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Saúde Suplementar em Exame nº 5 Edição No. 5 - Julho 2015 Esta é a quinta edição do “Saúde Suplementar em Exame”, um boletim preparado pelos integrantes da Área Especializada em Saúde Suplementar de Pinheiro Neto Advogados, que tem como objetivo reunir informações relevantes a respeito do mercado de saúde suplementar brasileiro, e que possam ter impacto aos seus diversos players. DESTAQUES DO BOLETIM Legislação e Regulamentação – Súmula Normativa Nº 27, de 10 de junho de 2015 - É vedada a prática de seleção de riscos pelas operadoras de plano de saúde na contratação de qualquer modalidade de plano privado de assistência à saúde. Decisões administrativas e judiciais – Recurso especial nº 1.511.640 – STJ reconhece a legalidade de cláusula contratual que prevê a coparticipação do usuário do plano de saúde nas internações superiores a trinta dias. Seleção de notícias relevantes - Reajuste anual de planos de saúde - Convênios médicos perdem 10,6 mil usuários até março Caso Você tenha indicação de outros destinatários que possam se interessar pelo conteúdo deste boletim, envie o nome e email para [email protected]. Com os cumprimentos de, PINHEIRO NETO ADVOGADOS Este Boletim foi redigido meramente para fins de informação e debate, não devendo ser considerado opinião lega l para qualquer operação ou negócio específico. © 2014. Direitos autorais reservados a Pinheiro Neto Advogados.

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Saúde Suplementar

em Exame nº 5

Edição No. 5 - Julho 2015

Esta é a quinta edição do “Saúde Suplementar em Exame”, um boletim

preparado pelos integrantes da Área Especializada em Saúde Suplementar

de Pinheiro Neto Advogados, que tem como objetivo reunir informações

relevantes a respeito do mercado de saúde suplementar brasileiro, e que possam

ter impacto aos seus diversos players.

DESTAQUES DO BOLETIM

Legislação e Regulamentação – Súmula Normativa Nº 27, de 10 de junho de

2015 - É vedada a prática de seleção de riscos pelas operadoras de plano de

saúde na contratação de qualquer modalidade de plano privado de assistência à

saúde.

Decisões administrativas e judiciais – Recurso especial nº 1.511.640 – STJ

reconhece a legalidade de cláusula contratual que prevê a coparticipação do

usuário do plano de saúde nas internações superiores a trinta dias.

Seleção de notícias relevantes

- Reajuste anual de planos de saúde

- Convênios médicos perdem 10,6 mil usuários até março

Caso Você tenha indicação de outros destinatários que possam se interessar pelo

conteúdo deste boletim, envie o nome e email para [email protected].

Com os cumprimentos de,

PINHEIRO NETO ADVOGADOS

Este Boletim foi redigido meramente para fins de informação e debate, não devendo ser considerado opinião lega l paraqualquer operação ou negócio específico.© 2014. Direitos autorais reservados a Pinheiro Neto Advogados.

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SEMINÁRIO - AGRADECIMENTO

Agradecemos a participação no seminário “Desafios

Legais e Regulatórios dos Planos de Saúde

Empresariais”, realizado por este escritório em

12.6.2015.

Esperamos que todos tenham aproveitado os debates

ocorridos durante o evento, e que tenhamos

contribuído para a melhoria e transparência das

discussões no sistema de saúde suplementar.

LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO

Súmula Normativa Nº

27, de 10 de junho de

2015

É vedada a prática de seleção de riscos pelas

operadoras de plano de saúde na contratação de

qualquer modalidade de plano privado de assistência

à saúde.

Clique aqui para acessar a Súmula na íntegra.

Resolução Normativa

- RN Nº 378, de 29 de

maio de 2015

Altera a RN nº 198, de 16 de junho de 2009, que

define o quadro de cargos comissionados e cargos

comissionados técnicos da ANS.

Clique aqui para acessar a Resolução na íntegra.

Resolução Normativa

- RN Nº 379, de 1 de

junho de 2015

Altera a Resolução Normativa – RN nº 360, de 3 de

dezembro de 2014, que estabelece o conteúdo

mínimo obrigatório a ser observado pelas operadoras

de planos privados de assistência à saúde para

identificação unívoca de seus beneficiários, bem como

sua disponibilização obrigatória de forma

individualizada da Identificação Padrão da Saúde

Suplementar.

Clique aqui para acessar a Resolução na íntegra.

Saúde Suplementar

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Resolução Normativa

- RN Nº 380, de 11 de

junho de 2015

Altera a Resolução Normativa nº 237, de 21 de

outubro de 2010, que dispõe sobre o Regimento

Interno da Câmara de Saúde Suplementar.

Clique aqui para acessar a Resolução na íntegra.

Resolução Normativa

- RN Nº 381, de 11 de

junho de 2015

Altera o Regimento Interno da Agência Nacional de

Saúde Suplementar - ANS, instituído pela Resolução

Normativa - RN nº 197, de 16 e julho de 2009, e a RN

nº 198, de 16 de julho de 2009, que define o quadro

de cargos comissionados e cargos comissionados

técnicos da ANS.

Clique aqui para acessar a Resolução na íntegra.

Resolução Normativa

- RN Nº 382, de 29 de

junho de 2015

Altera a Resolução Normativa - RN nº 44, de 24 de

julho de 2003, que dispõe sobre a proibição da

exigência de caução por parte dos prestadores de

serviços contratados, credenciados, cooperados ou

referenciados das operadoras de planos de assistência

à saúde, e dá outras providências.

Clique aqui para acessar a Resolução na íntegra.

Resolução Normativa

- RN Nº 383, de 10 de

julho de 2015

Altera o Regimento Interno da Agência Nacional de

Saúde Suplementar - ANS, instituído pela Resolução

Normativa - RN nº 197, de 16 de julho de 2009, e a

RN nº 198, de 16 de julho de 2009, que define o

quadro de cargos comissionados e cargos

comissionados técnicos da ANS.

Clique aqui para acessar a Resolução na íntegra.

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JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA

Recurso Especial nº

1.510.697 – SP –

Terceira Turma do

Superior Tribunal de

Justiça

A Terceira Turma, por unanimidade de votos, deu

provimento ao recurso especial para reconhecer a

legitimidade ativa do usuário de plano de saúde

coletivo para ajuizar individualmente ação contra a

operadora pretendendo discutir a validade de

cláusulas do contrato (no caso, critério de reajuste

das mensalidades), não sendo empecilho o fato de a

contratação ter sido intermediada por estipulante.

Conforme o voto do Relator Ministro Ricardo Villas

Bôas Cueva, o vínculo jurídico formado entre a

operadora e o grupo de usuários de plano de saúde

coletivo caracteriza-se como uma estipulação em

favor de terceiro, de forma que tanto o estipulante

(promissário) quanto o beneficiário podem exigir do

promitente (o prestador de serviço) o cumprimento

da obrigação.

Clique aqui para acessar a íntegra do acórdão.

Recurso Especial nº1.378.707 – RJ –Terceira Turma doSuperior Tribunal deJustiça

A Terceira Turma, por unanimidade de votos, negou

provimento ao recurso especial, para reconhecer o

dever da operadora em custear o serviço de home

care necessário à sobrevivência do segurado.

O Relator Ministro Paulo de Tarso Sanseverino

ressaltou que, nos contratos de plano de saúde sem

contratação específica, o serviço de internação

domiciliar (home care) pode ser utilizado em

substituição à internação hospitalar (prevista

contratualmente), desde que observados certos

requisitos como a indicação de médico assistente, a

concordância do paciente e a não afetação do

equilíbrio contratual nas hipóteses em que o custo do

atendimento domiciliar por dia supera o custo diário

em hospital.

Clique aqui para acessar a íntegra do acórdão.

Saúde Suplementar

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Edição No. 5 – Julho 2015

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Recurso Especial nº1.511.640- DF –Terceira Turma doSuperior Tribunal deJustiça

A Terceira Turma deu provimento ao recurso especial,

reformando a decisão do TJ/DF que declarou a

abusividade da cláusula contratual que estabelece o

pagamento de coparticipação pelo beneficiário do

plano de saúde nas internações superiores a

determinando período estabelecido contratualmente.

O Relator Ministro Marco Aurélio Belizze enfatizou que

o caso em questão diferia dos precedentes que deram

origem à Súmula 302 do STJ. No caso, a cobrança de

coparticipação se alinha com a legislação em vigor e

garante o equilíbrio sinalagmático intrínseco ao

contrato de plano de saúde.

Clique aqui para acessar a íntegra do acórdão.

Medida Cautelar emMandado deSegurança nº 33.544– DF - SuperiorTribunal de Justiça

A Ministra Carmem Lúcia proferiu decisão monocrática

indeferindo a medida liminar requerida no âmbito do

Mandado de Segurança impetrado pelo Deputado

Federal Ivan Leite contra ato do Presidente da

Câmara dos Deputados, culminando com o

indeferimento do pedido de instauração de CPI para

investigar os planos de saúde.

Clique aqui para acessar a íntegra da decisão.

Saúde Suplementar

em Exame nº 5

Edição No. 5 – Julho 2015

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NOTÍCIAS

Clientes de planos de saúde vão ter mais

informações para avaliar serviços

Os segurados de planos de saúde suplementar vão

contar agora com mais informações sobre as

operadoras para que, na hora de trocar de plano ou

fechar um contrato, poder avaliar a qualidade do

serviço. A Agência Nacional de Saúde Suplementar

(ANS) divulgou ontem (28) uma atualização dos

Dados Integrados da Qualidade Setorial, que traça um

novo panorama dos planos de saúde e do setor no

Brasil.

Foram introduzidas informações, por exemplo, como

preço médio (ticket) de planos de saúde disponíveis

no mercado e por operadora, além de dados de

sinistralidade (relação entre receita e despesa) das

empresas.

A diretora presidenta substituta da ANS, Martha

Regina de Oliveira, destacou que os dados são um

dos eixos da nova agenda regulatória. Com isso,

segundo ela, a agência quer aumentar a

transparência do setor. “O que a gente está

chamando de empoderamento do consumidor”, disse.

O que, na opinião da diretora, significa dar ao

beneficiário uma informação que lhe seja útil,

destacou Martha Regina à Agência Brasil.

A meta, de acordo com ela, é ir agregando cada vez

mais informações que reflitam a assistência e a

qualidade dos planos de saúde. “E que isso possa ser

usado na hora de trocar de plano por portabilidade,

na hora de comprar um plano ou mesmo na hora de

acompanhar como está indo a sua operadora”.

O estudo inclui dados referentes ao perfil de

qualidade da rede de planos, quais as ofertas do

produto, qualificação das operadoras, se a operadora

Saúde Suplementar

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é ou não acreditada. O objetivo é facilitar ao

consumidor avaliar as empresas e fazer comparação

entre as operadoras, “de uma maneira mais rápida e

acessível, sem que ele tenha que buscar as

informações em vários lugares diferentes”.

Martha Oliveira disse ainda que a meta é promover a

atualização dos dados a cada seis meses, pelo menos.

“A gente quer usar isso também para gerar mudança

e resultado no setor”.

Atualmente, existem no Brasil 1,4 mil operadoras de

planos de saúde com registro ativo e 1,2 mil com

beneficiários. Elas totalizam 72,2 milhões de

beneficiários, sendo 50,8 milhões de consumidores

em planos de assistência médico-hospitalar e 21,4

milhões em planos exclusivamente odontológicos. De

acordo com a ANS, foram realizadas no ano passado

pelas operadoras de planos de saúde 56 milhões de

terapias, 280,3 milhões de consultas médicas, 9,7

milhões de internações e 763 milhões de exames

complementares.

Fonte: Agência Brasil - Alana Gandra - Economia –

2.6.2015

Reajuste anual de planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

fixou em 13,55% o índice máximo de reajuste a ser

aplicado aos planos de saúde médico-hospitalares

individuais/familiares contratados a partir de janeiro

de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98. O

percentual, válido para o período de maio de 2015 a

abril de 2016, será publicado no Diário Oficial da

União e incidirá sobre o contrato de cerca de 8,6

milhões de beneficiários, o que representa 17% do

total de 50,8 milhões de consumidores de planos de

assistência médica no Brasil.

A metodologia utilizada pela ANS para calcular o

índice máximo de reajuste dos planos individuais é a

mesma desde 2001 e leva em consideração a média

Saúde Suplementar

em Exame nº 5

Edição No. 5 – Julho 2015

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dos percentuais de reajuste aplicados pelas

operadoras aos planos coletivos com mais de 30

beneficiários.

Os beneficiários devem ficar atentos aos seus boletos

de pagamento e observar:

- se o percentual de reajuste aplicado é igual ou

inferior ao definido pela ANS;

- se a cobrança com o índice de reajuste está sendo

feita a partir do mês de aniversário do contrato.

Em caso de dúvida, os consumidores devem entrar

em contato com a ANS por meio do Disque-ANS

(0800 701 9656); pela Central de Atendimento ao

Consumidor, no endereço eletrônico www.ans.gov.br;

ou pessoalmente, em um dos 12 Núcleos de

atendimento da ANS existentes no país.

Veja como será aplicado o reajuste

O índice máximo de reajuste autorizado pela ANS

pode ser aplicado somente a partir da data de

aniversário de cada contrato. É permitida a cobrança

de valor retroativo em tantos quanto forem os meses

de defasagem entre a aplicação e a data de

aniversário.

Deverão constar claramente no boleto de pagamento

o índice de reajuste aplicado – limitado ao autorizado

pela ANS –, o número do ofício de autorização da

ANS, nome, código e número de registro do plano,

bem como o mês previsto para aplicação do próximo

reajuste anual. A relação dos reajustes autorizados

encontra-se permanentemente disponível na página

da ANS na internet www.ans.gov.br.

Para acessar a íntegra desta notícia, clique aqui

Fonte: Website da ANS – 3.6.2015 – disponível em

www.ans.gov.br

Saúde Suplementar

em Exame nº 5

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José Carlos Abrahão é designado para o cargo

de Diretor-Presidente da ANS

O médico José Carlos de Souza Abrahão foi designado

pela presidente da República, Dilma Rousseff, para

exercer a função de diretor-presidente da Agência

Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O decreto foi

publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira,

16/6/2015, para mandato até 11/05/2017.

Médico pediatra, formou-se pela Faculdade de

Medicina Souza Marques em 1977. Com mais de 40

anos dedicados ao setor de saúde brasileiro, Abrahão

recebeu título de Especialista em Pediatria, cursou

especialização em Administração Hospitalar e

complementarmente o MBA Executivo em

Administração pela Coppead/UFRJ.

Durante muitos anos, trabalhou na assistência em

consultório médico e como médico de hospitais

públicos e privados da cidade do Rio de Janeiro.

Também foi professor de pediatria na Faculdade de

Medicina Souza Marques e da Pós Graduação Carlos

Chagas. No trajeto profissional dedicado à Gestão foi

presidente da Federação dos Hospitais e

Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do

Rio de Janeiro e da Confederação Nacional de Saúde.

José Carlos Abrahão ganhou projeção internacional ao

ser eleito o primeiro brasileiro a presidir a

International Hospital Federation, reconhecida

instituição que congrega os representantes dos

hospitais e serviços de saúde públicos e privados de

aproximadamente 100 países.

“Agradeço à Presidente Dilma Rousseff e ao Ministro

da Saúde, Arthur Chioro, a confiança em mim

depositada. Trabalharei diuturnamente para

corresponder a essa confiança e tenho clareza da

nobreza dessa missão a mim confiada. A sociedade

brasileira pode ter certeza de um trabalho intenso,

pautado na transparência institucional e na

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Edição No. 5 – Julho 2015

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sustentabilidade do setor para a garantia da proteção

dos direitos dos consumidores, que são nossa razão

de existir como instituição. A valorização dos

servidores de carreira e demais colaboradores da ANS

permitirá que esse sólido corpo técnico elabore

políticas de saúde que continuarão a proteger os

usuários de planos de saúde, equilibrarão o

funcionamento desse setor e colaborarão na

integração com o Sistema Único de Saúde. O zelo

com a coisa pública será permanente, o programa de

Ressarcimento ao SUS continuará sendo fortalecido e

a ANS buscará sua independência financeira. A

Agência também se qualificará institucionalmente por

meio de parcerias com a comunidade acadêmica,

inegável riqueza nacional, e dialogará

permanentemente com a sociedade civil, com os

órgãos de defesa do consumidor e com todos os

agentes públicos e privados que compõem esse

setor”, declarou José Carlos de Souza Abrahão.

Fonte: Website da ANS – 16.6.2015 – disponível em

www.ans.gov.br

Prevenção corta custo de planos com internação

Fisioterapeuta, geriatra, psicólogo, nutricionista e

médico de família são armas para tentar evitar que

clientes idosos sofram fraturas ou sejam

hospitalizados

Todos os meses, os oito núcleos de medicina

preventiva da operadora Hapvida, concentrados no

Nordeste, recebem 3.500 idosos em busca de

atividades de fisioterapia e atendimento de geriatras,

psicólogos e nutricionistas.

A rotina repete-se nos centros de atendimento da

NotreDame Intermédica espalhados por São Paulo,

Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Os programas de prevenção e as ações para o

diagnóstico precoce são as principais ferramentas dos

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em Exame nº 5

Edição No. 5 – Julho 2015

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planos de saúde para mitigar o aumento de custos

com o atendimento ao idoso. Com o envelhecimento

da população, cresce a participação de segurados com

60 anos ou mais na carteira total.

Por ter a saúde mais frágil, esse público tende a

recorrer mais a internações, exames e atendimentos

de emergência. E pressionam os custos das

operadoras.

Dados do sistema público de saúde dão a dimensão

do problema. Em 2010, quando houve o último

Censo, os idosos eram cerca de 11% da população.

Mas consumiam 30% dos gastos com serviços

hospitalares --não há dados para a saúde

suplementar.

"Estudos mostram que, em mais de 70% dos casos,

conseguiríamos evitar a hospitalização com técnicas

simples de cuidado com o idoso enquanto ele está no

baixo risco", diz Martha de Oliveira, diretora-

presidente da ANS.

O gasto médio com internação quase dobrou entre

2007 e 2013 (último dado disponível), enquanto a

inflação ficou em 41%. Para as operadoras, deixar os

idosos fora dos hospitais, que também se queixam da

alta de custos, é central para a sobrevivência.

Em geral, os programas de prevenção envolvem

equipes multidisciplinares e as atividades são

gratuitas. Os idosos recebem convites para participar

a partir de cartas ou contato telefônico. Muitas vezes

a abordagem é feita por meio de familiares para

aumentar as chances de adesão.

"Tem de aculturar a população. O programa depende

crucialmente da adesão. É uma experiência ainda em

curso", diz Marcio Coriolano, presidente da Bradesco

Saúde, a maior do país.

Na operadora Amil, a vice-líder do setor, 17% dos

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Edição No. 5 – Julho 2015

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cerca de 4 milhões de segurados já são idosos. Na

carteira de planos individuais, em dois anos, a

proporção saltou de 12,5% para 17,5%.

Com isso, a empresa, que já possui dois programas

voltados ao atendimento de clientes com idade

avançada, dará início a um projeto-piloto de médico

de família. "O objetivo é proporcionar um

atendimento mais próximo, aumentando o

engajamento", diz Hans Dohmann, diretor de gestão

de saúde da Amil.

RESULTADOS

O investimento costuma compensar. A NotreDame

Intermédica afirma que, com os programas de

prevenção, conseguiu reduzir em 42% o número de

internações de idosos e em 60% o número de

fraturas no fêmur, uma das principais causas de

hospitalização e morte na população de mais idade,

desde 2005.

"Um segurado acima de 60 anos custa três vezes

mais do que um na faixa de 20 a 40 anos. Nossa

prioridade agora é fazer prevenção desde os 20

anos", diz Irlau Machado Filho, presidente da

NotreDame Intermédica, que tem 1,4 milhão de

beneficiários.

Para a ANS, é preciso garantir também o diagnóstico

célere. A agência pretende colocar em operação, no

prazo de um a dois anos, um sistema nacional que

permita o registro do histórico de atendimento dos

segurados.

A HapVida já mantém um sistema de prontuário

eletrônico. Nas 209 unidades próprias da operadora, a

terceira maior do país, consultas e exame são

registrados no sistema, facilitando futuros

atendimentos. Segundo a operadora, os programas

de prevenção e os sistemas para seleção de pacientes

e controle de histórico permitiram estabilizar o gasto

Saúde Suplementar

em Exame nº 5

Edição No. 5 – Julho 2015

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com idosos --ele é 185% superior ao dos beneficiários

de até 58 anos.

Fonte: Folha de São Paulo - Renata Agostini -

Caderno O Brasil que dá certo - Saúde - pg.02 –

18.6.2015

Saúde suplementar revisa processos

O mercado de saúde complementar terá que passar

por mudanças de gestão se quiser continuar a crescer

com rentabilidade e de forma mais eficiente. O setor

que vinha se mostrando resiliente em relação à crise

econômica e avançava 4% ao ano nos últimos cinco

anos até o final de 2013, diminuiu o ritmo. No ano

passado, o número total de novas adesões avançou

2,7%, mas foi o resultado do primeiro trimestre deste

ano que fez o pisca alerta acender.

Levantamento do Instituto de Estudos de Saúde

Suplementar (IESS) mostra que o total de

beneficiários se manteve em 50,8 milhões em março,

mesmo número de dezembro de 2014. O que pode

ser um sinal de que os efeitos da crise econômica

estejam chegando também às negociações do setor.

Em um período de 12 meses, a variação também

mostra desaceleração no crescimento, que foi de

2,1%, correspondendo a um acréscimo de 1 milhão

de vínculos no período.

Diferentes fatores podem afetar as vendas de novos

planos. "Muitos economistas falam em encolhimento

do PIB e aumento do desemprego. Se confirmados,

esses fatores podem mexer com os planos

empresariais", avalia Luiz Augusto Carneiro,

superintendente-executivo do IESS e professor de

ciências atuariais na Faculdade de Economia e

Administração da Universidade de São Paulo (FEA-

USP). Ele lembra que a contratação de planos de

saúde está relacionada ao mercado de trabalho e ao

nível de renda da população.

Saúde Suplementar

em Exame nº 5

Edição No. 5 – Julho 2015

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Um dos pontos de preocupação do setor, a inflação

médica tem levado seus executivos a uma mudança

de gestão em busca de maior eficiência e melhora das

margens de retorno. A rentabilidade hoje gira em

torno de 2%, o que é considerado muito baixo. Dados

da Federação Nacional de Saúde Suplementar

(FenaSaúde), que representa as 26 maiores

operadoras de planos e seguros no país, com 29,2

milhões de beneficiários, mostram que os custos

dessas operações aumentam em percentuais mais

elevados do que as receitas.

As despesas assistenciais avançaram 16% totalizando

R$ 110,5 bilhões nos últimos 12 meses terminados

em março de 2015. No mesmo período, o total de

receitas cresceu 14,7% e somaram R$ 134,4 bilhões.

"Um ponto de atenção é que a inflação médica

hospitalar, que está em torno de 17% ao ano, cresce

muito acima do IPCA, em torno de 8,5%", afirma

Márcio Coriolano, presidente da FenaSaúde e do

Bradesco Saúde.

Estudos do IESS mostram que a inflação médica

acima da inflação oficial se repete em diversos países

da Europa, Ásia e nos EUA. Usando como ano base

2012, enquanto a variação dos custos médico-

hospitalares no Brasil esteve 9,6% acima da inflação,

nos EUA ficou em 9,7%, no Reino Unido em 7% e na

Indonésia em 9,7%. Isso ocorreu principalmente

devido a custos com equipamentos e novas

tecnologia.

No Brasil, um dos itens que mais pesam na conta é o

modelo de remuneração dos hospitais por meio de

conta aberta, enquanto que nos países desenvolvidos

é por pacotes e grupos de diagnósticos. "O Brasil cria

distorções que precisam mudar. Outro ponto é que

falta transparência em toda a cadeia do setor de

saúde privada, o que impede melhores negociações.

Só as operadoras e seguradoras publicam balanço",

alerta Carneiro.

Saúde Suplementar

em Exame nº 5

Edição No. 5 – Julho 2015

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Maior seguradora de saúde do país, com 12% de

participação de mercado, o Bradesco investe em

programas e tecnologias que possam melhorar a

gestão de sua operação e a orientação de

procedimentos, com maior exatidão. O programa

'Meu Doutor', por exemplo, permite por meio de

plataforma web que o segurado verifique a agenda de

médicos e a marcação on-line de consultas para o

mesmo dia ou em menos de 24 horas. "Outro

programa é o Segunda Opinião, que em casos de

procedimentos mais complexo, colhe uma segunda

avaliação de um clínico geral, para validar ou

reorientar o tratamento ", conta Coriolano.

Bem mais acelerado do que o resto do mercado, o

Bradesco Saúde, que só atua com planos

corporativos, fechou o primeiro trimestre com

crescimento de 4,8% no total de 4,5 milhões vidas e

faturamento de R$ 4,1 bilhões, 24,1% mais do que

em igual período do ano passado. A seguradora

administra R$ 120 bilhões em prêmios.

O Brasil possui outra particularidade que preocupa as

seguradoras. Uma maior incidência de doenças

infectocontagiosas do que em países desenvolvidos,

como dengue, malária e tuberculose. "Outros índices

alarmantes são os de casos de tratamento por

violência, traumas por acidentes e doenças crônicas,

o que pressiona ainda mais os custos", avalia Maurício

Lopes, vice-presidente de saúde e odontologia da

SulAmérica Seguros, que possui 2,7 milhões de

membros e fechou o primeiro trimestre com R$ 2,59

bilhões em prêmios, variação de 15,2% em relação a

igual período de 2014.

Para lidar com essa situação e com uma sinistralidade

na casa dos 84,4%, a empresa adotou programa de

aconselhamento on-line, com orientações sobre

qualidade de vida por meio de um portal, que já

possui 12 mil participantes. Como seus concorrentes,

a SulAmérica aposta no crescimento mais acelerado

da carteira de pequenas e médias empresas este ano.

Saúde Suplementar

em Exame nº 5

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Enquanto o nicho PME avançou 13,7% no total de

membros e 26,4% em receitas nos três primeiros

meses de 2015 em comparação ao mesmo período do

ano passado, a de grandes corporações encolheu

0,9% em participantes e cresceu 13,9% em receita.

"A formalização das empresas menores tem permitido

esse avanço maior no segmento", diz Lopes.

Mais agressiva do que os concorrentes nas aquisições

que vem fazendo, a Amil, que desde 2012 pertence a

americana UnitedHealth, pensa agora em arrumar a

casa. "O apetite principal hoje é pelo aperfeiçoamento

do modelo. Mas a concentração de mercado é uma

tendência", afirma Antonio Jorge Kropf, diretor

Institucional da operadora, que fechou 2014 com

receita de R$ 13,37 bilhões, 25% maior em relação a

2013, porém com prejuízo líquido de R$ 259 milhões,

devido ao desembolso de R$ 1 bilhão com cinco

aquisições e obras, além da inflação médica.

Outro ponto de atenção é o aumento da longevidade

que tem participação crescente em sua carteira. Em

2013, as pessoas com mais de 60 anos

representavam 11,9% do total. Hoje, 17,3%. "O

custo deste grupo subiu 88% no período. A receita,

29%. O desafio é enorme. Agora, a grande virtude é

que as coisas só mudam com dor". Kropf defende a

reorganização do setor em ações estruturantes com

maior uso de tecnologia da informação. "Um exemplo

é a implantação do prontuário médico eletrônico.

Estamos nos tornando mais eficientes", diz.

Fonte: Valor Econômico - Roseli Loturco - Caderno

Finanças – 25.6.2015

Planos de saúde tentam fazer cliente deixar

cigarro

Preocupadas com os custos de tratamentos de

doenças graves causadas pelo cigarro, operadoras de

saúde têm tentado atrair pacientes para programas

antitabagismo. Com investimento relativamente

baixo, as empresas vêm ampliando a iniciativa e

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tentando novas formas de fazer o fumante aderir ao

projeto.

Segunda maior operadora de saúde do país, com 4

milhões de beneficiários, a Amil investe cerca de R$

300 por paciente em um programa com consultas

individuais e em grupo e monitoramento remoto. O

valor é inferior à despesa que a operadora teria com o

tratamento de um câncer de pulmão, por exemplo,

uma das principais doenças associadas ao tabagismo.

Um paciente com esse tipo de tumor custa ao plano

entre R$ 200 mil e R$ 400 mil.

"Esse programa é interessante para todos: para o

paciente, que vai evitar uma patologia no futuro; para

o médico, que terá um paciente com melhor condição

clínica e mais qualidade de vida, e para a operadora,

que tem um beneficiário mais saudável e um custo

mais adequado", diz José Luiz Cunha Carneiro Junior,

diretor técnico da Amil.

Desde 2012, quando o programa foi criado, mais de

5.000 clientes da operadora aderiram ao programa,

média de 130 adesões mensais. Atualmente, 400

pacientes procuram o serviço por mês.

Incentivo

Fumante há 33 anos, a dona de casa Dionisia Santos

Souza Pessoa, de 55 anos, foi incentivada a entrar no

projeto após sofrer dois enfartes. "Como fiz a cirurgia

e o tratamento no hospital da Amil mesmo, via os

cartazes sobre esse programa nos corredores e decidi

aderir. Meu médico falou que qualquer traguinho seria

um veneno para mim. Não era só uma questão de

qualidade de vida, era questão de sobrevivência", diz

ela, que aderiu ao programa em março e está há três

meses sem fumar.

"Já tinha tentado parar por conta própria outras

vezes, mas essa estratégia de fazer reuniões em

grupo me ajudou muito. Um paciente apoia o outro."

De acordo com a Amil, um em cada três beneficiários

que aderiram ao plano parou de fumar em um ano.

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O câncer de pulmão é o tumor mais prevalente entre

os pacientes da operadora. Entre 2012 e 2015, o

número de pessoas que passaram por quimioterapia

por causa da doença dobrou.

Na Bradesco Saúde, maior operadora do País, com

quase 4,1 milhões de clientes, o programa

antitabagismo é oferecido às empresas. A companhia

interessada em oferecer o serviço aos funcionários

paga R$ 3,6 mil por pessoa. As informações são do

jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão - Fabiana Cambricoli - São Paulo -

29.6.2015

Convênios médicos perdem 10,6 mil usuários

até março

O mercado de planos de saúde sofreu, nos três

primeiros meses deste ano, uma perda de 10,6 mil

usuários quando comparado ao fim de dezembro. "É a

primeira vez que o setor registra uma variação

negativa num primeiro trimestre desde 2005", disse

Antonio Carlos Abbatepaolo, diretor-executivo da

Associação Brasileira de Medicina de Grupo

(Abramge).

As baixas foram verificadas nos planos individuais e

coletivos por adesão (quando a contratação é feita

por meio de entidades de classe). "As quedas estão

relacionadas à diminuição no poder aquisitivo das

pessoas com o aumento da inflação. Ainda não dá pra

dizer que o desemprego é a causa dessa redução

porque os planos de saúde empresariais cresceram",

explicou Luiz Augusto Carneiro, superintendente-

executivo do Instituto de Estudos de Saúde

Suplementar (IESS).

O que chama atenção no desempenho do setor neste

primeiro trimestre é a reversão de tendência que, até

então, era de alta. Entre janeiro e março, a variação

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foi negativa em 0,02% e no trimestre imediatamente

anterior, houve crescimento de 0,7% no volume de

pessoas com convênio médico, segundo dados do

IESS que leva em consideração o trimestre anterior

em mesmas bases de comparação. No período de

2000 a 2014, o mercado de planos de saúde cresceu

53% e atingiu 50,8 milhões de usuários - com isso,

hospitais e laboratórios de exames ampliaram suas

instalações para atender a demanda.

"Nos últimos dois anos, o setor de planos de saúde

cresceu por causa da classe C que entrou no mercado

de trabalho formal. É preocupante se o desemprego

atingir fortemente o setor de serviços, onde está essa

população. Um dos maiores receios das pessoas da

classe C é perder o plano de saúde se forem

demitidas", disse Carneiro. Dificilmente essa camada

da população consegue adquirir um plano de saúde

individual devido ao valor elevado.

Os representantes da Abramge e IESS destacam que

se o desemprego continuar crescendo, o segmento de

planos empresariais, que hoje representa 66% do

total, será o próximo a ser afetado, com fortes

chances de o setor como um todo chegar a dezembro

com queda - o que seria a primeira redução desde

2002. "Se o setor encerrar o ano com estabilidade já

será um ganho. Mas há uma tendência de queda

porque só em maio foram fechados 115 mil postos de

trabalho, o que afeta diretamente os planos de saúde

empresariais", disse Abbatepaolo.

O superintendente-executivo do IESS ressaltou que o

mercado de convênios médicos teve um desempenho

bem distinto entre as várias regiões do país no

primeiro trimestre, em relação aos três primeiros

meses de 2014. A variação negativa foi puxada pela

performance do Sudeste. Já o Centro-Oeste registrou

uma variação positiva de 4,6% no número de

contratos no mesmo período de comparação.

Fonte: Valor Econômico - Beth Koike - Caderno

Empresas - pg.B5 - 6.7.2015

Saúde Suplementar

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ANS admite que norma contra cesáreas foi feita

de forma ‘intempestiva’

Agência também reconhece que não houve discussão

com o setor; novas regras entraram em vigor no

último dia 6 e foram criticadas

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

afirmou, durante reunião com representantes de

entidades médicas, que as regras adotadas pelo

governo para inibir a epidemia de cesáreas no Brasil

foram feitas de forma “intempestiva” e sem a

realização de discussões com o setor. Na ata da

reunião, cuja cópia foi obtida pelo Estado, Martha

Oliveira, que na época ocupava a presidência da

autarquia, justificou que a resolução, editada em

janeiro, tinha como ponto de partida uma ação civil

pública.

“Foi necessário que a ANS tomasse medidas para

atender a tais imposições do MP (Ministério Público)

de forma intempestiva, não havendo um período de

tempo suficiente para se colocar tais medidas em

discussões com todos os atores do setor”, diz a ata.

Na reunião estava José Carlos Abrahão, atual

presidente da ANS.

As normas da resolução estão em vigor desde o dia 6.

A nova regra prevê, por exemplo, que gestantes têm

de receber informações sobre as taxas de partos

realizadas por operadora e pelo médico. Os dados

devem estar disponíveis no prazo de 15 dias,

contados da solicitação.

A medida, adotada como uma forma de ajudar a

gestante a escolher o obstetra, foi criticada por

entidades médicas. Elas argumentam que o indicador,

por si só, não reflete a forma de atuação do médico.

“Se ele atende um determinado tipo de pacientes,

com maior risco, é natural que o número de cesáreas

seja mais elevado”, afirmou o presidente da

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Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e

Obstetrícia (Febrasgo), Etelvino Trindade.

A resolução também determina a existência de um

partograma, documento que reúne uma série de

informações sobre o parto. Quando a resolução foi

anunciada, a ideia era condicionar a existência desse

histórico e a análise dos dados ali contidos ao

pagamento do parto pela operadora. A medida

também foi criticada por entidades de classe.

A terceira grande mudança era a obrigação da

existência de um cartão da gestante, com

informações sobre sua gravidez. O documento é

considerado importante para auxiliar no atendimento.

Na reunião, representantes de associações médicas

solicitaram que, no cartão, fosse incluído um trecho

informando a gestante de que ela e seu médico

deveriam escolher a melhor forma do parto.

Queixas. Diante das queixas, a ANS afirmou ser

possível elaborar uma instrução normativa, com

regras mais claras. A minuta da instrução normativa a

que o Estado teve acesso determinava, por exemplo,

que o partograma não seria de envio obrigatório às

operadoras e que a carta à gestante deveria informar

o direito da mulher de fazer a escolha da forma de

parto.

Um dos artigos da instrução normativa tornaria mais

flexível também as informações sobre os partos

realizados pelo médico. Os dados sobre profissionais e

hospitais seriam vinculados apenas aos partos e

efetuados em uma determinada operadora e não ao

total de partos realizados pelos médicos ou

estabelecimentos.

José Hiran Gallo, do Conselho Federal de Medicina

(CFM), confirmou ao Estado a realização do encontro

na ANS e o compromisso de que uma instrução

normativa com mudanças nas regras originais devia

ser publicada na semana passada. A ANS confirmou a

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reunião. Em nota, ela informou que o “prazo

estipulado na ação civil pública para a publicação da

norma ofereceu tempo adequado para se realizar uma

consulta pública sobre o tema no período de 24/10 a

23/11/2014”.

Fonte: Fonte: O Estado de São Paulo - Lígia Formenti

- Caderno Metrópole - pg.A12 - 14.7.2015

Cartilha orienta consumidores na escolha do

plano de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está

lançando uma cartilha para orientar os consumidores

interessados em obter informações ou adquirir um

plano de saúde. O material explica, de maneira clara,

quais são os tipos de planos e as especificidades de

cada um, ajudando escolha do serviço mais

adequado. São abordados aspectos relativos à

abrangência geográfica, segmentação, cobertura e

rede de prestadores, entre outros.

“Entender como funcionam os planos de saúde é o

primeiro passo para que o consumidor faça a escolha

mais acertada em relação ao que espera e precisa

desse serviço. A cartilha que estamos lançando é um

material objetivo, de fácil leitura e bastante completo,

abrangendo as informações mais importantes sobre o

tema”, destaca o gerente-geral de Regulação da

Estrutura de Produtos da ANS, Rafael Vinhas. “Com

isso, estamos fortalecendo o poder de escolha do

consumidor”, completa.

A cartilha explica que tipo de plano o consumidor

pode escolher; onde ele pode ser atendido e por quais

profissionais (área de abrangência e rede de

prestadores); que tipo de atendimento é ofertado

(segmentação assistencial e cobertura); quais os tipos

de acomodação em caso de internação; e regras de

reajuste. O material também contempla um

infográfico que mostra quais as principais

características dos planos de saúde

individual/familiar, coletivos por adesão e coletivos

Saúde Suplementar

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Edição No. 5 – Julho 2015

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empresariais quanto ao tipo de adesão, carência,

rescisão, cobertura e cobrança. Dessa forma, o

consumidor consegue visualizar facilmente as

diferenças entre cada modalidade.

Clique aqui para acessar a cartilha na íntegra.

Fonte: Website da ANS – 15.7.2015 – disponível em

www.ans.gov.br

Karla Coelho é nomeada diretora da ANS

A médica Karla Santa Cruz Coelho foi nomeada para

mandato de três anos como diretora da Agência

Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A designação

da presidenta da República, Dilma Rousseff, foi

publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta

quinta-feira (16/07) e a posse ocorreu na sexta-feira

(17/07).

Karla é professora-adjunta de Saúde Coletiva na

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e

ingressou na ANS em 2001. O cargo mais recente que

ocupou na Agência é o de gerente de Assistência à

Saúde, na diretoria de Habilitação de Produtos

(DIPRO). Graduada pela Faculdade Federal

Fluminense e doutora pela Universidade Estadual do

Rio de Janeiro, sua vivência acadêmica na área de

medicina e profissional teve ênfase em atividades de

saúde suplementar, coletiva e interdisciplinar.

Antes de receber a sanção presidencial, a indicação

da nova diretora foi aprovada pela Comissão de

Assuntos Sociais e pelo plenário do Senado Federal.

Karla assume a Diretoria de Gestão da ANS.

Fonte: Website da ANS – 16.7.2015 – disponível em

www.ans.gov.br

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CÂMARAS TÉCNICAS EM ANDAMENTO – ANS

Câmara Técnica da Regulamentação do Pedido de Cancelamento/Exclusão de

Beneficiários em Planos de Saúde

Câmara Técnica sobre a Qualificação da Entrada de Beneficiários em Planos de

Saúde: Doenças ou Lesões Preexistentes

Câmara Técnica: configuração da infração às normas sobre suspensão e rescisão

unilateral de contrato individual

GRUPOS TÉCNICOS EM ANDAMENTO – ANS

Grupo Técnico Permanente de Estudos da Metodologia do Monitoramento da

Garantia de Atendimento

Grupo Técnico de Medicamentos Antineoplásicos Orais

Grupo Técnico FormSUS – Procedimentos – DUT

Grupo Técnico Genética

Informações a respeito das Câmaras e Grupos Técnicos podem ser obtidas no

website da ANS (www.ans.gov.br)

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CONSULTAS PÚBLICAS (CP)

Norma /

Consulta

Pública (CP)

AssuntoData de

PublicaçãoPrazo

ANS – CP nº 59

Fica aberto, a contar de 07 (sete) dias da data

de publicação desta Consulta Pública, o prazo

de 30 (trinta) dias para que sejam

apresentadas críticas e sugestões relativas à

proposta de Resolução Normativa que atualiza

o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde,

que constitui a referência básica para

cobertura assistencial mínima nos planos

privados de assistência à saúde, contratados a

partir de 1ºde janeiro de 1999; fixa as

diretrizes de atenção à saúde; revoga as

Resoluções Normativas - RN nº 338, de 21 de

outubro de 2013, RN nº 349, de 9 de maio de

2014; e dá outras providências.

11.6.2015

19.6.2015

a

18.8.2015

GLOSSÁRIO

ANS – Agência Nacional de Saúde SuplementarCPI – Comissão Parlamentar de Inquérito

Essa edição foi compilada pelas integrantes da área especializada em SaúdeSuplementar de Pinheiro Neto Advogados.

Colaboraram com esta edição: Théra van Swaay De Marchi (Sócia), MariaSilvia L. A. Marques, Luciana Mayumi Sakamoto e Sasha Roéffero.

RUA HUNGRIA, 1.100,

01455-906 SÃO PAULO, SP

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