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Sistemas de Informao Organizacional
O conceito de Sistema
A Teoria geral dos Sistemas
Segundo Bertalanffy (1973) um sistema um conjunto complexo de elementos em interaco.
Nas organizaes os elementos do sistema (organizacional) podem ser expressos atravs dos
diferentes recursos humanos, materiais ou financeiros. Nos sistemas informticos, temos os
seus componentes, que chamem hardware, software e peopleware.
A generalidade das definies de sistema salientam a importncia da existncia de um
objectivo para o qual trabalham coordenadamente os diferentes elementos que a constituem.
Rivas (1984) diz que um sistema corresponde a um conjunto de elementos, relacionados
entre si, actuando num determinado ambiente, tendo por finalidade alcanar objectivos
comuns, e com capacidade de auto-controlo.
Capacidade de auto-controlo consiste na possibilidade de verificar se o sistema est ou no a
atingir os seus objectivos, para efectuar eventuais correces para que os objectivos sejam
atingidos.
Caractersticas Gerais dos Sistemas
Uma caracterstica importante dos sistemas a interligao e cooperao entre os elementos
que o constituem. Os diferentes elementos que constituem um sistema, actuando de forma
coordenada, permitem que o resultado da sua aco conjunta seja superior, em efeito, ao
somatrio das suas aces individuais - sinergia.
Todos os sistemas esto incorporados noutros sistemas (metasistemas) e podem sempre
divididos, em sistemas menores (subsistemas), assim o estudo de um sistema complexo, ou de
grande dimenso, pode ser realizado analisando individualmente os subsistemas que o
constituem e a sua respectiva interligao. Sistema complexo - sistema constitudo por um
elevado nmero de elementos, fortemente relacionados entre si. Com o decorrer do tempo,
os sistemas apresentam tendncia para o aumento da entropia. Quanto maior um sistema
mais difcil e complexa a sua gesto, o que aumenta o uso de existncia de entropia, de
deficincias de funcionamento, com o decorrer do tempo.
Entropia a medida da desordem e por conseguinte a entropia negativa ou informao a
medida da ordem ou da organizao (Bertalanffy, 1973)
Sistemas abertos, em oposio aos sistemas fechados, so aqueles que apresentam uma forte
interaco com o seu ambiente, atravs de intercmbios frequentes. Sofrem as consequncias
das mutaes ambientais e provocam alteraes no meio envolvente. Estes sistemas tm a
propriedade de se adaptarem s mutaes externas de forma a manterem o seu equilbrio
dinmico, designado de homeostase.
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quais a informao convertida em pr-aco, isto , na escolha de uma opo que se ir
procurar executar.
Simon (1965) subdivide as decises em 2 grandes classes: decises programadas - decises de
rotina com regras fixas e formais. As decises no programadas - so as decises em que o
processo de resoluo no algortmico, exige apelo ao raciocnio. Tem de ser pensada. So
muito subjectivas e dependem da intuio do responsvel pela deciso.
As tecnologias de informao podem contribuir significativamente na automao das decises
programadas, mas apresentam limitao para a tomada de decises no programados.
Segundo Ansoff as decises classificam-se em:
Decises estratgias directamente relacionadas com a definio da misso, objectivos,
estratgias e polticas de organizao. So de elevada importncia, pois iro afectar a
persecuo dos objectivos organizacionais e so tomadas por gestores de topo.
Decises tcticas dizem respeito estrutura dos recursos de modo a responder s exigncias
impostas pela estratgia.
Decises operacionais tm como objecto o maximizar a eficincia do processo de converso
dos recursos. Incluem um grande nmero de decises programadas e o seu nvel de
importncia para a organizao menor que as decises tcticas ou estratgicas.
Para que as decises sejam materializadas necessrio a existncia de um sistema de
operaes. O Sistema de operaes tem como funo a produo de bens materiais e servios.
o sistema fsico encarregue de realizar as aces correspondentes s decises do sistema de
deciso, transmitidas atravs do sistema de informao.
C
onceito de Sistema de Informao (SI)
O sistema de informao dever possibilitar a informao necessria para as decises
programadas, auxiliando a tomada de decises no programadas, apoiar o desempenho do
sistema de operaes e assegurar a comunicao entre os elementos da organizao. Dever
possuir mtodos de representao da estrutura e dinmica do sistema operacional, assim
como um conjunto de meios de tratamento de dados e informao natural.
O SI um sistema aberto, com objectivos bem definidos, funcionando em interligao com
outros sistemas de informao. o SI organizacional que fornece informao sobre a
organizao e o seu ambiente, no s aos elementos da organizao como tambm aos do
meio envolvente.
Todas as organizaes tm obrigatoriamente um SI.
Anthony (1981) apresentou uma classificao estrutural dos subsistemas de informao da
organizao: planeamento estratgico controlo de gesto e controlo operacional.
Planeamento estratgico: o processo de decidir sobre os objectivos da organizao, as
alteraes nesses objectivos, os recursos usados para as alcanar e as polticas que governam a
aquisio, utilizao e disposio desses recursos.
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Os SI estratgicos devem possibilitar a informao necessria para a tomada decises que
afectam o sucesso da organizao.
Controlo de gesto: processo atravs do qual os gestores asseguram a obteno dos recursos e
o seu uso efectivo e eficiente na realizao dos objectivos organizacionais.
Sistema de controlo operacional: assegura a execuo das tarefas de rotina, mais elementarespara a organizao.
O Papel das Tecnologias de informao (TI) na Gesto das organizaes
A informatizao das organizaes possibilita um aumento do nvel de eficincia do SI como
tambm permite a obteno de vantagens competitivas, contribuindo para o crescimento e
desenvolvimento dessa organizao.
Informatizao: processo de automatizao recorrendo s TI. Tecnologias de informao:
conjunto dos processos cognitivos (software) e materiais (hardware) necessrios para a
realizao de uma actividade de captao, processamento, memorizao ou emisso de
informao.
Sistema informtico a parte do SI cujo tratamento e execuo realizado, parcial ou
totalmente, em computador. a componente automatizada da SI um conceito
intrinsecamente organizacional, no deve ser confundido com a introduo de tecnologias de
base computacional para Me tratamento de dados. O SI organizacional no o sistema
informtico.
O conceito de Management Information System (SIG) normalmente associado apenas aos
servios transaccionais e operacionais da organizao. A automatizao do sistema de
informao para gesto completa-se com a informatizao de processos relativos s
actividades operacionais.
Sistema de Apoio Deciso (Decision Support System) um sistema computacional usado no
auxlio a tomada de deciso sobre problemas semi-estruturados, cujo processo resoluo
relativamente complexo e requer o tratamento de um grande volume de dados. sua funo
processar esses dados, emitindo resultados sintticos e objectivos atravs de interfaces
agradveis ao utilizador.
Os SI para Executivos (Executive Information System) so subsistemas de apoio deciso,
produzem informao pertinente e actualizada para os gestores de topo, em funo dos
factores crticos de sucesso da rea de deciso. Deve ser personalizado. Acumula dados
provenientes de vrias foras internas e externas, absorvendo e sintetizando outputs desistemas de controlo de gesto e de controlo operacional.
Sistemas de Informao Empresariais
A evoluo dos SI nas Organizaes - O Modelo de Nolan
No Modelo de Nolan (1979), as organizaes passam por diferentes estdios de experincia na
adopo e gesto de sistemas e tecnologias de informao.
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Os seis estdios dividem-se em 2 eras: a Era do processamento de dados e a Era da gesto de
SI. A 1 refere-se ao tempo em que a gesto do processamento de dados se centrava na gesto
de recursos informticos. Na era da gesto de SI a nfase incide sobre a eficcia dos SI ao
integrar processos organizacionais e considerar o enquadramento estratgico dos sistemas e
tecnologias de informao na actividade empresarial.
Estdio 1: Iniciao
Os 1s sistemas estavam fundamentalmente relacionados com a automatizao de actividades
administrativas. Os profissionais de informtica centravam-se na construo de cdigos de
programao e manuteno de hardware.
Estdio 2: Difuso
A gesto procura dispor de informao para melhorar a sua actividade. O pessoal de
processamento de dados comea a escrever programas mais complexos com maior contributo
organizacional.
Estdio 3: Controlo
A gesto procure controlar os custos com os investimentos em S e TI. Aumenta a
complexidade das exigncias da gesto da informao
Estdio 4: Integrao
As organizaes sentem necessidade de integrar os sistemas existentes que esto dispersas e
apresentam redundncias. Entra-se na Era da Gesto de SI. A informao apresenta um papel
relevante na organizao, podendo proporcionar vantagem competitiva.
Estdio 5: Gesto de dados
As capacidades das BD so devidamente explorados e os utilizadores percebem o valor da
informao.
Estdio 6: Maturidade
A evoluo dos S e TI est alinhada com a evoluo da organizao. Existe a preocupao em
planear e desenvolver estrategicamente os S e TI na organizao.
Esta teoria dos estdios marcou o incio da gesto das TI como um activo da empresa porque a
sua grelha permite medir os recursos de TI e a eficcia da prestao de informaes vlidas
para o negcio.
Os Sistemas de Gesto de Bases de Dados (SGBD)
Uma BD corresponde a um conjunto de dado relacionados, organizados de forma a servir
vrias aplicaes, minimizando a redundncia desses dados. Necessitam de um software que
permite o registo, consulta, actualizao e eliminao de dados. Esse software designa-se
Sistema de Gesto de Bases de Dados (SGBD)
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Os SGBD permitem aumentar a flexibilidade na consulta dos dados porque possuem
linguagens de interrogao de dados (ex. SQL) que permitem obter respostas a questes no
previstas na elaborao das aplicaes informticas. Pode ainda ter funcionalidades como a
construo de relatrios e outros servios afins. Permite dispor de melhores mecanismos de
segurana de dados. Permitem libertar os programadores e utilizadores da necessidade de
saberem onde e como os dados esto guardados, separando a perspectiva fsica da
perspectiva lgica que a utilizador tem dos dados.
Um SGBD tem 3 componentes fundamentais:
-Uma linguagem de definio de dados
-Uma linguagem de manipulao de dados
-Um dicionrio de dados
A linguagem de definio de dados uma linguagem formal usada pelos programadores para
especificar os contedos e a estrutura de base de dados. Especifica cada elemento que
aparece na BD.
A linguagem de manipulao de dados usada em conjunto com linguagens de programao
para manipular os dados da BD contm comandos que permitem aos utilizadores extrair
directamente dados da BD para satisfazer as suas necessidades de informao. A mais usada
o SQL (Strutured Query Language).
Dicionrio de dados: guarda as definies de cada elemento da BD. Permite produzir listas e
relatrios sobre os dados existentes na BD.
A maioria dos SGBD implementados nas organizaes relacional. Representam dados na BD
numa estrutura lgica constituda por tabelas bidimensionais designadas por relaes. Essastabelas esto relacionadas entre si de forma a diminuir a redundncia e permitir consultas
relativamente complexas.
O Modelo Relacional um modelo de desenho de BD baseado em tabelas constitudas por
linhas e colunas. Estas tabelas so designadas de relaes.
Alguns dos principais SGBD relacionais existentes:
y Oracle;y Intermixy Microsoft SQL servery DB2 da IBMy Sybasey Ingresy Microsoft Access
Sistemas de ERP (Entreprise Resource Planning)
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Um sistema ERP um sistema integrado de aplicaes, com vrios mdulos cobrindo as mais
diversas reas da organizao.
So caracterizados pela possibilidade de configurao, de forma a facilitar a sua adaptao a
processos e contextos organizacionais distintos.
Os benefcios dos ERP esto associados a melhorias de produtividade, reduo de custos,maior eficincia no desempenho dos processos de negcio, etc.
Os principais produtos ERP so o SAP R/3, o Oracle Financials e o Microsoft Navision.
Como suporte de um sistema ERP est uma nica BD que recolhe e fornece dados a diversos
mdulos de aplicaes de software que por sua vez suportam transversalmente toda a
actividade de negcio da organizao em termos funcionais.
Uma das vantagens da utilizao de um ERP quando so introduzidos novos dados num
sistema informtico, a informao relacionada automaticamente actualizada.
O desenvolvimento e crescente adopo dos ERP deveu-se a:
-Sistemas informticos no preparados para as alteraes decorrentes do ano 2000 e adquirir
novos produtos era mais econmico;
-O ERP integra todas as aplicaes operacionais e de suporte, melhorando a eficincia dos
processos organizacionais;
-Necessidade de desenhar novas arquitecturas de informao e processos que facilitassem a
adopo de solues de comrcio electrnico;
-Facilidade de replicao noutros pases e mercados para as multinacionais.
Os ERP surgiram no incio dos 90, a partir de um alargamento dos denominados MRP (Material
Requirement Planning). Estes evoluram para uma 2 gerao designada de MRP II
(Manufactoring Resource Planning)
Os mdulos mais frequentes dos ERP:
Contabilidade e Finanas Gesto de armazm Compras Vendas Controlo de Gesto Distribuio / logstica Gesto da Qualidade Gesto RH Manuteno
Os ERP apresentam actualmente funcionalidades adicionais como mdulos para optimizao
da cadeia de abastecimento, CRM (Costumer Relationship Management), comrcio
electrnico, etc.
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Quanto mais customizado (adaptado aos requisitos especficos do utilizador) o ERP se tornar,
mais difcil ser comunicar com sistemas anlogos, de clientes e de fornecedores.
Muitos dos benefcios associados introduo dos ERP nas organizaes no advm da
utilizao da tecnologia mas da mudana dos processos organizacionais que o projecto
informtico ir solicitar.
Sistemas de CRM (Customer Relationship Management)
Os CRM so aplicaes que permitem gerir o relacionamento estratgico da empresa com os
seus clientes, procurando a satisfao dos clientes atravs do desenvolvimento de relaes
mais personalizadas. O CRM procura contribuir para a identificao e reteno dos clientes
mais rentveis. Gere os dados sobre cada cliente, que esto numa BD que partilhada pelos
departamentos interessados. Os dados podem ser recolhidos atravs de call centers, portais
Web ou contacto pessoal.
O software gere toda a informao sobre o cliente: o seu registo, identificao, preferncias,
grau de satisfao, etc.
O CRM pode ser de dois tipos:
-CRM operacional
-CRM analtico
O CRM operacional inclui actividades como call centers, servio ao cliente, campanhas de
marketing, funcionalidade de comrcio electrnico ou automao da fora de vendas. OCMR
analtico centra-se na anlise dos dados recolhidas pelo CRM operacional permitindo
identificar o comportamento dos consumidores, segmentao de clientes, anlise de vendas,
anlise de campanhas, de risco, da qualidade de servio ao cliente, etc.
O correcto desenvolvimento de uma estratgia CRM implica:
maior conhecimento dos clientes; adaptao dos produtos s necessidades e preferncias dos clientes; aumento da eficincia de fora de vendas; melhorar a consistncia dos processos de negcio na organizao; desenvolvimento das capacidades analticas da organizao; melhor integrao departamental, fundamentalmente entre as reas de marketing e
de vendas
O principal produto no mercado o Siebel.
Os ERP esto actualmente a incluir mdulos de CRM nos seus produtos.
Devido relativa complexidade de alguns sistemas e diversidade de conhecimento envolvidas
num projecto desta natureza, o sucesso com a implementao de sistemas de CRM no
tarefa fcil, existindo um grande nmero de casos de insucesso.
Sistemas de Informao Interorganizacionais
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Permitem ligar os SI de vrias organizaes.
O EDI (Electronic Data Interchange / Intercmbio Electrnico de Dados) uma forma de
comunicao electrnica que permite aos parceiros empresariais a troca de dados,
normalmente referentes a transaces comerciais, em formato estruturado que pode ser
processado em aplicaes de software. O EDI implica a existncia de um formato adoptado
pelas partes para a transmisso de documentos. Pode trazer benefcios significativos sorganizaes, reduo de custos, rapidez e fiabilidade do servio prestado. O EDI baseado na
internet tende a substituir o EDI tradicional.
O comrcio electrnico entre empresas, Business to Business (B2B), corresponde existncia
de uma rede de cooperao entre empresas, para fornecimento de servios e produtos
baseada em SI interorganizacionais, ainda fortemente suportado em EDI.
Business to Consumers (B2C), o comrcio electrnico entre empresas e particulares, comrcio
de retalho com relaes comerciais mais espordicas. Ex. Amazon, Barnes and Noble, Dell,
banca, etc.
O Consumers to Consumers (C2C) corresponde divulgao, compra ou troca de produtos
entre consumidores (eBay).
Desenvolvimento de SI nas organizaes
O ciclo de Vida do Projecto Informtico
Um projecto informtico envolve significativos recursos financeiros, uma componente
tecnolgica em permanente evoluo e considerveis aspectos humanos e polticos.
Uma organizao inclui diversos subsistemas que so informatizados de forma independente
atravs de diferentes projectos, mas mantendo um referencial comum. O processo deinformatizao desses subsistemas pode ser descrito atravs de um ciclo de vida, que se
designa de Ciclo de vida do projecto informtico. A identificao do conjunto de fases que
compem cada modelo est directamente associada ao mtodo de desenvolvimento
adoptado.
O programador um indivduo fundamentalmente qualificado na codificao de algoritmos
atravs de uma linguagem de programao computacional.
Os projectos de informatizao em organizaes de significativa dimenso necessitam de uma
vasta equipa de profissionais. A especializao fundamental. Surgindo funes como analista
de sistemas e analista-programador
Mtodo de desenvolvimento de sistemas com as seguintes etapas: estudo de viabilidade,
anlise de requisitos, anlise de sistemas, desenhos de sistemas, programao, reviso e
manuteno, designado de ciclo de vida tradicional do desenvolvimento de sistemas.
As principais fases do ciclo de vida tradicional permanecem comuns maioria dos mtodos,
actuais de desenvolvimento de sistemas informticos.
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Estudam-se, desenham-se ou constroem-se inicialmente os mdulos principais e s depois os
respectivos sub-mdulos.
O ciclo de vida do projecto informtico consiste num conjunto interactivo de actividades que
no so obrigatoriamente realizados de forma sequencial, sendo possvel iniciar uma nova
actividade sem a concluso da actividade supostamente anterior. As fases ou actividades
apresentadas para o projecto estruturado com o intuito de identificar e delimitar a fase daanlise so as seguintes:
Estudo de viabilidade Anlise de sistemas Desenha de sistemas Programao Gerao de testes Teste final Descrio de procedimentos Converso de bases de dados Instalao
Estudo de viabilidade
Inicia-se quando o sistema informtico actual no corresponde s necessidades
organizacionais. Procura-se identificar as deficincias do sistema actual e estabelecer
alternativas viveis para a sua resoluo.
A deciso final de escolha de uma opo, ou de abandonar ou adiar o projecto, caber
gesto, com base no relatrio custo/benefcio e nas suas prprias restries, normalmente de
ordem financeira.
Planeamento Estratgico de SI
Principais objectivos:
alinhar os investimentos em S e TI com os objectivos organizacionais. explorar a possibilidade de utilizar os S e TI para obter vantagem competitiva. desenvolver polticas e arquitecturas para os SI. possibilitar uma adequada GRH e materiais necessrios na rea de S e TI. preencher o portfolio futuro de aplicaes com SI que satisfaam os requisitos do
negcio e definir prioridades para o seu desenvolvimento.
necessrio conhecer os objectivos e estratgia da organizao, para perceber como que os
S e TI podero contribuir para essa estratgia. importante perceber a concorrncia, para
analisarmos como que os S e TI podero permitir superar essas empresas e obter vantagem
competitiva. fundamental conhecer os processos e TI que existem actualmente na
organizao, para determinar o que poder ser melhorado. Por fim, essencial identificar que
TI existem no mercado, para contribuir para melhorar a informao na organizao.
LER cadeia de valor (pg. 46)
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O conceito de factor crtico de sucesso (FCS) (Rockart, 1979) apresenta um contributo
importante no planeamento de SI. FCS so aspectos chave da organizao, onde a organizao
deve concentrar a sua ateno para poder atingir os seus objectivos. Os FCS sero os
componentes, das diversas reas de actividade, que devero receber maior ateno por parte
dos gestores.
No planeamento de SI os FCS da organizao podem ser usados no sentido de compreender ocontexto organizacional interno, os objectivos e as suas actividades crticas, assim como as
principais necessidades de informao da organizao. Aps identificados os FCS deve
procurar identificar-se S e TI que sejam adequados para garantir que os processos associados
aos FCS so devidamente desempenhados. A utilizao de uma anlise SWOT pode ter um
contributo significativo neste processo.
Um dos principais objectivos do Planeamento Estratgico de SI definir o portfolio de
aplicaes da organizao, assim como calendarizar o seu desenvolvimento. O portfolio de
aplicaes permite classificar as aplicaes em 4 quadrantes, de acordo com a sua contribuio
para atingir os objectivos futuros da empresa e com o grau de dependncia da organizao
relativamente a essas aplicaes. Os 4 quadrantes so:
Sistemas de Suporte - Aplicaes que permitem aumentar a produtividade e/ou a eficincia da
organizao mas que no so crticas para o sucesso de mesma.
Sistemas Operacionais (ou "operacionais chave, key operational) Aplicaes de que o
negcio depende para ser bem sucedido. Aplicaes relacionadas com as actividades chave da
organizao, core business.
Sistemas Estratgicos - Aplicaes que so crticas para a organizao. Para estas aplicaes, a
velocidade no desenvolvimento e a flexibilidade so essenciais. So necessrias equipas de
desenvolvimento com competncias fortes no domnio do negcio e no domnio dos SI.Estes sistemas usam com frequncia informao proveniente dos sistemas existentes, exigindo
para tal uma integrao vertical da informao quer interna quer externa.
Sistemas de Alto Potencial - Aplicaes que podero vir a ser importantes para o sucesso da
organizao mas que devido ao facto de ainda estarem em desenvolvimento ou nos primeiros
tempos de vida til no tm um contributo significativo para a organizao.
A classificao de uma aplicao informtica num dos quadrantes depende da natureza dessa
aplicao mas depende tambm da organizao. Existe uma tendncia para as aplicaes se
deslocarem ao longo dos 4 quadrantes. Inicialmente em Alto Potencial, depois como
Estratgicas, trazendo vantagem competitiva. Quando a aplicao estiver acessvel
concorrncia, o seu factor de diferenciao ir desaparecer embora a mesma continue
extremamente importante para a organizao, ir ser uma aplicao operacional chave.
A passagem de operacional chave para suporte poder ser menos frequente na medida em
que uma aplicao que segue este percurso descontinuada antes de poder ser classificada de
suporte.
A representao de uma arquitectura genrica do SI da organizao um dos resultados do
planeamento de SI. A arquitectura importante parece analisar a organizao como um todo,
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nas suas diferentes verses. Processos, Classes de Dados e Estrutura Organizacional, como
que a organizao funciona, que dados necessita para operar e quais as pessoas envolvidas
nos processos organizacionais.
Uma Matriz Processos/Classes de Dados um diagrama de alto nvel que gera um modelo de
informao do negcio para garantir que os recursos de informao so criados e mantidos e
assegurar que futuros SI funcionaro efectivamente de uma forma global.
Uma Matriz Organizacional/Processos permite identificar quem realiza os diferentes
processos da organizao. A Matriz Classes de Dados/Aplicaes identifica que classes de
dados so necessrias para o funcionamento das aplicaes da organizao.A Matriz
Estrutura Organizacional/Aplicaes permite identificar os actuais utilizadores das aplicaes
existentes e o plano de utilizao de novas aplicaes informticas. A Matriz
Processos/Aplicaes permite analisar quais so os utilizadores de aplicaes informticas na
organizao.
Este conjunto de matrizes possibilita-nos uma imagem integrada entre dados, processos e
pessoas na organizao.
A Anlise de SI
A fase de anlise de sistemas crtica para o sucesso do projecto. Consiste num estudo
detalhado do funcionamento do subsistema de informao a automatizar, principalmente a
nvel dos processos organizacionais e estruturas de dados.
Os processos e estruturas de dados so a essncia do seu sistema de informatizao. Um
mtodo de anlise de SI dever ter como objectivo a representao de um dado SI, atravs da
construo de um modelo que simplifique a complexidade inerente natureza desse sistema,
salientando os seus aspectos relevantes do ponto de vista estrutural, funcional e evolutivo, e
identificando a informao necessria ao seu funcionamento. O mtodo dever apresentar umconjunto de etapas interligadas que explicitem os diferentes passos a seguir no processo de
estudo do SI e incluir tcnicas que possibilitem a realizao desse estudo. A notao, grfica ou
textual, a utilizar deve possibilitar a gesto da complexidade, permitindo a visualizao global e
parcial desse SI atravs de vrios nveis de detalhe.
As tcnicas de anlise de sistemas possibilitam uma representao formal dos processos da
organizao e das estruturas de dados que so necessrias para o seu funcionamento.
A Anlise Estruturada de SI
O mtodo SSADM (Structured Analysis and Design Method, 1980) apresenta um conjunto
detalhado de passos e tarefas bem definidas, a executar para as fases de um escuto de
viabilidade, anlise e desenho de sistema.
Os mtodos estruturados de anlise de SI baseiam-se em 3 modelos: diagramas de fluxo de
dados, modelo entidade - associao (modelo de dados) e modelo entidade - eventos. O
ltimo, menos usual, permite observar quais os eventos que podem influenciar o SI. Um
evento entendido como algo que ocorre num determinado momento no tempo e que
susceptvel de afectar o estado das entidades.
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A tcnica mais usual para representar os processos e a estrutura de circulao de dados de
uma organizao o Diagrama de Fluxos de Dados (DFD). Ao identificar processos e dividi-los
em sub-processos, possvel obter imagens parciais da realidade, que so de mais fcil
compreenso e tratamento. A tcnica tem, um elevado poder descritivo e bastante intuitiva
para os utilizadores.
O DFD uma representao grfica do modelo de circulao da informao no sistema em
estudo. Permite-nos conceber o SI como uma rede de processos funcionais, interligados entre
si.
Para elaborar um DFD necessrio identificar:
Com quem o sistema troca informao (Entidades Externas) Que informao entra, sai e circula no sistema - Fluxos O que o sistema faz (Processos) Onde guardada a informao (Arquivos)
A tcnica dos DFD visa modelar uma representao do funcionamento dinmico de um SI,
permitindo desenvolver um modelo claro e preciso das necessidades funcionais de uma
organizao, contribuindo para um melhor desenvolvimento dos sistemas informticos que a
organizao poder a vir implementar. O modelo obtido atravs dos DFD independente dequalquer mecanismo de implementao.
O DFD constitui uma boa base de comunicao entre os membros da equipa de
desenvolvimento e os utilizadores.
Os DFD devero permitir mostrar:
Os limites do sistema em estudo. Os processos relevantes Os interfaces de comunicao interna e externa Os repositrios de informao.
Os DFD no permitem representar:
As estruturas de dados utilizadas. As necessidades de acesso e respectivo controlo Decises, ciclos e clculos Os volumes de dados.
Ver exemplo pg. 60
Os DFD so de fcil construo e representao. Podem desenhar-se mo, mas ser
conveniente recorrer a programas de desenho em computador ferramentas CASE ou
software especializado na gesto de processos de negcios, como por ex. ARIS ou IDS Scheer,
que permitem representar processos organizacionais e descrio das regras aos processos,
mas tambm controlar a execuo desses processos interligando a representao com os
sistemas informticos existentes.
O Modelo Entidade - Associao permite uma representao grfica das estruturas de dados
necessrias ao funcionamento de um SI de uma organizao. Para desenvolver o modelo
necessrio conhecer os requisitos da organizao, que dever ser obtido atravs do dilogo
com os utilizadores e anlise da documentao existente.
A construo implica a identificao dos principais objectos de informao - Entidades (ex.
clientes, fornecedores, produtos, etc.).
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Uma entidade algo sobre o qual queremos guardar informao e constituda por um
conjunto de Atributos (ex. nome, morada, etc.) que caracterizam essa entidade. As entidades
esto relacionadas entre si por Associaes, procurado obter um modelo conceptual, que
represente as necessidades de informao. Esse modelo dar origem a um conjunto de tabelas
passveis de serem implementadas em qualquer SGBD relacional.
Exemplo pg. 61
A utilizao de Software CASE
As ferramentas CASE (Computer Aided Software Engineering) foram desenvolvidas para
realizar as tarefas de anlise de sistemas incluindo a representao de processos
organizacionais e estrutura de dados , com recurso ao computador, permitindo o
desenvolvimento de aplicaes informticas recorrendo a um ambiente grfico.
Os Upper CASE so usados fundamentalmente na fase de planeamento e anlise de SI; os
Lower CASE so centrados nas fases de desenho e implementao de sistemas informticos e
permitem gerar que automaticamente o cdigo a partir das especificaes dos processos.
Integrated CASE so utilizados em todas as fases do processo de desenvolvimento e trazem
benefcios significativos garantindo a compatibilidade entre as diversas fases do ciclo de
desenvolvimento.
Os produtos CASE mais conhecidos: Oracle CASE, Erwin, Visible Analyst ou Rational Rose.
Vantagens:
Facilidade em realizar alteraes nas especificaes organizacionais, o que implicauma maior produtividade no desenvolvimento de aplicaes,
Especificao detalhada dos SI em anlise, Suporta trabalho em equipa, dados num dado repositrio, Melhorias de qualidade, devido a menor nmero de erros, Ambiente integrado de desenvolvimento. Facilidade de interligao entre as diferentes
fases do ciclo de vida do desenvolvimento dos sistemas informticos.
Desenho de Sistemas
Na fase de desenho procede-se identificao dos mdulos de software e respectivas
interfaces com o utilizador. Estes mdulos so definidos a partir das especificados obtidos na
fase de anlise de sistemas. igualmente nessa fase que se selecciona qual o suporte fsico
(hardware) mais adequado e o software de base a utilizar.
Enquanto a anlise de sistemas procura representar uma parte do mundo real, na perspectiva
de funcionamento do sistema de informao, o desenho corresponde a um processo de
concepo de um mdulo computacional baseado no modelo organizacional anteriormente
construdo na fase de anlise.
Programao, Converso de Dados e Testes
A programao consiste na codificao, atravs de uma linguagem de programao, das
especificaes anteriormente produzidas. Uma linguagem de programao constituda por
um conjunto de comandos e smbolos que tm um significado exacto e inequvoco para o
processador do computador, aos quais correspondem tarefas bem definidas que este tem de
executar. As linguagens de programao tem uma gramtica muito prpria (conjunto de regras
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de escrita, construo e articulao de comandos) que tem de ser rigorosamente respeitada
para que o processador possa interpretar e executar os comandos.
Existem 2 grandes tipos de linguagens de programao:
as linguagens de baixo nvel (cdigo mquina e linguagem assembly); as linguagens de alto nvel.
Os processadores interpretam apenas um conjunto relativamente restrito de instrues muito
elementares que constituem o cdigo mquina. A 1 gerao de linguagens de
programao, consistia em identificar e transmitir ao computador sequencialmente os cdigos
correspondentes s operaes elementares que o processador deveria executar.
Para facilitar a programao em cdigo mquina desenvolveu-se a linguagem assembly ou
assembler 2 gerao de linguagens de programao.
Foram desenvolvidas linguagens de programao de alto nvel, linguagens mais prximas da
linguagem corrente do utilizador. Ex. BASIC, Pascal, FORTRAN, COBOL, C, que pertencem 3
gerao de linguagens de programao, tornam mais produtivo o trabalho do programador
porque a cada instruo em linguagem de alto nvel correspondem vrias instrues em cdigo
mquina.
Cada linguagem de programao possui especificidades prprias que contribuem para a
utilizao no desenvolvimento de determinado tipo de aplicaes
As linguagens de programao de 4 gerao consistem numa variedade de ferramentas de
software que permitem os utilizadores desenvolver software de forma relativamente fcil e
intuitiva sem grande necessidade de conhecimentos tcnicos, aumentando a produtividade no
desenvolvimento de aplicaes (SQL).
Linguagens grficas e geradores relatrios, com interfaces grficos user friendly, so
igualmente considerados linguagens de 4 gerao.
As linguagens orientadas para objectos, como a Java, C++, HTML ou XML, comearam a ter um
papel muito relevante no desenvolvimento de aplicaes comerciais a partir de dcada de
1990. So indiscutivelmente linguagens de alto nvel e na sua maioria podem ser classificadas
como linguagens de 3 gerao.
importante conceber um conjunto de testes que permitam verificar a eficincia do software
produzido. O teste de aceitao corresponde execuo dos testes anteriormente
concebidos, para aferir sobre a qualidade desse sistema e decidir se este est, ou no, em
condies de ser instalado.
Se houver uma alterao substancial no sistema informtico existente poder ser necessrio a
realizao de um processo de converso de dados.
Instalao e Manuteno de Sistemas Informticos
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A fase de instalao ocorre quando o sistema informtico declarado oficialmente como
operacional e colocado em funcionamento, terminando assim o projecto. Aps a instalao
passa-se a uma outra fase - a manuteno, que consiste nas alteraes que tem de ser
efectuadas no sistema informtico aps estar em funcionamento. A manuteno da sistema
poder dar incio ao desenvolvimento de novo software. A manuteno ser sempre um mal
necessrio.
O Paradigma da Orientao para Objectos: Anlise, Desenho e Programao
A orientao para objectos (object oriented) constitui um novo paradigma de desenvolvimento
de SI pois representa uma diferente e extensiva forma de interpretao da realidade, com
conceitos prprios.
Os SGBD orientados para objectos esto especialmente vocacionados para integrar e
manipular complexas estruturas de dados, permitindo maior rapidez de acesso do que as
SGBD relacionais.
O paradigma da orientao para objectos incorpora um conjunto de conceitos que so
fundamentais para a sua compreenso.
Um conceito fundamental o conceito de objecto: qualquer coisa real ou abstracta, sobre a
qual guardamos dados e mtodos que manipulam esses dados. Um mtodo corresponde a
um procedimento que estipula a forma como os dados so manipulados. As propriedades do
objecto so expressas pelo valor dos respectivos atributos, os mtodos definem as operaes
que ele pode efectuar.
A identidade de um objecto permanece imutvel ao longo de sua vida e permite distingui-lo
dos restantes. Atravs do conceito de identidade, os objectos podem incorporar ou referenciar
outros objectos. Um objecto pode estar em diferentes estados, adoptando o comportamento
e propriedades relativas a cada estado.
Um evento algo que ocorre num determinado instante no tempo e que poder afectar o
estado dos objectos.
A noo de abstraco um dos suportes do paradigma da orientao para objectos,
representa um poderoso mecanismo para lidar com a diversificao e complexidade existente
no mundo real. Atribuindo nfase a algumas semelhanas e desprezando diferenas, de
acordo com o interesse e perspectiva psicolgica do individuo que capta a informao
proveniente do real.
A aplicao do mecanismo de abstraco no inovadora, utilizado com maior intensidade.Pois o grau de complexidade inerente ao conceito de objecto significativamente superior
ao grau de complexidade do conceito entidade e as estruturas de um modelo orientado para
objectos envolve maior hierarquizao dos seus componentes.
Uma classe corresponde a uma estrutura de atributos, mensagens e mtodos, que podero ser
invocados pelos objectos. As classes de dados so identificadas durante a fase de anlise de SI.
A diferena entre o conceito de entidade (MEA) e o conceito de classe que enquanto a
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entidade se expressa atravs de uma estrutura de dados, um tipo define no s a estrutura de
dados, como inclui os mtodos que manipulam esses dados. Os detalhes referentes aos
mtodos, identificados no tipo, e aplicveis sobre os objectos, so especificados na classe.
Uma classe pode herdar mtodos e atributos de outra classe. Uma classe de objectos pode ser
definida como um caso particular de uma classe mais global, incluindo os mtodos e atributos
definidos nessa outra classe. Se uma determinada classe herda caractersticas estruturais ecomportamentos de outra, a 1 designa-se subclasse e a 2 de superclasse. A herana directa
de atributos e mtodos de mais do que uma classe designa-se mltipla hereditariedade. Alm
dos mtodos e atributos herdados, as subclasses dispem dos seus prprios mtodos e
atributos.
Uma relao entre classes pode expressar a convenincia na partilha de mtodos e atributos,
ou indicar uma interligao de carcter semntico entre classes. A associao um
mecanismo que permite relacionar classes que, apesar de diferentes na sua essncia, possuem
alguma correspondncia entre si a (ex. automvel e condutor, diferentes caractersticas,
interagem no desempenho da sua misso).
A generalizao corresponde a uma forma de abstraco em que objectos similares so
relacionados com um objecto genrico. Numa relao de generalizao, a classe que define os
aspectos comuns aos objectos, designa-se de genrica, e as classes que contm caractersticas
especficas, no comuns entre si, denominam-se de especializadas. Uma generalizao poder
ocorrer por motivos de extenso, onde a classe especializada acrescenta atributos e mtodos
particulares aos mtodos e atributos existentes na classe genrica, ou com o objectivo de
introduzir restries para as caractersticas definidas na classe genrica.
As estruturas de generalizao permitem a concretizao da teoria de hereditariedade. Uma
classe C uma generalizao das classes C1Cn, se cada objecto de C tambm um objecto
de uma das classes C1...Cn. A generalizao normalmente exclusiva, o que significa que osconjuntos de objectos das classes especializadas so disjuntos. Com a introduo do conceito
de mltipla hereditariedade, existe a possibilidade de um objecto pertencer, simultaneamente
a duas classes posicionadas no mesmo nvel de uma estrutura hierrquica de generalizao. Ex.
As classes veculo terrestre e veculo aqutico so especializaes de uma classe genrica
veculo. Um veculo anfbio possui caractersticas das duas classes assinaladas, exemplo de
uma situao de mltipla hereditariedade.
A agregao uma forma de relao em que o objecto agregado constitudo por partes ou
componentes. Os componentes so representados por outros objectos que podem, ou no,
existir separados do agregado. Um automvel constitudo por diversas partes distintas, o
motor, pneus, chassis, etc. Estes componentes correspondem a objectos, se a sua relevnciano universo em anlise justificar a identificao e concepo das respectivas classes. A
agregao uma relao transitiva. Se C1 um agregado de C2, e C2 um agregado de C3,
ento C1 tambm um agregado de C3.
Uma hierarquia corresponde a uma classificao ordenada de abstraces elaborada de forma
a facilitar a compreenso de realidade. A hierarquizao concretiza-se recorrendo aos
mecanismos de relao de agregao e generalizao.
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Encapsulao (ou capsulao) o facto de dados e mtodos serem conjuntamente
incorporados, permitindo esconder dos utilizadores os detalhes de construo do objecto.
A comunicao entre objectos realiza-se atravs do envio de mensagens que permitem activar
os mtodos de uma determinada classe. Uma mensagem constituda pelo nome do objecto,
o nome do mtodo a evocar e um grupo de parmetros que caracterizam a forma como o
mtodo ir operar. Se uma mensagem enviada para uma determinada classe, no seconhecendo qual a classe que fisicamente incorpora o mtodo que permite responder a esse
estmulo, diz-se que estamos perante uma situao de polimorfismo. Quando uma subclasse
recebe uma mensagem, para execuo de uma determinada operao, efectua-se nessa
subclasse uma pesquisa do mtodo correspondente e caso esse mtodo no seja detectado
ser examinada a respectiva superclasse e assim sucessivamente. O mtodo a executar poder
ser herdado de uma outra classe que no aquele para a qual foi inicialmente dirigida a
mensagem. O conceito de polimorfismo representa o facto de objectos de diferentes classes
poderem responder de uma forma prpria e distinta a uma mensagem comum.
A estrutura conceptual que define uma perspectiva de orientao para objectos o modelo de
objectos. O modelo de objectos baseia-se em 4 conceitos fundamentais: abstraco,
encapsulao, modularidade e hierarquia. A encapsulao ajuda a gerir a complexidade,
escondendo os detalhes relativos ao elevado nmero de classes de objectos criadas a partir da
aplicao do processo de abstraco, a modularidade permite a manipulao de
complexidade, atravs de possibilidade de dividir um problema em diferentes componentes
individuais. As estruturas hierrquicas de generalizao e agregao desempenham um papel
de relevo na estruturao das diferentes classes de objectos.
A tecnologia orientada para objectos apresenta:
Vantagens:
Maior expressividade. Apresenta uma maior capacidade de representao semnticado sistema em estudo. O conceito de objecto possibilita a necessria diferenciao,
interligao e classificao dos elementos do mundo real segundo as caractersticas
naturais, no s em termos de atributos como tambm de comportamento.
Permite acelerar o processo de desenvolvimento, melhorando a qualidade doSoftware. Construo de Software a partir de objectos estandardizados e pr-
fabricados, maior facilidade de reutilizao de cdigo e substituio do processo
convencional de desenvolvimento por rpida construo de prottipos.
Diminuio de custos. Reduo das fases de programao e teste.Desvantagens:
Maior complexidade na concepo de modelos orientados para objectos, decorrenteda prpria complexidade do conceito de objecto e da intensa aplicao do processo de
abstraco.
Dificuldade para os utilizadores. A dificuldade de entendimento dos conceitos deorientao para objectos por parte dos utilizadores poder ser maior.
Custos de mudana de tecnologia.
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Factores de Sucesso com o Desenvolvimento de Sistemas Informticos
Alguns factores fundamentais para o sucesso dos projectos informticos:
Existncia de uma actividade de planeamento estratgico de SI na organizao. Envolvimento dos gestores de topo no projecto informtico. Conhecimento de anlise de sistemas pelos gestores e utilizadores. Existncia de competncias na organizao na rea de SI. Experincia dos consultores e programadores. Formao dos utilizadores. Gesto do processo de mudana organizacional.