacute vital para a crianccedila Nesse sentido com o uso do luacutedico a equipe de

enfermagem pode ter um instrumento valioso no cuidado a essas crianccedilas (DEPIANTI et al

2014)

25 BRINQUEDO TERAPEcircUTICO

O brincar eacute capaz de dar continuidade ao desenvolvimento infantil bem como

possibilitar atraveacutes dele a construccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da proacutepria individualidade da crianccedila ndash

aspecto fragilizado pelo processo de hospitalizaccedilatildeo Ele surge como um instrumento utilizado

para modificar o cotidiano da internaccedilatildeo dessa crianccedila uma vez que faz com que ela oscile

entre o mundo imaginaacuterio e o mundo real superando desta forma as barreiras da doenccedila

(LEMOS et al 2010)

O brincar pode ajudar a crianccedila a ampliar seus relacionamentos com o exterior

criando um elo entre seu mundo imaginaacuterio e o do hospital Atraveacutes da brincadeira a crianccedila

pode transformar o ambiente no qual estaacute inserida de modo que ela consiga enfrentar

positivamente a situaccedilatildeo pela qual estaacute passando (JESUS etal 2010)

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 27: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

27

A inclusatildeo do brincar no cuidado da crianccedila faz com que o processo de

hospitalizaccedilatildeo seja menos traumaacutetico e mais alegre visto que oportuniza diversatildeo

relaxamento expressatildeo de sentimentos e interaccedilatildeo com outras pessoas (BALDAN et al

2014)

A Resoluccedilatildeo do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nordm 295 no artigo 1ordm

afirma que eacute competecircncia do enfermeiro atuante na pediatria a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do

brinquedo terapecircutico durante a realizaccedilatildeo do cuidado agrave crianccedila e famiacutelia hospitalizadas

Schmitz Piccoli e Vieria (2003) articulam que a crianccedila tem maiores chances de

superar os traumas gerados pelo processo de internaccedilatildeo se ela brincar durante o periacuteodo em

que estiver no hospital Dessa forma ela se restabelece emocional e fisicamente tornando o

processo de hospitalizaccedilatildeo menos traumatizante e mais alegre

ldquoO brinquedo eacute visto como instrumento auxiliador das fantasias que fazem parte do

mundo imaginaacuterio das crianccedilasrdquo (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016 pg62)

ldquoO brinquedo terapecircutico (BT) constitui-se em um brinquedo estruturado para a

crianccedila aliviar a ansiedade causada por experiecircncias atiacutepicas para a idade que costumam ser

ameaccediladoras e requerem mais do que recreaccedilatildeo para resolver a anguacutestia associadardquo

(JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

ldquoEmbora tenha sido fundamentado na ludoterapia o brinquedo terapecircutico difere

desta uma vez que eacute indicado para qualquer crianccedila que viva experiecircncias atiacutepicas agrave sua idade

que podem ser ameaccediladoras (como a hospitalizaccedilatildeo)rdquo (FRANCISCHINELLI et al 2012

pg19)

No processo de hospitalizaccedilatildeo a crianccedila passa a conviver em um ambiente hostil

com pessoas desconhecidas sujeitas a diferentes tipos de tratamentos dolorosos restritas agraves

atividades cotidianas Faz-se necessaacuterio entatildeo criar estrateacutegias para promover um cuidado

mais humanizado e individualizado Para tal o brinquedo terapecircutico aparece como uma

ferramenta estabelecendo uma forte influecircncia transformadora na manutenccedilatildeo da sauacutede

(GOMES et al 2015)

De acordo com Maia Ribeiro e Borba (2010) o BT deve ser utilizado sempre que a

crianccedila tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiecircncia O objetivo eacute fazer com

que a enfermeira compreenda as necessidades dessa crianccedila auxiliando no preparo da mesma

para procedimentos terapecircuticos bem como permitir que ela descarregue sua tensatildeo apoacutes os

mesmos

O brinquedo terapecircutico pode ser classificado em dramaacutetico instrucional e

capacitador de funccedilotildees fisioloacutegicas

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 28: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

28

bull Brinquedo Terapecircutico Dramaacutetico permite agrave crianccedila a exteriorizaccedilatildeo das

experiecircncias que ela tem dificuldade de verbalizar com intuito de aliviar a

tensatildeo expressar sentimentos necessidades e medos

bull Brinquedo Terapecircutico Capacitador de Funccedilotildees Fisioloacutegicas utilizado para

capacitar a crianccedila para o autocuidado visando seu desenvolvimento e

condiccedilotildees fiacutesicas para preparaacute-la agrave aceitaccedilatildeo dessa nova condiccedilatildeo de vida

bull Brinquedo Terapecircutico Instrucional recomendado para preparar e fornecer

informaccedilotildees de procedimentos terapecircuticos agrave crianccedila de modo que ela

compreenda a finalidade e importacircncia dos mesmos

O BT eacute uma estrateacutegia adequada para que o enfermeiro possa se aproximar da crianccedila

estabelecendo um viacutenculo empatia e uma relaccedilatildeo de confianccedila Aleacutem de maior compreensatildeo

por parte da enfermeira ampliando e qualificando a assistecircncia pediaacutetrica (MAIA RIBEIRO

BORBA 2010)

As sessotildees podem ocorrer no dia da hospitalizaccedilatildeo da crianccedila e devem ter duraccedilatildeo de

15 a 45 minutos (MARTINS et al 2001)

Segundo Maia Ribeiro e Borba (2010) os pais tambeacutem satildeo beneficiados com a

utilizaccedilatildeo do BT uma vez que ela favorece a percepccedilatildeo dos mesmos quanto agrave competecircncia e

qualidade do cuidado prestado agrave crianccedila por parte dos profissionais de sauacutede minimizando

consequentemente a ansiedade gerada pela experiecircncia No estudo de Jansen Santos e Favero

(2010) do ponto de vista dos pais o resultado do uso do brinquedo durante os cuidados de

enfermagem demonstrou respeito e carinho com o paciente aleacutem de diminuir a hostilidade do

ambiente

26 O USO DO BRINQUEDO TERAPEcircUTICO NA FORMACcedilAtildeO DOS

ACADEcircMICOS DE ENFERMAGEM

Eacute sabido que a hospitalizaccedilatildeo representa para a crianccedila algo que natildeo estaacute inserido na

sua rotina Ela se depara com situaccedilotildees natildeo vivenciadas ainda em um ambiente impessoal

distante de entes queridos cercada por pessoas estranhas que a tocam e realizam

procedimentos que na maioria das vezes lhe causam desconforto (JANSEN SANTOS

FAVERO 2010)

Sendo assim como recurso facilitador da intervenccedilatildeo de enfermagem tem-se o

brinquedo Brincar eacute algo fundamental e de extrema importacircncia na vida de uma crianccedila e eacute

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 29: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

29

preciso que o enfermeiro reconheccedila essa necessidade incorporando essa praacutetica no cuidado

diaacuterio agrave crianccedila hospitalizada (JANSEN SANTOS FAVERO 2010)

No Brasil o ensino do brinquedo como recurso de intervenccedilatildeo na assistecircncia de

enfermagem pediaacutetrica data do final da deacutecada de 1960 com a Profordf Drordf Esther Moraes

docente na disciplina de Enfermagem Pediaacutetrica da Escola de Enfermagem da Universidade

de Satildeo Paulo (CINTRA SILVA RIBEIRO 2006)

De acordo com o estudo de Jansen Santos e Favero (2010) ldquoa oportunidade de a

crianccedila representar no brinquedo o procedimento doloroso permite que ela passe do papel

de sujeito passivo para o de sujeito ativordquo tornando o brinquedo eficaz em relaccedilatildeo a

minimizar os efeitos estressantes de um procedimento doloroso

A inclusatildeo do conteuacutedo do brinquedoBT nos curso de graduaccedilatildeo eacute um indicaccedilatildeo do

COREN que emitiu parecer favoraacutevel agrave utilizaccedilatildeo desta intervenccedilatildeo como instrumento da

assistecircncia de enfermagem recomendado que seja conteuacutedo obrigatoacuterio na grade curricular

dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem (MAIA RIBEIRO BORBA 2011)

Percebe-se que as escolas de Enfermagem natildeo enfatizam o brincar como uma

necessidade infantil Com isso os profissionais natildeo se sentem capazes de brincar com as

crianccedilas hospitalizadas visto que para realizaccedilatildeo da atividade eacute preciso conhecimento

especiacutefico Faz-se necessaacuterio que na formaccedilatildeo desses profissionais sejam incluiacutedos os

princiacutepios humaniacutesticos que sejam capazes de estimular a criatividade bem como a adoccedilatildeo de

novas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo como o brincar (VEIGA SOUSA PEREIRA 2016)

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

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ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

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crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 30: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

30

3 METODOLOGIA

31 DESENHO DA PESQUISA

O presente estudo possui uma abordagem qualitativa pois para Minayo (2010) esse

tipo de pesquisa ldquose preocupa nas ciecircncias sociais com um niacutevel de realidade que natildeo pode

ser quantificado Ou seja ela trabalha com o universo de significados motivos aspiraccedilotildees

crenccedilas valores e atitudes o que corresponde a um espaccedilo mais profundo das relaccedilotildees dos

processos e dos fenocircmenos que natildeo podem ser reduzidos agrave operacionalizaccedilatildeo de variaacuteveisrdquo

Esta pesquisa possui caracteriacutestica descritiva exploratoacuteria que de acordo com Gil

(2007) as pesquisas descritivas possuem o objetivo de descrever as caracteriacutesticas de uma

populaccedilatildeo fenocircmeno ou de uma experiecircncia Assim como para Andrade (2002) a pesquisa

descritiva preocupa-se em observar fatos registraacute-los analisaacute-los classificaacute-los e interpretaacute-

los e o pesquisador natildeo interfere neles

As pesquisas exploratoacuterias buscam apresentar de forma geral o assunto em questatildeo a

fim de familiarizar o leitor com o estudo que estaacute sendo analisado Eacute realizada geralmente

quando o tema escolhido eacute pouco explorado tendo por objetivo procurar padrotildees hipoacuteteses e

ideias possibilitando entatildeo alicerccedilar uma visatildeo criacutetica e pessoal sobre o assunto de forma

que leva agrave uma maior aproximaccedilatildeo com a questatildeo com objetivo de tornaacute-la compreensiacutevel

(GIL 2007)

Satildeo intenccedilotildees fundamentais da pesquisa exploratoacuteria proporcionar maiores

informaccedilotildees sobre o assunto que seraacute investigado facilitar a delimitaccedilatildeo do tema de pesquisa

orientar a fixaccedilatildeo dos objetivos e a formulaccedilatildeo de hipoacuteteses ou descobrir um novo tipo de

enfoque sobre o assunto (ANDRADE 2002)

32 CENAacuteRIO DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

(EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) localizada na cidade de Niteroacutei no

Estado do Rio de Janeiro

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

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BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

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crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm

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52

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SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes

SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva

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SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata

Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer

infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de

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VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 31: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

31

A EEAAC foi fundada haacute 72 anos Seu preacutedio eacute composto por 6 andares que

manteacutem em funcionamento uma biblioteca uma sala de informaacutetica um auditoacuterio laboratoacuterio

para aulas praacuteticas de enfermagem cantina um diretoacuterio acadecircmico e diversas salas em que

se realizam as aulas reuniotildees abrigam secretarias coordenaccedilatildeo de curso e departamento das

disciplinas Atualmente a Escola de Enfermagem oferece aleacutem do curso de graduaccedilatildeo poacutes-

graduaccedilatildeo Lato Sensu e Strito Sensu (Mestrado e Doutorado) (UFF 2015)

33 PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes do estudo foram os acadecircmicos do nono periacuteodo ou seja o uacuteltimo

periacuteodo da graduaccedilatildeo em Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora Afonso Costa da

Universidade Federal Fluminense A turma possui 30 alunos No total participaram do estudo

17 alunos (567) sendo 12 (706) do sexo feminino e 5 (294) do sexo masculino A

idade meacutedia dos participantes eacute de 24 anos

Os criteacuterios para inclusatildeo dos participantes foram acadecircmico com idade superior a

18 anos cursando o nono periacuteodo da graduaccedilatildeo uma vez que neste periacuteodo jaacute cursaram as

disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente I e II O criteacuterio para

exclusatildeo dos participantes englobou os acadecircmicos com a matriacutecula trancada durante o

periacuteodo de coleta de dados

O nuacutemero de participantes foi delimitado com o decorrer da pesquisa e foi

interrompido quando houve ldquosaturaccedilatildeo dos dadosrdquo ldquoPor criteacuterio de saturaccedilatildeo se entende o

conhecimento formado pelo pesquisador campo de que conseguiu compreender a loacutegica

interna do grupo ou da coletividade em estudordquo (MINAYO 2007 p198)

34 COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se atraveacutes de entrevista semiestruturada realizada pela

discente da graduaccedilatildeo em enfermagem Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

supervisionada pela docente orientadora Liliane Faria da Silva

Foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2016 As entrevistas foram feitas

em salas de aula da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa caracterizando o local

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

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Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes

SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva

Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo

Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)

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SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata

Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer

infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de

brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012

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VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza

Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn

Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-

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e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016

59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 32: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

32

como reservado e afastado do puacuteblico com o intuito de evitar interferecircncia de ruiacutedos durante a

gravaccedilatildeo das falas bem como garantir a privacidade dos participantes durante a entrevista

Utilizou-se um aparelho celular com funccedilatildeo de gravaccedilatildeo de voz com autorizaccedilatildeo

preacutevia dos participantes para gravar as entrevistas Em meacutedia as falas possuem duraccedilatildeo de

aproximadamente trecircs minutos sendo a entrevista mais curta com 1rsquo40rsquorsquo e a mais longa

4rsquo39rsquorsquo O material foi transcrito e seraacute mantido arquivado por cinco anos sendo destruiacutedo

mediante encerramento de tal prazo O anonimato dos entrevistados foi mantido sendo

utilizados codinomes de personagens de desenho para identificaccedilatildeo das falas

Para operacionalizaccedilatildeo da entrevista foi utilizado um roteiro (apecircndice 1) com

perguntas abertas e fechadas Nas perguntas abertas o entrevistado teve a possibilidade de

desenvolver sobre o tema abordado sem fugir do que foi proposto Jaacute as perguntas fechadas

foram utilizadas para a identificaccedilatildeo dos participantes (identificaccedilatildeo idade sexo)

As perguntas abertas foram O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a graduaccedilatildeo

Fale sobre isso O que vocecirc do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

35 ANAacuteLISE DE DADOS

Terminada a coleta dos dados foi realizada uma anaacutelise temaacutetica dos resultados

obtidos De acordo com (MINAYO 2007 p 316) ldquofazer uma anaacutelise temaacutetica consiste em

descobrir os nuacutecleos de sentido que compotildeem uma comunicaccedilatildeo cuja presenccedila ou frequecircncia

signifiquem alguma coisa para o objeto analiacutetico visadordquo

Ainda de acordo com Minayo (2007) a anaacutelise temaacutetica eacute dividida em trecircs etapas a

1ordf eacute a preacute-anaacutelise que consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada

dos objetivos iniciais e suas hipoacuteteses a 2ordf etapa eacute a exploraccedilatildeo do material que eacute uma

operaccedilatildeo classificatoacuteria que visa a alcanccedilar o nuacutecleo de compreensatildeo do texto a 3ordf etapa eacute a

do tratamento dos resultados obtidos e interpretaccedilatildeo que permite que o pesquisador faccedila o

recorte e coloca em relevo as informaccedilotildees obtidas

Para realizaccedilatildeo do processo de anaacutelise apoacutes realizar as entrevistas as mesmas foram

transcritas para dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do material Apoacutes a leitura de textos referentes ao

conteuacutedo foi feita a classificaccedilatildeo das falas atraveacutes de cores com o meacutetodo colorimeacutetrico ndash o

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 33: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

33

conteuacutedo foi colorido de acordo com a fala dos participantes e com expressotildees que se

repetiam Utilizou-se a cor amarela para a percepccedilatildeo sobre o brinquedo terapecircutico a cor

verde para a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico a cor azul para a expectativa em relaccedilatildeo ao

uso do brinquedo terapecircutico a cor rosa para o uso do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do

acadecircmico e a cor cinza para o uso do brinquedo terapecircutico na assistecircncia pediaacutetrica

Apoacutes esta fase os dados foram agregados gerando a especificidade de cada tema

Surgiram assim as seguintes temaacuteticas Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do

brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo Expectativa

do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico Utilizaccedilatildeo

do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para aprimorar a qualidade da assistecircncia

36 ASPECTOS EacuteTICOS

Este trabalho seguiu as determinaccedilotildees da Resoluccedilatildeo 46612 do Conselho Nacional de

Sauacutede e foi submetido ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa (CEP) com CAAE

59606316600005243 sendo aprovado sob nordm do parecer 1786857 em 20 de outubro de

2016 (anexo 1)

Sendo assim os participantes da pesquisa assinaram duas coacutepias do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apecircndice 2) uma para o pesquisador e outra para

o participante No TCLE estaratildeo contida informaccedilotildees como tiacutetulo da pesquisa identificaccedilatildeo

dos responsaacuteveis pelo projeto objetivo procedimentos necessaacuterios agrave realizaccedilatildeo e benefiacutecios

que podem ser obtidos

Todo o material gerado (gravaccedilatildeo de voz e transcriccedilatildeo das falas) ficaraacute arquivado sob

a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos apoacutes o encerramento do estudo

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

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hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 34: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

34

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Atraveacutes das falas dos entrevistados emergiram as seguintes unidades temaacuteticas que

seratildeo discutidas ao decorrer deste capiacutetulo

- Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

- Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem

- Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

41 Percepccedilatildeo dos acadecircmicos quanto ao uso do brinquedo terapecircutico

Na percepccedilatildeo dos acadecircmicos o brinquedo terapecircutico eacute um instrumento de

intervenccedilatildeo interessante que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico Destacaram como uma

das caracteriacutesticas da crianccedila a capacidade de observaccedilatildeo e compreensatildeo sendo assim este

recurso acalma faz com que ela aprenda sobre sua doenccedila e tratamento a torna mais

participativa e assim facilita o autocuidado ajudando tambeacutem sua famiacutelia Aleacutem disso o

brinquedo terapecircutico distrai a crianccedila durante sua hospitalizaccedilatildeo mas para o alcance de seus

benefiacutecios eacute preciso o profissional saber usar

ldquoAs crianccedilas satildeo extremamente inteligentes muito observadoras e sabem tudo que vai se passar com elas () a crianccedila passa a ser participativa da sauacutede dela () ela fica mais calma tambeacutem e quanto mais calma e tranquilidade possiacutevel dentro do ambiente hospitalar melhor eacute a recuperaccedilatildeo da crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoEacute uma forma muito legal e interessante da crianccedila que estaacute hospitalizada aprender sobre a doenccedila dela o tratamento () eacute uma forma dela aprender a se cuidar tambeacutem e ajudar a famiacutelia no tratamento delardquo(Aurora)

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

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BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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DF 2012

52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 35: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

35

ldquoEacute muito bom porque eacute uma forma de distrair as crianccedilas na hora que eles estatildeo passando por esse momento de internaccedilatildeo Mas natildeo eacute soacute chegar e botar a crianccedila para brincar tem que saber usarrdquo (Darth Vader)

ldquoDa uma acalmada geral natildeo soacute na crianccedila em vocecirc como profissional e tambeacutem no acompanhante na famiacutelia da crianccedila - que vai ta ali vendo o procedimento no filho delardquo (Punky)

ldquoPode passar uma tranquilidade maior para a crianccedila Vai explicar melhor de alguma forma o que que vai acontecer com ela Um recurso bem bacana pra ser usadordquo (Mandy)

ldquoUma intervenccedilatildeo no cuidado onde vocecirc vai tentar diminuir a ansiedade da crianccedilardquo (Emiacutelia)

Os resultados da pesquisa apontaram o brinquedo terapecircutico como instrumento de

intervenccedilatildeo no auxiacutelio a crianccedila Para Souza e cols (2012) sua teacutecnica consiste em uma

intervenccedilatildeo eficaz que possibilita agrave crianccedila conhecer o procedimento entender a finalidade do

mesmo

Entre as caracteriacutesticas da crianccedila houve destaque para a capacidade de observaccedilatildeo e

compreensatildeo Conforme Hockenberry Wilson Winkelstein (2014) na fase de 1 a 3 anos o

desenvolvimento em certas aacutereas do ceacuterebro ainda estaacute ocorrendo permitindo assim uma

capacidade intelectual maior Eacute nessa idade que a crianccedila segundo a teoria de Piaget comeccedila

o julgamento racional e de compreensatildeo Jaacute na fase dos 3 aos 5 anos a consciecircncia comeccedila a

surgir De acordo com Lapa e Souza (2010) o modo como a crianccedila percebe a hospitalizaccedilatildeo

e sua proacutepria doenccedila estaacute ligado diretamente ao processo de restabelecimento da sua sauacutede

Ela pode ter uma percepccedilatildeo errocircnea ou distorcida sobre tudo acarretando em

comprometimentos biopsicossociais a ela

Quando adequadamente instruiacuteda por meio do brinquedo a crianccedila aprende sobre sua

doenccedila e tratamento e se torna mais participativa Assim atraveacutes de uma visatildeo holiacutestica do

tratamento hospitalar o uso do brinquedo terapecircutico propicia agrave crianccedila aceitaccedilatildeo criaccedilatildeo e

aprendizagem em um ambiente ateacute entatildeo considerado novo e aterrorizante (SOUZA et al

2012)

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 36: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

36

Foi destacado ainda que para o alcance de seus benefiacutecios eacute preciso o profissional

saber utilizar o brinquedo terapecircutico Neste mesmo sentido um estudo apontou que para que

essa praacutetica possa ser introduzida pelo enfermeiro em seu cotidiano faz-se necessaacuterio o

embasamento teoacuterico quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila

e o desenvolvimento de habilidades essenciais para seu uso (FRANCISCHINELLI

ALMEIDA FERNANDES 2012)

Autores apontam que por mais que a importacircncia e a necessidade de incorporar o

luacutedico no processo de cuidar de Enfermagem Pediaacutetrica sejam reconhecidas a utilizaccedilatildeo deste

recurso natildeo eacute real nas instituiccedilotildees brasileiras como exposto pela opiniatildeo dos entrevistados

Os profissionais natildeo satildeo especializados e simplesmente manipulam o brinquedo fato que natildeo

demonstra o potencial total da ludicoterapia (BRITO et al 2009)

Para os entrevistados o brinquedo terapecircutico ajuda a desmistificar a imagem de

temor e por conseguinte diminuir o medo da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento mediante

este momento tatildeo fraacutegil no qual ela e a famiacutelia se encontram

ldquoA gente consegue trazer um pouco a crianccedila pra dentro da nossa realidade e tornar aquele procedimento um pouco menos doloroso () e a crianccedila acaba por colaborar com a genterdquo (Jerry)

ldquoUma boa estrateacutegia pra vocecirc poder iniciar um procedimento com a crianccedila pra ela poder entender um pouco aquilo e pra experiecircncia ser menos traumaacutetica pra elardquo (Dot)

ldquoExtremamente importante pra crianccedila porque encoraja ela neacute Agraves vezes ela natildeo conhece natildeo tem ideia de como vai ser o procedimento e soacute de ver uma agulha ela jaacute fica apavorada () ela vendo o procedimento ser feito numa boneca em algum brinquedinho ajuda muitordquo (Lindinha)

ldquoUm bom meacutetodo pra facilitar a realizaccedilatildeo de procedimentos agrave crianccedilardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoEacute uma ferramenta que auxilia a crianccedila a perceber o cuidado dela como se natildeo fosse uma coisa que vai agredir () ele vai ajudar a tirar aquela imagem de temor que dificulta o procedimentordquo (Hans Solo)

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

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PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da

crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 37: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

37

ldquoFerramenta que desmistifica muito o procedimento facilitando muito o cuidadordquo (Mulan)

Sob as mesmas perspectivas de alguns autores os acadecircmicos ratificaram que o

brinquedo terapecircutico vem sendo utilizado com foco em ajudar a crianccedila no aliacutevio da

ansiedade vivenciada durante o processo de hospitalizaccedilatildeo (VEIGA SOUSA PEREIRA

2016) Caracteriza-se com sua funccedilatildeo curativa sendo uma ldquovaacutelvula de escaperdquo diminuindo a

ansiedade da crianccedila pela catarse emocional (SOUZA et al 2012) O BT alivia a ansiedade

de situaccedilotildees atiacutepicas agrave idade da crianccedila descarregando sua tensatildeo (FREITAS MARTINS

2014)

Segundo Schmitz Piccoli e Vieria (2003) algumas crianccedilas ficam amedrontadas

quando deixam a seguranccedila e o ambiente do lar mormente aquelas que satildeo incapazes de

compreender o propoacutesito da hospitalizaccedilatildeo Em virtude disso Souza et cols (2012) afirmam

que o uso do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila eacute importante pois facilita uma resposta positiva

dela durante um procedimento doloroso demonstrando comportamentos ou respostas nas

brincadeiras

Como exposto pela fala dos participantes dessa pesquisa por conta do entendimento

da crianccedila sobre a conjuntura pela qual ela estaacute passando o brinquedo natildeo beneficia soacute a ela

mas tambeacutem ao enfermeiro facilitando de acordo com Souza et cols (2012) a comunicaccedilatildeo

entre ambos e ainda ajuda na realizaccedilatildeo dos procedimentos

42 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo

A maioria dos acadecircmicos relatou que natildeo houve oportunidade de utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo e que nunca viram nenhum profissional utilizaacute-lo

Alguns apontaram que tiveram a aula teoacuterica na disciplina de Enfermagem na Sauacutede da

Crianccedila e do Adolescente II mas natildeo conseguiram colocar em praacutetica na assistecircncia agrave crianccedila

ldquoA gente tem o conceito do que eacute que funciona que eacute uma boa praacutetica mas eu particularmente nunca vi a aplicaccedilatildeo de usar o BT como uma forma positiva pra crianccedila que estaacute hospitalizadardquo (Fiona)

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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DF 2012

52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 38: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

38

ldquoEu fiquei sabendo em sala de aula que tiacutenhamos o uso do brinquedo terapecircutico mas na assistecircncia eu nunca virdquo (Emiacutelia)

ldquoNoacutes temos uma disciplina Sauacutede da Crianccedila II laacute na enfermaria de pediatria a gente tinha brinquedos disponiacuteveis Natildeo tive a oportunidade de usaacute-lo porque acabei natildeo desenvolvendo nenhuma atividade que demandasse o uso dele Mas jaacute vi sendo empregadordquo (Jerry)

ldquoNatildeo natildeo tive a oportunidade Natildeo me recordo de ter visto algueacutem utilizando Soacute me recordo de ter visto isso em sala de aula natildeo na praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

ldquoVocecirc natildeo observa a equipe da enfermaria pediaacutetrica usando o BT nos pacientes e assim eacute a aacuterea especiacutefica disso o lugar de usar o BT eacute ali na enfermaria pediaacutetrica e eu pelo menos nunca vi nenhuma enfermeira teacutecnica meacutedico ningueacutem usando laacuterdquo (Mulan)

ldquoDurante a graduaccedilatildeo no estaacutegio de Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II eu estive na pediatria e durante o 9ordm periacuteodo estou na Emergecircncia Pediaacutetrica mas infelizmente natildeo consegui usar o BT eu nem sei se essas unidades disponibilizam desse material porque eu natildeo vi e natildeo vi nenhum profissional desses setores comentando sobrerdquo (Lady Iris)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) alegam em suas pesquisas que 638 das instituiccedilotildees

natildeo possuem uma carga horaacuteria especiacutefica destinada ao ensino do brinquedo terapecircutico na

assistecircncia agrave crianccedila Em contraposiccedilatildeo aos autores os acadecircmicos entrevistados asseguram

que a disciplina de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do Adolescente II destina uma aula

especiacutefica para o ensino do brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila

Souza et cols (2012) relatam que os entrevistados de suas pesquisas assim como os

entrevistados deste estudo afirmaram ter ldquoouvidordquo falar sobre a teacutecnica do brinquedo

terapecircutico durante sua formaccedilatildeo profissional todavia somente na parte teoacuterica natildeo

desenvolvendo a parte praacutetica

Em conformidade com os estudos de Souza et cols (2012) alguns entrevistados

relatam a falta de uma equipe capacitada para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

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SUS Brasiacutelia DF 2004

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 39: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

39

Em contrapartida haacute aqueles que conseguiram aplicar o brinquedo terapecircutico durante

sua trajetoacuteria acadecircmica ndash tanto na puericultura quanto na enfermaria do hospital

ldquoUtilizei durante as disciplinas diretamente envolvidas com crianccedilas Tanto estaacutegio curricular fazendo puericultura quanto na crianccedila hospitalizadardquo (Mulan)

ldquoCheguei a utilizar na disciplina de Sauacutede da Crianccedila II quando fui fazer uma punccedilatildeordquo (Du)

Em concordacircncia com os estudos de Schenkel (2013) os participantes da pesquisa

apontaram que o brinquedo terapecircutico pode ser utilizado tanto no ambiente hospitalar quanto

no ambulatorial cumprindo assim sua funccedilatildeo terapecircutica e cataacutertica

Praacutetica recomendada com vigor no artigo de Leite e Shimo (2008) em que

aconselham o uso do brinquedo natildeo soacute no contexto hospitalar como tambeacutem em qualquer

lugar que a crianccedila necessite de cuidados seja no domiciacutelio em creches escolas e unidades

baacutesicas de sauacutede Em contexto extra-hospitalar em situaccedilotildees como punccedilatildeo venosa exame

fiacutesico administraccedilatildeo de vacinas e curativo segundo Oliveira et cols (2015)

Outros relatam a utilizaccedilatildeo de estrateacutegias para facilitar a abordagem agrave crianccedila como

desenhos e equipamentos de material especiacutefico julgando a experiecircncia como positiva jaacute que

a crianccedila aceitou a realizaccedilatildeo de procedimentos mais facilmente

ldquoNatildeo brinquedo terapecircutico natildeo Jaacute usei meus equipamentos na crianccedila pra fingir usei meu esteto pra ela me auscultar Vi acadecircmico na pediatria utilizando como se fosse seringa e bonequinho de EVA para a crianccedila vacinar e foi positivordquo (Hans Solo)

ldquoEu jaacute vi uma pessoa que na verdade natildeo era o BT Era uma acadecircmica que fez um desenho com a crianccedila tentando mostrar o que seria feito nela Mas em forma de desenho pegou a folha e desenhou mesmo com a caneta Mas brinquedo mesmo eu nunca virdquo (Punky)

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em

lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em

07 nov 2016

BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt

Acesso em 07 nov 2016

BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes

PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da

crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 40: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

40

ldquo() A crianccedila tava chorando muito e ningueacutem conseguia chegar perto () com os bonequinhos de EVA a crianccedila parou de chorar na mesma hora e ficou mostrando pra matildee como que era o brinquedo e falou ldquoah matildee agora sou enfermeira natildeo sei o quecircrdquo Entatildeo ela parou de chorar e deixou fazer o exame fiacutesico todordquo (Hans Solo)

Em paralelo agrave pesquisa de Veiga Sousa e Pereira (2016) percebe-se que haacute carecircncia

de recursos materiais sendo um fator limitante para a implementaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico Muitos profissionais improvisam com recursos disponiacuteveis e outros natildeo se

sentem motivados para brincar com o material que lhes eacute oferecido

Evidencia-se a importacircncia da aplicaccedilatildeo desse instrumento para tornar a crianccedila mais

cooperativa com a equipe de enfermagem como traz o estudo de Lemos et cols (2010) onde

utilizou-se o brinquedo terapecircutico no preparo de punccedilatildeo venosa Antes as crianccedilas

mostravam-se inquietas e chorosas e apoacutes utilizaccedilatildeo da teacutecnica luacutedica interagiram melhor

com as enfermeiras

43 Expectativa do acadecircmico em relaccedilatildeo agrave oportunidade da utilizaccedilatildeo do

brinquedo terapecircutico

Os acadecircmicos possuem uma grande expectativa em relaccedilatildeo ao uso do brinquedo

terapecircutico Acreditam que ele agiria como um facilitador favorecendo a interaccedilatildeo entre os

dois

ldquoSeria muito positivo pras duas partes tanto pra mim melhorando minha forma de lidar e envolver com a crianccedila e para o desenvolvimento dela tambeacutem o brinquedo eacute uma forma de interaccedilatildeo melhorrdquo (Lindinha)

ldquoSeria uma forma nova de interagir com a crianccedilardquo (Dot)

Como mencionam os achados de Soares et cols (2014) apropriando-se desse

instrumento os acadecircmicos supotildeem que seriam capazes de brincar proporcionando a

comunicaccedilatildeo e a interaccedilatildeo com a crianccedila visando atender suas necessidades fisioloacutegicas e

necessidades de seu universo infantil permitindo dessa forma um cuidado integral

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 41: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

41

Em harmonia agrave opiniatildeo dos entrevistados os estudos de Freitas e Martins (2014)

alegam que o brinquedo eacute uma forma relevante de comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre o

enfermeiro e a crianccedila e deve ser parte integrante da assistecircncia de enfermagem jaacute que a

enfermeira conhece melhor as necessidades de seu cliente a partir da utilizaccedilatildeo do brinquedo

terapecircutico

A aplicaccedilatildeo da teacutecnica do brinquedo terapecircutico tambeacutem influenciaria do ponto de

vista dos entrevistados como uma forma didaacutetica de ver a doenccedila do paciente trazendo

satisfaccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave atuaccedilatildeo do acadecircmico em lidar com algo luacutedico e mais humanizado

alicerccedilado ao bem estar e melhoria do quadro cliacutenico da crianccedila por fazer a crianccedila se

aproximar da antiga realidade dela

ldquo() influencia no tratamento do paciente porque o bem estar do paciente tambeacutem faz com que melhore o quadrordquo (Batman)

ldquoTraz aquela coisa de vocecirc sair meio daquele clima hospitalar eacute o local que mais se aproxima agrave casa aacute escola alguma coisa assim Isso melhora o quadro do pacienterdquo (Batman)

ldquoSeria uma forma mais didaacutetica de ver a doenccedila do meu paciente uma forma mais humana de lidar com o meu pacienterdquo (Aurora)

ldquoEu ficaria mais satisfeito com a minha atuaccedilatildeo porque de alguma forma eu utilizei um instrumento natildeo convencional pra melhorar a sensaccedilatildeo de bem estar da crianccedila durante o procedimentordquo (Princesa Caroccedilo)

Percebe-se a opiniatildeo de que o brinquedo terapecircutico como acentua Cruz e cols (2013)

em sua pesquisa eacute uma medida de humanizaccedilatildeo dos cuidados de enfermagem a crianccedilas

hospitalizadas

Como discorrem Lemos et cols (2016) em seus estudos o brincar deve ser

reconhecido pelos graduandos visto que o manejo da ansiedade e da dor confere um aspecto

humanizado na assistecircncia como destacado na entrevista acima

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 42: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

42

Em consonacircncia com os estudos de Jansen Santos e Favero (2010) os entrevistados

apontam que a utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico auxilia nas respostas em relaccedilatildeo ao

tratamento e conduta terapecircutica

Os alunos acreditam que seria possiacutevel ndash atraveacutes da aplicaccedilatildeo do BT pocircr agrave prova a

efetividade dessa terapia como eacute descrita na literatura

ldquoDeveriacuteamos ver mais como eacute praticar isso Como utilizar mesmo de fato o BT no nosso cuidado () pra gente ver na praacutetica os benefiacutecios que trazemrdquo (Fiona)

ldquo() acho que poderia ter se tornado algo mais real mais proacuteximo do palpaacutevelrdquo (Jerry)

ldquoGostaria de ter tido a experiecircncia justamente pra eu ver se eu saberia aplicar como foi dado na teoria e se aquilo realmente facilitaria meu cuidadordquo (Dot)

Cintra Silva e Ribeiro (2006) descrevem que a receptividade dos alunos pela temaacutetica

eacute individual sendo que alguns acadecircmicos se envolvem facilmente enquanto outros precisam

aplicar a teacutecnica para acreditar em sua eficaacutecia como caracterizado pelas falas dos

entrevistados

Depianti et cols (2013) realccedilam a possibilidade de que a pouca valorizaccedilatildeo da praacutetica

do luacutedico na assistecircncia pode ser recorrente do modelo vigente pautado no paradigma

biomeacutedico que foca no tratamento da doenccedila e natildeo nos aspectos psicobiossociais do sujeito

Talvez se o modelo de assistecircncia sofresse mudanccedilas o brinquedo terapecircutico poderia ser

mais valorizado pelos proacuteprios discentes e pela equipe de enfermagem

44 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico na trajetoacuteria do acadecircmico de

enfermagem

Os entrevistados destacam que o brinquedo terapecircutico deve ser aplicado ainda na

graduaccedilatildeo a fim de que eles possam utilizar desse instrumento depois de formados em seus

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

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52

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 43: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

43

locais de trabalho incentivando a criaccedilatildeo de brinquedotecas para a possiacutevel utilizaccedilatildeo do BT

e instruindo a equipe para fazer uso desse tipo de praacutetica

ldquoA enfermagem eacute a categoria que fica mais em contato com o paciente e eu acho que vocecirc desde a graduaccedilatildeo vocecirc jaacute podendo estimular o uso do brinquedo vocecirc vai usar isso no seu futuro profissional () vocecirc jaacute vai saber que tem a possibilidade ou ateacute incentivar a criaccedilatildeo de uma brinquedoteca e utilizar o BTrdquo (Batman)

ldquoO brinquedo terapecircutico eacute uma forma de terapia que podemos usar depois de formados () tem que ser aplicada durante a graduaccedilatildeo para estarmos preparados pra usar ele depoisrdquo (Darth Vader)

ldquoVisto que noacutes seremos profissionais () noacutes como agentes de mudanccedila e inovaccedilatildeo deveriacuteamos ser o principal alvo para a implantaccedilatildeo desse tipo de instrumento para que futuramente na nossa profissatildeo a gente esteja preparado pra utilizar isso e passar pra nossa equipe tambeacutem fazer uso desse tipo de praacuteticardquo (Princesa Caroccedilo)

Pelo exposto seria possiacutevel constituir um universo infantil como ressaltam Amthauer

e Souza (2014) em sua pesquisa Os autores afirmam que com a inserccedilatildeo da brinquedoteca

atrelada ao uso do brinquedo terapecircutico as crianccedilas mostram-se mais tranquilas e confiantes

durante a realizaccedilatildeo de algum procedimento Jansen Santos e Favero (2012) afirmam que

facilita a motivaccedilatildeo da crianccedila em todo seu processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a

manutenccedilatildeo de sua individualidade aspecto que se fragilizado durante este processo

De acordo com Francischinelli Almeida e Fernandes (2012) para que o enfermeiro

introduza a praacutetica do brinquedo terapecircutico em seu cotidiano eacute preciso que ele possua

embasamento quanto ao reconhecimento do brincar como necessidade baacutesica agrave crianccedila e o

desenvolvimento de habilidades fundamentais referentes ao seu uso Dessa forma como

relatado pelas entrevistas os acadecircmicos se sentiratildeo mais preparados para em seus futuros

locais de trabalho aplicar a teacutecnica do brinquedo terapecircutico

Como relatam Cintra Silva e Ribeiro (2006) a natildeo valorizaccedilatildeo do

brinquedobrinquedo terapecircutico e despreparo dos docentes torna necessaacuteria a capacitaccedilatildeo

desses profissionais para a demanda atual em razatildeo da aprovaccedilatildeo da Resoluccedilatildeo COFEN Nordm

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 44: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

44

2952004 que considera a intervenccedilatildeo com o brinquedo na praacutetica assistencial e assegura ao

profissional enfermeiro o emprego da teacutecnica na assistecircncia agrave crianccedila e famiacutelia

Os acadecircmicos concordam que o uso do brinquedo terapecircutico deveria ser mais

incentivado na academia Estimulando a utilizaccedilatildeo desse instrumento os acadecircmicos se

sentiriam mais seguros na aproximaccedilatildeo agrave crianccedila

ldquoO uso deve ser mais incentivado porque ele soacute traz benefiacutecios Tem que ser estimulado ateacute mais pela proacutepria faculdaderdquo (Hans Solo)

ldquoDevia ser mais incentivado Apesar da gente ter essa aula dentro da grade curricular natildeo vejo tanto incentivo da gente realmente utilizar elerdquo (Mulan)

ldquoAjuda quem tem inseguranccedila Vocecirc utiliza desse instrumento e acaba adquirindo mais seguranccedila e consequentemente vai conseguir ter uma abordagem melhor com essa crianccedilardquo (Cinderela)

ldquoO acadecircmico de enfermagem pode encontrar no BT uma forma de chegar mais perto do paciente () antes de realizar o procedimento ele tem a possibilidade de revisar todo o conteuacutedo ali com a crianccedila o passo a passo do procedimento () ele adquire mais confianccedilardquo (Jerry)

ldquoPra ter mais seguranccedila ao prestar um cuidado principalmente uma punccedilatildeo venosa () eu tinha muito medo dela se mexer drsquoeu natildeo conseguir fazerpoderia facilitar nessa sentidordquo (Dot)

Em consonacircncia com os estudos de Cruz et cols (2013) uma vez constituiacutedo como

instrumento para cuidados em pediatria o brinquedo terapecircutico deve ser incentivado tanto

nas faculdades como entre enfermeiros pediaacutetricos devido sua importacircncia comprovada

Oliveira et cols (2015) trazem que o ensino do BT como instrumento de intervenccedilatildeo

em enfermagem vem sendo realizado desde meados de 1980 em diferentes niacuteveis de

formaccedilatildeo profissional Para que haja garantia de seu uso pelos futuros enfermeiros eacute de

extrema importacircncia que eles estejam motivados e capacitados

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-

e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016

59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 45: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

45

Cintra Silva e Ribeiro (2006) em estudo realizado no Estado de Satildeo Paulo revelam

que o brinquedo terapecircutico eacute abordado pela maioria das instituiccedilotildees de ensino superior de

enfermagem no entanto apenas 145 dessas instituiccedilotildees permitem ao aluno vivenciar sua

aplicaccedilatildeo na assistecircncia agrave crianccedila

Outro aspecto citado nas falas dos entrevistados que entra em consenso com o que foi

discutido no artigo de Melo e Toledo (2012) mostra que a inexperiecircncia teacutecnica do aluno de

graduaccedilatildeo em enfermagem faz com que ele repita o ldquofazer teacutecnicordquo buscando vencer a

inseguranccedila

Visto que a abordagem em um ambiente pediaacutetrico difere-se da maioria dos outros o

brinquedo terapecircutico poderia ser um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedila aproximando o

acadecircmico do paciente pediaacutetrico

ldquoEnriquece bastante a praacutetica do acadecircmico para ele entender como eacute a dinacircmica com uma crianccedila () ela tem que ser abordada de maneira diferente ela tem que ser conquistada () o BT ajuda muito nesse quesito de vocecirc conseguir um canal de comunicaccedilatildeo com a crianccedilardquo (Lady Iris)

ldquoAcho oacutetimo porque aproxima o acadecircmico da crianccedilardquo (Harry Potter)

ldquoPrepara o acadecircmico para aquele cuidado com a crianccedila () a gente ta acostumado a lidar com adulto com idoso agora pra crianccedila eacute toda uma linguagem diferente () mesmo que vocecirc natildeo tenha desenvoltura o brinquedo vai te ajudar ali naquele momentordquo (Punky)

ldquoPro olhar mesmo do acadecircmico quanto agrave crianccedila natildeo como uma crianccedila doente pro acadecircmico ver que essa crianccedila natildeo deixa de ser crianccedila quando ta no hospitalrdquo (Du)

Os entrevistados ressaltam a importacircncia de conquistar a crianccedila para se aproximarem

dela Depianti et cols (2013) consolidam que o luacutedico se faz necessaacuterio para facilitar a

aproximaccedilatildeo da equipe para que sejam realizados os cuidados

Como descrito por um dos entrevistados Amthauer e Souza (2014) recontam que o

brincar eacute inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem estar da crianccedila colaborando

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 1 2014 Disponiacutevel em

lthttprevistasunincorbrindexphprevistaunincorarticleview1393pdf_139gt Acesso em

07 nov 2016

BALDAN Juliana de Moraes SANTOS Cindia Pereira dos MATOS Ana Paula Keller de

WERNET Monika Adoccedilatildeo do brincarbrinquedo na praacutetica assistencial agrave crianccedila

hospitalizada trajetoacuteria de enfermeiros Cienc Cuid Saude v13 n 2 2014 Disponiacutevel em

lthttpperiodicosuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleview15500pdf_167gt

Acesso em 07 nov 2016

BARBOSA Maria Angeacutelica Marcheti BALIEIRO Maria Magda Ferreira Gomes

PETTENGILL Myriam Aparecida Mandetta Cuidado centrado na famiacutelia no contexto da

crianccedila com deficiecircncia e sua famiacutelia uma anaacutelise reflexiva Texto contexto Enferm

Florianoacutepolis v 21 n 1 2012 Disponiacutevel em lt

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BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo COFEN nordm 295 de 24 de outubro de

2004 Dispotildee sobre a utilizaccedilatildeo da teacutecnica do BrinquedoBrinquedo Terapecircutico pelo

Enfermeiro na Assistecircncia agrave crianccedila hospitalizada Brasiacutelia DF 2004 Disponiacutevel em

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BRASIL Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede HumanizaSUS poliacutetica nacional de humanizaccedilatildeo a

humanizaccedilatildeo como eixo norteador das praacuteticas de atenccedilatildeo e gestatildeo em todas as instacircncias do

SUS Brasiacutelia DF 2004

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Sauacutede da crianccedila crescimento e desenvolvimento Brasiacutelia

DF 2012

52

BRITO Taacutebatta Renata Pereira RESCK Zeacutelia Marilda Rodrigues MOREIRA Denis da

Silva MARQUES Soraia Matilde Praacuteticas luacutedicas no cotidiano de enfermagem pediaacutetrica

Esc Anna Nery Rev Enferm Rio de Janeiro v 13 n 4 2009 Disponiacutevel em lt

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CAMPOS Marina Coelho RODRIGUES Karen Cristina S PINTO Maacutercia Carla Morete

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use of the therapeutic toy Einstein (Satildeo Paulo) Satildeo Paulo v 8 n 1 p 10-17 2010

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CASTRO Dayene Pereira ANDRADE Claudia Umbelina Baptista LUIZ Edvaldo

MENDES Mariana BARBOSA Danillo SANTOS Luiz Henrique Gomes Brincar como

instrumento terapecircutico Pediatria Satildeo Paulo v32 n04 2010

CINTRA Siacutelvia Maira Pereira SILVA Conceiccedilatildeo Vieira RIBEIRO Circeacuteia Amaacutelia O

ensino do brinquedobrinquedo terapecircutico nos cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem no

Estado de Satildeo Paulo Rev Bras Enferm 2006 jul-ago 59(4) 497-501 Disponiacutevel em lt

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COLLET Neusa ROCHA Semiramis Melani Melo Crianccedila hospitalizada a matildee e

enfermagem compartilhando o cuidado Rev Latino-am Enfermagem v 12 n 2 abril

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DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da MONTEIRO Ana Claacuteudia

Moreira SOARES Rafael Silva Dificuldades da enfermagem na utilizaccedilatildeo do luacutedico no

cuidado agrave crianccedila com cacircncer hospitalizada Rev pesqui cuid fundam v 6 n 3 2014

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Acesso em 19 jan 2016 DEPIANTI Jeacutessica Renata Bastos SILVA Liliane Faria da CARVALHO Andreacute da Silva

MONTEIRO Ana Claacuteudia Moreira Nursing perceptions of the benefits of ludicity on care

practices for children with cancer a descriptive study Online braz j nurs v 13 n2 2014

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JESUS Ione Queiroz de BORGES Ana Luiza Vilela PEDRO Iara Cristina da Silva

NASCIMENTO Lucila Castanheira Opiniatildeo de acompanhantes de crianccedilas em

quimioterapia ambulatorial sobre uma quimioteca no Municiacutepio de Satildeo Paulo Acta paul

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LEITE Tacircnia Maria Coelho SHIMO Antonieta Keiko Kakuda Uso do brinquedo no

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LEMOS Izabel Cristina Santiago OLIVEIRA Joseph Dimas de GOMES Emiliana Bezerra

SILVA Kelly Vanessa Leite da SILVA Prycilla Karen Sousa da FERNANDES George

Pimentel Brinquedo Terapecircutico no procedimento de punccedilatildeo venosa estrateacutegia para reduzir

alteraccedilotildees comportamentais Rev Cuidarte v 7 n1 2016 Disponiacutevel em lthttp

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LEMOS Liacutegia Mara Dolce PEREIRA Wilany Jesus ANDRADE Joseilze Santos

ANDRADE Aglaeacute da Silva Arauacutejo Vamos cuidar com brinquedos Rev Bras Enferm

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LIMA Aline Soares SILVA Viacutevian Karla Bezerra Alves da COLLET Neusa REICHERT

Altamira Pereira da Silva OLIVEIRA Beatriz Rosane Gonccedilalves de Relaccedilotildees estabelecidas

pelas enfermeiras com a famiacutelia durante a hospitalizaccedilatildeo infantil Texto contexto Enferm

Florianoacutepolis v 19 n 4 2010 Disponiacutevel em lt

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MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia BORBA Regina Issuzu Hirooka

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mai 2015

MAIA Edmara Bazoni Soares RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia DE BORBA Regina Issuzu

Hirooka de Compreendendo a sensibilizaccedilatildeo do enfermeiro para o uso do brinquedo

terapecircutico na praacutetica assistencial agrave crianccedila Revista da Escola de Enfermagem da USP v

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 46: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

46

assim para seu desenvolvimento fiacutesico motor emocional mental e social Soares et cols

(2014) garantem que eacute de extrema valia que o brinquedo seja incorporado agraves atividades

cotidianas da enfermagem visto agrave importacircncia do brincar para crianccedilas hospitalizadas

Percebe-se com as falas dos entrevistados que as atividades recreativas promovem

uma relaccedilatildeo de confianccedila tranquumlilidade e seguranccedila estabilizando um relacionamento afetivo

entre a crianccedila e a equipe de enfermagem Souza et cols (2012) asseguram que a partir daiacute

estabelece-se um canal de comunicaccedilatildeo efetivo com a crianccedila e o profissional

45 Utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem para

aprimorar a qualidade da assistecircncia

Para aprimorar a qualidade da assistecircncia prestada pelos acadecircmicos de enfermagem

eles afirmam que o uso do BT seria de extrema valia visto que criaria um viacutenculo entre a

equipe de enfermagem a famiacutelia e o paciente

ldquoSe o acadecircmico souber como utilizar bem esse recurso () eu acho que vai criar um viacutenculo melhor para a assistecircnciardquo (Mandy)

ldquoVai criar um contato um viacutenculo maior entre o acadecircmico - paciente o paciente-equipe o paciente-famiacutelia acadecircmico-famiacutelia acadecircmico ndash equiperdquo (Aurora)

ldquoTem que usar no cuidado agravequela crianccedila de acordo com a necessidade dela () tentar criar uma relaccedilatildeo de confianccedila mesmo um elordquo (Fiona)

ldquoEu acho que ajuda a crianccedila a entender eu acho que ajuda na ligaccedilatildeo desse acadecircmico com aquela crianccedila e com a famiacuteliardquo (Punky)

Pelo exposto em harmonia com os achados de Cunha e Silva (2012) o brincar deve

ser considerado pelo enfermeiro a maneira mais adequada de se aproximar da crianccedila

desenvolvendo empatia entre ambos possibilitando a compreensatildeo do mundo atraveacutes do olhar

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 47: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

47

da crianccedila Dessa forma cria-se um viacutenculo de amizade e amor entre enfermeiro-crianccedila-

famiacutelia

Como relatado nas entrevistas pode-se afirmar tendo em vista os achados de Veiga

Sousa e Pereira (2016) que o profissional que utiliza o brinquedo como forma de estreitar o

vinculo com a crianccedila e a famiacutelia estaacute mais preparado para cuidar dessa clientela

Se utilizado de maneira correta o brinquedo terapecircutico facilitaria e economizaria

tempo na assistecircncia prestada bem como mudaria a visatildeo da crianccedila nesse processo de

hospitalizaccedilatildeo acarretando um cuidado atraumaacutetico para esse paciente

ldquoAh facilitou muuuito a assistecircncia entendeu Vocecirc chegar para uma crianccedila que ela ta morrendo de medo de um procedimento e aiacute vocecirc utilizar o brinquedo pra demonstrar como que esse procedimento vai ser feito deixar a crianccedila fazer em vocecirc e vocecirc nela () no final a crianccedila se abre mais pra vocecirc entendeu No final ela jaacute ta brincando com vocecirc enquanto vocecirc examina ela enquanto vocecirc faz o procedimento Isso eacute muito muito bomrdquo (Mulan)

ldquoPode fazer com que essa experiecircncia seja lembrada de uma maneira mais tranquila menos traumaacutetica para a crianccedilardquo (Princesa caroccedilo)

ldquoVocecirc consegue prestar um cuidado melhor consegue mudar a visatildeo da crianccedila sobre a hospitalizaccedilatildeo () ele vai utilizar sei laacute seringa de brinquedo em alguma boneca aiacute vai mudar a visatildeo da crianccedila sobre como eacute o profissionalrdquo (Hans Solo)

ldquoCom o tempo vocecirc vai saber lidar melhor com a crianccedila vocecirc vai economizar tempo na assistecircncia na abordagemrdquo(Emiacutelia)

A opiniatildeo dos entrevistados atrelada aos estudos de Souza et cols (2012) destaca que

o luacutedico caracteriza-se como uma atividade-meio ou seja um recurso que tem como

finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos estabelecidos A crianccedila fica mais colaborativa e

o procedimento apesar de doloroso deixa de ser traumaacutetico

Depianti et cols (2013) consolidam que a crianccedila pode sentir medo do profissional de

enfermagem visto que ela associa a presenccedila dele a procedimentos que podem lhe causar

alguma sensaccedilatildeo dolorosa Conforme Veiga Sousa e Pereira (2016) a utilizaccedilatildeo do

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 48: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

48

brinquedo terapecircutico faz com que as crianccedilas passem a enxergaacute-lo como um profissional que

natildeo soacute realiza atividades dolorosas mas tambeacutem brinca

A afirmaccedilatildeo de um dos entrevistados corrobora com o estudo de Souza et cols (2012)

onde antes da Sessatildeo do Brinquedo Terapecircutico grande parte das crianccedilas estava calada

tensa e com expressatildeo facial de medo e que apoacutes a aplicaccedilatildeo da teacutecnica mostraram-se mais

colaborativas ajudando os profissionais espontaneamente sorrindo e brincando com eles

De acordo com o estudo de Oliveira et cols (2015) as enfermeiras entrevistadas

relatam falta de tempo associada ao acuacutemulo de atividades administrativas burocraacuteticas e

assistenciais e falta de funcionaacuterios acarretando sobrecarga de trabalho impedindo que elas

utilizem o BT de forma sistemaacutetica Em contraparte uma das entrevistadas desse estudo

alegou que com o passar do tempo utilizando de maneira correta e rotineira o brinquedo

terapecircutico o profissional economizaria tempo na assistecircncia e na abordagem agrave essa crianccedila

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 49: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

49

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O brinquedo tem sido utilizado na assistecircncia de enfermagem pediaacutetrica como uma

forma de satisfazer a necessidade recreacional propiciar desenvolvimento fiacutesico mental

emocional e socializaccedilatildeo bem como aliacutevio de tensotildees aleacutem de constituir uma possibilidade

de comunicaccedilatildeo pela qual os enfermeiros podem dar explicaccedilotildees e receber informaccedilotildees da

crianccedila sobre o significado das situaccedilotildees vividas por ela

Os acadecircmicos participantes desse estudo relatam o brinquedo terapecircutico como um

instrumento de intervenccedilatildeo que auxilia no cuidado ao paciente pediaacutetrico visto que ele distrai

a crianccedila durante o processo de hospitalizaccedilatildeo possibilitando a ela conhecer e entender a

finalidade do procedimento pelo qual vai passar bem como torna a crianccedila mais participativa

O brinquedo terapecircutico ajuda tambeacutem a desmistificar a imagem de temor e por conseguinte

diminuir o medo e a ansiedade da crianccedila em relaccedilatildeo ao procedimento

A maioria dos acadecircmicos afirmou que natildeo houve oportunidade de utilizar o

brinquedo terapecircutico durante a graduaccedilatildeo apontando que somente tiveram a aula teoacuterica

mas natildeo utilizaram durante os ensinos praacuteticos e estaacutegios Nesse sentido eacute preciso pensar que

tatildeo importante como a apresentaccedilatildeo do conteuacutedo sobre o brinquedo terapecircutico eacute a postura

facilitadora e estimuladora da academia permitindo ao aluno vivenciar a accedilatildeo terapecircutica

desta intervenccedilatildeo visto que seria positivo tanto para a crianccedila quanto para o acadecircmico

Foi visto que a utilizaccedilatildeo do BT influenciaria em um tratamento mais humanizado e

atraumaacutetico para a crianccedila tornando-a mais colaborativa e contribuiria na desenvoltura e

assistecircncia do graduando diminuindo sua inseguranccedila e ajudando-o a mudar a visatildeo da

crianccedila sobre o profissional Aleacutem disso uma vez sensibilizados e capacitados para a

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico eles poderiam aplicaacute-lo e incentivar seu uso em seus

futuros locais de trabalho

Conclui-se que a realizaccedilatildeo deste estudo possibilitou ressaltar a importacircncia da

utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila pelos acadecircmicos de enfermagem

visto seus benefiacutecios para com o paciente a equipe de enfermagem e a famiacutelia Apesar do

consenso geral destes benefiacutecios o BT eacute subutilizado na formaccedilatildeo do enfermeiro uma vez

que os conhecimentos ficam retidos agrave parte teoacuterica Faz-se necessaacuteria a continuaccedilatildeo de

discussotildees sobre a temaacutetica em sala de aula vinculada a oportunidade de aplicaccedilatildeo da teacutecnica

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 50: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

50

do BT no Ensino Teoacuterico Praacutetico das disciplinas de Enfermagem na Sauacutede da Crianccedila e do

Adolescente para que esse aluno de graduaccedilatildeo seja capaz de implementaacute-la em seu ambiente

de trabalho considerando que cuidar com brinquedos eacute um dos meios mais eficientes de

assistir uma crianccedila

Como limitaccedilatildeo da pesquisa aponta-se a escassez de publicaccedilotildees para ampliaccedilatildeo da

discussatildeo dos achados pois ainda eacute incipiente o nuacutemero de artigos que trazem consigo as

implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem na assistecircncia agrave

crianccedila hospitalizada

Como contribuiccedilatildeo para a enfermagem pediaacutetrica esse estudo levanta uma discussatildeo

acerca da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de

enfermagem com o intuito de refletir sobre a importacircncia e eficaacutecia dessa terapecircutica agindo

na articulaccedilatildeo entre teoria e praacutetica com habilidades pedagoacutegicas necessaacuterias para motivar o

aluno de maneira efetiva bem como avaliar a necessidade de reformulaccedilotildees no curriacuteculo para

que possa atender agraves necessidades das crianccedilas que se encontram sob cuidados hospitalares

Contribuiu tambeacutem para o fortalecimento do Nuacutecleo de Pesquisa e Estudos em Sauacutede Integral

da Crianccedila e do Adolescente (NUPESICA) do Departamento Materno-Infantil e Psiquiaacutetrico

(MEP) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa ndash EEAACUFF o qual a pesquisa

estaacute vinculada

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

acadecircmicos de enfermagem na praacutetica assistencial da crianccedila hospitalizada Revista da

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 51: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

51

6 OBRAS CITADAS

AMTHAUER Camila SOUZA Tamires Patriacutecia Brinquedoteca Hospitalar a vivecircncia de

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 52: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 53: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

53

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71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

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1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

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72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 54: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

54

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59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 55: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

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1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv

Nurs v 52 n 1 2005

SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila

hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem

Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em

lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em

29 mai 2015

SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira

As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta

Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt

httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt

Acesso em 29 mai 2015

58

SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo

GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado

paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em

lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt

Acesso em 20 ago 2016

SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem

acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em

lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt

Acesso em 03 set 2015

SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes

SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva

Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo

Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)

354-8 Disponiacutevel em

lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-

dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016

SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata

Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer

infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de

brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012

Disponiacutevel em lt

httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29

jan 2016

VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza

Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn

Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-

contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-

e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016

59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 56: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

56

httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692001000200011gt

Acesso em 29 mai 2015

MELO Luciana de Lione TOLEDO Vanessa Pelegrino Vivecircncias de alunos de graduaccedilatildeo

de enfermagem utilizando o brinquedo no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Rev Soc Bras

Enferm Ped v12 n1 2012 Disponiacutevel em

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vivencias-de-alunos-de-graduacao-em-enfermagempdfgt Acesso em 4 nov 2016

MINAYO Maria Ceciacutelia de Souza O Desafio do Conhecimento Pesquisa Qualitativa em

Sauacutede 10 ed Satildeo Paulo Hucitec 2007 407 p

MITRE Rosa Maria de Arauacutejo GOMES Romeu A promoccedilatildeo do brincar no contexto da

hospitalizaccedilatildeo infantil como accedilatildeo de sauacutede Cogitare Enferm v 12 n 4 dezembro 2007

Disponiacutevel em lt httpwwwscielosporgpdfcscv9n119832pdfgt Acesso em 20 mai

2015

MURAKAMI Rose CAMPOS Claudinei Joseacute Gomes Importacircncia da relaccedilatildeo interpessoal

do enfermeiro com a famiacutelia de crianccedilas hospitalizadas Rev bras enferm v 64 n 2

2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-

71672011000200006gt Acesso em 21 jan 2016

OLIVEIRA Beatriz Rosana Gonccedilalves COLLET Neusa VIEIRA Claacuteudia Silveira A

humanizaccedilatildeo na assistecircncia agrave sauacutede Rev Latino-am Enfermagem v 14 n 2 abril 2006

Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdfrlaev14n2v14n2a19pdfgt Acesso em 29 mai

2015

OLIVEIRA Carolina Sampaio Brinquedo terapecircutico uma anaacutelise da produccedilatildeo literaacuteria dos

enfermeiros Gestatildeo e Sauacutede Brasilia Brasil v 2 n 1 p 190-205 2011 Disponiacutevel em

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2016

OLIVEIRA Clarissa Somogy MAIA Edmara Bazoni Soares BORBA Regina Issuzu

Hriooka RIBEIRO Circeacutea Amaacutelia Brinquedo terapecircutico na assistecircncia agrave crianccedila percepccedilatildeo

57

de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras

Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt

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pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016

OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA

Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V

Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em

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Acesso em 03 set 2015

SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva

Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin

Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com

afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP

jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em

02 nov 2016

SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu

1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv

Nurs v 52 n 1 2005

SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila

hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem

Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em

lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em

29 mai 2015

SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira

As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta

Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt

httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt

Acesso em 29 mai 2015

58

SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo

GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado

paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em

lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt

Acesso em 20 ago 2016

SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem

acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em

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Acesso em 03 set 2015

SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes

SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva

Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo

Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)

354-8 Disponiacutevel em

lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-

dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016

SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata

Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer

infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de

brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012

Disponiacutevel em lt

httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29

jan 2016

VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza

Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn

Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-

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e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016

59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 57: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

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de enfermeiros das unidades pediaacutetricas de um hospital universitaacuterio Rev Soc Bras

Enferm Ped v15 n1 2015 Disponiacutevel emlt

httpwwwsobeporgbrrevistaimagesstoriespdf-revistavol15-n1vol_15_n_2-artigo-de-

pesquisa-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016

OLIVEIRA Gislene Farias de DANTAS Francisco Danilson Cruz Dantas FONSEcircCA

Patriacutecia Nunes da O impacto da hospitalizaccedilatildeo em crianccedilas de 1 a 5 anos de idade In V

Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar Satildeo Paulo 2005 Disponiacutevel em

lthttppepsicbvsaludorgscielophppid=S1516-08582004000200005ampscript=sci_arttextgt

Acesso em 03 set 2015

SCHENKEL Isabel de Castro GARCIA Juacutelia Macruz BERRETTA Marina da Silva

Kleinubing SCHIVINSKI Camila Isabel dos Santos SILVA Maria Eduarda Merlin

Brinquedo terapecircutico como coadjuvante ao tratamento fisioterapecircutico de crianccedilas com

afecccedilotildees respiratoacuterias Revista Psicologia Teoria e Praacutetica 15(1) 130-144 Satildeo Paulo SP

jan-abr 2013 Disponiacutevel emlt httppepsicbvsaludorgpdfptpv15n111pdfgt Acesso em

02 nov 2016

SCHMITZ M E et al A enfermagem pediaacutetrica e puericultura Satildeo Paulo Atheneu

1989Shin H White-Traut R Nurse-child interaction on an inpatient pediatric unit J Adv

Nurs v 52 n 1 2005

SCHMITZ Silvana Machiavelli PICCOLI Marister VIERIA Claacuteudia Silveira A crianccedila

hospitalizada a cirurgia e o brinquedo terapecircutico uma reflexatildeo para a enfermagem

Ciecircncia cuidado e sauacutede Maringaacute v 2 n1 2003 Disponiacutevel em

lthttpojsuembrojsindexphpCiencCuidSaudearticleviewFile55703542gt Acesso em

29 mai 2015

SILVA Liliane Faria da CABRAL Ivone Evangelista CHRISTOFFEL Marialda Moreira

As (im)possibilidades de brincar para o escolar com cacircncer em tratamento ambulatorial Acta

Paul Enferm v 23 n3 2010 Disponiacutevel em lt

httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000300004gt

Acesso em 29 mai 2015

58

SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo

GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado

paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em

lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt

Acesso em 20 ago 2016

SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem

acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em

lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt

Acesso em 03 set 2015

SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes

SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva

Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo

Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)

354-8 Disponiacutevel em

lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-

dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016

SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata

Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer

infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de

brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012

Disponiacutevel em lt

httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29

jan 2016

VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza

Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn

Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-

contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-

e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016

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7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

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72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

61

8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

62

63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 58: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

58

SOARES Vanessa Albuquerque SILVA Liliane Faria da CURSINO Emiacutelia Gallindo

GOES Fernanda Garcia Bezerra O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado

paliativo de crianccedilas com cacircncer Rev Gauacutecha Enferm v 3 n35 2014 Disponiacutevel em

lthttpseerufrgsbrindexphpRevistaGauchadeEnfermagemarticleview4322431522gt

Acesso em 20 ago 2016

SOUSA L D et al A famiacutelia na unidade pediaacutetrica Percepccedilotildees da equipe de enfermagem

acerca da dimensatildeo cuidadora Cienc Enferm v 17 n2 2011 Disponiacutevel em

lthttpwwwscieloclscielophppid=S0717-95532011000200010ampscript=sci_arttextgt

Acesso em 03 set 2015

SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Caacutessio Cardoso BRITO Joeacutelia Cristina Antunes

SANTOS Ana Paula de Oliveira FONSECA Adeacutelia Dayane Guimaratildees LOPES Joanilva

Ribeiro SILVA Carla Silvana de Oliveira SOUZA Ana Augusta Maciel O Brinquedo

Terapecircutico e o luacutedico na visatildeo da equipe de enfermagem J Health Sci Inst 2012 30 (4)

354-8 Disponiacutevel em

lthttpswwwunipbrcomunicacaopublicacoesicsedicoes201204_out-

dezV30_n4_2012_p354a358pdfgt Acesso em 04 nov 2016

SOUZA Luiacutes Paulo Souza de SILVA Raiane Katielle Pereira AMARAL Renata

Guimaratildees SOUZA Ana Augusta Maciel de SILVA Carla Silvana de Oliveira Cacircncer

infantil sentimentos manifestados por crianccedilas em quimioterapia durante sessotildees de

brinquedo terapecircutico Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste v 13 n 3 2012

Disponiacutevel em lt

httpwwwrevistareneufcbrrevistaindexphprevistaarticleview736pdfgt Acesso em 29

jan 2016

VEIGA Manuela de Azevecircdo Biatildeo SOUSA Milena Carvalhal PEREIRA Rebeca Souza

Enfermagem e o brinquedo terapecircutico vantagens do uso e dificuldades Rev Eletrocircn

Atualiza Sauacutede v 03 n 03 2016 Disponiacutevel em lt httpatualizarevistacombrwp-

contentuploads201601Enfermagem-e-o-brinquedo-terapC3AAutico-vantagens-do-uso-

e-dificuldades-v-3-n-3pdfgt Acesso em 04 nov 2016

59

7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

60

72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

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8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

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63

  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 59: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

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7 APEcircNDICES

71 APEcircNDICE 1 - ROTEIRO DA ENTREVISTA

Identificaccedilatildeo (personagem de desenho animado)

Idade

Sexo Feminino ( ) Masculino ( )

1) O que vocecirc pensa sobre o uso do brinquedo terapecircutico

2) Alguma vez vocecirc utilizou o brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila durante a

graduaccedilatildeo Fale sobre isso

3) O que vocecirc acha do uso do brinquedo terapecircutico pelo acadecircmico de enfermagem

4) Como o acadecircmico de enfermagem pode utilizar desse instrumento para aprimorar a

qualidade da assistecircncia prestada ao paciente pediaacutetrico

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72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

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8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

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  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 60: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

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72 APEcircNDICE 2 ndash TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO Tiacutetulo do projeto ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo Pesquisador Responsaacutevel Liliane Faria da Silva e Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso Instituiccedilatildeo a que Pertence o Pesquisador Responsaacutevel Universidade Federal Fluminense Telefone para contato (21) 991928931 (24) 98827-5570 Nome do voluntaacuterio _____________________________ Idade _____ anos RG_______________ O(A) Sr (ordf) estaacute sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa ldquoO uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizadardquo de responsabilidade da pesquisadora Profordf Drordf Liliane Faria da Silva Os objetivos da pesquisa satildeo 1) Identificar o uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada pelos acadecircmicos de enfermagem durante a graduaccedilatildeo 2) Discutir as implicaccedilotildees do uso do brinquedo terapecircutico no cuidado agrave crianccedila hospitalizada na trajetoacuteria do acadecircmico de enfermagem Seratildeo realizadas entrevistas semiestruturadas Todo o material gerado que seraacute utilizado nesta pesquisa ficaraacute arquivado sob a guarda do pesquisador por 5 (cinco) anos em sua proacutepria residecircncia em uma pasta de arquivo pessoal destinada para essa finalidade e apoacutes esse periacuteodo todo material seraacute destruiacutedo Sua participaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e a qualquer momento vocecirc pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento ateacute a conclusatildeo da pesquisa prevista para dezembro de 2016 Sua recusa natildeo traraacute nenhum prejuiacutezo na sua relaccedilatildeo com o pesquisador ou com a instituiccedilatildeo que esta vinculado Vocecirc natildeo teraacute nenhum custo ou qualquer ganho financeiro Esta pesquisa pode oferecer riscos relacionados ao desenvolvimento da entrevista pois o assunto causar desconforto aos participantes caso se sinta incomodado com o tema nos avise e natildeo faremos ou iremos interromper a entrevista Quanto aos benefiacutecios esta pesquisa visa contribuir para reflexatildeo acerca da importacircncia da utilizaccedilatildeo do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem reconhecendo os benefiacutecios do mesmo com o propoacutesito de utilizaacute-lo de maneira a potencializar seu efeito Caso necessite poderatildeo ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de qualquer duacutevida acerca da pesquisa Poderaacute entrar em contato com as pesquisadoras para esclarecimentos pelos telefones (21) 991928931 (24) 98827-5570 Os participantes de pesquisa e comunidade em geral poderatildeo entrar em contato com o Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de MedicinaHospital Universitaacuterio Antocircnio Pedro para obter informaccedilotildees especiacuteficas sobre a aprovaccedilatildeo deste projeto ou demais informaccedilotildees e-mail eticavmuffbr telfax (21) 26299189 Os resultados da pesquisa seratildeo tornados puacuteblicos em trabalhos eou revistas cientiacuteficas Seraacute mantido o caraacuteter confidencial de todas as informaccedilotildees relacionadas a vocecirc para tanto codinomes de personagens para identificarmos os participantes da pesquisa Este documento seraacute elaborado em duas vias uma para vocecirc e a outra seraacute arquivada pelo pesquisador Eu_________________________________________________ RG nordm _________________ declaro ter sido informado e concordo em participar como voluntaacuterio do projeto de pesquisa acima descrito

Niteroacutei _____ de ____________ de _______

____________________________________ _________________________________________ Participante da pesquisa Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso

(Responsaacutevel por obter o consentimento)

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8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

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  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 61: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

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8 ANEXOS 81 ANEXO 1 - PARECER DO COMITEcirc DE EacuteTICA E PESQUISA

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  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 62: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

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  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955
Page 63: TCC Maria Clara Maria...B 277 Barroso, Maria Clara da Cunha Salomão. O uso do brinquedo terapêutico pelos acadêmicos de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada / Maria Clara

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  • B 277 Barroso Maria Clara da Cunha Salomatildeo
  • O uso do brinquedo terapecircutico pelos acadecircmicos de enfermagem no cuidado agrave crianccedila hospitalizada Maria Clara da Cunha Salomatildeo Barroso ndash Niteroacutei [sn] 2016
  • 63 f
  • Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense 2016
  • Orientador Profordf Liliane Faria da Silva
  • 1 Jogos e brinquedos 2 Crianccedila hospitalizada 3 Enfermagem pediaacutetrica I Tiacutetulo
  • CDD 64955