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HEPATITES VIRAIS Dra. Adriana Maria Alves De Tommaso Serviço de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica / FCM / UNICAMP

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HEPATITES VIRAIS

Dra. Adriana Maria Alves De Tommaso

Serviço de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica / FCM / UNICAMP

Definição

Vírus hepatotrópicos

A, B, C, D, E e G.

Variedade de manisfestações clínicas.

HEPATITES VIRAIS

FATOR HAV HBV HCV HDV HEV

Ácido nucleico RNA DNA RNA * RNA

Diagnóstico anti-HAV HBsAg anti-HCV anti-HDV anti-HEV

sorológico IgM

Principal via fecal-oral sangue sangue agulha água de transmissão

Caráter epidêmico S N N N S

Cronicidade N S S S N

Câncer hepático N S S S N

* RNA incompleto (presença necessita do HBV para replicação)

HEPATITE A

Características do vírus:

Picornaviridae

Sem envelope, RNA

1 sorotipo

Replicação nos hepatócitos ⇒ excreção fecal, via bile.

Sobrevive nas mãos e fômites, água, frutos do mar.

Resistente à congelação, detergentes e ácidos, mas é inativado por

formalina e cloro, bem como temperaturas >85º.

HEPATITE A

(Ferreira CT & Silveira TR, 1997; Brundage SC & Fitzpatrick NA, 2006.)

EPIDEMIOLOGIA: Distribuição universal.Transmissão: fecal-oral. Fatores de risco: Água e alimentos contaminados. Contato íntimo e prolongado com doente. Viagem para locais endêmicos. Cerca de 50% não tem fator de risco detectado.

HEPATITE A

(Ferreira CT & Silveira TR, 1997; Brundage SC & Fitzpatrick NA, 2006.)

EPIDEMIOLOGIA:

Variação sócioeconômica.

Brasil ⇒ alta endemicidade ⇒

* 90% adultos com anti-HVA.

* maioria das crianças imunes aos 10 anos.

HEPATITE A

(Ferreira CT & Silveira TR, 1997; Brundage SC & Fitzpatrick NA, 2006.)

ALTAALTA/INTERM

INTERMEDIÁRIA

BAIXA

MUITO BAIXA

Incubação: 15 a 50 dias. Pico de infectividade ⇒ excreção viral: 2

semanas que precedem a icterícia. Presença e gravidade dos sintomas ⇒

idade: 70% adultos – sintomas 30% crianças <6 anos – inespecíficos e sem

icterícia.

HEPATITE A

(Ferreira CT & Silveira TR, 1997; Brundage SC & Fitzpatrick NA, 2006.)

Formas Atípicas:

Bifásica ou recorrente.

Fulminante: 0,01 a 0,5%.

Com manifestações extrahepáticas (colecistite

acalculosa, pancreatite, anemia aplásica, encefalite,

artralgia, necrose tubular renal, síndrome nefrótica).

Colestática: icterícia >12sem, prurido.

Desencadeante de Hepatite auto-imune.

HEPATITE A

Tratamento sintomático

Profilaxia

Medidas gerais

Imunização: vírus

inativado; 100%

soroconversão após 2 doses.

HEPATITE A

HEPATITE E

Estrutura do vírus:

Caliciviridae, sem envelope, RNA.

partículas virais detectadas nas

fezes, bile e no soro.

1 sorotipo.

Transmissão fecal-oral.

Epidemias ou casos esporádicos em áreas endêmicas.

HEPATITE E

Ferreira CT & Silveira TR, 1997

EPIDEMIOLOGIA:

1980-1990 ⇒ sorologia ⇒ Ásia e África.

1990 (Velazques et al.) - 2 epidemias – México.

América do Sul:

incidência e prevalência ???

condições socioeconômicas propícias

HEPATITE E

Ferreira CT & Silveira TR, 1997

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA HEPATITE E

Idade preferencial: 15-40 anos.

Período de incubação: 2-9 semanas.

Mais característico ⇒ alta mortalidade (20%) em grávidas.

Quadro clínico:Agudo e auto-limitado.

Frequência de casos anictéricos ou subclínicos não é conhecida.

HEPATITE E

Ferreira CT & Silveira TR, 1997

Não há documentação de viremia

persistente ou cronicidade.

Diagnóstico: sorologia, PCR (soro e fezes).

Tratamento sintomático.

Não há imunoprofilaxia.

HEPATITE E

Ferreira CT & Silveira TR, 1997

HEPATITE B

VÍRUS DA HEPATITE B (VHB)

Hepadnaviridae DNA ⇒ 4 genes ⇒S, C, P e X.

VÍRUS DA HEPATITE B (VHB)

Gen S e fração pré-S: Proteínas da camada externa,

não infecciosa ⇒ HBsAg.

Gen C: Proteínas do núcleo,

infectantes ⇒ HBcAg. + gen pré-C ⇒ proteína

precursora do Ag E ⇒ HBeAg.

Gen P: Atividade da HBV-DNA polimerase.

Gen X: Proteína X ⇒ papel na regulação da expressão

Estimativa de 350 milhões de portadores crônicos do VHB. 500.000 a 1,2 milhões de óbitos/ano. 320.000 óbitos/ano por carcinoma

hepatocelular. Brasil - prevalência baixa no sul, intermediária

no norte e centro-oeste e elevada na Amazônia Ocidental.

OMS, 2004

EPIDEMIOLOGIA

Distribuição Geográfica da Infecção Crônica pelo VHB

Prevalências do HBsAg ≥ 8% - ALTA

2-7%- INTERMEDIÁRIA < 2% - BAIXA 2006

Idade de Aquisição das Infecções Agudas e Crônicas pelo VHB nos EUA (1989)

24%

12%

6%

58%

84%

4%4% 8%

Infecções Agudaspelo VHB

Infecções Crônicaspelo VHB

ADULTOS ADOLESCENTES CRIANÇAS (1-10a) PERINATAL

Exposição parenteral a sangue e derivados

Drogas EV

Atividade sexual

Exposição ocupacional a sangue

Transmissão vertical ⇒ mãe HBsAg e HBeAg(+)

Transmissão horizontal

40% sem fatores identificáveis

TRANSMISSÃO

Ferreira CT & Silveira TR, 1997

Hepatite B - Aspectos Clínicos

Período de Incubação: Médio: 60-90 dias(45-180 dias)

Doença clínica (icterícia): <5 anos: <10%≥5 anos: 30-50%

Mortalidade na fase aguda: 0.5 -1%Infecção crônica: <5 anos: 30-90%

≥5 anos: 2-10%

HBsAg Anti-HBc IgG Anti-HBc IgM HBeAG Anti-HBe Anti-HBs

Imunização NEGATIVO NEGATIVO NEGATIVO NEGATIVO NEGATIVO POSITIVO

Infecção prévia NEGATIVO POSITIVO NEGATIVO NEGATIVO NEGATIVO POSITIVO

Infecção aguda POSITIVO POSITIVO POSITIVO POSITIVO NEGATIVO NEGATIVO

"Período de janela" durante recuperação da infecção aguda

NEGATIVO POSITIVO POSITIVO NEGATIVO NEGATIVO NEGATIVO

Infecção crônica com replicação

POSITIVO POSITIVO NEGATIVO POSITIVO NEGATIVO NEGATIVO

Infecção crônica sem replicação ou portador crônico

POSITIVO POSITIVO NEGATIVO NEGATIVO POSITIVO NEGATIVO

Hepatite B - QUADRO CLÍNICO

Maioria é diagnosticada sem apresentar sintomas.

Hepatite aguda: adultos ⇒ febre, calafrio, anorexia, náuseas, mal-estar. Pode se acompanhar de icterícia e leve hepatomegalia.

Hepatite crônica: permanência no organismo acima de 6 meses.

HEPATITE B

Diagnóstico: sorologia.

Hepatite fulminante: 1% casos que

desenvolvem infecção aguda sintomática.

Manifestações extrahepáticas: raras ⇒poliarterite nodosa, síndrome nefrítica, rush, artralgias.

Buccolo LS, 2005.

VACINA: DNA recombinante

Induzem formação de anti-HBs

3 doses: 0-1-6m

Altamente imunogênica

Níveis séricos de anti-HBsAg caem com o tempo.

Consenso Europeu sobre Imunidade para Hepatite B (2000)

Mãe com HepB ⇒ vacina (0,5ml, IM) +

HBIG (0,5ml, IM) nas

PRIMEIRAS 12 HORAS DE VIDA

HEPATITE D

Característica do vírus:

defectivo, envelope vírus B, RNA.

infecção pelo HBV.

Co-infecção: HBV + HDV no mesmo paciente, ao

mesmo tempo.

Superinfecção: HDV em portador crônico do HBV.

HEPATITE D

Ferreira CT & Silveira TR, 1997

EPIDEMIOLOGIA:Transmissão parenteral e sexual.

América do Sul ⇒ Amazônia.

QUADRO CLÍNICO:Assintomática com resolução total.

Hepatite Fulminante.

Rápida progressão para crônica.

Vacina para o HBV previne a infecção pelo HDV.

HEPATITE D

Ferreira CT & Silveira TR, 1997

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO VÍRUS D

ALTA

INTERM.

BAIXA

MUITO BAIXA

SEM DADOS

HEPATITE C

Vírus da Hepatite C (VHC)

1989: hepatite não-A, não-B.Pequena partícula com

envelope, RNA.Flaviviridae. 6 genótipos: América – 1.

Estimativa de 100 a 200 milhões de

infectados no mundo.

Prevalência varia nas populações:

0,2-7%: norte da Europa e EUA

1-2%: sul da Europa e Japão.

HEPATITE C

2006

Exposição a hemoderivados Drogas EV e cocaína intra-nasalHemodiálise Lesões com agulhas e objetos cortantes Transmissão vertical Leite materno? Transmissão sexual Transmissão intra-familiar 10% desconhecida

HEPATITE C - TRANSMISSÃO

TAXA DE TRANSMISSÃO VERTICAL (5%-9%)

(Dal molin et al., 2002; Hardikar et al., 2002;Tajiri, 2001)

FATORES QUE AUMENTAM O RISCO (Dinsmoor, 2001; Tajiri, 2001)

Infecção concomitante com HIV

HEPATITE C - TRANSMISSÃO

Sintomatologia no 1o ano de vida – ausente.

Elevação das aminotransferases - 90% dos

casos no primeiro ano de vida.

1-10 anos – 12% negativação da viremia e função

hepática normal, 10% viremia positiva e função

hepática normal.

Estudo Multicêntrico Europeu

HEPATITE C - VERTICAL

ASPECTOS CLÍNICOS

Período de Incubação:

Média= 6-7 semanas

(2-26 semanas)

Doença Clínica : 13%

HEPATITE AGUDA

CURA (< 50%) PORTADOR CRÔNICO (> 50%)

HEPATITE CRÔNICA (>50%)

CIRROSE (20%)HCC ( 5%)

EVOLUÇÃO

Aminotransferases.

Sorologias (ELISA I/II/III, RIBA) ⇒ anti-

VHC detectado após 1-2 meses de doença.

PCR para detecção do RNA.

LABORATÓRIO

Infecção pelo VHC Padrão Sorológico Típico

Sintomas

Tempo apósExposição

Títu

loanti-HCV

ALT

Normal0 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4

AnosMeses

[email protected]

Obrigada pela

paciência!!