Senso (in)comum 8

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Cursos antes dominados pelos homens contam com uma presença feminina cada vez maior [5] Marina Martins A A g g o o r r a a é é c c o o m m e e l l a a s s JORNALLABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO UFU ANO 02 Nº 07 FEVEREIROMARÇO/2012 ATUALIDADES: Acadêmicos praticam extensão por meio do Projeto Rondon [3] Cursinhos gratuitos no ingresso à universidade [3] Novas EJ’s são formadas na UFU [4]Universitários recebem formação como agentes ambientais [6] CULTURA & LAZER: Shows internacionais atraem jovens e movimentam economia [7] Parques da cidade são opções de esporte e lazer para estudantes [8]

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Dizem muitas coisas sobre o que um estudante vai passar estando na universidade. Os melhores anos de sua vida, novas experiências, nova rotina. Verdade, saímos da nossa zona de conforto, daí vem a curiosidade, a ansiedade e o medo. Mudanças pessoais compartilhadas com novos hábitos trazidos pela era tecnológica em que vivemos. Junte isso com a possível convergência das mídias. Estamos prestes a perder a mídia impressa? Nós do Senso (in)comum, talvez não estejamos preparados para deixar o impresso de lado. Logo vocês conhecerão uma vida completamente diferente. E o Senso (in)comum é o veículo que ajudará vocês a ficarem sempre integrados à universidade. Nosso comprometimento com a informação coloca-se sobre um único alicerce: a informação despida de opiniões aos estudantes. Aproveite este novo tempo, e, acima de tudo, pense! Uma nova vida se inicia.

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MarinaMartins

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JORNAL‐LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO UFU ● ANO 02 ● Nº 07 ● FEVEREIRO‐MARÇO/2012

ATUALIDADES: Acadêmicos praticam extensão por meio do Projeto Rondon [3]•Cursinhos

gratuitos no ingresso à universidade [3]•Novas EJ’s são formadas na UFU [4]•Universitários

recebem formação como agentes ambientais [6] CULTURA & LAZER: Shows

internacionais atraem jovens e movimentam economia [7]• Parques da cidade são opções

de esporte e lazer para estudantes [8]

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Conspiração?VOZES

Marcos Vinícius Reis

Por vezes o conhecimento científico se trans-forma em senso comum. Sabemos que qualquer açãodesencadeia uma reação, mas às vezes ignoramos oprocesso intermediário. Se não possuirmos esse saberestaremos lançando mão do senso comum. Acionar ointerruptor faz com que a lâmpada se acenda. Mas se-rá que cada umcompreende porquê?

A observação empírica talvez seja um dosmais reconhecidos atributos da Ciência. Muitosafirmam que ela é o que contrapõe áreas do co-nhecimento humano, como a física e a geografia,das crenças religiosas. É certo que, sob muitasperspectivas, o conhecimento científico se mos-tra mais adequado que a simples fé. Mas precisa-mos notar que a ciência também guarda seusmistérios e que nem tudo é assim tão óbvio.

Um movimento que questiona feitos cien-tíficos é o das teorias da conspiração. Entre afir-

mações de que a Terra é plana e de que osatentados de 11 de Setembro de 2001 foram pla-nejados pelo próprio governo estadunidense, tal-vez a mais conhecida teoria seja a que diz que ohomem nunca foi à lua. Seus defensores acredi-tam que tudo não passou de uma farsa.

Mas existem provas de que o homem foiaté lá. Fotografias, vídeos e rochas coletados pelaNASA evidenciam que a expedição aconteceu.Creio, portanto, que tais pensamentos de des-crença também sejam fruto da ignorância.

A pesquisa científica e tecnológica deveser acessível ao cidadão comum. Entender cadaaspecto do mundo e da vida é essencial para o de-senvolvimento humanístico. Desmistificar a ciên-cia e compreender sua importância, descartando osenso comum, é tarefa indispensável caso deseje-mos tornar realidade nossos projetos de mundo.

ExpedienteO jornal-laboratório Senso (in) Comum é produ-zido por discentes, docentes e técnicos do cursode Comunicação Social – habilitação em Jornalis-mo da Universidade Federal de Uberlândia, co-mo projeto de graduação e atividade curricular.

instituiçãoReitor: Alfredo Julio Fernandes Neto/ Diretorada FACED: Mara Rúbia Alves Marques/Coorde-nadora do curso de Jornalismo: Adriana Ome-na/ Professoras responsáveis: Ana Spannenberg,Angela Grossi, Mirna Tonus e Mônica Rodri-gues Nunes/ Edição de capa: Ana Flávia Bernar-des e Lucas Martin/ Edição de opinião: DeisianeCabral, Ronian Carvalho, Valquíria Amaral e Va-nessa Duarte/ Revisão: Mônica Rodrigues Nu-nes/ Monitoria: Eric Dayson, Laura Laís, LucasFelipe Jerônimo e Marina Martins/ Diagrama-ção e finalização: Danielle Buiatti

atualidadesEditores-chefe: Augusto Seiji Ikeda e Karla FonsecaSub-editores: Ana Beatriz Tuma, André VictorMoura, Bruna Isa Sanchez, Karina Mamede, Ma-riana Goulart, Natália Nascimento e Yara Diniz.

cultura e lazerEditor-chefe: Renato FariaSub-editores: Nayla Gomes e Patrícia Alves

As imagens que foram utilizadas na página 7, nasseções Senso Musical, Página Aberta, SessãoPipoca e Penso, Logo Clico, são de divulgação.Tiragem: 2000 exemplaresImpressão: Imprensa Universitária/Gráfica UFUE-mail: [email protected]: sensoincomumufu.blogspot.comTwitter: @_sensoincomumTelefone: (34) 3239-4163

Dizem muitas coisas sobre o que um estu-dante vai passar estando na universidade. Os melho-res anos de sua vida, novas experiências, nova rotina.Verdade, saímos da nossa zona de conforto, daí vema curiosidade, a ansiedade e o medo. Essas diferen-tes sensações dizembastante sobre o que vamos pas-sar durante nosso tempo enquanto universitários.

Mudanças pessoais compartilhadas comnovos hábitos trazidos pela era tecnológica em quevivemos. Junte isso com a possível convergênciadas mídias. Estamos prestes a perder a mídia im-pressa? Nós do Senso (in)comum, talvez não este-jamos preparados para deixar o impresso de lado.Nós, que somos um jornal feito por estudantes e di-recionado para estudantes, temos grande responsa-

bilidade e compromisso em informar você leitorsobre fatos que acontecem ao seu arredor, seja nauniversidade ou na cidade como um todo.

Logo vocês conhecerão as festas, caloura-das, movimento estudantil, vão adorar ou nãoseus respectivos cursos, desfrutarão do Restau-rante Universitário, enfrentarão o temido final desemestre, enfim, conhecerão uma vida completa-mente diferente. E o Senso (in)comum é o veícu-lo que ajudará vocês a ficarem sempre integradosà universidade. Nosso comprometimento com ainformação coloca-se sobre um único alicerce: ainformação despida de opiniões aos estudantes.Aproveite este novo tempo, e, acima de tudo,pense! Uma nova vida se inicia.

Olá, calouros. Preparados?

Editorial

Bommesmo é o sentimento de produtivida-de de final de expediente. Qualquer estilo de vidaemsociedade exige atenção ao relógio e cumprimen-to de prazos, uma geração de paranoicos cronológi-cos. Segundo o site Webmd.com, quase 20% dosnorte-americanos sofrem de ansiedade. Ser um wor-kaholic é tido, por outro lado, como índice de inde-pendência e maturidade financeira. Até onde éaceitável a agitação moderna?

Veja bem, minha crítica é sobre as regrase formalidades estabelecidas sobre o tempo, nãoo seu fluxo físico. O tempo é imparcial e inflexí-vel, nisso reside sua beleza. As mesmas vinte equatro horas se impõem de maneira igual aos ho-mens, independente de suas fortunas ou crençasreligiosas. A sombra do relógio é indiferente àsnossas vontades.

Tragicamente, desde muito cedo respeita-mos os horários e as datas – na escola ensinam-seos números e os calendários. Condenam a pregui-ça: para o aluno improdutivo, reunião com ospais. A injusta rotina escolar se impõe sobre a cri-ança, aumentando as doses de stress aplicadas a

cada ano letivo. Nas palavras do filósofo Nietzs-che, a autêntica virtude dos tempos modernos éfazer algo em menos tempo que os demais.

A questão é que até os mais jovens da es-cala social são intoxicados pela necessidade de seaproveitar os minutos de maneira eficiente. Paravocê que toma como filosofia de vida a expressãoCarpe Diem, saiba que isso não passa de merapropaganda perversa. Pois não é possível fazerqualquer uso racional das horas sem comprome-ter sua paz mental. Há 300 anos, em um mundotecnológico totalmente estranho ao nosso, o clé-rigo inglês Matthew Henry já pregava em seussermões que aqueles que são pródigos com o seutempo desprezam suas próprias almas.

Podemos ser, portanto, comparados auma bateria de celular viciada, que necessita demais eletricidade para durações cada vez meno-res de tempo. Nos acostumamos com a pressa, onervosismo se alastra como cólera. E nessa lógicase perdem os elementos contemplativos – a sere-nidade, o repouso, a paciência. Os inquietos eatormentados nunca valeram tanto.

AnacrônicoVOZES

Rinaldo Morais

O Brasil é um país extremamente diversoem raças, credos, condições sociais, idades. Essasdiferenças repercutem em preferências, dentreelas a musical. A escolha pode se tornar visível nocomportamento daquele que o prestigia. Porém,no país do Axé, Bossa Nova, Forró, Hip Hop,MPB, Pagode, Rock, Funk, dentre outros ritmos,ainda sobra espaço para o preconceito, muitaspessoas passam a agir não apenas em favor do seugosto, mas também, em desrespeito à escolha doritmo musical dos outros.

O apelo ao fanatismo musical é, muitasvezes, instigado pela mídia e pelos comerciantes,que dividem as parafernálias culturais relaciona-das à música, em preços e taxa como mais ou me-nos valorosas. As músicas da moda sãoconstantemente tocadas em rádios, são inspira-ções para propagandas, temas de novelas, enquan-

to as que são excluídas do cenário midiáticofazem com que as pessoas que as ouvem não sesintam representadas socialmente.

Essa forma equivocada de cultura dasdiferenças, que gera na verdade segregação, já foimotivo para que inúmeras agressões físicas acon-tecessem, em alguns casos com graves con-seqüências. Bandas de pagode são vítimasconstantes de gangues de rock. Não é difícil en-contrarmos frases como “O mundo só será me-lhor quando todos os pagodeiros foremenforcados numa corda de guitarra”, escritas emmuros de escolas. Esse fato não é só unidirecio-nal, mas acontece de todos os lados. A intolerân-cia com aquilo que é diferente faz com que amúsica, elemento da vida que em sua maioriatraz celebração, se torne em alguns momentos,uma via perigosa de expressão.

Odesrespeito àdiversidademusical

VOZES

Valquíria Cristina Amaral

Segunda feira, sete horas da manhã. Apesarde preocupada, acordei bem humorada. Estava noterminal à espera do ônibus e pauta era a única pa-lavra que ocupava meus pensamentos naquela ma-nhã. Travessias elevadas? Reforma do bloco 3 Q?Calourada UFU? Qual assunto devo falar?

Os ônibus saiam todos lotados. Entrei emum deles e comecei a prestar atenção nas pessoasque ali estavam, ou melhor, em suas atitudes. Umamulher ensinava seu filho: “No Brasil há muita terrae poucos habitantes em relação ao tamanho do terri-tório”. O menino perguntava: “E na China Mãe?”Ela, logo, respondia: “Na China é o contrário, filho.”Alguns iam calados, quase dormindo. Comecei apensar em quantas histórias de vidas haviam ali. Aí,de repente, um homem decidiu escutar música em

seu celular. Normal se a pessoa conhecesse o tal doaparelho com o nome de fone de ouvido.

Ainda tinha um dia todo pela frente, masaquela alegria com a qual acordei tinha acabadode dizer adeus. Nem em pauta eu pensava mais.Porque se tem uma coisa que estressa é gentegrossa, mal educada... empurra daqui, entra nafrente, não espera os passageiros desembarca-rem, não pede desculpas e ainda escuta músicaalta sem a utilização de fone de ouvido. Claro,não é todo mundo que é assim! Falta o mínimode senso nas pessoas que utilizam esse meio detransporte, ou melhor, falta bom senso. Pudeperceber, naquela manhã, que essas pequenascoisas podem atrapalhar nosso dia. E foi, exata-mente, o que me aconteceu.

Bom senso é bom e eu gosto!VOZES

Deisiane Cabral

Bazinga!

Brunner Macedo

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A prática extensionista é uma forma deatuação junto à comunidade externa que édesenvolvida por professores e estudantes deinstituições de ensino superior. Ela constitui,com o ensino e com a pesquisa, um dos pilares dotrabalho desenvolvido nas universidades. NaUniversidade Federal de Uberlândia (UFU),acadêmicos praticam a extensão por meio devariados projetos, o que possibilita a ampliaçãode sua experiência e enriquecimento de suaformação.

Valéria Maria Rodrigues, assistente emadministração da Divisão de RelaçõesComunitárias da UFU, define a extensãouniversitária como uma ação da universidadejunto à comunidade externa. A prática objetivaampliar a experiência acadêmica de professores eestudantes, além de buscar caminhos paraatender necessidades de diversos segmentos dasociedade. Valéria salienta que o caráterintervencionista próprio da extensão é o que adiferencia da pesquisa.

Apesar das diferenças entre ensino,pesquisa e extensão, os três elementos estãorelacionados uns com os outros. O estatuto decriação da UFU, de 1969, trazia em seu artigo 58a proposta de integração entre os eixos: “AUniversidade Federal de Uberlândia, tendo emvista as atividades-fins da instituição, se propõe aeducar em nível superior, através de um sistemaintegrado de ensino, pesquisa e extensão”. Com aaprovação do Regimento Geral de 1999, esseprincípio foi reafirmado. Em seu artigo 148, tem-se que “a extensão, articulada com o ensino e apesquisa de forma indissociável, tem comoobjetivo intensificar relações transformadorasentre a UFU e a sociedade, por meio de processoeducativo, cultural, científico e desportivo”.

SolidariedadeEntre os projetos de extensão da UFU

está o Projeto Rondon. Esse é uma iniciativade envolver a participação voluntária de estu-dantes e professores universitários em municí-pios com alto índice de pobreza. Osrondonistas, como são chamados os participan-tes, ficam cerca de 20 dias nas comunidadescom o objetivo de ampliar o bem-estar da popu-lação local.

A UFU participa do Projeto Rondondesde 2005 e já esteve presente em 13 viagens. Oprocesso para a participação começa com adivulgação do edital pelo Ministério da Defesa e ainscrição das Instituições de Ensino Superior

(IES) . Após essa etapa, são feitas reuniões comos inscritos para a produção do plano de traba-lho, que deve conter as atividades, os objetivos,a metodologia, o público-alvo, o cronograma, eo retorno esperado para a comunidade. RenataGiembinsky, coordenadora da participação daUFU no Projeto, conta que a aprovação do pla-no de trabalho é feita através de uma avaliaçãodo Ministério da Defesa sobre a possibilidade deexecução das propostas.

As cidades participantes recebem duasinstituições diferentes compostas por doisprofessores e oito estudantes. As IES trabalhamem dois conjuntos de atuação distintos. Oconjunto A tem o enfoque na área da cultura,direitos humanos e justiça, educação e saúde. Jáo conjunto B realiza atividades nas áreas decomunicação, tecnologia e produção, meioambiente e trabalho.

Marcos Vinícius Reis e Sabrina Tomáz

Os rondonistas passam cerca de 20 dias em municípios com altos índices de pobreza e exclusão

Divulgação

COMUNIDADE

Extensão universitária amplia experiência acadêmica

Voluntários ajudam alunos a ingressar no ensino superiorCursinhos promovem inclusão

Cíntia Sousa e Ronian Carvalho

Um grupo de alunos da Universidade Fe-deral de Uberlândia (UFU) percebeu que provasdo vestibular da área de Exatas ficavam em bran-co. Com isso, decidiram, em 1999, montar umcursinho para alunos do bairro Alvorada e região,onde eles moravam e onde havia poucos universi-tários na época. As aulas ocorriam em uma escolamunicipal das redondezas e abrangiam discipli-nas de várias áreas.

Dentre os 33 alunos da primeira turma docursinho, apenas um foi aprovado no vestibular daUFU. Essa foi considerada uma grande conquista,pois conseguiram ajudar uma pessoa a ingressar noensino superior. O trabalho foi batizado de pré-ves-tibular “Futuro”. Depois disso, foi ampliado o nú-mero de salas e a sede mudou várias vezes de local,funcionando sempre em escolas públicas.

Atualmente, o município ajuda o “Futuro”por meio de um acordo para que as atividades dainstituição aconteçam na Escola Municipal OtávioBatista Coelho Filho, cuja direção também concor-dou em ceder o espaço. Todos os colaboradoressão voluntários e os alunos, selecionados segundoo perfil socioeconômico e o conhecimento prévio,pagam apenas o material do semestre, que custacerca de R$170,00.

Isadora Maciel, 17, diz que o cursinho apre-senta uma proposta séria e que as aulas dão umbom auxílio para ingressar na universidade. “Não éporque são voluntários que eles não preparam au-la”, explica a estudante. Glauco Henrique, 21, foialuno da instituição e gostou tanto da ideia do pré-vestibular que começou a trabalhar no “Futuro”.

Atualmente, ele faz graduação em Geografia naUFU e leciona no cursinho nessa mesma área.

Para quem cursa alguma licenciatura,ensinar no pré-vestibular contribui para a aquisi-ção de prática de ensino, que, em alguns casos, po-de ser aproveitada como atividade complementarou estágio acadêmico. Mas, o foco principal demuitos professores do “Futuro” não é exercer ativi-dades com esse interesse específico.

A atual sede do “Futuro” fica na Rua José

Resende dos Santos, nº 1010, bairro Brasil. O pro-cesso seletivo para ingresso de alunos é aberto noinício de cada semestre e as inscrições podem serfeitas pelo site http://www.futuroprevestibu-lar.org/.

Deficientes auditivosO Cursinho Alternativo para Surdos

(CAS) possibilita a alunos com perda total daaudição a oportunidade de terem aulas de con-

teúdos dos processos seletivos da UFU em Li-bras. Desenvolvido em parceria com o Centrode Ensino, Pesquisa, Extensão e Atendimentoem Educação Especial (CEPAE) , o projeto deextensão do curso de Pedagogia começou as ati-vidades em 2004.

Eliamar Godoi, coordenadora do projeto,explica que ao perceber a falta de um ensino es-pecial para os estudantes surdos e as barreiraspor eles enfrentadas para ingressarem em umauniversidade federal, a professora, da Faculdadede Educação, Lázara Cristina da Silva implemen-tou o cursinho.

A coordenadora revela que o acesso desurdos à universidade, antes do CAS, era pratica-mente zero. O primeiro surdo aprovado na UFUfoi Matheus Rocha da Costa, no início de 2010,para o curso de Química. No segundo semestrede 2011 , quatro estudantes do CAS se classifica-ram para a segunda fase do vestibular da UFU,sendo que Sarah Marques Bitencourt foi aprova-da para o curso de Matemática.

Sinval Fernandes, professor e intérpretedo CAS explica que “o surdo aprende na mesmavelocidade do ouvinte”. Para que isso aconteça,as aulas do CAS procuram explorar ao máximoos recursos visuais.

Os professores que ministram aulas noCAS são estudantes da UFU e participam comovoluntários. Os interessados em participar docursinho devem procurar o CEPAE, no bloco1G, sala 140, no campus Santa Mônica da UFU.Não há taxa de inscrição e nem mensalidade.

Projeto Rondon possibilita aos alunos troca de vivências

No CAS voluntários ministram aulas em Libras para alunos com deficiência auditiva

Conheça o Projeto

O Projeto Rondon foi criado em1967 e, no ano de 1989, foi extinto. Retor-nando em 2005, sob a coordenação do Mi-nistério da Defesa, o Rondon já levou 11 .000voluntários a cerca de 700 municípios comaltos índices de pobreza e exclusão social.Para mais informações sobre esse Projeto,que acontece semestralmente, acesse:www.defesa.gov.br/projetorondon.

Cíntia Sousa

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Novas Empresas Juniores são criadas na UFUExpansão de EJ’s representa ganho de prática para mercado de trabalho

Amanda Pereira Firmino e Karina Mamede

Uma oportunidade de colocar na práticao que é aprendido na sala de aula: é o que propor-ciona uma Empresa Júnior (EJ) ao estudante degraduação, que busca se tornar um profissionalcom diferencial frente ao concorrido mercado detrabalho que o espera no futuro. Comprovando aimportância que este tipo de empreendimentovem ganhando no meio acadêmico, existem atual-mente sete novas empresas em criação dentro daUniversidade Federal de Uberlândia (UFU) nos

cursos de Agronomia,Psicologia, Direito, En-genharia Química, Jor-nalismo, Tradução eCartografia.

Para darsuporte a estas novasempresas foi criado pe-la UFU o Núcleo dasEmpresas Juniores,que oferece consulto-ria e apoio aos empre-endimentos emcriação. O núcleoacompanha todos ospassos para a concep-ção das EJs (ver box) .Vitor Leal, Diretor de

Comunicação do Núcleo, acredita que esta expan-são deve-se, principalmente, ao fato de os estu-dantes estarem em busca de uma formaçãodiferenciada. Uma das empresas em processo deabertura e divulgação é a Conteagro, da Agrono-mia. Ela nasceu da iniciativa dos alunos e, poderácontar com a participação do curso de Engenha-ria Ambiental. O curso de Comunicação Social:habilitação em Jornalismo também está criando asua EJ. A Communicare surgiu do interesse de

um grupo de alunas do 4º período do curso quesouberam da intenção de empresas de comunica-ção da cidade em desenvolver parcerias com juni-ores de Jornalismo.

Uma das vantagens existentes nas EJ´sé a autonomia que os estudantes possuem na to-mada de decisões, uma vez que os responsáveispela associação são os próprios alunos, os tutoressão apenas orientadores, explica Flaviane Ferrei-ra, graduanda em Medicina Veterinária na UFU ediretora da Equipe de Desenvolvimento do nú-cleo de empresas juniores. A participação dos dis-centes nessas associações conta como aspectopromissor para o futuro do aluno, segundo o vicereitor da Universidade Federal de Uberlândia, Da-rizon Alves de Andrade. “O que nós temos vistoem algumas Empresas Júniores, é aqueles que sãoos associados da empresa, ao participarem, ga-nham em velocidade, em destreza, em comunicarcom um possível cliente, eu acho que isso é vanta-joso”, afirma.

Exemplos a serem seguidosPrestes a completar 19 anos a Meta, Em-

presa Júnior dos cursos de Engenharia Mecânica,Mecatrônica e Aeronáutica, é a primeira empresadesta modalidade na cidade de Uberlândia. Con-solidada, esta EJ desenvolve projetos e parcerias

em programas de trainee com grandesorganizações, como a Souza Cruz e Chemtech.Oferece, ainda, palestras em conjunto com o SE-BRAE e CREAM.

Outro exemplo bem sucedido de Em-presa Júnior dentro da UFU é a Conavet, do cur-so de Medicina Veterinária. Com 13 anos deexistência, a empresa desenvolve trabalhos parti-culares com pequenos produtores rurais além deprestar assistência a sete propriedades rurais nacidade de Araguari. O trabalho rendeu um prê-mio da Universidade Solidária (UNISOL), ofe-recido pelo banco Santander.

Alunos dos cursos de Engenharia compõem a META, mais antiga EJ da UFU

Amanda Pereira Firmino

Passo a passo para criar umaEmpresa Júnior

1º) formar o grupo de alunos2º) realizar a divisão de cargos3º) definir metas e procurar área de atua-ção4º) escolher um professor orientador co-mo tutor5º) apresentar o projeto para o coorde-nador e diretor do curso6º) promover eventos para arrecadaçãofinanceira

Intercâmbio transformaestudantes emcidadãosglobaisInteração agrega conhecimento e permite trocas culturais

A Associação Internacional de Estudan-tes de Ciências Econômicas e Comerciais (AIE-SEC) é uma rede global que fornece auniversitários e recém-formados a oportunidadede desempenhar funções que estimulem potenci-al de liderança, através do trabalho dentro da or-ganização, e de intercâmbios profissionais.Presente em 107 países, a AIESEC possui insta-lações em Uberlândia, no Campus Santa Môni-ca da Universidade Federal de Uberlândia(UFU) , e é vinculada a Faculdade de Gestão eNegócios (FAGEN).

A rede conta com diferentes programasde viagens. As pessoas interessadas devem entrarem contato com algum membro da AIESEC eagendar uma entrevista. Luiza Calábria, estudantede Direito da UFU e Diretora de Intercâmbios Es-tudantis da AIESEC, diz que o procedimento émuito importante. “Agente faz esse processo de se-leção com a pessoa pra alinhar expectativas, o queela quer com o que oferecemos realmente, e a par-tir daí se inicia o processo de intercâmbio”, afirma.

Ao passar pela entrevista, o futuro inter-cambista paga uma taxa de, em média, setecentosreais à AIESEC, e escolhe o país de destino. O pro-cesso de inscrição ocorre durante o período letivoda UFU, e as viagens, geralmente, nas férias. Foi oque aconteceu com a estudante de Relações Inter-nacionais, Ana Laura Magalhães, que viajou para aCroácia, no começo do ano passado. A universitá-ria foi para trabalhar em escolas e estimular a lide-rança dos alunos. A aluna afirma que, com essaexperiência internacional, teve um amadurecimen-to pessoal e profissional muito significativo. “Eunão encaro isso como uma questão de coragem, euacho apenas uma coisa natural de qualquer pessoa,

eu acho que é tão interessante você conhecer no-vas culturas por você mesma”, conta.

ConvivênciaA UFU, através de parcerias com outras

instituições de ensino superior, também recebe, acada semestre, alunos de outros países em diferen-tes programas de intercâmbio. De acordo com adiretora de Relações Internacionais (RI) , RaquelSantini, a convivência com pessoas de outros paí-ses agrega ao aluno da universidade imenso co-nhecimento cultural de outros lugares, sem anecessidade de viajar.

Nove franceses, cinco paraguaios,dois argentinos, dois holandeses, dois j apone-ses , três africanos e uma colombianaestudam entre cursos de engenharia, letras ,j ornalismo, economia, relações internacio-nais e administração. Essa é a composição docorpo de estudantes “de mobilidade”, tam-bém apelidados “intercambistas” hoj e presen-tes na UFU.

Julien Gaure, da Universidade de Poiti-ers, na França, é um deles. Ele faz letras, mas cur-sa também uma matéria na graduação deHistória. Julien estudou português por um anoantes de vir morar no Brasil, mas conta que suamaior dificuldade ainda é o idioma. O estudantetambém sente diferença em aspectos culturais,como a calorosidade dos brasileiros e a falta decerimônia para falar com um professor e sair dasala de aula, por exemplo. “Aqui os alunos são atodo o tempo atrasados, eles saem da aula semperguntar ao professor. Isso não é possível naFrança”, comenta. Sobre a relação com outrosestudantes, Julien conhece alguns, mas diz que

muitas vezes grupos de intercambistas se fe-cham entre eles.

Para a diretora de RI, há uma resistênciapor parte de ambos os lados – tanto os alunos damobilidade quanto os alunos da UFU dificultam a

criação de laços nestas situações. Ela ressalta que éuma pena para o aluno da UFU perder a chancede conhecer outra cultura por meio dos colegas deintercâmbio, o que “agrega muito conhecimento,sem nem precisar sair de casa”, conclui.

O primeiro passo para o intercâmbio é conhecer as expectativas do estudante

Valquíria Cristina Amaral

Letícia Alessi e Valquíria Cristina Amaral

VIVÊNCIA

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Durante os anos que antecederam o sécu-lo XX, quando a divisão de tarefas se dava pelo se-xo, as mulheres ficavam restritas a trabalhosdomésticos e a cuidar da família. Elas lutaram pa-ra alcançar o direito de trabalhar fora, em condi-ções de igualdade com os homens. Hoje dividemfunções lado a lado com eles. Isso se aplica inclusi-ve às salas das universidades.

Cursos como as Engenharias, Ciênciasda Computação, Agronomia e Sistemas de Infor-mação, eram compostos por maioria masculina.Com as mudanças na sociedade, elas passaram adisputar de igual para igual e, hoje, esses cursoscontam com presença feminina.

Um bom exemplo dessa mudança é a En-genharia Civil. De acordo com Leila Motta, profes-sora do curso na UFU, nas salas das universidades,a área já conta com 50% do sexo feminino. Ela afir-ma que sua própria turma de graduação, formadaem 1994 na UFU, foi uma das primeiras a ter mai-or número de mulheres e que, desde então, a pre-sença feminina cresceu. “Eu acho que seria umacoisa natural de acontecer e que a tendência é seigualar”, diz.

Para os cursos de Engenharia Ambientale Biomédica, a situação já se inverteu: a quantida-de delas ultrapassou a deles e os cursos são conheci-dos como “engenharias das mulheres”. Maria ZiziMendonça, estudante de Engenharia Ambiental naUFU, conta que escolheu essa graduação por seruma área promissora e que é preciso quebrar o ta-bu de que engenharia é “coisa de homem”. “Nanossa sala a gente está mostrando que as mulheressão capazes de fazer até melhor que os homens”,explica.

Em cursos como EngenhariaMecatrôni-ca e Ciências da Computação, os homens ocu-pam ainda cerca de 80% das vagas, no entanto, osexo feminino começa a ganhar espaço. Paula Ca-margo é um exemplo disso. Ela relata que na suaturma de Ciências da Computação, de 40 alunos,são apenas sete mulheres.

A aluna Karine Rodrigues, de Sistemas deInformação, conta que a convivência em uma salacom muitos homens é natural e que ambos os la-dos se acostumam com a situação. “Sempre tive opensamento de que o curso que escolhesse deter-

minaria meu futuro, independente das pessoascom as quais faria faculdade”.

Polieny Albernaz, estudante de Engenha-ria Elétrica, diz que os rapazes tratam todas deigual pra igual. “Eles já chegam e nos cumpri-mentam com um tapinha nas costas. Com o tem-po a gente vira homem para eles.” A futura

engenheira afirma que a única dificuldade de es-tudar com os homens se deve à falta de compro-misso de alguns deles, por deixarem os trabalhospara a última hora.

O professor Kleiber Rodrigues, do cur-

so de Engenharia Elétrica também concorda queas mulheres são mais dedicadas. “Elas conduzemo curso de maneira muito mais responsável queos rapazes”, opina o docente. Ricardo Coutinho,que estuda Sistemas de Informação, acredita queo mercado de trabalho reconhece esse fato.“Tem locais que preferem contratar mulherespor elas terem mais atenção”, explica Coutinho.O estudante relata que quando escolheu o curso,não se imaginou trabalhando com mulheres, masacredita que elas estão preparadas para assumir aliderança.

Mercado de trabalhoUma pesquisa do Instituto de Ensino e

Pesquisa (Insper) , publicada em 2010, consta-tou que entre 1987 e 2007 o número de mulhe-res engenheiras subiu de 4,94% para 10%,número considerado ainda pequeno pelos pes-quisadores. Segundo a professora do Curso deEngenharia Civil, Karla Rebelo isso se deve aofato de algumas áreas ainda preferirem homens,pela facilidade de agir em determinadas situa-ções.

As jovens, porém, acreditam que terãoas mesmas condições de trabalho que os ho-mens da área, pois como os dados mostram, arealidade está mudando. Ana Luiza Vasconce-los, estudante de Engenharia Civil da UFU, dizque escolheu o curso pela demanda, o que ga-rante oportunidades a todos. “Eu acho que a so-ciedade está mudando, entendendo as coisas deoutro jeito e vendo que as mulheres estão to-mando frente de coisas que antes só os homensfaziam”, sintetiza.

Elas assumem o comandoCresce número de mulheres em áreas tradicionalmente masculinas

Maria Tereza Borges

As salas de aula das engenharias já contam com 50% de participação feminina

MUNDO UNIVERSITÁRIO

Maria Tereza Borges

Times femininos são destaques em competiçõesAtletas conquistam títulos e representam a instituição em vários estados brasileiros

Lucas Martin

A entrada da mulher no cenário esportivodo Brasil foi tardia. O divisor de águas foi a partici-pação da nadadora brasileira Maria Lenk, de ape-nas 17 anos, nas Olímpiadas de Los Angeles, em1932. Em uma área então comum aos homens, as

mulheres ganharam destaque. Alguns exemplossão a jogadora de futebol Marta, eleita cinco ve-zes a melhor do mundo; Fabiana Murer, campeãmundial no salto com vara; Hortência, que estáno hall da fama do basquete feminino, além de ou-

tras atletas importantes no panorama nacional.Nas faculdades, a mulher também está

presente no esporte. A Universidade Federal deUberlândia (UFU) conta com o projeto EquipesUFU de Treinamento visando à formação de ti-mes para representá-la em competições esporti-vas universitárias, como os Jogos UniversitáriosMineiros (JUM’s) e os Jogos Universitários Brasi-leiros (JUB’s) . Na modalidade feminina, a institui-ção dispõe de equipes de futsal, handebol,basquete, vôlei e corrida de rua. Pela primeiravez, a UFU contou com as quatro equipes femini-nas nos JUB’s, superando as masculinas, com ape-nas duas. A seleção de atletas ocorre todo iníciode ano, podendo se inscrever, no período da “pe-neira”, apenas alunos regularmente matriculados.

Os times femininos da UFU contam comdiferentes perfis de atletas. Há jogadoras e ex-jo-gadoras profissionais e amadoras. No handebol,um dos destaques é a atleta Milena Samora, quecursa o último ano de Educação Física. Entre2009 e 2010, ela fez um intercâmbio estudantilem Portugal, onde atuou pelo time da cidade emque morava, adquirindo experiência internacio-nal. No retorno ao Brasil, disputou os JUB’s pelotime de basquete da UFU e, em 2011 , foi campeãdos JUM’S pelo time de handebol.

No vôlei, o destaque é Gabriela AlmeidaMendonça, que concilia estudos e treinos no ti-

me principal do Praia Clube de Uberlândia. Cur-sa Direito na UFU, no turno da manhã, e treina àtarde. “Estou tentando conciliar, se eu vir quenão está dando certo, terei que optar pelo que se-rá mais vantajoso para mim”, explica.

Handebol feminino da UFU: campeão JUM´s 2011

Divulgação

Futsal: bicampeão do JUM’s 2010/2011 ecampeão da etapa regional da Liga do Des-porto Universitário em 2010, terceiro lugarda segunda divisão dos JUB’s 2011 .Basquete: bicampeão do JUM’s 2010/2011;vice-campeão da segunda divisão do JUB’s2011, garantindo acesso a primeira divisão.Handebol: campeão dos JUM’s 2011; vice-campeão da segunda divisão do JUB’s 2011 ,garantindo acesso a primeira divisão.

CONQUISTAS

Vôlei: campeão dos JUM’s 2011 , sexto lu-gar da primeira divisão.

Divulgação

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A necessidade de desenvolver atitudessustentáveis no cotidiano é o que motiva aatuação do Grupo Universitário comResponsabilidade Ambiental e Social daUniversidade Federal de Uberlândia (GUARAS).Os participantes são de diversas áreas doconhecimento, realizando atividades de extensão,como práticas agroecológicas na FazendaExperimental Água Limpa, pertencente à UFU,para ensinar a desenvolver ações sustentáveis edifundir socialmente a agroecologia.

Segundo Ana Marcela Kita, estudante do 4ºperíodo de Biologia da UFU, e membro do Guaras,agroecologia pode ser considerada como “umaagricultura de forma ecológica que não visa apenas olucro, visa também a fonte de alimento. E, acima detudo, ela respeita a natureza que é quem o fornece”.Há também a agroecologia urbana que propõe“otimizar o espaço e a alimentação”, afirma VictorMarques, aluno do 10º período de Biologia daUFU, participante do grupo.

Uma prática agroecológica que promovea sustentabilidade no meio urbano é a criação dehortas sustentáveis na própria residência. Deacordo com o biólogo Eduardo Manfim, doGuaras, a internet pode ser uma boa ferramentade pesquisa para os que se interessarem emdesenvolver técnicas de plantio para criar emanter esse tipo de cultivo. O profissionalressalta que “tendo um pouco de esterco e umamuda de boa qualidade e de boa procedência, játem quase tudo para desenvolver uma horta”.

Apesar dos apartamentos não teremmuito espaço, é possível que tenham um plantiosustentável. Manfim diz que uma alternativaseria a implantação de uma horta vertical porqueela é elevada e não precisa de grande ambientepara ser desenvolvida. Outras opções seriam“plantar com pneu e usá-lo com um fundoembaixo para não vazar terra, usar garrafa pet,caixinha de leite, galão de cinco ou de vintelitros”, explica o biólogo.

Grupo da UFU desenvolve práticas sustentáveisECOLOGIA

Gisllene Rodrigues FerreiraEstudo da Agroecologia é a base das atividades

Os participantes reúnem‐se no bloco 3Q

Gisllene Ferreira

INSTITUIÇÃO

Curso estimula consciência ambiental na UFUAlunos participam de ações voltadas para a preservação do meio ambiente

O “Curso de Formação de Agentes Ambi-entais” é uma iniciativa da Divisão de Assistênciaao Estudante (Diase) , coordenado pelo Diretorde Sustentabilidade Ambiental da UFU, ÉlissonCésar Prieto. O objetivo é desenvolver ideias deações ambientais para a UFU e formar agentespreparados para a prática profissional com res-ponsabilidade social.

O curso teve início em setembro de 2010.Em sua primeira etapa, estiveram envolvidos 28estudantes, sendo 20 da cidade de Uberlândia eoito de Ituiutaba (Campus do Pontal) . Os agen-tes elaboraram sete projetos, dos quais quatro fo-ram selecionados para implementação. Trêsserão desenvolvidos nos campi de Uberlândia eum no Campus do Pontal, em Ituiutaba.

Em 2011 , na sua segunda edição, foi feitauma nova seleção para a escolha de outros 20 es-tudantes que darão continuidade ao curso, desen-volvendo as ações planejadas para aUniversidade. As inscrições foram abertas a todosos alunos de graduação da UFU. Os participantesrecebem bolsa de R$300 mensais. Maria de Fáti-ma Oliveira, gerente da Diase, conta que “a conti-nuidade do curso teve uma grande aprovação dosparticipantes. Eles não imaginavam que os proje-tos seriam concretizados”.

Além das atividades práticas, os agentesparticipam de aulas com temas como educaçãoambiental e preservação de recursos naturais. Ma-ria de Fátima explica que essa parte teórica é fun-damental para a formação dos agentes. “Onde

eles forem irão levar essa ideia da sustentabilida-de e do pensar crítico sobre o meio ambiente”,opina a gerente.

O curso também visa complementar a edu-cação dos estudantes, pois a formação dos alunosna área ambiental é deficitária, afirma Prieto. “Oque nós buscamos é oferecer uma oportunidadepara que os discentes entrem em contato com esseassunto”, explica o coordenador. Verena Rabens-chalg é aluna da graduação de Biologia e participado projeto desde 2010. “Ao longo do processo mi-nhas perspectivas a respeito da temática ambientalforamamplamente modificadas. Por ser umproble-ma social, todos nós devemos pensar em políticaspúblicas coerentes e lutar para que elas sejam exe-cutadas”, defende a estudante.

Apesar de o curso de agentes ambientaisem Ituiutaba não ter continuado com novos estu-dantes no ano passado, por motivos de infra-es-trutura, quatro alunos participantes da primeiraedição continuam trabalhando para a implemen-tação do projeto do Parque do Goiabal. A área fi-ca ao lado do campus e a proposta é criar umlocal de preservação ambiental.

Um dos projetos que está sendo viabiliza-do em Uberlândia é o de Gestão de Resíduos Sóli-dos. O objetivo é consolidar a coleta seletiva noscampi. Os estudantes estão buscando parceriascom as unidades acadêmicas e com a associaçãode catadores de material reciclado. O Plano deMobilidade Sustentável também é outra meta.Ele será implementado a partir da construção debicicletários nos campi, cujo design está sendo de-senvolvido pelos alunos das engenharias ligadosao projeto.

Pedale por um planeta melhorA quantidade de monóxido de carbono

(CO) lançada diariamente na atmosfera pelos au-tomóveis, o alto gasto das reservas minerais, a fal-ta de estacionamentos nas vias urbanas e osengarrafamentos, têm gerado sérios problemaspara a saúde do homem e graves impactos ambi-

entais. Para resolver o uso excessivo dos carrosna área urbana, várias cidades vêm investindo empolíticas públicas voltadas para o incentivo douso das bicicletas nas ruas.

Apesar de não atingir as mesmas propor-ções dos grandes centros, o fluxo de carros emUberlândia é muito intenso. A engenheira civilda Secretaria de Trânsito de Uberlândia, VanilzeSilva Pimenta, afirma que atualmente “há umagrande demanda de construções de ciclovias efaixas cicloviárias por parte dos ciclistas”. A enge-nheira conta também que já existe um projeto ci-cloviário para a cidade e que ele está sendodividido por etapas: “a primeira é interligar (asciclofaixas) com o transporte público, para ga-rantir ao assalariado um transporte viável de suascasas até o trabalho”.

Para o estudante de geografia e ciclistaMarcelo Zuza, “a bicicleta é uma forma de vocêter uma atividade física, de se deslocar com umavelocidade razoável sem custo algum, com a co-modidade de não se preocupar com estaciona-mento”. Apesar da bike ser seu principal meiode locomoção, o estudante também declaraque, “tem situações que você realmente acabasendo obrigado a optar pelo carro, pela defici-ência do transporte público e pela falta de segu-rança nas ruas”.

Na opinião da aluna de arquitetura Rafa-ela Borsato, que participa do projeto MobilidadeSustentável, “as pessoas tendem a andar de carroporque é mais cômodo, elas não têm a cultura depensar no meio ambiente”. Sobre o projeto, Ra-faela afirma que o grupo está tentando encontrarformas para incentivar o uso da bicicleta. “A idéiaé espalhar pequenos paraciclos por alguns pon-tos estratégicos do campus”, diz. Atualmente ocampus Santa Mônica possui apenas dois bicicle-tários, um deles é localizado no bloco G e o outrona biblioteca, entretanto devido à pequena quan-tidade de paraciclos, muitos alunos trancam suasbicicletas nos próprios postes e árvores espalha-dos pelo recinto.

Uma das ações propostas é a consolidação da coleta seletiva nos campi

Ana Clara Macedo e Laura Laís

Laura Laís

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Sessão PipocaLaura Laís

American Pie: OReencontroOs atores que participaram daprimeira versão do filme, em1999, se reencontram neste novolonga para a festa de 10 anos

após a formatura do colegial e percebem quan-ta coisa mudou durante esse tempo. O resulta-do todo mundo já sabe: diversão garantida.Estréia prevista para 20 de abril.

Os vingadoresUm dos filmes mais esperados doano vai reunir, pela primeira vez,uma equipe de super-heróis queconta com Homem de Ferro, Ca-pitão América, Thor, Hulk, entre

outros. Eles unem forças para derrotar Loki, meioirmão de Thor, que ameaça a segurança mundial.No Brasil, a estréia será em27 de abril.

John CarterA produção Disney conta a his-tória de John Carter, veteranoda Guerra Civil Americana, per-sonagem de uma série de livrosdo escritor Edgar Rice Bur-

roughs. Na narrativa, John é misteriosamentetransportado para o planeta Marte e descobreque a vida daquele povo depende dele. Estréiadia 23 de março.

XinguA produção nacional conta asaventuras dos irmãos Villas Boas,idealizadores da reserva do Par-que do Xingu, que ficaram conhe-cidos por desbravarem o sertão e

defenderem as causas indígenas. Protagonizadopelos atores Felipe Camargo, João Miguel e CaioBlat, o longa será lançado em06 de abril.

Penso, logo clico!Laura Laís

http://50watts.com/50 Watts é um site em inglês que publica váriostipos de desenhos formando galerias. Destaquepara os desenhos produzidos por autistas, quepertencem a categoria “Drawing Autism”.

http://www.googleboys.com.br/Uma paródia do Google, o site Google Boys éum espaço para o público que gosta de humorencontrar diversos artigos engraçados comovídeos, imagens, tirinhas, etc. Basta pesquisar oassunto desejado.

http://fottus.com/Procurando imagens de vários temas? Fottus éo site ideal. Além de disponibilizar fotos dediversas categorias, o portal incentiva osamantes da fotografia a participar do concursosemanal Fotografe, no qual as imagensvencedoras são publicadas no site.

http://www.jornaldepoesia.jor.br/Com um acervo incontável de poesias, crônicase críticas literárias, o Jornal de Poesia reuneobras de autores renomados com os temas maisvariados. O site ainda desmitifica falsasautorias publicadas na rede, identificando osverdadeiros escritores.

Laura Laís

Cemitério de Praga ‐ Umberto Eco

O novo romance do escritor italiano UmbertoEco já está na lista dos livros mais vendidos noBrasil. A narrativa envolve conspirações e as-sassinatos e remonta o cenário europeu no sé-culo XIX. Na história se entrelaçam figurascomo o jovem Sigmund Freud, o escritor Ip-polito Nievo, entre outras.

Página AbertaFilhos do Éden ‐ Eduardo Spohr

O segundo romance do jornalista EduardoSpohr narra uma guerra no céu que ocorrenos dias atuais. Kaira, uma celestial que tentarecuperar a memória depois de anos vivendona Terra, luta com Denyel, um querubimexilado que se junta aos rebeldes. A saga seestenderá aos outros volumes da série.

Steve Jobs ‐ Walter Isaacson

Baseado em mais de quarenta entrevistascom Steve Jobs, o livro relata a vida de umdos mais bem sucedidos empresários daatualidade. O criador da Apple é retratadocomo uma pessoa criativa e de personalidadeforte. Com sua morte, em outubro do anopassado, cresceu o interesse por sua história.

Laura LaísLana Del ReyVídeo GamesAos 25 anos, a mais nova aposta norte-americana admite ter sido “programa-da” para brilhar. Sua voz marcante lem-bra a das grandes divas dos anos 50. Seusucesso pode ser explicado pelo fato de-la conseguir transpor as barreiras entreo artístico e o comercial.

Senso MusicalGal CostaRecantoEm parceria com Caetano Veloso, GalCosta retornou aos estúdios depois demais de seis anos. Das 11 canções, novesão inéditas e duas, regravações, todascom autoria de Caetano. Quase todas asmúsicas foram gravadas com batidaseletrônicas, uma inovação da cantora.

Noel Gallagher’sHigh Flying BirdsPrimeiro álbum solo do ex-guitarristado Oasis, conta com várias colabora-ções de seu antigo grupo. Gallagherprocurou fazer um som parecido como do grupo e foi bem recebido. Mui-tos já consideram este como “O me-lhor disco que o Oasis jamais lançou”.

O bom desempenho da economia brasileirae as constantes crises econômicas internacionaistêm colocado o Brasil como rota obrigatória para ar-tistas de todo o mundo. Em 2011, o país recebeumúsicos como Paul McCartney, Ringo Starr, AmyWinehouse, OzzyOsbourne, BritneySpears, Beyon-cé, a banda irlandesa U2 e os estrelados elencos dos

festivais Rock In Rio, SWU e Planeta Terra.Estimativas da Associação Internacio-

nal de Congressos e Convenções (ICCA) apon-tam um crescimento de 200% no setor deeventos internacionais no Brasil até 2014. As ex-pectativas também são otimistas a longo prazo, as12 cidades-sedes da Copa do Mundo terão estádi-os novos ou reformados que poderão acomodargrandes eventos culturais.

Douglas Duarte, comerciante e produ-tor de eventos em Uberlândia, trabalha com via-gens a shows há 18 anos e afirma que a procurapelos pacotes vem crescendo a cada ano, só ao úl-timo Rock in Rio ele levou cerca de 400 pessoas.Para ele, o aumento da renda do brasileiro, a de-mocratização e a acessibilidade da internet têm fa-cilitado a compra dos ingressos e o acesso dopúblico de todas as partes do país a esses eventos.“Quem tem desejo busca realizar esse desejo, temgente que chega ao ponto de vender algo que tem

para poder realizar o sonho de um show”, conta.Para ver seus ídolos de perto, o público bra-

sileiro precisa enfrentar os altos preços dos ingressos.O valor das entradas de shows internacionais no Bra-sil émaiorque naEuropae nos EstadosUnidos. Assis-tir às apresentações do grupo americano Red HotChili Peppers em setembro passado, por exemplo, va-riou entre R$ 200 e R$500. Na Espanha, o mesmoshowcustou de €45 a €55, cerca de R$108 aR$132.

Carla Mosconi, aluna do curso de Odon-tologia da UFU, foi ao Rock In Rio em outubro es-pecialmente para assistir a banda Metallica epretende ir ao show do Foo Fighters, em abril de2012. A estudante considera que os preços cobra-dos são caros, principalmente para quem não pagameia-entrada, levando-se em consideração outrasdespesas. “Não podemos contar apenas com a en-trada do show, precisamos levar em conta o trans-porte, estadia, alimentação e, claro, os passeiosturísticos que não podem faltar”, diz.

Em 2012 devem desembarcar no Brasil ar-tistas para agradar os diferentes públicos. Roger Wal-ters, Laura Pausini, Foo Fighters, Florence and TheMachine e Bruno Mars são atrações já confirmadas.Há ainda especulações em jornais e sites de entreteni-mento sobre a vinda de Prince, Árcade Fire, Portishe-ad, David Matthews Band, e da cantora Madonna.Paraquemgostademúsica, émelhorprepararo bolso.

Uberlândia na rota dos showsCom a expansão do mercado do entrete-

nimento no Brasil. Douglas Duarte acredita quea cidade deve receber futuramente de um a trêspequenos e médios shows internacionais porano. Mas o produtor ressalta que, hoje, o cenáriocultural é outro. “Uberlândia vai levar de 10 a 20anos para ser uma cidade que dê valor a vida no-turna. Muitos produtores locais trazem bonsshows de artistas nacionais e têm 300, 400 pa-gantes. Isso dificulta muito”, explica.

Novo paraíso do showbizARTE

Brunner MacedoEconomia aquecida atrai shows internacionais para o Brasil

Apesar dos preços, público brasileiro lota grandes eventos

Vitor Hiroshi Shintani

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O Tea Break é um projeto deextensão e pesquisa que proporciona umespaço de conversação em língua inglesaaberto a toda comunidade uberlandense. Éuma realização do Núcleo de EstudosCanadenses (NEC) da UniversidadeFederal de Uberlândia, tem apoio daFAPEMIG e é financiado pelo governocanadense. Alunos da UFU e moradores deUberlândia se reúnem todas as quintas-feiras das 11h30 às 12h30 na sala 1G223para praticar a conversação, aprimorar olistening (audição) , aumentar ovocabulário e aprender sobre o Canadá.

Gilmar Martins, secretário do NEC

e mediador de um dos grupos,considera que o Tea Break éimportante para que a sociedadetenha uma ideia dos estudos feitosno Canadá; dos assuntosrelacionados à cultura canadense.Maikell Figueira, estudante deFísica de Materiais da UFU,participante do grupo, diz que nemsempre as discussões enfocam oCanadá. “Nós temos falado detemas que vão desde caos global nainternet até políticas públicas emoutros países que não só o Canadá”,relata.

Localizado na zona rural de Uberlândiae Araguari. A área ainda não é aberta avisitação porque necessita melhorias nainfraestrutura e a ampliação do quadrode funcionários para atender à popula-ção. A previsão de abertura do Parqueé até 2013, dentre as opções de lazer aserem oferecidas estarão as trilhas e asáreas para banho.

Parque Estadual doPau Furado

VIDA SAUDÁVEL

Parques Uberlandenses: opção delazer para universitários

Parque VictórioSiquierolliUma ótima opção de lazer e educação ambiental,conta com trilhas, equipamentos de ginástica e oMuseu da Biodiversidade do Cerrado. O Parquepossui aproximadamente 232 mil metros, com atípica vegetação da região

Endereço: AvenidaNossa Senhora do Carmo, nº 707,BairroResidencialGramado.Funcionamento:Aberto diariamente, das 8hàs 17h.Telefone: (34) 3212-1692

Com 182 mil metros quadrados, a áreaconta com pista de caminhada de trêsquilômetros, equipamentos de ginásticae ciclovia. Há previsão para instalaçãode um borboletário e um orquidárioneste ano.

Endereço: Avenida dos Vinhedos, s/nº,Bairro Morada da ColinaFuncionamento: Aberto das 8h às 18h.

Parque da Gávea

Nele é possível fazer trilha ecológica comacompanhamento de monitores medianteagendamento. A vegetação que margeia o CórregoLagoinha, na área do Parque, apresenta espéciestípicas do cerrado. O parque também conta commudas do cerrado que vale a pena conferir.

Endereço: Situa-se nos bairros Santa Luzia ePampulha, entre as avenidas Nadjala AlípioAbrahão e Alípio Abrahão.Telefone: (34) 3225-0076

Parque Santa Luzia

Parque do Sabiá

Possui praia artificial, zoológico, aquário, pistade cooper, trilhas, estações de ginástica, camposde futebol, quadras poliesportivas e de areia.Também conta com piscinas e campos societydisponíveis nos finais de semana. É umaexcelente opção para quem gosta de caminhar.

Endereço: Avenida Anselmo Alves Santos, n° 3415,Bairro Tibery.Funcionamento:Abertodiariamente, das 5hàs 22h.Telefone: (34) 3222-4055

A construção de parques abertos ao longo dos cur-sos d’água é uma tendência em Uberlândia. Possuiciclovia, pista de caminhada e estação de ginástica.A área urbanizada será prolongada até o anel viá-rio próximo ao bairro Taiaman, se encontrandocom o Parque do Distrito Industrial, que deveabrigar o Parque Linear do Córrego Liso.

Endereço: ao longo do Rio Uberabinha, entre asavenidas Getúlio Vargas e Brigadeiro Sampaio

Parque Linear do RioUberabinha

ARTE

Espaço de conversação em inglêsAndrêssa Lis

Ronian Silva Carvalho

O grupo se reúne às quintas‐feiras para aprimorar o uso da língua inglesa

Andrêssa Lis

Fotos: Ronian Silva Carvalho

Para muitas pessoas de Uberlândia quegostam de assistir a filmes, a pouca variedade dasproduções exibidas no único cinema da cidadedificulta o intercâmbio de conhecimentos, cultu-ras e debates por meio da sétima arte. Atualmen-te, muitos dos filmes nele exibidos são oschamados blockbusters, com forte apelo comerci-al e que, na maioria das vezes, são feitos nos Esta-dos Unidos.

Para quem quer ver películas de outrospaíses e línguas, é comum precisar alugá-las e as-sistir em casa. Isso quando as obras estão dispo-níveis nesse formato. O projeto “Allons aucinéma”, desenvolvido na Universidade Federalde Uberlândia desde o final de 2007, foi criadopara ser uma alternativa gratuita em relação aocircuito comercial.

O projeto, cujo nome significa emfrancês “vamos ao cinema”, foi idealizado pelasprofessoras Maria Stela Marques Ochiucci e Be-nice Naves Resende, do Instituto de Letras eLinguística da UFU. Ele consiste em uma mos-tra de filmes francófanos, ou seja, de língua fran-cesa, e pretende ser um espaço para o contatocom o idioma.

Para que a mostra pudesse ser criada,foi firmada uma parceria com a Cinemateca daEmbaixada da França, situada no Rio de Janeiro,que disponibiliza ao projeto filmes devidamenteautorizados por seus produtores a serem exibidosno meio acadêmico. A seleção das produções éfeita pouco antes do início do ano letivo e é reali-zada de acordo com a importância de suas temá-ticas. Após a exibição de cada filme é realizadoum debate com algum convidado para que os te-mas abordados sejam discutidos.

O projeto contempla todos aqueles quese interessam tanto pelos filmes e temáticas,quanto pelas culturas relacionadas ao idiomafrancês. Isso porque as produções exibidas nãosão necessariamente francesas, mas também afri-canas, suíças, canadenses e belgas, entre outras.Todas as obras cinematográficas apresentadassão legendadas em língua portuguesa.

Cínthia Alves, mestranda do Programade Pós-Graduação em Psicologia da UFU,freqüenta as sessões desde o ano passado, quan-do entrou em um curso de língua francesa. A es-tudante conta que participar da mostra de filmescontribui na capacidade de aprendizado do idio-ma, e acrescenta: “é um momento de descontra-ção, de descanso e socialização”.

“O projeto está se solidificando”, afir-ma Maria Stela. “Desde o seu início, em dezem-bro de 2007, ele vem se tornando cada vez maisconhecido”, diz ela. Com média de público deaproximadamente 100 pessoas por encontro, osfilmes são apresentados uma vez por mês, aos sá-bados, a partir das 18h30, no auditório do bloco3Qdo campus Santa Mônica da UFU. Mais in-formações podem ser conferidas no site:http://www.ileel.ufu.br/allons/.

Vamos aocinema?

Marcos Vinícius Reis

Uberlândia possuiparques naturais

espalhados pela cidadecom atrativos para

visitação. Alguns delestêm equipamentos quepropiciam atividades de

lazer para diversospúblicos, inclusive

universitários. Outrasáreas, por questõesambientais e de

infraestrutura, nãoestão abertas àpopulação.

Projeto oferece oportunidade gratuita para aprimorar idioma