Bacteriologia (resumão)

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    Dividiremos nosso estudo sobre bacteriologia em :

    I-Formas Bsicas

    II-Colorao de Gram

    III-Crescimento e Morte de Clulas Bacterianas

    a

    I) Formas bsicas : 1.esfricas - cocos

    2.cilndricas - bacilos

    3.espiraladas - espiroquetas

    1)- isolado

    - um par = diplococo

    - em "colar" = estreptococos, so muito sensveis, no se multiplicando muitoem meio mais ou menos slido.

    - "cacho de uvas" = estafilococos

    - micrococos sp. = em forma de cubo ou ttrade.

    - Organizao decorrente da multiplicao e do grau de ligao da bactria.

    - De acordo com o ambiente, por exemplo, estreptococos pode virar diplococo.

    menor bactria : Mycoplasma (no possuem parede celular, s membranacelular).

    2)

    cocobacilo = muito pequeno, no costuma se agrupar como os cocos.

    80% vive isolado

    em "corrente" = estreptobacilos

    em letra chinesa = "quebrados"

    empaliada = um do ladinho do outro

    bacilos curvos = vibrio (vrgula)

    http://microbiologia.com.sapo.pt/bac1.htm#1%231http://microbiologia.com.sapo.pt/bac1.htm#2%232http://microbiologia.com.sapo.pt/bac2.htm#3http://microbiologia.com.sapo.pt/bac1.htm#1%231http://microbiologia.com.sapo.pt/bac1.htm#2%232http://microbiologia.com.sapo.pt/bac2.htm#3
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    3)

    no faz nenhum agrupamento

    Treponema sp = gnero muito importante

    pleomorfismo = bactrias que apresentam formas variveis.

    Bactria velha pode sofrer mudanas morfolgicas forma de involuono pleomorfismo.

    II) Colorao de Gram (diferencial) :

    1) pode ser : GRAM +

    GRAM -

    processo : a . violeta de Ginciana (mnimo de 1 min)

    b . lugol (Iodo + Iodeto K) - mnimo 1 min

    c . agente diferenciador : lcool + acetona

    em algumas clulas no consegue penetrar : continua azul. (B) em algumas clulas consegue penetrar retirando a colorao azul.(A)

    d . safranina ou fuccina diluda : contracolorao .Bactrias A agora se coram em vermelho / rosa e com as bactrias B no acontecenada, ficam azuis.

    2) GRAM + : ficam azuis, pois no permitem a entrada do agente diferenciador.

    3) GRAM - : ficam vermelhas, pois permite entrada do agente diferenciador.

    Nota - Parede celular : camadas mltiplas externamente membrana plasmtica . Temcamada interna que composta por peptideoglicana envolta por uma camada externa(varia espessura e composio qumica). Peptideoglicana - resistncia a meios de baixa

    presso osmtica como a gua ; suporte estrutural e mantm forma caracterstica dabactria ; um acar com grupos amina sendo uma esrtutura estvel.

    4) Diferenas entre as paredes da bactria GRAM + e GRAM - :

    GRAM + : camada de peptideoglicana mais espessa e algumas tambm possuemuma camada de cido teicico externa camada de peptideoglicana.

    Nota - cido teicico : estrutura anti-gnica importante, reconhecida pelo sistema imune(induz formao de anticorpos espcie - especficos). Encontrado na camada externa da

    parede celular de GRAM +. Alguns polmeros de cido teicico penetram atravs da

    camada de peptid3oglicana, ligando-se covalentemente aos lipdeos da membrana

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    citoplasmtica, sendo agora denominada de cido lipoteicico, outros se ligam ao cidomurmico da peptideoglicana.

    GRAM - : camada externa composta por lipopolissacardeos, lipopoliprotenas efosfolipdeos. H o espao periplasmtico - entre membrana citoplasmtica e

    camada de peptideoglicana que em alguma sespcies contm B - lactamases(degrada penicilina ) e B - lactmicas.

    GRAM - tem parede mais fina, porm mais complexa.

    Nas GRAM - possui endotoxinas (lipopolissacardeos).

    GRAM - deixa entrar agente diferenciador porque tem lipdeos. GRAM + no.

    Algumas bactrias so pleomrficas em relao colorao GRAM , logo se coramirregularmente.

    Lisozima ataca paredes de bactrias GRAM +, assim h uma forma involutiva. Alisozima se encontra nas lgrimas, suor e saliva ; rompe esqueleto da

    peptideoglicana, logo h uma resistncia natural do hospedeiro infecobacteriana.

    Estreptococos produzem autolizinas que ficam na parede permitindo entrada deagente diferenciador bactria fica GRAM - forma de involuo.

    Propriedade tintorial : se GRAM + ou GRAM -.

    GRAM + pode se tornar GRAM - ao sofrer uma modificao em sua membrana.

    Bactrias tratadas com lisozima perdem sua parede, mas se forem tratadas em meiocom mesma presso osmtica que se interior ficam arredondadas - esferoplastos ;

    protoplastos. GRAM - no pode se tornar GRAM +.

    Forma L : GRAM - ou GRAM + que perde sua parede.

    GRAM + so mais suscetveis penicilina G do que as GRAM -.

    Nota : protenas porinas funo importante na regulao do transporte de pequenasmolculas hidroflicas para o interior da clula. Forma trmero funcionando de modoinespecfico como um canal.

    I) Colorao de bacilos lcool - cido resistentes (Zichl Neilsen)

    1) Mycobacterium : no se coram com GRAM ; parede diferente das GRAM + eGRAM - ; parede grossa com grande quantidade de lipdeos - cido miclico (60% da

    parede) ; parede impermevel.

    2) Processo :

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    Fucsina concentrada com aquecimento (mais ou menos 10 min): precisa aquecer,pois corante no entra facilmente por causa da parede grossa.

    lcool + cido : agente diferenciador no entra nas Mycobactrias.lcool - cido mais forte que lcool - acetona.

    Contracolorao : azul de metileno (fraco).

    Resultado : lcool resistentes ficam vermelhas e as outras azuis.

    Esquema da parede das GRAM + e GRAM - :

    GRAM + cpsula

    peptideoglicana

    /////////////////// membrana citoplasmtica

    GRAM - camada externa (LPS)

    peptideoglicana

    Espao periplsmico

    //////////// membrana citoplasmticaLPS : endotoxina ( parte integral da clula, ao contrrio das exotoxinas que so

    secretadas pela bactria) sendo responsvel por muitos dos sintomas das doenas (ex: choque, febre, etc)

    Parede da GRAM - (sequncia de cima para baixo) :

    LPS (lipdeo - polissacardeo) camada

    Camada bilipdica externa

    Protenas lipo (acmulo de enzimas hidrolticas)

    Camada fina (2 a 8nm) de peptideoglicana

    Para diferenciar GRAM - : polissacardeo.

    II) Estrutura Bacteriana :

    1) Membrana citoplasmtica :

    4 funes : a . transporte ativo de molculas para o interior da clula / importante barreira osmtica, no permitindo transporte passivo ; b . gerao de

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    energia por fosforilao oxidativa (substitui mitocndrias das clulas eucariticas) ;c . sntese de precursores para parede celular ; d . secreo de enzimas e toxinas.

    Peptideoglicana produzido no citoplasma e transportado pela membrana.

    Permeases : enzimas que provocam a difuso ativa de substncias contra umgradiente de concentrao.

    2) Estruturas internas :

    2.1) Ncleo :

    DNA agrupado e disperso o citoplasma. No h ncleo e sim nucleide semmembrana.

    Mesossomo : invaginao da membrana citoplasmtica que atua como a origem do

    septo transverso na diviso celular bacteriana e tambm como o stio de ligao doDNA.

    2.2) Ribossomo :

    Stio para sntese de protenas

    Dispersos no citoplasma

    Formados de DNA + protenas

    Tem tamanho e composio qumica diferente dos humanos

    2.3) Cromatforos : s nas fotossintticas ; lipdeos + protenas

    2.4) Incluses citoplasmticas :

    Material de acmulo, de reserva

    Acmulos de acares em forma de glicognio e amido

    Enxofre : bactria o oxida para produo de energia bactrias sulfaradas

    lipdeos : visvel no microscpio de fase

    fosfato inorgnico = granulao metacromtica (cora de uma cor e estrutura se corade uma cor diferente) Corynibacterium

    1) Estruturas de fixao : pelas quais as bactrias se fixam em uma superfcie. Existembactrias que no se fixam em clulas humanas.

    3.1) Glicoclix :

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    Identificao especfica pode ser feita utilizando-se um anticorpo contra o polissacardeo capsular "reao de Quellung"

    3) Esporos :

    Forma de resistncia da bactria em condies adversas

    Dois gneros de bastonetes GRAM + produzem : Bacillus (antrax) e Clostridium(ttano e botulismo)

    Na esporulao ocorre a condensao do material gentico em uma cpsulasrie de camadas protetoras

    esporulao faz com que haja perpetuao da espcie

    esporo contm DNA bacteriano, pequena poro de citoplasma, peptideoglicana,

    muito pouca gua, capa espessa (extrema resistncia ao calor, desidratao, radiaoe subst6ancias qumicas)

    pode permanecer quiescente durante anos at encontrar um ambiente favorvel(gua e nutrientes) onde sofrer ao de enzimas especficas dando origem uma

    bactria metabolicamente ativa e capaz de se reproduzir

    devido alta resist6encia ao cal;or e substncias qumicas, a esterilizao no podeser feita por fervura simples. Deve-se fazer por 30 minutos em vapor sob presso a121C (autoclavao)

    4) Flagelo :

    Apndices longos e normalmente curvo fazendo movimento em chicote

    Tipos relacionados localizao na bactria : a. Flagelo polar - em um polo daclula; nico ou em conjunto / b. Flagelo ao redor da clula = pertriqueo (no gnero

    Proteus)

    Formado por subunidades de protenas - flagelina, semelhante miosina muscular -sua alterao conformacional provoca o movimento

    Nas Salmonella sp, por ex, h sua identificao em laboratrios clnicos poranticorpos especficos dirigidos contra protenas falgelares caractersticaanti-gnica

    5) Filamento axial : estrutura de locomoo interna, envolvendo o corpo da bactria pordentro ; tem movimento em espiral

    6) Corpo basal : estrutura que fixa os flagelos nos envoltrios externos da bactria

    I) Metabolismo Bacteriano :

    1) Obteno de energia :

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    Fonte de energia

    Luz reaes de oxidorreduo

    Fototrpicas Quimiotrficas

    Fonte de C fonte de C

    CO2 compostos CO2 compostos

    orgnicos orgnicos

    fotolitotrficas fotoorganotrficas quimiolitotrficaquimioorganotrficas

    fotoautotrfica fotoheterotrfica quimioautotrficaquimioheterotrfica

    Pratrficas : metabolismo defeituoso, se der C org6anico no consegue sintetizar todos

    os compostos. S consegue viver na clula hospedeira. Ex : clasmdeos, requtsea.

    1.1) Respirao aerbica

    1.2) Respirao anaerbica Quimiotrficas

    1.3) Fermentao

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    No so processos exclusivos!

    No existem bactrias que s fermentam

    Todas quimiotrficas respiram

    Diferenas entre fermentao e respirao

    Na respirao : hidrognios e eltrons transportados por receptores inorgnicos.Se receptor for O2 aerbica, se no for anaerbica. No existe bactria quefaz respirao aerbica e anaerbica

    Na fermentao : com receptores orgnicos

    Produto final :

    1.1) mais rentvel que a anerbica

    1.3) menos rentvel dos 3 processos

    composto inicial : piruvato

    Fermentao alcolica : produto final - lcool etlico ; no to importante para asbactrias e sim para as leveduras

    Fermentao ltica : Streptococos - bactria de interesse mdico

    Fermentao propinica : produto final - cido propinico. Ex :Corinibacterium

    /Propionibacterium = fazem tambm respirao anaerbica

    Fermentao butrica : produto final - cido butrico, lcool butrico e cido B-hidroxibutrico = tambm realizam respirao anerbicaq

    Fermentao butilenogliclica :Enterobacter/ butilenoglicol

    Fermentao acidamista : produtos finais - cido actico, lcool etlico, cidosuccnico

    Nota : * hidrolases - molculas grandes se transformam em monmeros.

    * autolizinas esto normalmente inibidas, a penicilina destri inibidores dasautolizinas, logo a parede destruda.

    2) Enzimas bacterianas :

    Classificao : A . extracelulares

    B .ectocelulares

    C . endocelulares

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    A . catalase : protege bactrias contra ao da H2O2 produzida na fagocitose

    coagulase : fibrinognio fibrina

    penicilase : age sobre penicilina

    B . agem na membrana (permeabilidade seletiva) nos processos respiratrios e nasntese de parede

    C . fazem sntese de grnulos de reserva, enzimas envolvidas no catabolismo

    enzimas de constituio : produo permanente, reguladas pelo PH, concentraodo substrato, etc . . .

    enzimas de induo : s quando h necessidade ; reguladas pela sua sntese atravsdo status do gene (se est ou no ativado). So ativados pelos operons. Produto final

    inibe ativador dos operons, "desligando" assim o gene

    3) Consumo de energia :

    Biossntese

    Locomoo

    Transporte ativo

    Produo de calor

    Somente os processos de biossntese de parede e grnulos de reserva so diferentesdas clulas eucariticas

    II) Nutrio Bacteriana :

    1) gua :

    85% de uma bactria

    faz termorregulao mantendo a temperatura constante e mantm presso osmtica

    nutrientes precisam estar dissolvidos em gua para serem absorvidos

    bactria lcool-cido resitentes resistem dessecao. Ex : Micobacterium (bacilode Kock = causador da tuberculose = Mycobacterium tuberculoses - parede lipdicaespessa impede sada de gua, podendo ser transmitido pelo ar )

    2) Bactrias fotossintticas : absorve energia solar pela clorofila ou rodopsina(pigmento vermelho). Reao endergnica : absorve energia da clorofila queabsorveu da luz solar

    3) Bactrias quimiossintticas : energia vem da oxidao de substratos

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    4) Paratrficas : Ex - Mycobacterium leprae , Kiccketsia prowazeku (peste negra),Chlamydia trachomatis. Sobrevivem somente dentro de clulas vivas.

    5) Fontes de carbono : existem bactrias que alm do CO2 (compostos inorgnicos)precisam de compostos orgnicos. Ex:Neisseria gononholae

    6) Fontes de nitrognio : grande maioria utiliza amnia

    7) ons inorgnicos essenciais :

    Enxofre necessrio em grande quantidade para fazer aminocido

    NaCl geralmente em 0,9%, mas existem bactrias halfilas facultativas 2 - 15% NaCl e bactrias halfilas extremas 30% NaCl - Ex : Staphylococcus aureus(causam intoxicao alimentar)

    8) Fatores de crescimento : alimentos

    vitaminas , principalmente complexo

    7) Bactrias aerbicas :

    Estritas : precisam de O2, pois seu sistema de gerao de ATP dependente de O2como aceptor de hidrognio.

    Microaerfilas : precisam de O2, s que no na concentrao atmosfrica. Tmcatalase, mas no tm superxido desmutase .

    Nota : catalase e superxido desmutase so as enzimas utilizadas no aproveitamento doO2.

    Superxido desmutase : 2 O2 + 2 H+ H2O2 + O2

    Catalase : 2 H2O2 2 H2O + O2

    10)Bactria anaerbicas :

    Estritas : algumas suportam a presena de O2, mas no se multiplicam. Outrasmorrem rapidamente. No tem superxido desmutase e catalase. Aceptor final uma substncia inorgnica. Ex :Clostridium sp (ttano)

    Facultativas : fermentao quando h ausncia de O2 suficiente ( importantes, poisdiminuem o PH impedindo instalaio de outras bactrias / tem bastante na floraintestinal e vagina da mulher adulta) e respirao aerbica na presena de O2.

    11)Meios de cultura :

    quanto ao estado fsico : lquido, slido (hoje : gar / vantagem : colnias isoladas),

    semi-slido (gar em menor concentrao)/ vantagem : saber se bactria temmobilidade ou no.

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    Quanto concentrao : gar chocolate mais sangue aquecido para quebrar molculas(mais fcil para as bactrias se proliferarem).

    12)Meio seletivo : algumas bactrias morrem e outras no. H uma seleo. Meiodiferencial : bactrias se apresentam com cores diferentes.

    13)Condies de cultivo : Ph adequado

    temperatura

    tempo de incubao

    atmosfera de O2 adequado

    Nota : bactrias so rpidas para proliferar, mais demorada : bacilo da lepra (14 diaspara 1 dar 2).

    III) Crescimento e morte de clulas bacterianas :

    Bactrias se reproduzem por fisso binria / bipartio / cissiparidade na qual umaclula parenteral origina duas clulas filhas crescimento exponencial(crescimento logartimica).

    Tempo de duplicao : Ex - 20 min para e.coli e 24 h Mycobacterium tuberculosis.O tempo de duplicao varia com a espcie, quantidade de nutientes, temperatura,PH e outros fatores ambientais.

    Contagem do nmero total de bactrias : placa de Petroff = cmara de contagemnde bactrias/ml ou mm3. Tambm uas-se contadores eletrnicos que contam nde

    bactrias/ml atravs da captao de sua movimentao.

    Contagem do n de bactrias viveis : mais usada. Usa-se para fazer soro, vacinas,exames, em alimentao. Tcnica mais utilizada : diluio em placas diluiessucessivas da suspenso - me coloca-se em estufas cada bactria vai

    produzir uma colnia conta-se n de colnias diludas e compara comsuspenso - me.

    Alas calibradas : para exame de urina / ala com volume conhecido, espalha emplaca, conta nde colnias no dia seguinte

    Tcnicas para grande volume e pequeno nde bactrias :

    filtrao / membranas filtrantes : sistema fechado; bactrias ficam retidas nofiltro e sero colocadas no meio de cultura para posterior contagem de bactriasvivas por quantidade total de gua que passou pelo filtro.

    Nmero mais provvel : NMP para contagem de poucas bactrias. Sriede 3 ou 5 tubos contendo mesmo volume com um indicador de crescimento . . .depois conta em quantos tubos houve crescimento e compara-se com tabela de

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    NMP. Usado em controles da populao bacteriana de alimentos, cosmticos,etc ...

    curva de crescimento bacteriano : ciclo apresenta 4 fases principais

    log do n

    bact.

    3 1 : fase lag ou de espera

    2 : fase exponencial

    3 : fase estacionria

    4 : fase de degradao

    tempo

    1: metabolismo altssimo, mas sem diviso celular. Durao depende do meio decultura.

    2: rpida diviso celular, bactria vai crescer em PG. uma reta cuja inclinao vaidepender da velocidade de diviso das bactrias. (penicilina atua nessa fase, pois h

    produo de peptideoglicana).

    3: ocorre quando h carncia de nutrientes. Nmero de mortes se iguala ao nmero declulas novas produzidas, resultando em uma situao de equilbrio na populao.

    4: declnio no nde clulas viveis. Nmero de catablitos aumenta at provocar mortede todas clulas.

    Nota : Quimiostato - aparelho no qual nutrientes esto sendo acrescidos e os produtosda degradao removidos. Assim, clulas podem permanecer na fase exponencial e noentrar na fase estacionria.

    Morte : perda irreversvel da capacidade de reproduo. Avaliao

    da morte = usa-se um agente bactericida.

    I) Ao de agentes fsicos sobre os microrganismos :

    1) Conceitos :

    Desinfetante : desinfeco = morte de muitos, mas no de todos os microrganismos.Os desinfetantes variam em relao danificao dos tecidos : fenol - objetosinanimados / etanol e iodo - superfcies cut6aneas.

    Anti-sptico : subst6ancia qumica utilizada para matar microrganismos dasuperfcie da pele e mucosas. Ex : mertiolate; PUP - Iodo (polevidine).

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    Sanitizao : tcnicas de evitar comprometimento na sade pblica. Utilizado parautenslios pblicos, lugares, ...

    Esterilizao : eliminao de um determinado material de todos os microrganismos,inclusive os esporos de bactrias que so altamente resistentes. Normalmente

    utilizada por autoclavao : exposio ao vapor a 121C por um perodo de 15 min.Solues intravenosas esterelizadas por filtrao e instrumentos cirrgicos porexposio ao xido de etileno (podem ser danificados por calor mido).

    Agente bactericida /fungicida / vivicida = substncias microbicidas : matammicrbios.

    Bacteriostticos / virostticos / fungistticos = substncias microstticas, s paramcrescimento. (ex : maioria dos antibiticos ).

    Antibiticos = drogas produzidas por microrganismos (penicilina).

    Quimioterpicos : drogas de origem botnica ou sinttica = sulfa.

    Quimioterpicos _ antibiticos = agentes antimicrobianos : tm toxidez seletivamaior que o desinfetante, mas ainda provocam inmeros efeitos colaterais. Maioriaso mcrostticos, ou seja, agem em fases do metabolismo.

    Assepsia : aus6encia de micrbios / precisa de procedimentos trabalhosos / usamquase todas as substncias anteriormente descritas (por ltimo : antimicrobianos).

    2) Agentes fsicos :2.1) Calor mido :

    Denatura protena e funde lipdeo.

    muito mais eficiente que o calor seco, mais microbicida.

    Tem alto calor latente (demora para esquentar e esfriar - conserva melhor o calor)

    Alto poder de penetrao e faz pontes de hidrognio com protena denaturada

    impedindo-a de voltar ao normal.

    O calor mido utiliza temperaturas mais baixas que o seco.

    Tcnicas utilizadas :

    fervura simples : esporos resistem essa fervura. Mata maior parte das formasvegetativas dos micr;obios.

    Autoclavao : mata todos os micrbios / fervura a mais de 100C/ aumenta-se a presso e eleva-se a temperatura at 121C por 30 min - mata tudo(EX :Clostridium botulinum - em formas de esporos resistem de 3 a 5 h defervura a 100C. Produz toxina que inibe liberao de acetilcolina)

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    Autoclave emmaterial cirrgico : no podepor em lata, pois ter calor seco em121C o que no suficiente, deve-se embrulhar em um pano e depois guardarem um forno para manter o processo.

    Pasteurizao : aquecimento a 62C por 30 min, seguido por um resfriamentorpido. Pasteurizao rpida - HTSH = 72C por 15 segundos - no esteriliza o

    leite. VHT - 135-145C por 1 a 2 seg e depois resfriamento em 5 seg emtemperatura ambiente para manter propriedades organolpticas.

    Tindalizao : Tindal achou forma de eliminar esporos s fervendo. Caldo comesporos eram fervidos durante 3 dias seguidos por 30 minutos. Mata formasvegetativas e esporos que passam a formas vegetativas. Usada para solues queno suportam a temperatura do autoclave. No h certeza de esterilizao, s aautoclavao tem essa certeza.

    2.2) Calor seco :

    Chama direta e forno e Pasteur

    Chama direta / flambagem : usada para desprezar materiais descartveis para no haver contaminao do ambiente (incineradores de hospitais) uma tcnica muito limitada de esterilizao.

    Forno de Pasteur : temperatura tem que ser maior que o autoclave, pois no hpenetrao da gua / 170-180 1,5 a 2 h para esterelizar material (so embrulhadosem papis resistentes) / material cirrgico dentro de latas fechadas tem cortediminudo, existem tcnicas que preservam mais a meia vida do instrumento.

    Nota 1 : morte trmica - TRD (tempo de reduo decimal) = morte de 90% dapopulao em 10 min. Usado para esterelizar determinadas solues.

    Nota 2 : solues injetveis no podem Ter pirognios endgenos.

    3) Frio :

    No eficiente

    No permite multiplicao das bactrias

    Alguns autores acham que submetidas ao frio lento formam-se cristais queperfurariam a membrana das bactrias.

    Congelamento rpido : tcnica de liofilizao - usada principalmente na preservaode vacinas.

    se usa nitrognio lquido (-196C) sublimao em auto-vcuo - fica somente o "esqueleto"da bactria / quando for

    usar s acrescentar mesmo volume de gua que foi retirado.

    Nota 1 : Bacilo cereus do arroz - causa intoxicao / arroz deve ser guardado nageladeira.

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    Nota 2 : toxiinfeco - ingere-se bactria que dentro do organismo produzir toxinas.

    1) Radiao :

    Existem 2 tipos ultravioleta (A)

    Ionizante (B)

    (A)

    melhor atividade antimicrobiana na faixa de 250-260nm

    no tem muito poder de penetrao, barrado pelo vidro.

    desinfetante.

    No desinfetante, pois bactrias possuem tcnicas de correo das mutaescausadas.

    Principal mecanismo de ao : sobre o DNA formando dmeros de timina adjacentes/ quebra pontes de hidrognio e promove ligaes covalentes entre timinasadjacentes. Assim, a replicao de DNA inibida fazendo com que o organismo no

    possa mais crescer.

    Mecanismos de reparo : Fotorreativao - correo mais rpida, ocorre em presenade luz visvel que ativa enzimas que realiza os cortes de todos os dmeros.

    Reativao no escuro - mais lento que a fotorreativao, mas to eficiente quanto /usa 4 enzimas (1- corte, 2-ampliao do vo, 3-cpia do certo, 4- junta/liga pontas).

    (B)

    Raio X (0,1 a 10 nm) e Raio gama (0,001 a 0,1 nm) : ordem de grandezasemelhantes.

    Tem diferena na origem

    Raio X : vem do bombardeamento de elemento (movimento dos eltrons entre ascamadas liberam R-X).

    Raio gama : emisso radioativa nuclear - vem da desintegrao dos ncleosinstveis. Ioniza tudo que v pela frente : "arranca"elrtons. Ioniza a gua que 85%do bactria. Tem ao instantnea ao contrrio da ultravioleta. Dependendo daconcentrao esterelizante. Os materiais que recebem Raio gama no retmradiao, pois ao instantnea. Alimento tem 30% de reduo do seu estrago.

    2) Vibraes snicas: no muito eficiente. Faz molculas vibrarem podendo quebr-las. Utilizao : obteno de pedaos de bactrias em pesquisas.

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    3) Filtrao :

    Tipos de filtro : porcelana porosa

    Vidro sintetizado

    Celulose (mais usado / filtro milliporo)

    Filtros HEPA (alta eficcia) : para manter ambientes livres de micrbios como salasde cirurgia e salas de computador (no pode ter poeira). um filtro de celulose comvrias dobras - no h turbilhonamento doar, este deve seguir um fluxo laminar. Seocorrer turbilhonamento a poeira pode ser levantada.

    I) Ao de agentes qumicos sobre os microrganismos :

    1) Mecanismos bsicos de ao denaturao de protenas

    solubilizao de lipdeos

    2)

    Fenis denaturam protenas e causam danos membrana.

    Hexaclorofeno : foi muito utilizado em pastas de dente, mas foi abandonado por sercancergeno.

    Cresol um derivado do fenol : o ingrediente ativo do Lisofrmio.

    Eugenol : desinfeta buraco de crie / no anti-sptico / se encostar na gengiva arde.

    Fenol um padro para seus derivados = coeficiente fenlico. Ex: mertiolate - CF =0,5. Assim, tem metade da ao do fenol / fraco.

    1) Oxidantes :

    Cloro : um desinfetante largamente utilizado para purificar o abastecimento degua e para o tratamento de piscinas. O cloro em gua d hipoclorito (gua sanitria)- usado com desinfetante em casas e hospitais. Oxignio mais eletronegativo que ocloro, por isso rouba eltrons deste formando gua e ction clornio (potenteoxidante). A concentrao de cloro ativo que se deve usar de 0,5% para sereficiente. Mata atravs de ligaes cruzadas nos grupamentos sulfidrlicos essenciaisdas enzimas formando pontes dissulfeto inativas.

    Gluconato de clorhexidina : anti-sptico usado para lavar as mos no hospital.

    Iodo : tambm inativa as enzimas que contm pontes dissulfeto e se ligaespecificamente a resduos de tirosina nas protenas. o melhor anti-sptico cutneo

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    utilizado. Tem duas formas : tintura de iodo (iodo a 2% mais KI em etanol- lcooliodado) = prepara pele antes da retirada de sangue / deve ser retirado com lcool ;DUP -I = polivinilpirolidona + iodo / menos irritante / tem um pouco de aodetergente / preparar pele antes de uam cirurgia

    Hipoclorito de sdio (lquido) / hipoclorito de clcio(slido) - em piscinas (clorogasoso tem aplicao complicada).

    gua oxigenada boa em tecidos necrosados, pois hemcias possuem catalaseliberando O2.

    Esterilizao por plasma de H2O2 (soluo aquosa de H2O2 50%) = o maismoderno desinfetante de materiais (no explosivo, mais barato, no resulta emresduos txicos, aumenta durabilidade dos materiais, rapidez).

    xido de etileno : vai ser substitudo pelo plasma. Tempo de durao : 20 a 36 h (

    55C) contra 75 min do plasma.

    2) Alquilantes :

    Radical alquila (radicais orgnicos de cadeia aberta).

    xido de etileno quando utilizado em material anteriormente bombardeado por Raiogama formava cloridrinas cancergenas - um crime. Acrescenta radical alquila.Altamente explosivo, irritante e cancergeno. Acaba com ptes de hidrognio.

    Formol : substituio dos radicais -SH e -NH por CH3. Denatura protena - quebrapte de H. Faz alquilao.

    B-propiolactona : acrescenta radical propila. Processo muito longo (20 a 36h).

    Glutaraldedo 2% : no explosivo. Usado por oftalmologistas e em hospitais paraesterelizao de equipamentos de terapia respiratria. 10 min = desinfeco / 3-10h -esterelizao. Muito mais eficaz que o formaldedo.

    3) Alcois :

    Principalmente desorganiza membrana lipdica, mas tambm denatura. Para suaatividade mxima requer presena de gua (maior poder de penetrao). Oisoproplco o melhor, mas muito caro, por isso usa-se o etlico que no toeficiente, sendo ento um potencializador de outras substncias.

    4) Metais pesados :

    Mercrio / prata : melhores atividades antimicrobianas entre os metais pesados e so osmais utilizados. O mertiolate um pssimo anti-sptico, o mercrio cromo tambm,mas este secativo ao contrrio do primeiro. Se ligam aos radicais -SH retirando H, masessa uma reao reversvel. Nitrato de prata usado para preveno da oftalmia

    gonoccica de neonatos que provocada pela Neisseria gononhocar. Sulfadiazina deprata usada para a

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    preveno de infeco em queimaduras.

    Detergentes : agem principalmente nos lipdeos da membrana. Contm uma porohidrofbica e uma poro hidroflica que pode ser um ction ou um nion. Sosurfactantes ativos. Cloreto de benzalcnio = usado no lugar do mertiolate ; um

    etergente catinico.

    Conservantes de alimentos : tolerados por ns e diminuem a contaminao.

    Sal - em alta concentrao conservante / desidrata bactria.

    Acar - cicatrizao de feridas cirrgicas (no irritante e fonte de energia paraas clulas do local). Tambm desidrata.

    I) Gentica e Variao Bacteriana :

    1) Introduo :

    Em colnias existem os monomorfistas = mesmas bactrias tm sempre asmesmas caractersticas, j que a reproduo por diviso binria. Mas tambmexistem algumas bactrias que apresentam caractersticas diferentes, isso podeacontecer atravs de 2 mecanismos variao fenotpica

    variao genotpica

    Variao fenotpica :

    fentipo - aquilo que se manifesta. No ocorre alterao gentica, as variaes ocorrem em funo do meio

    ambiente. Assim, cessado o estmulo, a bactria volta a ser o que era antes. Exemplo 1 : produo de cpsulas porKlebsiella pneumoniae (bacilo GRAM -

    com cpsula) cessada por falta de acar no meio, mas no parammultiplicao.

    Exemplo 2 : raas de Corynibacterium dihteriae produzem toxinas o tempotodo, mas em presena de Fe 2+ h inibio.

    Exemplo 3 : Proteus spp so extremamente mveis (flagelos) o que dificulta o

    se isolamento e posterior estudo. Ento, usa-se formol para inibir o crescimentode flagelo ou usa-se anticorpos contra os flagelos.

    Variao genotpica :

    no reversvel. Bactrias so haplides, sendo o cromossomo bacteriano nico e circular

    formado por dupla fita de DNA espalhado no citoplasma (sem carioteca). Normalmente duplicao de DNA sincrnico com a diviso celular. Plasmdeos de DNA, podendo estar presentes ou no, dando novas

    caractersticas s bactrias que os possuem. Bem menores que os cromossomos.So capazes de se duplicar independentemente do cromosssoma bacteriano.

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    Plasmdeo F : d capacidade de fazer trocas genticas por conjugao entrebactrias. Bactria com plasmdeo F faz ponte citoplasmtica (fimbria sexual)com outra bactria e passa uma cpia do plasmdeo. Alguns se integram nocromossomo, mas muito raro. Plasmdeo + cromossomo - h passagemsomente de genes, pois a fimbria quebra logo.

    Plasmdeo R : (R= resistncia) tem genes que promovem resistncia aantimicrobianos. Age como o F.

    Plasmdeo bacteriocinognio : produzem bactericinas que matam outrasbactrias. Ex : S.coli - colicina ;Pseudomonas - piocinas. Mecanismo para elasprevalecerem no ambiente.

    Transposons : pedaos lineares pequenos de DNA que se movem de um stiopara outro no DNA celular ou entre o DNA de bactrias, de plasmdeos e debacterifagos. So denominados de "genes saltadores". No so capazes de seduplicar independentemente. Codificam enzimas relacionadas resistncia a

    drogas e podem causar mutaes. Em sua terminao possuem sequnciaspalindromicas.

    Prfago : so vrus temperados que infectam bactrias, mas que no causam sualise (morte). Se inserem no cromossomo ou via plasmdeo. Se multiplicanormalmente com a bactria, mas para manter sua espcie ele de vez em quandoentra em um ciclo ltico (ciclo lisognico ).

    Mutao espontnea : se d por tautomerizao das bases do DNA.Tautomerizao da timina da forma cetnica para a enlica (muda adenina paraguanina = erro de replicao). Pode haver tautomerizao induzida atravs eanlogos de timina que causaro um maior enolizao e maior porcentagem deerros na replicao. Pode ser ou no compatvel com a vida.

    Transferncia de material gentico entre as bactrias : pode ocorrer de 3 formas -conjugao, transduo e transformao. Conjugao : cruzamento entre duas

    bactrias durante a qual o DNA transferido da clula doadora para a receptorae controlado pelo plasmdeo F que carrega os genes que codificam as protenasnecessrias conjugao (mais importante - pilina = pilus sexual).

    Transformao : transferncia do DNA por si de uma clula para outra. Raro invivo. Pode ocorrer das seguintes formas : pode-se extrair DNA de um tipo de

    bactria e introduzi-lo em uma bactria geneticamente diferente ; ou umabactria que foi morta pode liberar seu contedo gentico e este ser captado poroutra bactria. Ex :Streptococos pneumoniae - mistura das que no fazem

    cpsula com extrato das que fazem... resultado : as que no faziam passam afazer. Transduo : um bacterifago ao fazer sua cpsula no interior da bactria pode

    juntar ao seu material gentico pedaos do material gentico da bactria. Assim,quando for infectar outra bactria trar para dentro dela material gentico deoutra clula bacteriana. a transferncia de DNA atravs de vrus bacterianos.Pode ser de dois tipos : generalizado (vrus carrega um segmento de qualquerregio do cromossomo bacteriano) e especializado (maioria dos fagostemperados possuem stios especficos de integrao do DNA bacteriano. Assim,os genes celulares transduzidos so geralmente especficos para aquele vrus).

    Converso fgica : DNA do fago d capacidade da bactria de produzir coisas.

    Ex : Clostridium botulinum (toxina botulnica), Corynebacterium diphteridae(toxina diftrica), Streptococos pyogenius (toxina eritrognica).

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    Presso seletiva : uso indiscriminado de antibiticos causa uma enorme seleo.Em hospitais a seleo gravssima. Com a parada do uso prolongado deantibiticos, poderia-se selecionar as bactrias sensveis por falta de uso dosgenes de resistncia, mas isso vai contra interesses econmicos das indstriasfarmacuticas.

    Cocos Gram + normalmente em forma de cacho de uva.

    Imveis.

    No fazem esporos.

    Bactrias facultativas : crescem na presena ou no de O2 = respirao aerbica /fermentao.

    Pertencente famlia Micrococcaceae - contm todos cocos G + que produzem

    catalase. Genros : Staphylococcus e Micrococcus.

    H 33 espcies, sendo que destas apenas 11 infectam o homem e a nica patognicaa S. aureus. Das outras 10, as mais conhecidas so : S.epidermidis e S.saprophyticus.

    Habitat : amplamente disseminados - ubiqua.

    Pouco exigentes nutricionalmente - fcil cultivo.

    Critrio para classificao das espcies : homologia do DNA.

    Dentro das espcies pode haver uma subdiviso em :

    Sorogrupos (caractersticas anti-gnicas) e dentro deste em sorotipos.

    Biogrupos e biotipos (caractersticas bioqumicas / biolgicas).

    Fagotipos.

    Resistncia :

    Antes eram sensveis penicilina . . . depois, com uso indiscriminado... seleo decepas resistentes . . . no hospital : 99% resistentes / fora do hospital : 60%resistentes.

    Meticilina : tipo de penicilina resistente penicilase, mas depois de certo tempotambm houve aumento da resistncia.

    Vancomicina : usada h 2 anos, mas j existem bactrias resistentes.

    S. aureus

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    50% das pessoas que no trabalham em hospitais. possuem em suas mucosas e pele,principalmente na nasal. J em pessoas ligadas ao sistema de sade - 95 a 100%.

    Pessoa portadora : perodos com ou sem as bactrias.

    Em geral : parede espessa de mucopeptdeo - resistente dessecao.

    Camada de cido hialurnico = SLIME - cpsula / camada mais externa - impedefixao das clulas ... fator de virulncia. No antignico, pois self = no h

    produo de anticorpos.

    Protena A :

    Importante fator de virulncia.

    Protena majoritria da parede celular.

    Ligao forte covalente com Fc da IgG - evita ligao com complemento - umaprotena anti - fagocitria.

    Enzimas produzidas :

    Catalase : impede produo de radicais oxidantes . . . impede digesto intracelular.

    Coagulase : produo de fibrina envolvendo a bactria como uma carapaa. Ex :furnculo : no adianta tomar antibitico, pois este no consegue penetrar.

    Fibrinolizina ou stafiloquinase : lisa depsitos de fibrina - fator de disseminao evirulncia.

    Toxinas : capacidade de produo vem dos plasmdeos e no do cromossomobacteriano.

    Exotoxina alfa :

    - Extracelular.

    - Leucocida.

    - Dermonecrtica.

    - Efeito citotxico : poros na membrana celular perda de substncias debaixo peso molecular.

    Leucocidina : leucocida.

    Enterotoxina :

    - Leva a quadros de intoxicao : vmitos e diarria lquida sem sangue.

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    - Estimula liberao de IL-1 e IL-2.

    - Termoestvel - se ferver no denatura.

    - Existem 6 tipos sorologicamente diferentes : de A a F.

    - Ingesto de alimento bem cozido : no h infeco (bactrias mortas) e simintoxicao (presena de toxina).

    - Aps metabolizao da toxina cessam os sintomas.

    TSST1 : toxina da sndrome do choque txico.

    - um superantgeno - ativao inespecfica de vrios clones de LT / liberao degrandes quantidades de IL-1 e IL-2.

    - Choque endotxico : lipopolissacride ativa macrfagos a produzirem TNF.

    - Ocorreu em mulheres menstruadas usurias de absorvente interno (usoinadequado) e com infeces de tero.

    Esfoliatina ou epidermolisina :

    - Lise e leso epidrmica.

    - Destaque da camada de queratina - pele descasca - Sndrome da pele escaldada(em crianas).

    - um superantgeno.

    Importantes na infeco hospitalar.

    Doenas : manifestaes clnicas divididas em 2 grupos - inflamatrias e mediadaspor toxinas.

    Inflamatrias :

    - Bacteremia : bactria na corrente sangunea e linftica se disseminando por todoorganismo. Pode levar endocardite.

    - Septicemia : fixao na prpria corrente sangunea.

    - Abcessos (coleo de pus que no se comunica com o exterior) aps bacteremia.

    - Pus - muitas toxinas e morte de leuccitos.

    - Furnculo : estafilo se aloja preferencialmente no folculo sebceo, "gosta"decido graxo produzido pela flora normal. Uso de antibiticos no adianta muito -

    cessado o uso recomeam as espinhas.

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    - Tersol = hordolo.

    - Empiema = coleo de pus em uma cavidade fechada.

    - Impetigo = mido e molhado com vrios pontos de pus.

    - Infeces da mucosa : otites, amidalites, conjuntivites, rinites.

    - Osteomielite e artrite reumtica ou traumtica : principalmente em crianas.

    - Pneumonia ps-operatria e aps infeco respiratria viral.

    Mediadas por toxinas :

    - Intoxicao alimentar : mais vmitos que diarria. Perodo de incubao curto =1 a 8 horas.

    Sndrome do choque txico : febre, hipotenso, erupo cutnea - descamao.

    - Sndrome de "pele escaldada"

    S.saprophyticus

    Aps a E.coli o 2 agente etiolgico causador de infeco urinria em mulheresadultas.

    No patognico.Possui molculas de adeso para uretra.

    Flora normal de vagina.

    S.epidermidis

    Indivduo somente fica doente em condies especiais, como aidticos eimunoincompetentes.

    Indivduos com leso cardaca = h instalao, pois possui receptores para matrizextracelular endocardite subaguda = no fulminante / lenta, progressiva / sinaisclnicos inexpressivos. - difcil diagnstico / letal.

    Instalao em prteses - possui receptores para plstico.

    Cocos Gram + arranjados em cadeia.

    Famlia Deinococcaceae - sem interesse mdico.

    Streptococcus

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    Enterococcus gneros de importncia mdica

    Lactococcus

    Exigentes nutricionalmente (uso de gar sangue como meio de cultura).

    Enterococccus em menor grau.

    No pus : formam cadeias curtas com 4 cocos ou diplococos.

    So catalase negativos.

    Classificaes (algumas no tm importncia no uso mdico) :

    1 tipo de classsificao - segundo o tipo de hemlise. Bactria poderia causar : 1.Hemlise total (beta) = halo transparente ; 2. Hemlise parcial (alfa) = haloesverdeado (hemoglobina metabolizada at bilirrubina e biliverdina) ; 3. Sem hemlise(gama).

    2 tipo de classificao : beta - hemolticos ( mais importantes).

    - Dividida em sorogrupos e sorotipos de acordo com os Ags = principalmente osda parede.

    - Na base do peptideoglicano tem um polissacardeo que classifica os estrepto.em sorogrupos - denominados com letras : de A a V.

    - A : constitui uma espcie - E. piogenis. Protena M - determina o tipo deestreptococo beta-hemoltico do grupo A .

    - B : estreptococos com carboidrato B - S. agalactus. Existe na vagina de 30 a35% das mulheres.

    - C : possuem carboidrato C - no constituem uma s espcie.

    - D : possuem carboidrato D - so muito diferentes das outras espcies deestreptococos, sendo assim colocados em uma gnero novo = Enterococos -importncia mdica. Nesse grupo tambm existem os no enterococos - so no

    hemoltico.

    Diviso que ser estudada :

    A,B,C e D = beta-hemolticos.

    Flora normal da boca e S.pneumoni ( 90% das pneumonias fora do hospital) = alfa-hemolticos.

    Alfa-hemolticos : no caso de gengivite, pode posteriormente se acumular nasvlvulas cardacas = endocardite.

    Estreptococos beta-hemolticos do grupo-A

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    Estreptococos pyogenis.

    Fatores de virulncia :

    Principal : fmbria de adeso.

    Hemolisina - lisa hemcias e tambm clulas em geral. Existem 2 tipos:

    - S = estvel ao O2. No so produzidos Acs contra estreptos que a produzam.

    - O = O2 lbil - no pode cultivar em superfcie. Somente 2% produzemexclusivamente hemolisina O . Nesse caso, h produo de Acs = ASLO (anti-estreptolisina O).

    Leucocidina = mata leuccito. DPN uma coenzima que quando entra no leuccitoo mata.

    DNAse = despolimeriza DNA.

    A cpsula no considerada como um fator de virulncia em funo da produode hialuronidase pelas prprias bactrias que usam esse recurso como um fator dedisseminao. Assim, quando a bactria se instala a cpsula destruda.

    Estreptoquinase (fibrinolisina) = dissolve cogulo - ajuda na disseminao. Uso :isquemia cerebral e infarto (so usadas strepto do grupo C que so menosvirulentas).

    Componentes da estrutura bacteriana e determinados produtos extracelulares, como ahemolisina O - d reao cruzada com vlvula e msculo cardaco.

    Reaes cruzadas :

    Protena M - fibra muscular.

    Carboidrato - vlvulas cardacas. AC iro produzir inflamao !!!

    Hemolisinas - paredes do corao.

    Conseqncias :

    - Glomerulonefrite : hipersensibildade do tipo III / acmulo de complexo Ag-Ac.

    - Artrite : acmulo de complexos Ag-Ac nas articulaes.

    - Febre reumtica.

    - Ativao do complemento levando inflamao.

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    Algumas raas produzem toxina eritrognica, precisando para issso do bacterifagoque carrega o gene que codifica a toxina - aumenta permeabilidade dos grandesvasos = ESCARLATINA.

    S.pyoginis

    Doenas causadas 1. Supurativas

    2. No - supurativas ou ps-esrteptoccicas.

    SUPURATIVAS :

    Formao de pus = estimulao do complemento e acmulo de leuccitos. Ex :amidalite estreptoccica e faringite.

    Causa bacteriana mais freqente de faringite - 90%. Com as amidalites tambm.

    As amidalites e faringites no purulentas so causadas principalmente por vrus.

    O tratamento importante para que no haja formao de complexos Ag-Ac.

    Melhor remdio para o combate ao S.pyoginis = PENICILINA.

    ERIZIPELA = tecido subcutneo / leses em extremidades - normalmente no pdevido a circulao mais difcil.

    IMPETIGO

    FEBRE PUERPERAL = raro hoje em dia / infeco do tero aps o parto de vido aodeslocamento da placenta / endometrite e septicemia.

    FACITE NECROTIZANTE = gangrena estreptoccica / raas muito virulentas / umprocesso muito rpido.

    NO-SUPURATIVAS:

    2 principais FEBRE REUMTICA

    GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA

    So desordens nas quais uma infeco local com estreptococos do grupo A seguidasemanas mais tarde pela inflamao em um rgo que NO foi infectado peloestreptococo.

    Criana tem uma doena supurativa no tratada . . . muitos Acs . . . reao cruzada nocorao . . . CARDITE.

    Formao de complexos Ag-Ac no rim = GLOMERULONEFRITE.

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    Formao de complexo Ag-Ac nas articulaes = artrite.

    FEBRE REUMTICA = cardite + poliartrite migratria + febre. Todas as raaspodem causar essa doena Existem surtos de febre reumtica e se caso eles serepitam com certa freqncia pode resultar em fibrose no corao . . . insuficincia

    cardaca. Para evitar que isso ocorra : no 1 surto administrar penicilina cada 15dias at os 25 anos. 0,3 % das crianas no tratadas desenvolvem febre reumtica.Diagnstico : ASLO

    GLOMERULONEFRITE = ao contrrio da febre reumtica nem todas as raaspodem caus-la. Causa principal : acmulo de complexos Ag-Ac. Outra causa :relao com a auto-imunidade com reao cruzada com as clulas do glomrulo.

    Normalmente, a glomerulonefrite difusa aguda, mas existem formas crnicas queso principal causa de transplantes. mais freqente aps infeces cutneas (cepasque causam impetigo) do que por faringite. Insuficincia renal leva a umcomprometimento do corao que tenta bombear o sangue mais fortemente. Exame :

    uremia e albuminria. No administrar penicilina.

    Outra doena : CORIA - DOENA DE SO VITO = deposio de complexo Ag-Ac nas clulas nervosas.

    S. agalactiae

    So estreptococos do grupo B.

    Colonizam o trato genital de algumas mulheres.

    Doenas:

    1. FEBRE PUERPERAL.

    2. INFECES NO RECM-NASIDO = adquirida no tero / septicemia e meningite.

    3. INFECES TARDIAS depois que o recm-nascido sai do hospital.

    Estreptococos do grupo C :

    Causam somente doenas supurativas, no deixando seqelas.

    Sensveis penicilina.

    Uso : formao de estreptoquinase (fibrinolisina) para dissolver cogulo e terminarcom a isquemia.

    Estreptococos do grupo D :

    2 gneros enterococos sp

    no-enterococos

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    Enterococos sp :

    Resistentes penicilina.

    Flora normal dos intestinos (100% das pessoas tm).

    Causam : infeces urinrias, biliares, intrabdominais, plvicas e cardiovasculares.

    Infeces urinrias ocorrem principalmente em pacientes hospitalizados, pois aintroduo de cateteres e instrumentos no trato urinrio so fatores predisponentes.

    Infeces intra-abdominais normalmente em associao com anaerbios.

    No-enterococos :

    So mortos pela penicilina.

    S.bovis = causa endocardite especialmente em pacientes com carcinoma do clon(associao muito marcante).

    Estreptococos viridans

    Maioria alfa-hemolticos.

    Flora normal de orofaringe.

    So causadores de :CRIE = principal causador o S.mutans : aps instalao h produo de cidoltico dissolvendo o clcio do dente - desmineralizao. (PS - nenhuma bactriaconsegue se fixar na superfcie lisa do dente, precisa da placa).

    A PRINCIPAL CAUSA DE ENDOCARDITE = sangramento na gengiva ...esrteptocococai na circulao e vai para o corao. Como preveno : cuidado naescovao. Se j tiver endocardite tratar com antibitico.

    Estreptococos Pneumoniae

    Em meio gar-sangue provocam alfa - hemlise.

    Possuem cpsulas polisacardicas com 85 tipos antigenicamente distintos =principal fator de virulncia impedindo fagocitose ao encobrir as fmbrias. Acsespecficos para a cpsula opsonizam o organismo, facilitam a fagocitose e

    possibilitam a resistncia.

    Causam :

    1. PNEUMONIA = principalmente em crianas e idosos. Comea com clafrios sbitos,

    febre, tosse e dor pleural. Catarro = vermelho ou marrom. Recuperao espontneaacompanhada de anticorpos anticapsulares.

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    2. BACTEREMIA.

    3. MENINGITE = em crianas a S.pneumoniae a 3 causa de meningite.* Qualquerbactria que entre em contato com o lquor pode causar meningite.

    4. INFECES DO TRATO SUPERIOR COMO OTITES (mdia - caminho usadopara causar meningite por continuidade) E SINUSITES.

    Produo de pneumolisina : destruio de uma grande variedade de clulas.

    Preveno :

    Indivduos devem ficar fortes e saudveis.

    Idosos : vacina contra 23 Ags da cpsula.

    Criana pequena : evitar ficar perto de pessoas portadoras (por isso, pessoas quetrabalham no berrio devem constantemente fazer inspeo para ver se temestreptococo.

    Existem 84 raas, mas a vacina contra 23 raas, sendo eficaz e proporcionaproteo a longo prazo.