Boletim da saúde suplementar - Dez/2012

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INDICADORES ECONÔMICO- FINANCEIROS E DE BENEFICIÁRIOS Boletim da saúde suplementar 2 a edição | Dezembro 2012

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INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS E DE BENEFICIÁRIOS

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INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS E DE BENEFICIÁRIOS

Boletim da saúde suplementar

2a edição | Dezembro 2012

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2 | Boletim da Saúde Suplementar

SUMÁRIO

03 APRESENTAÇÃO

SUMÁRIO EXECUTIVO

BENEFICIÁRIOS – 11.1 - Planos médicos por cobertura assistencial e época de contratação1.2 - Planos médicos por tipo e época de contratação1.3 - Planos médicos por faixa etária, tipo e época de contratação1.4 - Planos médicos por tipo e época de contratação e grandes regiões1.5 - Planos exclusivamente odontológicos por tipo e época de contratação

COBERTURA – 22.1 - Distribuição geográfica de beneficiários (FenaSaúde e Mercado)2.2 - Taxa de cobertura (Mercado)

FONTES E USOS – 33.1 - Sinistralidade (MH e OD)

OPERADORAS E INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS – 44.1 - Quantidade de operadoras4.2 - Provisões técnicas4.3 - Índices financeiros

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Esta publicação está disponível para consulta e download no site da FenaSaúde: http://fenasaude.org.br/publicacao

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APRESENTAÇÃOA FenaSaúde tem a satisfação de apresentar mais uma edição do Boletim da saúde suplementar – Indicadores Econômico-Financeiros e de Beneficiários – publicação trimestral que aborda a evolução do setor, o crescimento do número de beneficiários, a participação da FenaSaúde no setor, as fontes de financiamento e os usos dos recursos, as provisões técnicas, dentre outros. O Boletim correlaciona essa evolução ao desempenho da economia, especialmente do mercado de trabalho – emprego e renda.

A fonte primária são os dados enviados pelas operadoras, periodicamente, à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) via Sistema de Informações de Beneficiários (SIB) e Documento de Informações Periódicas das Operadoras (DIOPS).

O número de beneficiários da saúde suplementar alcanço 66 milhões em junho de 2012, com crescimento de 4,7% em relação a junho de 2011. Nas associadas da FS a crescimento nesse período foi mais intenso, 7,8%. Os planos odontológicos cresceram mais que os planos médicos, e os coletivos mais que os individuais.

Essa taxa de crescimento foi possível graças ao aquecimento do setor de serviços, no qual predominam as pequenas e médias empresas, que expandiram a ocupação na medida suficiente para manter a economia em situação de quase pleno emprego, o que por sua vez possibilitou o crescimento real dos salários. Nesse mercado de trabalho aquecido, as empresas foram estimuladas a adquirirem planos e seguros de saúde como forma de atrair e reter colaboradores qualificados.

Neste último trimestre, observou-se o ressurgimento do interesse de investidores estrangeiros no mercado brasileiro de planos e seguros de saúde via aquisições. Um setor capaz de atrair investimentos é um setor que, a despeito de seus imensos desafios, está olhando para o futuro.

Boa leitura.

Marcio Coriolano – PresidenteJosé Cechin – Diretor-executivo

Rio de Janeiro | Dezembro 2012

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SUMÁRIO EXECUTIVOO número total de beneficiários na saúde suplementar cresceu 4,7%, passando de 63 milhões em junho de 2011, para 66 milhões, em junho de 2012. No mesmo período, as associadas à FenaSaúde cresceram 7,8%, oferecendo cobertura assistencial a mais de 24 milhões de pessoas, equivalente a 36,9% do mercado de saúde suplementar.

O tipo de contratação predominante nos planos médicos é o coletivo com 76,9% dos beneficiários (62,9% empresariais e 14,0% por adesão). Entretanto, esses dois tipos de contratação tiveram desempenhos contrastantes. Enquanto os coletivos empresariais cresceram 5,3%, os coletivos por adesão tiveram uma redução de 1,9%. No período em consideração, os planos individuais ou familiares cresceram a um ritmo bem menor, 1,4%, como tem sido a tendência nos anos recentes. Nas associadas à FenaSaúde, a participação nos planos coletivos é mais elevada, com 83,1% (74,0% empresariais e 9,1% por adesão) e a participação dos individuais é de 13,3% do total.

Da mesma forma, nos planos exclusivamente odontológicos predomina a contratação coletiva, 82,7% do total de beneficiários, com tendência de crescimento. Nos doze meses

terminados em junho de 2012, o número total de beneficiários cresceu 11,8%, enquanto que os coletivos empresariais cresceram 14,7%.

A distribuição etária dos beneficiários, especialmente a participação dos idosos (60 ou mais anos de idade), é uma variável que deve ser observada, dado que o País passa por uma rápida transição demográfica. A participação dos idosos nos planos médicos no total do mercado foi de 11,1% em junho de 2012. Nas associadas à FenaSaúde esta participação foi de 6,3%, em razão de essas operadoras terem maior concentração de planos coletivos empresariais, que cobrem essencialmente a população em idade economicamente ativa.

A taxa de cobertura por planos de assistência médica alcançou 25,5%, e nos planos exclusivamente odontológicos 9,2%. Destaque para o crescimento da taxa de cobertura nos planos médicos na região Norte, 133,3%; no Centro Oeste, 63,5%; e Nordeste, 47,0%, entre junho de 2000 e junho de 2012.

O aumento do número de beneficiários ocorreu num cenário de crescimento econômico moderado e baixo nível de

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1 Fundo Monetário Internacional (FMI). 2 Fundo Monetário Internacional (FMI).

desemprego. Essa combinação inusitada pode ser entendida pelo crescimento do setor de serviços, sustentado pela política fiscal de incentivo ao consumo como forma de evitar uma recessão no cenário internacional adverso. Nesse setor predominam pequenas e médias empresas, caracterizadas pelo uso intensivo da força de trabalho, e seu crescimento contribuiu para os baixos índices de desemprego e inclusão de novos beneficiários nos planos coletivos. Em um mercado de trabalho aquecido, as empresas viram na oferta de planos de saúde uma forma de atrair e reter talentos.

O desempenho do setor de saúde suplementar está atrelado ao desempenho da economia. Para 2012, estima-se uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente 1,5% e para 2013, uma taxa mais otimista, de 4,0%1. O crescimento esperado para 2013, se materializado, deverá manter baixos os índices de desocupação e permitir a continuidade da elevação do rendimento médio real. Essas condições deverão estimular o consumo das famílias e aquecer o mercado de saúde suplementar. Este cenário nacional mais otimista é plausível dado que se espera um cenário econômico mundial também otimista proveniente dos recentes sinais

de recuperação da economia, que deverá crescer 3,6% em 20132.

As receitas de contraprestações das operadoras associadas da FenaSaúde foram de R$ 35 bilhões nos últimos doze meses terminados em junho de 2012. O crescimento das receitas nesse período foi de 20,3%, mas as despesas com assistência médica somaram R$ 28 bilhões e cresceram mais rapidamente, 22,6%.

Em junho de 2012 são registrados R$ 7,9 bilhões de provisões técnicas constituídas pelas empresas integrantes da FenaSaúde, crescimento de 12,2% em relação a junho de 2011. As provisões técnicas das associadas representam 48,9% do mercado e demonstram a solidez dessas empresas.

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BENEFICIÁRIOS

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O número total de beneficiários na saúde suplementar cresceu 4,7%, passando de 63 milhões em junho de 2011,

para 66 milhões em junho de 2012. Nos planos médicos, o crescimento foi de 4,3%, passando de 47 milhões para 49 milhões. Já nos planos exclusivamente odontológicos, o aumento foi de 12,2%, passando de 15 milhões para 17 milhões de beneficiários.

No total, 24 milhões de beneficiários pertenciam às operadoras associadas

à FenaSaúde em junho de 2012, e correspondendo a 36,9% do mercado de saúde suplementar, em junho de 2010, esta participação era de 32,4%.

Os planos de assistência médica nas operadoras associadas à FenaSaúde totalizaram 14,6 milhões

de beneficiários em junho de 2012, o equivalente a

30,0% do mercado de saúde suplementar, e cresceram 5,7%

em relação a junho de 2011.

Tabela 1 – Beneficiários por modalidade de operadora e cobertura assistencial

valores por mil

Modalidade de operadora jun/10¹ jun/11² jun/12³

Assistência médica

FenaSaúde 12.383 13.795 14.587

Medicina de grupo 7.089 8.181 8.513

Seguradora especializada em saúde 5.293 5.614 6.074

Mercado saúde suplementar 44.013 46.645 48.656

Assistência exclusivamente odontológica

FenaSaúde 6.153 8.878 9.844

Medicina de grupo 1.311 1.478 1.727

Odontologia de grupo 4.598 7.072 7.783

Seguradora especializada em saúde 244 328 334

Mercado saúde suplementar 13.650 15.692 17.603

Fontes: Tabnet/ANS - ¹ Extraído em 13/10/10 ² Extraído em 20/9/11 ³ Extraído em 20/9/12.

Nota: Os dados de 2010 e 2011 incluem os beneficiários de todas as operadoras associadas à FenaSaúde em junho/2012.

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Os beneficiários com assistência exclusivamente odontológica nas operadoras integrantes da FenaSaúde somaram 9,8 milhões, 55,9% dos beneficiários em junho de 2012, com crescimento de 10,9% em relação a junho de 2011.

Nos últimos 10 anos3, o número de beneficiários dos planos de assistência

médica cresceu, em média, 4,2% ao ano, taxa superior à variação média anual do PIB (Produto Interno Bruto), de 3,8%. Nos últimos doze meses, terminados em junho de 2012, a economia do país cresceu 1,2%, apoiada principalmente nas atividades relacionadas aos serviços, enquanto o número de beneficiários na saúde suplementar aumentou 4,7%.

Gráfico 1 - Variação PIB (%) por setor em relação ao semestre anterior

1º Sem./11 2º Sem./11 1º Sem./12

7,6%

-1,4%-3,0%

0,3%

-0,2%-1,2%

1,7% 1,5% 1,5% 1,7%1,1% 0,6%

Agropecuária Indústria Serviços PIB

Agropecuária Indústria Serviços PIB

1º sem./11 7,6% 0,3% 1,7% 1,7%

2º sem./11 -1,4% -0,2% 1,5% 1,1%

1º sem./12 -3,0% -1,2% 1,5% 0,6%

Acumulado¹ 1,5% -0,4% 1,6% 1,2%

Fonte: Contas Nacionais Trimestrais/IBGE - Abril/Junho 2012.

Nota: 1 Taxa acumulada em quatro trimestres (em relação ao mesmo período do ano anterior %).

3 Até dezembro de 2011.

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Tabela 2 – Beneficiários por segmentação assistencial e época de contratação | Junho/2012

valores por mil

Época de contratação1 Total2 Ambulatorial Hospitalar³ Hospitalar³ e ambulatorial Referência

FenaSaúde 14.587 24 249 12.794 995

Antigo 2.015 9 141 1.340 -

Novo 12.572 15 108 11.454 995

Mercado 48.656 2.211 722 38.519 5.947

Antigo 7.799 531 301 5.711 -

Novo 40.857 1.680 422 32.808 5.947

Market-share (%) 30,0 1,1 34,5 33,2 16,7

Antigo 25,8 1,7 46,9 23,5 -

Novo 30,8 0,9 25,7 34,9 16,7

Fontes: SIB/ANS - Extraído em 29/9/12 e Tabnet/ANS - Extraído em 18/10/12.

Notas: ¹ Antigo: plano de saúde contratado antes da vigência da Lei nº 9.656/98. Novo: plano de saúde contratado a partir de 2 de janeiro de 1999, ou seja, na vigência da Lei nº 9.656/98. ² Inclui os beneficiários cuja segmentação assistencial não foi informada. ³ Planos hospitalares com ou sem obstetrícia.

Segundo a época de contratação dos planos, 84,0% dos beneficiários no mercado de saúde suplementar possuem planos novos4. Nas operadoras associadas à FenaSaúde, esta participação é de 86,2%.

O plano hospitalar e ambulatorial, que oferece todas as coberturas previstas em lei, contempla 87,7% dos beneficiários das associadas em junho de 2012.

1.1 Planos médicos por cobertura assistencial e época de contratação

4 Plano novo: plano privado de assistência à saúde comercializado a partir de 2 de janeiro de 1999, com a vigência da Lei nº 9.656/98.

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1.2 Planos médicos por tipo e época de contratação

No primeiro semestre de 2012, a taxa de desocupação, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, foi de 5,9% em média, a mais baixa da última década, e o rendimento real habitual da população ocupada foi de R$1.767,13, 4,8% acima do mesmo semestre do ano anterior.

A redução na criação de postos de trabalho pela indústria e agropecuária foi compensada pelo crescimento no setor de serviços. A assistência médica é um dos benefícios mais oferecidos pelo mercado de trabalho e atua como importante instrumento na captação e retenção de recursos humanos.

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Ren

dim

ento

rea

l hab

itu

al

R$ 1.900

R$ 1.800

R$ 1.700

R$ 1.600

R$ 1.500

R$ 1.400

R$ 1.300

R$ 1.200

Taxa

de

des

emp

reg

o (

%)

jun

/02

dez

/02

jun

/03

dez

/03

jun

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dez

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/05

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jun

/06

dez

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jun

/07

dez

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jun

/08

dez

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jun

/09

dez

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jun

/10

dez

/10

jun

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dez

/11

jun

/12

Fontes: Pesquisa Mensal de Emprego/IBGE - Extraído em 9/11/12.Inspirado na apresentação de Hélio Zylberstajn na Comissão de negociação sindical - CNSeg 24/8/12.

Gráfico 2 - Taxa de desemprego e rendimento real habitual

Taxa de desemprego Rendimento

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A maioria dos planos de saúde comercializados são planos coletivos, e contemplam mais de 37 milhões de beneficiários em junho de 2012, o que representa 76,9% dos beneficiários –

Tabela 3 – Beneficiários de planos médicos por tipo e época de contratação | Junho/2012

valores por mil

Época de contratação Tipo de contratação FenaSaúde Mercado Market-share (%)

Total

Total¹ 14.587 48.656 30,0

Coletivo² 12.122 37.438 32,4

Coletivo empresarial 10.796 30.606 35,3

Coletivo por adesão 1.322 6.794 19,5

Individual 1.940 9.941 19,5

Antigo

Total¹ 2.015 7.799 25,8

Coletivo² 889 4.990 17,8

Coletivo empresarial 831 3.080 27,0

Coletivo por adesão 57 1.910 3,0

Individual 602 1.531 39,3

Novo

Total¹ 12.572 40.857 30,8

Coletivo² 11.234 32.448 34,6

Coletivo empresarial 9.964 27.527 36,2

Coletivo por adesão 1.265 4.884 25,9

Individual 1.338 8.410 15,9

Fontes: SIB/ANS - Extraído em 29/9/12 e Tabnet/ANS - Extraído em 18/10/12.

Notas: ¹ Inclui beneficiários de planos cujo tipo de contratação não foi informado. ² Inclui beneficiários de planos coletivos não identificados com empresarial ou adesão.

5 A diferença percentual se deve a planos não classificados.

62,9% de coletivos empresariais e 14,0% de coletivos por adesão. Os planos individuais representam 20,4% do total de beneficiários5.

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1.3 Planos médicos por faixa etária, tipo e época de contratação

Nas associadas à FenaSaúde, semelhante ao que ocorre no mercado, prevalece o tipo de

contratação de planos médicos coletivos, com 83,1%, composto

por 74,0% de empresariais e 9,1% por adesão. Os planos individuais correspondem a

13,3% do total.

A transição demográfica observada no Brasil nas últimas décadas altera a estrutura etária da população e conduz a uma crescente participação da população idosa no futuro, o que acena para novos e importantes desafios a serem equacionados pela sociedade e pelo setor de saúde suplementar, principalmente após o esgotamento do bônus demográfico (período em

Tabela 4 – Beneficiários de planos médicos por faixa etária, tipo e época de contratação | Junho/2012

valores por mil

Faixa etáriaFenaSaúde Mercado Market-share (%)

Total¹ Antigo Novo Total¹ Antigo Novo Total¹ Antigo Novo

Total² 14.587 2.015 12.572 48.656 7.799 40.857 30,0 25,8 30,8

0-19 anos 3.751 435 3.316 12.336 1.570 10.766 30,4 27,7 30,8

20-59 anos 9.915 1.245 8.670 30.938 4.506 26.432 32,0 27,6 32,8

≥ 60 anos 921 335 586 5.377 1.720 3.656 17,1 19,5 16,0

Coletivo 12.122 889 11.234 37.438 4.990 32.448 32,4 17,8 34,6

0-19 anos 3.099 227 2.872 9.158 1.139 8.018 33,8 19,9 35,8

20-59 anos 8.465 584 7.881 25.015 3.012 22.002 33,8 19,4 35,8

≥ 60 anos 558 77 481 3.260 836 2.424 17,1 9,3 19,8

Individual 1.940 602 1.338 9.941 1.531 8.410 19,5 39,3 15,9

0-19 anos 512 68 444 2.909 162 2.747 17,6 42,1 16,2

20-59 anos 1.098 309 789 5.147 717 4.430 21,3 43,1 17,8

≥ 60 anos 330 225 105 1.884 652 1.232 17,5 34,4 8,5

Fontes: SIB/ANS - Extraído em 29/9/12 e Tabnet/ANS - Extraído em 18/10/12.

Notas: ¹ Inclui os beneficiários com tipo de contratação “não informado”. ² Inclui os beneficiários de faixa etária de “idade inconsistente”.

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Boletim da Saúde Suplementar | 13

que o percentual de pessoas em idade ativa ainda está crescendo, o que deve continuar menos de uma década).

A participação dos beneficiários idosos nos planos médicos é de 11,1% no mercado de saúde suplementar e de 6,3% nas associadas da FenaSaúde,

1.4 Planos médicos por tipo e época de contratação e grandes regiões

No Norte e Centro-Oeste o emprego apresenta as taxas de crescimento mais elevadas do país, 5,1% e 6,9% respectivamente6. Nessas regiões, o PIB cresceu mais rapidamente que nas outras do País e, com isso, sua participação no PIB nacional tem aumentado nos últimos anos, de 0,6 p.p. no Norte, e 0,5 p.p. no Centro-Oeste, entre 2002 e 2010. Consequentemente, nessas regiões foram observados os maiores aumentos no número de beneficiários nos planos de assistência médica, 8,4% e 9,9%, e também nos planos exclusivamente odontológicos,

16,7% e 11,5% respectivamente, entre junho de 2011 e junho de 2012.

No Nordeste, a participação de beneficiários de planos novos individuais é a maior entre as regiões e corresponde a 30,8% do mercado de saúde suplementar; nas associadas à FenaSaúde, a participação é de 17,7%.

Nos planos exclusivamente odontológicos, a maior participação de beneficiários em planos novos nas associadas é observada no Centro-Oeste, com 99,1%.

6 Fonte: MTE/SPPE/DES/CGET - CAGED Lei 4.923/65 - 2012 (jan a set).

explicada pela elevada concentração de beneficiários em planos coletivos empresariais, constituídos principalmente, pela população em idade ativa.68,0% dos beneficiários das associadas da FenaSaúde possuem entre 20 e 59 anos de idade e 25,7% entre 0 e 19.

No Norte, 92,1% dos beneficiários nas operadoras que fazem parte da FenaSaúde possuem planos de saúde novos, o maior

percentual entre as regiões.

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14 | Boletim da Saúde Suplementar

Tabela 5 – Beneficiários de planos médicos por tipo e época de contratação, segundo grandes regiões | Junho/2012

valores por mil

Grandes RegiõesAntigo Novo

TotalTotal Coletivo Indiv. Não Inform. Total Coletivo Indiv.

FenaSaúde

Brasil¹ 2.015 889 602 525 12.572 11.234 1.338 14.587

Norte 23 12 6 6 274 268 5 297

Nordeste 336 105 120 110 1.330 1.095 235 1.666

Sudeste 1.448 624 443 380 9.664 8.698 965 11.111

Sul 158 125 23 10 721 645 76 879

Centro-Oeste 51 22 9 20 584 526 57 635

Mercado

Brasil¹ 7.799 4.990 1.531 1.278 40.857 32.448 8.410 48.656

Norte 246 176 23 47 1.525 1.127 398 1.770

Nordeste 1.175 673 279 223 5.306 3.672 1.634 6.481

Sudeste 4.653 2.805 992 856 26.566 21.535 5.031 31.219

Sul 1.262 983 193 86 5.272 4.248 1.024 6.534

Centro-Oeste 448 338 44 66 2.173 1.851 322 2.621

 Market-share (%) Taxa de cobertura²

Brasil 25,8 17,8 39,3 41,1 30,8 34,6 15,9 25,5

Norte 9,5 6,8 25,2 11,9 17,9 23,8 1,3 11,2

Nordeste 28,5 15,7 43,1 49,2 25,1 29,8 14,4 12,2

Sudeste 31,1 22,2 44,7 44,4 36,4 40,4 19,2 38,8

Sul 12,5 12,7 11,8 11,2 13,7 15,2 7,4 23,9

Centro-Oeste 11,5 6,6 21,5 29,5 26,9 28,4 17,7 18,6

Fontes: SIB/ANS - Extraído em 29/9/12, Tabnet/ANS - Extraído em 22/10/12 e Caderno de Informação da SS - setembro/2012.

Notas: ¹ Inclui os beneficiários classificados como “exterior” e “UF não identificada”. ² Taxa de cobertura de planos de saúde médicos do mercado de saúde suplementar.

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Boletim da Saúde Suplementar | 15

Tabela 6 – Beneficiários de planos exclusivamente odontológicos por tipo e época de contratação, segundo grandes regiões | Junho/2012

valores por mil

Grandes RegiõesAntigo Novo

TotalTotal Coletivo Indiv. Não Inform. Total Coletivo Indiv.

FenaSaúde

Brasil¹ 242 235 1 5 9.603 8.645 957 9.844

Norte 5 5 - 0 289 259 30 294

Nordeste 31 30 0 0 1.046 898 148 1.077

Sudeste 170 165 1 5 6.636 5.930 706 6.806

Sul 27 27 0 0 733 698 35 760

Centro-Oeste 8 8 - 0 899 861 38 907

Mercado

Brasil¹ 494 357 32 106 17.109 14.192 2.916 17.603

Norte 15 10 1 4 681 495 186 696

Nordeste 75 47 8 20 2.940 2.007 933 3.015

Sudeste 334 247 16 72 10.580 9.066 1.514 10.914

Sul 58 44 6 8 1.575 1.392 182 1.633

Centro-Oeste 11 8 1 2 1.333 1.232 101 1.344

  Market-share (%) Taxa de cobertura²

Brasil 48,9 65,9 4,1 4,7 56,1 60,9 32,8 9,2

Norte 33,1 47,5 - 0,0 42,4 52,2 16,3 4,4

Nordeste 41,0 63,5 6,0 1,9 35,6 44,7 15,9 5,7

Sudeste 51,0 66,9 5,0 6,4 62,7 65,4 46,6 13,6

Sul 46,7 61,4 0,4 0,4 46,6 50,1 19,3 6,0

Centro-Oeste 70,6 96,6 - 0,5 67,4 69,9 37,3 9,6

Fontes: SIB/ANS - Extraído em 29/9/12, Tabnet/ANS - Extraído em 22/10/12, Caderno de Informação da SS - setembro/2012.

Notas: ¹ Inclui os beneficiários classificados como “exterior” e “UF não identificada“. ² Taxa de cobertura de planos de saúde exclusivamente odontológicos do mercado de saúde suplementar.

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16 | Boletim da Saúde Suplementar

Page 17: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

Boletim da Saúde Suplementar | 17

1.5 Planos exclusivamente odontológicos por tipo e época de contratação

Em junho de 2012, os planos exclusiva-mente odontológicos somaram mais de 17,6 milhões de beneficiários, atendidos, principalmente, por planos coletivos,

com 82,7% de participação.

Nas associadas à FenaSaúde, 81,9% dos planos exclusivamente odontológicos são coletivos empresariais, 8,3% coletivos por adesão e 9,7% individuais.

Tabela 7 – Beneficiários de planos exclusivamente odontológicos por tipo e época de contratação | Junho/2012

valores por mil

Época de contratação Tipo de contratação FenaSaúde Mercado Market-share (%)

Total

Total¹ 9.844 17.603 55,9

Coletivo² 8.881 14.549 61,0

Coletivo empresarial 8.061 11.782 68,4

Coletivo por adesão 820 2.541 32,3

Individual 959 2.948 32,5

Antigo

Total¹ 242 494 48,9

Coletivo² 235 357 65,9

Coletivo empresarial 220 240 91,6

Coletivo por adesão 15 116 12,8

Individual 1 32 4,1

Novo

Total¹ 9.603 17.109 56,1

Coletivo² 8.645 14.192 60,9

Coletivo empresarial 7.840 11.541 67,9

Coletivo por adesão 805 2.424 33,2

Individual 957 2.916 32,8

Fontes: SIB/ANS – Extraído em 29/9/12 e Tabnet/ANS – Extraído em 18/10/12. 

Notas: ¹ Inclui beneficiários de planos cujo tipo de contratação não foi informado. ² Inclui beneficiários de planos coletivos não identificados como empresarial ou adesão.

Page 18: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

18 | Boletim da Saúde Suplementar

2

COBERTURA

Page 19: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

Boletim da Saúde Suplementar | 19

A maioria dos beneficiários dos planos de assistência médica no Brasil está concentrada no Sudeste,

com 64,2% do total em junho de 2012. As regiões Sul e Nordeste têm participação semelhante, 13,4% e 13,3% respectivamente; no Centro-Oeste, 5,4% e no Norte, 3,6%. No Centro-Oeste, Nordeste e Norte, o crescimento desse número foi mais rápido do que nas outras regiões entre junho de 2011 e junho de 2012.

A região Sudeste concentra 31,2 milhões dos integrantes dos planos de assistência médica e registrou crescimento de 2,0% em relação a junho de 2011.

2.1 Distribuição geográfica de beneficiários (FenaSaúde e Mercado)

No Norte, o crescimento no número de beneficiários dos planos exclusivamente odontológicos foi de 16,7%, o maior entre as regiões.

A maior variação no número de beneficiários foi observado na região Centro-Oeste, com crescimento de 9,9% entre junho de 2011 e junho de 2012.

Nos planos exclusivamente odontoló-gicos, o Sudeste detém 62,0% dos beneficiários; o Nordeste, 17,1%; Sul, 9,3%; Centro-Oeste, 7,6%; e Norte, 4,0%.

Page 20: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

20 | Boletim da Saúde Suplementar

Mapa 1 - Beneficiários por grandes regiões (mar/2011-mar/2012)

MH 1,8 8,4%OD 0,7 16,7%

MH 2,6 9,9%OD 1,3 11,5%

MH 6,5 5,1%OD 3,0 10,3%

MH 6,5 0,3%OD 1,6 10,9%

MH 31,2 2,0%OD 10,9 10,1%

Fonte: Tabnet/ANS - Extraído em 18/10/12 Legenda: MH (Médico-hospitalar) OD (Exclusivamente odontológico)O 1º número refere-se à quantidade de beneficiários em junho/12 em milhõesO 2º à taxa de crescimento nos últimos 12 meses.

Mapa 1 - Beneficiários por grandes regiões (Junho/2011 - Junho/2012)

Fonte: Tabnet/ANS - Extraído em 18/10/12

Legenda:MH (Médico-hospitalar) OD (Exclusivamente odontológico)O 1º número refere-se à quantidade de benefícios em junho/12 em milhões.O 2º à taxa de crescimento nos últimos 12 meses.

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Boletim da Saúde Suplementar | 21

2.2 Taxa de cobertura (Mercado)A taxa de cobertura por planos de assistência médica alcançou 25,5% e pelos planos odontológicos, 9,2%, em junho de 2012. A maior taxa de cobertura é observada na região Sudeste, 38,8% nos planos médicos

Tabela 8 - Taxa de cobertura do mercado, por cobertura assistencial e região brasileira

RegiãoMH1   OD2

jun/00 jun/12 Δ% jun/00 jun/12 Δ%

Norte 4,8 11,2 133,3 0,2 4,4 2.100,0

Nordeste 8,3 12,2 47,0 0,6 5,7 850,0

Sudeste 29,8 38,8 30,2 2,2 13,6 518,2

Sul 13,6 23,9 75,7 1,2 6,0 400,0

Centro-Oeste 11,4 18,6 63,2 0,5 9,6 1.820,0

Brasil 18,2 25,5 40,1 1,3 9,2 607,7

Fontes: Tabnet/ANS - Extraído em 18/10/12 e Caderno de Informação da SS - setembro/2012.

Nota: ¹ MH (Médico-hospitalar). ² OD (Exclusivamente odontológico).

e 13,6% nos planos exclusivamente odontológicos.

Entre as capitais, Vitória (ES) tem a maior taxa de cobertura, 75,5% e Boa Vista (RR), a menor, 10,0%.

Os maiores crescimentos entre junho de 2000 e junho de 2012 foram observados no Norte, com 133,3%, e no Centro-Oeste, com 63,5%.

Também é expressivo o crescimento observado no Nordeste, 47,0%.

Page 22: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

22 | Boletim da Saúde Suplementar

FONTES E USOS

3

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Boletim da Saúde Suplementar | 23

O conjunto das despesas das operadoras de planos privados de saúde consome uma parcela significativa

das receitas no mercado de saúde. As despesas assistenciais aumentaram de R$ 64 bilhões para R$ 74 bilhões, nos últimos doze meses terminados em junho de 2012, crescimento de 15,9% comparados com os doze meses imediatamente anteriores, ante uma elevação de 14,1% nas receitas, que passaram R$ 80 bilhões para R$ 91 bilhões no mesmo período.

O resultado operacional é a diferença entre as receitas de contraprestações e a totalidade das despesas, que incluem as assistenciais, as despesas de administração, comercialização e impostos. Entre 2007 e 2011, foram observadas sucessivas margens negativas, o que vem levando diversas operadoras a enfrentarem dificuldades financeiras. Esse fato deve explicar o elevado número de intervenções e alienações de carteiras de beneficiários determinados pela ANS.

Tabela 9 - Receita de contraprestações e despesa assistencial por modalidade de operadora, acumulado 12 meses1 | 3º trimestre/2011 - 2º trimestre/2012

Modalidade da operadora (com beneficiários) Quantidade de OPS3 Receita (%) Despesa assistencial (%)

Autogestão 198 10,5 12,2

Cooperativa médica 322 35,4 35,6

Cooperativa odontológica 119 0,6 0,4

Filantropia 87 2,2 2,3

Medicina de grupo 372 28,9 28,0

Odontologia de grupo 250 1,8 1,0

Seguradora especializada em saúde 13 19,9 20,6

FenaSaúde 29 R$ 35,0 bilhões

R$ 28,0bilhões

Mercado² 1.361 R$ 91,6 bilhões

R$ 74,0 bilhões

Fonte: Demonstrações contábeis das operadoras/ANS - Extraído em 8/10/12. 

Nota: ¹ Total acumulado do 3º trimestre de 2011 ao 2º trimestre de 2012. ² Para o total do mercado foram considerados os dados dasAdministradoras de Benefícios. 3 OPS: Operadora de Plano de Saúde.

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24 | Boletim da Saúde Suplementar

Tabela 10 - Fontes e usos da receita I Mercado SS1

valores em R$ bilhão

Ano 2007 2008 2009 2010 2011 Crescimento2

Receita 52,9 61,3 66,6 75,8 86,0 63%

Despesa assistencial 41,7 48,4 54,1 60,0 68,9 65%

Despesa administrativa 9,7 10,4 11,0 11,6 12,7 32%

Despesa com comercialização 1,4 1,7 2,0 2,3 2,8 98%

Impostos diretos 1,0 1,0 1,1 1,3 1,6 68%

Resultado operacional -0,85 -0,16 -1,70 0,59 -0,02 -98%

Margem operacional % -1,60 -0,25 -2,56 0,78 -0,02 -3,6%3

IPCA % 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 30,2%3

Reajuste ANS % 5,8 5,5 6,8 6,7 7,7 36,9%3

Fonte: Demonstrações contábeis das operadoras/ANS - Extraído em 8/10/12.

Notas: 1 Dados de todas as operadoras que informaram o DIOPS nos períodos. ² Crescimento de 2007 a 2011. ³ Dados acumulados de 2007 a 2011.

37,8%das despesas assistenciais

no mercado de saúde suplementar foram realizadas pelas empresas integrantes

da FenaSaúde.

28 bilhõesfoi o total das despesas

assistenciais das associadas à FenaSaúde nos doze meses terminados em junho de 2012,

com crescimento de 22,6%.

Page 25: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

Boletim da Saúde Suplementar | 25

As despesas médico-hospitalares observadas no setor de saúde têm variado em taxas consideravelmente maiores do que os índices de preços na economia e os reajustes concedidos aos planos individuais não acompanham a evolução desses custos.

Até mesmo os componentes Saúde e Cuidados Pessoais e Serviços Médicos e Dentários têm sofrido variações superiores às do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Nos primeiros dez meses de 2012, enquanto o IPCA registra alta de 4,38%, o seu componente Saúde e Cuidados Pessoais acumula alta de 5,19% e, nos Serviços Médicos e Dentários a variação chega a 9,49%. Observa-se que o aumento das receitas de

contraprestações das operadoras de planos privados de saúde ocorre em proporção menor que as despesas assistenciais, administrativas e despesas de comercialização.

Entre 2007 e 2011, o aumento nas despesas assistenciais das operadoras foi de 65,2%, enquanto as receitas de contraprestações cresceram 62,6%. Essa diferença foi acomodada com aumento da eficiência administrativa, pois as despesas administrativas e de comercialização aumentaram 40,1%.

As receitas de contraprestações das operadoras associadas à FenaSaúde foram de R$ 34 bilhões nos doze meses terminados em junho de 2012, com crescimento de 20,3% em relação aos doze meses imediatamente anteriores.

Em relação ao mercado, a participação na receita de contraprestações das associadas à

FenaSaúde foi de 38,2%.

Page 26: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

26 | Boletim da Saúde Suplementar

3.1 Sinistralidade (MH e OD)

A taxa de sinistralidade nas operadoras de planos médicos no primeiro semestre de 2012 foi de 79,6% e nas empresas integrantes da FenaSaúde, 80,5%. Em regra, a taxa de sinistralidade apresenta uma sazonalidade bem definida, com índices elevados no segundo trimestre de cada ano. Entre as modalidades de

assistência médica, as Seguradoras Especializadas em Saúde têm as maiores taxas, 84,7%.

As taxas de sinistralidade7 nas operado-ras exclusivamente odontológicas são consideravelmente menores, 63,9% nas Cooperativas odontológicas e 39,9% na Odontologia de grupo.

41,1% foi a taxa de sinistralidade em Odontologia de grupo nas associadas à FenaSaúde no primeiro

semestre de 2012.

7 Relação expressa em porcentagem entre a despesa assistencial e a receita de contraprestações das operadoras.

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Boletim da Saúde Suplementar | 27

Gráfico 3 - Assistência médica

Gráfico 4 - Assistência exclusiva odontológica

200

7.1

200

7.2

200

7.3

200

7.4

200

8.1

200

8.2

200

8.3

200

8.4

200

9.1

200

9.2

200

9.3

200

9.4

2010

.1

2010

.2

2010

.3

2010

.4

2011

.1

2011

.2

2011

.3

2011

.4

2012

.1

2012

.2

Fonte: Demonstrações contábeis das operadoras/ANS - Extraído em 8/10/12.

Mercado de saúde suplementar FenaSaúde

100%

80%

60%

40%

20%

0%

200

7.1

200

7.2

200

7.3

200

7.4

200

8.1

200

8.2

200

8.3

200

8.4

200

9.1

200

9.2

200

9.3

200

9.4

2010

.1

2010

.2

2010

.3

2010

.4

2011

.1

2011

.2

2011

.3

2011

.4

2012

.1

2012

.2

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

Sinistralidade por cobertura assistencial por trimestre

Page 28: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

28 | Boletim da Saúde Suplementar

4

OPERADORAS E INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS

Page 29: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

Boletim da Saúde Suplementar | 29

Em junho de 2012, existiam 9928 operadoras médico-hospitalares em atividade com beneficiários no país,

distribuídas entre as modalidades Medicina de Grupo, 37,5%; Cooperativas Médicas, 32,5%; Autogestão, 20,0%; Filantropia, 8,8%; e Seguradora Especializada em Saúde, 1,3% (veja na tabela 8, página 21). Desde a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), quase

4.1 Quantidade de operadoras

8 Fontes: SIB/ANS/MS - 06/2012.9 Operadoras com beneficiários. Foram fechadas 30 operadoras sem beneficiários no primeiro semestre de 2012.

um terço das operadoras de planos de saúde desapareceram do mercado, essencialmente operadoras que nunca tiveram beneficiários. Também algumas foram liquidadas por determinação da ANS.

No primeiro semestre de 2012, houve o fechamento de 11 operadoras9 médico- hospitalares e de uma exclusivamente odontológica. Foram abertos 21 novos registros e 51 foram cancelados, segundo a ANS.

Page 30: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

30 | Boletim da Saúde Suplementar

4.2 Provisões técnicas

As provisões técnicas constituem um conjunto de exigências financeiras que as operadoras de planos de saúde devem cumprir para manutenção do equilíbrio econômico-financeiro e

buscam atenuar o risco de insolvência. Em junho de 2012, o total das reservas constituídas era de R$ 16 bilhões, equivalente a 20% da receita de contraprestações do setor.

O montante constituído pelas associadas à FenaSaúde foi de R$7,9 bilhões, com crescimento de 12,2%, em relação a junho

de 2011. Quase a metade das provisões técnicas (48,9%) foi constituída pelas associadas.

20,0

15,0

10,0

5,0

-

Bilh

ões

2008.2 2009.2 2010.2 2011.2 2012.2

Gráfico 5 - Provisões técnicas das operadoras por trimestre

Fonte: Demonstrações contábeis das operadoras/ANS - Extraído em 8/10/12.

FenaSaúde Mercado

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Boletim da Saúde Suplementar | 31

Page 32: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

32 | Boletim da Saúde Suplementar

4.3 Índices financeiros

Os índices financeiros e econômicos são instrumentos importantes para a tomada de decisão, além de servirem de benchmarking para as empresas do

setor. A avaliação econômico-financeira das empresas está fundamentada essencialmente no tripé Liquidez, Endividamento e Rentabilidade.

Tabela 11 - Indicadores econômicos por modalidade | 1º semestre/2012

Modalidade SIN¹ DA² DC³ COMB4 LC5 ENDIV6

FenaSaúde 80,5% 8,9% 5,2% 94,6% 1,20 0,49

Medicina de grupo 78,6% 11,5% 3,9% 93,9% 1,05 0,47

Odontologia de grupo 41,1% 18,9% 9,3% 69,3% 1,72 0,29

Seguradora especializada em saúde 84,7% 6,2% 6,0% 96,8% 1,28 0,51

Mercado saúde suplementar7 79,6% 12,1% 3,6% 95,3% 1,21 0,62

Cooperativa médica 80,3% 13,2% 2,1% 95,6% 1,23 0,78

Cooperativa odontológica 63,9% 28,8% 3,9% 96,6% 2,11 0,61

Medicina de grupo 78,0% 13,9% 3,4% 95,3% 1,08 0,56

Odontologia de grupo 39,9% 23,6% 9,1% 72,6% 1,70 0,33

Seguradora especializada em saúde 84,6% 6,2% 6,0% 96,8% 1,28 0,51          

Fonte: Demonstrações contábeis/ANS - Extraído em 8/10/12.

Notas: ¹ Sinistralidade (SIN) – Eventos indenizáveis líquidos/Contraprestações efetivas.² Índice de despesas administrativas (DA) – Despesas administrativas/Contraprestações efetivas.³ Índice de despesas de comercialização (DC) – Despesas de comercialização/Contraprestações efetivas.4 Índice combinado (COMB) – Despesas administrativas + Despesas de comercialização + Eventos indenizáveis líquidos/Contraprestações efetivas.5 Liquidez corrente (LC) – Ativo circulante/Passivo circulante.6 Índice de endividamento (ENDIV) – Passivo circulante + Exigível a longo prazo/Ativo total.7 Dados agregados excetuando-se as modalidades: Administradora, Autogestão e Filantropia.

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Boletim da Saúde Suplementar | 33

Despesas administrativas – DA10

No mercado de saúde suplementar, entre 2008 e 2011 as despesas administrativas aumentaram, em média, 7,0% ao ano. De um modo geral, nas operadoras médico-hospitalares as despesas administrativas representam 15,6% da receita e nas exclusivamente odontológicas, 37,1%.

Nas associadas à FenaSaúde, o índice de despesa administrativa foi de 8,9%, ante 12,1% no mercado de saúde suplementar

no primeiro semestre de 2012.

O segmento Odontológico apresenta os maiores índices de despesa administrativa, tanto no mercado de saúde suplementar quanto nas operadoras que fazem parte da FenaSaúde. Na modalidade Odontologia de grupo, as despesas administrativas nas associadas foi de 18,9% e no mercado exclusivamente odontológico, 23,6%.

Despesa de comercialização – DC11

A comercialização dos planos de saúde tem custos que pesam nas despesas com a administração das operadoras.

O peso da despesa de comercialização nas seguradoras especializadas em saúde das associadas à FenaSaúde foi de 6,0%. Nas medicinas

de grupo, 3,9%.

10 Índice de despesas administrativas. Mostra a relação entre despesas administrativas e o total das receitas com operação de planos de saúde (contraprestações efetivas).

11 Índice de despesas de comercialização. Mostra a relação entre despesas de comercialização e o total das receitas com operação de planos de saúde (contraprestações efetivas).

O índice de despesa administrativa nas seguradoras especializadas em saúde foi de 6,2% nas associadas

à FenaSaúde e 11,5% na medicina de grupo.

Na modalidade odontologia de grupo, as despesas de comercialização nas associadas à FenaSaúde foi de 9,3%.

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34 | Boletim da Saúde Suplementar

Índice combinado – COMB12

O índice combinado representa a razão entre as despesas operacionais (administrativas e de comercialização mais as despesas assistenciais) e as receitas de contraprestações. O índice destaca o percentual de comprometimento das receitas das operadoras no mercado de saúde suplementar.

94,6% foi o comprometimento das receitas de contraprestações efetivas em relação às despesas operacionais e assistenciais nas associadas à FenaSaúde, número referente ao primeiro semestre de 2012. No mercado de saúde suplementar, o índice foi de 95,3%.

Liquidez corrente – LC13

Reflete a capacidade de pagamento da operadora no curto prazo, baseado na razão entre o ativo circulante (recursos disponíveis, bens e direitos) e as dívidas existentes no passivo circulante. Numa análise simplificada, quanto maior (resultado maior que um), melhor, pois indica capacidade para liquidação das dívidas da operadora no curto prazo.O índice de liquidez corrente na

modalidade Medicina de grupo nas associadas à FenaSaúde foi de 1,05 e no mercado de saúde suplementar foi de 1,08.

Em Odontologia de grupo, por apresentar taxa de sinistralidade menor, o índice de liquidez nessas operadoras é superior na comparação com as demais modalidades.

1,72 foi o índice de liquidez corrente na modalidade Odontologia

de grupo nas associadas à FenaSaúde no primeiro semestre de 2012.

12 Índice combinado. Mostra a relação entre despesas operacionais (administrativas, comercialização e assistenciais) e as receitas (contraprestações efetivas).

13 Liquidez corrente. Mostra a relação entre os ativos conversíveis em dinheiro no curto prazo e as dívidas de curto prazo.

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Boletim da Saúde Suplementar | 35

Endividamento total – ENDIV14

O índice de endividamento total demonstra a proporção dos ativos das operadoras pertencentes a terceiros. A simples análise quantitativa pode não expressar se o endividamento

49,1% foi o índice de endividamento total nas associadas à

FenaSaúde no primeiro semestre de 2012, ante 61,5% do mercado de saúde suplementar.

da operadora é favorável, com expectativa de retorno no futuro, ou se está contribuindo para o risco de insolvência.

14 Índice de endividamento. Mostra a relação entre o Exigível total e o Ativo total.

Page 36: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

36 | Boletim da Saúde Suplementar

Page 37: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

Boletim da Saúde Suplementar | 37

1. AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE

SUPLEMENTAR (ANS). Caderno de

Informação da Saúde Suplementar –

Setembro 2012. Disponível em:

<http://www.ans.org.br>.

2. _____. Anuário ANS - Aspectos

Econômico-financeiros das operadoras

de Planos de Saúde. Ano Base 2011.

Rio de Janeiro. Disponível em:

http://www.ans.org.br.

3. _____. Foco - Saúde Suplementar,

Setembro 2012. Rio de Janeiro.

Disponível em: http://www.ans.org.br.

4. FUNDO MONETÁRIO INTERNA-

CIONAL (FMI). World Economic Outlook

(WEO) Coping with High Debt and Slug-

gish Growth. Outubro 2012. Capítulo 1.

Global Prospects and Policies.

Disponível em: http://www.imf.org.

5. INSTITUTO BRASILEIRO DE

GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE).

Contas Nacionais Trimestrais: Indica-

dores de volume e valores correntes.

3º trimestre de 2012. Rio de Janeiro.

Coordenação de Contas Nacionais. 2012.

Disponível em: http://www.ibge.gov.br.

Referências

6. _____.Pesquisa Mensal do Emprego

(PME). Rio de Janeiro. 2012. Disponível

em: http://www.ibge.gov.br.

7. _____. Contas Nacionais Trimestrais:

Indicadores de volume e valores

correntes. 3º trimestre de 2012. Rio de

Janeiro: IBGE/Coordenação de Contas

Nacionais. 2012. Disponível em:

http://www.ibge.gov.br.

8. _____. Contas Regionais do Brasil.

2010. Rio de Janeiro: IBGE/Coordenação

de Contas Nacionais. 2012. Disponível

em: http://www.ibge.gov.br.

9. MINISTÉRIO DO TRABALHO E

EMPREGO (MTE). Cadastro Geral

de Empregados e Desempregados –

CAGED. Lei 4923/65. Disponível em:

http://www.mte.gov.br.

Page 38: Boletim da saúde suplementar -  Dez/2012

38 | Boletim da Saúde Suplementar

Constituída em fevereiro de

2007, a Federação Nacional

de Saúde Suplementar,

FenaSaúde, representa

15 grupos de operadoras de planos

privados de assistência à saúde,

totalizando 29 empresas dentre

1.361 operadoras em atividade com

beneficiários. A FenaSaúde tem como

missão contribuir para a consolidação

da saúde suplementar no país por meio

da troca de experiências e elaboração

de propostas para o desenvolvimento e

aperfeiçoamento do setor.

A federação é presidida por Marcio

Serôa de Araujo Coriolano, diretor-

presidente da Bradesco Saúde, e tem

como diretor-executivo o economista

e ex-ministro da Previdência, José

Cechin. A atual diretoria da FenaSaúde

é composta por 11 membros e foi eleita

em março de 2010 para um mandato

de 3 anos.

Allianz Saúde

Grupo Amil Saúde

Grupo Bradesco Saúde

Care Plus Medicina Assistencial

Golden Cross Assistência

Internacional de Saúde

Grupo Intermédica

Itauseg Saúde

Marítima Saúde Seguros

Metlife Planos Odontológicos

OdontoPrev

Omint Serviços de Saúde

Porto Seguro - Seguro Saúde

Grupo SulAmérica Saúde

Tempo Saúde

Unimed Seguros Saúde

Sobre a FenaSaúde

Grupo técnico da diretoria executiva da FenaSaúde:Sandro Leal Alves

Vera Queiroz Sampaio de Souza

Mônica Figueiredo Costa

Karla Pérez de Souza

Sandro Reis Diniz

Paula Gonçalves

Consultor técnicoÁlvaro de Almeida

Assessoria de Comunicação: Approach Comunicação Integrada

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Boletim da Saúde Suplementar | 39

Disclaimer2012 Federação Nacional de Saúde Suplementar - FenaSaúde. Esta publicação foi desenvolvida pela FenaSaúde com objetivo de forne-cer informações sobre o mercado de saúde suplementar. A distribuição é gratuita. Os dados apresentados foram cedidos gentilmente pela ANS, a partir das informações fornecidas pelas associadas da FenaSaúde à ANS. Esta publicação não deve ser reproduzida, total ou parcialmente, sem a citação da fonte.Todas as publicações da FenaSaúde podem ser acessadas, na integra, na área de publicações do site da FenaSaúde: http://fenasaude.org.br/publicacao.

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