simulado ufpa

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LÍNGUA PORTUGUESA Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 5. CORDIALIDADE FAMILIONÁRIA 1 Almoço de domingo em um luxuoso restaurante de São Paulo. Mulheres, maridos, crianças, 2 adolescentes, avós e sogras, todos - cada um a seu modo - obedecem às regras contemporâneas da 3 diferença social. Ou seja, ostentam qualquer coisa para afirmar, confirmar e comunicar ao mundo a classe 4 social da qual querem fazer parte. 5 No conjunto, de qualquer forma, a ostentação é discreta. O Brasil ajuda: afinal, ninguém sai de casa 6 piscando joias como uma árvore de Natal - é perigoso. A ostentação passa mais nas conversas. O pessoal 7 briga sussurrando, chora atrás de óculos escuros, mas levanta a voz quando se trata de contar as últimas 8 férias, o barco, o "apê" em Paris. 9 Até aqui, nada de especificamente brasileiro. A modernidade liberal é ostentatória por definição. 10 Para que o sistema funcione, não somos quase nada por essência ou por nascença. Passamos a existir só 11 no olhar dos outros. Portanto, é preciso ostentar: bens, inteligência, saber, humor, até espírito crítico ou 12 insatisfação. Qualquer coisa que nos qualifique e, assim, dividindo e compondo grupos, ordene a sociedade. 13 Rapidamente, esse juízo estético-moral negativo se tornou banal: um verdadeiro traço do espírito moderno. 14 Achar nosso mundo vulgar virou um modo de parecer diferente, quem sabe meio nobre. É, em suma, uma 15 vulgaridade a mais. 16 Os europeus, por exemplo, acham os americanos (todos, norte e sul-americanos) vulgares. 17 É a maneira de se afirmarem como uma espécie de aristocracia do mundo ocidental. Na verdade, é 18 bem possível que essa mesma presunção seja a maior vulgaridade europeia. 19 Resta que o continente americano nasceu com a modernidade e por isso mesmo não despreza os 20 novos-ricos. Na casa do liberalismo moderno valemos o que mostramos: portanto, somos todos novos-ricos. 21 O Brasil, em particular, apesar de sua modernização tardia, chegou a inventar um eufemismo para poupá- 22 los: os emergentes. 23 Os emergentes da última hora são sempre um pouco cômicos. Por mais que decorem Costanza 24 Pascolato ou Glória Kalil, são traídos pela pressa, pelo excesso e pela sede infinita de reconhecimento. Mas 25 todas essas são vulgaridades aceitáveis, inerentes à nossa cultura. 26 Então, por que diabos, nesse restaurante paulista, sigo achando que uma parte de meus vizinhos 27 são vulgares a ponto de me causar mal-estar? 28 É algo que não concerne à ostentação. Meu mal-estar tem a ver com a maneira amigável com que 29 eles tratam os garçons. Na verdade, quanto mais eles parecem cordiais, mais eu acho eles vulgares. 30 Há um famoso exemplo de ato falho, narrado por Freud. Alguém quer dizer que foi tratado 31 amigavelmente por um homem muito mais rico do que ele e comenta: Me tratou de maneira "familionária". O 32 que deixa pensar que, atrás da familiaridade, o sujeito percebera a condescendência paternalista e a 33 distância de classe. Pois bem, talvez os brasileiros, por serem cordiais, se tratem com simpática. 34 familiaridade Mas a cordialidade da classe média com os subordinados é "familionária". 35 Já foi notado várias vezes que a cordialidade nacional é uma pantomima comunitária que quer 36 esconder a crueldade das diferenças sociais. Uma maneira de amenizar a contradição social para deixá-la 37 por mais um tempo irresoluta. 38 Agora o país parece adotar as modalidades liberais da diferença social, isto é, nos dividimos em 39 grupos e classes segundo riquezas e qualidades ostentadas. Viva a modernidade! Mas esse tipo de divisão 40 social normalmente pressupõe que condições mínimas de mobilidade social sejam garantidas a todos. Sem 41 isso, a cordialidade - que já era hipócrita - vira gozação. Uma espécie de piada obscena permanente. Somos 42 modernos, globais, "jet-séticos" e, com isso, "benevolentes", cordiais donos de engenho. 43 No mesmo domingo, jantar em outro restaurante. Somos os últimos. Os garçons, exaustos depois do 44 dia interminável, esperam apoiados contra as paredes. Quero ir embora, mas alguns amigos insistem, eles 45 são conhecidos no restaurante: "Carlinhos, tem problema, dá pra ficar mais um pouco?". E Carlinhos, 46 naturalmente, diz que não: "Imagiiinaa". 47 Sinto as dores dos sapatos baratos, os calos imemoriais de quem serviu as mesas desde a manhã. 48 Penso nos contratos de trabalho fajutos, nas horas extras nunca, ou mal pagas - ainda menos em plena crise 49 do emprego. "Amigo, traz mais uma água para a gente?". Mas qual amigo? (Contardo Calligaris. Folha de São Paulo - Folhailustrada, 12/04/1999. Adaptação)

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foi-se o tempo da ufpa, agora é só enem, mas da pra treinar por essas questões

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  • LNGUA PORTUGUESA

    Leia o texto abaixo para responder s questes de 1 a 5.

    CORDIALIDADE FAMILIONRIA

    1 Almoo de domingo em um luxuoso restaurante de So Paulo. Mulheres, maridos, crianas,

    2 adolescentes, avs e sogras, todos - cada um a seu modo - obedecem s regras contemporneas da

    3 diferena social. Ou seja, ostentam qualquer coisa para afirmar, confirmar e comunicar ao mundo a classe

    4 social da qual querem fazer parte.

    5 No conjunto, de qualquer forma, a ostentao discreta. O Brasil ajuda: afinal, ningum sai de casa 6 piscando joias como uma rvore de Natal - perigoso. A ostentao passa mais nas conversas. O pessoal

    7 briga sussurrando, chora atrs de culos escuros, mas levanta a voz quando se trata de contar as ltimas

    8 frias, o barco, o "ap" em Paris.

    9 At aqui, nada de especificamente brasileiro. A modernidade liberal ostentatria por definio.

    10 Para que o sistema funcione, no somos quase nada por essncia ou por nascena. Passamos a existir s

    11 no olhar dos outros. Portanto, preciso ostentar: bens, inteligncia, saber, humor, at esprito crtico ou

    12 insatisfao. Qualquer coisa que nos qualifique e, assim, dividindo e compondo grupos, ordene a sociedade.

    13 Rapidamente, esse juzo esttico-moral negativo se tornou banal: um verdadeiro trao do esprito moderno.

    14 Achar nosso mundo vulgar virou um modo de parecer diferente, quem sabe meio nobre. , em suma, uma

    15 vulgaridade a mais.

    16 Os europeus, por exemplo, acham os americanos (todos, norte e sul-americanos) vulgares.

    17 a maneira de se afirmarem como uma espcie de aristocracia do mundo ocidental. Na verdade,

    18 bem possvel que essa mesma presuno seja a maior vulgaridade europeia.

    19 Resta que o continente americano nasceu com a modernidade e por isso mesmo no despreza os

    20 novos-ricos. Na casa do liberalismo moderno valemos o que mostramos: portanto, somos todos novos-ricos.

    21 O Brasil, em particular, apesar de sua modernizao tardia, chegou a inventar um eufemismo para poup-

    22 los: os emergentes.

    23 Os emergentes da ltima hora so sempre um pouco cmicos. Por mais que decorem Costanza

    24 Pascolato ou Glria Kalil, so trados pela pressa, pelo excesso e pela sede infinita de reconhecimento. Mas

    25 todas essas so vulgaridades aceitveis, inerentes nossa cultura.

    26 Ento, por que diabos, nesse restaurante paulista, sigo achando que uma parte de meus vizinhos

    27 so vulgares a ponto de me causar mal-estar?

    28 algo que no concerne ostentao. Meu mal-estar tem a ver com a maneira amigvel com que

    29 eles tratam os garons. Na verdade, quanto mais eles parecem cordiais, mais eu acho eles vulgares.

    30 H um famoso exemplo de ato falho, narrado por Freud. Algum quer dizer que foi tratado

    31 amigavelmente por um homem muito mais rico do que ele e comenta: Me tratou de maneira "familionria". O

    32 que deixa pensar que, atrs da familiaridade, o sujeito percebera a condescendncia paternalista e a

    33 distncia de classe. Pois bem, talvez os brasileiros, por serem cordiais, se tratem com simptica.

    34 familiaridade Mas a cordialidade da classe mdia com os subordinados "familionria".

    35 J foi notado vrias vezes que a cordialidade nacional uma pantomima comunitria que quer

    36 esconder a crueldade das diferenas sociais. Uma maneira de amenizar a contradio social para deix-la

    37 por mais um tempo irresoluta.

    38 Agora o pas parece adotar as modalidades liberais da diferena social, isto , nos dividimos em

    39 grupos e classes segundo riquezas e qualidades ostentadas. Viva a modernidade! Mas esse tipo de diviso

    40 social normalmente pressupe que condies mnimas de mobilidade social sejam garantidas a todos. Sem

    41 isso, a cordialidade - que j era hipcrita - vira gozao. Uma espcie de piada obscena permanente. Somos

    42 modernos, globais, "jet-sticos" e, com isso, "benevolentes", cordiais donos de engenho.

    43 No mesmo domingo, jantar em outro restaurante. Somos os ltimos. Os garons, exaustos depois do

    44 dia interminvel, esperam apoiados contra as paredes. Quero ir embora, mas alguns amigos insistem, eles

    45 so conhecidos no restaurante: "Carlinhos, tem problema, d pra ficar mais um pouco?". E Carlinhos,

    46 naturalmente, diz que no: "Imagiiinaa".

    47 Sinto as dores dos sapatos baratos, os calos imemoriais de quem serviu as mesas desde a manh.

    48 Penso nos contratos de trabalho fajutos, nas horas extras nunca, ou mal pagas - ainda menos em plena crise

    49 do emprego. "Amigo, traz mais uma gua para a gente?". Mas qual amigo?

    (Contardo Calligaris. Folha de So Paulo - Folhailustrada, 12/04/1999.

    Adaptao)

  • Questo 1

    Sobre a modernidade liberal ostentatria, segundo o trecho

    "At aqui, nada de especificamente brasileiro. A

    modernidade liberal ostentatria por definio. Para

    que o sistema funcione, no somos quase nada por

    essncia ou por nascena. Passamos a existir s no

    olhar dos outros." (linhas 09 a 11),

    pode-se concluir que

    (A) a modernidade faz parte da natureza humana.

    (B) os seres humanos dependem da aprovao dos outros

    para fazer escolhas.

    (C) a modernidade liberal um trao da humanidade, no

    dos brasileiros, uma vez que no Brasil perigoso sair

    "piscando joias".

    (D) o fato de a modernidade liberal ser ostentatria lhe

    confere um carter de exceo, ou seja, no lhe

    representa um trao constitutivo.

    (E) os seres humanos so autnomos, independentes, no que se refere a gosto, estilo, logo, a individualidade

    prevalece quando o assunto ostentar um produto

    adquirido, ou escolher a marca desse produto.

    Questo 2

    H vrios trechos nos quais so utilizados os vocbulos vulgar, vulgaridade(s), vulgares. Observe-os sublinhados:

    "Achar nosso mundo vulgar virou um modo de parecer

    diferente, quem sabe meio nobre. , em suma, uma

    vulgaridade a mais.

    Os europeus, por exemplo, acham os americanos

    (todos, norte e sul-americanos) vulgares." (linhas 14 a 16)

    " a maneira de se afirmarem como uma espcie de

    aristocracia do mundo ocidental. Na verdade, bem

    possvel que essa mesma presuno seja a maior

    vulgaridade europeia." (linhas 17 e 18)

    "Os emergentes da ltima hora so sempre um pouco

    cmicos. Por mais que decorem Costanza Pascolato ou

    Glria Kalil, so trados pela pressa, pelo excesso e pela

    sede infinita de reconhecimento. Mas todas essas so

    vulgaridades aceitveis, inerentes nossa cultura." (linhas

    23 a 25)

    "Ento, por que diabos, nesse restaurante paulista,

    sigo achando que uma parte de meus vizinhos so

    vulgares a ponto de me causar mal-estar?

    algo que no concerne ostentao. Meu mal-estar

    tem a ver com a maneira amigvel com que eles tratam os

    garons. Na verdade, quanto mais eles parecem cordiais,

    mais eu acho eles vulgares." (linhas 26 a 29)

    Considerando-se o texto, entende-se que ser vulgar

    significa ser: (A) de baixo nvel intelectual prioritariamente; o caso

    dos emergentes, muitas vezes analfabetos, mas ricos. (B) de classe desprivilegiada financeiramente; o

    caso dos vizinhos que pedem para permanecer mais tempo no restaurante. (C) de classe desprivilegiada financeiramente; o

    caso dos garons do restaurante. (D) uma espcie de aristocrata do mundo ocidental;

    assumindo uma postura de homem europeu. (E) comum, trivial, ordinrio; assumindo, para alguns, uma equivocada significao de ser diferente.

    Questo 3

    De acordo com o posicionamento do autor, a cordialidade da

    classe mdia com os subordinados "familionria". Isso quer

    dizer que esse tipo de cordialidade um(a)

    (A) atitude educada, respeitosa, condescendente.

    (B) atitude ridcula, cmica, imediatamente percebida

    como gozao.

    (C) atitude hipcrita, que pretende amenizar o abismo

    social a fim de deix-lo mais tempo sem resoluo.

    (D) comportamento indelicado, evidentemente

    percebido como "falta de educao".

    (E) comportamento de "mau gosto", geralmente percebido

    como "piada obscena".

    Questo 4

    Analise os trechos abaixo.

    I. "Mulheres, maridos, crianas, adolescentes, avs e sogras, todos - cada um a seu modo - obedecem s regras

    contemporneas da diferena social. Ou seja, ostentam

    qualquer coisa para afirmar, confirmar e comunicar ao

    mundo

    a classe social da qual querem fazer parte." (linhas 01 a

    04)

    II. "J foi notado vrias vezes que a cordialidade nacional

    uma pantomima comunitria que quer esconder a

    crueldade das diferenas sociais. Uma maneira de

    amenizar a contradio social para deix-la por mais um

    tempo irresoluta." (linhas 35 a 37)

    III. Agora o pas parece adotar as modalidades liberais da

    diferena social, isto , nos dividimos em grupos e

    classes segundo riquezas e qualidades ostentadas.

    (linhas 38 e 39)

    IV. "Quero ir embora, mas alguns amigos insistem, eles so

    conhecidos no restaurante: "Carlinhos, tem problema, d

    pra ficar mais um pouco?". E Carlinhos, naturalmente, diz

    que no: "Imagiiinaa". (linhas 44 a 46)

    Os trechos destacados que exemplificam o recurso da

    parfrase para esclarecer ideias so

    (A) I, II e III.

    (B) I, II e IV.

    (C) II e IV.

    Questo 5

    O trecho em que o segmento assinalado expressa a causa de

    um fato

    (A) "Para que o sistema funcione, no somos quase nada

    por essncia ou por nascena." (linha 10)

    (B) "Os europeus, por exemplo, acham os americanos

    (todos, norte e sul-americanos) vulgares." (linha 16)

    (C) "Por mais que decorem Costanza Pascolato ou Glria

    Kalil, so trados pela pressa, pelo excesso e pela

    sede infinita de reconhecimento." (linhas 23 e 24)

    (D) "Pois bem, talvez os brasileiros, por serem cordiais, se

    tratem com simptica familiaridade. Mas a cordialidade

    da classe mdia com os subordinados "familionria".

    (linhas 33 e 34)

    (E) "Uma maneira de amenizar a contradio social para deix-la por mais um tempo irresoluta." (linhas 36 a 37)

    (D) II, III e IV.

    (E) III e IV.

  • Questo 6

    A Orquestra Sinfnica do Theatro da Paz (OSTP)

    composta por msicos de quatro naipes de instrumentos

    distintos: cordas, sopro de metais, sopro de madeiras e

    percusso. Ela conta com 27 msicos de cordas, 11 de

    metais, 8 de madeiras e 4 de percusso. No caso de se

    desejar ampliar a orquestra, de modo que ela passe a ter 150

    msicos e tal que os naipes de instrumentos mantenham a

    mesma proporo entre eles, o nmero de msicos de cordas

    e o nmero de msicos de metais passariam a ser,

    respectivamente,

    (A) 54 e 22.

    (B) 60 e 30.

    (C) 50 e 20.

    (D) 82 e 40.

    (E) 81 e 33.

    Questo 7

    O grfico abaixo apresenta a incidncia de tuberculose, de

    1990 a 2006, em quatro pases lusfonos, Angola, Brasil,

    Moambique e Portugal, segundo dados da Organizao

    Mundial de Sade.

    Com Com base neste grfico, INCORRETO afirmar:

    (A) Brasil e Portugal apresentaram comportamentos

    parecidos, com queda aproximadamente linear em

    seus ndices.

    (B) No perodo de 1990 a 2006, dos quatro pases,

    Moambique foi o que apresentou maior crescimento

    de incidncia relativa de tuberculose.

    (C) Nos ltimos trs anos do levantamento, de 2004 a

    2006, Brasil e Portugal apresentaram diminuio da

    incidncia relativa de casos de tuberculose, enquanto

    Angola e Moambique apresentaram crescimento do

    ndice.

    (D) No incio do perodo estudado, dos quatro pases,

    Angola era o pas que apresentava maior ndice de

    incidncia, mas foi largamente ultrapassado por

    Moambique, cujo ndice aproximadamente dobrou

    na dcada de 90.

    (E) Em 2006, o ndice de incidncia de tuberculose em

    Angola era superior ao quntuplo do ndice brasileiro,

    enquanto o ndice de Moambique era superior a oito

    vezes o ndice do Brasil.

    Questo 8

    Uma companhia de telefonia celular deseja instalar trs torres de transmisso de sinal para delimitar uma regio triangular com 600 Km2 de rea, de tal modo que a primeira torre se localize a 32 Km a leste e 60 Km ao norte da central de distribuio mais prxima, e a segunda torre se localiza a 70 Km a leste e 100 Km ao norte da mesma central de distribuio. Sabendo-se que a terceira torre deve localizar-se a 20 Km ao norte desta central de distribuio, correto afirmar que a posio a leste da terceira torre : (A) 131 Km. (C) 102 Km. (E) 35 Km.

    (B) 65 Km. (D) 24 Km.

    Questo 9

    Em 2007, um negociante de arte

    novaiorquino vendeu um quadro a

    um perito, por 19.000 dlares. O

    perito pensou tratar-se da obra hoje

    conhecida como La Bella

    Principessa, de Leonardo Da

    Vinci, o que, se comprovado,

    elevaria o valor da obra a cerca de

    150 milhes de dlares.

    Uma das formas de se verificar a autenticidade da obra

    adquirida seria atestar sua idade usando a datao por

    Carbono 14. Esse processo consiste em se estimar o tempo a

    partir da concentrao relativa de Carbono 14 (em relao

    quantidade de Carbono 12) em uma amostra de algum

    componente orgnico presente na obra.

    Considere as seguintes afirmaes sobre essa

    verificao de autenticidade da obra:

    I. A concentrao de carbono dada por uma funo

    do tipo C(t) = C0.ek.t

    , com C0 e k constantes

    positivas;

    II. A meia-vida do carbono 14 5.700 anos, ou seja, a

    concentrao se reduz metade aps 5.700 anos:

    III. Na anlise da obra de arte, verificou concentrao

    de carbono era 95,25%, isto , que C(t ) =

    0,9525.C0 .

    Tendo por base as informaes acima e considerando que

    log2 (0,9525) @ -0,0702, correto afirmar que a idade da

    obra (t) , aproximadamente,

    (A) 200 anos.

    (B) 300 anos.

    (C) 400 anos.

    (D) 500 anos.

    (E) 600 anos.

  • Questo 10

    Uma partcula inicia um movimento oscilatrio harmnico

    ao longo de um eixo ordenado, de amplitude igual a 5

    unidades e centrado na origem, de modo que a sua posio pode ser descrita, em funo do tempo em

    segundos, pela funo

    f(t) = 5cos(t).

    Ao mesmo tempo, uma outra partcula inicia um

    movimento tambm harmnico, centrado em 3, de

    amplitude igual a 1 e com o dobro da frequncia da

    primeira partcula, de modo que sua posio descrita

    pela funo

    g(t) = cos(2t) + 3.

    Acerca da posio relativa das duas partculas,

    CORRETO afirmar que

    (A) elas se chocaro no instante

    (B) elas se chocaro no instante

    (C) elas se chocaro no instante

    (D) elas se chocaro no instante

    (E) elas no se chocaro.

    Questo 11

    O trecho acima foi retirado da primeira Carta Pastoral de D.

    Antonio de Macedo Costa, bispo do Par entre 1861 e 1889 e

    um dos principais representantes do processo de

    Romanizao da Igreja catlica brasileira na segunda metade

    do sculo XIX.

    "O simples fiel, unido ao pastor de sua parquia, se acha

    por isto mesmo unido ao bispo, o qual se acha unido ao

    Papa, o qual se acha unido a Jesus Cristo, o qual se acha

    unido a Deus. Tal a ordem divinamente estabelecida".

    (Arquivo da Arquidiocese de Belm. Portarias

    e Circulares, 1861-1862, p. 6 v.)

    Com base na concepo de Igreja esboada acima e no

    conhecimento sobre o assunto em questo, pode-se definir o

    processo de romanizao como uma tentativa de a Igreja

    Catlica:

    (A) aproximar o catolicismo brasileiro das diretrizes da

    Santa S, sediada em Roma, visando limitar a

    autonomia usufruda pelos adeptos do catolicismo

    popular.

    (B) fortalecer o catolicismo popular, diminuindo a extrema

    dependncia dos devotos com relao aos padres na

    realizao das celebraes religiosas.

    (C) promover a abertura do catolicismo brasileiro para

    outras religies, fato fundamental para o fim do

    Padroado aps a proclamao da Repblica.

    (D) combater, de forma estratgica, os avanos da

    Teologia da Libertao entre os devotos paraenses.

    (E) aproximar o catolicismo brasileiro das prticas

    religiosas dos devotos habitantes de Roma ou

    romanos, da o termo "romanizao".

    Questo 12

    Em 1888, Juvenal Tavares, militante no abolicionismo

    paraense, publicou uma srie de poemas em comemorao

    abolio da escravido no Brasil. Os versos a seguir so de

    um desses poemas.

    "A ti, vil senhor, hoje o que resta? O que te

    resta, pfia criatura, Que passavas a vida,

    rindo, em festa? Toma da enxada e cava a

    terra dura; Come o po com o suor da tua

    testa; In fe l i z , acabou-se a escravatura!"

    (Juvenal Tavares, A um escravocrata. In:

    Versos antigos e modernos. Par: Typ. de

    A. F. da Costa, 1889, p. 27).

    Com base na leitura dos versos transcritos e no

    conhecimento sobre o abolicionismo, correto afirmar que

    (A) os poetas e os intelectuais formaram a classe dirigente

    do processo abolicionista no Brasil e no Par.

    (B) a poesia abolicionista foi um canal de expresso de

    grupos letrados contra a continuidade da escravido

    no pas.

    (C) os artistas se utilizaram do tema da abolio da

    escravido para conquistar a mdia da poca e

    alcanar o sucesso.

    (D) o abolicionismo foi um movimento de carter

    econmico, pois queria apenas tirar o pas do atraso

    diante das outras naes.

    (E) os intelectuais defendiam que os senhores

    ocupassem o lugar dos escravos no trabalho da

    terra e que os escravos passassem a viver na

    casa-grande.

    Questo 13

    Hyacinthe Rigaud foi um artista francs que pintou a mais

    conhecida tela com a imagem do rei Lus XIV, da Frana.

    (Retrato de Lus XIV (1701), de Hyacinthe

    Rigaud, Museu do Louvre, Paris)

    Entre os inmeros smbolos mostrados no quadro est a flor-

    de-lis, uma figura herldica muito associada monarquia e

    aos reis franceses. Com base na leitura da imagem acima e

    nos conhecimentos sobre o absolutismo europeu, correto

    afirmar:

  • (A) Lus XIV foi um rei perdulrio apenas interessado

    na moda, na vida ftil da corte e na riqueza de seus

    palcios, avesso que era aos negcios de Estado

    ou vida poltica.

    (B) A palavra lis uma contrao de "Louis", nome de

    Lus XIV, o primeiro a utilizar o smbolo da flor-de-lis

    no reino da Frana.

    (C) Na mo direita est o cetro; no lado esquerdo, a

    espada; sobre a almofada, a coroa real, como

    smbolos de autoridade, poder e legitimidade.

    (D) O trono real com dossel foi criado por Lus XIV para

    representar a posio mxima do poder

    monrquico francs.

    (E) A riqueza de mobilirio, joias e tecidos

    importados da Itlia e de Flandres

    caracterizaram o estilo Lus XIV.

    Questo 14

    Com a Lei de 25 de maro de 1570, a Coroa portuguesa

    procurou regulamentar a escravido indgena,

    determinando duas situaes em que tal prtica seria

    considerada legtima: "Guerra Justa" e "tropas de resgate".

    No entanto, colonos e missionrios deveriam provar diante

    das autoridades coloniais a legitimidade do cativeiro, a fim

    de evitar abusos. Sobre esse contexto, correto afirmar:

    (A) Contrrios escravido indgena, os missionrios

    fiscalizavam rigorosamente as aes dos colonos;

    apenas eram aprisionados ndios em situao de

    guerra justa ou tropa de resgate.

    (B) Sabendo que a ao fiscalizadora da Coroa

    portuguesa era rigorosa, os colonos respeitavam a

    lei, apenas escravizando ndios na situao

    legalmente determinada como legtima.

    (C) Aps a verificao da legitimidade dos cativeiros,

    os ndios eram separados por etnia e assim

    enviados s misses, formadas exclusivamente por

    ndios que falavam a mesma lngua.

    (D) Muitos ndios aprisionados eram ameaados e

    declaravam falsamente que haviam sido resgatados

    dos rituais de antropofagia, o que gerava fraude na

    lei que regulamentava o cativeiro indgena.

    (E) Graas verificao da legitimidade do cativeiro,

    a escravido indgena no Brasil foi insignificante,

    razo pela qual a mo-de-obra indgena foi

    substituda pela do africano.

    Questo 15

    Para o historiador Le Goff

    "A grandiosa construo carolngia, com efeito, ia

    durante o sculo IX desagregar-se rapidamente sob os

    golpes conjugados dos inimigos exteriores - novos

    invasores - e dos agentes de fragmentao

    internos"

    (LE GOFF, Jacques. A civilizao do Ocidente

    medieval. Lisboa: Estampa, 1984, p. 71).

    O processo de fragmentao interna do imprio

    carolngio, aludido pelo historiador, refere-se prpria

    forma de governo e s relaes de poder do imprio

    instauradas por Carlos Magno, fundadas em razo de

    vrios fatores, entre os quais, a

    (A) doao de terras a servos e seus vassalos,

    como forma de retribuio pelo auxlio militar

    prestado na conquista da Germnia e da

    Lombardia; o que esfacelou o poder do

    imperador nos territrios conquistados.

    (B) distribuio de foros e tenas aos seus

    vassalos, em troca da participao das guerras

    de reconquista da Frana do poder dos

    muulmanos, que haviam ocupado a regio no

    incio de seu reinado.

    (C) doao de terras em sesmaria aos marqueses,

    responsveis pela segurana militar das

    fronteiras do Imprio (as marcas); o que

    ensejou a desagregao da autoridade do

    imperador nas mos desses indivduos cada

    vez mais poderosos.

    (D) distribuio de benesses e favores na Corte

    carolngia, que se constituiu como espao de

    negociao poltica entre os poderosos do

    reino, tornando-se o lugar de residncia do

    Terceiro Estado francs.

    (E) doao de terras e benefcios a indivduos de

    quem o imperador esperava fidelidade, o que

    incitou, por sua vez, a multiplicao das redes

    de vassalagem com vistas garantia de ajuda

    militar.

    Questo 16

    Para Para entendermos a reestruturao do espao

    mundial, precisamos examinar as experincias socialistas

    do sculo XX, sobretudo aquelas ocorridas na Unio

    Sovitica e no Leste Europeu. Nesse sentido, correto

    afirmar:

    (A) O socialismo real da URSS esteve prximo dos

    ideais dos tericos do socialismo cientfico. Instalou-

    se um governo democrtico com partido nico, o

    Partido Comunista, e uma economia na qual o

    Estado planejava o melhor funcionamento das leis

    do mercado.

    (B) No Leste Europeu as terras, as minas de ouro,

    carvo etc. e outros meios de produo eram

    estatais. Mas predominava a propriedade privada

    das terras no campo e na cidade, havia a livre

    concorrncia de mercado e as leis do mercado eram

    planejadas pelos governantes.

    (C) Na Unio Sovitica se sobressaa o planejamento

    da produo e do consumo somente dos

    funcionrios do Estado, pois a modernizao da

    sociedade exigia a livre aplicao de capitais e a

    busca de lucro empresarial. Tudo era rigorosamente

    planejado pelos burocratas que visavam controlar o

    mercado.

    (D) Os pases que adotaram o socialismo sempre

    ficaram aliados Unio Sovitica durante todo o

    tempo de existncia dessa potncia socialista. A

    China, na sia; Moambique, Angola e Guin

    Bissau, na frica; Cuba e Nicargua, na Amrica

    Latina, so exemplos de pases socialistas que

    jamais saram da rbita de influncia geopoltica e

    econmica da Unio Sovitica.

    (E) O socialismo que se instalou e se desenvolveu no Leste Europeu sempre esteve cercado, bloqueado

    ou hostilizado pelas foras do capitalismo mundial. A

    cartografia geopoltica dos pases capitalistas imps

    um alto custo social, econmico, poltico e cultural

    aos regimes socialistas.

  • Questo 17

    A formao do espao urbano-industrial est associada

    consolidao do capitalismo. Sobre esses processos,

    correto afirmar:

    (A) A urbanizao verdadeiramente consistente, com

    grande expanso das cidades globais, s foi ocorrer

    com o advento da Expanso Comercial. O

    capitalismo comercial precisou, pela necessidade de

    produzir e comercializar aos menores custos

    possveis, concentrar pessoas em pontos reduzidos

    do espao terrestre e, logicamente, criou as

    condies necessrias para isso nas cidades.

    (B) Com a Revoluo Industrial, metrpoles como

    Tquio e So Paulo aumentaram seu poder

    econmico, poltico, cultural e financeiro. Elevaram-

    se condio de cidades globais pelo importante

    papel que passaram a desempenhar no mundo,

    quando a economia passou a se globalizar

    rapidamente.

    (C) Na cidade corporativa, a implantao de

    equipamentos urbanos primordialmente para

    atender aos anseios das empresas e grupos

    hegemnicos; o que porventura interessa s demais

    empresas e ao grosso da populao praticamente

    o residual na elaborao dos oramentos pblicos.

    (D) Todos os pases desenvolvidos, bem como alguns

    pases de industrializao recente, apresentam

    altas taxas de urbanizao. Isso ocorre porque o

    fenmeno industrial, principalmente nos seus

    primrdios, no est desvinculado da expanso

    urbana. Inclusive, a China e a ndia, com as maiores

    populaes do planeta, so pases urbanizados e

    industrializados.

    (E) O capitalismo, por ter inventado a cidade, inventou,

    indiscutivelmente, a cidade grande. Criou metrpoles

    e megalpoles, fenmenos urbanos tpicos da fase

    mais avanada do desenvolvimento capitalista, ou

    seja, da etapa financeira ou monopolista, alcanada

    no incio do sculo XX.

    (B) O setor industrial emprega mais de 30% da sua

    populao economicamente ativa no setor

    secundrio e vem aumentando em razo da intensa

    automatizao e da robotizao das tarefas.

    (C) O setor primrio, que embora tenha diminudo nos

    pases lderes da Terceira Revoluo Industrial,

    ainda ocupa a maior parte da populao

    economicamente ativa na agricultura de exportao,

    e o setor que mais emprega mo-de-obra.

    (D) O setor tercirio o setor que mais emprega mo-de-

    obra em virtude da sua abrangncia, englobando

    muitos servios modernos, em institutos de

    pesquisas, universidades, hospitais, setores

    financeiros, assessorias, em setor de software,

    publicidade, comunicao e outros.

    (E) O setor secundrio o que mais emprega mo-

    de-obra no sculo XXI, em razo de ter

    industrializado e qualificado sua fora de trabalho

    no campo e mecanizado sua agricultura para

    exportao de produtos alimentares.

    Questo 18

    Em relao diminuio da populao ocupada em

    setores das atividades econmicas primrias nos pases

    lderes da Terceira Revoluo Industrial, no perodo

    contemporneo, assim pondera Vesentini:

    "Em virtude da mecanizao do campo e da urbanizao, a

    percentagem da populao ocupada no setor primrio tende a

    diminuir no mundo inteiro, at atingir uma mdia de 5% a 6% da

    populao ativa. H, porm, casos de percentagem ainda

    menores, como nos Estados Unidos (2,7%), na Blgica (2,4%) e no

    Reino Unido (1,8%)".

    Geografia: geografia

    (VESENTINI, Jos William. geral e do Brasil. 2008. p.289).

    A alternativa que caracteriza o processo de mudana a

    que se refere o autor :

    (A) O setor secundrio atualmente o maior

    empregador nos pases lderes da Terceira

    Revoluo Industrial, pois possui as maiores

    unidades fabris que empregam dezenas de milhares

    de trabalhadores.

    Questo 19

    No sculo XX assistimos mudana de uma ordem

    mundial bipolar para uma ordem mundial multipolarizada.

    Nesse sentido, correto afirmar:

    (A) Na ordem mundial bipolar, predominava poltica e

    ideologicamente a oposio Leste-Oeste, com o

    socialismo real, representado pela URSS, e o

    capitalismo, representado pelos Estados Unidos.

    Economicamente, havia o planejamento das leis de

    mercado, nos pases socialistas, e o nacional

    desenvolvimentismo, nos pases capitalistas.

    (B) O conflito no deflagrado entre mundo capitalista e

    mundo socialista ofuscou outros conflitos de

    natureza tnico-religiosa, cultural e poltica, como a

    invaso do Afeganisto pela China e a disputa

    territorial entre a ndia e o Paquisto.

    (C) Os problemas ambientais receberam ateno

    redobrada no mundo socialista. O Estado e o

    partido comunista criaram uma poltica de

    transparncia e participao da sociedade para

    monitorar danos ambientais decorrentes da

    explorao das minas de carvo, por exemplo, na

    China, e da construo das plataformas de

    petrleo, na Rssia Siberiana.

    (D) O bloco capitalista desenvolveu-se por todos os

    cantos do mundo dinamizando-se nos pases

    perifricos e centrais. Estes ltimos, sobretudo os

    Estados Unidos, conseguiram transformar o

    militarismo da Guerra Fria em uma indstria blica

    moderna e dinmica, que vende armamentos para

    a Europa, a Amrica Latina e a sia.

    (E) Os Estados Unidos e a Unio Sovitica

    cessaram seus investimentos na cincia e

    tecnologia associadas corrida armamentista.

    Isso assinalou o fim da Guerra Fria e a

    diminuio dos conflitos armados no mundo,

    pois as duas potncias firmaram acordos de

    paz, que culminaram com o Prmio Nobel para

    Ronald Reagan e Mikhail Gorbatchev.

  • Questo 20

    As regies geoeconmicas brasileiras configuram um mosaico

    de contradies, o que mostra ser o territrio nacional

    construdo de modo desigual e combinado. Sobre essas

    regies, correto afirmar:

    (A) No Nordeste, encontramos na sub-regio da Zona

    da Mata Aucareira a predominncia de pequenas

    propriedades, utilizadas na monocultura aucareira

    voltada para consumo interno. Nas grandes cidades

    dessa sub-regio, so comuns as habitaes

    precrias, como as invases em Salvador e os

    mocambos, os cortios e as moradias antigas em

    Recife.

    (B) No Centro-Sul do pas, destaca-se o Vale do Ao.

    Trata-se de uma rea de colonizao alem, onde

    predominam siderrgicas nacionais e internacionais,

    que convivem com pequenas propriedades agrrias

    nas quais se pratica a policultura aliada pecuria.

    Nessa regio, encontramos em Blumenau, Brusque

    e Joinville importantes indstrias alimentcias.

    (C) Na dcada de 1960, o Estado criou condies,

    polticas e econmicas para o estabelecimento de

    grandes projetos agropecurios, de minerao e de

    gerao de energia na Amaznia. Para tanto,

    procedeu regularizao fundiria, que demarcou

    as terras de cada empreendimento, bem como as

    unidades de conservao, as reas quilombolas e

    de populaes tradicionais. Isso diminuiu os

    conflitos fundirios na regio.

    (D) O Serto a sub-regio do Nordeste que mais tem

    apresentado perda populacional. A maioria dos

    nordestinos deixa suas terras em direo s

    metrpoles do Centro-Sul. As secas constantes e a

    estrutura fundiria desigual e profundamente

    concentrada so os principais motivos que levam o

    pequeno produtor a vender suas propriedades e

    migrar.

    (E) O Centro-Sul a regio de maior heterogeneidade econmica, cultural e fisiogrfica do pas. Do ponto

    de vista econmico, nela encontramos megalpoles,

    grande nmero de cidades mdias e pequenas

    cidades, como tambm centros

    financeiros, industriais e de servios, alm de

    complexos agroindustriais modernos, convivendo

    com a agricultura familiar

    tradicional.

    Questo 21

    O espelho plano, na forma de que dispomos

    atualmente, inventado no sculo XIII, em Veneza, na

    Itlia, produz imagens sem distores, dadas suas

    propriedades refletoras da luz. Em relao a estas

    propriedades, analise as afirmativas abaixo:

    I. Quando um objeto se aproxima de um espelho

    plano fixo com uma determinada velocidade, a

    imagem respectiva tambm se aproxima,

    porm

    com velocidade dupla daquela do objeto.

    II. Considerando um raio luminoso fixo incidindo

    sobre um espelho plano, se girarmos o

    espelho o raio refletido inicial tambm gira

    para uma nova posio, de modo que a

    relao entre os ngulos de rotao do

    espelho e do raio refletido igual a 0,5.

    III. Posicionando-se dois espelhos planos

    formando entre si um ngulo 180, o

    nmero N de imagens que sero formadas de

    um ponto objeto qualquer colocado entre eles

    dado pela relao

    IV. Os espelhos retrovisores de veculos so na

    maioria planos, por proporcionar maior campo

    visual ao motorista, j que produzem imagens

    menores do que os respectivos objetos.

    Esto corretas as afirmativas

    (A) I, II e III

    (B) II, III, e IV

    (C) I, II, e IV

    (D) III e IV

    (E) II e III

    Questo 22

    Num galpo de armazenagem de uma grande rede de lojas de eletrodomsticos, buscando otimizar o transporte em srie de volumes pesados, caixas com aparelhos de ar condicionado so transportadas desde o solo at um piso 5 m mais elevado, atravs de uma esteira rolante inclinada de 30 com a horizontal (figura abaixo). A esteira se move com velocidade constante, acionada por um motor eltrico de 220 W.

    Admitindo que cada caixa possua peso de 240 N, o nmero mximo de caixas transportadas a cada minuto

    (A) 4

    (B) 6

    (C) 10

    (D) 11

    (E) 16

    (se necessrio use a acelerao da gravidade g = 10 m/s, sen30 = 0,5 e cos30 = 0,8)

  • Questo 23

    Um lquido homogneo de massa 0,5 kg depositado em um

    recipiente de capacidade trmica desprezvel e levado ao

    aquecimento por uma fonte trmica. Esse processo est

    expresso no grfico abaixo, no qual Q a quantidade de calor

    efetivamente absorvida pelo lquido, At a variao de

    temperatura correspondente que este experimenta, e a origem

    o incio do aquecimento.

    Com base no grfico, analise as seguintes afirmativas:

    I. O calor especfico do lquido 0,4 cal / goC.

    II. A capacidade calorfica do lquido 400 cal / oC.

    III. O calor de vaporizao do lquido 380 cal / g.

    IV. A temperatura de vaporizao do lquido 80 oC.

    Esto corretas apenas as afirmativas:

    (A) I e II

    (B) II e III

    (C) III e IV

    (D) I, II e III

    (E) II, III e IV

    Questo 24

    Em uma obra foram montados dois sistemas usando-se

    polias: o sistema A, composto por trs polias, duas mveis e

    uma fixa, e o sistema B, composto por duas polias, uma fixa e

    a outra mvel, conforme as figuras. Ambos destinam-se a

    elevar cargas de mesmo peso P a uma mesma altura a partir

    do solo, em movimento uniforme.

    Considerando o ngulo = 45, desprezveis os pesos das

    roldanas e cordas, bem como atritos ou resistncias passivas,

    analise as afirmaes abaixo:

    I. A fora motora que equilibra a carga P no sistema B

    menor que no sistema A.

    II. Usando o sistema A, deve-se aplicar fora motora igual

    metade da carga P.

    III. Usando o sistema B, a relao entre a carga P e a fora

    motora , aproximadamente, 1,4.

    IV. Em ambos os sistemas, A ou B, o trabalho motor ser

    igual ao trabalho resistente.

    Esto corretas as afirmativas:

    (A) I e II

    (B) II e III

    (C) I e IV

    (D) III e IV

    (E) II e IV

    Questo 25

    Um vaso de flores caiu da janela de um apartamento, no alto de

    um edifcio de quatro andares, espatifando-se na calada. Nos

    comentrios dos transeuntes que passavam pelo local, sobre o

    perigo do fato, as observaes eram de que, pela altura da queda,

    o vaso teria chegado ao solo com seu peso bastante aumentado.

    Com base na relao entre os conceitos de Impulso e Quantidade

    de Movimento, analise as afirmativas seguintes:

    I. O peso do vaso aumenta na razo direta da altura de

    queda.

    II. O vaso chegou ao solo com o mesmo peso.

    III. No choque, o impulso do solo sobre o vaso ocorre num

    tempo muito pequeno e, consequentemente, a fora

    reativa elevada, o que resulta na quebra do vaso.

    IV. A fora reativa do solo no depende do tempo de impacto.

    Esto corretas apenas as afirmativas:

    (A) I e II.

    (B) II e III.

    (C) I e III.

    (D) II e IV.

    (E) I e IV.

  • Questo 26

    O cido ciandrico um cido fraco com constante de

    ionizao igual a 4x10"10. Esse cido ioniza-se de acordo com

    a equao qumica abaixo:

    Para uma soluo que contm 0,27 g de HCN por litro, os

    valores aproximados do pH da soluo e da concentrao do

    cido ciandrico, no equilbrio, so respectivamente iguais a

    (A) 1,7 e 1 x 10-2

    (B) 3,7 e 2 x 10-4

    (C) 5,7 e 2 x 10-6

    (D) 5,7 e 4 x 10-6

    (E) 5,7 e 1 x 10-2

    Questo 27

    O tetracloreto de titnio, um lquido utilizado na produo de

    prolas artificiais, obtido de acordo com a equao qumica

    no balanceada representada a seguir:

    A reao tem incio com uma mistura de 250 g de Cl2, 250 g

    de C e excesso de minrio contendo FeTiO3. Nesse processo,

    o reagente limitante e a quantidade aproximada de TiCl4

    produzida, expressa em gramas, so respectivamente

    Questo 28

    Na produo de cido ntrico a partir da amnia, a

    primeira etapa do processo envolve a oxidao do

    NH3, conforme representado pela equao qumica

    Encontra-se a variao de entalpia, expressa em kJ,

    para a reao de oxidao da amnia. A variao

    encontrada igual a

    (A) + 226,4

    (B) 226,4

    (C) + 429,6

    (D) 429,6 (E) 905,2

    Questo 29

    A gerao de energia um tema muito importante, pois se

    trata de um processo associado qualidade de vida das

    pessoas e preservao do meio ambiente. Das diversas

    formas possveis de obteno de energia, a nuclear tem sido

    empregada em diversos pases, existindo muita polmica

    sobre a sua utilizao. Sobre a obteno e o emprego dessa

    energia, correto afirmar:

    (A) A energia obtida por fisso nuclear no pode ser

    controlada adequadamente, sendo ento empregada

    para construo de bombas atmicas.

    (B) A energia obtida por fuso nuclear gera muitos resduos

    radioativos, apesar de ser um processo

    tecnologicamente mais confivel e amplamente

    utilizado.

    (C) A tecnologia desenvolvida para obteno de energia por

    fisso nuclear pode levar tambm construo de

    bombas atmicas.

    (D) No possvel controlar a energia obtida atravs de

    fuso nuclear, por esse motivo as pesquisas nesta rea

    foram abandonadas.

    (E) Nos reatores onde ocorre a fisso nuclear no

    so gerados resduos radioativos, por isso os

    ambientalistas defendem sua utilizao em

    substituio aos atuais reatores de fuso nuclear.

    Questo 30

    Na natureza alguns elementos podem se apresentar sob

    diferentes formas, conhecidas como variedades alotrpicas. O

    carbono, por exemplo, pode ser encontrado nas formas

    cristalinas de grafite, diamante, fulereno. Sobre as

    propriedades dos altropos de carbono so feitas as seguintes

    afirmaes:

    I. O diamante o menos denso das trs variedades

    de carbono.

    II. A grafite apresenta uma estrutura lamelar.

    III. No fulereno cada tomo de carbono est ligado a outros

    4 tomos de carbono, formando um tetraedro.

    IV. No diamante, os ngulos de ligao entre os tomos de

    carbono so de 120.

    V. A grafite boa condutora de eletricidade, porm m

    condutora de calor.

    Est(o) correta(s) a(s) afirmao(es)

    (A) I e III

    (B) V

    (C) II, IV e V

    (D) III e V (E) II

  • Questo 31

    A alterao em uma base nitrogenada de uma sequncia do

    RNAmensageiro de uma clula provocou a sntese de uma

    protena diferente daquela que anteriormente era sintetizada

    pela mesma sequncia, antes da alterao. Em relao ao

    fato descrito, pode-se afirmar:

    (A) A mudana da base no alterou o cdon.

    (B) A alterao gerou um cdon que codifica o mesmo

    aminocido.

    (C) A alterao no pode ser considerada uma mutao.

    (D) Se a alterao ocorresse na segunda base do cdon, a

    rotena produzida seria a mesma.

    (E) A alterao de apenas uma base de um cdon no suficiente para provocar uma alterao na

    protena gerada.

    Questo 32

    Em um determinado ecossistema marinho, podem ser

    observados organismos representados por fitoplncton,

    zooplncton, caranguejos, camares e peixes tais como o

    bagre (detritvoro) e o mero (carnvoro).

    Com relao ao ecossistema descrito, a alternativa correta :

    (A) A comunidade bitica representada por: peixes,

    camares, caranguejos, fitoplncton e zooplcnton.

    (B) Em relao a cadeia alimentar, os produtores so

    representados pelos fitoplncton e zooplncton, e os

    consumidores secundrios pelo bagre e mero.

    (C) A quantidade de energia qumica consumida pelo mero

    a mesma que foi gerada pelo produtor, sendo, portanto,

    constante ao longo da cadeia alimentar.

    (D) A produtividade primria bruta o total de energia

    armazenada pelos camares.

    (E) A degradao dos restos orgnicos de

    animais e vegetais realizada pelo

    fitoplncton.

    Questo 33

    Carlos Justiniano Ribeiro Chagas (1879 - 1934) foi o nico

    mdico e pesquisador na histria da medicina a descrever o

    ciclo completo de uma doena infecciosa; desde seu agente

    etiolgico, vetor, hospedeiros, manifestaes clnicas e

    epidemiologia. Identificou o Trypanosoma c ruz i como

    causador da doena de Chagas e seus conhecimentos sobre

    essa doena permanecem vlidos at os dias de hoje. Acerca

    da doena de Chagas, INCORRETO afirmar:

    (A ) Uma das espcies de hospedeiros intermedirios que

    atua como vetor o Tr ia toma i n fes tans .

    (B) As formas epimastigotas e tripomastigotas so

    encontradas no intestino do inseto, enquanto formas

    tripomastigotas so encontradas no sangue dos

    hospedeiros definitivos, transformando-se em formas

    amastigostas quando invadem os tecidos.

    (C) O protozorio parasito circula no sangue perifrico e

    tecidos, provocando leses graves, principalmente no

    corao e em rgos do aparelho digestivo, como o

    esfago e o intestino.

    (D) Na fase aguda, os sintomas representam ligeiros

    inchaos nos locais da infeco, mas a doena pode

    evoluir para a fase crnica e grave e levar a uma

    doena cardaca e ao megaclon.

    (E) Se a doena no for tratada na fase aguda, a fase

    crnica incurvel; portanto a melhor preveno

    a administrao de vacina e a eliminao dos

    abrigos dos triatomneos e dos reservatrios

    naturais.

    Questo 34

    Sobre a estrutura e a fisiologia dos tecidos musculares,

    correto afirmar que

    (A) a musculatura esqueltica estriada se ancora aos

    ossos por meio de tendes e desenvolve

    movimentos voluntrios, controlados apenas pelo

    sistema nervoso perifrico.

    (B) todo o tubo digestivo revestido por camadas de

    fibras musculares lisas, que possuem

    movimentao voluntria, exceo da atividade de

    deglutio e defecao.

    (C) a musculatura estriada cardaca e a musculatura lisa

    possuem, em comum, movimentos involuntrios

    controlados pelo sistema nervoso autnomo.

    (D) os trs tipos de tecidos musculares possuem

    citoesqueleto altamente organizado e rico em actina,

    microtbulos e miosina, importantes para a

    conduo de sinais reguladores da contrao.

    (E) os trs tecidos musculares possuem a mesma origem ectodrmica.

    Questo 35

    Doenas e agentes infecciosos sexualmente transmissveis,

    como Herpes, HIV, HPV, Sfilis e Gonorreia, so frequentes na

    populao. Sobre seus agentes etiolgicos e caractersticas

    das doenas, correto afirmar que o

    (A) Papilomavrus Humano (HPV) invade tecidos de

    revestimento (pele e mucosas) levando formao de leses

    decorrentes do crescimento celular irregular, formando

    verrugas genitais, que podem levar ao cncer de colo de

    tero.

    (B) Vrus da Herpes, membro da famlia de vrus conhecida

    como Retroviridae (retrovrus), apresenta longo perodo de

    incubao, produz infeco das clulas do sangue e do

    sistema nervoso e supresso do sistema imune.

    (C) Treponema pallidum pode infectar tanto a mucosa

    oral quanto a genital, lesionando clulas epiteliais e

    fibroblastos; ou pode tornar-se latente em neurnios,

    desenvolvendo ciclos de infeco quando o indivduo passa

    por estresse fisiolgico, febre, exposio excessiva ao sol.

    (D) vrus da imunodeficincia humana (HIV) invade

    submucosas e pode passar por um curto perodo de

    incubao at o incio dos primeiros sinais e sintomas,

    caracterizados por pequena ulcerao firme e dura que ocorre

    no ponto de invaso do agente, geralmente na rea genital ou

    na boca.

    (E) Neisseria gonorrhoeae invade tanto o sistema

    urinrio quanto o reprodutor, pode se disseminar

    atravs da circulao, afetando principalmente a

    pele, as articulaes, o crebro, as vlvulas

    cardacas, a faringe e os olhos.

  • Questo 36

    Leia com ateno o trecho abaixo transcrito:

    [Entra Branca Gil, ALCOVITEIRA, e diz:]

    ALCOVITEIRA: Que esforo de namorado e que prazer! Que

    hora foi aquela!

    VELHO: Que remdio me dais vs?

    ALCOVITEIRA: Vivereis, prazendo a Deus, e casar-vos-ei

    com ela [a MOA].

    VELHO: vento isso!

    ALCOVITEIRA: Assim seja o paraso. Que isso no to

    extremo! No curedes [cureis] vs de riso, que eu farei to de

    improviso como o demo. E tambm doutra

    maneira se eu me quiser trabalhar.

    VELHO: Ide-lhe, logo, falar e fazei com que me queira, pois

    pereo [...]. E, se reclama que sendo to linda dama por ser

    velho me aborrece, dizei-lhe: um mal quem desama porque

    minh'alma que a ama no envelhece.

    ALCOVITEIRA: Sus! Nome de Jesus Cristo! [...]

    VELHO: Tornai logo, fada minha, que eu pagarei bem isto.

    [A ALCOVITEIRA sai e volta logo depois]

    ALCOVITEIRA: J ela fica de bom jeito; mas, para isto andar

    direito, razo que vo-lo diga: eu j, senhor meu, no posso,

    sem gastardes bem do vosso, vencer

    uma moa tal.

    VELHO: Eu lhe pagarei em grosso.

    ALCOVITEIRA: A est o feito nosso [...]. Perca-se toda a

    fazenda, por salvardes vossa vida!

    VICENTE, Gil. O velho da horta. So

    Paulo: Brasiliense, 1985.

    A propsito desse trecho da farsa O velho da horta, de Gil

    Vicente, correto afirmar que

    (A) Branca Gil, a ALCOVITEIRA, oferece seus servios ao

    VELHO, prometendo ajud-lo a casar com a MOA.

    (B) o VELHO desconfia imediatamente da ALCOVITEIRA e

    pretende mandar chamar o ALCAIDE para prend-la.

    (C) o VELHO apaixonado diz ALCOVITEIRA que quer ser

    amado pelo que ele representa e no pelo seu dinheiro.

    (D) a ALCOVITEIRA promete remdios milagrosos ao

    VELHO, para que ele rejuvenesa e possa, enfim, casar-

    se com a MOA.

    (E) a MOA se arrepende de ter zombado do VELHO e lhe

    envia Branca Gil com um bilhete pedindo-lhe presentes

    como prova do seu amor.

    Questo 37

    Leia o que diz Afrnio Coutinho sobre o Realismo brasileiro.

    "Foi com o Realismo que se tomou conhecimento

    de que a cultura regional [...] pode oferecer

    literatura um assunto (a paisagem fsica e cultural, os

    costumes locais, lendas, mitos, tipos, linguagem,

    etc.), uma tcnica (modos de expresso nativos e

    populares, estilo, ritmo, imageria, simbolismo), um

    ponto de vista (a ideia social de uma sociedade e os

    valores culturais movidos pela tradio, que exerce o

    papel de liberadora e no confinante)".

    (In: COUTINHO, Afrnio (Direo). A

    literatura no Brasil. v.3. Rio de Janeiro:

    Editorial Sul Americana, 1969. p.220)

    Com base nessa assertiva, podemos considerar o conto

    "Acau", de Ingls de Souza, como regionalista porque

    (A) trata da vida melanclica dos habitantes de uma cidade

    do interior da Amaznia, a saber, a cidade de bidos na

    regio do baixo Amazonas.

    (B) apresenta a vida conflitiva entre irms, uma por ser

    filha legtima e outra por ter sido adotada ainda nova, o que

    instala o complexo de dipo na famlia.

    (C) representa uma lenda de Faro, na figura de um

    pssaro anunciador de desgraas, o que demonstra a relao

    da literatura com valores da cultura local.

    (D) demonstra a vida triste de Jernimo Ferreira, velho

    caador que se torna moribundo aps a trgica morte de sua

    esposa, o que comum na Amaznia.

    (E) descreve a paisagem tpica da Amaznia, com

    a presena de grandes rios que so moradas

    de seres sobrenaturais, como o Acau.

    Questo 38

    Em Amor de perdio (1862), novela do autor portugus

    Camilo Castelo Branco (1825-1890), o protagonista o jovem

    Simo Botelho, que aos dezoito anos nutre uma paixo

    avassaladora pela filha do desafeto de seu pai, a tambm

    jovem Teresa de Albuquerque. Considerando-se o carter

    individualista, emotivo e libertrio do personagem romntico,

    podemos afirmar sobre Simo Botelho que

    (A) sua trajetria no decorrer da narrativa o classifica como

    heri romntico, pois toda sua ao em funo de

    concretizar seu amor por Teresa.

    (B) se constitui em heri romntico, pois sua trajetria na

    narrativa aponta para a consecuo de seus ideais

    revolucionrios face aos poderosos.

    (C) se configura como um anti-heri, pois vive margem

    dos valores sociais, sendo, inclusive, condenado por um

    crime.

    (D) suas aes o apontam como heri moderno, pois sua

    preocupao com as classes populares ntida em seu

    convvio com um arreeiro e um ferrador.

    (E) sua trajetria no decorrer da narrativa o classifica

    como um heri guerreiro, pois, como Ulisses,

    tem que lutar para voltar ao seu lar.

  • Questo 39

    Leia os versos abaixo do poema "O homem e sua hora", de

    livro homnimo do poeta piauiense Mrio Faustino (1930-

    1962), publicado em 1955:

    Ai, estaes Esta estao no das chuvas, quando Os frutos se preparam, nem das secas,

    Quando os pomos preclaros se oferecem. (Nem podemos cham-la primavera,

    Vero, outono, inverno, coisas que Profundamente, Heri, desconhecemos ...)

    Esta outra estao, quando os frutos Apodrecem e com eles quem os come.

    Eis a quinta estao, quando um ms tomba, O dcimo-terceiro, o Mais-Que-Agosto,

    Como este dia mais que sexta-feira E a hora mais que sexta e roxa.

    (In: FAUSTINO, Mrio. Melhores poemas de

    Mrio Faustino. 3.ed. So Paulo: Global, 2000.

    p.28)

    Considerando-se o excerto acima e a temtica a que se

    dedicou o autor, podemos depreender que

    (A) os versos representam a dificuldade de se utilizar a

    metfora das estaes do ano na potica de nossa

    regio, uma vez que na Amaznia temos somente a

    estao chuvosa e a seca.

    (B) o acrscimo do moderno ao tradicional o fio condutor

    da potica de Faustino, representado pelas estaes

    do ano, com seu carter cclico e de transformao da

    vida.

    (C) o tema do heri decado o que rege a potica do

    poema, pois a inadequao do poeta ao seu tempo

    decorre de seu absoluto desconhecimento das

    estaes.

    (D) a fuga vida o tema principal, representada pelo

    apodrecimento do fruto, que significa que o homem

    est fora de seu tempo.

    (E) o tempo est em desacordo com as estaes

    do ano, o que faz de Faustino um antecipador

    dos graves problemas contemporneos do

    clima; da existir uma quinta estao.

    Questo 40

    "O arcadismo, que vai suceder ao gongorismo,

    representa uma reao a este e procura um retorno

    simplicidade clssica, ingenuidade campesina, pureza de

    ideias e costumes" (SODR, Nelson Werneck. Histria da

    literatura brasileira. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira,

    p.106-107). Levando-se em conta essa afirmao, correto

    afirmar que os versos que pertencem ao arcadismo so:

    (A) "Ondas do mar de Vigo,

    Se vistes meu amigo?

    E ai Deus, se verr cedo!

    Ondas do mar Levado

    Se vistes meu amado?

    E ai Deus, se verr cedo!"

    (B) "Alma minha gentil, que te partiste

    To cedo desta vida, descontente,

    Repousa l no Cu eternamente,

    E viva eu c na terra sempre triste."

    (C) "Sou pastor; no te nego; os meus montados

    so esses, que a vs; vivo contente

    ao trazer entre a relva florescente

    a doce companhia dos meus gados;"

    (D) "Triste Bahia! quo dessemelhante

    Ests e estou do nosso antigo estado!

    Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,

    Rica te vi eu j, tu a mi abundante."

    (E) "Se s fogo, como passas brandamente,

    Se s neve, como queimas com porfia?

    Mas ai, que andou Amor em ti prudente!"

    Questo 41

    Considerando que na investigao cientfica acontecimentos e processos so apresentados como especificaes de leis e de teorias gerais que anunciam padres invariveis de relaes entre fenmenos, correto afirmar que o objetivo principal da cincia o(a)

    (A) estabelecimento de relaes pela aproximao dos

    fenmenos e dos processos que diferem entre si de

    modo essencial.

    (B) imposio de padres de conhecimento a respeito do

    comportamento dos fenmenos observveis.

    (C) busca da inteligibilidade dos fenmenos para satisfazer o

    anseio de compreend-los por meio de estudos

    metdicos.

    (D) sua aplicabilidade por intermdio da tecnologia visando

    exclusivamente ao bem-estar da humanidade.

    (E) observao emprica dos fenmenos para ajust-los

    teoricamente de modo contingente.

    Questo 42

    Em geral, para filsofos modernos a verdade entendida como a correspondncia entre a idia e o ideado. De acordo com essa concepo, a verdade se conceitua como o(a)

    (A) reflexo invertido das coisas sobre o intelecto.

    (B) reproduo fiel do prprio objeto em questo.

    (C) analogia entre a idia e a coisa conhecida.

    (D) adequao entre a idia e estrutura do objeto conhecido

    (estudado).

    (E) consenso permanentemente revisto, obtido por

    meio de um dilogo qualificado entre os sujeitos

    cognoscentes.

  • Questo 43

    A filosofia moral aborda os fundamentos da ao humana

    tanto sob o aspecto legal quanto moral. Sobre a

    especificidade desses dois aspectos, correto afirmar:

    (A) Embora as normas jurdicas pretendam organizar e

    regular as relaes humanas, as doutrinas morais

    de modo algum as levam em considerao, por isso

    no reconhecem nenhum valor real nelas.

    (B) Se certo que as normas jurdicas so leis que

    tm validade para aes pblicas, as regras morais,

    por seu lado, s levam em considerao os

    aspectos privados da ao, e seus princpios se

    aplicam apenas ao individuo e no ao cidado.

    (C) Do ponto de vista moral, as normas jurdicas so

    sempre legais, mas no so legitimas, enquanto os

    princpios morais, por serem verdadeiros, so

    legtimos embora no legais.

    (D) Os cdigos morais so os nicos que possuem um

    valor real e oficial na regulao da conduta social

    do homem.

    (E) Ainda que as doutrinas morais visem a responder s

    mesmas necessidades sociais que as normas

    jurdicas, as primeiras no oferecem nenhum

    cdigo formal, coagindo o homem internamente,

    enquanto as segundas o coagem externamente.

    Questo 44

    Considere as concepes de Locke expressas no texto

    abaixo:

    "Assim como Hobbes e posteriormente Rousseau, Locke parte da

    concepo segundo a qual os indivduos isolados, no estado de

    natureza, se unem mediante contrato social para constituir a sociedade

    civil [...]. Diferentemente de Hobbes, porm, Locke no descreve o

    estado de natureza como um ambiente de guerra e egosmo. O que

    ento levaria os indivduos a abandonarem essa situao,

    delegando o poder a outrem?"

    (ARANHA, M.a Lcia e MARTINS, M.a

    Helena. Filosofando: Introduo

    Filosofia. So Paulo: Moderna, 1997, p.

    274).

    (A) medo e ao desejo de paz dos indivduos, mesmo

    abdicando de seus direitos em favor de um poder

    soberano, absoluto e indivisvel.

    (B) contrao de um pacto, produto da vontade geral,

    para pr fim desigualdade social.

    (C) desejo de preservao dos direitos naturais, em

    particular ao direito de propriedade.

    (D) apaziguamento dos conflitos entre os direitos do

    mais forte e os direitos do primeiro ocupante da

    terra.

    (E) fato de o homem ser naturalmente cruel e

    necessidade de um poder poltico para dominar

    sua natureza perversa.

    Questo 45

    Sabe-se que, para Kant, agir por conscincia, ou seja, por um

    senso de dever, obedecer lei moral. Sendo assim, os atos

    de um inquisidor que adere firmemente exclusividade de sua

    f estatutria, ao julgar um bom cidado como herege e ao

    conden-lo morte, podem ser julgados como

    (A) atos que tm por mbil a prpria lei moral, por isso

    podemos dizer que, no plano moral, os atos foram

    realizados por dever.

    (B) extremamente perversos, mas em conformidade

    com a lei moral, ou seja, com o dever.

    (C) moralmente justificveis, pois o inquisidor seguiu os

    ditames de seu ofcio, muito embora, do ponto de

    vista humanitrio, seus atos sejam reprovveis.

    (D) contrrios moral, pois o inquisidor no ouviu a

    voz da razo prtica e confundiu seus prprios

    sentimentos e inclinaes com a exigncia

    racional da moralidade.

    (E) atos conformes a moral, pois a pessoa que age

    segundo a lei moral no pode se deixar levar

    por compaixo ou por qualquer calorosa

    emoo ao praticar determinada ao.

    Questo 46

    Acreditava-se nos primrdios da Sociologia, como alis com

    relao s Cincias Sociais de uma maneira geral, ser

    possvel atingir a mesma neutralidade e objetividade que se

    imaginava poder atingir nas cincias naturais. Por isso essa

    nova cincia da sociedade recebeu inicialmente o nome de

    Fsica Social e s posteriormente passou a ser denominada

    de Sociologia. Entre as alternativas abaixo, a nica que NO

    expressa uma perspectiva desse momento inicial da

    Sociologia :

    (A) Os mtodos das Cincias Naturais poderiam e

    deveriam ser aplicados aos estudos sobre a sociedade.

    (B) Havia a necessidade de desenvolver tcnicas racionais

    para controlar os conflitos criados pelas sucessivas

    crises do sculo XIX.

    (C) A nica fonte legtima da Cincia seria a experincia

    externa. O testemunho da conscincia e as

    experincias subjetivas, como fonte de observao

    cientfica, no tinham valor.

    (D) Acreditava-se que seria necessrio compreender e

    controlar racionalmente a natureza com o objetivo de

    encontrar mecanismos capazes de promover a

    preservao do meio ambiente, pois j se previa que

    os danos ambientais causados pela aplicao da

    tecnologia na esfera da produo podem causar srias

    consequncias s geraes futuras.

    (E) O fundamento inicial da Sociologia era o mtodo

    positivo, alicerado em um conjunto hierarquizado de cincias.

    Na larga base dessas cincias encontrava-se a Matemtica e,

    em seu vrtice, a Sociologia.

  • Questo 47

    mile Durkheim apresenta como caractersticas dos fatos

    sociais:

    (A) a coero, como capacidade de superao do

    etnocentrismo, e a racionalizao da vida em sociedade.

    (B) a competio e o conflito, como modos de interao dos

    seres humanos em sociedade.

    (C) a generalidade e o interculturalismo presentes na

    apreenso de aspectos culturais de diversos grupos

    sociais.

    (D) a exterioridade e a coero que a sociedade humana

    exerce sobre os indivduos.

    (E) as contradies das classes sociais e a

    particularidade dos processos culturais.

    Questo 48

    Pode-se dizer que as diferenas culturais existentes na

    humanidade so explicadas e compreendidas, entre outros

    fatores, por meio de seus processos de socializao. A escola

    um importante espao desse processo porque

    (A) proporciona a educao formal, que um instrumental

    relevante na manuteno das realidades socioculturais,

    uma vez que apenas os membros mais velhos de uma

    dada sociedade determinam o modo se ser, agir e

    pensar das novas geraes.

    (B) possvel perceber, no universo da sala de aula, o

    carter formal e informal da educao, pois alunos e

    professores trazem consigo uma bagagem cultural que

    se manifesta espontaneamente e em situaes

    diversas.

    (C) transmite modelos sociais de comportamento

    homogneo, uma vez que as diferenas sociais e

    culturais entre as pessoas garantem o dinamismo neste

    processo educativo.

    (D) busca ampliar aes afirmativas por meio do dilogo

    com outras identidades, ou seja, o interculturalismo,

    baseando-se na eliminao das diferenas

    socioculturais e reforando conflitos e disputas pela

    manuteno ou ampliao de poder.

    (E) aprender e ensinar aspectos culturais so processos

    que se manifestam em momentos e lugares especficos

    da educao formal, como o caso do que se processa

    nas escolas e universidades.

    Questo 49

    As discusses acerca de questes de identidade e de

    diversidade cultural foram intensificadas a partir dos anos

    1980. Nesse contexto, os Novos Movimentos Sociais

    incluram nos debates:

    (A) As preocupaes em torno das sexualidades, das

    homossexualidades e das identidades e expresses de

    gnero.

    (B) As clivagens de raa e classe, temas discutidos de

    modo integrado, apesar das divergncias entre

    feministas e movimento negro.

    (C) O patriarcado como fator de incluso de mulheres

    indgenas e no-indgenas nos processos polticos.

    (D) As populaes tradicionais caboclas, cuja origem

    marcada apenas pela miscigenao entre sociedades

    indgenas e povos africanos durante o perodo colonial.

    (E) O modelo assimtrico de relaes raciais do regime

    escravista e sua superao com a estratificao

    social da economia de mercado.

    Questo 50

    Recentemente, uma srie de estudos aponta uma modificao

    nas relaes entre nacionalidade e cidadania. O

    fortalecimento de um regime internacional de direitos

    humanos tem obrigado os Estados a redefinirem suas

    polticas, tanto a interna quanto a externa, em funo da

    universalidade dos direitos individuais. Com base nessas

    afirmaes, seria INCORRETO afirmar:

    (A) O Estado tem sido cada vez mais constrangido a

    aceitar uma imigrao indesejada; a imigrao

    ilegal resulta, em grade medida, da incapacidade

    de o Estado impor sanes contra esse tipo de

    imigrao.

    (B) A criao de um regime internacional de direitos

    humanos estaria levando a uma perda de

    autonomia do Estado. Em virtude do

    reconhecimento cada vez maior de direitos

    universais da pessoa, as prerrogativas exclusivas

    do Estado Nacional em conceder esses direitos

    estariam sendo questionadas por uma perspectiva

    universalista de direitos humanos.

    (C) Os imigrantes estariam sendo incorporados a vrios

    aspectos da sociedade receptora, como o mercado

    de trabalho, o sistema educacional e outras

    vantagens do Estado, sem que para isso eles

    tenham adquirido a nacionalidade e, por

    conseguinte, a cidadania dos pases receptores.

    (D) O Estado est fortalecendo o controle de suas

    fronteiras, ao mesmo tempo em que est surgindo

    uma espcie de cidadania ps-nacional ou

    transnacional, cujo projeto fundamental criar uma

    distribuio global de direitos que, alm de permitir

    o livre trnsito de pessoas, obrigar os pases ricos

    a compartilhar com os pases mais pobres suas

    conquistas econmicas, sociais e tecnolgicas.

    (E) Grande parte da populao dos pases

    receptores, motivada pela crise econmica, pela

    ameaa do terrorismo, pelo narcotrfico ou

    simplesmente por xenofobia (averso ao

    estrangeiro), pressiona os governos de seus

    pases a fechar as portas aos imigrantes.

  • Seduced into spending thousands on lottery tickets By Jen Haley

    1 Jen Bucala has a lot of faith in her family's "lucky" numbers."I've been laying, or around

    2 playing, the lotto all my life," she says. She rattles off* her numbers, citing family birthdays,

    3 and recounting numerical coincidences.

    4 "Me, my husband, my father-in-law ... all our birthdays are in November. Just a week apart

    5 from each other," says Bucala, 31.

    6 One number that did surprise her was $10,000. After some quick figuring, Bucala estimates

    7 she has spent that amount on scratch off* games and Megamillions since she started

    8 playing a decade ago.

    9 For Bucala, a Lindenhurst, New York, resident who works three jobs -- as a sales

    10 associate, an Avon Rep and a bridal consultant -- that is a lot of money.

    11 "That ten grand* could have gone toward the payment of bills I have -- my mortgage*, car

    12 payments," Bucala says. "We spend thousands of dollars every month on bills. I don't have

    13 kids either. That [lotto] money could have been a whole month for me for bills," she says.

    14 But like a lot of people, Bucala thinks $1 is a small price to pay for a dream. "You have to

    15 play in order to win. That's part of lotto", adds Bucala.

    16 Mineola Oaks, is retired and living in Washington Heights, New York. She has played lotto

    17 every day, spending $3-$5 a day (and more on Tuesday) for over 20 years. (Just $4 a day

    18 for 20 years adds up to almost $30,000.) Two years ago she won $100,000. And with that

    19 money she paid off her bills and did some remodeling on her second home in Virginia.

    20 The low price of a ticket seduces many into playing the lottery, says Frank Farley, a

    21 psychology professor at Temple University. The problem is opportunity costs, says Farley.

    22 "What opportunities are lost because you are putting available income into the lottery when

    23 you could be putting it into something else?" he asks. "A small amount of money can be

    24 spent on dental floss," he says.

    25 But the lotto is entertainment, too. "Almost everyone spends money on entertainment,"

    26 says Stephen Brobeck of the Consumer Federation of America. "People spend hundreds of

    27 dollars going to a sports event. Others spend a thousand dollars a year on premium cable

    28 channels. Purchasing a lotto ticket -- it's excitement and there's always the possibility,

    29 however slim, that they will win," he says.

    Adaptado de http://www.cnn.com/2010/LIVING/wayoflife/01/04/lottery.tix.add.up/index.html (acessado em 04/01/2010)

    Glossary *rattle off: mencionar rapidamente. *scratch off: Raspar. *grand: mil dolares. *mortgage: hipoteca.

  • Questo 50

    De acordo com o texto, Jen Bucala

    (A) uma mulher que est aprendendo a jogar na

    loteria.

    (B) um homem de 31 anos que gosta de jogar na

    loteria.

    (C) um homem casado de 31 anos que vive em

    Nova York.

    (D) uma mulher casada de 31 anos que nasceu no

    ms de novembro.

    (E) uma mulher solteira de 31 anos que mora em

    Nova York.

    Questo 51

    O valor de $10,000, citado no texto, se refere ao dinheiro que Bucala

    (A) gastou nos jogos este ano.

    (B) gastou nos jogos nos ltimos dez anos.

    (C) ganhou nos jogos na ltima dcada.

    (D) ganhou nos jogos este ano.

    (E) estima gastar este ano em jogos.

    Questo 52

    Segundo Frank Farley, o que motiva muitas pessoas a

    jogarem na loteria?

    (A) A diverso.

    (B) O preo do bilhete.

    (C) O preo do bilhete e a diverso.

    (D) A possibilidade de pagar as dvidas com o prmio.

    (E) A possibilidade de comprar a casa prpria com o prmio.

    Questo 53

    O trecho que diretamente indica o arrependimento de

    um apostador :

    (A) "I've been playing, or around playing, the lotto all my life," she says. (linhas 01 e 02)

    (B) One number that did surprise her was $10,000. (linha 06)

    (C) That [lotto] money could have been a whole month for me for bills," she says. (linhas 11 e 12)

    (D) But like a lot of people, Bucala thinks $1 is a small price to pay for a dream. (linha 13)

    (E) "You have to play in order to win. (linhas 13 e 14)

    Questo 54

    Depois de ganhar na loteria, Mineola Oaks

    (A) comprou uma segunda casa em Virgnia.

    (B) aposentou-se e se mudou para Nova York.

    (C) pagou suas contas e reformou sua segunda casa em Virgnia.

    (D) pagou o dbito da sua segunda casa em Virgnia.

    (E) pagou suas dvidas e se mudou para Washington.