Simulado Interpretação de Texto

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EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 01. A globalização dos anos 90 colocou contra a parede símbolos do capitalismo brasileiro. Isso quer dizer que estamos mal? Não. As empresas que elevaram sua preocupação com a excelência aos limites da paranóia não apenas sobreviveram como estão na vanguarda de um novo - e pujante - ciclo econômico. Segundo o autor: a.) A paranóia com a excelência, nos moldes da globalização do anos 90, permitiu que símbolos do capitalismo brasileiro chegassem à vanguarda do novo ciclo econômico. b.) Para sobreviver, precisamos ser paranóicos. c.) O novo ciclo econômico é baseado na paranóia, pois sem ela a globalização dos anos 90 colocaria símbolos do capitalismo brasileiro contra a parede. d.) O novo ciclo econômico é pujante pois colocou os símbolos do capitalismo brasileiro dos anos 80 contra a parede, devido à paranóia com a globalização dos anos 90. e.) Não estamos mal pois os símbolos do capitalismo brasileiro pertencem a outra década, mas a globalização dos anos 90 é a vanguarda do novo ciclo econômico. 02. Considerando-se a afirmação de uma famosa estilista americana de que "os homens sempre estiveram na vanguarda da moda", referindo-se ao terno de duas peças, podemos concluir que: a.) A tendência única para a moda no futuro é o terno. b.) Apesar de vários estilistas de alta costura se esforçarem, o que eles fazem não é moda. c.) O terno é sempre uma roupa atual. d.) Um homem que não use terno não está na moda. e.) As mulheres deveriam usar terno para estarem na moda.

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Simulado de Interpretação de Texto para Concurso.

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EXERCCIOS DE INTERPRETAO DE TEXTOS

EXERCCIOS DE INTERPRETAO DE TEXTOS01. A globalizao dos anos 90 colocou contra a parede smbolos do capitalismo brasileiro. Isso quer dizer que estamos mal? No. As empresas que elevaram sua preocupao com a excelncia aos limites da parania no apenas sobreviveram como esto na vanguarda de um novo - e pujante - ciclo econmico.

Segundo o autor:a.) A parania com a excelncia, nos moldes da globalizao do anos 90, permitiu que smbolos do capitalismo brasileiro chegassem vanguarda do novo ciclo econmico.

b.) Para sobreviver, precisamos ser paranicos.

c.) O novo ciclo econmico baseado na parania, pois sem ela a globalizao dos anos 90 colocaria smbolos do capitalismo brasileiro contra a parede.

d.) O novo ciclo econmico pujante pois colocou os smbolos do capitalismo brasileiro dos anos 80 contra a parede, devido parania com a globalizao dos anos 90.

e.) No estamos mal pois os smbolos do capitalismo brasileiro pertencem a outra dcada, mas a globalizao dos anos 90 a vanguarda do novo ciclo econmico.

02. Considerando-se a afirmao de uma famosa estilista americana de que "os homens sempre estiveram na vanguarda da moda", referindo-se ao terno de duas peas, podemos concluir que:

a.) A tendncia nica para a moda no futuro o terno.

b.) Apesar de vrios estilistas de alta costura se esforarem, o que eles fazem no moda.

c.) O terno sempre uma roupa atual.

d.) Um homem que no use terno no est na moda.

e.) As mulheres deveriam usar terno para estarem na moda.

03. Bilogos comprovaram que, em uma determinada floresta, existem dois tipos de roedores. Ambos tm o hbito de cavar buracos. O coelhato cava buracos mais rpido do que o ratoelho. Outra grande diferena entre eles o tamanho: o roedor ratoelho maior, em mdia, do que o coelhato.

Diante destas informaes, os bilogos poderiam deduzir que:

a.) Os buracos cavados pelo ratoelho so maiores do que os do coelhato.

b.) Os buracos cavados pelo coelhato so mais profundos do que os do ratoelho.

c.) Os buracos cavados pelo coelhato so, provavelmente, mais profundos do que os do ratoelho.

d.) O coelhato cava mais buracos do que o ratoelho.

e.) Diante das informaes, nenhuma das concluses acima podem ser aceitas como verdade.

04. O mundo est se encaminhando para uma situao em que o trabalhador j no consegue vender a nica mercadoria que pode oferecer: sua fora de trabalho.

uma mutao violenta de nossa civilizao, possivelmente, com conseqncias ainda piores do que as que sofremos hoje. O conceito de trabalho, que era o fundamento de nossa civilizao ocidental, caducou. Agora, milhes de seres humanos j no servem sequer para serem explorado.

David Ricardo e, depois dele, Karl Marx, assentaram sua Economia Poltica sobre a Teoria do Valor do Trabalho, fator de produo que o desemprego vai desvalorizando rapidamente. Segundo o texto:a.) A mutao a que o texto se refere est na fora de trabalho, que caducou.

b.) Estamos vivenciando um novo paradigma da relao fora de trabalho X emprego.

c.) David Ricardo e Karl Marx erraram ao assentarem sua Economia Poltica sobre a Teoria do Valor do Trabalho.

d.) Aquelas pessoas que trabalham com vendas no conseguem mais oferecer sua fora de trabalho, devido a uma mutao no mercado.

e.) O fundamento da civilizao ocidental est sofrendo uma mutao violenta, levando-se em conta que o desemprego era a base para a Teoria do Valor do Trabalho.

05. Dois jornais impressos - um da situao e outro da oposio - publicam, todos os dias, notcias sobre os mesmos temas. Eles dedicam o mesmo espao a cada assunto, alm do mesmo nmero de jornalistas para produzirem seus artigos. Sabe-se que os dois so vendidos na mesma regio, pelo mesmo preo, possuem a mesma tiragem e que so concorrentes. Ento:a.) Se Pedro l o jornal A e Joo l o jornal B, os dois so de classes diferentes.

b.) Se Pedro l o jornal A e Joo l o jornal B, os dois so de classes iguais.

c.) Se Pedro l o jornal A e Joo o jornal B, os dois compartilham a mesma opinio poltica.

d.) Se Pedro l o jornal A e Joo o jornal B, os dois provavelmente recebem informaes iguais com enfoques diferentes.

e.) Se Pedro l o jornal A e Joo o jornal B, os dois provavelmente recebem informaes diferentes com enfoques iguais.

06. Se a Internet uma excelente fonte de informaes, e Joo navega na Internet todo dia, pode-se concluir que:a.) Joo muito bem informado.

b.) Joo domina a navegao na Internet

c.) (a) e (b) so verdadeiras.

d.) (b) verdadeira, mas (a) no o .

e.) (a) pode ser falsa, mas provavelmente (b) verdadeira.

07. Para os restaurantes que fazem entregas em casa terem sucesso, eles precisam entregar rpido a comida ou ter um bom preo, e estar bem localizado.

O restaurante COMOMAIS uma casa de sucesso e possui bom preo.

Diante desta afirmao, podemos afirmar que:a.) O restaurante COMOMAIS entrega rpido seus pedidos.

b.) O restaurante COMOMAIS no entrega rpido seus pratos.

c.) O restaurante COMOMAIS est bem localizado.

d.) O restaurante COMOMAIS no bem localizado.

e.) As alternativas (a) e (c) esto corretas.

08. A violncia no trnsito aumenta ano aps ano. O aumento do nmero de carros na rua tem evidenciado esse problema, chegando a ndices alarmantes.

Um especialista renomado declarou que:

"O problema do trnsito o despreparo dos motoristas. Somente aqueles que no aprenderam a dirigir da forma correta causam acidentes. Alm disso, afirma que o sr. Astrogildo aprendeu a dirigir corretamente, ento ele no causar acidentes."Podemos concluir que:a.) O Sr. Astrogildo recebeu um atestado de que um timo motorista.

b.) Para provar que o especialista est correto, devemos esperar um certo espao de tempo e verificar se o sr. Astrogildo no ir causar acidentes.

c.) Caso se assuma a afirmao do especialista como verdadeira, ocorrer um erro de apelo autoridade.

d.) Realmente, o nico problema no trnsito diz respeito a motoristas mal treinados.

e.)As alternativas (b) e (d) esto corretas.

09. Segundo a opinio de um leitor do jornal O Estado de So Paulo, "o governo neoliberal - para desespero dos neobobos - resolveu dar interpretao literal ao salrio mnimo. O Movimento dos Sem Terra que se cuide, mudando imediatamente de nome, seno bye - bye reforma agrria".

Segundo este leitor:a.) O governo ir pagar um salrio mnimo aos membros do MST, ao invs de promover a reforma agrria.

b.) Se depender do nome, os Sem Terra continuaro sem terra.

c.) O MST est desesperado com o aumento do salrio mnimo.

d.) O MST est desesperado com a necessidade de trocar de nome.

e.) O MST que se cuide, o governo quer cobrar um salrio mnimo por lote a ser distribudo.

10. "Quando eu era pequeno, meus pais descobriram que eu tinha tendncias masoquistas. A passaram a me bater todo dia, para ver se eu parava com aquilo" (Woody Allen).

O pensamento dos pais de Woody Allen pode ser comparado a:a.) Aumentar o imposto de importao para equilibrar a balana comercial.

b.) Comprar uma arma para combater a violncia.

c.) Aumentar os juros para diminuir o consumo.

d.) Pimenta nos olhos dos outros refresco.

e.) As alternativas (a) e (c) esto corretas.

11. Cinco garotos, por brincadeira, compraram 2 litros de lcool e incendiaram um homem que dormia em um ponto de nibus. A idia era se divertir assustando um mendigo. S que, na verdade, alm de mendigo, tratava-se tambm de um ndio da tribo dos Pataxs. Eles incendiaram e assassinaram um ser humano. A justificativa e o pedido de desculpas foi que se enganaram, pensaram tratar-se apenas de um mendigo.

Segundo o texto, no podemos concluir que:a.) Trata-se de um crime ecolgico, pois afeta a comunidade indgena.

b.) Os 5 garotos no considerariam suas atitudes um crime, caso fosse apenas um mendigo.

c.) O conceito de diverso para estes 5 garotos deveras violento.

d.) 5 garotos inconseqentes tiraram a vida de outro ser humano.

e.) Um ndio Patax no deveria estar dormindo em um ponto de nibus.

12. Uma pesquisa realizada em uma faculdade apontou que o ndice de comparecimento s aulas est diretamente relacionado ao nvel de aproveitamento do aluno. Quanto mais faltas, menor o aproveitamento do aluno.

Cludio est sempre presente em todas as aulas, ento:a.) Cludio um excelente aluno.

b.) Cludio no um excelente aluno.

c.) O aproveitamento de Cludio est acima da mdia.

d.) Cludio pode ter notas baixas.

e.) Cludio no pode ter notas baixas.

13. Constatou-se que, na cidade de Brigmuch, a populao est dividida entre :1. Briguentos;

2. No briguentos;

3. Pacifistas.

Alm disso, sabe-se que:I - Muitos no briguentos so tambm pacifistas.

II - Nenhum briguento pacifista.

III - Alguns pacifistas podem brigar para defender a paz.

IV - Brigas nunca ocorrem entre pacifistas.

V - Um no briguento nunca briga.

Caso ocorra uma briga entre A e B, pode-se concluir, com certeza, que:a.) A pacifista e B briguento.

b.) A briguento e B pacifista.

c.) Ambos so briguentos

d.) A pode ser um no briguento pacifista e B um briguento.

e.) Se A um pacifista, B um briguento.

14. Ao comprar um saco de balas, um garoto espalha todas sobre uma mesa, conta e descobre que o saco continha 116 balas. 58 balas so vermelhas e 58 so azuis. Aps esta grande descoberta, coloca todas novamente no saco e se pergunta quantas balas seriam necessrias tirar do saco para ter certeza de que pelo menos 2 seriam da mesma cor? Quantas voc responderia?a.) 59

b.) 29

c.) 15

d.) 7

e.) 3

15. Segundo Karl Kraus, "o segredo do demagogo se fazer passar por to estpido quanto sua platia, para que esta imagine ser to esperta quanto ele."De acordo com este raciocnio podemos concluir que:a.) Todas as pessoas que vo a palestras so estpidas.

b.) Para ser um bom palestrante voc precisa ser um demagogo.

c.) O demagogo induz sua platia.

d.) O demagogo to esperto quanto sua platia.

e.) O demagogo a pessoa que guarda segredos.

16. O feminismo acabou. A tese, defendida pela psicloga americana Jo Anne Randall num artigo do Wall Street Journal, foi erguida a partir de um episdio vivido pela prpria Jo Anne. Folheando um catlogo de roupas ntimas femininas, ela notou que os modeladores de corpo, verso atual dos antigos espartilhos, esto em falta. "A queda do Muro de Berlim marcou o fim da Guerra Fria", escreveu ela. "A fotografia do catlogo com o carimbo esgotado marca o fim do feminismo. Acabou".De acordo com o texto, podemos concluir que:a.) Para a psicloga, o fato de a mulher usar uma verso atual de espartilho, impede que ela defenda seus direitos de igualdade com os homens.

b.) A queda do Muro de Berlim tem a mesma importncia que o fim do estoque de uma pea de roupa ntima de mulher.

c.) O feminismo acabou devido ao trmino da Guerra Fria.

d.) As mulheres que usam modeladores de corpo assumem uma importncia histrica.

e.) Uma pessoa to preocupada com o feminismo no deveria estar folheando tal catlogo.

17. Em um hotel existem 300 quartos, divididos em 3 andares, sendo cada andar decorado com base em uma determinada cor. A chave dos quartos de um determinado andar seguem a cor do andar e possuem tonalidades para identificar o lado que fica o quarto. Se forem de tonalidade clara, ficam direita do elevador. Caso sejam de tonalidade escura, ficam esquerda do elevador. Alm disso, ao invs de nmeros, os andares seguem a ordem alfabtica dos nomes das cores.Sendo assim, com certeza, se voc achar uma chave de cor:a.) azul-escura, ela ser do primeiro andar, esquerda do elevador.

b.) azul-escura, ela ser do primeiro andar, direita do elevador.

c.) cinza, com tonalidade escura, ela ser do terceiro andar, esquerda do elevador.

d.) Impossvel determinar a localizao.

e.) as alternativas (a) e (c) esto corretas.

18. Os lucros obtidos em 1996 pelas 900 maiores companhias americanas, de acordo com um levantamento feito pela revista Business Week, superam todas as expectativas. Graas a um timo quarto trimestre, eles cresceram 14% em relao ao ano anterior. A campe foi a Esso. Com um lucro de 7,5 bilhes, a Esso ocupou uma posio que pertencera General Motors em 1995. O faturamento da Esso, de 119,7 bilhes de dlares, foi o terceiro entre as empresas americanas. No ranking das 10 empresas que tiveram os maiores lucros no ano passado a Intel destacou-se com um crescimento de 45% em relao a 1995. A IBM, que at recentemente estava na berlinda, viu seus lucros aumentarem em 30% nesse perodo. Agora, novamente os economistas esto pessimistas. Na opinio deles, dificilmente em 1997 o ndice de crescimento dos lucros alcanar dois dgitos.

De acordo com o texto:a.) Dificilmente os ndices de crescimento dos lucros se repetir de 1996 para 1997, apesar do resultados obtidos de 1995 para 1996.

b.) Apesar do maior faturamento da Esso em 1996, ela ocupa a terceira posio em lucros, conquistando a posio da General Motors.

c.) A Intel destacou-se com um crescimento de 45% no seu faturamento.

d.) Os lucros obtidos em 1996 superaram todas as expectativas crescendo, no quarto trimestre do ano passado, 14%.

e.) A IBM elevou 30% seus lucros de 1996 para 1997.

19. Numa recente viagem aos Estados Unidos, o economista Octavio de Barros descobriu que os americanos investiram no Brasil quase 4,6 bilhes de dlares em 1995. Dessa quantia, 2,2 bilhes representam reinvestimentos de subsidirias j instaladas aqui. O que surpreende a discrepncia entre esses dados e a estatstica do Banco Central. Estas indicam que o investimento direto de todos os pases no Brasil em 1995 foi de 3,5 bilhes de dlares e o reinvestimento, de 200 milhes. As estatsticas brasileiras esto subestimadas, segundo o economista, porque no mais necessrio atualiz-las anualmente, a fim de gozar de benefcios fiscais, como no passado.De acordo com o texto, podemos concluir que:a.) Por no ser mais necessrio atualizar as informaes para obter benefcios fiscais, as estatsticas brasileiras esto superestimadas.

b.) Os americanos reinvestiram 2,2 bilhes de dlares, em 1995, ao contrrio das estatsticas brasileiras que indicam apenas 200 milhes de dlares.

c.) Para Octavio de Barros um grande erro o Brasil manter estas estatsticas discrepantes.

d.) Na verdade, o erro das estatsticas brasileiras muito maior do que 31% na diferena de investimentos diretos, pois leva em conta todos os pases que aqui investiram.

e.) Octavio de Barros descobriu que as estatsticas do Banco Central apresentam discrepncias quanto ao volume de investimentos para as empresas usufrurem dos benefcios fiscais.

20. "Os casais, quando no se divertem, se deixam atingir seriamente e a famlia paga o alto preo que o desequilbrio cobra, cujo desequilbrio passa a dominar tudo e todos e, como entendem os netos e os tios j no entendem os sobrinhos, o que causa um verdadeiro desastre social." (O Raciocnio - Brasil / fonte: Internet).De acordo com o texto:a.) Os sobrinhos no entendem os netos e os tios.

b.) A diferena de interpretao dos fatos entre os membros de uma nica famlia causam um verdadeiro desastre social.

c.) A diverso dos casais tem um alto preo, pago pelo restante da famlia.

d.) O desequilbrio, quando passa a dominar, causa um desentendimento entre o casal e os sobrinhos.

e.) O verdadeiro desastre social causado pela falta de entendimento dos sobrinhos.

GABARITO

01. A 05. D 09. B 13. E 17. D

02. C 06. E 10. B 14. E 18. A

03. E 07. C 11. A 15. C 19. D

04. B 08. C 12. D 16. A 20. B

SIMULADO LNGUA PORTUGUESA

Responda as questes de 1 a 10 de acordo com o texto abaixo:O primeiro dever passado pelo novo professor de portugus foi uma descrio tendo o mar como tema. A classe inspirou-se, toda ela, nos encapelados mares de Cames, aqueles nunca dantes navegados; o episdio do Adamastor foi reescrito pela meninada. Prisioneiro no internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar de Ilhus foi o tema de minha descrio.

Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela. Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a existncia de uma vocao autntica de escritor naquela sala de aula. Pediu que escutassem com ateno o dever que ia ler. Tinha certeza, afirmou, que o autor daquela pgina seria no futuro um escritor conhecido. No regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos.

Passei a ser uma personalidade, segundo os cnones do colgio, ao lado dos futebolistas, dos campees de matemtica e de religio, dos que obtinham medalhas. Fui admitido numa espcie de Crculo Literrio onde brilhavam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro, sensao permanente durante os dois anos em que estudei no colgio dos jesutas.

Houve, porm, sensvel mudana na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou-me sob sua proteo e colocou em minhas mos livros de sua estante. Primeiro "As Viagens de Gulliver", depois clssicos portugueses, tradues de ficcionistas ingleses e franceses. Data dessa poca minha paixo por Charles Dickens. Demoraria ainda a conhecer Mark Twain, o norte-americano no figurava entre os prediletos do padre Cabral.

Recordo com carinho a figura do jesuta portugus erudito e amvel. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da criao literria. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de internato, a fazer mais leve a minha priso, minha primeira priso.Jorge Amado1. Padre Cabral, numa determinada passagem do texto, ordena que os alunos:

a)faam uma descrio sobre o mar;

b)descrevam os mares encapelados de Cames;

c)reescrevam o episdio do Gigante Adamastor;.

d)faam uma descrio dos mares nunca dantes navegados;

e)retirem de Cames inspirao para descrever o mar.

2. Segundo o texto, para executar o dever imposto por Padre Cabral, a classe toda usou de um certo:a)conhecimento extrado de "As viagens de Gulliver";

b)assunto extrado de tradues de ficcionistas ingleses e franceses;

c)amor por Charles Dickens;

d)mar descrito por Mark Twain;

e)saber j feito, j explorado por clebre autor.

3.Apenas o narrador foi diferente, porque:

a)lia Cames;

b)se baseou na prpria vivncia;

c)conhecia os ficcionistas ingleses e franceses;

d)tinha conhecimento das obras de Mark Twain;

e)sua descrio no foi corrigida na cela de Padre Cabral.

4.O narrador confessa que no internato lhe faltava:a)a leitura de Os Lusadas;

b)o episdio do Adamastor;

c)liberdade e sonho;

d)vocao autntica de escritor;

e)respeitvel personalidade.

5.Todos os alunos apresentaram seus trabalhos, mas s foi um elogiado, porque revelava:a)liberdade;

b)sonho;

c)imparcialidade;

d)originalidade;

e)resignao.

6.Por ter executado um trabalho de qualidade literria superior, o narrador adquiriu um direito que lhe agradou muito:a)ler livros da estante de Padre Cabral;

b)rever as praias do Pontal;

c)ler sonetos camonianos;

d)conhecer mares nunca dantes navegados;

e)conhecer a cela de Padre Cabral.

7.Contudo, a felicidade alcanada pelo narrador no era plena. Havia uma pedra em seu caminho:a)os colegas do internato;

b)a cela do Padre Cabral;

c)a priso do internato;

d)o mar de Ilhus;

e)as praias do Pontal.

8.Conclui-se, da leitura do texto, que:a)o professor valorizou o trabalho dos alunos pelo esforo com que o realizaram;

b)o professor mostrou-se satisfeito porque um aluno escreveu sobre o mar de Ilhus;

c)o professor ficou satisfeito ao ver que um de seus alunos demonstrava gosto pela leitura dos clssicos portugueses;

d)a competncia de saber escrever conferia, no colgio, tanto destaque quanto a competncia de ser bom atleta ou bom em matemtica;

e)graas amizade que passou a ter com Padre Cabral, o narrador do texto passou a ser uma personalidade no colgio dos jesutas.

9.O primeiro dever... foi uma descrio... Contudo nesse texto predomina a:

a)narrao;

b)dissertao;

c)descrio;

d)linguagem potica;

e)linguagem epistolar.

10.Por isso a maioria dos verbos do texto encontra-se no:a)presente do indicativo;

b)pretrito imperfeito do indicativo;

c)pretrito perfeito do indicativo;

d)pretrito mais que perfeito do indicativo;

e)futuro do indicativo.

Releia a primeira estrofe e responda as questes de 11 a 13

Cheguei, Chegaste, Vinhas fatigada

E triste, e triste e fatigado eu vinha.

Tinhas a alma de sonhos povoada.

E a alma de sonhos povoada eu tinha.

11. ordem alterada, que o autor elabora no texto, em busca da eufonia e ritmo, d-se o nome de:a)anttese;

b)metfora;

c)hiprbato;

d)pleonasmo;

e)assndeto.

12.E a alma de sonhos povoada eu tinha. Na ordem direta fica:a)E a alma povoada de sonhos eu tinha.

b)E povoada de sonhos a alma eu tinha.

c)E eu tinha povoada de sonhos a alma.

d)E eu tinha a alma povoada de sonhos.

e)E eu tinha a alma de sonhos povoados.

13.Predominam na primeira estrofe as oraes:a)substantivas;

b)adverbiais;

c)coordenadas;

d)adjetivas;

e)subjetivas.

Releia a segunda estrofe para responder as questes de 14 a 17:E paramos de sbito na estrada

Da vida: longos anos, presa minha

A tua mo, a vista deslumbrada

Tive da luz que teu olhar continha

14.O objetivo preso (presa) refere-se a:a)estrada;

b)vida;

c)minha mo;

d)tua mo;

e)vista.

15.Coloque nos espaos em branco os verbos ao lado corretamente flexionados no imperativo afirmativo, segunda pessoa do singular.

.................................(parar) na estrada da vida; ........................(manter) a luz de teu olhara)pra - mantm

b)paras - mantns

c)pare - mantenha

d)pares - mantenhas

e)parai - mantende

16.Tive da luz que teu olhar continha. Com luz no plural teramos que escrever assim:a)Tive das luzes que teu olhar continha.

b)Tive das luzes que teus olhares continha.

c)Tive das luzes que teu olhar continham.

d)Tive das luzes que teus olhares continham.

e)Tiveram das luzes que teus olhares continham.

17.Tive da luz que teu olhar continha.A orao destacada, em relao ao substantivo luz, guarda um valor de:

a)substantivo;

b)adjetivo;

c)pronome;

d)advrbio;

e)aposto.

Releia as duas ltimas estrofes para responder as questes de 18 a 20:

Hoje, segues de novo... Na partida

Nem o pranto os teus olhos umedece,

Nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitrio, volto a face, e tremo,

vendo o teu vulto que desaparece

Na extrema curva do caminho extremo.

18.Sujeito do verbo umedecer (umedece):

a)a partida;

b)os teus olhos;

c)tu;

d)ela;

e)o pranto.

19.O verbo comover (comove) refere-se no texto (e por isso concorda com ela) palavra:a)o pranto;

b)a dor;

c)teus olhos;

d)te;

e)partida.

20.Assinale a alternativa onde aparece um verbo intransitivo.a)Hoje seques de novo.

b)Nem o pranto os teus olhos umedece.

c)Nem te comove a dor de despedida.

d)E eu, solitrio, volto a face.

e)Vendo o teu vulto.

GABARITO

01A - 02E - 03B - 04C - 05D - 06A - 07C - 08D - 09A - 10C - 11C - 12D

13C - 14D - 15A - 16A - 17B - 18E - 19B - 20A

SIMULADO LNGUA PORTUGUESA

Responda as questes de 1 a 10 de acordo com o texto abaixo:O primeiro dever passado pelo novo professor de portugus foi uma descrio tendo o mar como tema. A classe inspirou-se, toda ela, nos encapelados mares de Cames, aqueles nunca dantes navegados; o episdio do Adamastor foi reescrito pela meninada. Prisioneiro no internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar de Ilhus foi o tema de minha descrio.

Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela. Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a existncia de uma vocao autntica de escritor naquela sala de aula. Pediu que escutassem com ateno o dever que ia ler. Tinha certeza, afirmou, que o autor daquela pgina seria no futuro um escritor conhecido. No regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos.

Passei a ser uma personalidade, segundo os cnones do colgio, ao lado dos futebolistas, dos campees de matemtica e de religio, dos que obtinham medalhas. Fui admitido numa espcie de Crculo Literrio onde brilhavam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro, sensao permanente durante os dois anos em que estudei no colgio dos jesutas.

Houve, porm, sensvel mudana na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou-me sob sua proteo e colocou em minhas mos livros de sua estante. Primeiro "As Viagens de Gulliver", depois clssicos portugueses, tradues de ficcionistas ingleses e franceses. Data dessa poca minha paixo por Charles Dickens. Demoraria ainda a conhecer Mark Twain, o norte-americano no figurava entre os prediletos do padre Cabral.

Recordo com carinho a figura do jesuta portugus erudito e amvel. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da criao literria. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de internato, a fazer mais leve a minha priso, minha primeira priso.Jorge Amado

1. Padre Cabral, numa determinada passagem do texto, ordena que os alunos:

a)faam uma descrio sobre o mar;

b)descrevam os mares encapelados de Cames;

c)reescrevam o episdio do Gigante Adamastor;.

d)faam uma descrio dos mares nunca dantes navegados;

e)retirem de Cames inspirao para descrever o mar.

2. Segundo o texto, para executar o dever imposto por Padre Cabral, a classe toda usou de um certo:

a)conhecimento extrado de "As viagens de Gulliver";

b)assunto extrado de tradues de ficcionistas ingleses e franceses;

c)amor por Charles Dickens;

d)mar descrito por Mark Twain;

e)saber j feito, j explorado por clebre autor.

3.Apenas o narrador foi diferente, porque:

a)lia Cames;

b)se baseou na prpria vivncia;

c)conhecia os ficcionistas ingleses e franceses;

d)tinha conhecimento das obras de Mark Twain;

e)sua descrio no foi corrigida na cela de Padre Cabral.

4.O narrador confessa que no internato lhe faltava:

a)a leitura de Os Lusadas;

b)o episdio do Adamastor;

c)liberdade e sonho;

d)vocao autntica de escritor;

e)respeitvel personalidade.

5.Todos os alunos apresentaram seus trabalhos, mas s foi um elogiado, porque revelava:

a)liberdade;

b)sonho;

c)imparcialidade;

d)originalidade;

e)resignao.

6.Por ter executado um trabalho de qualidade literria superior, o narrador adquiriu um direito que lhe agradou muito:

a)ler livros da estante de Padre Cabral;

b)rever as praias do Pontal;

c)ler sonetos camonianos;

d)conhecer mares nunca dantes navegados;

e)conhecer a cela de Padre Cabral.

7.Contudo, a felicidade alcanada pelo narrador no era plena. Havia uma pedra em seu caminho:

a)os colegas do internato;

b)a cela do Padre Cabral;

c)a priso do internato;

d)o mar de Ilhus;

e)as praias do Pontal.

8.Conclui-se, da leitura do texto, que:

a)o professor valorizou o trabalho dos alunos pelo esforo com que o realizaram;

b)o professor mostrou-se satisfeito porque um aluno escreveu sobre o mar de Ilhus;

c)o professor ficou satisfeito ao ver que um de seus alunos demonstrava gosto pela leitura dos clssicos portugueses;

d)a competncia de saber escrever conferia, no colgio, tanto destaque quanto a competncia de ser bom atleta ou bom em matemtica;

e)graas amizade que passou a ter com Padre Cabral, o narrador do texto passou a ser uma personalidade no colgio dos jesutas.

9.O primeiro dever... foi uma descrio... Contudo nesse texto predomina a:

a)narrao;

b)dissertao;

c)descrio;

d)linguagem potica;

e)linguagem epistolar.

10.Por isso a maioria dos verbos do texto encontra-se no:

a)presente do indicativo;

b)pretrito imperfeito do indicativo;

c)pretrito perfeito do indicativo;

d)pretrito mais que perfeito do indicativo;

e)futuro do indicativo.

Releia a primeira estrofe e responda as questes de 11 a 13Cheguei, Chegaste, Vinhas fatigada

E triste, e triste e fatigado eu vinha.

Tinhas a alma de sonhos povoada.

E a alma de sonhos povoada eu tinha.

11. ordem alterada, que o autor elabora no texto, em busca da eufonia e ritmo, d-se o nome de:

a)anttese;

b)metfora;

c)hiprbato;

d)pleonasmo;

e)assndeto.

12.E a alma de sonhos povoada eu tinha. Na ordem direta fica:

a)E a alma povoada de sonhos eu tinha.

b)E povoada de sonhos a alma eu tinha.

c)E eu tinha povoada de sonhos a alma.

d)E eu tinha a alma povoada de sonhos.

e)E eu tinha a alma de sonhos povoados.

13.Predominam na primeira estrofe as oraes:

a)substantivas;

b)adverbiais;

c)coordenadas;

d)adjetivas;

e)subjetivas.

Releia a segunda estrofe para responder as questes de 14 a 17:

E paramos de sbito na estrada

Da vida: longos anos, presa minha

A tua mo, a vista deslumbrada

Tive da luz que teu olhar continha

14.O objetivo preso (presa) refere-se a:

a)estrada;

b)vida;

c)minha mo;

d)tua mo;

e)vista.

15.Coloque nos espaos em branco os verbos ao lado corretamente flexionados no imperativo afirmativo, segunda pessoa do singular.

.................................(parar) na estrada da vida; ........................(manter) a luz de teu olhar

a)pra - mantm

b)paras - mantns

c)pare - mantenha

d)pares - mantenhas

e)parai - mantende

16.Tive da luz que teu olhar continha. Com luz no plural teramos que escrever assim:

a)Tive das luzes que teu olhar continha.

b)Tive das luzes que teus olhares continha.

c)Tive das luzes que teu olhar continham.

d)Tive das luzes que teus olhares continham.

e)Tiveram das luzes que teus olhares continham.

17.Tive da luz que teu olhar continha.

A orao destacada, em relao ao substantivo luz, guarda um valor de:

a)substantivo;

b)adjetivo;

c)pronome;

d)advrbio;

e)aposto.

Releia as duas ltimas estrofes para responder as questes de 18 a 20:

Hoje, segues de novo... Na partida

Nem o pranto os teus olhos umedece,

Nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitrio, volto a face, e tremo,

vendo o teu vulto que desaparece

Na extrema curva do caminho extremo.

18.Sujeito do verbo umedecer (umedece):

a)a partida;

b)os teus olhos;

c)tu;

d)ela;

e)o pranto.

19.O verbo comover (comove) refere-se no texto (e por isso concorda com ela) palavra:

a)o pranto;

b)a dor;

c)teus olhos;

d)te;

e)partida.

20.Assinale a alternativa onde aparece um verbo intransitivo.

a)Hoje seques de novo.

b)Nem o pranto os teus olhos umedece.

c)Nem te comove a dor de despedida.

d)E eu, solitrio, volto a face.

e)Vendo o teu vulto.

GABARITO

01A - 02E - 03B - 04C - 05D - 06A - 07C - 08D - 09A - 10C - 11C - 12 D

13C - 14D - 15A - 16A - 17B - 18E - 19B - 20A

SIMULADO - LNGUA PORTUGUESA

1. De acordo com o ditado popular "invejoso nunca medrou, nem quem perto dele morou",a) o invejoso nunca teve medo, nem amedronta seus vizinhos;

b) enquanto o invejoso prospera, seus vizinhos empobrecem;

c) o invejoso no cresce e no permite o crescimento dos vizinhos;

d) o temor atinge o invejoso e tambm seus vizinhos;

e) o invejoso no provoca medo em seus vizinhos.

2. Leia e responda:"O destino no s dramaturgo, tambm o seu prprio contra-regra, isto , designa a entrada dos personagens em cena, d-lhes as cartas e outros objetos, e executa dentro os sinais correspondentes ao dilogo, uma trovoada, um carro, um tiro."

Assinale a alternativa correta sobre esse fragmento de D. Casmurro, de Machado de Assis:

a) de carter narrativo;

b) de carter reflexivo;

c) evita-se a linguagem figurada;

d) de carter descritivo;

e) no h metalinguagem.

3. "To barato que no conseguimos nem contratar uma holandesa de olhos azuis para este anncio."No texto, a orientao semntica introduzida pelo termo nem estabelece uma relao de:a) excluso;

b) negao;

c) adio;

d) intensidade;

e) alternncia.

Texto para a questo 4. Ah, no sabe? No o sabes? Sabes-lo no?

Esquece.

No. Como "esquece"? Voc prefere falar errado?

E o certo "esquece" ou "esquea"? Ilumine-me. Mo diga. Ensines-lo-me, vamos.

Depende.

Depende. Perfeito. No o sabes.

Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas no sabes-o.

Est bem. Est bem. Desculpe. Fale como quiser.

(L. F. Verssimo, Jornal do Brasil, 30/12/94)4. O texto tem por finalidade:a) satirizar a preocupao com o uso e a colocao das formas pronominais tonas;

b) ilustrar ludicamente vrias possibilidades de combinao de formas pronominais;

c) esclarecer pelo exemplo certos fatos da concordncia de pessoa gramatical;

d) exemplificar a diversidade de tratamentos que comum na fala corrente.

e) valorizar a criatividade na aplicao das regras de uso das formas pronominais.

5. Bem cuidado como , o livro apresenta alguns defeitos. Comeando com "O livro apresenta alguns defeitos", o sentido da frase no ser alterado se continuar com:a) desde que bem cuidado;

b) contanto que bem cuidado;

c) medida que bem cuidado;

d) tanto que bem cuidado;

e) ainda que bem cuidado.

Texto para as questes 6 e 7."Eu considerei a glria de um pavo ostentando o esplendor de suas cores; um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas no existem na pena do pavo. No h pigmentos. O que h so minsculas bolhas d'gua em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavo um arco-ris de plumas. Eu considerei que este o luxo do grande artista, atingir o mximo de matizes com um mnimo de elementos. De gua e luz ele faz seu esplendor, seu grande mistrio a simplicidade. Considerei, por fim, que assim o amor, oh minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz do teu olhar. Ele me cobre de glrias e me faz magnfico."(Rubem Braga, 200 Crnicas Escolhidas)

6. Nas trs "consideraes" do texto, o cronista preserva, como elemento comum, a idia de que a sensao de esplendor:a) ocorre de maneira sbita, acidental e efmera;

b) uma reao mecnica dos nossos sentidos estimulados;

c) decorre da predisposio de quem est apaixonado;

d) projeta-se alm dos limites fsicos do que a motivou;

e) resulta da imaginao com que algum v a si mesmo.

7. Atente para as seguintes afirmaes:I - O esplendor do pavo e o da obra de arte implicam algum grau de iluso.

II - O ser que ama sente refletir em si mesmo um atributo do ser amado.

III - O aparente despojamento da obra de arte oculta os recursos complexos de sua elaborao.

De acordo com o que o texto permite deduzir, apenas:a) as afirmaes I e III esto corretas;

b) as afirmaes I e II esto corretas;

c) as afirmaes II e III esto corretas;

d) a afirmao I est correta;

e) a afirmao II est correta.

Texto para as questes 8 e 9."Em nossa ltima conversa, dizia-me o grande amigo que no esperava viver muito tempo, por ser um "cardisplicente".

- O qu?

- Cardisplicente. Aquele que desdenha do prprio corao.

Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionrio.

- "Cardisplicente" no existe, voc inventou - triunfei.

- Mas seu eu inventei, como que no existe? - espantou-se o meu amigo.

Semanas depois deixou em saudades fundas companheiros, parentes e bem-amadas. Homens de bom corao no deveriam ser cardisplicentes."8. Conforme sugere o texto, "cardisplicente" :a) um jogo fontico curioso, mas arbitrrio;

b) palavra tcnica constante de dicionrios especializados;

c) um neologismo desprovido de indcios de significao;

d) uma criao de palavra pelo processo de composio;

e) termo erudito empregado para criar um efeito cmico.

9. "- Mas se eu inventei, como que no existe?"Segundo se deduz da fala espantada do amigo do narrador, a lngua, para ele, era um cdigo aberto:a) ao qual se incorporariam palavras fixadas no uso popular;

b) a ser enriquecido pela criao de grias;

c) pronto para incorporar estrangeirismos;

d) que se amplia graas traduo de termos cientficos;

e) a ser enriquecido com contribuies pessoais.

Texto para as questes 10 e 11."A triste verdade que passei as frias no calado do Leblon, nos intervalos do novo livro que venho penosamente perpetrando. Estou ficando cobra em calado, embora deva confessar que o meu momento caladnido mais alegre quando, j no caminho de volta, vislumbro o letreiro do hotel que marca a esquina da rua onde finalmente terminarei o programa-sade do dia. Sou, digamos, um caminhante resignado. Depois dos 50, a gente fica igual a carro usado, a suspenso, a embreagem, o radiador, o contraplano do rolabrequim, o contrafarto do mesocrdio epidtico, a falta da serotorpina folimolecular, o que mecnicos e mdicos disseram. A, para conseguir ir segurando a barra, vou acatando os conselhos. Andar bom para mim, digo sem muita convico a meus entediados botes, bom para todos."(Joo Ubaldo Ribeiro, O Estado de S. Paulo, 6/8/95)

10. No perodo que se inicia em "Depois dos 50...", o uso de termos (j existentes ou inventados) referentes a reas diversas tem como resultado:

a) um tom de melancolia, pela aproximao entre um carro usado e um homem doente;b) um efeito de ironia, pelo uso paralelo de termos da medicina e da mecnica;

c) uma certa confuso no esprito do leitor, devido apresentao de termos novos e desconhecidos;

d) a inveno de uma metalinguagem, pelo uso de termos mdicos em lugar de expresses corriqueiras;

e) a criao de uma metfora existencial, pela oposio entre o ser humano e objetos.

11. Na frase "A, para conseguir ir segurando a barra, vou acatando os conselhos...". A ser corretamente substitudo, de acordo com seu sentido no texto, por:a) Nesse lugar

b) Nesse instante

c) Contudo

d) Em conseqncia

e) Ao contrrio

12. A prosopopia, figura que se observa no verso "Sinto o canto da noite na boca do vento", ocorre em:a) "A vida uma pera e uma grande pera."

b) "Ao cabo to bem chamado, por Cames, de 'Tormentrio', os portugueses apelidaram-no de 'Boa Esperana'."

c) "Uma talhada de melancia, com seus alegres caroos."

d) "Oh! eu quero viver, beber perfumes, Na flor silvestre, que embalsama os ares."

e) "A felicidade como a pluma..."

13.Folha: De todos os ditados envolvendo o seu nome, qual o que mais lhe agrada?

Sat: O diabo ri por ltimo.

Folha: Riu por ltimo.

Sat: Se por ltimo, o verbo no pode vir no passado.(O Inimigo Csmico, Folha de S. Paulo, 3/9/95)

Rejeitando a correo ao ditado, Sat mostra ter usado o presente do indicativo com o mesmo valor que tem em:a) Romrio recebe a bola e chuta. Gooool!

b) D. Pedro, indignado, ergue a espada e d o brado de independncia.

c) Todo dia ela fez tudo sempre igual.

d) O quadrado da hipotenusa igual soma dos quadrados dos catetos.

e) Uma manh destas, Jacinto, apareo no 202 para almoar contigo.

14. Reflita sobre o dilogo abaixo:X - Seu juzo melhorou?

Y - Bom... o que diz nosso psiquiatra.

Em Y:

1) Bom no se classifica como adjetivo.

2) e diz esto conjugados no mesmo tempo.

3) o pronome demonstrativo.

4) psiquiatra o ncleo do sujeito.

Somando-se os nmeros esquerda das declaraes corretas com referncia a Y, o resultado :a) 6

b) 7

c) 8

d) 9

e) 10

15. "(...) a gria desceu o morro e j ganhou rtulo de linguagem urbana. A gria hoje o segundo idioma do brasileiro. Todas as classes sociais a utilizam."

(Rodrigues, Kanne. Lngua Solta. O Povo. Fortaleza, 30/12/93. Caderno B, p. 6)

Assinale a letra em que no se emprega o fenmeno lingstico tratado no texto.a) A linguagem tida como padro, galera, a das classes sociais de maior prestgio econmico e cultural

b) Gria no linguagem s de marginal, como pensam alguns indivduos desinformados.

c) Apesar de efmera e descartvel, a gria um barato que enriquece o idioma.

d) "A gria enriquece tanto a linguagem como o poder de interao entre as comunidades. Sacou?!"

e) O economista comeou a falar em indexao, quando rolava um papo supercabea sobre babados mil.

As questes 16 e 17 devero ser respondidas a partir do texto que segue. Os nmeros entre parnteses, nas alternativas, remetem as linhas do texto."Sou, em princpio, contra a pena de morte, mas admito algumas excees. Por exemplo: pessoas que contam anedotas como se fossem experincias reais vividas por elas e s no fim voc descobre que anedota. Estas deviam ser fuziladas.

Todos os outros crimes punveis com a pena capital, na minha opinio, tm a ver, de alguma maneira, com telefone.

Cadeira eltrica para as telefonistas que perguntam: "Da onde?"

Forca para pessoas que estendem o polegar e o dedinho ao lado da cabea quando querem imitar um telefone. (Curiosamente, uma mmica desenvolvida h pouco. Ningum, misericordiosamente, tinha pensado nela antes, embora o telefone, o polegar e o mindinho existam h anos).

Garrote vil para os donos de telefone celular em geral e garrote seguido de desmembramento para os donos de telefone celular que gostam de falar no meio de multides e fazem questo de que todos saibam que se atrasou para a reunio porque o furnculo infeccionou.

(Claro, a condenao s viria depois de um julgamento, mas com o Aristides Junqueira na defesa.)"(L. F. Verssimo, "Morte", Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 22/12/1994. Caderno Opinio, p. 11)

16. Atente para o contedo de (a) (b) e (c)(a) Nem toda telefonista merece cadeira eltrica.

(b) Aristides Junqueira na acusao: ru descriminado.

(c) Deve-se aplicar exatamente a mesma penalidade aos donos de telefone.

Considerando o texto:a) apenas uma letra correta;

b) s uma letra incorreta;

c) todas as letras so corretas;

d) a maioria das letras incorreta;

e) nenhuma letra correta.

17. Indique a alternativa correta:a) em princpio (l. 1) tem sentido equivalente a por princpio;

b) como se (l. 3) estabelece, ao mesmo tempo, uma relao de aparncia e dvida;

c) deviam (l. 4) corresponde ao futuro do pretrito;

d) Em Todos os (l. 6), o artigo poderia ser dispensado;

e) tm a ver (l. 7) constitui um todo indissocivel cuja idia central expressa pelo verbo auxiliar.

18. Assinale a alternativa que contm a correta classificao morfolgica da palavra que, de acordo com a ordem em que aparece no seguinte perodo: "O certo que no levantou os olhos para mim porque queria que abenoasse aquele recanto de terra, que lhe dera algumas iluses.":a) pronome relativo - pronome relativo - conjuno subordinativa integrante;

b) conjuno subordinativa integrante - conjuno subordinativa adverbial causal - pronome relativo;

c) conjuno subordinativa integrante - conjuno subordinativa integrante - conjuno subordinativa integrante;

d) pronome relativo - conjuno subordinativa integrante - pronome relativo;

e) conjuno subordinativa integrante - conjuno subordinativa integrante - pronome relativo.

19. "__________ chegando os compradores que _________ os imveis - disse o corretor, quando _____________ na conversa."a) Vem - valorizam - interveio;

b) Vm - valorizem - interviu;

c) Vem - valorizem - interveio;

d) Vm - valorizam - interveio;

e) Vem - valorizam - interveio.

20. Disseram para _______ falar ________ ontem, mas no ________ encontrei em parte alguma.a) mim - consigo - o;

b) eu - com ele - lhe;

c) mim - consigo - lhe;

d) mim - contigo - te;

e) eu - com ele - o.

GABARITO

01C - 02B - 03B - 04A - 05E - 06C - 07D - 08C - 09E - 10B - 11C - 12C

13E - 14E - 15B - 16B - 17A - 18E - 19D - 20E

O QUINZE

Mas foi em vo que Chico Bento contou ao homem das passagens a sua necessidade de se transportar a Fortaleza com a famlia. S ele, a mulher, a cunhada e cinco filhos pequenos.

O homem no atendia.

No possvel. S se voc esperar um ms. Todas as passagens que eu tenho ordem de dar, j esto cedidas. Por que no vai por terra?

Mas, meu senhor, veja que ir por terra com esse magote de meninos uma morte!

O homem sacudiu os ombros:

Que morte! Agora que retirante tem esses luxos . . . No 77 no teve trem para nenhum. voc dar um jeito, que, passagens, no pode ser. . .

Chico Bento foi saindo.

Na porta, o homem ainda o consolou:

Pois se quiser esperar, talvez se arranje mais tarde. Imagine que tive de ceder cinqenta passagens ao Matias Paroara, que anda agenciando rapazes solteiros para o Acre!

Na loja do Zacarias, enquanto matava o bicho, o vaqueiro desabafou a raiva:

Desgraado! Quando acaba, andam espalhando que o governo ajuda os pobres. .. No ajuda nem a morrer!

O Zacarias segredou:

Ajudar, o governo ajuda. O preposto que um ratuno. . .

Anda vendendo as passagens a quem der mais . . .

Os olhos do vaqueiro luziram:

Por isso que ele me disse que tinha cedido cinqenta passagens ao Matias Paroara! . . .

Boca de ceder! Cedeu, mas foi mo pra l, mo pra c . . O Paroara me disse que pouco faltou pro custo da tarifa . . .Quase no deu interesse . .

Chico Bento cuspiu com a ardncia do mata-bicho:

Cambada ladrona!(Do romance homnimo de Raquel de Queiroz)

1 ) Os olhos de Chico Bento luziram de:a) revolta. d) dor.}

b) compreenso. e) satisfao.

c) ironia.

2 ) ". . . o governo ( . . . ) no ajuda nem a morrer!" Este desabafo revela-nosa) religiosidade. d) comparao.

b) ironia. e) esperana.

c) conformismo.

3) A passagem que melhor caracteriza uma atitude irnica, embora amarga e necessitada, :a ) "S se voc esperar um ms."

b) "Mas foi em vo . . . "

c) "S ele, a mulher, a cunhada e cinco filhos pequenos."

d) ". . . ir por terra com esse magote de meninos uma morte!"

e) "Por isso que ele me disse que tinha cedido cinqenta passagens..."

4) Este texto foi tirado do romance de Rachel de Queiroz O Quinze. No trecho h referncia a outro nmero: 0 77. Estes nmeros indicam: a) os trens encarregados de transportar retirantes.

b) o tempo em meses que durou cada uma das grandes secas nordestinas.

c) os anos em que houve as grandes secas do Nordeste.

d) o total dirio de mortes durante as secas.

e) o total de cidades nordestinas assoladas pelas secas.

5) A primeira reao de Chico Bento, aps a negativa ao seu pedido, foi:

a) procurar algum influente para conseguir-lhe as passagens.

b) desabafar sua raiva num comentrio contra o homem das passagens.

c) abafar a sua raiva na cachaa.

d) revoltar-se contra o governo.

e) conformar-se com seu destino.

6) O funcionrio encarregado de vender as passagens era:a) um inocente til.

b) um bode expiatrio.

c) maria-vai-com-as-outras.

d) pobre-diabo, infeliz como Chico Bento.

e) aproveitador da desgraa alheia.

7) Matias recebeu o apelido de Paroara porque: a) tinha o monoplio das passagens de trem.

b) era considerado um ratuno por todos que o conheciam bem.

c) contratava rapazes para o trabalho nos seringais.

d) tinha a sagacidade e a tenacidade comuns aos paus-de-arara.

e) nascera no Par.

8 ) A expresso usada por Chico Bento - "com esse magote de meninos" - revela: a) a pobreza de seus filhos.

b) a desolao que a seca provocara no vaqueiro.

c) a influncia do vocabulrio profissional no linguajar quotidiano.

d) o penoso e lastimvel estado doentio em que se encontravam os garotos.

e) a hipocrisia do funcionrio das passagens.

9) A expresso "mo pra l e mo pra c" tem sentido: a) agrcola.

b) comercial.

c) humorstico.

d) nutico.

e) romntico.

10) Assinale, segundo o texto, a afirmativa correta.a) O Matias Paroara fez um grande negcio com as passagens.

b) O governo vendia as passagens por preo reduzido aos retirantes.

c) Chico Bento estava na capital do Cear solicitando passagens.

d) O nmero de pessoas que dependiam do vaqueiro impedia a sua locomoo por terra.

e) O governo, atravs de passagens gratuitas, procurava incrementar o envio de braos para os seringais paraenses.

11. Em relao ao primeiro perodo do texto "Mas foi em vo que Chico Bento contou ao homem das passagens a sua necessidade de se transportar a Fortaleza com a famlia.", assinale alternativa correta.1. H 3 oraes.

2. O sujeito da 2 orao "Chico Bento".

3. O pronome "sua" se refere a "famlia".

4. A orao iniciada em "que Chico Bento contou ao homem..." deve ser classificada como or. subord. substantiva predicativa.

5. "com a famlia" o objeto indireto do verbo "transportar".

a. V - V - F - F - V

b. F - F - F - V - F

c. V - V - F - F - F

d. F - V - F - F - F

e. F - F - F - F - F

12. Ainda em relao ao 1 perodo do texto.

1. "Mas foi -toa Chico Bento ter contado ao bilheteiro que era necessrio transferir os familiares para Fortaleza", apesar de nova redao, o texto original no sofreu alterao .

2. Em "... contou ao homem das passagens a sua necessidade..." o emprego do acento grave no "a" facultativo, haja vista ocorrer antes de pronome possessivo.

3. Os vocbulos "famlia" e "s" foram acentuados corretamente porque toda paroxtona terminada em ditongo e toda monosslaba tnica devem ser acentuadas graficamente.

4. No 1 perodo do texto, aparece trs vezes o monosslabo "a", respectivamente, preposio, artigo e artigo.

5. Em "...contou ao homem das passagens" temos combinao e contrao de preposies com artigos.

a. V - V - V - V - F

b. F - F - F - F - V

c. F - V - F - F - F

d. V - V - V - F - F

e. F - F - F - V - V

13. Julgue as alternativas abaixo e escolha a alternativa que rena as respostas corretas.1. O segmento "Por que no vai por terra?" poderia ser modificado, sem alterao semntica e sem incorreo, para "Voc no vai por terra, por qu?"

2. Se no soubssemos que O Quinze o clebre romance de Raquel de Queiroz, que enfoca a terrvel seca de 1915 e a misria do serto, o texto poderia sugerir que Chico Bento pleiteava para si e para a famlia passagens areas.

3. No trecho "- Que morte! Agora que retirante tem esses luxos ..." , pode-se afirmar que o verbo ter foi empregado corretamente no campo semntico, mas cometeu-se erro de concordncia.

4. No trecho " voc dar um jeito, que, passagens, no pode ser..." a palavra "que" poderia ser substituda, sem mudana de significado, por porque.

5. Em " No 77 no teve trem para nenhum.", o verbo ter foi empregado em desacordo com a norma culta da lngua.

a. V - V - V - V - F

b. F - F - F - F - V

c. F - V - F - V - F

d. V - V - V - F - F

e. V - F - F - V - V

14. Julgue as alternativas abaixo e escolha a alternativa que rena as respostas corretas.1. No trecho "- Pois se quiser esperar, talvez se arranje mais tarde.", a palavra "se" deve ser classificada, respectivamente, como conjuno subordinativa condicional e como partcula apassivadora.

2. Observe que os vocbulos "talvez" e "quiser" foram grafados, respectivamente com Z e S; verifique, agora, se todos os vocbulos a seguir foram grafados corretamente: pequinez, altivez, indez, quisesse, graniso, aviso, hemoptise.

3. "O preposto que um ratuno..." poderia ser substitudo por "O representante um ordinrio".

4. No perodo "O preposto que um ratuno..." h duas oraes.

5. O acento agudo em ratuno deve-se regra de acentuao dos hiatos, observe se houve acentuao correta, pela mesma regra, nos vocbulos: genuno, frissimo e sanguneo.

a. V - V - V - V - F

b. F - F - F - F - V

c. F - V - F - V - F

d. V - F - V - F - F

e. V - F - F - V - V

15. Observe a construo "Chico Bento cuspiu com a ardncia do mata-bicho."1. O verbo "cuspir" est flexionado na 3 pessoa do singular do pretrito perfeito do indicativo, o presente do indicativo : cuspo, gospes, gospe, cuspimos, cuspis, gospem.

2. "mata-bicho" um substantivo composto, significa cachaa ou aguardente; no plural, fica "mata-bichos".

3. A funo sinttica de "mata-bicho" complemento nominal.

4. "cuspir" nesse perodo verbo intransitivo.

5. "com", preposio, no exerce funo sinttica, apenas um conectivo, que liga o termo regente (o verbo cuspir) a um termo subordinado (o substantivo ardncia).

a. V - V - V - V - F

b. F - F - F - F - V

c. F - V - F - V - V

d. V - F - V - F - F

e. V - F - F - V - V

GABARITO

1B - 2B - 3C - 4C - 5D - 6E - 7C - 8C - 9B - 10D - 11C - 12B - 13E - 14D - 15C

A MULHER NO BRASIL

Leia o texto abaixo para responder s questes de 1 a 5.

(fragmento)

A histria da mulher no Brasil, tal como a das mulheres em vrios outros pases, ainda est por ser escrita. Os estudiosos tm dado muito pouca ateno mulher nas diversas regies do mundo, o que inclui a Amrica Latina. Os estudos disponveis sobre a mulher brasileira so quase todos meros registros de impresses, mais do que de fatos, autos-de-f quanto natureza das mulheres ou rpidas biografias de brasileiras notveis, mais reveladoras sobre os preconceitos e a orientao dos autores do que sobre as mulheres propriamente ditas. As mudanas ocorridas no sculo XX reforam a necessidade de uma perspectiva e de uma compreenso histricas do papel, da condio e das atividades da mulher no Brasil.Hahner, June E, A Mulher no Brasil. Rio de Janeiro, Civilizao Brasileira, 1978. p. 9.

Marque "C" para as corretas e "E" para as erradas.

QUESTO 1

Com relao ao texto supratranscrito, julgue os itens abaixo.

1.( ) No havendo um estudo histrico sobre o papel da mulher na sociedade, a mulher brasileira semelhantssima s mulheres de vrios pases do mundo.

2.( ) Com exceo de inconsistentes biografias de brasileiras que se destacaram, as demais obras sobre a mulher no Brasil esto impregnadas de juzos prvios que as tornam de discutvel valor.

3.( ) As modificaes ocorridas neste sculo reforam a necessidade de se escrever a verdadeira histria da mulher no Brasil.

4.( ) Na Amrica Latina os estudiosos tm dado muito pouca ateno mulher.

5.( ) Alguns estudos revelam mais os preconceitos do que as verdades da mulher brasileira.

QUESTO 2

Nas sentenas abaixo, julguem-se as estruturas morfossintticas.

1.( ) Houve associao correta entre o radical latino e seu significado nos vocbulos seguintes: beligerantes (guerra), onipotncia (todo), sesquicentenrio (um e meio), retrgradas (que anda).

2.( ) Os estudos disponveis sobre a mulher brasileira so quase todos registros de meras impresses, mais do que fatos... A alterao da posio do adjetivo "mero" no implica alterao semntica ao segmento.

3.( ) Mais de um bigrafo correspondiam-se na nsia de compreender a perspectiva histrica do papel da mulher brasileira.

4.( ) "autos-de-f" (linha 5), um substantivo composto e por isso escrito com hfen, foi empregado em sentido denotativo.

5.( ) Nem uma nem outra compreenso histrica reforava as perspectivas da mulher no Brasil.

QUESTO 3

Do ponto de vista sinttico, julgue os itens abaixo.

1.( ) Historicamente a mulher do Brasil tal qual as mulheres de vrios outros pases.

2.( ) Se colocado na voz ativa, o 1 perodo passaria a ter a seguinte redao: Ainda est por escrever a histria da mulher no Brasil, tal como a das mulheres de vrios outros pases.

3.( ) No perodo "Os estudiosos tm dado muito pouca ateno mulher ..." (linha 2) temos o emprego do pretrito perfeito composto do indicativo.

4.( ) Os estudiosos tm dado pouca ateno as mulheres brasileiras e as outras do mundo inteiro. O acento indicativo da crase, nas ocorrncias possveis, facultativo.

5.( ) "Os estudiosos tm dado muito pouca ateno mulher nas diversas regies do mundo, o que inclui a Amrica Latina." nesse perodo, o acento circunflexo foi empregado por fora da regra dos monosslabos tnicos.

QUESTO 4

Considerando-se os aspectos morfossintticos que se verificam no perodo: " Os estudos de que se dispe sobre a mulher brasileira so meros registros de impresses.", julgue as assertivas.

1.( ) O termo preposicionado "de impresses" uma locuo adjetiva na funo sinttica de adjunto adnominal.

2.( ) Nessa estrutura, empregou-se o verbo na 3 pessoa do singular com o pronome "se" indicativo de sujeito indeterminado.

3.( ) Temos um perodo composto por subordinao, em que a orao principal "Os estudos so meros registros de impresses".;

4.( ) A orao "de que se dispe sobre a mulher" subordinada adjetiva restritiva.

5.( ) O pronome relativo o complemento nominal do substantivo abstrato "estudos".

QUESTO 5

Quanto pontuao, aponte nas alternativas abaixo as certas e as erradas, se houver.

1.( ) Ela termina por afetar nosso prprio carter, afastando-nos assim do ideal de nos tornarmos cada vez mais seres ticos e morais.

2.( ) necessrio, que se acredite em alguma coisa.

3.( ) Devemos ver no abandono e vilipndio desses valores, uma ameaa grave a nossa sobrevivncia.

4.( ) E, portanto, seus defeitos so nossos defeitos, por mais que isto nos cause desalento, ou mesmo vergonha.

5.( ) Os privilgios e interesses ilegtimos, esto to arraigados, misturados como argamassa no sistema, que no vejo fora capaz de derrub-los.

GABARITO

1- ECECC / 2- CECEE / 3- ECCEE / 4- ECCCE / 5- CEECE

A amamentao do filho

Dlio Maranho e Luiz Incio B. CarvalhoPara amamentar o prprio filho, at que este complete seis messes de idade, ter a mulher direito, durante a jornada, a dois descansos especiais, de meia hora cada um. Quando o exigir a sade da criana, tais descansos podero continuar, alm dos seis meses, a critrio da autoridade competente (art. 396 da Consolidao)

Tratando-se de descansos especiais, sero concedidos sem prejuzo do intervalo normal para repouso e alimentao, dentro da jornada, e nesta computados.1 - No desenvolvimento do texto acima, muitos termos referem-se a termos anteriores; o item em que a referncia a um termo anterior no est correta :

a) "...at que este complete seis meses de idade,..." - o prprio filho;

b) "...durante a jornada..." - de amamentao do filho;

c) "...de meia hora cada um." - descanso especial;

d) "...tais descansos podero continuar..." - os descansos especiais;

e) "...alm do seis meses..." - seis meses de idade do filho.

2 - O item em que o elemento destacado no tem sua significao corretamente indicada :a) "Para amamentar..." - finalidade;

b) "...at que este complete..." - tempo;

c) "...durante a jornada..." - tempo;

d) "...a critrio da autoridade competente." - conformidade;

e) "...sem prejuzo do intervalo normal..." - condio.

3 - "Para amamentar o prprio filho, at que este complete seis meses de idade, ter a mulher, direito, durante a jornada, a dois descansos especiais, de meia hora cada um."; o comentrio correto a respeito da estrutura sinttica desse perodo :a) o sujeito do verbo da orao principal est posposto;

b) a orao subordinada do perodo indica finalidade;

c) o complemento nominal de "direito" "durante a jornada";

d) "Para amamentar o prprio filho" adjunto ligado orao subordinada;

e) "especiais" predicativo do sujeito.

4 - "Quando o exigir a sade da criana..."; colocando-se a orao em ordem direta e substituindo-se o pronome oblquo por seu correspondente semntico, teremos a seguinte orao:a) Quando exigir o amamentar a sade da criana...;

b) Quando a sade da criana exigir tais medidas...;

c) Quando o amamentar for exigido pela sade da criana...;

d) Quando a sade da criana o exigir...;

e) Quando a sade da criana exigi-lo...

5 - Segundo o primeiro pargrafo do texto: a) impreterivelmente at os seis meses de idade, o filho ter direito a descansos especiais;

b) s a autoridade competente pode decidir sobre o estado de sade da criana;

c) os descansos especiais, sob certas condies, podem ultrapassar os seis meses de idade do filho;

d) se a sade da criana o exigir, os descansos podem no atingir os seis meses de idade do filho;

e) no caso de morte do filho, a mulher ter o direito de descansos especiais suspenso.

6 - J no segundo pargrafo estabelece-se que:a) sero computados nos descansos especiais os intervalos normais de descanso e alimentao;

b) a jornada de trabalho ser acrescida do tempo dedicado aos descansos especiais;

c) haver reduo real de meia hora de trabalho por dia para a amamentao do filho;

d) sero descontados na jornada de trabalho os descansos especiais;

e) os descansos especiais no interferiro nos demais descansos da jornada de trabalho.

7 - "Tratando-se de descansos especiais..."; o item em que se inclui adequadamente uma conjuno orao reduzida desse segmento :a) Mesmo que se trate de descansos especiais...;

b) J que se trata de descansos especiais...;

c) Ainda que se trate de descansos especiais...;

d) Quando se trate de descansos especiais...;

No momento em que se trate de descansos especiais...

GABARITO

1 B - 2 E - 3 anul. - 4 B - 5 C - 6 E - 7 B

Idade mnima de trabalhoO menor de 14 anos no pode ser empregado. absolutamente incapaz para o trabalho, salvo na condio de aprendiz. Esta a norma (Constituio, art. 7., XXXIII, e Estatuto art. 60). Portanto, o disposto no art. 403 da Constituio restou revogado.

A idade mnima por outro lado, estabelecida em 18 anos no caso do trabalho noturno (art. 404 da Consolidao, e art. 7. XXXIII, da CF) e, ainda:

a) nos locais e servios perigosos ou insalubres;

b) nos locais ou servios prejudiciais sua moralidade, como em teatro de revistas, cinemas,cassinos, cabars, dancings, cafs concerto; em funes de acrobata, saltimbanco, ginasta; que se relacionem com escritos ou quaisquer objetos ofensivos moralidade do menor; na venda, a varejo, de bebidas alcolicas ( 405 da Consolidao., e art. 67, III, do Estatuto);

c) realizado em horrio e locais que no permitam a freqncia escola (art. 67, IV, do Estatuto).

Depender da autorizao do juiz de menores o trabalho do menor de 18 anos nas ruas, praas e outros logradouros (& 2 do art. 405).

Poder o juiz de menores autorizar o menor de 18 anos o trabalho em casa de diverso ou em circos, desde que a representao no lhe possa ofender o pudor ou a moralidade, e quando a ocupao for indispensvel prpria subsistncia ou de seus ascendentes ou irmos (art. 406 da Consolidao). 1- Compreende-se por "insalubres"somente os locais e servios que:a) atentem contra a moral e os bons costumes;

b) ultrapassem o horrio das 22 horas;

c) ofeream risco de vida;

d) sejam prejudiciais sade;

e) possibilitem o contacto com pessoas doentes.

2 - Ao dizer que o menor de 14 anos " absolutamente incapaz para o trabalho", o texto diz que:a) ele no recebeu formao profissional adequada;

b) ele no possui inteligncia formada para o trabalho;

c) ele no pode ser empregado;

d) ele s pode ser aprendiz de um trabalhador adulto;

e) ele ainda no possui condies necessrias para o trabalho.

3 - Palavras do texto que no so acentuadas em funo da mesma regra ortogrfica so:a) mnima - alcolica;

b) cabars - cafs;

c) cafs - ;

d) horrios - freqncia;

e) prpria - subsistncia.

4 - Assinale o item que indica um caso de crase decorrente de uma situao sinttica distinta das demais:a) "... nos locais ou servios prejudiciais `a sua moralidade, ...

b) "... ou quaisquer objetos ofensivos moralidade...";

c) "... que no permitam a freqncia escola...";

d) "... for indispensvel prpria subsistncia...":

e) "... ou de seus ascendentes ou irmos.

5 - Deduz-se corretamente da leitura do texto 2 que:a) os maiores de 14 anos no esto sujeitos ao juiz de menores;

b) os menores de 18 anos podem trabalhar em circos desde que para sustentar descendentes;

c) os menores de 14 anos s podem ser empregados se o juiz autorizar;

d) no caso de trabalho noturno, s podem trabalhar os maiores de 14 anos;

e) o menor de 18 anos poder trabalhar, caso autorizado, em praas pblicas.

6 - A palavra dancings aparece grafada em itlico porque:a) se trata de um estrangeirismo;

b) se trata de um vocbulo considerado grosseiro;

c) o texto quer destac-lo;

d) se refere a uma realidade exclusivamente carioca;

e) se refere a um trabalho noturno especial.

7 - Alguns termos da lei mostram que as realidades abordadas so de outros momentos da histria do pas; esto nesse caso:a) teatros de revistas e cinemas;

b) cinemas e dancings;

c) cassinos e cabars;

d) cabars e dancings;

e) cassinos e cafs-concerto.

8 - O plural de "caf-concerto" "cafs-concerto"; a palavra a seguir que faz o plural do mesmo modo :a) segunda-feira

b) tenente-coronel;

c) quebra-quebra;

d) caneta-tinteiro;

e) sempre-viva.

9 - "... desde que a representao no lhe possa ofender o pudor ou a moralidade..."; neste caso, o texto estabelece uma:a) conformidade;

b) condio;

c) adversidade;

d) concesso;

e) comparao.

GABARITO

1D - 2C - 3C - 4C - 5E - 6A - 7anul. - 8D - 9B

Contrato de aprendizagemAprendiz aquele que trabalha aprendendo ao mesmo tempo, sob a direo de outrem, uma arte ou um ofcio. Como acentua Martins Catharino, "o empregado discente credor de ensino. O empregador docente, por si ou por outrem, deve satisfazer a obrigao assumida ou impost, que de fazer. Ora, na relao de emprego comum, a prestao principal e tpica do empregador resulta, quase sempre, de uma obrigao de dar; a do empregado, trabalhar em proveito e sob as ordens do outro contratante. Assim, a aprendizagem introduz sensvel, modificao do contedo ordinrio do contrato de emprego:. Trata-se de um contrato de trabalho especial.1 - Segundo o texto, o empregado discente aquele que:a) deve pagar para aprender;

b) deve receber para ensinar;

c) deve receber ensino;

d) obrigado a ensinar;

e) deve aprender e ensinar.

2 - O que ope, respectivamente, empregado discente e empregador docente :a) ensinar/aprender;

b) aprender/fazer;

c) fazer/ensinar;

d) ensinar/fazer;

e) dar/receber.

3 - A modificao introduzida pela aprendizagem no contedo ordinrio do contrato de trabalho que:a) o empregado deixa de receber por seus servios;

b) o empregador no est obrigado a pagar pelos servios prestados;

c) o empregador deve fazer em lugar de dar;

d) o empregado deve aprender em lugar de trabalhar;

e) o empregado e empregador devem aprender.

4 - Assinale o item em que a preposio "de " no exigida pela regncia de um termo anterior:a) "... relao de emprego comum,...";

b) "... credor de ensino.";

c) "...que de fazer. ";

d) "... ordinrio do contrato de emprego";

e) "... de uma obrigao de dar;".

GABARITO

1C - 2B - 3C - 4A