Resumão - Protozoários

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 [Digite o título do documento] 1 SILVA, Michael do Carmo  Enf. UESB 2009.2 Março de 2011 Todos os direitos reservados  I Unidade  RESUMÃO PARASITOLOGIA HUMANA - PROTOZOÁRIOS AMEBÍASE Protozoário:  Entamoeba histolytica/ E. dispar Habitat:  Intestino grosso Formas encontradas: trofozoíto e cisto Morfologia:  Trofozoíto - 20 a 30 µm; “roda de carroça”  Pré-cisto - entre cisto e trofozoíto  Metacisto  origina trofozoítos  Cistos - 8 a 20 µm Reprodução: Assexuada (Divisão Binária) Tipo de Ciclo: Monoxênico Transmissão:  Ingestão de cistos maduros em alimentos / Vetor mecânico Manifestações Clínicas:  Colites não-disentéricas / Colite disentérica / Abscesso hepático Diagnóstico:  Cistos nas fezes moldadas e trofozoítos nas diarréicas Epidemiologia:  Endêmica em todas as áreas / + freqüente adultos / os cistos permanecem viáveis durante cerca de 20 dias Profilaxia: Engenharia e educação sanitária / Exame freqüente dos manipuladores de alimentos Tratamento: Amebicidas GIARDÍASE Protozoário:  Giardia intestinalis Habitat:  Nas microvilosidades do intestino delgado Formas encontradas: Trofozoíto e cisto Morfologia:  Trofozoíto   20 µm; piriforme (pêra)  Cisto  Oval ou elipsóide; 12 µm Reprodução:  Assexuada (Divisão Binária) Tipo de Ciclo: Monoxênico Transmissão:  Ingestão de cistos maduros (oro-fecal) Manifestaçõe s Clínicas: Diarréia e má-absorção intestinal; processos inflamatório s (considerar a imunidade do hospedeiro) Diagnóstico: Cistos em fezes formadas e trofozoíto s ou cistos nas diarréicas Epidemiologia:  Cosmopolita / Criança s (8 meses a 10-12 anos) / Alta prevalência / creches e abrigos / transmissão sexual entre homossexuais / resiste até dois meses Profilaxia: Medidas de higiene pessoal, destino correto das fezes, proteção dos alimentos e tratamento da água Tratamento: Medicamentoso (metronidaz ol, tinidazol, ornidazol, furazolidona e secnidazol)

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RESUMÃO

PARASITOLOGIA HUMANA - PROTOZOÁRIOS

AMEBÍASE

Protozoário: Entamoeba histolytica/ E. dispar 

Habitat: Intestino grosso

Formas encontradas: trofozoíto e cisto

Morfologia:

  Trofozoíto - 20 a 30 µm; “roda de carroça” 

  Pré-cisto - entre cisto e trofozoíto

  Metacisto – origina trofozoítos

  Cistos - 8 a 20 µm

Reprodução: Assexuada (Divisão Binária)

Tipo de Ciclo: Monoxênico

Transmissão: Ingestão de cistos maduros em alimentos / Vetor mecânico

Manifestações Clínicas: Colites não-disentéricas / Colite disentérica /

Abscesso hepáticoDiagnóstico: Cistos nas fezes moldadas e trofozoítos nas diarréicas

Epidemiologia: Endêmica em todas as áreas / + freqüente adultos / os cistos

permanecem viáveis durante cerca de 20 dias

Profilaxia: Engenharia e educação sanitária / Exame freqüente dos

manipuladores de alimentos

Tratamento: Amebicidas

GIARDÍASE

Protozoário: Giardia intestinalis 

Habitat: Nas microvilosidades do intestino delgado

Formas encontradas: Trofozoíto e cisto

Morfologia:

  Trofozoíto – 20 µm; piriforme (pêra)

  Cisto – Oval ou elipsóide; 12 µm

Reprodução: Assexuada (Divisão Binária)

Tipo de Ciclo: Monoxênico

Transmissão: Ingestão de cistos maduros (oro-fecal)

Manifestações Clínicas: Diarréia e má-absorção intestinal; processos

inflamatórios (considerar a imunidade do hospedeiro)

Diagnóstico: Cistos em fezes formadas e trofozoítos ou cistos nas diarréicas

Epidemiologia: Cosmopolita / Crianças (8 meses a 10-12 anos) / Alta

prevalência / creches e abrigos / transmissão sexual entre homossexuais /

resiste até dois meses

Profilaxia: Medidas de higiene pessoal, destino correto das fezes, proteção

dos alimentos e tratamento da água

Tratamento: Medicamentoso (metronidazol, tinidazol, ornidazol,

furazolidona e secnidazol)

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PARASITOLOGIA HUMANA - PROTOZOÁRIOS

BALANTIDIOSE

Protozoário: Balantidium coli  

Habitat: Luz do intestino grosso

Formas encontradas: 

Morfologia:

  Trofozoíto – 60 a 100µm X 50 a 80µm - recoberto por cílios

  Cisto – 40 a 60µm - + ou – esférico

Reprodução: Assexuada (Divisão Binária) e Sexuada (conjugação  – se unem

pelo citóstoma temporariamente para promover trocas genéticas)

Tipo de Ciclo: Monoxênico

Transmissão: Ingestão de cistos que contaminam alimentos, água ou mesmo

as mãos. Quando existe infecção humana, quase sempre essa ocorreu a

partir de cistos (e mesmo trofozoítos) provenientes de fezes suínas, que

contaminaram as mãos ou os alimentos humanos.Manifestações Clínicas: Diarréia, meteorismo, dor abdominal, anorexia,

fraqueza e, às vezes, febre.

Diagnóstico: O diagnóstico clínico é difícil devido à semelhança com a colite

amebiana. O laboratorial se dá pela evidenciação de cistos (raros nos homens

e, quando vistos, são em fezes formadas) ou de trofozoítos em fezes

diarréicas.

Epidemiologia: Distribuição mundial pois é a mesma dos suínos.

Profilaxia: Higiene individual dos profissionais, engenharia sanitária, criar

suínos em condições sanitárias

Tratamento: Adoção de dieta láctea por alguns dias (os protozoários sealimentam de amido). Em alguns casos recomenda-se uso de drogas:

metronidazol ou tetraciclinas.

CRIPTOSPORIDIOSE

Protozoário: Cryptosporidium sp 

Habitat: Microvilosidades de células epiteliais do TGI. Mas pode se localizar

nos pulmões, vesícula biliar, pâncreas, esôfago e faringe.

Formas encontradas: OocistosMorfologia:

  Formas endógenas (tecidos)

  Oocistos (fezes e meio ambiente)  – pequenos, ovóides ou

esféricos, 4 esporozoítos livres em seu interior quando

eliminados nas fezes;

Reprodução: Assexuada (merogonia) e Sexuada (gametogonia)

Tipo de Ciclo: Monoxênico

Transmissão: Ingestão ou inalação de oocistos ou pela auto-infecção. A

transmissão se dá: de pessoa a pessoa; animal a pessoa; água ou alimentos

contaminados com oocistos.Manifestações Clínicas: Imunocompetentes – diarréia aquosa, anorexia, dor

abdominal, náusea, flatulência, febre e cefaléia  – Crianças: vômitos e

desidratação / Imunodeficientes  – sintomas crônicos, desequilíbrio

eletrolítico, má absorção, emagrecimento acentuado e mortalidade elevada

(AIDS)

Diagnóstico: Demonstração de oocistos nas fezes, material de biópsia

intestinal ou em material obtido de raspado de mucosa.

Epidemiologia: Cosmopolita  – é considerada a zoonose emergente mais

importante da atualidadeProfilaxia: Medidas que previnam ou evitem a contaminação do meio

ambiente, água e alimentos com oocistos do parasito

Tratamento: Visa aliviar os efeitos da diarréia e desidratação / cura

espontânea em indivíduos imucompetentes.

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PARASITOLOGIA HUMANA - PROTOZOÁRIOS

TRICOMONÍASE 

Protozoário: Trichomonas vaginalis

Habitat: Habita o trato genitourinário do homem e da mulher

Formas encontradas: Como todos os tricomonadídeos, não possui a formacística, somente trofozoítica.

Morfologia:

  Trofozoíto  – É tipicamente elipsóide, piriforme ou oval, medindo

em média 15 a 18µm – Tem capacidade de formar pseudópodes

Reprodução: Assexuada (Divisão Binária)

Tipo de Ciclo: Monoxênico

Transmissão: Transmitido através da relação sexual, pode sobreviver por

mais de uma semana sob o prepúcio do homem sadio, após o coito com a

mulher infectada. O homem é o vetor da doença, com a ejaculação, ostricomonas presentes na mucosa da uretra são levados à vagina pelo

esperma. A tricomoníase neonatal em meninas é adquirida durante o parto.

Manifestações Clínicas: Na mulher: Vaginite com corrimento vaginal, prurido

ou irritação vulvovaginal, dispareunia de intróito, disúria. No homem:

Assintomática na maioria das vezes;Prurido uretral leve, ardência miccional;

gôta matinal;

Diagnóstico: Exame microscópico da amostra colhida para encontrar

trofozóitos, colher material pela manhã.

Epidemiologia: É a DST não-viral mais comum no mundo

Profilaxia: Mesmas medidas preventivas de outras DST’s. Tratamento: Metronidazol, tinidazol, ornidazol, nimorazol, carnidazol e

secnidazol (o tricomonas não é sensível aos antibióticos). Em gestantes

devem ser usados somente de aplicação tópica.

DOENÇA DE CHAGAS 

Protozoário: Trypanosoma cruzi 

Habitat: interstício - corrente sanguíneaFormas encontradas: tripomastigota, amastigota e epimastigota

Morfologia:  Tripomastígota

  Amastigota

  Epimastigota

Reprodução: Assexuada (Divisão Binária)Tipo de Ciclo: Heteroxênico  – o parasito passa por uma fase de multiplicaçãointracelular no hospedeiro vertebrado (homem e outros mamíferos) e extracelularno inseto vetor (triatomíneos).Transmissão: Transmissão pelo vetor ocorre pela penetração de tripomastígotasmetacíclicos (eliminados nas fezes ou na urina de triatomíneos, durante ohematofagismo) em solução de continuidade da pele ou mucosa íntegra. Mas podeocorrer transmissão por transfusão sanguínea, transmissão congênita, acidentes delaboratório, transmissão oral, coito, transplante.Manifestações Clínicas: 

  Fase Aguda

  Específicos: Sinal de Romaña, Chagoma de inoculação  Inespecíficos: Febre, Mal estar, Falta de apetite, Hepatoesplenomegalia,

Distúrbios cardíacos.

  Fase Crônica: Lesões do miocárdio, Dilatação do coração, cólon e esôfagoDiagnóstico: O diagnóstico clínico se dá pela presença dos sinais citados acima e olaboratorial se dá por esfregaço delgado corado, exame de sangue em gota espessa,cultura de sangue em meios próprios, sorologia (fase crônica) ou a pesquisa doparasita por meio indireto (xenodiagnóstico, hemocultura, dentre outros).

Epidemiologia: No Brasil, cerca de 6 milhões de habitantessão infectados. Não existedoença de chagas fora do continente americano!Profilaxia: Melhoria das habitações rurais, combate ao barbeiro, controle do doadorde sangue e controle de transmissão congênita.Tratamento: Terapêutica medicamentosa inespecífica. Nifurtinox e Benzonidazol

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PARASITOLOGIA HUMANA - PROTOZOÁRIOS

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA 

Protozoário: Leishmania sp. (braziliensis; guyanensis; amazonensis)

Formas encontradas: Amastigotas, promastigotas e paramastigotas

Reprodução: Assexuada por divisão binária

Tipo de Ciclo: Heteroxênico. Esse protozoário tem seu ciclo biológico

realizado em dois hospedeiros, um vertebrado, que pode ser o Homem e um

invertebrado que é um mosquito do gênero Lutzomya.

Transmissão: A transmissão ocorre pela picada de insetos hematófagos

pertencentes à subfamília Flebotomínea e ao gênero Lutzomya, conhecidos

no Brasil por birigui, mosquito-palha e tatuquira.

Manifestações Clínicas: A leishmaniose cutânea é caracterizada pela

formação de úlceras únicas ou múltiplas confinadas na derme, com a

epiderme ulcerada. Resultam em úlceras leishmanióticas típicas. A

leishmania brasilienses, provoca no homem lesões conhecidas por feridabrava.

Diagnóstico: O clínico pode ser feito com base na característica da lesão que

o paciente apresenta. O laboratorial é feito pela demonstração do parasito

em material obtido por: exames diretos de esfregaços corados, exame

histopaológico, cultura e, raramente, inoculo em animais.

Epidemiologia: No Brasil, ocorre em todos os estados, com maior incidência

na Região Norte.

Profilaxia: O controle da LTA é difícil nas vastas áreas florestais do Brasil.

Tratamento: Atualmente utiliza-seum antimonial pentavalente, Glucantime®.

LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA (CALAZAR) 

Protozoário: Leishmania sp.(chagasi/infantum, donovani)

Habitat: No homem, localizam-se em órgãos linfóides, como medula óssea,

baço, fígado e linfonodos.Formas encontradas: Amastigotas, promastigotas e paramastigotas

Reprodução: Assexuada por divisão binária

Tipo de Ciclo: Heteroxênico. Esse protozoário tem seu ciclo biológico

realizado em dois hospedeiros, um vertebrado, que pode ser o Homem e um

invertebrado que é um mosquito do gênero Lutzomya.

Transmissão: A principal é a picada da fêmea de L. longipalpis

Manifestações Clínicas: Febre irregular de intensidade média e de longa

duração, esplenomegalia, hepatomegalia, acompanhada dos sinais biológicos

de anemia, leucopenia, trmpocitopenia, hepergamaglobulinemia e

hipoalbuminemia. Emagrecimento, edema e o estado de debilidaepogressiva contribuem para a caquexia e o óbito.

Diagnóstico: O clínico, baseia-se nos sinais e sintomas apresentados pelos

pacientes associados à história de residência em área endêmica. O

laboratorial baseia-se na observação direta do parasito em preprações de

material obtido de aspirado de medula óssea, baço, fígado, e linfonodo,

através de esfregaços, inoculado em meios de cultura. Além de métodos

imunológicos, com RIFI, ELISA, RFC e TRALD.

Epidemiologia: Endêmica em 62 países nos quatro continentes. Fatores de

risco para o desenvolvimento da doença incluem a desnutrição, o uso de

drogas imunossupressoras e a co-infecção com HIV; Raposas como principais

reservatórios silvestres e cães como domésticos parasitismo cutâneo

intenso; Maior incidência na região Nordeste do país; Considerada infecção

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oportunista em indivíduos portadores de HIV; Aumento no número de casos

urbanos.

Profilaxia: Controle de reservatórios e vetores; Utilização de repelentes e

roupas compridas; Evitar o hábitat do vetor; Tratamento de doentes; Afastar

abrigos de animais domésticos, pois eles atraem flebótomos; Manter o

peridomicílio limpo => flebótomos cresce.

Tratamento: Antimonial pentavalente (Glucantime)  – primeira escolha;

Anfotericina B  – casos de falha terapêutica com antimônio (Não deve ser

administrada em casos de glomerulonefrite); Pentamidina  – casos de falha

terapêutica com antimônio ou infecção por L. guyanensis; Miltefosina  – 

primeira droga eficaz de administração oral. Está aprovada para uso no

Calazar indiano resistente ao Glucantime.

TOXOPLASMOSE 

Protozoário: Toxoplasma gondii 

Habitat: T. gondii pode ser encontrado em vários tecidos e células exceto

hemácias e líquidos orgânicos

Formas encontradas: Taquizoíto, bradizoíto e oocistos.

Reprodução: endodigenia (1 cél 2 céls) e endopoligenia (1 cél várias céls)

Tipo de Ciclo: Heteroxênico. O ciclo biológico do T. gondii desenvolve-se em

duas fases distintas: A fase assexuada (os linfonodos e nos tecidos de vários

hospedeiros, inclusive gatos e outro felinos) e a fase sexuada (nas células do

epitélio intestinal de gatos jovens não imunes.

Transmissão: Ingestão de oocistos presentes na água, alimentos, solo,

 jardins, latas de lixo ou qualquer lugar contaminado com fezes de gato (ou

disseminados mecanicamente por artrópodes); Ingestão de cistos

encontrados em carne crua ou mal cozida (carneiro e porco); Congênita ou

tansplacentária (taquizoítos ou cistos no endométrio com bradizoítos).

Manifestações Clínicas: Em 80% dos casos é assintomática. Nos casos em

que produz sintomas encontramos febre, linfadenopatia generalizada,

hepatoesplenomegalia, mialgia, rash maculo-papular, coriorretinite. Os

sintomas regridem sem tratamento em cerca de 4 a 6 semanas. O

tratamento é necessário nos casos que cursam com coriorretinite. Quando

sintomática: Febril aguda  – mais comum em crianças e jovens, é auto-

limitada. Uveíte  – resulta da infecção da retina e coróide por taquizoítas ou

reativação de bradizoítas. Encefalite  – raramente produzida pela infecção

aguda e sim por reativação.

Diagnóstico: Clínico: dificuldade, assintomático em geral ou semelhança a

outras doenças (ex. mononucleose). Laboratorial: Demonstração do parasito

(taquizoíto) => raramente utilizado. Algumas vezes pode ser realizada biópsia

de gânglios ou vísceras. Testes sorológicos (mais utilizados ELISA e RIF).

Epidemiologia: Zoonose; Protozoário mais difundido entre a populaçãohumana, sendo encontrado em quase todos países; Praticamente todos

mamíferos e aves são suscetíveis; Importante causa de doença oportunista

em pacientes infectados pelo HIV (encefalite); Causa comum de uveíte,

podendo levar à perda de visão.

Profilaxia: Voltada principlamente para evitar a forma congênita - Controle

da população de gatos nas cidades e em fazendas; Exame pré-natal de

toxoplasmose; Tratamento com espiramicina das grávidas em fase aguda;

Evitar o consumo de carnes cruas ou malcozidas  – 10min a 70ºC; Evitar

manipular terra ou serviço de jardinagem; Evitar contato com gatos de

procedência ignorada; Proteger caixas de areia para que gatos não

defequem nas mesmas; Alimentação dos felinos com carne cozida ou seca,

ou ração de boa qualidade.

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RESUMÃO

PARASITOLOGIA HUMANA - PROTOZOÁRIOS

Tratamento: Indicado para casos agudos da toxoplasmose ocular (uveíte),

toxoplasmose congênita, conversão sorológica em gestação e em

imunodeficientes com toxoplasmose em qualquer tipo ou fase; Gravidez:

espiromicina, clindamicina; Demais casos: sulfa, e pirimetamina por 2 a 4

meses.

MALÁRIA 

Protozoário: Plasmodium sp.

Habitat: Depende da fase do ciclo em que se encontram. No homem:

hemácias e hepatócitos (e corrente sanguínea  – esporozoítos). Nos

mosquitos anofelinos: matriz peritrófica, epitélio médio, hemolinfa e

glândulas salivares.

Formas encontradas: Formas extracelulares: Esporozoítos, merozoítos,

oocineto, capazes de invadir as células hospedeiras,possuem o complexo apical . Formas intracelulares: Trofozoítos, esquizontes

e gametócitos.

Tipo de Ciclo: Hetereoxênico

Transmissão: Vetorial: (Fêmeas de mosquitos anofelinos - gênero Anopheles

- parasitadas com esporozoítos em suas glândulas salivares); Acidental:

(transfusão sanguínea, compartilhamento de seringas contaminadas e

acidentes laboratoriais).

Manifestações Clínicas: 

Diagnóstico:

  Clínico:

o  sintomas inespecíficos

o  anamnese: área de residência ou relato de viagens, informações

sobre transfusão de sangue ou uso de agulhas contaminadas

  Laboratorial:

o  pesquisa do parasito no sangue periférico (gota espessa ou

esfregaço)

o  PCR

o  Sorologia (IgM e IgG) – não é muito eficiente

o  Provas rápidas no papel de nitrocelulose (RDT´s)

o  QBC (microhematócrito para avaliação do anticorpo)

Epidemiologia: No Brasil, a malária apresenta distribuição heterogênea e

dependente das atividades ocupacionais desenvolvidas por populações

expostas na Amazônia (garimpeiros, trabalhadores envolvidos em projetos

agropecuários e de colonização)

Profilaxia: Profilaxia de contato; Quimioprofilaxia; Medidas coletivas

(combate ao vetor adulto, nebulização espacial com inseticidas no

peridomicílio, larvicidas, saneamento básico  –  “criadouros”); Imunização

(anti-esporozoíto, anti-gametócito, anti-merozoíto)=> testes

Tratamento: O tratamento da malária visa à interrupção da esquizogonia(formas sanguíneas); Também objetivo da terapêutica proporcionar a

erradicação de formas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das

espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim as recaídas tardias; Abordagem

terapêutica de pacientes residentes em áreas endêmicas: interrupção da

transmissão, pelo uso de drogas que eliminam as formas sexuadas dos

parasitos (gametócitos).

"É o esforço constante e determinado que quebra a resistência, e

varre todos os obstáculos." 

Claude M. Bristol