SÉRGIO BALLERINI PROPOSTA DE CRITÉRIOS PARA...

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SÉRGIO BALLERINI PROPOSTA DE CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO COM BASE NO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL (SESAO) - INMETRO Dissertação apresentada ao curso de Mestrado em Sistema de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Sistema de Gestão pela Qualidade Total. Orientadora: Ana Lúcia T. Seroa da Motta, D.Sc. Niterói 2003

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SÉRGIO BALLERINI

PROPOSTA DE CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA DE

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO COM BASE NO SERVIÇO DE SAÚDE

OCUPACIONAL (SESAO) - INMETRO

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado em Sistema de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Sistema de Gestão pela Qualidade Total.

Orientadora: Ana Lúcia T. Seroa da Motta, D.Sc.

Niterói 2003

SÉRGIO BALLERINI

PROPOSTA DE CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA DE

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO COM BASE NO SERVIÇO DE SAÚDE

OCUPACIONAL (SESAO) - INMETRO

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado em Sistema de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Sistema de Gestão pela Qualidade Total.

Aprovada em:

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________

Ana Lúcia T. Seroa da Motta, D.Sc. - Orientadora Universidade Federal Fluminense

Prof. Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, D.Sc.

Universidade Federal Fluminense - UFF Coordenador do LATEC

Prof. Roberto Peixoto Nogueira, D.Sc. Universidade Pontifícia Católica - PUC

Engenheiro Industrial

Niterói 2003

AGRADECIMENTOS

À Diretoria do INMETRO, na pessoa do Joseph Brais, incansável servidor público

federal sempre preocupado com a melhoria da qualidade de vida da força de

trabalho do Instituto.

Ao Latec/UFF pela parceria com o INMETRO, o que me proporcionou cursar o

Mestrado.

À equipe de funcionários do SESAO/DIREH, fundamental para a realização desta

dissertação.

À Ana Barbosa e Teresa Sauma que auxiliaram na execução deste trabalho.

Ao Coral do INMETRO fonte de inspiração e motivação.

À valiosa colaboração da Professora Ana Seroa, que com sua sapiência, criticas e

opiniões tanto enriqueceu este trabalho.

Aos amigos Erasmo Flávio, Marco Nabuco, Silvia Rabello e José Oliveira que me

incentivaram a participar deste desafio.

À minha esposa Taís, às minhas filhas Carolina e Fernanda pela paciência e

compreensão.

A VIDA

Não sei...

se a vida é curta ou longa

demais pra nós,

mas sei que nada do que vimos

tem sentido,

se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:

colo que acolhe,

braço que envolve,

palavra que conforta,

silêncio que respeita,

alegria que contagia,

lágrima que corre,

olhar que acaricia,

desejo que sacia,

amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,

é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela não

seja nem curta, nem longa demais,

mas que seja intensa,

verdadeira,

pura... enquanto durar...

Autor desconhecido

RESUMO

O trabalho descreve uma metodologia de gestão pela qualidade total, procurando

atender a Portaria 32/2002 do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e

Qualidade Industrial - INMETRO. O INMETRO é uma autarquia federal vinculado ao

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, que atua nas áreas de

Metrologia Cientifica, Legal, Qualidade, Certificação e Normalização. O enfoque

central é a melhoria do rendimento funcional investindo em programas de qualidade

de vida, visando melhorar as condições físicas e psíquicas da Força de Trabalho do

Instituto, reduzindo a sintomatologia das doenças em busca do equilíbrio da saúde

física e mental. Os resultados, indicam maior produtividade da força de trabalho do

Instituto, redução do absentismo, prevenção de doenças e integração social.

Ressalta-se a participação da comunidade local em vários subprojetos com vista a

atender missão maior da instituição que é “Promover a qualidade de vida do cidadão

e a competitividade da economia através da metrologia e da qualidade”. Através da

implementação deste programa registrou-se, nos dois últimos anos, um índice de

absenteísmo decrescente, uma redução em torno de 50% da concessão de

benefícios referentes a insalubridade / periculosidade, 17% de redução no numero

de dependentes químicos identificados e um aumento geral na motivação pessoal

da força de trabalho do INMETRO. As diretrizes básicas deste programa têm como

princípio a Responsabilidade Social

Palavras-chave: Qualidade, Equilíbrio, Responsabilidade.

ABSTRAT

This work describes a methodology for total quality administration, looking to comply

Portaria 32/2002 of the National Institute of Metrology, Standardisation and Industrial

Quality - INMETRO. INMETRO is a federal autarchy linked to the Ministry of the

Development, Industry and External Commerce, which acts in the areas of Scientific

and Legal Metrology, Quality, Certification and Standardisation. The improvement of

workers performance, was the central focus it was achieved by investing in programs

of life quality, seeking to improve the physical and psychic conditions of the institute

Workforce, reducing the possibility of diseases in search of physical and mental

health balance. The results show an increasing on workforce productivity, prevention

of diseases, social integration and a decrease in the absenteeism. The local

community's participation is emphasised in several projects complying with the goals

of the institution mission: "The promotion of citizen's life quality, and the

competitiveness of the economy through the metrology and industrial quality”. After

the implementation of this program and during the last two years, it was registered a

very small absenteeism, a reduction around 50% of benefits concession regarding

insalubrity/danger, reduction of 17% in the number of the indenfied chemical

dependent and a general increase in the personal motivation of INMETRO workforce.

Thesa wre the basic directions of the is a program which has of Social Responsibility

as one of its adjectives

Key words: Quality, Responsibility, Workforce

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Tabela 1 Gastos anuais mundiais ............................................................ 17 Quadro 1 Origem da qualidade de vida no trabalho................................. 28 Quadro 2 Modelo Walton para aferição da qualidade de vida no trabalho 36 Figura 1 Ciclo motivacional .................................................................... 41 Figura 2 Vertentes do Programa QVT ..................................................... 42 Figura 3 O instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade

Industrial – INMETRO ............................................................... 43

Figura 4 DIRAF ........................................................................................ 45 Gráfico 1 Procedimentos do Serviço Social ............................................ 56 Quadro 3 Procedimentos do Serviço Social .............................................. 56 Gráfico 2 Procedimentos de Enfermagem ............................................... 60 Gráfico 3 Procedimentos de Fisioterapia................................................... 63 Gráfico 4 Número total de procedimentos médicos ................................. 69 Gráfico 5 Perícias Médicas....................................................................... 69 Tabela 2 Medicamentos distribuídos pela SESAO à Força de trabalho

do INMETRO nos ano de 2000, 2001 e 2002 ......................... 72

Gráfico 6 Resultados do programa de tabagismo ................................... 74 Gráfico 7 Procedimentos de Psicologia ................................................... 77 Gráfico 8 Procedimentos odontológicos .................................................. 79 Tabela 3 Gastos anuais para manter o programa de saúde do

trabalhador ............................................................................... 83

Gráfico 9 Gastos no ano de 2001 ............................................................ 84 Gráfico 10 Gastos no ano de 2002 ............................................................ 84 Gráfico 11 Gastos no ano de 2003 ............................................................ 84 Tabela 4 Força de Trabalho no INMETRO ............................................. 85 Gráfico 12 Força de Trabalho no INMETRO ............................................. 85

Tabela 5 Dispêndio mensal com folha de pagamento ............................ 86 Gráfico 13 Dispêndio mensal com folha de pagamento ............................ 86 Gráfico 14 Índice de sinistralidade ............................................................. 87 Gráfico 15 Percentual de sinistralidade ..................................................... 87 Tabela 6 Adicionais ................................................................................. 88 Gráfico 16 Adicionais de Insalubridade e de Periculosidade ..................... 89 Gráfico 17 Total nos anos de 2000/2001 e 2001/2002 .............................. 89 Gráfico 18 Índice Global de absenteísmo .................................................. 90 Quadro 4 Indicadores 90

LISTA DE SIGLAS

ACRESA Associação Comunitária Recreativas e Esportiva Santa Alice

ASMETRO Associação dos Servidores do INMETRO

AT Acidente de Trabalho

EPI Equipamento de Proteção Individual

ESP Exames de Saúde Periódico

FIA Fundação da Infância e Adolescência

FIRJAM Federação da Indústria do Rio de Janeiro

IMC Índice de Massa Corporal

GVS Grupo de Valorização da Vida

INCA Instituto Nacional do Câncer

INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

INPM Instituto Nacional de Pesos e Medidas

INSS Instituto Nacional de Seguridade Social

INT Instituto Nacional de Tecnologia

IPEM/SP Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo

ISO International Organization for Standardization

NR Norma Regulamentadora

PQV Programa de Qualidade de Vida

RJU Regime Jurídico Único

SESAO Serviço de Saúde Ocupacional

SINMETRO Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

SSMTU Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho

QVT Qualidade de Vida no Trabalho

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 12

1.1 METROLOGIA E PRIMEIRO MUNDO....................................................................................... 12

1.2 UM LONGO APRENDIZADO...................................................................................................... 13

1.3 RUMO À MODERNIDADE .......................................................................................................... 13

1.4 TRABALHO E A SAÚDE ............................................................................................................. 14

1.5 GENTE E PÃO-DE-LÓ.................................................................................................................. 18

2 REFERENCIAL TEÓRICO: QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO................................ 21

3 RELATO DE UM CASO – SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL – INSTITUTO

NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL –

INMETRO ........................................................................................................................................... 43

3.1 SERVIÇO SOCIAL ........................................................................................................................ 46 3.1.1 Atividades do Serviço Social ...................................................................................................................... 48 3.1.2 Periódico...................................................................................................................................................... 49 3.1.3 Notificação de Afastamento ....................................................................................................................... 49 3.1.4 Visitas Hospitalares e Domiciliares ........................................................................................................... 50 3.1.5 Procedimentos, Atendimentos e Contatos Referente ao Plano de Saúde............................................... 50 3.1.6 Encaminhamentos, Providências, Remoções e Doação de Sangue ......................................................... 50 3.1.7 Doação de Alimentos .................................................................................................................................. 51 3.1.8 Empréstimo de Órteses .............................................................................................................................. 51 3.1.9 Auxílio Farmacêutico ................................................................................................................................. 52 3.1.10 Parcerias com a Comunidade .................................................................................................................. 52 3.1.11 Projeto Qualidade de Vida....................................................................................................................... 54 3.1.12 Procedimentos do Serviço Social / Gráfico............................................................................................. 55 3.1.13 Quadro de Procedimentos do Serviço Social.......................................................................................... 56

3.2 SERVIÇO DE ENFERMAGEM .................................................................................................... 57 3.2.1 O Fluxo no Serviço de Enfermagem ......................................................................................................... 58 3.2.2 Exame de Saúde Pré-Admissional............................................................................................................. 58 3.2.3 Campanhas de Vacinação .......................................................................................................................... 58 3.2.4 Atendimentos de Emergência .................................................................................................................... 59 3.2.5 Atendimento Ambulatorial ........................................................................................................................ 59 3.2.6 Equipamentos ............................................................................................................................................. 59

3.2.7 Quadro Geral de Atendimentos de Enfermagem .................................................................................... 60

3.3 CORAL INMETRO ........................................................................................................................ 61

3.4 SERVIÇO DE FISIOTERAPIA...................................................................................................... 62 3.4.1 Procedimentos da Fisioterapia .................................................................................................................. 63

3.5 SERVIÇO MÉDICO....................................................................................................................... 63 3.5.1 Saúde Assistencial....................................................................................................................................... 65 3.5.2 Saúde Ocupacional .................................................................................................................................... 65 3.5.3 Exame Pericial ............................................................................................................................................ 67 3.5.4 Quadro Geral de Procedimentos Médicos................................................................................................ 68 3.5.5 Perícias Médicas Realizadas ...................................................................................................................... 69 3.5.6 Sub Projeto Fitovida................................................................................................................................... 70

3.5.6.1 Metas do Projeto Fitovida ......................................................................................................... 71 3.5.7 Auxílio Farmacológico ............................................................................................................................... 73

3.6 SERVIÇO DE PSICOLOGIA......................................................................................................... 73 3.6.1 Atendimento Psicoterápico ........................................................................................................................ 73 3.6.2 Readaptação Funcional.............................................................................................................................. 73 3.6.3 Programa de Dependência Química ......................................................................................................... 74 3.6.4 Programa de Tabagismo ............................................................................................................................ 74 3.6.5 Programa de Palestras da Semana da Saúde ........................................................................................... 75 3.6.6 Concurso Público........................................................................................................................................ 75 3.6.7 Participação em Trabalhos Motivacionais e de Integração .................................................................... 75 3.6.8 Procedimentos da Psicologia...................................................................................................................... 77

3.7 SERVIÇO ODONTOLÓGICO....................................................................................................... 77 3.7.1 Procedimentos Odontológicos ................................................................................................................... 79

3.8 SERVIÇO DE BENEFÍCIOS ......................................................................................................... 80 3.8.1 Assistência Médica...................................................................................................................................... 80 3.8.2 Auxílio Pré-escolar ..................................................................................................................................... 80 3.8.3 Auxílio Alimentação ................................................................................................................................... 81 3.8.4 Auxílio Transporte ..................................................................................................................................... 81 3.8.5 Segurança do Trabalho .............................................................................................................................. 81

3.9 O CAMPO DA SAÚDE DO TRABALHADOR............................................................................ 82

4 RESULTADOS................................................................................................................................. 83

4.1 QUADRO COMPARATIVO DO ORÇAMENTO DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL

AO QUADRO DE ORÇAMENTO DO INMETRO ............................................................................ 83

4.2 QUADRO COMPARATIVO DA FORÇA DE TRABALHO DO SERVIÇO DE SAÚDE

OCUPACIONAL AO QUADRO DA FORÇA DE TRABALHO DO INMETRO ............................. 85

4.3 QUADRO COMPARATIVO DO CUSTO DA FOLHA DE PAGAMENTO DA FORÇA DE

TRABALHO DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL AO CUSTO DA FOLHA DE

PAGAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO DO INMETRO.......................................................... 85

4.4 QUADRO DOS ÍNDICES DE SINISTRALIDADE DOS PLANOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA

GERENCIADO PELO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL...................................................... 86

4.5 QUADRO COMPARATIVO DO ADICIONAL REFERENTE À INSALUBRIDADE E

PERICULOSIDADE, CONCEDIDO AO SERVIDOR NO PERÍODO DE 2000/2001 AO

CONCEDIDO NO PERÍODO DE 2001/2002...................................................................................... 88

4.6 ÍNDICE DE ABSENTEÍSMO GLOBAL DO INMETRO............................................................. 89

4.7 INDICADORES DO INMETRO.................................................................................................... 90

5 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 91

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 93

ANEXOS .............................................................................................................................................. 97

1 INTRODUÇÃO 1.1 METROLOGIA E PRIMEIRO MUNDO

Um país sem normas técnicas e também incapaz de verificar o cumprimento

dessas normas é um país distante do que se chama de “primeiro mundo”.

Curiosamente, o Brasil foi pioneiro na tentativa de implantar algumas normas

técnicas, com destaque para o sistema métrico, tornado obrigatório por Lei Imperial

de 1862, anulando a parafernália de pesos e medidas então existentes.

A reação contrária obrigou as autoridades policiais a cometer alguns

excessos, lembrando do esforço do sanitarista Oswaldo Cruz, anos depois, quando

quis erradicar a febre amarela dos guetos imundos do Rio de Janeiro e quase foi

linchado por isso.

Mas foi só em 1938, pelo Decreto n.º 592, que o Sistema Métrico Decimal

tornou-se obrigatório em todo o país, bem como, o controle de medidas, de

instrumentos de medição e de seus processos. Tais atividades foram atribuídas ao

Instituto Nacional de Tecnologia (INT), ao Observatório Nacional e a uma Comissão

de Metrologia. O Instituto Nacional de Tecnologia (INT) delegou a organismos

públicos e privados, estaduais e municipais, algumas de suas funções.

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1.2 UM LONGO APRENDIZADO

A Inglaterra, país de longa tradição em legislar na contra-mão dos seus

vizinhos europeus, levou mais de dez anos só para completar a introdução do

sistema decimal em sua moeda, a libra esterlina, a um custo gigantesco em

campanhas de convencimento da população acostumada há séculos aos xelins,

guinéus e outras raridades.

Quanto a mudar a mão de direção dos veículos da esquerda para a direita,

nem pensar. Mesmo sabendo que todos os parceiros da União Européia, sem

exceção, dirigem pela mão direita.

Por esses exemplos simples, vê-se como é complexa e árdua a tarefa de

normalização de produtos e serviços em uma economia já bastante desenvolvida

como a brasileira. Isto envolve geralmente grandes e profundas mudanças culturais,

de costumes, de comportamento, de práticas mercantis.

Já em 1961, o país sentia falta de organismos voltados exclusivamente a

essa tarefa. É então criado o INPM- Instituto Nacional de Pesos e Medidas, cuja

tarefa maior foi descentralizar o sistema de execução metrológica, com a criação dos

similares estaduais.

Até 1970, nove estados haviam aderido a então chamada Rede Nacional de

Metrologia. Paralelamente, e de forma bastante isolada da metrologia, cresce no

Brasil a introdução de normas técnicas e de controle de qualidade.

1.3 RUMO À MODERNIDADE

A aproximação entre metrologia, normalização e controle da qualidade se faz

imperativa no Brasil do "milagre econômico" da década de 70. Já em fins de 1973, é

criado o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade – SINMETRO,

tendo como seu braço operacional o INMETRO, em substituição ao antigo INPM. O

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INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

passa por uma primeira e grande reformulação no início da década de 90.

O Brasil já havia deixado de ter a política de substituição de importações como

carro-chefe do seu desenvolvimento. Nessa fase, a implementação do SINMETRO

foi facilitada pela existência de empresas estatais gigantescas, capazes de impor

padrões e normas a seus fornecedores.

Nos anos 90, vem a primeira leva de privatizações. Assim sendo, o INMETRO

passa a dedicar-se muito mais à criação de parcerias com seus usuários, ampliando

ao mesmo tempo o alcance de suas tarefas. Hoje, seria inconcebível o INMETRO

afastado das certificações do tipo ISO (International Organization for

Standardization), por exemplo, ou do controle ambiental, através do credenciamento

de organismos dedicados à gestão do meio ambiente. E não se poderia deixar de

mencionar sua preocupação com a qualidade de vida das pessoas.

1.4 TRABALHO E A SAÚDE

A relação entre o trabalho e a saúde/doença – constatada desde a

Antiguidade e exacerbada a partir da Revolução Industrial – nem sempre se constitui

em foco de atenção. Afinal, no trabalho escravo ou no regime servil, inexistia a

preocupação em preservar a saúde dos que eram submetidos ao trabalho,

interpretado como castigo ou estigma: o “tripalium”, instrumento de tortura. O

trabalhador, o escravo, o servo eram peças de engrenagens “naturais”, pertences da

terra, assemelhados a animais e ferramentas, sem história, sem progresso, sem

perspectivas, sem esperança terrestre, até que, consumidos seus corpos, pudessem

voar livres pelos ares ou pelos céus da metafísica (MINAYO-GOMES et all, 1989).

Com o advento da Revolução Industrial, o trabalhador “livre” para vender sua

força de trabalho tornou-se presa da máquina, de seus ritmos, dos ditames da

produção que atendiam à necessidade de acumulação rápida de capital e de

máximo aproveitamento dos equipamentos, antes de se tornarem obsoletos.

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As jornadas extenuantes em ambientes extremamente desfavoráveis à saúde,

às quais se submetiam também mulheres e crianças, eram freqüentemente

incompatíveis com a vida. A aglomeração humana em espaços inadequados

propiciava a acelerada proliferação de doenças infecto-contagiosas, ao mesmo

tempo em que a periculosidade das máquinas era responsável por mutilações e

mortes.

As propostas controvertidas de intervir nas empresas, àquela época,

expressaram-se numa sucessão de normatizações e legislações, que tem no

Factory Act, de 1833, seu ponto mais relevante, passando a tomar corpo, na

Inglaterra, a medicina de fábrica.

A presença de um médico no interior das unidades fabris representava, ao

mesmo tempo, um esforço em detectar os processos danosos à saúde e uma

espécie de braço do empresário para recuperação do trabalhador, visando ao seu

retorno à linha de produção, num momento em que a força de trabalho era

fundamental à industrialização emergente. Instaurava-se assim o que seria uma das

características da Medicina do Trabalho, mantida, até hoje, onde predomina na

forma tradicional: sob uma visão eminentemente biológica e individual, no espaço

restrito da fábrica, numa relação unívoca e unicausal, buscam-se as causas das

doenças e acidentes.

Através dos tempos, a atuação do Estado no espaço do trabalho sustentou-se

nas concepções dominantes sobre a causalidade das doenças. Essas concepções

decorrem tanto da bagagem cumulativa de conhecimentos, como do seu caráter de

práticas sociais, cujos marcos conceituais definem-se no bojo de relações peculiares

aos diferentes contextos históricos onde surgem ou se mantêm.

Assim, a Medicina do Trabalho, centrada na figura do médico, orienta-se pela

teoria da unicausalidade, ou seja, para cada doença, um agente etiológico.

Transplantada para o âmbito do trabalho, vai refletir-se na propensão a isolar riscos

específicos e, dessa forma, atuar sobre suas conseqüências, medicalizando em

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função de sintomas e sinais ou, quando muito, associando-os a uma doença

legalmente reconhecida.

No entanto, a Saúde Ocupacional avança numa proposta interdisciplinar, com

base na Higiene Industrial, relacionando ambiente de trabalho-corpo do trabalhador.

Incorpora a teoria da multicausalidade, na qual um conjunto de fatores de risco é

considerado na produção da doença, avaliada através da clínica médica e de

indicadores ambientais e biológicos de exposição e efeito. Os fundamentos teóricos

de Leavell & Clark1 (1976), a partir do modelo da história Natural da doença,

entendem-na, em indivíduos ou grupos, como derivada da interação constante entre

o agente, o hospedeiro e o ambiente, significando um aprimoramento da

multicausalidade simples.

Em síntese, apesar dos avanços significativos no campo conceitual que

apontam um novo enfoque e novas práticas para lidar com relação trabalho-saúde,

consubstanciados sob a denominação de Saúde do Trabalhador, depara-se, no

cotidiano, com a hegemonia da Medicina do Trabalho e da Saúde Ocupacional. Tal

fato coloca em questão a já identificada distância entre a produção do conhecimento

e sua aplicação, sobretudo num campo potencialmente ameaçador, onde a busca de

soluções quase sempre se confronta com interesses econômicos arraigados e

imediatistas, que não contemplam os investimentos indispensáveis à garantia da

dignidade e da vida no trabalho.

Como, pode-se verificar, ainda é possível se deparar com situações em que

os gastos anuais mundiais, distribuem-se da seguinte forma, segundo pesquisa

realizada – HDR – WHO 1998:

1 Leavell, H.& & Clark , E. G., 1976. Medicina Preventiva. São Paulo: McGraw-Hill.WHO – WHO’s GLOBAL HEALTHY WORK APPROACH

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Tabela 1 – Gastos anuais mundiais

Educação básica para todos (no mundo) U$ 6 bilhões

Água potável e saneamento básico U$ 9 bilhões

Saúde e nutrição básicas U$ 13 bilhões

Perfumes (Europa e USA) - U$ 12 bilhões

Alimentação para animais domésticos

(USA e Europa) -

U$17 bilhões

Cigarros (Europa) U$ 50 bilhões

Bebidas alcoólicas (Europa) U$105 bilhões

Narcóticos (no mundo) U$ 400 bilhões

Gastos militares (no mundo) - U$ 780 bilhões

Fonte: HDR – WHO 1998

No Brasil, esta situação se agrava pela incapacidade do setor saúde do

Estado em reabsorver seu papel de intervir no espaço do trabalho. Essa tarefa,

prevista na Reforma Carlos Chagas, de 1920 – interrompida com a criação, em

1930, do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, que passou a assumi-la – foi

resgatada na Carta Constitucional de 1988 e regulamentada pela Lei 80801. No

entanto, as marcas de um passado recente não são facilmente removíveis.

Por outro lado, a essa forma inconseqüente de lidar com a saúde e a vida,

une-se a resistência dos indivíduos em aceitar a condição de doentes. O medo de

perder o emprego – garantia imediata de sobrevivência – aliado aos mais variados

constrangimentos que marcam a trajetória do trabalhador doente, “afastado” do

trabalho, mascara, em muitos casos, a percepção dos indícios de comprometimento

da saúde ou desloca-os para outras esferas da vida, inibindo ou protelando,

freqüentemente, ações mais incisivas de reivindicação às instâncias responsáveis

pela garantia da saúde no trabalho.

1 Lei 8080 – Pela Constituição da República em 1988 e pela Lei Federal 8080 trouxe regulamentação aos

serviços atinentes a saúde.

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Mesmo assim, não restam dúvidas de que as inserções diferenciadas dos

indivíduos nos processos produtivos, quer no meio urbano, quer no rural, definem

padrões também diversificados de morbi-mortalidade, para os quais contribuem

outros fatores decorrentes das condições de vida a que estão submetidos. Dessa

forma, no mundo do trabalho, revela-se a imensa gama de diferenças presentes na

sociedade, onde tendem a reproduzir-se, inclusive em seus antagonismos.

1.5 GENTE E PÃO-DE-LÓ

Nada sofreu mais impacto no mundo da globalização do que o mercado de

trabalho e emprego. Falou-se da superação de postos de trabalho pela

automatização e robotização, falou-se da falência múltipla de profissões tradicionais

em razão do inexorável e avassalador crescimento de tarefas até então

desconhecidas ou inusitadas. Há vinte anos atrás, o ser humano tinha que ser um

especialista em alguma coisa, hoje ele tem que saber de tudo um pouco e seguir

aprendendo a cada dia. Onde está a verdade dos fatos?

O fato maior é que, embevecido pelas maravilhas do mundo global, o

mercado esqueceu de seu principal componente, o ser humano. Já não se pode

falar em mão de obra, muito menos em força de trabalho. Onde ficam então aqueles

que ainda insistem no velho emprego que lhes dá o sustento mensal para a família.

Em meio a essa desumanização galopante, o pêndulo da história – felizmente

– já começa a intervir. Já existe latente um movimento mundial pela humanização da

atividade globalizada, o que afeta diretamente o principal acervo produtivo do

planeta: o ser humano, que volta a ser “mão de obra”.

No Brasil, pesquisa recente do grupo Ethos que orienta empresas que

buscam formas de integrar a responsabilidade social à cultura de suas atividades,

aponta para um crescimento extraordinário no investimento social das empresas,

notadamente junto a seu público interno (mão de obra).

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As necessidades básicas que o Ser Humano tem são: alimentação, saúde,

vestuário, acesso à informação e ao conhecimento, liberdade, segurança, respeito,

lazer, afeto, relações, moradia e outras.

Qualquer sociedade se constrói e se rege fundada em certos pressupostos

que são verdadeiros pilares de sustentação. Analise-se a nossa sociedade.

Nela, especialmente na cultura ocidental, tais pressupostos são a

racionalidade, o reducionismo, a aspiração ao crescimento econômico ilimitado, a

crença de que os recursos naturais estratégicos são ilimitados, e de que o poder

efetivo do Estado-soberano será sempre capaz de gerar um modelo “certo” para

organizar e regular a vida social.

Herdeiros de Descartes, discípulos da mecânica de Newton, produtos de uma

visão de um mundo tido como um sistema “mecânico” em que todas as peças se

encaixam como em um relógio (...e o Poder dá corda...).

Também herdeiros de Augusto Comte, com sua crença positivista, de que

todos os problemas humanos seriam resolvidos pela Ciência e Tecnologia.

Outro fato resultante desse modo de pensar e de ver o mundo é a crença de

que o crescimento econômico, por si só, conduz à melhor distribuição da riqueza e à

repartição mais justa dos benefícios obtidos. Tudo isso, porém, chegou ao limite de

exaustão.

Este é o momento de promover reformulações que sejam orientadas para o

nosso cliente maior – o Ser Humano, e que tudo seja apoiado na identidade cultural

maior que é o Bem Comum.

Parece que descobriu-se como vale a pena tratar esse acervo insubstituível, a

mão-de-obra, “a pão de ló”. E isto se reflete de imediato no próprio desempenho da

empresa empregadora, na sua imagem externa de mercado, nas suas despesas

correntes com seus empregados, em geral por motivos de saúde, onde uma ação

20

preventiva ajuda a conter custos. Melhor desempenho a menores custos é igual a

maior produtividade.

Neste estudo, investigou-se a efetividade do programa de QVT implantado no

INMETRO, procurando identificar no seu contexto a aplicação direta ou indireta nas

teorias existentes.

INMETRO serve de exemplo com seu Serviço de Saúde Ocupacional

(SESAO), visando dar qualidade de vida não apenas a seus colaboradores diretos,

mas também a seus familiares e a toda a comunidade circunvizinha.

Não se trata apenas das clássicas disponibilidades ambulatoriais, ou do

atendimento dentário de praxe. Trata-se de uma nova abordagem assistencial que

leva a um sistema revolucionário para o Brasil cuidar da sua gente. No caso em

questão, daqueles que dependem direta ou indiretamente do INMETRO e dos quais

a empresa depende para seu melhor desempenho.

2 REFERENCIAL TEÓRICO: QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Alguns autores estudaram a relação existente entre “trabalhador” e seu

esforço, tendo reformuladas as teorias, que descrevem seus aspectos mais

relevantes.

Herzberg (1968) levanta a hipótese de que dois fatores influenciam na

motivação humana. Esses fatores são denominados de higiênicos e motivacionais.

O primeiro, fator higiênico está vinculado aos aspectos e atividades do trabalho e

tem como função primária reduzir ou impedir insatisfação no desempenho das

tarefas, não considerando o desenvolvimento do trabalhador. O segundo, fator

motivacional, é responsável pela satisfação no trabalho, estando vinculado à

liberdade de criação, realização, inovação, responsabilidade, possibilidade de

crescimento. Isto é, está ligado a ações que realmente proporcionem o crescimento

do trabalhador, fazendo com que ele se motive e sinta-se encorajado para

desenvolver atividades de forma diferenciada, tanto no setor profissional quanto no

pessoal. O autor considera, também, o enriquecimento do cargo como uma

alternativa para proporcionar ao trabalhador motivação no desempenho de suas

funções.

O trabalho de Maslow (1977) considerou que as necessidades internas

orientam e determinam o comportamento humano, apresentando uma hierarquia de

tais necessidades, distribuídas em cinco níveis básicos, a saber:

I) Necessidades fisiológicas;

II) Segurança;

III) Sociais;

IV) Auto-estima;

22

V) Auto-realização.

O autor considera que o indivíduo só busca necessidades em nível superior

quando os inferiores forem suficientemente realizados.

Os estudos desenvolvidos por McGregor (1980) indicam que com relação ao

trabalho, com base na administração científica, atendem as necessidades básicas

do indivíduo, porém, em contrapartida, oferecem “pouca oportunidade de satisfação

das necessidades egoístas, principalmente para as pessoas situadas nos níveis

inferiores da hierarquia”. McGregor (1980) entendia por “necessidades egoístas”

aquelas que englobam a auto-estima, e a própria reputação. E, entendia ainda, que

a não oportunidade de satisfação dessas necessidades acarretava graves

conseqüências comportamentais.

Somente as necessidades básicas sistematizadas por Maslow (1977), são

atendidas pelo indivíduo no local de trabalho, ficando as necessidades egoístas a

serem atendidas fora do trabalho. Desta forma “para muitos assalariados o trabalho

é uma forma de punição, o preço a ser pago pelos vários tipos de satisfação obtidas

fora do trabalho“ (McGREGOR, 1980, p. 47). Isso faz com que os indivíduos

comportem-se no trabalho “com indolência, passividade, má vontade em aceitar

responsabilidades, resistência à mudança, tendência em aderir aos demagogos e

exigências exageradas de benefícios econômicos” (McGREGOR, 1980, p. 48).

McGregor (1980) visando justificar esses comportamentos humanos

organizacionais agrupou todas as idéias relacionadas a indivíduo-trabalho,

decorrentes da administração científica, e denominou-as de Teoria X. Elas são

descritas pelo autor como :

1. O ser humano, de modo geral, tem aversão ao trabalho e o evita sempre que possível; 2. Devido a essas características humanas de aversão ao trabalho, a maioria das pessoas precisa ser coagida, controlada, dirigida,

23

ameaçada de punição para que se esforce no sentido da consecução dos objetivos organizacionais; 3. O ser humano, de modo geral, prefere ser dirigido, quer evitar responsabilidade, tem relativamente pouca ambição e quer garantia acima de tudo.

McGregor (1980) apresenta ainda a Teoria Y. Ela nada mais é do que uma

outra forma de ver o indivíduo na organização, suas pressuposições principais são:

1. O dispêndio de esforço físico e mental no trabalho é tão natural como o jogo ou descanso; 2. O controle externo e a ameaça de punição são os únicos meios de estimular o trabalho em vista dos objetivos organizacionais. O homem está sempre disposto a se autodirigir e se autocontrolar a serviço de objetivos com os quais se compromete; 3. O compromisso com os objetivos é dependente das recompensas associadas a sua consecução; 4. O ser humano comum aprende, sob condições adequadas, não só a aceitar responsabilidades como a procurá-las; 5. A capacidade de usar um grau relativamente alto de imaginação, de engenhosidade e de criatividade na solução de problemas organizacionais é mais amplamente distribuída na população do que geralmente se pensa; 6. Nas condições da vida industrial moderna, as potencialidades intelectuais do ser humano estão sendo parcialmente usadas (MCGREGOR, 1980, p. 53).

Assim, o autor propõe com sua Teoria Y:

O princípio fundamental derivado da Teoria Y é o da integração: a criação de condições tais que permita, aos membros da organização alcançar melhor os seus próprios objetivos, dirigindo os seus esforços para o sucesso da empresa. (MCGREGOR, 1980. p.54).

E, enfatizar ainda:

...a menos que o próprio emprego seja satisfatório, a menos que se criem oportunidades na situação de trabalho, que permitam fazer dele próprio uma diversão, jamais logrará conseguir que o pessoal dirija voluntariamente seus esforços em prol dos objetivos organizacionais (MCGREGOR. 1980. p.36)

24

Com relação ao Salário, o autor diz que “embora o dinheiro tenha pouco valor

para satisfazer muitas das necessidades de nível superior, ele pode se tornar o foco

de interesse se for o único meio disponível” para propiciar alguma satisfação

compensatória das necessidades frustradas (McGREGOR, 1980, p. 47).

Assim, constata-se que a Teoria Y, é um grande avanço para a qualidade de

vida no trabalho, uma vez que a força de trabalho tenderá a voluntariamente

esforçar-se em prol dos objetivos organizacionais.

Os trabalhos de Herzberg (1968), representam a principal contribuição ao

desenvolvimento de teorias de qualidade de vida no trabalho, uma vez que o

mesmo detectou que o indivíduo adquire senso de auto-realização e sucesso, a

partir do próprio trabalho e não do ambiente. Segundo o autor, um ambiente cujas

condições de trabalho são aceitáveis, favorece a formação de atitudes positivas.

Lippit (1978), considera que os fatores propostos por Walton (1973) – QVT,

podem ser agrupados em quatro fatores-chave, de acordo com o seguinte esquema

conceitual global:

I) Primeiramente, o trabalho em si, que considera feedback de performance, a

clareza apresentada pelos objetivos de trabalho, o aumento da responsabilidade e a

redução de controle, assim como o envolvimento do indivíduo no processo de

decisões. Obtém-se como resultado proporcionado por essas variáveis um alto grau

de responsabilidade.

II) Fatores que possibilitam ao indivíduo que, por meio do aprimoramento da

auto-imagem, possibilidades de aprendizagem, do clima propício à amizade e

coerência entre objetivos de vida e de trabalho, pode crescer profissional e

pessoalmente através do papel desempenhado e das relações de trabalho.

III) A produção do trabalho, fator que apresenta relação direta com o

aumento da responsabilidade, elaboração intergrupos, trabalho completo e em

25

unidades, recompensas pela inovação pela inovação/qualidade e obtenção de

objetivos mensuráveis.

IV) O último fator, funções e estrutura da organização, o qual envolve os

aspectos relacionados ao clima propício para a criatividade, comunicação adequada,

tendo interação entre as partes, o respeito ao indivíduo e o sentimento de avanço e

desenvolvimento organizacional.

Esse modelo, segundo o autor, apresenta uma orientação que busca o

atendimento as necessidades tanto do indivíduo quanto da organização. Porém, a

organização só atinge esse objetivo se considerar as características do indivíduo,

isto é, se organizar e diversificar as atividades em função do perfil do empregado,

gerando oportunidades para o aprendizado e desenvolvimento do pessoal envolvido,

estabelecendo poder para tomada de decisões, valorizando, reconhecendo e

possibilitando meios para relato do próprio indivíduo da produção sob

responsabilidade.

Portanto, para Lippit (1978), QVT não é técnica e nem esquemas, mas

processos e filosofias. Relata que a maturidade por parte da organização é

fundamental para a obtenção de resultados quando da implantação de programas

que visem a QVT. E que tal maturidade requer da organização adaptabilidade,

flexibilidade, saúde e identidade.

Nadler e Lawler (1983, p. 26) enfocam QVT como: “...uma maneira de pensar

sobre pessoas, trabalho e empresas”, podendo ser observados nessa perspectiva

esses três elementos como ponto de convergência de Qualidade de Vida no

Trabalho. Segundo esses autores, os diversos estudos se orientam na percepção

dos efeitos do trabalho nas pessoas e sua junção aos objetivos das empresas,

buscando, assim, uma participação nos diversos problemas organizacionais,

objetivando solucioná-los.

Na perspectiva dos autores, o que se constata é que, primeiramente, QVT foi

tratada como uma reação individual no trabalho, isto é, os estudos verificam como

26

melhorar a qualidade de vida no trabalho para o indivíduo. O enfoque posterior

focalizava melhorias para o empregado e direção, buscando um elo entre essas

partes. Posteriormente, Qualidade de Vida no Trabalho passa a ser focada como

método que procura melhorar o ambiente de trabalho tornando-o mais satisfatório e

produtivo. Constata-se, posteriormente, a busca de uma administração participativa

e de uma democracia industrial e, no final da década de setenta, coloca-se como

questão central a produtividade e a qualidade. Observa-se que a conceituação sobre

a Qualidade de Vida no Trabalho busca melhoria nas formas de gestão, condições

de trabalho e enriquecimento do ambiente organizacional.

Werther e Davis (1983) relatam que a qualidade de vida no trabalho são os

esforços que buscam, ao reformular os cargos, mais produtividade e satisfação, por

meio da participação dos trabalhos envolvidos.

Para Quirino Xavier (1987) (apud FONSECA, 2001), QVT é a interação entre

indivíduo e organização, sendo referência inicial para atingir os objetivos da

empresa. Considera, também, que Qualidade de Vida no trabalho compreende os

estudos de motivação, fatores ergonômicos, ambientais e de satisfação no trabalho.

Honório (1988) (apud FONSECA, 2001, p. 35) considera que o significado de

Qualidade de Vida no Trabalho é o resultado de uma junção dos elementos

apresentados pelos diversos teóricos e pode ser considerado como:

...uma experiência de humanização do trabalho, através da qual uma organização, para alcançar ganhos de produtividade e excelência empresarial, procura satisfazer os seus membros criando condições de trabalho que ofereçam: cargos produtivos e satisfatórios; atividades significativas e desafiadoras; sistemas de recompensas inovadores; informações compartilhadas, feedback constante; possibilidades de participação nas decisões e na solução de problemas e oportunidades de realização pessoal e profissional.

Para Vieira e Hanashiro (1990) (apud FONSECA, 2001, p. 45), a qualidade de

vida no trabalho é ampla e contigencial, está direcionada à melhoria das condições

de trabalho. Considera as variáveis comportamentais, ambientais e organizacionais

em conjunto com as políticas de recursos humanos. Busca humanizar o trabalho,

27

obtendo resultados satisfatórios para o trabalhador e a organização. Procura,

segundo os autores, “...suavizar o conflito existente entre capital e trabalho”.

De acordo com Westley (1979). Qualidade de Vida no Trabalho – QVT -

busca guiar os indivíduos no momento de estruturação e reestruturação da

organização em que atuam, constatando problemas e relacionando aos mesmos,

soluções pertinentes.

Westley (1979) relaciona a QVT a esforços voltados para a humanização do

trabalho, esforços esses que buscam solucionar problemas gerados pela própria

natureza das organizações existentes na sociedade industrial. A classificação de

Westley é agrupada considerando quatro tipos de problema:

I) O econômico, que traz como conseqüência a injustiça;

II) O político, gerando a insegurança;

III) O psicológico, que leva à alienação;

IV) O sociológico, que resulta em anomia.

Na visão do autor, os problemas decorrentes dos aspectos de insegurança

seriam originados das formas de gestão do poder, enquanto a concentração dos

lucros vinculada à exploração de trabalhadores é que seria responsável pela

injustiça (WESTLEY, 1979).

Quanto à alienação é dada um destaque especial, em que o autor tece

comentários sobre a insatisfação que reflete a remuneração inadequada: alienação

advém do sentimento de que o trabalho pode até ser prejudicial. Afirma que a

alienação pode ser vista como desinteresse do indivíduo com o próprio trabalho,

advindo de uma lacuna entre suas expectativas pessoais e a sua possibilidade de

realização.

Westley (1979) aponta que uma nova forma de participação que os

trabalhadores exigem tem provocado perturbações no meio gerencial e que esse,

sentindo-se ameaçado, desenvolveu mecanismos mais complexos de planejamento

28

e controle. Conclui que tal fato frustrou ainda mais as expectativas do trabalhador,

gerando um desinteresse ainda maior pelo trabalho.

Para melhor visualizar as abordagens da Qualidade de Vida no Trabalho, sob

ótica de Westley, a tabela abaixo, apresenta um resumo de suas colocações e

soluções, a saber:

Natureza do

Problema

Sintoma do Problema

Ação para Solução

Indicadores Proposta

Econômico

(1850)

Injustiça União dos

Trabalhadores

- Insatisfação

- Greves

- Cooperação

- Divisão dos lucros

- Participação nas

decisões

Político

(1850-1950)

Insegurança Agentes de

Mudanças

- Insatisfação

- Greves

- Trabalho auto-

supervisionado

- Conselho de

Trabalhadores

- Participação nas

decisões

Psicológico

(1950)

Alienação Agentes de

Mudança

- Desinteresse

- Absenteísmo

e Turnover

- Enriquecimento

das tarefas

Sociológico

Anomia Autodesenvol-

vimento

- Ausência de

significação do

trabalho

- Absenteísmo

e Turnover

- Métodos

sociotécnicos

aplicados aos

grupos

Quadro 1 - Origem da Qualidade de Vida no Trabalho.

Fonte: Westley, 1979, p.122.

29

O modelo apresentado demonstra que o indivíduo precisa satisfazer suas

necessidades básicas e, só a partir daí, é que seu desejo passará a atingir níveis

mais refinados nas esferas do seu desenvolvimento. O indivíduo, enquanto não

ultrapassa suas necessidades de ordem econômica e política, não se preocupa com

os fatores de natureza psicológica e sociológica.

Já o modelo apresentado por Theriault (1980) enfoca a remuneração,

considerando que esse aspecto possibilita certa segurança e diferenças individuais

aos indivíduos, favorecendo a democracia industrial, que tem como componente

básico a participação.

O autor afirma que a relação entre empregados e organização é

proporcionada pela remuneração, sendo caracterizada por cinco tipos de

transações:

a) A econômica, que representa o valor monetário pago pelo trabalho

desenvolvido pelo indivíduo.

b) A psicológica, representada por um contrato, por meio do qual o indivíduo

manifesta certas atitudes e comportamentos em troca de um salário, isto é, envolve

aspectos vinculados ao relacionamento entre indivíduo e organização.

c) A sociológica, representada por diversas expectativas que os indivíduos e

as organizações procuram firmar entre si, a partir de um ambiente cultural

determinado.

d) A política, representada pelas relações de influência e poder que ocorrem

entre os diversos atores sociais que participam do contexto interno de uma

organização.

e) E por último, a ética, em que a relação de dependência entre moral e

justiça revelada nas formas de satisfação das necessidades, igualdade, legalidade e

distributivismo estão representadas

30

Theriault (1980) enfatiza no seu trabalho que um programa de qualidade de

Vida no Trabalho deve reconhecer a significância, a inter-relação e a questão

cultural envolvidas nesses tipos de transações.

Para Werther e Davis (1983), supervisão, condições de trabalho, pagamento,

benefícios e projeto de cargos são fatores que afetam a QVT. Para eles, a natureza

dos cargos é responsável pelo envolvimento do trabalhador com a organização, uma

vez que as pessoas e a organização se ligam através dos cargos.

Eles esclarecem que a maioria dos indivíduos relaciona QVT com cargo

interessante, desafiador e compensador. Porém, enfatiza que a questão da

insatisfação do trabalhador não se restringe à reestrução do cargo.

Ao analisarem o projeto de cargos constatam três níveis: o organizacional, o

ambiental e o comportamental .

No nível organizacional, os autores consideram a habilidade e a

disponibilidade dos empregados, assim como as expectativas sociais. Relacionam

esse nível à eficiência, ou seja, à capacidade de alcançar maior produtividade.

No nível ambiental, é considerado o ambiente externo. Nesse contexto, as

habilidades e disponibilidade de mão-de-obra para realizar o trabalho, bem como as

expectativas sociais estabelecidas com o trabalho pelo trabalhador.

Quanto ao último nível, o comportamental, diz respeito às necessidades

humanas e ao comportamento do indivíduo manifestado no ambiente de trabalho.

De acordo com os autores, é a parte mais sensível de um cargo. Destacam quatro

dimensões que devem ser consideradas nesse nível: autonomia, variedade,

identidade da tarefa e retroinformação.

Os autores chamam a atenção para a forma de tratamento desses níveis,

uma vez que, analisados de forma cuidadosa e coerente, combinados com o projeto

31

de cargos bem delineados, o trabalho torna-se produtivo e satisfatório. O que se

observa, segundo informações dos autores, é a necessidade de o projetista de

cargos determinar o ponto ótimo, tendo em vista a eficiência organizacional. Em

caso contrário, ocorrerão problemas.

É importante considerar o que coloca Davis e Werther quanto à necessidade

de se buscar conseguir uma alta qualidade de vida no trabalho, por meio de cargos

produtivos e satisfatórios. Esclarecem que é necessário transpor os obstáculos

criados, apresentados, pelos empregados, dirigentes ou sindicatos, uma vez que tais

grupos tomem os efeitos das mudanças por não conhecê-los. Chamam a atenção

para o fato destas barreiras poderem destruir o sucesso de qualquer programa de

QVT.

Nadler e Lawler (1983), na sua abordagem, dizem que a QVT consiste na

busca de maior produtividade sem deixar de lado a motivação e a satisfação do

indivíduo. Os indicadores que compõem a QVT, segundo os autores, são formados

pela reestruturação do trabalho, enriquecimento de tarefas e grupos autônomos e a

inovação do sistema de recompensas que interferem no clima organizacional,

procurando, assim, proporcionar um ambiente de trabalho mais favorável.

Os autores consideram que seis fatores são essenciais para o êxito na

implantação de um projeto de QVT:

I) Percepção de necessidade,

II) O foco do problema que é detectado nas organizações,

III) A estrutura para a identificação e a solução do problema,

IV) Compensações projetadas tanto para os processos quanto para os

resultados,

V) Sistemas múltiplos afetados

VI) Envolvimento amplo da organização.

Citam ainda três etapas para o sucesso no desenvolvimento de um programa

de qualidade de vida no trabalho. O primeiro constitui a análise e desenvolvimento

32

do projeto, considerando os diversos níveis existentes na organização e a coerência

entre o que se propõe e o contexto em que se insere o programa: o segundo refere-

se às mudanças no sistema de gerenciamento e nas disposições organizacionais,

isto é, à forma de estruturação dos níveis gerenciais; o terceiro tem como foco as

mudanças no comportamento do gerenciamento superior.

Com base, nesses autores, é de fundamental importância ressaltar que a

organização apresente uma estrutura que possibilite processos participativos, em

que a alta gerência participe de forma efetiva, assim como os demais envolvidos.

Esclarecem que, ao se implantar a QVT, tem-se como objetivo, a longo prazo, uma

implantação que tenha como retorno os resultados esperados. Necessário se faz

levar em consideração o embasamento teórico e o roteiro para subsidiar os

participantes no exame e compreensão das questões; processos estruturados que

proporcionem a solução de problemas; treinamento do pessoal envolvido no

processo; análise e percepção das atividades que compõe o programa construído

durante a implantação desse, assim como uma estrutura organizacional bem

delineada.

Segundo Huse e Cummings (1985), os movimentos de QVT afetam

positivamente na capacitação do trabalhador, na comunicação e coordenação das

atividades inerentes às organizações, interferindo diretamente nas produtividades.

Para eles, a QVT tem origem na interação entre as pessoas, o trabalho e a

organização, buscando, através desses elementos, uma participação dos

trabalhadores nas soluções de problemas que estejam relacionados ao trabalho,

procurando obter, como resultado, o bem-estar do trabalhador, assim como a

eficácia organizacional.

Na visão desses autores, quatro fatores devem ser considerados para a sua

operacionalização:

I) A participação do trabalhador,

II) O projeto de cargos,

III) A inovação no sistema de recompensas

IV) A melhoria do ambiente organizacional.

33

Constata-se que a visão de Huse e Cummings (1985) não se limita a

aspectos organizacionais, uma vez que os fatores considerados indicam uma

preocupação com o trabalhador e a eficácia organizacional, bem como com a

participação dele nas decisões e problemas inerentes ao trabalho.

Para Huse e Cummings (1985), a QVT, quando busca atender às

necessidades básicas do trabalhador, torna-se capaz de motivá-lo e,

conseqüentemente, obtém como resultado a motivação desse trabalhador para o

exercício de suas funções.

Hackman e Oldham (1975) apresentam um modelo das dimensões básicas

da tarefa, que considera três estados psicológicos críticos experimentados pelo

indivíduo, na sua relação com o trabalho, que são determinantes de satisfação e

motivação nessa relação, podendo obter, como resultado, realização pessoal e

profissional.

Esses três estados psicológicos são:

1. A significância percebida do trabalho, isto é, a percepção que o

trabalhador tem quanto ao produto do seu trabalho, dentro de uma escala

de valores.

2. A percepção da responsabilidade pelos resultados, ou seja, a

responsabilidade percebida pelo trabalhador em relação ao seu trabalho, o

quanto o mesmo se sente responsável pelos resultados obtidos através da

execução da atividade sob sua responsabilidade.

3. O conhecimento dos resultados do trabalho, enfocando, nesse caso, o

nível de conhecimento e entendimento sobre os resultados alcançados

através do desempenho efetivo na realização de seu trabalho.

Consideram ainda sete dimensões básicas como geradoras da presença

desses estados psicológicos: variedade de habilidades – HV, identidade com tarefa

34

– IT, significado da tarefa – ST, autonomia – AU, feedback extrínseco – FE,

feedback intrínseco ou do próprio trabalho – FI e inter-relacionamento – IR.

Objetivando identificar as reações afetivas pessoais ou sentimentos obtidos

ao desempenhar seu trabalho e colher informações sobre o bem-estar do indivíduo

em relação à satisfação com as possibilidades de crescimento, segurança no

trabalho e compensação, Hackman e Oldham (1975) apresentaram, no modelo

proposto, dois grupos de variáveis, que são os resultados pessoais e as satisfações

contextuais. O primeiro grupo representa as relações de efetividade pessoal ou o

sentimento que o indivíduo possui ao desempenhar seu trabalho, o que, no caso,

pode gerar produção de alta qualidade, redução no absenteísmo e na rotatividade.

Neste grupo encontram-se os seguintes aspectos:

. Satisfação Geral com o Trabalho

. Produção de Trabalho de Alta Qualidade

. Motivação Interna para o Trabalho

. Absenteísmo e Rotatividade Reduzida

Quando ao segundo grupo das satisfações contextuais, visa à identificação do

bem-estar do indivíduo aos seguintes aspectos:

. Necessidade de Crescimento

. Segurança no Trabalho

. Ambiente Social

. Compensação

. Supervisão Adequada

Pode-se perceber no modelo de Hackman e Oldham (1975) um

desencadeamento de fatores ao entender QVT, pois ela é resultante direta da

combinação de dimensões básicas da tarefa, que são capazes de gerar diversos

estados psicológicos, que por fim geram a motivação e a satisfação em níveis

distintos, ou seja, os fatores que determinam a QVT advêm das realizações do

indivíduo, que surgem da combinação dos distintos níveis de percepção sobre as

dimensões da tarefa prevista no modelo.

35

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

Modelo de Walton

Richard Walton (1974) é o único que enfatiza questões elementares à

realização do trabalho, priorizando os fatores higiênicos, condições físicas, aspectos

relacionados à segurança e à remuneração, sem desconsiderar os demais

elementos citados por outros estudiosos.

Apresenta oito dimensões seguidas de indicadores que afetam as pessoas

em seu trabalho. Contudo, o autor chama atenção para o fato de que o grupo de

trabalhadores pesquisado, assim como o ambiente diferenciado, pode gerar um

conjunto distinto de critérios e dimensões que influenciam a qualidade de vida no

trabalho, alterando os resultados.

Faz-se necessário ressaltar que, para Walton, independentemente da posição

hierárquica ocupada, existem diversos trabalhadores insatisfeitos e alienados

perante as inúmeras deficiências percebidas no ambiente de trabalho, que afetam

diretamente a QVT.

36

Dimensões Fatores 1- Compensação justa e adequada A – Renda adequada ao trabalho

B – Equidade interna

C – Equidade externa

2 – Condição de Trabalho A – Jornada de trabalho

B – Ambiente físico seguro e saudável

3 – Oportunidade de uso e desenvolvimento de

capacidades

A – Autonomia

B – Significado da tarefa

C – Identidade da tarefa

D – Variedade da habilidade

E - Retroinformação

4 - Oportunidade de crescimento e segurança A – Possibilidade de carreira

B – Crescimento Profissional

C – Segurança de emprego

5 – Integração social no trabalho A – Igualdade de oportunidade

B – Relacionamento

6 – Constitucionalismo A – Respeito às leis e direitos trabalhistas

B – Privacidade pessoal

C – Liberdade de expressão

D – Normas e rotinas

7 – Trabalho e espaço total da vida A – Papel balanceado do trabalho

8 – Relevância social da vida no trabalho A – Imagem da empresa

Quadro 2 - Modelo de Walton para aferição da qualidade de vida no trabalho Fonte: Walton (1974 apud VALLE et all, 1996, p.4)

Compensação Justa e Adequada: refere-se à satisfação do trabalhador por sua

remuneração quando comparada interna e externamente. Walton (1974) diz que a

compensação recebida pelo trabalho realizado pode ser focalizada sob pontos

diferenciados, seja pela relação feita entre salário e o esforço físico ou mental, seja

pela experiência do trabalhador e a responsabilidade exigida pelo cargo.

A – Renda adequada ao trabalho: o salário recebido pelo trabalhador é justo se

comparado com as tarefas que desenvolve, além de verificar se o nível de

37

remuneração é adequado ao grau de esforço, de qualificação, habilidade e de

responsabilidade que o trabalho exige.

B – Equidade interna: verifica se existe diferença na remuneração entre

trabalhadores que executam tarefas idênticas ou muito parecidas dentro da

organização.

C - Equidade Externa: a remuneração de um trabalhador de outra organização

do mesmo porte e setor é igual ou muito parecida com a remuneração percebida

pelo empregados da organização pesquisada, quando executam tarefas

semelhantes.

Condições de trabalho: a satisfação do trabalhador está, neste ponto,

relacionada à adoção de horários razoáveis, condições de trabalho que reduzam ao

nível zero os riscos de doenças e danos físicos ou da imposição de limites de idade

quando o trabalho é prejudicial ao bem-estar das pessoas, acima ou abaixo de

determinada faixa etária (LIMA, 1995).

A - Jornada de trabalho: as cargas horárias de todas as funções desenvolvidas

dentro da organização obedecem à legislação vigente e não causam fadiga,

estresse e esgotamento físico e mental aos trabalhadores.

B – Ambiente físico seguro e saudável: a organização respeita as normas de

segurança, utilizando equipamento de proteção individual, e procura continuamente

diminuir os possíveis acidentes de trabalho, além de zelar pela integridade física e

mental dos trabalhadores e, conseqüentemente, por sua saúde e qualidade de vida.

Oportunidade de Uso e Desenvolvimento de Capacidades: refere-se à

possibilidade de o trabalhador utilizar seus conhecimentos e aptidões, desenvolver

autonomia, obter informações sobre o trabalho que desempenha e o processo

produtivo ao qual pertence. Contudo, Walton (1974) lembra que o grau de

maturidade do trabalhador, sua formação e capacidade de tomar decisões e

iniciativas determinarão em que nível estes fatores serão considerados. Não se deve

38

esquecer que algumas pessoas desejam um trabalho fragmentado que exija pouca

habilidade e até mesmo que seja firmemente controlado.

A – Autonomia: a organização permite que o trabalhador tenha um determinado

limite para resolver problemas relacionados às tarefas que executa.

B – Significado da Tarefa: o trabalhador sente-se realizado com a atividade

desempenhada.

C – Identidade da tarefa: mede o grau de satisfação que o empregado possui

em relação ao trabalho desenvolvido.

D – Variedade da Habilidade: a tarefa realizada exige diferentes conhecimentos

e habilidades, o que torna o trabalho mais atraente e dinâmico, sem ser cansativo e

repetitivo.

E – Retroinformação: a organização permite ao empregado informações

contínuas a respeito de seu desempenho, do trabalho e do produto que o mesmo

desenvolve.

Oportunidade de Crescimento e Segurança: Walton (1974) focaliza

basicamente a oportunidade de carreira concedida aos trabalhadores, assim como

as dificuldades enfrentadas por estes. Não exclui, de maneira alguma, sua própria

limitação; ao contrário, procura dar ênfase às ligadas diretamente à educação formal

que impedem ou dificultam, muitas vezes, a ascensão dos trabalhadores. Seguindo

este pensamento, Walton (apud LIMA, 1995, p. 67)

...propõe avaliar a expectativa do trabalhador quanto ao uso de conhecimentos e habilidades recém-adquiridas, o nível em que as atividades de trabalho atuais contribuem para manter e expandir sua capacidade evitando a obsolescência, a avaliação das oportunidades de progredir em termos organizacionais ou de carreiras reconhecidas pelas pessoas de seu convívio, como colegas, amigos e familiares e, por fim, a segurança ou renda decorrente do trabalho.

39

A – Possibilidade de Carreira: verifica a existência de uma política de Recursos

Humanos (plano de cargos e salários) que permite àqueles trabalhadores

devidamente capacitados e habilitados a oportunidade de ascensão profissional

dentro do próprio quadro de pessoal da mesma.

B – Crescimento Profissional: através de um plano de desenvolvimento e

capacitação de trabalhadores, a empresa oferece a todos a oportunidade de adquirir

e aprimorar seus conhecimentos.

C – Segurança e Emprego: a organização possui uma estrutura de Recursos

Humanos sólida, que proporciona ao trabalhador o sentimento de segurança em

relação à manutenção do seu emprego.

Integração Social no Trabalho: Walton (1974) ressalta a importância das

relações interpessoais para verificar o grau de identidade dos trabalhadores com a

organização e, por conseqüência, o nível de satisfação destes com a qualidade de

vida no trabalho. Isso pode ser avaliado pela ausência de preconceitos, de

diferenças hierárquicas marcantes e senso comunitário, o que faz com que o

trabalhador sinta-se integrado ao grupo e à empresa.

A – Igualdade de Oportunidade: é a ausência de favoritismo e preferências entre os

trabalhadores. O ideal pressupõe que os trabalhadores promovidos, transferidos ou,

até mesmo, admitido passem por uma seleção, respeitando suas qualificações,

habilidades e merecimento.

B – Relacionamento: busca-se verificar a existência de um bom relacionamento

interpessoal e um espírito de equipe junto aos trabalhadores da organização,

fazendo com que haja um comprometimento mútuo entre estes indivíduos.

40

Constitucionalismo: este é um outro fator fundamental para a garantia da

qualidade de vida no trabalho que está baseado no estabelecimento dos direitos e

deveres dos trabalhadores.

A – Respeito às Leis e Direitos Trabalhistas : a organização observa e cumpre todos

os direitos dos trabalhadores, previstos por lei, como férias, 13º salário, horário de

trabalho, entre outros direitos assegurados constitucionalmente.

B – Privacidade Pessoal: a empresa respeita a privacidade de seu trabalhador,

desde que seu comportamento não interfira em questões relacionadas ao trabalho.

C – Liberdade de Expressão: os trabalhadores possuem abertura para dar

sugestões e manifestar suas idéias aos seus superiores hierárquicos.

D – Normas Rotinas: as normas e rotinas da organização são bem claras, definidas,

difundidas, compreendidas e aceitas por todos os trabalhadores.

Trabalho e Espaço Total da Vida: Walton (1974) diz que as experiências dos

trabalhadores com o trabalho podem interferir, de forma positiva ou negativa, na vida

pessoal e social destes; por esta razão, o autor recomenda a busca do equilíbrio

através de esquemas de trabalho e crescimento profissional. Faz-se necessário que

a verificação do nível de satisfação do trabalhador em relação à influência exercida

pelo trabalho sobre a vida privada dos mesmos seja avaliada através de opiniões

com relação ao balanceamento da jornada, estabilidade de horários e mudanças

geográficas que afetam a disponibilidade de tempo para lazer e para a família.

A – Papel Balanceado do Trabalho: nada mais é que o equilíbrio satisfatório entre o

trabalho e outras atividades existentes na vida dos trabalhadores.

Relevância Social na Vida no Trabalho: De acordo com Walton (1974), a

forma de agir irresponsável de algumas empresas faz com que muitos trabalhadores

passem a depreciar seu trabalho, o que afeta a auto-estima e, por conseqüência, a

produtividade. Contudo, segundo Lima (1995, p.68), “as mudanças das condições

41

organizacionais ocorrem em geral mais lentamente do que o aumento das

expectativas do trabalhador, o que tende a provocar maior alienação”.

A - Imagem da Empresa: é fundamental que a organização conserve excelente

imagem perante seus trabalhadores, clientes atuais e potenciais, dos meios de

comunicação social, fornecedores, comunidades, entre outros.

A QVT sempre esteve voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem-estar

ao trabalhador na execução de sua tarefa.

Segundo Chiavenato (1999), estar satisfeito é estar em equilíbrio. Para se

obter um nível de equilíbrio psicológico, todo indivíduo passa pelo ciclo motivacional.

O organismo humano permanece em estado de equilíbrio psicológico, até que

um estímulo o rompa e crie uma necessidade. Essa necessidade provoca um estado

de tensão, conduzindo a um comportamento ou ação capazes de atingir alguma

forma de satisfação daquela necessidade.

O programa de QVT em andamento no INMETRO, foi analisado com base

nos modelos apresentados visando aperfeiçoá-lo para melhor atender os interesses

42

da instituição, trabalhador e da Sociedade como um todo. Trata-se de um programa

complexo, o SESAO, o qual possui as seguintes vertentes.

Fitovida

Figura 2 – Vertentes do Programa QVT Fonte: INMETRO, 2003

O P.Q.V.T. (Programa de Qualidade de Vida no Trabalho) do INMETRO

concentra seus esforços em melhorar a saúde física e mental de seus servidores

oferecendo-lhes os serviços descritos no capítulo III. Paralelamente foram realizadas

modificações nas instalações físicas, possibilitando uma redução na insalubridade e

periculosidade, resultante da execução de algumas tarefas – PPRA - Vide Quadros

4.4 e 4.5.

Enfermagem

Brincainmetro

Coral

Fisioterapia

Odontologia

Dependência Química

Conquistando

Saúde

Psicologia

Serviço Social

Serviço Médico

Q.V.T.

PPRA

Benefícios

3 RELATO DE UM CASO – SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL – INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL – INMETRO

Figura 3 - O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro Fonte: INMETRO, 2003

44

Autarquia federal criada pelo Art. 4º da Lei nº 5.966, de 11 de dezembro de

1973, com sede em Brasília - DF, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior, é o órgão executivo central do Sistema Nacional de

Metrologia e Qualidade Industrial - Sinmetro, e tem por finalidades:

I - executar as políticas nacionais de metrologia e da qualidade;

II - verificar a observância das normas técnicas e legais, no que se refere às

unidades de medida, métodos de medição, medidas materializadas, instrumentos de

medição e produtos pré-medidos;

III - manter e conservar os padrões das unidades de medida, assim como implantar

e manter a cadeia de rastreabilidade dos padrões das unidades de medida no País,

de forma a torná-las harmônicas internamente e compatíveis no plano internacional,

visando, em nível primário, à sua aceitação universal e, em nível secundário, à sua

utilização como suporte ao setor produtivo, com vistas à qualidade de bens e

serviços;

IV - fortalecer a participação do País nas atividades internacionais relacionadas com

metrologia e qualidade, além de promover o intercâmbio com entidades e

organismos estrangeiros e internacionais;

V - prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho Nacional de Metrologia,

Normalização e Qualidade Industrial - Conmetro, bem assim aos seus comitês de

assessoramento, atuando como sua Secretaria-Executiva;

VI - fomentar a utilização da técnica de gestão da qualidade nas empresas

brasileiras;

VII - planejar e executar as atividades de credenciamento de laboratórios de

calibração e de ensaios, de provedores de ensaios de proficiência, de organismos

de certificação, de inspeção, de treinamento e de outros, necessários ao

desenvolvimento da infra-estrutura de serviços tecnológicos no País; e

VIII - coordenar, no âmbito do Sinmetro, a avaliação da conformidade compulsória e

voluntária de produtos, de processos, de serviços e de pessoal.

45

Figura 4 – DIRAF Fonte: INMETRO, 2003

A Diretoria de Administração e Finanças que supervisiona a Divisão de

Recursos Humanos tem como competências e atribuições:

I - planejar, coordenar, dirigir, supervisionar, promover, acompanhar e avaliar a

execução das ações concernentes aos Sistemas de Pessoal Civil da Administração

Federal, de Serviços Gerais, de Administração Financeira, de Recursos Humanos e

de Contabilidade Federal, no âmbito do Inmetro.

A Divisão de Recursos Humanos que supervisiona o Serviço de Saúde

Ocupacional tem como competências e atribuições :

46

I - planejar, coordenar, supervisionar, promover e controlar as ações relativas ao

desenvolvimento de recursos humanos, administração de pessoal e ao programa de

saúde ocupacional.

O Serviço de Saúde Ocupacional tem como atribuições e competências :

I - propor, promover e executar as políticas inerentes à saúde ocupacional do corpo

funcional do Inmetro;

II - executar e controlar as atividades ligadas à saúde física e mental dos servidores,

sob a égide das normas e legislações pertinentes à higiene, medicina e segurança

do trabalho;

III - formular, propor e executar as ações necessárias ao desenvolvimento da

medicina preventiva do trabalho e assistência social, psicológica e odontológica;

IV - formular, propor e executar o programa de assistência, abrangendo medidas de

integração social, de ajustamento e de readaptação funcional;

V - promover perícias médicas para fins de concessão de licença, aposentadoria e

outros casos previstos na legislação; e

VI - gerenciar a execução orçamentária das dotações destinadas à manutenção do

projeto Qualidade de Vida, bem como dos programas de benefícios.

3.1 SERVIÇO SOCIAL

O Serviço Social baseia-se nos seguintes axiomas: O aperfeiçoamento

humano é o objetivo de qualquer Sociedade; à medida que se desenvolvem os

recursos econômicos e culturais, deve elevar-se, progressivamente, o nível de vida,

devem ser promovidos todos os esforços no sentindo de desenvolverem-se tanto a

assistência como a educação, para melhoramento das condições de vida humana,

quanto à saúde física e mental, a solidariedade humana deve caminhar no sentido

da fraternidade universal.

O homem é um organismo biológico-social: O “caso”, o problema e o

tratamento são sempre considerados pelo assistente social como um processo

psicossocial.

47

Um caso social não é determinado pela natureza do cliente (família, criança,

velho, adolescente) nem pode ser distinguido pela natureza do problema

(incapacidade econômica ou problema de comportamento). Um caso social é um

“fato humano”, econômico, físico, mental, emocional e social, que atua em maior ou

menor intensidade. Um caso social é composto de fatores internos e externos ou

ambientais.

Assim, o Serviço Social encontra-se embasado em compromissos com o

desenvolvimento das pessoas que emprega, com a segurança e a satisfação dos

seus servidores e colaboradores, com a proteção do ambiente e o bem estar da

comunidade, tão importantes quanto sempre foram marketshare e rentabilidade de

negócios. Em seguida são apresentadas as realizações e práticas de atuação social

na Instituição. Assim em 1994, a equipe de Saúde do SESAO passou a acompanhar

mais de perto o servidor e seus familiares, bem como a ajudar e mediar uma

questão social relevante tal como: Saúde que se pode traduzir em bem estar físico,

mental e social (Prevenção e tratamento).

O Serviço Social em outubro de 1994 iniciou os atendimentos individuais e

familiares. Realizava todos os contatos necessários com a empresa de saúde da

época (GOLDEN CROSS), todos os servidores ativos, aposentados e pensionistas

tinham acesso ao mesmo plano - DAME II (quarto particular com acompanhante),

sendo custeado integralmente pelo INMETRO. Esta ação gerou para o Serviço

Social um ganho importante, pois através dela passou-se a interagir e acompanhar

os problemas de saúde dos servidores e seus familiares, desde a realização de

exames complementares e/ou internações hospitalares até a conclusão dos

mesmos. Ainda neste ano teve início um trabalho em conjunto com a Associação

dos Servidores do INMETRO (ASMETRO), transcendendo ao compromisso com a

qualidade de vida de seus servidores e familiares – Um grupo de apoio aos

Alcoólicos Anônimos. Ação esta que baseava-se nos “Doze Passos”, em parceria

com alguns servidores que já vinham vivenciando tal situação com sucesso. Neste

período, acompanhava-se alguns servidores e suas respectivas famílias, em

parceria com o serviço de Psicologia, a fim de terem um maior suporte na

48

administração da doença. Contudo, na época, decidiu-se interromper visto que

alguns servidores estavam ficando “rotulados” pelos próprios colegas e/ou chefias.

Em 1996, o ESP (Exame de Saúde Periódico), passou a ser realizado por

uma equipe multidisciplinar. Foram elaborados novos formulários, e este

atendimento veio aumentar os contatos com os servidores. Com base nas

informações colhidas durante os anos de 1996 e 1997 nos exames periódicos

verificou-se a real necessidade de trabalhar com grupos específicos como

hipertensos, diabéticos e desvio de coluna.

O primeiro grupo tratado foi o de hipertensos. Através de reuniões com a

equipe multidisciplinar, os objetivos foram ampliados e passou-se a pensar em

ações macro visando à melhoria de qualidade de vida dos servidores, familiares e

colaboradores, então se criou a chamar o grupo de GVS – Grupo de Valorização da

Saúde, que veio culminar com o Projeto Qualidade de Vida.

O Serviço Social tem como objetivo geral, atender com confiabilidade,

agilidade e presteza todos os servidores ativos, aposentados, pensionistas,

colaboradores, seus familiares e comunidade.

Diante deste contexto, não se pode deixar de ressaltar a responsabilidade,

deste serviço em: esclarecer, orientar, encaminhar e disponibilizar informações à

todos, bem como propor e executar ações que propiciem a melhoria constante da

qualidade de vida da força de trabalho.

3.1.1 Atividades do Serviço Social

O dia-a-dia abrange os atendimentos individuais, de grupos e familiares bem

como todos os seus desdobramentos que podem ser: visitas hospitalares,

domiciliares, encaminhamentos, providências, contato com o plano de saúde,

periódico social, remoções, empréstimo de órteses, auxílio farmacêutico, doação de

alimentos, doação de sangue, acompanhamento social e atendimento a

comunidade.

49

Durante a triagem/atendimento, procura-se sempre analisar a real

necessidade do cliente, estabelecendo uma relação de ética/confiança e atenção,

orientando-o e encaminhando-o de forma eficaz. Lembrando, sempre, que é o

cliente que escolhe o caminho que pretende seguir.

O atendimento pode iniciar de diversas formas:

a) vontade própria;

b) encaminhamento por parte da chefia, por alguma área do próprio SESAO ou

por solicitação familiar.

Atendimento individual – são os de rotina, de maior demanda e de situações

diversas (ver item providências, encaminhamentos e remoções).

Atendimento de grupo – quando se atende mais de um servidor com objetivos

em comum.

Atendimento familiar – quando a família do servidor procura os serviços por

questões particulares.

3.1.2 Periódico

Através deste procedimento, coleta-se dados pessoais, familiares e sócio-

econômico dos servidores. Passa-se a conhecer um pouco mais do servidor e de

sua família, já que se tem a oportunidade de trabalhar questões de saúde,

escolaridade, lazer entre outros. Neste momento, registra-se, pessoa de contato,

telefone e endereço, para acionar em caso de emergência e conversa-se, também,

sobre o ambiente de trabalho.

3.1.3 Notificação de Afastamento

A partir de Agosto/98, este procedimento passou a ser feito para todos os

abonos de meio período de trabalho em diante, e para os processos de perícia

50

médica, o que aumentou consideravelmente o banco de dados para análises

estatísticas.

3.1.4 Visitas Hospitalares e Domiciliares

São realizadas objetivando acompanhar o servidor, a fim de esclarecer e

informar frente às situações: afastamento do servidor por motivo de saúde, licença

para acompanhamento familiar, acompanhamento a servidores e familiares

submetidos à intervenção cirúrgica ou internação clínica.

3.1.5 Procedimentos, Atendimentos e Contatos Referente ao Plano de Saúde

Os procedimentos pertinentes ao plano de saúde são: marcação de

consultas, autorização de exames e internações. Já o atendimento surge quando em

algum momento, as áreas do SESAO não conseguem ou tem dificuldade de contato

junto aos prestadores, ou ainda para a orientação do servidor quanto à cobertura

contratual e/ou quaisquer dificuldades que venham surgir.

O contato com a Gerência é feito mediante a solicitação do próprio servidor,

de alguma área do SESAO ou através de nossa própria análise visando a agilização

dos processos, sejam eles de: reanálise, valores de reembolso, concessões,

inclusões ou solicitações de carteiras provisórias.

3.1.6 Encaminhamentos, Providências, Remoções e Doação de Sangue

Os encaminhamentos são feitos de acordo com a necessidade apresentada

pelo servidor e seus familiares durante os atendimentos e acompanhamentos, ou

ainda, quando solicitado pela chefia imediata do servidor como por exemplo: vara de

família, justiça gratuita, juízo da infância e da juventude, INSS, serviços

especializados do plano de saúde, Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos,

hospitais públicos, clínicas psiquiátricas, serviço de psicologia gratuita, instituições

de dependência química (para internação).

51

Remoção de servidores: é feito tanto com a ambulância da própria instituição

quanto do serviço credenciado. Providencia-se a senha ou a requisição de viatura,

avisa-se a família e entra-se em contato com o hospital para solicitar a vaga, quando

solicitado pela área médica e/ou de enfermagem há o acompanhamento da

remoção para agilizar o processo de internação e prestar esclarecimento à família.

Doação de sangue: As solicitações são feitas através de cartazes que são

fixados nos locais de maior acesso e nos murais. Utiliza-se, também, uma lista de

doadores de sangue e convocação por e-mail.

3.1.7 Doação de Alimentos

Ao longo destes 08 (oito) anos, houve doação de aproximadamente 09 (nove)

toneladas de alimentos, propiciando um contato direto com a comunidade de Xerém,

tanto pessoa jurídica, como creches e abrigos, bem como famílias carentes.

Por vezes, as doações são distribuídas nas Instituições do Município de

Duque de Caxias. Tais alimentos nos chegam do IPEM (Instituto de Pesos e

Medidas) / SP ou através de gincanas realizadas no próprio INMETRO, onde sempre

são destinadas tarefas de cunho social como arrecadação de alimentos, roupas,

brinquedos, inclusive, no ano de 2000 solicitou-se órteses, o que gerou um ótimo

resultado.

3.1.8 Empréstimo de Órteses

Consiste no empréstimo temporário de materiais permanentes disponíveis no

SESAO que auxiliam no tratamento do servidor e/ou seus familiares como: cadeiras

de rodas, de banho, muletas, nebulizadores, patinho, comadre e outros. Antes do II

Ginca INMETRO tinha-se a disposição 01 cadeira de rodas, 02 cadeiras para banho,

01 par de muletas e 03 nebulizadores conseguiu-se com a gincana, sempre focando

52

questões sociais arrecadar mais órteses como: 04 cadeiras de rodas, 02 cadeiras

para banho, 11 comadres, 11 patinhos, 03 pares de muletas.

3.1.9 Auxílio Farmacêutico

Visa conceder os medicamentos solicitados pelo profissional de saúde e que

os servidores não tem condições de arcar com os mesmos. É liberado através de

processo onde solicita-se os seguintes documentos: laudo médico atual, exames

complementares, xerox do contracheque (avaliação da renda familiar), dois

orçamentos de farmácias distintas com a relação dos medicamentos que serão

utilizados. É feito um requerimento pelo servidor solicitando o benefício, junta-se

todos os documentos e em conjunto com a médica perita, emite-se um parecer

médico-social.

3.1.10 Parcerias com a Comunidade

Trabalhar com as organizações da comunidade, a fim de obter a participação

dos principais interessados, é a estratégia que pode garantir os melhores resultados

e a continuidade da proposta. Esta integração contribui para o processo de

desenvolvimento social, na medida em que as propostas devem abranger a melhoria

dos atuais indicadores sócio-econômicos e ambientais da população.

Embasado na missão da Instituição, o SESAO/Serviço Social vem

caminhando junto à comunidade local, dando apoio a Creche Guarany, Asilos,

Postos de Saúde, onde, encaminham-se servidores, familiares e colaboradores que

não possuem plano de saúde.

Com base no mapeamento das instituições existentes em Xerém e

adjacências é realizada a distribuição de alimentos, roupas, sapatos e brinquedos,

bem como às famílias onde atua-se com voluntários do próprio INMETRO e com as

voluntárias da Pastoral do Menor (Igreja Católica) de Xerém.

53

Em parceria com o serviço de odontologia é realizada palestra educativa de

higiene pessoal e oral para crianças da Associação Comunitária Recreativa e

Esportiva Santa Alice (ACRESA). Neste evento, são distribuídos kits contendo

escova de dente e creme dental e disponibiliza-se 06 (seis) unidades para aplicação

de flúor.

Posto de Saúde de Xerém – onde realiza-se exames de RX e de sangue nos

servidores e prestadores de serviço que não possuem plano de saúde, bem como

realiza-se a troca de alguns medicamentos.

Centro Social Washington Reis e Casa de Saúde e Maternidade de Xerém –

auxiliam na realização de exames complementares como radiografias, bioquímica,

eletrocardiograma, ultra-sonografia, ecocardiograma e tomografias.

Parceria com a Associação de moradores nos âmbitos social e cultural com

repasse de cestas básicas a creches, asilos, orfanatos e famílias carentes como

também material educativo. De forma a abranger outros nichos onde a carência

alimentar é a preocupação, foi doado à Associação dos Voluntários de Arte e Apoio

aos Pacientes do Hospital do Câncer – HCII – INCA, 40 (quarenta) cestas básicas

que serviram de grande valia a pacientes que retornam a seus lares onde há

necessidade do suporte de alimentos básicos, suplemento alimentar (leite em pó,

sustagem, farinha láctea e outros) pois, o tratamento continua mesmo após a alta

hospitalar.

INSS – realiza-se visitas visando agilizar a certidão de tempo de serviço, documento

exigido para fins de aposentadoria, quando o servidor trabalhou em empresa privada

anterior ao INMETRO.

Justiça gratuita – por motivo de divórcio.

Vara de família – para pensão alimentícia

Juizado de menores – para tutela, curatela e guarda.

FIA – Fundação da Infância e Adolescência. – Para tratamento de dependentes

químicos que não possuem planos de saúde.

54

3.1.11 Projeto Qualidade de Vida

É uma ferramenta importante direcionada a responsabilidade social de

trabalhar na melhoria da qualidade de vida dos servidores e colaboradores, maior

produtividade, reduzindo o absenteísmo, prevenindo e tratando as patologias e

desenvolvendo a integração social. Soma-se com relevância, a participação da

comunidade local e vários programas que objetivam estimular a integração da

comunidade atendendo a missão maior da Instituição.

Voltado especificamente para a melhoria da saúde dos servidores propiciando

bem estar social e equilíbrio físico e psíquico, objetivando, também, a redução do

absenteísmo, a maior e melhor produtividade e a redução das patologias. A

Qualidade de Vida prevê a prática de exercícios como: ginástica laboral,

caminhadas, antiginástica sob supervisão, hidroginásticas, Tai-Chi-Chuan, dança de

salão entre outras

INSS – (Instituto Nacional de Seguridade Social)

Neste projeto, desenvolve-se, o Programa de Eventos Técnicos e Científicos,

ações mobilizadoras e integradoras como por exemplo o Brinca INMETRO e Ginca

INMETRO, eventos hoje muito procurado pelos servidores. No 1º ano do brinca

INMETRO participaram 145 crianças, desenvolveu-se atividades recreativas, lúdicas

e integradoras. Todas as crianças ganharam brindes e nos anos posteriores (2000 e

2001) houve uma divisão por faixa etária e 100 vagas por dia, a procura só tem

crescido. A Realização de Ginca INMETRO, além de mobilizar pessoas para compor

o grupo, desenvolve relacionamentos entre setores, divisões e diretorias, com muita

harmonia e sempre com atividades de cunho social. Nestes dois eventos da gincana

houve uma arrecadação de 2.500 (dois mil e quinhentos) quilos de alimentos, 1.500

(mil e quinhentos) pares de sapatos, 3.000 (três mil) peças de roupas e 3.000 (três

mil) brinquedos. Vide Anexo B.

Dentro dos eventos técnicos científicos destaca-se a importância ao longo dos

anos da manutenção da Semana da Saúde (vide Anexo A), onde o Serviço Social

55

atua de forma participativa sugerindo e organizando atividades, sempre com foco na

prevenção e manutenção da Saúde. No decorrer desses anos algumas sementes

foram plantadas e multiplicadas, pois se percebe uma procura cada vez maior dos

serviços e também de participação nos eventos. O envolvimento das pessoas em

todas as atividades durante a Semana da Saúde, principalmente no que se referiu à:

a Saúde da Mulher e do Homem, a apresentação do Programa de Dependência

Química, o grupo de Teatro Companhia do Humor, a Ginástica Laboral, a

Caminhada que já é um marco na nossa Semana e o café da manhã natural,

incentivando sempre hábitos alimentares saudáveis.

Realizou-se também o primeiro Encontro dos Servidores Públicos

Aposentados do INMETRO em Julho de 2001 (vide Anexo C), com a participação de

81 servidores, objetivando sensibilizar e despertar os servidores para uma mudança

no estilo de vida, voltando a participarem de atividades de integração, cultura, saúde

e lazer. Foi um momento de muita emoção e alegria para eles ao se reencontrarem.

O propósito, é realizar tal encontro, anualmente.

A mensagem foi: “Não é importante somente adicionar anos à vida, mas vida

aos anos conquistados”.

Ressalta-se a importância do Programa de Readaptação Funcional ,que tem

por objetivo geral analisar e avaliar cada processo em sua especificidade, integrar o

corpo funcional da Instituição, bem como seus familiares, promovendo o bem estar e

a melhoria da Qualidade de Vida, através da equipe multidisciplinar e da gerencia

imediata do readaptando, considerando que a readaptação é o ato ou efeito de

readaptar em função pública, compatível com a limitação física e/ou mental do

servidor.

3.1.12 Procedimentos do Serviço Social / Gráfico

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002Total de procedimentos 12270 17319 23064 27360 30198

56

Gráfico 1 – Procedimentos do Serviço Social Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh 3.1.13 Quadro de Procedimentos do Serviço Social

Procedimentos 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TOTAL GERAL

Acompanhamento Familiar - - 387 361 250 316 471 1785

Acompanhamento Grupal 8 41 49 23 18 65 52 256

Acompanhamento

Hospitalar 15 67 371 301 307 488 809 2358

Acompanhamento

Individual 30 131 491 751 765 1576 986 4730

Atendimento Familiar - - 310 227 130 180 358 1205

Atendimento Grupal 12 31 57 41 08 97 59 305

Atendimento individual 328 784 4260 6736 9413 1077

3 7844 40138

Atendimento Plano de Saúde 530 1381 1244 753 3617 2892 4135 14552

Auxílio Farmacológico - - 10 4 12 14 24 64

Contato Plano de Saúde 12 30 189 236 689 1484 1435 4075

Doadores de sangue - - 23 30 23 60 26 162

Empréstimo de órteses - - 8 21 20 93 104 246

Encaminhamentos 57 432 1125 1356 1365 2421 2668 9424

Eventos 6 27 25 4 8 11 3 84

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002

57

Procedimentos 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TOTAL GERAL

Exames Periódicos 109 215 200 206 94 89 280 1193

Notificação de afastamento - - 53 294 453 481 489 1770

Parcerias c/

estabelecimentos públicos 8 4 80 75 24 73 91 355

Parcerias com a

comunidade 10 2 90 141 36 65 344

Parcerias com empresas 3 - 48 21 13 17 102

Procedimento Plano de

Saúde 530 90 1511 2052 2203 3057 2373 11816

Readaptação funcional - - - 32 11 25 43 111

Remoção / providências 63 704 1455 3532 3524 2910 2979 15167

Visita a empresas - 2 13 13 3 10 2 43

Visita Domiciliar / Perícia 11 59 36 33 20 28 32 219

Visita hospitalar / Perícia 10 32 34 29 28 25 21 179

Quadro 3 - Procedimentos do Serviço Social Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

Têm-se como metas, implantar e implementar programas como: Pré e Pós

aposentadoria; grupos de hipertensos, diabéticos, onde, as dinâmicas serão

desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar do SESAO, e será utilizado o espaço

físico disponibilizado internamente (sala de eventos).

O que muito agrada, atualmente, é saber que não é a norma que obriga, mas

é a responsabilidade social que orienta a cada dia.

3.2 SERVIÇO DE ENFERMAGEM

O serviço de enfermagem do trabalho, tem por finalidade, executar as

atividades relacionadas com o serviço de higiene, medicina e segurança do trabalho,

propiciando a preservação da saúde e valorização do trabalhador, através de ações

preventivas e curativas.

58

3.2.1 O Fluxo no Serviço de Enfermagem Provém de:

- Consultas médicas, atendimentos de emergência (mal súbito / acidente do

trabalho), por iniciativa própria ou por solicitação do SESAO, para realização do

exame de saúde periódico. Em nossos atendimentos realiza-se a

administração/fornecimento de medicações ou os procedimentos de enfermagem

tais como:

- Parenteral, nebulização, hidratação venosa, imobilização provisória, etc. Se

necessário, a pessoa pode ser removida do local de trabalho pela ambulância com o

profissional de saúde ou dependendo de suas condições, trazida por outra pessoa.

Exame de saúde periódico é realizado anualmente em todos os servidores. A

convocação é feita através de contato telefônico direto com o interessado a fim de

agendar data e médico de sua preferência, evitando assim a falta ao exame. O

servidor será atendido inicialmente pelo profissional de enfermagem (auxiliar ou

enfermeira), em seguida pelo médico, assistente social e psicóloga. Receberá

pedidos de exames complementares e será orientado que retorne tão logo tenha os

resultados.

3.2.2 Exame de Saúde Pré-Admissional

Obedece à mesma rotina, do exame de saúde periódico e acrescenta-se a

consulta odontológica. Quanto aos estagiários apenas realizam consulta de

enfermagem e médica.

3.2.3 Campanhas de Vacinação

As campanhas atendem a toda a força de trabalho, sendo divulgada e

agendada nas devidas épocas. Tem-se Gripe, Febre Amarela, Gripe e Dupla (difteria

e tétano), esta última sempre existente no SESAO/ENFERMAGEM para atender em

59

caso de acidentes. As vacinas são adquiridas através de parceria com as

Secretarias de Saúde.

3.2.4 Atendimentos de Emergência

São realizados mediante solicitação através do ramal 9222 (emergência) ou

quando o paciente chegar diretamente para o atendimento. Dependendo do estado

da pessoa, a mesma poderá ser removida de ambulância para o pronto socorro mais

próximo.

3.2.5 Atendimento Ambulatorial

Se dá em continuidade às consultas médicas, para o fornecimento de

medicações, ou realização de alguma técnica.

3.2.6 Equipamentos

Um autoclave (para esterilização de alguns materiais, como gaze, pacotes de

curativos, caixa para sutura), 02 (dois) leitos, carrinho de curativos, cadeira de rodas,

geladeira, cilindros de oxigênio, e recentemente adquiriu-se uma ambulância (nova e

equipada) para melhor atender às remoções de emergência. Quanto às atividades

administrativas realizadas pela enfermagem do trabalho, cita-se; recebimento de

atestados, controle de absenteísmo, controle de materiais e medicamentos para

serviço médico, parceria com Secretarias de Saúde, para aquisição de alguns

medicamentos e vacinas, controle e encaminhamento a unidade responsável para

realização de vacinas específicas. (ex.: febre amarela), necessária para servidores

em viagem a determinados Estados.

A participação do Serviço de Enfermagem no sub-projeto FITOVIDA, é

importante pois faz-se o fornecimento de medicamentos fitoterápicos específicos o

que é muito bem aceito pelos pacientes.

60

Realiza-se, também, exame de Saúde Periódico para servidores lotados em

Brasília e Goiânia. Nestes casos apenas são realizadas as consultas de

enfermagem, médica e pedido de exames com posterior análise e encaminhamento

se necessário, na própria localidade.

O recebimento de atestado médico dos servidores deve respeitar prazo de

entrega de horas após o retorno ao serviço. Após o abono pelo médico, a via

impressa de controle de absenteísmo, servirá de subsídio para relatório mensal de

absenteísmo, por causa, e em seguida o abono é encaminhado para o Serviço

Social para realizar a notificação de afastamento para a chefia do servidor.

3.2.7 Quadro Geral de Atendimentos de Enfermagem

* Início do registro das medicações fornecidas a partir de Julho

Gráfico 2 – Procedimentos de enfermagem Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002Total de Procedimentos 5902 7380 7193 6219 6575Medicação fornecida * 5043 8160 8835 13715

0 2000 4000 6000 8000

.1998

.1999

.2000

.2001

.2002

Número de procedimentos

61

3.3 CORAL INMETRO

A existência do coral INMETRO é mais uma forma de proporcionar Qualidade

de Vida a nossos servidores e colaboradores. A existência de um coral numa

empresa é um fator altamente positivo, com efeitos que se refletem tanto

internamente, no dia-a-dia, como externamente, na sua imagem dentro da

comunidade onde está inserida. Externamente porque enriquece a imagem da

empresa, como exemplo, cita-se as apresentações realizadas na Federação da

Indústria do Rio de Janeiro (FIRJAM), Congresso internacional de Metrologia (Rio de

Janeiro,Clube Naval do Rio de Janeiro, Cidade de Nova Iguaçu, Colégio de Duque

de Caxias, Instituto de Pesos e Medidas - (IPEM) São Paulo, Semana da Saúde

(INMETRO). Internamente aproxima e facilita a convivência entre os funcionários

através da linguagem universal da música, trazendo grandes benefícios para a

saúde das pessoas, além de estimular ideais a todos os funcionários aprimorando-

lhes o gosto e a sensibilidade, com indiscutíveis reflexos em sua produção individual

dentro da empresa.

O canto coral é um veículo natural para o desenvolvimento dos vários

aspectos da musicalidade o qual atua de forma muito eficaz na saúde do indivíduo.

Esta experiência teve seu ápice com a gravação do CD com patrocínio da

ABN Real e BR distribuidora fato que ratifica que a atividade do coral na vida de uma

empresa funciona como uma injeção de equilíbrio pessoal, espiritual, social e político

para seus integrantes.

Compreende-se que a qualidade está nas pessoas e é feita com elas. Assim,

o ideal de elevar e valorizar a auto-estima dos servidores é uma forma para que

tenham amor em si e por si tornando-os capazes de se integrar mais completamente

ao trabalho.

62

3.4 SERVIÇO DE FISIOTERAPIA

Consiste em mais um serviço para promover saúde a nossa força de trabalho.

Tem-se a preocupação de desenvolver um programa adequado a cada pessoa e

dirigido para estabilizar e reduzir causas fisioterapêuticas.

Conta-se com um espaço físico adequado e recursos terapêuticos tais como:

Eletroterapia “(US, Tans, Fes, Oc); termoterapia (Forno de Bier, bolsas térmicas e

panqueca de gelo); Fototerapia (Infra-vermelho).

Considerando que a capacidade de trabalho é medida por nosso estado de

saúde, é oferecido também aos servidores e colaboradores, cinesioterapia,

exercícios laborativos, massoterapia e mecanoterapia.

Futuramente pretende-se expandir as instalações com recursos de

hidroterapia e hidroginástica propiciando assim aos servidores e colaboradores um

trabalho globalizado. Então, quanto mais saudável e em boa forma se estiver, mais

chances se terá de aumentar a idade produtiva e desenvolver uma carreira

profissional melhor.

Observa-se que ao longo destes trabalhos, o índice de absenteísmo por

causas fisioterapêuticas vem diminuindo constantemente e proporcionando a todos

mais tranqüilidade e facilidade de acesso a este serviço pois todas as instalações

são de fácil acesso aos servidores e colaboradores INMETRO.

Conforme a demanda das áreas, realiza-se trabalhos de cinesioterapia “in

loco” e se necessário em parceria com os serviço de psicologia e/ ou social. As

atividades corporais possibilitam as pessoas (servidores e colaboradores)

conhecerem melhor seu corpo e seus movimentos e tomarem consciência do

espaço ao seu redor, seus limites e campo de atuação, desenvolvendo a

espontaneidade, a imaginação e a criatividade expressiva.

63

3.4.1 Procedimentos da Fisioterapia

Gráfico 3 – Procedimentos de fisioterapia Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh 3.5 SERVIÇO MÉDICO

Trata-se de um serviço de pronto atendimento, envolvendo consultas

médicas, motivadas por situações de caráter variado, tais como:

Urgências Médicas

- Avaliação física / clínica

- Orientações clinicas e terapêuticas

- Abono médico (até 30 dias)

- Solicitação de exames complementares

- Encaminhamento a outras especialidades médicas

- Rotina ambulatorial

* O local para atendimento de fisioterapia foi construído no final de 1999, com o início dos

procedimentos no início de 2000

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002Total de procedimentos * 2184 3999 2957Ausência às sessões 180 306 233

0 1000 2000 3000 4000 5000

.2000

.2001

.2002

64

Concomitantemente, o grupo técnico vem desenvolvendo outras ações, com a

finalidade de melhorar, ainda mais, estes serviços, executando campanhas de

vacinação, no próprio SESAO, bem como programas de conscientização, com

palestras educativas e distribuição de folhetos e cartazes, sobre assuntos de

interesse geral (Tabagismo, Hipertensão Arterial, Hepatite C, Gripe, etc.). É na

educação que se alicerçam as bases para a prevenção das doenças:

Desde o acesso e a apropriação da informação, à conscientização quanto aos

determinantes de saúde, até as ações práticas para aquisição de hábitos saudáveis.

Tais serviços são prestados, a toda força de trabalho do INMETRO, incluindo-

se servidores ativos e inativos, prestadores de serviços, bolsistas e colaboradores,

no próprio ambiente de trabalho, seja em Xerém ou no Rio Comprido.

Determinando uma ação médica imediata, no momento e no local (se for

necessário) em que ocorrerem as intercorrências de saúde. É importante ressaltar

que, em muitos quadros agudos, o grande diferencial de sucesso, é a rapidez no

atendimento e o intervalo de tempo entre o início dos sintomas e o momento da

realização dos procedimentos terapêuticos. A equipe técnica permanece de

prontidão, inclusive com ramal exclusivo para emergências e ambulância disponível,

durante todo o período de horário do trabalhador. Evitando também a perda de

tempo com deslocamento do paciente, para os mais diversos locais de atendimento,

sejam públicos e/ou privados (conveniados), além de minimizar os transtornos com

demora na espera, mau atendimento e outros mais. Diminuindo o índice de

absenteísmo, causado por todos esses fatores já anteriormente descritos.

Outrossim, como já foi dito, anteriormente, os servidores inativos, moradores ou não,

das redondezas, por questão de hábito, confiança e comodidade, também se

servem destes benefícios.

Por si só, essas colocações são de suma importância, mas elas tomam uma

conotação muito maior quando se visualiza situações que são provocadas pela

localização isolada do INMETRO-Xerém, fora da área urbana e sem infra-estrutura

geral para atendimento e deslocamento. Tal motivo é mais do que suficiente para

65

justificar a preocupação com o bem estar e a integridade física e mental de toda a

força de trabalho desta instituição, permitindo uma segurança muito maior, baseada

na seriedade e na confiabilidade do serviço assistencial, ora implantado no SESAO.

3.5.1 Saúde Assistencial Consiste:

Realização de consultas médicas, para toda força de trabalho do INMETRO

no próprio ambiente de trabalho utilizando as instalações do próprio instituto,

favorecendo um atendimento personalizado, permitindo uma visão da saúde global

da instituição e a indicação de medidas de prevenção, além de maior informação

para um diagnóstico mais preciso. Além de comodidade, pois evita o deslocamento

do servidor para os consultórios conveniados, também permite a diminuição das

ausências para este fim, tendo em vista a localização do INMETRO, fora da área

urbana, o que implica, muitas das vezes, na ausência em um dia de trabalho para

consultas médicas.

Orientação ao servidor nos diversos aspectos médicos tais como: folhetos,

cartazes, palestras, campanhas de vacinação no próprio SESAO; e

encaminhamento, sempre que necessário, para as diversas especialidades, através

do plano de saúde.

Licenciamento médico fornecido quando verificada a incapacidade temporária

ao trabalho, sendo da competência deste serviço a liberação de um à trinta dias de

afastamento.

3.5.2 Saúde Ocupacional

É a medicina do trabalho propriamente dita. (Instituída pela Lei nº 6514 de

22/12/77, Portaria nº 3214 de 08/06/78 Normas Regulamentadoras). Consiste em

prevenir:

66

1º Doenças: (exames médicos admissionais, periódicos de retorno etc.).

2º Acidentes do Trabalho:

A NR-7 (Norma Regulamentadora) estabelece a obrigatoriedade da

elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que

admitam trabalhadores como empregados, do programa de controle médico de

saúde ocupacional.

PCMSO – A NR (Norma Regulamentadora) regulamenta os exames médicos

(admissionais, periódicos, demissionais, retorno ao trabalho, mudança de função) -

A Portaria nº 3214 de 08/06/78.

Estabelece as Normas Regulamentadoras que atualmente são 30 (trinta),

sendo as principais:

NR-4 : Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SSMT).

NR-5 : CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho)

NR-6 : Equipamento de Proteção Individual (EPI)

NR-7: PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional).

NR-9: PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais).

3º Doenças do Trabalho: (ex.: L.E.R.(lesão por esforço repetitivo) /D.O.R.T.(doença

ocupacional relacionada ao trabalho).

Determina causas de

INSALUBRIDADE:

NR-15: Atividades e operações Insalubres. Riscos Físicos (ex.: ruído, químicos

(ex.: solventes, poeiras), Biológicos ( ex.: bactérias, vírus)

67

PERICULOSIDADE:

NR-16: Atividades e Operações Insalubres (ex: Explosivos, Inflamáveis, Radiações

Ionizantes).

NR-17: Ergonomia.

Faz o 1º atendimento, o procedimento é o seguinte:

1º Registro em ficha de análise do Acidente de Trabalho (A. T.)

2º Determinar se o A. T. é:

Sem perda de tempo o servidor não se ausenta do trabalho (A.T. leve, sem

licenciamento).

Com perda de tempo o servidor ficará licenciado até estar apto a retornar ao

trabalho.

3.5.3 Exame Pericial

No INMETRO, o exame pericial é realizado por junta médica composta por 3

(três) médicos. O objetivo da perícia é avaliar as condições físicas e psíquicas dos

servidores, quando acometidos por alguma doença que o impeça de exercer suas

atividades laborativas ou esta, tenha que acompanhar dependentes. Quando o

período de afastamento de suas atividades atinge 30 (trinta) dias, então o servidor

passará por um dos médicos perito que determinará, se ele deverá continuar

afastado ou não e também avaliará o tempo de afastamento, de acordo com a

necessidade. Muitas vezes a junta pericial recorre a médicos especialistas quando

estes acompanham o servidor, para em conjunto analisar cada caso dependendo

assim da doença adquirida.

68

A perícia é realizada periodicamente, podendo ser residencial, hospitalar ou

no Serviço de Saúde Ocupacional.

De acordo com o RJU - Lei 8112 de 1990, o servidor poderá ficar afastado por

um período de até 2 (dois anos), consecutivos ou não desde que seja pela doença,

então será avaliada quanto ao seu retorno a mesma atividade, readaptado a nova

função ou caso não tenha condições físicas ideais para o trabalho será

encaminhado para aposentadoria, de acordo com o julgamento do médico perito.

3.5.4 Quadro Geral de Procedimentos Médicos

Procedimentos .1998 .1999 .2000 .2001 .2002

Consultas - Xerém 2892 3118 2397 2655 2875

Consultas - RC 1094 1503 1525 1471 2450

Perícias 163 135 97 103 111

Ex Periódicos Xerém 313 224 118 103 202

Ex Periódicos RC 133 120 83 32 88

Outros Ex ocupacionais Xerém 1 167 167 123 254

Outros Ex ocupacionais RC 0 40 31 0 0

Total 4596 5307 4418 4487 5980

Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

69

Gráfico 4 – Número total de procedimentos médicos Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

3.5.5 Perícias Médicas Realizadas

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002

INMETRO – SESAO 147 131 92 83 100

Domiciliar 3 0 5 12 7

Hospitalar 13 4 0 8 4

Total 163 135 97 103 111

Gráfico 5 – Perícias médicas Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

02 04 06 08 0

1 0 01 2 01 4 01 6 01 8 0

.1 9 9 8 .1 9 9 9 .2 0 0 0 .2 0 0 1 .2 0 0 2

0500

10001500200025003000350040004500500055006000

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002

Ano

70

3.5.6 Sub Projeto Fitovida

Por acreditar que a qualidade de vida dos homens depende intrisicamente de

sua saúde, e por ser o INMETRO um órgão de excelência preocupado com a

qualidade, investiu-se em um novo conceito de saúde para oferecer um tratamento

global aos seus servidores e colaboradores.

Em janeiro 2000 foi iniciado o fornecimento de medicamentos fitoterápicos,

em alternativa ou associados aos medicamentos sintéticos, com o crescimento da

procura aos medicamentos, cria-se o Programa Anti-deslipidemia. Foram

selecionados pacientes com exames laboratoriais alterados (taxas de triglicerídios e

colesterol elevados), e estes recebem cápsulas alho e ou cápsulas de beringela.

Trabalha-se atualmente nos ambulatórios SESAO Xerém e RC com os

seguintes tipos de fitoterápicos: Ansiolítico, cápsula de alho, cápsulas de beringela,

cápsulas anti-gastrite, xarope, equinácea, hepato protetor; e pomadas (cicatrizante,

e de arnica), esta última utilizada no setor de fisioterapia.

Nota-se claramente, o crescimento da opção por este tipo de tratamento, o

que justifica a construção do laboratório para manipulação dos medicamentos no

Campus –Xerém e se poderá ter conquistas tais como:

1) Diminuir os custos dos usuários com medicamentos, uma vez que a média de

economia é de 70%, em relação ao tratamento convencional (Percentual

estimado com base no custo do mesmo medicamento em forma alopática).

2) Estímulo à consideração de pesquisas para produção de fitomedicamentos

nacionais.

3) Diminuir os efeitos colaterais por ser o tratamento fitoterápico menos agressivo.

4) Estimular a consciência ecológica, interagindo homem-natureza.

71

É importante ressaltar baseado em estatísticas a grande aceitação deste tipo

de tratamento no INMETRO Goiânia e Brasília. Este trabalho foi desenvolvido nestas

unidades durante exames periódicos de saúde no ano 2002.

3.5.6.1 Metas do Projeto Fitovida − Viabilizar o funcionamento do laboratório de manipulação (farmácia) para

fornecimento de medicação, a custo reduzidíssimo ao INMETRO, para Xerém/RC

e outros estados.

− Interagir com outros estados (órgãos IPEM/INMETRO) para divulgação do

subprojeto; e viabilização nestes locais.

− Viabilizar o Horto Medicinal no campus INMETRO-Xerém para fornecimento de

matéria prima (área já delimitada).

72

Tabela 2 – Medicamentos fitoterápicos, distribuídos pela SESAO à Força de trabalho do INMETRO nos ano de 2000, 2001 e 2002

ANO 2000 ANO 2001 DESCRIÇÃO QUANTIDADE DESCRIÇÃO QUANTIDADE

Alho 960 cáps Alho 1.412 cáps.

Ansiolítico 1.844 cáps.

Anti-inflamatório 184 cáps. anti inflamatório 624 cáps.

Berinjela 1.140 cáps anti-flatulência 273 cáps.

Equinácea 1.253 cáps. anti-gastrite 1.163 cáps.

Gastrite 823 cáps. Ansiolítico 2.473 cáps.

Hepato-protetor 672 cáps. Berinjela 1.680 cáps.

Equinácea 1.942 cáps.

Xarope 1.470 ml. hepato-protetor 883 cáps.

Fórmula anti gripal 5 frascos Xarope 4.124 ml.

Pomada arnica 11 tubos pomada cicatrizante 5 tubos

ANO 2002 DESCRIÇÃO QUANTIDADE

Ansiolítico 2.412 cáps.Equinácea 1.592 cáps.Hepato-protetor 298 cáps.Alho 544 cáps.Berinjela 1.140 cáps.Anti-flatulência 100 cáps.Anti-gastrite 341 cáps.Total 12.224 Xarope 20 ml. * Pomada cicatrizante 01 tubo *Neste ano não havia disponibilidade de verba para compra de frascos, assim era fornecido somente nos atendimentos ambulatoriais. Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

73

3.5.7 Auxílio Farmacológico

Instituído com o objetivo de ajudar servidores, minimizando custos com

medicação para uso próprio ou de seus dependentes. É necessário, a cada caso

analisar tópicos tais como renda mensal individual e familiar, número de

dependentes, gastos mensais, diagnóstico clínico (laudo médico) e o tempo de

tratamento. Após aprovação, os medicamentos são fornecidos ao solicitante pelo

período de 02 anos, mediante laudos médicos atualizados.

3.6 SERVIÇO DE PSICOLOGIA

Ao longo dos anos percebe-se que o mais importante recurso de uma

instituição são os servidores, colaboradores enfim, a força de trabalho. Assim o

SESAO tem responsabilidade direta pelo bem-estar geral destas pessoas, para que

elas se sintam impulsionadas a fazer o seu trabalho de modo mais produtivo e mais

significativo.

O Serviço de Psicologia busca promover um ambiente de trabalho direto no

qual os servidores e colaboradores se sintam livres e confortáveis, seja para obter

aconselhamento individual, expressar assuntos gerais ou tratamento psicológico.

3.6.1 Atendimento Psicoterápico

Os servidores e colaboradores, procuram ou são encaminhados pelas

chefias, médicos e outros para atendimento psicológico. Os motivos freqüentemente

são dependência química, dificuldades pessoais, doenças psicossomáticas e/ou

psiquiátricas, neste caso se faz o acompanhamento junto ao psiquiatra responsável.

3.6.2 Readaptação Funcional

A readaptação funcional consiste em analisar e avaliar cada caso/processo de

acordo com a sua especificidade através da equipe Multidisciplinar e da chefia

74

imediata do readaptando, considerando que a readaptação é o ato ou efeito de

readaptar em função pública, de forma compatível com a limitação física e/ou mental

do indivíduo. O readaptando é Servidor Público Federal que apresenta as seguintes

causas:

− Licença médica por mais de 120 dias;

− Dependência química;

− Limitação da capacidade física e mental;

− Acidente de trabalho.

3.6.3 Programa de Dependência Química

Este programa é desenvolvido com o(s) servidor(es) e seus familiares.

Geralmente, são encaminhados pela chefia ou por si em busca de ajuda. O serviço

de psicologia realiza o acompanhamento interno e avalia a necessidade de

internação.

3.6.4 Programa de Tabagismo

No decorrer dos últimos 3 anos, campanhas de esclarecimento em relação ao

tabaco, foram realizadas através de folders e palestras educativas. No ano de 2002,

realizou-se um trabalho através de contratação de uma empresa para aplicação de

laser em pontos de acupuntura. Participaram da campanha cerca de 250 pessoas

entre servidores, bolsistas e contratados, durante 6 (seis) meses. Neste período,

obteve-se o seguinte resultado:

Gráfico 6 – Resultado do programa de tabagismo Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

18%

20%

17%

45%

PARARAM DEFUMAR PARARAM EVOLTARAMDIMINUIRAM NAQUANT. DIÁRIANÃO PARARAM

75

3.6.5 Programa de Palestras da Semana da Saúde

Em função da freqüente incidência de determinados assuntos no atendimento

psicológico foram realizados as seguintes palestras/eventos:

− Estresse;

− Tabaco;

− Teatro humorístico de dependência química;

− Dependência química;

3.6.6 Concurso Público

Em 2002 o INMETRO, realizou um concurso público para pesquisadores,

tecnologistas e técnicos, disponibilizando cerca de 150 vagas.

O serviço de Psicologia foi responsável pela avaliação psicológica dos

aprovados. Neste processo aplicou cerca 3.900 testes específicos e de

personalidade. A conclusão das avaliações foi documentada através de laudo

psicológico. Durante o desenvolvimento deste trabalho percebeu-se que além da

avaliação propriamente dita, os concursados tiveram a oportunidade de integrar-se

não só ao próprio grupo como também à Instituição.

3.6.7 Participação em Trabalhos Motivacionais e de Integração

Existem várias maneiras de motivar e integrar os grupos de trabalho, no

decorrer dos últimos anos optou-se por programas vivenciais utilizando técnicas de

dinâmica de grupo e textos de reflexão.

A partir de setembro do ano de 2002 o SESAO implementou o programa

Conquistando Saúde. Considerando o Projeto Qualidade de Vida, de modo a

garantir a saúde física e mental de nossos servidores e colaboradores, percebeu-se

que todas as pessoas e organizações têm características, peculiaridades e culturas

que as identificam e as distinguem das demais. A isso se dá o nome de valores. Os

76

valores são o fruto ou as conseqüências do dirigente da empresa ou do líder que

mais a “impressionou” ao longo de sua existência. Esses valores precisam ser

claramente identificados, pois sempre serviram ou servirão como orientadores e,

principalmente, como inspiradores das ações práticas e dos rumos a serem

seguidos, pois são eles que determinam o estilo/perfil da empresa. Cabe a

instituição buscar constantemente , praticar esses valores e fazer com que os outros

os pratiquem. Será exatamente isto que dará o sentido de unidade, de grupo, de

união, e que tornará possível a convivência harmoniosa e frutífera.

Manter a Qualidade em todos os seus aspectos depende fortemente da

habilidade da Instituição em descobrir meios de aumentar a sua eficiência de

resposta aos clientes e ao mercado. Ao buscar maneiras de se adaptar mais

rapidamente, percebe-se as vantagens de desenvolver equipes, que precisam unir

esforços nos procedimentos de trabalho e na solução de problemas.

As equipes altamente eficazes são compostas de grupos de pessoas

comprometidas que confiem uns nos outros, têm um claro sentido de propósito em

relação ao seu trabalho; são eficazes comunicadores dentro e fora da equipe;

certificam-se de que todos no grupo estão envolvidos nas decisões que dizem

respeito a todos; e sequem um processo que os ajuda a planejar, tomar decisões e

garantir assim a Qualidade.

Objetivo do Programa:

Contribuir para a criação de um ambiente tranqüilo e capaz de responder com

efetividade ás exigências do dia-a-dia, garantindo a excelência em qualquer serviço;

Promover o compromisso com Qualidade de Vida, obtendo alto índice de

interesse e resultado.

Produto Final

Buscar através deste Projeto preservar, desenvolver e restaurar, a integridade

física e mental.

77

Permitir aos servidores e colaboradores “ver” com mais clareza aspectos

“não racionais” e “mais emocionais”, o que significa pensar em promoção da saúde

física e mental, que implica pensar no homem como totalidade, visando a excelência

nos resultados pessoais e profissionais.

3.6.8 Procedimentos da Psicologia

Gráfico 7 – Procedimento de Psicologia Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

3.7 SERVIÇO ODONTOLÓGICO

Os gestores de saúde no Brasil precisaram saber que a cárie dentária é a segunda doença que mais atinge a humanidade.

Outair Bastazini

Presidente do CRO – RJ

OBS: O grande aumento do número de procedimentos em 2002 se fez por conta da aplicação de testes nos exames admissionais de concursados

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002Total de procedimentos 299 752 717 841 6770

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002

78

O Serviço de Odontologia do SESAO teve início em 1992. Hoje, a ciência

odontológica não se restringe apenas ao tratamento do elemento dentário e sim,

deste na boca, por sua vez está no organismo, este no indivíduo e finalmente esse

indivíduo na sociedade. São enfoques biológicos, biomecânicos, estéticos,

funcionais, psicológicos e psicossociais.

Considerando que não basta mais que o paciente possa mastigar

satisfatoriamente; estética e função estão intimamente relacionados.

Algumas pessoas não sorriem para não mostrarem dentes defeituosos, e é

comum observar que muitos levam a mão na frente da boca quando o sorriso torna-

se inevitável.

Os dentes, as gengivas e um hálito agradável denotam uma condição

saudável e um desprendimento no comportamento social. Isso influência até mesmo

no desempenho profissional de algumas pessoas, como as que têm necessidade de

comunicar-se, ou seja, todos nós!

Assim, atua-se no SESAO de forma preventiva, não só no atendimento

odontológico diário mas realizando, também, os exames admissionais e periódicos.

Dentro desta visão de prevenção, promove-se palestras de esclarecimento

junto aos servidores, colaboradores e comunidade abordando problemas como

placas, cáries, doenças periodontal e outros.

Nos próximos seis meses haverá a ampliação das atividades a unidade

INMETRO Rio Comprido/RJ, o que contribuí para cada vez mais se obter um índice

de absenteísmo menor no que diz respeito ao tratamento odontológico.

Considerando-se a responsabilidade pela saúde, no seu conceito atual e

multidisciplinar, conforme define a própria Organização Mundial de Saúde (OMS)

“completo bem estar físico, mental e social e não apenas ausência de “doença” de

79

toda a “comunidade” INMETRO, é que cada vez mais valoriza-se o serviço

odontológico nas instalações da INSTITUIÇÃO.

As metas estabelecidas pelo departamento para os próximos 6 meses são de

ampliação dos exames periódicos, instalação de mais uma unidade no Rio Comprido

visando melhor qualidade de atendimento para os funcionários e facilitando a

permanência do funcionário na sua unidade de trabalho.

Este trabalho realizado pelo SESAO, deve ser levado ao conhecimento de

outras instituições tendo em vista a implantação desse projeto que tanto beneficia

aos funcionários quanto à instituição, pois o funcionário ganha pela qualidade de

vida que a instituição presta e a instituição ganha pois o funcionário não tende a

ausentar-se e perder 1(um) dia inteiro, sem contar que este, fica mais satisfeito e

trabalha bem melhor.

3.7.1 Procedimentos Odontológicos

Gráfico 8 – Procedimentos odontológicos Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

*Este dado começou a ser registrado neste ano, pois a falta à consulta marcada, leva a um horário ocioso que poderia estar sendo utilizado outro paciente.

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002Total de Procedimentos 1773 1991 2398 3845 3698Consultas não realizadas por ausência do paciente * 415 702 518

1773 19912398

3845 3698

0500

1000150020002500300035004000

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002

Número de procedimentos

80

3.8 SERVIÇO DE BENEFÍCIOS

A área de Benefícios surgiu da necessidade de atender e implementar as

normas legais decorrentes de legislações específicas que envolvem os seguintes

benefícios:

3.8.1 Assistência Médica

Disponibilizada a todos os servidores ativos, aposentados, pensionistas e

contratados em duas modalidades:

Contrato/Convênio – firmado entre o INMETRO e empresas especializadas

UNIMED e GEAP, nos quais o servidor contribui com o valor estabelecido segundo a

sua opção por plano e o governo com uma parcela prevista em lei orçamentária no

valor atual de R$ 24,00.

Livre Escolha – tem a mesma finalidade, permitindo ao servidor a opção por

qualquer empresa, cabendo ao INMETRO o ressarcimento da parcela prevista em lei

orçamentária no valor atual de R$ 24,00 mediante comprovação mensal, dos

pagamentos efetuados.

3.8.2 Auxílio Pré-escolar

Por força de lei é destinado a assistir aos filhos dos servidores ativos na faixa

etária de 0 a 6 anos completos, cujo valor é concedido na forma de pecúnia variando

por região, conforme descrito abaixo, havendo também a participação de 25% do

servidor.

R$ 66,00 – AC, AL, AM, AP, MA, PA, PB, PE, TO, PI, RN, RO, RR, SE

R$ 74,00 – BA, CE, ES, GO, MS, MT

R$ 81,00 – RS, SC, PR

R$ 89,00 – MG, RJ, SP

R$ 95,00 – DF

81

3.8.3 Auxílio Alimentação

É concedido um valor em forma de pecúnia que varia por região, conforme

descrito abaixo, ao servidor ativo.

R$ 79,70 – GO, RS, MS, PI, PR, PB, RN, SC, SE, MA, ES, AL, MT, TO

R$ 84,25 – AC, AM, AP, BA, CE, PA, PE, RO, RR

R$ 91,08 – RJ, SP, MG

R$ 102,47 – DF

3.8.4 Auxílio Transporte

Concedido na forma de pecúnia com participação de 6% sobre o vencimento

básico do servidor que se destina ao seu deslocamento residência/trabalho e vice-

versa.

3.8.5 Segurança do Trabalho

Objetiva a implantação de programas visando proteger o trabalhador dos

riscos ambientais e acidentes do trabalho inerentes à sua atividade. Como também,

as necessidades e premissas de saúde, assegurando padrões adequados de

segurança e saúde ocupacional para os servidores expostos aos riscos, mantendo

uma postura permanente de previsão e antecipação, trabalhando de forma integrada

na proteção do ser humano, meio ambiente e patrimônio.

Atualmente encontra-se implantado somente o programa base do PPRA.

Sugestões para melhoria dos atuais benefícios e implementação de outros.

− Possibilidade da participação do INMETRO no custeio dos benefícios:

Assistência Médica, Auxílio Alimentação, Auxílio Pré-escolar, com vistas a elevar

82

o valor atualmente definido pela lei orçamentária, objetivando compatibilizá-los

com os valores no mercado.

− Implantar no âmbito do INMETRO os seguintes benefícios: Auxílio Farmácia e

Cesta Básica (através de Ticket Alimentação).

3.9 O CAMPO DA SAÚDE DO TRABALHADOR

Em síntese, por Saúde do Trabalhador compreende-se um corpo de práticas

teóricas interdisciplinares – técnicas, sociais, humanas – e interinstitucionais,

desenvolvidas por diversos atores situados em lugares sociais distintos e informados

por uma perspectiva comum. Essa perspectiva é resultante de todo um patrimônio

acumulado no âmbito da Saúde Coletiva, com raízes no movimento da Medicina

Social latino-americana e influenciado significativamente pela experiência italiana. O

avanço científico da Medicina Preventiva, da Medicina Social e da Saúde Pública,

durante os anos 60 e o início da década de 70, ao suscitar o questionamento das

abordagens funcionalistas, ampliou o quadro interpretativo do processo saúde-

doença, inclusive em sua articulação com o trabalho. Reformula-se o entendimento

“das relações entre o social e as manifestações patológicas, a categoria trabalho

aparecendo como momento de condensação, em nível conceitual e histórico, dos

espaços individual (corporal) e social” (DONNANGELO, 1983, p. 32). Na crítica ao

modelo médico tradicional, atinge-se a compreensão de que

...a medicina não apenas cria e recria condições materiais necessárias à produção econômica, mas participa ainda da determinação do valor histórico da força de trabalho e situa-se, portanto, para além dos seus objetivos tecnicamente definidos. (DONNANGELO, 1979, p. 34).

4 RESULTADOS

No sentido de quantificar os resultados do P.Q.V.T. em questão, optou-se por

uma avaliação dos investimentos realizados no programa comparando com o total

dos investimentos realizados na Instituição.

4.1 QUADRO COMPARATIVO DO ORÇAMENTO DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL AO QUADRO DE ORÇAMENTO DO INMETRO

O orçamento do Serviço de Saúde Ocupacional, que corresponde a 1,4% do

orçamento anual do Instituto, é responsável pelo pagamento da folha de sua força

de trabalho, manutenção de sua estrutura física/equipamentos e pagamento dos

benefícios sociais.

Tabela 3 - Gastos anuais para manter o programa de Saúde do Trabalhador. ANO 2001 2002 2003 *

INMETRO 195.143.554,00 226.108.452,46 238.633.564,00SESAO 2.871.237,96 3.010.379,46 3.561.130,56

% SESAO/INMETRO 1,47 1,33 1,49* Valores Projetados (computados as estimativas para os meses de outubro /novembro e dezembro)

Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

Visando melhor visualização dos dados acima apresentados foram

construídos os gráficos que se seguem.

84

2001 R$ 2.871.237,96 1,47%

R$195.143.554,00

Gráfico 9– Gastos no ano de 2001

1,33%

R$226.108.452,46

R$3.010.379,462002

Gráfico 10– Gastos no ano de 2002

149%3.561.130,56

238.633.564,00

2003

Gráfico 11 – Gastos no ano de 2003

85

4.2 QUADRO COMPARATIVO DA FORÇA DE TRABALHO DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL AO QUADRO DA FORÇA DE TRABALHO DO INMETRO

A força de Trabalho do INMETRO é composta de 880 servidores e de 354

terceirizados, cabendo ao do Serviço de Saúde Ocupacional 13 servidores e 33

terceirizados o que representa 2,9% do quadro de pessoal a serviço do Instituto.

Tabela 4 - Força de trabalho do INMETRO

SERVIDOR TERCEIRIZADO TOTAL INMETRO 880 354 1.234

SESAO 13 23 36% SESAO/INMETRO 1,48 6,50 2,92

Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/Direh

Para melhor visibilidade dos dados acima apresentados foi construído o

gráfico que se segue.

1.234

2,92 %36

Gráfico 12– Força de trabalho do INMETRO

4.3 QUADRO COMPARATIVO DO CUSTO DA FOLHA DE PAGAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL AO CUSTO DA FOLHA DE PAGAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO DO INMETRO

O dispêndio mensal com a folha de pagamento de trabalho do Instituto é de

R$ 4.234.269,25 cabendo ao Serviço de Saúde Ocupacional R$ 96.262,28 o que

representa 2,2% dos gastos com a folha da força de trabalho do INMETRO.

86

Tabela 5 - Dispêndio mensal com folha de pagamento

INMETRO 3.343.804,09 890.465,16 4.234.269,25SESAO (R$) 35.736,52 60.525,76 96.262,28

SESAO/INMETRO (%) 1,07 6,80 2,27Fonte: Diretoria de Administração e Finanças /SESAO

Visando melhor visualização dos dados acima apresentados foi construído o

gráfico que se segue.

R$ 4.234.269,25

R$ 96.262,28 2,27%

Gráfico 13 - Dispêndio mensal com folha de pagamento 4.4 QUADRO DOS ÍNDICES DE SINISTRALIDADE DOS PLANOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA GERENCIADO PELO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL

O trabalho efetuado pelo Serviço de Saúde Ocupacional de conscientização e

prevenção de doenças através da sua equipe (médica, odontológica, serviço social,

fisioterapia e psicologia) resultou na queda da sinistralidade dos planos de

Assistência Médica conforme demonstrado no Gráfico 14, possibilitando melhores

condições de negociações para a contratação e renovação das empresas de planos

de assistência médica.

87

146

68

63

0

20

40

60

80

100

120

140

160

2000/2001 2001/2002 2002/2003

Gráfico 14 – Índice de sinistralidade

18,7%

33%

14,6 %

0

5

10

15

20

25

30

35

2000/2001 2001/2002 2002/2003 Obs: 1. Contrato de 12 meses (agosto/agosto) 2 . O acréscimo da sinistralidade ocorrida em 2002/2003, foi em função da entrada dos novos servidores, que utilizaram os planos para exames adicionais 3. Total de beneficiários 3.512 Fonte: :* MEDIAL S A, ** Unimed Seguradora S A *** SESAO/Inmetro e Unimed Seguradora S A Cobrança em todos os procedimentos utilizados Cobrança só em consultas Médicas 1) 2000/2001, havia um acréscimo por co-participação para custas do plano de 20% para todos os procedimentos e consultas realizadas pela assistência médica. 2) 2001/2003, co-participação só para consultas.

Gráfico 15– Percentual de sinistralidade

88

4.5 QUADRO COMPARATIVO DO ADICIONAL REFERENTE À INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE, CONCEDIDO AO SERVIDOR NO PERÍODO DE 2000/2001 AO CONCEDIDO NO PERÍODO DE 2001/2002

Face às recomendações técnicas foram adotadas medidas corretivas e de

melhorias das instalações e estações de trabalho para atender as Normas

Regulamentadoras, proporcionando uma adequação da concessão do adicional e

uma queda equivalente a 52, 7% de pagamentos referente ao adicional de

insalubridade e periculosidade (período de 2000 à 2001).

O INMETRO para 2003, apesar do RJU não determinar, está implantando o

PPRA – Plano de Prevenção de Risco Ambiental, visando aprimorar as instalações

físicas visando um aumento na QVT.

Tabela 6 - Adicionais ADICIONAL 2000/2001 2001/2002

INSALUBRIDADE 110 86 PERICULOSIDADE 165 59

TOTAL 275 145 Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/SESAO

Para melhor visibilidade dos dados acima apresentados foram construídos os

gráficos que se seguem. O Gráfico refere-se ao número de concessões do adicional

de insalubridade e periculosidade nos referidos anos e. o Gráfico apresenta o

número total de concessões nos anos de 2000/2001 e 2001/2002.

89

110

86

165

59

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

INSALUBRIDADE

PERICULOSIDADE2000/2001

2001/20022000/2001

Gráfico 16– Adicional de Insalubridade e Periculosidade

275

145

0

50

100

150

200

250

300

2000/2001 2001/2002

Gráfico 17 – Total nos anos de 2000/2001 e 2001/20002. 4.6 ÍNDICE DE ABSENTEÍSMO GLOBAL DO INMETRO

A queda acentuada do absenteísmo deve-se ao programa de prevenção

médica/odontológica e a utilização da casa da qualidade pela força de trabalho da

instituição em vez de optarem pelo tratamento em clínicas particulares.

Ano .1998 .1999 .2000 .2001 .2002 % 1,2 2 1,1 1,3 0,4

90

Índice global de absenteísmo

0

0,5

1

1,5

2

2,5

.1998 .1999 .2000 .2001 .2002

Gráfico 18 – Índice global de absenteísmo Fonte: Diretoria de Administração e Finanças do INMETRO/SESAO 4.7 INDICADORES DO INMETRO

Indicadores 2000 2001 2002 Nº de produtos com

certificação voluntária por funcionário

2,8 3,27 3,82

Nº de produtos com certificação compulsória

por funcionário 2,06 1,68 1,82

Nº de instrumentos verificados por

funcionário 25.324 23.061 23.735

Nº de processos por credenciamento

supervisionados por técnico da divisão de credenciamento de

laboratórios de calibração

28 49 50

Quadro 4 – Indicadores Fonte: Coordenadoria de Planejamento do INMETRO

Acredita-se que o apoio dado pelo programa tem influência positiva na força

de trabalho. Paralelamnte constatou-se um aumento nos indicadores de

produtividade do INMETRO. Seria necessário um estudo mais detalhado para

atestar a relação direta entre os dois. Entretanto, com os índices de absenteísmo em

queda nos últimos 3 anos, pôde-se observar uma melhoria geral na produtividade da

força de trabalho.

5 CONCLUSÃO

Se isto estivesse acontecendo na Suécia, onde o médico de quarteirão visita

seus moradores (antes que se tornem pacientes) a cada três meses, nenhuma

novidade. Mas a experiência está sendo desenvolvida aqui mesmo, em Xerém,

distrito de Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Algo suficiente para não só servir

de exemplo, mas também para propagar-se pelo Brasil “Fome Zero”.

O trabalho realizado e exposto em detalhes neste documento não deixa

dúvidas quanto à possibilidade infinita de participação das mais diversas entidades

no esforço para resgatar os excluídos sociais do Brasil.

Se o programa federal batizado de “Fome Zero” for entendido em toda sua

plenitude, e não apenas como a distribuição de pratos de comida,então os cuidados

com a saúde dos mais pobres conforme o programa desenvolvido pelo INMETRO

insere-se como uma luva na filosofia do novo Governo federal.

Esse esforço, como bem se viu, atende não apenas ao mais modernos

preceitos da administração empresarial, através do atendimento amplo e preventivo,

mas propõe uma nova estrutura para tais serviços. Pequenos atendimentos

possíveis e de baixo custo, antes de chegar-se à necessidade dos grandes e

caríssimos atendimentos.

Dentro de uma visão holística do ser humano, enquanto trabalhador, mas

sobretudo como gente, o INMETRO gostaria de ver sua proposta multiplicada tantas

vezes quantas forem necessárias para atender aos brasileiros em seus requisitos

mais básicos.

92

Esse, nos parece, o sentido amplo do programa “Fome Zero” do Governo

Federal: não apenas o prato de comida, mas a inserção efetiva dos excluídos no

mundo da cidadania plena. Não apenas uma campanha assistencialista e efêmera,

mas uma mobilização geral e permanente da sociedade na busca incessante de

mais e melhor qualidade de vida.

O desempenho de uma empresa não está ligado apenas ao mercado, ao

produto, à organização ou à competência individual. Assim, o grande fator de

sucesso é o comportamento das pessoas e o novo modelo empresarial do século

XXI que está baseado em indivíduos saudáveis, dentro de organizações saudáveis,

que respeitam e contribuem para uma comunidade e meio ambientes saudáveis.

Neste micro-cosmo, acredita-se que já foi dado o primeiro passo.

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97

ANEXOS

ANEXO A - Reconhecimentos

VI Semana da Saúde Fonte:(Na Medida 323 - jul/2002)

Aplausos para a equipe do Serviço de Saúde Ocupacional do INMETRO, que

organizou com sucesso a VI Semana da Saúde. Os funcionários participaram de

todas as atividades, principalmente, das palestras sobre a saúde do homem e da

mulher. Como em toda a programação muitos funcionários participaram também da

caminhada. A Dra. Elizabeth Leone falou sobre a saúde da mulher. Uma das

músicas apresentadas pelo Coral foi Vacina Obrigatória, do início do século XX e de

autor carioca desconhecido. Foi grande o interesse dos servidores na palestra sobre

dependência química apresentada pela terapeuta familiar Maria Lúcia Monteiro.

98

Palestras esclarecem sobre Hepatite C Fonte:(Na medida – 334- abril/2003)

Para informar os servidores do INMETRO e seus familiares sobre o mal

causado pela Hepatite C, o Serviço de Saúde Ocupacional - SESAO promoveu no

mês de março, em Xerém e no Rio Comprido, palestras esclarecedores sobre a

doença. Proferidas pelos médicos e consultores do SESAO Ricardo do Amaral

Ribeiro e Elizabeth Leone, os encontros integraram a série de eventos realizados no

Programa Qualidade de Vida, que investe na prevenção de doenças e de saúde

ocupacional. A Hepatite C é considerada a epidemia do século XXI com 200 milhões

de pessoas contaminadas no mundo e 8 milhões no Brasil, sendo que 95% delas

desconhecem que são portadoras da doença. O tratamento é extrema-mente caro e

só em remédios gasta-se R$ 3000,00 por mês. Embora grave e responsável pela

cirrose hepática e transplantes de fígado, a doença pode ser tratada com sucesso se

diagnosticada em tempo. “É num simples exame de sangue chamado ANTI HCV

que a doença pode ser identificada" informa dra. Elizabeth, ressaltando que os

exames periódicos de saúde realizados pelo INMETRO já exigem o teste.

A doença é uma inflamação do fígado, geralmente causada por um vírus,

podendo também ser contraída por uso de agentes tóxicos ou drogas. As formas de

contaminação acontecem através da corrente sangüínia e, dessa forma, podem

acontecer em transfusões, acupunturas, agulhas contaminadas ou seringas

compartilhadas, tatuagens, piercing, instrumentos de manicure e barbeadores.

99

São considerados portadores de alto risco quem recebeu transfusão até 1991

antes disso o vírus era desconhecido, os hemofílicos, hemodializados, filhos de mãe

portadoras de hepatite c, usuários de drogas injetáveis, receptores de órgãos ou

tecidos para transplantes feitos recentemente ou antes de 1991. Também

consideram-se portadores, embora de médio risco, os familiares ou cônjuges de

pessoas infectadas, consumidores de cocaína aspirada, indivíduos com tatuagens

ou piercings e praticantes de acupuntura. No grupo de baixo risco estão os

homossexuais, profissionais da área de saúde, gestantes e a população em geral.

Dra. Elizabeth disse também que o cansaço não justificado é um sintoma a

ser observado e que os usuários de álcool têm uma predisposição maior de

multiplicar o vírus. A mensagem final da médica foi enfática: "Antecipar o diagnóstico

é a melhor opção pois a doença exige um tratamento agressivo, dispendioso e a

necessidade de uma dieta rigorosa para o resto da vida". Um vídeo informativo

sobre Hepatite C, preparado e exibido no programa Espaço Aberto da Globonews,

foi apresentado ao público presente e ajudou a esclarecer dúvidas. O subgerente do

SESAO, Sérgio Ballerine, disse que o setor continuará a conscientizar os

profissionais do INMETRO sobre as doenças e epidemias, sempre buscando formas

de evitá-las. Nesse sentido estão sendo preparadas 12 diferentes palestras para

serem apresentadas até o fim do ano em Xerém e no Rio Comprido. A próxima será

sobre doenças sexualmente transmissíveis.

100

ANEXO B- Notícias da INTRANET DO INMETRO - comunicação social -

SESAO: Cuidando do corpo e da alma

Secom - 7/6/2003 -

A cada ano cresce a participação dos funcionários nos eventos organizados

pelo Serviço de Saúde Ocupacional do INMETRO. O público presente às palestras

da VII Semana da Saúde - de 02 a 06 de junho - demonstrou que o Programa

Qualidade Vida, desenvolvido pelo SESAO, vem dando excelente resultado.

O Coral do INMETRO fez a abertura e o encerramento do evento com repertório

da MPB.

O chefe do SESAO, Sérgio Ballerini, agradeceu ao Diretor de Administração e

Finanças, Joseph Brais, o apoio que dá aos programas e o elogiou pelos dez anos

de administração à frente da Diraf. Para homenageá-lo, o SESAO ofereceu uma

placa comemorativa que foi entregue pela secretária, Ana Baião. Emocionado,

Joseph agradeceu e disse que "apesar da dificuldade financeira e da austeridade da

administração, aprimoramos o setor de saúde ocupacional. Muito breve, será

inaugurado o consultório dentário da sede do Rio Comprido, tal como temos aqui em

Xerém".

Também foi homenageado o chefe da Divisão de Recursos Humanos,

Maurício Carvalho.

Ballerini disse que a Secretaria Municipal de Duque de Caxias doou 450

doses da vacina antigripe para imunizar pessoas acima de 45 anos.

Outro lembrete foi a campanha antitabagismo que o SESAO promoverá a

partir de 08 de agosto.

101

A primeira palestra da VII Semana da Saúde foi sobre glaucoma, alergia

ocular e olho seco, apresentada pela doutora Cátia Cristina S. Bandeira de Mello.

Ela explicou que o glaucoma é uma doença progressiva que danifica o nervo óptico

e causa alterações típicas no campo visual, podendo levar à cegueira irreversível. A

doença não apresenta sintomas até que a visão seja afetada. O diagnóstico é feito

através da medição da pressão do olho. Os exames de campo visual e fundo de

olho ajudam no tratamento. São fatores que podem levar ao glaucoma: o uso

indiscriminado de colírios; lesão traumática, inflamação ou tumor ocular e a

hereditariedade. As pessoas acima dos 40 anos devem fazer o exame pelo menos

uma vez ao ano. Sobre olho seco ela explicou que quando piscamos formamos um

filme lacrimal e a síndrome do olho seco é a ruptura prematura desse filme. As

causas podem ser a idade avançada, doenças sistêmicas tais como artrite, alergia e

lúpus o meio ambiente, a medicação e o trabalho prolongado no computador. Os

sintomas são ardência ou queimação, vermelhidão, coceira e irritação. Não existe

tratamento específico. Quando a pessoa já apresenta esses sintomas, a medicação

indicada é usar lubrificantes sempre.

O segundo palestrante foi o doutor Nelson Albuquerque de Souza e Silva,

professor titular do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da

UFRJ. Ele falou sobre o controle de doenças cardiovasculares. Reduzir a pressão

sangüínea e os níveis de colesterol poderia evitar milhares de mortes. O cuidado

com a pressão alta e o colesterol, além da redução do sal na alimentação, são as

medidas que apresentam os melhores resultados. Segundo o doutor Nelson, os

principais fatores de risco são: a hipertensão arterial; elevação do colesterol;

obesidade; diabetes mellitus; tabagismo; estresse; sedentarismo; menopausa; idade

avançada. Os homens são os mais atingidos por essas doenças e a hereditariedade

é fator importante. As doenças cardiovasculares estão ocorrendo cada vez mais

entre os jovens. Independentemente de problemas genéticos a pessoa pode

desenvolver certas doenças. Ele disse que o investimento em saneamento básico

(que reduz a mortalidade infantil, doenças cardíacas e câncer), a melhoria da

qualidade de vida, a educação, emprego, o desenvolvimento da agricultura e o

tratamento de dependência química são estratégias para reduzir doenças. Ele

102

relatou os projetos de baixíssimo custo, desenvolvidos pelos alunos da UFRJ, com

recursos da Caixa Econômica Federal e do BNDES, em Cordeiro (RJ).

Para completar esta palestra, a gerente regional do Vigilantes do Peso,

Fernanda Fernandes, alertou para um problema que aflige muitas pessoas; a

obesidade. Muito mais que prescrever um regime para emagrecer, ela orienta sobre

a forma mais saudável de alimentação. "Os pais devem ter com os filhos o hábito de

tomar um bom café da manhã; incluir as frutas na alimentação; comprar sempre as

frutas da estação, pois são mais baratas. As pessoas que moram em casas e têm

quintal – mesmo pequeno - devem enterrar o lixo orgânico. Ele torna o solo rico para

plantar verduras, legumes e árvores frutíferas. Até mesmo em um vaso dá para

plantar", recomenda. Ela lembrou que os adultos mudam os hábitos quando

contraem alguma doença. Vale mudar antes que isso aconteça. O ideal é ter na

geladeira os alimentos que todos podem comer. Não adianta querer passar para os

filhos hábitos que não temos. "Quando falamos em emagrecer é tornar o corpo

harmonioso. No Vigilantes queremos que as pessoas comam de tudo: 2/4 de

verduras e frutas com molhos de iogurte, ervas e azeite; ¼ de carboidratos (pão,

macarrão) e ¼ de proteínas (peixe, carne vermelha, frango). Quanto mais cores,

melhores nutrientes. E vamos deixar a inércia; caminhar, fazer ginástica e dançar

deixam a gente bem mais disposta", disse ela.

O médico Alexandre Ghelmann fez a palestra sobre inteligência emocional e

estratégias para redução do estresse. Inteligência emocional é a capacidade que as

pessoas têm para trabalhar individualmente, em equipe e para resolver problemas

de forma tranqüila sem afetar o ambiente de trabalho.

Ele disse que as pessoas que têm habilidades emocionais são mais

produtivas. Disse também que não existe uma vida sem estresse; existe o bom e o

mal estresse. A depressão e o estresse aumentam as despesas com o médico.

Quanto maior a capacidade de suportar pressões, menor o estresse. E que trabalhar

mais horas não significa produzir mais.

103

Outro tema importante da Semana foi Vivenciando a Qualidade de Vida do

Portador de Diabetes Mellitus, apresentado pela enfermeira do Ambulatório do

Instituto Estadual de Diabetes e Endrocrinologia, Wilma Helena C. Rodrigues.

Segundo ela, o diabetes é uma patologia que atinge todas as faixas etárias e

necessita de controle por toda a vida. O excesso de peso e o sedentarismo podem

levar ao diabetes. Mas o portador dessa patologia pode levar uma vida saudável,

apenas seguindo as recomendações médicas. Pode alimentar-se bem – com os

alimentos recomendados – trabalhar e praticar exercícios físicos. No último dia, os

funcionários participaram da caminhada no campus e de exercício laboral sob a

orientação da fisioterapeuta do SESAO, Silvana Martins.

A médica Elizabeth Leone, também do SESAO, fez a última palestra. Ela

falou sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST).

No encerramento da programação, o presidente Mariante disse se sentir

muito feliz com o trabalho sério que o SESAO desenvolve em benefício dos

funcionários. E que a expansão do ambulatório médico, no Rio Comprido, deve ficar

pronta em 20 dias, com uma sala para fisioterapia e outra para o consultório

dentário. Ele ainda enviou um e-mail ao Ballerini e à equipe do SESAO dizendo que

"enfrentamos sempre várias intempéries, mas temos sabido manter no INMETRO ‘a

chama acesa’. A casa está, graças a Deus, bem não só ‘por fora’, mas também ‘por

dentro’ e parte importante desse ‘bom astral’ deve-se à atuação do SESAO".

O mascote da VII Semana da Saúde foi entregue aos funcionários no último

dia do evento.

SESAO – Projeto Qualidade de Vida é exemplar.

Secom - 28/9/2003 -

O projeto Qualidade de Vida, coordenado pelo Serviço de Saúde Ocupacional

do INMETRO, foi apresentado aos 35 gestores de recursos humanos que

104

participaram do curso "Os novos desafios de Recursos Humanos do Governo

Federal", realizado em Brasília no período de 15 a 17 de setembro.

O projeto do SESAO investe nas seguintes ações: "A importância do Coral na

Empresa; O Projeto Ser Emocional"; A Voz e a Vez na Maturidade; O Trabalho

Conquistando Saúde.

A coordenadora de RH do Ministério do Planejamento, Sonia Cristina Brantes Wolff,

participou do evento e enviou palavras de estímulo e reconhecimento, sugerindo

parcerias com o SESAO em programas de valorização do servidor.

SESAO - A Alegria do "Brinca INMETRO".

Secom - 2/10/2003 -

Cerca de 200 crianças estão participando do V Brinca INMETRO, durante a

quinta e a sexta feira, dias 2 e 3 de outubro. Os filhos de servidores e colaboradores

do INMETRO divertem-se com jogos de futebol, queimada, peteca, banho de piscina

e outras atividades na ASMETRO em Xerém. O evento, promovido pelo Serviço de

Saúde Ocupacional (SESAO), conta com o auxílio de 36 colaboradores que

voluntariamente se inscreveram para cuidar das crianças.

O chefe do Serviço de Saúde Ocupacional, Sérgio Ballerini, destacou o apoio

logístico recebido da chefe da Divisão de Verificação de Conformidade, Márcia

Rosa.

SESAO - Nosso Coral é dez.

Secom / o dia - 24/9/2003 -

O Coral do INMETRO participou do XII Encontro Internacional de Corais de

Cabo Frio que aconteceu no último de semana, com apresentações na Igreja Matriz

Nossa Senhora da Assunção e no Teatro Municipal. Realizado pela Prefeitura e pela

105

Faculdade da Região dos Lagos, o evento teve a participação dos Corais: do

INMETRO, regência Eduardo Morelenbaum; Carlos Gomes, de Belém do Pará,

regência Maria Antonia Jiménez; Santa Helena, de Montevideo/Uruguai, regência

Francisco Simaldoni; Coral de Brasília, regência Lincoln Andrade; Vocal

Paranaense; Cantavento e Rainha Assunta, de Cabo Frio, regência Ruy Capdeville;

Canto e Arte, do Rio de Janeiro, e o da Universidade de Ostrawa, República Tcheca,

regência Lumír Pivovarský e Jan Spisar.

Na Missa de encerramento, às 11 horas, de domingo, na Igreja Matriz, os

corais cantaram juntos a música Aleluia, de Haendel, com a regência do maestro

Lincoln Andrade. Ao final da cerimônia, e sem estar previsto, o nosso Coral cantou o

Hino da Vitória.

O Coral do INMETRO, o único que não é profissional entre os que se

apresentaram, agradou muito com um repertório de MPB.

106

Fonte: (Na Medida – 336 - maio/2003)

107

ANEXO C - Infra Estrutura

Fonte: (Na Medida –331/janeiro/2003)

Dra. eth Leone proferiu a palestraN

sobre Hepatite C.

108

O Projeto Qualidade de Vida: uma questão de atitude Fonte:(Na Medida 327 - nov/2002)

Programa Qualidade Vida desenvolvido pelo Serviço de Saúde Ocupacional

do INMETRO vai ser apresentado em novembro na Conferência de San Jose, nos

Estados Unidos, a partir daí, pode servir de modelo para ser adotado por empresas

em outros países. O PQV Começou há quatro anos coordenado por Valéria Mucks,

depois por Maria Emília Goulart e hoje pelo atual chefe do SESAO, Sérgio Ballerini,

e conta com o empenho de toda a equipe da área de saúde. O PQV, e do mestrado

de Sergio Ballerini, na Universidade Federal Fluminense, é orientado pela professora

Drª Ana Seroa que o aconselhou a se inscrever na Conferência, onde somente são

aceitos projetos que tenham aplicabilidade. O trabalho escreve a metodologia de

gestão pela qualidade total do instituto, com enfoque na melhoria de rendimento

funcional visando melhorar as condições físicas e psíquicas dos servidores,

reduzindo a sintomatologia das doenças. Um dos carros chefes do programa tem

sido desenvolver a prática de exercícios físicos entre os funcionários. Outros

produtos são a Readaptação Funcional, Canto Coral, FitoVida, Semana da Saúde,

Brinca INMETRO, Tratamento de Dependência Química e Fisioterapia, nesta área,

no ano passado, a ausência do servidor ao trabalho foi zero; um resultado muito

positivo já que anteriormente havia de 10 a 15 faltas ao mês. Preocupados com os

índices de patologias registrados desde 1992 nos exames de saúde, o SESAO vem

desenvolvendo projetos para padronizar e normalizar procedimentos que reduzam

ou amenizem os quadros encontrados. De acordo com o setor, o sucesso pode ser

109

medido através dos resultados que atestam a melhoria da qualidade de vida dos

servidores : prevenção e redução de d o e n ç a s ; i n t e g r a ç ã o social e maior

produtividade.

Nos dois últimos anos foi registrado um índice de absenteísmo perto de zero,

redução de 50 % da concessão de benefícios referentes à insalubridade/

periculosidade, 17% de redução no número de dependentes químicos (tabaco)

identificados e, principalmente, aumento geral na motivação pessoal da força de

trabalho. Vale ressaltar que houve uma redução de 30% no valor das mensalidades

do plano de saúde devido a queda da sinistralidade, hoje em torno de 63% já que

em 2000 era de 142%.

O Programa Qualidade Vida já ganhou, em 1995, o prêmio Hélio Beltrão de

Experiências Inovadoras.

110

Odontologia Fonte: (Na Medida 314 - jun/2001)

CUIDADO COM AQUELA DORZINHA: ALGUMA COISA PODE ESTAR ERRADA.

O Serviço de Saúde Ocupacional (SESAO) comemora o resultado positivo da

V Semana de Saúde: 1.407 pessoas participaram do evento. Esse número foi

contabilizado de acordo com as participações no café da manhã, palestra, dinâmica

de grupo, avaliação do I.M.C. (Índice de Massa Corporal), testes laboratoriais de

glicemia e colesterol (foto), caminhada e peça teatral. Na avaliação do I.M.C., a

equipe do Programa Alimentação e Saúde constatou que, das 150 pessoas que

fizeram o teste, 53,3% estão com o peso normal, 28% acima do peso e 18%, com

obesidade. A Drª Gilza, que atende no SESAO/Rio Comprido, ensinou em sua

palestra como distinguir a enxaqueca de uma cefaléia tensional. Segundo ela, a

primeira geralmente vem acompanhada de náuseas, vômitos, vertigem e em alguns

casos a dor é tão intensa que causa desmaios. A cefaléia tensional é mais fácil de

suportar; dores na nuca, a fronte pulsa como se a cabeça estivesse oca. É causada

por situações de tensão na vida pessoal ou profissional. E os fatores precipitantes

da enxaqueca podem ser a ingestão de alimentos gordurosos, T.P.M., álcool, alguns

tipos de peixe, chocolate, café, queijo prato. Ela também aconselha: "não existe uma

dorzinha à toa, o organismo está avisando que algo está errado. Enxaqueca e

cefaléia tensional não têm cura, mas um especialista vai medicar adequadamente

e o tratamento correto alivia a dor.”

111

Fisioterapia

COM GINÁSTICA E COM SAÚDE Fonte: (Na Medida 317 - set/2001)

Os funcionários que necessitam de tratamentos de fisioterapia vão ter à

disposição três esteiras, duas bicicletas ergométricas e a barra de ling. O SESAO vai

contratar um professor de Educação Física para monitorar os exercícios. A

fisioterapeuta Silvana disse que os equipamentos são importantes para quem tem

problemas de artrose, má circulação e lombalgias. A prevenção e tratamentos

médicos são benefícios que hoje as empresas buscam oferecer aos funcionários,

pois diminuem os afastamentos e beneficia tanto o empregado quanto a empresa.

112

MELHORE SUA VIDA

Fonte: (NA Medida 309- jan/2001)

A fisioterapeuta Silvana (à esquerda) e a psicóloga Denise atendem os

funcionários que necessitam de tratamento.

Quando você estiver deprimido, triste ou com algum problema, por quê não

procurar o atendimento da psicóloga Denise? Ela está todos os dias na Casa da

Qualidade, em Xerém, exceto às terças feiras, quando atende no SESAO do Rio

Comprido. Denise trabalha com terapia convencional, hipnose, florais, cromoterapia

e técnicas de relaxamento. Formada em Psicologia há 13 anos, tem especialização

em psicossomáticos (emoções, medos) com ênfase em hipnose.

Segundo Denise, muitas doenças têm origem emocional, e através da

hipnose se têm ótimos resultados (só usada com o consentimento do paciente). E

para livrá-lo daquelas dores que tanto incomodam, você pode contar com o

atendimento da fisioterapeuta Silvana. "A maioria das pessoas tem dores

musculares, por causa de sedentarismo - andam e exercitam-se pouco", diz Silvana.

No Programa de Saúde Física e Mental, os SESAO tem projetos para

melhorar a qualidade de vida dos funcionários, como os de tratamento para

dependentes químicos (álcool, tabagismo e drogas), ginástica e hidroginástica. Na

Casa da Qualidade, além dos serviços de Psicologia, atividades físicas e fisioterapia,

113

estão em construção os laboratórios para a fabricação dos medicamentos

fitoterápicos. A implantação de técnicas terapêuticas alternativas naturais tem o

objetivo de prevenir e tratar doenças, curando-as de forma não agressiva,

estimulando as defesas naturais do organismo e de reduzir custos no tratamento.

Produto fitoterápico é aquele medicamento elaborado exclusivamente com matérias-

primas ativas vegetais, sem usar substâncias de outra origem. O controle de

qualidade é fundamental no processo de produção desses medicamentos. O

solicitou à um estudo do solo onde as plantas serão cultivadas, para verificar se há

alguma contaminação. A prescrição de fitoterápicos só pode ser feita por médicos;

portanto, nunca troque um medicamento prescrito por uma planta medicinal indicada

por amigos. As ervas ajudam a preservar a saúde, mas podem fazer mal se usadas

de modo errado. Nunca use plantas colhidas à beira de córregos, lagoas, estradas

ou grandes plantações, elas podem estar contaminadas.

Aproveite os serviços prestados, todos são destinados a melhorar a sua vida

no trabalho e fora dele.

Médicos: Dr. Marinho, Dr. Luiz Almiro, Drª Gilza, Drª Fátima, Dr. Ricardo, Dr.

Maurício,

Fisioterapia: Silvana,

Psicologia: Denise,

Dentistas : Drª Maura e Dr. Luiz Eugênio,

Enfermagem: Sandra, Carla e Pedro

Serviço Social: Jacqueline e Adriana

Telefones: Rio Comprido: 563-29.84/29.85

Xerém: 679-15.27

114

PARA VIVER MELHOR Fonte: (Na Medida 320 – Fev/2002)

O Serviço Ocupacional do INMETRO (SESAO) tem um programa prioritário

de saúde: o antitabagismo.

A psicóloga Denise explicou que o tratamento consiste em acupuntura a laser,

que reduz a vontade de fumar e a ansiedade. É indicada também Vitamina C para

ajudar a limpar a nicotina do organismo. O tratamento é feito por terapeutas do

laboratório canadense Action Laser. Denise disse que 70 pessoas fazem o

tratamento e daqui a dois meses o SESAO poderá fazer uma avaliação dos

resultados.

A melhor idade A ALEGRIA EM REVER OS AMIGOS Fonte: (Na Medida 316-jul/2001)

O Primeiro Encontro de Servidores Aposentados foi o início do Programa para

Aposentados, idealizado pelo SESAO, para sensibilizar e conscientizar esses

servidores para uma mudança no estilo de vida, voltando a participarem de

atividades de integração, educação, saúde e lazer. Para os 81 servidores, que

participaram durante todo o dia de várias atividades, o reecontro com os ex-colegas

de trabalho foi um momento de muita emoção e alegria . A equipe do SESAO se

sentiu gratificada por haver proporcionado esses sentimentos. O encontro foi

realizado no dia 12 de julho, no INMETRO/Xerém. Mensagem do SESAO:

"Não é importante somente adicionar anos à vida, mas vida aos anos conquistados".

Autor desconhecido

115

MÚSICA PARA ALEGRAR O INMETRO Fonte: (Na Medida 327 - nov/2002)

A apresentação do Coral do INMETRO na festa de Natal surpreendeu a todos

pela qualidade do grupo. Em apenas seis meses de ensaios o resultado foi muito

bom . O maestro Eduardo Morelenbaun mostrou na prática a sua tese de doutorado

sobre Corais de Empresas: cantar faz bem aos funcionários e traz benefícios à

empresa. Para a secretária do Gabinete, Dª Lucy, participar do Coral tem sido muito

gratificante, uma experiência muito boa. “O grupo todo está muito feliz, O

relacionamento com o maestro e os monitores é muito bom" , acrescentou. A opinião

de chefes de setores é que, às vezes, o funcionário não está bem emocionalmente,

após o ensaio volta com outro “astral”, relaxado.

Esta também é a opinião de Angela Cristina que trabalha na Biblioteca, em

Xerém, "voltei há alguns meses a trabalhar no INMETRO, quase na mesma época

da criação do coral, isto me ajudou muito. Assim, me desliguei um pouco dos

problemas da reintegração. Para mim é muito bom cantar no coral. ”O Coral do

INMETRO teve início em julho de 2000, por iniciativa do presidente Mariante. Sob a

regência do maestro Eduardo Morelenbaun, o coral tem 75 participantes. A primeira

apresentação foi no dia 18 de dezembro de 2000, durante a festa de Natal do

Instituto. No dia 20 apresentou-se na formatura de 1º e 2º graus dos servidores e

na Funarte, dia 21 no Encontro de Corais.

116

Fonte: (Na Medida 319 - nov/2001)

O coral do INMETRO fez o maior sucesso no 3º Encontro de Corais do

Sistema Firjan, em outubro, no Rio de Janeiro. Formado há apenas um ano, o coral

regido pelo maestro Eduardo Morelenbaun tem encantado as platéias em suas

apresentações. O canto coral tem mostrado bom resultado na vida dos funcionários

das empresas. Comprovando que quem canta, seus males espanta. Participaram

também do evento os corais da Firjan, Unimed, Varig, Fiocruz e Ipiranga.

117

CORAL, UM ANO DE MÚSICA NO INMETRO Fonte:(Na Medida 315 – jul /2001)

No mês de junho o Coral do INMETRO completou um ano. Para o maestro

Eduardo Morelembaun o coral está cumprindo maravilhosamente o seu papel dentro

da instituição; socializa e desenvolve a sensibilidade e a criatividade dos

funcionários. "Além do trabalho vocal, o coral é um excelente otimizador da saúde

física e mental dos funcionários, através dos exercícios de relaxamento, postura,

alongamento e respiração. O coral já se apresentou diversas vezes e o resultado

tem sido acima do esperado", afirmou. A opinião é unânime entre o presidente

Armando Mariante, a diretoria e os funcionários, que já assistiram o coral: ouvir o

coral tem sido muito gratificante, além da qualidade musical o repertório é muito

bom. Os coralistas também falam em coro quando a pergunta é como está sendo

cantar no coral: maravilhoso. Dilva disse que cantar no coral faz um bem "danado".

Para Ana Baião, "se estou chateada com alguma coisa na hora do ensaio isso

passa, volto a trabalhar relaxada. E o coral é uma maneira de conhecer os colegas

de outras áreas. Esta iniciativa do Mariante foi excelente, nota mil para ele. É uma

pena que nossos colegas ainda não deram o valor devido ao coral, não prestigiam

assistindo às apresentações”. O coral tem uma equipe de primeira: o maestro

Eduardo Morelembaun e os monitores: para contralto a Cacala e para soprano

Mariana Leporaci (ambas acabam de gravar CD solo); baixo Antônio Guapiassu;

tenor Vadeco e a pianista Teresa Madeira (tocou as músicas de Chiquinha Gonzaga

na minisérie sobre a compositora, na TV Globo). Parabéns à equipe do coral.

118

DIA DO METROLOGISTA Fonte: (Na Medida 323 - jul/2002)

O presidente Mariante (centro) e o Coral do INMETRO.

Os funcionários mostraram criatividade na tela Pintando o INMETRO.

Metrologistas prestigiam o evento.

O presidente Mariante disse, na solenidade de comemoração do Dia do

Metrologista, que era com profunda satisfação que via o consolidado com os

Institutos de Pesos e Medidas e, acima de tudo, o trabalho dessa parceria ser

reconhecido pela sociedade brasileira. Mariante elogiou a diretoria, mas disse que o

mérito maior era do corpo técnico. Ele lembrou a contribuição do instituto na solução

da crise energética que o País sofreu em 2001. E também o sucesso do encontro

internacional de metrologia e qualidade realizado em abril último, que teve a

presença do Presidente da República e de três Ministros de Estado. "Os números da

metrologia têm aumentado de forma significativa. Temos a autarquia de melhor

qualidade no serviço público. Nos dois últimos anos criamos três novos IPEMs:

Alagoas; Acre e Amapá. O INMETRO começa o milênio com o pé de direito e

119

estamos preparados para trabalhar com o próximo Governo, seja ele qual for. O

concurso trouxe 117 novos funcionários, que chegaram com entusiasmo; isso é uma

expectativa que dia melhores virão. Parabéns a todos os metrologistas do INMETRO

e dos Institutos de Pesos e Medidas", acrescentou Mariante. Após a apresentação

do Coral do INMETRO, que completa dois anos este mês, o chefe do Serviço de

Saúde Ocupacional e coralista, Sérgio Ballerini, entregou uma placa ao presidente

Mariante, agradecendo a criação do coral. O evento aconteceu no dia 27 de junho,

no centro de convenções do INMETRO, em Xerém.

120

IV Brinca INMETRO Fonte: (Na Medida 327- Nov/2002)

Jogos de futebol, queimada, peteca, banho de piscina e outras atividades

lúdicas fizeram a alegria de 176 crianças, entre 05 e 12 anos, no Sítio Nippon, em

Xerém. O Brinca INMETRO é organizado pelo Serviço de Saúde Ocupacional para

filhos dos servidores e colaboradores do instituto. A assistente social Adriana Maia e

a enfermeira do trabalho Carla Patrice atribuíram o sucesso do evento ao empenho,

responsabilidade e disposição dos 33 colaboradores (monitores).