RESILIENCIA_PERENIDADES_2
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Resiliência e perenidades
Um contributo da Sintaxe Espacial para o Ordenamento do Território
Seminário IN_LEARNING 29|05|2013
Perplexidades
Difuso Incerteza Inadequação da lógica de
Planeamento
Resiliência Perenidades Reurbanização
Seminário IN_LEARNING 29|05|2013
Como operar na urbanização difusa?
Concepções do difuso
Tema polémico
Caos aparente Insustentabilidade
aparente
Incapacidade de gerar
“familiaridade pública”
Seminário IN_LEARNING 29|05|2013
Panorâmicas do Vale do Ave
POSITIVISMO
• Futuro previsível, alcançável através de planeamento, conhecido e ordenado.
ESTRUTURALISMO
• Utopia social a conquistar, futuro conhecido e ordenado.
PÓS-ESTRUTURALISMO/ PÓS-MODERNISMO
• Futuro caracterizado por incertezas e riscos, emergindo de formas inesperadas, desconhecido e desordenado.
Seminário IN_LEARNING 29|05|2013
Evolução da concepção do Futuro
4
Fonte: adaptado de Davoudi e Strange (2009: 40-41 cit. Ferrão 2011:53)
Critérios de análise de conteúdos Perspectivas teóricas Positivismo Estruturalismo Pós-estruturalismo/ pós-
modernismo
Interpretação de espacialidade Espaço euclidiano, palco de localização neutro, ciência positivista.
Espaço socialmente produzido e consumido.
Espaço culturalmente produzido; trialéctica da espacialidade: espaço percepcionado (mental), concebido (social) e vivido (físico).
Concepção de lugar Lugar como local objectivo, mensurável ,cartografável, delimitado, autocontido.
Lugar como intersecção múltipla de relações sociais, políticas e económicas e locus de geometrias diversificadas de poder.
Lugar como forma particular de espaço, criado através de actividades e imaginação, elemento essencial de manifestação de identidade e sentimento de pertença, objecto de diversas interpretações, sempre em transformação.
Princípios de organização espacial Distância, direcção e ligação; queda de intensidade com a distância; teorias da proximidade.
Zonamento funcional. Sobreposição múltipla de fluxos e redes.
Entendimento de escala Hierarquias com delimitações fixas resultantes de movimentos, redes e nós.
Globalização predadora da escala local, «lugares sem lugar», ênfase nas questões urbanas.
Redes interligadas com fronteiras contingentes, em permanente reconfiguração, sítio de contestação política.
Tratamento de tempo Tempo linear/ ordem temporal. Compressão espaciotemporal, destruição do espaço pelo tempo.
Tempo como «presente», tempo real, importância do dia-a-dia.
Visualização e representação gráfica
Mapas estáticos bidimensionais, perspectivas fotográficas tridimensionais, modelos computadorizados.
Linguagem, mapas bidimensionais. Mapas esquemáticos [infografia] representado fluxos, espaço vivido e descrito pelos seus habitantes e utilizadores, imagens, cenários e narrativas.
Fonte: adaptado de Davoudi e Strange (2009: 40-41 cit. Ferrão 2011:53)
Seminário IN_LEARNING 29|05|2013
Paradigmas / tipos ideais
Subsistemas de culturas
Moderno (racionalidade
tecnocrática, «Estado de Direito»)
Neoliberal (desregulamentação,
privatização)
Neomoderno (governança, democracia
deliberativa, planeamento colaborativo)
Cultura Político-institucional
Visão moderna Visão neoliberal Visão neomoderna
Cultura Administrativo-organizacional
Visão burocrática Visão empresarial Visão colaborativa
Cultura de Ordenamento do Território
Visão Técnico-racional
Visão estratégico-competitiva
Visão estratégico-colaborativa
Fonte: adaptado de Ferrão (2011:82)
Seminário IN_LEARNING 29|05|2013
Paradigmas da prática de ordenamento do território
SUBSISTEMAS DE CULTURA COM INTERFERÊNCIA NAS
POLÍTICAS DE O. T.
MODERNO (racionalidade tecnocrática,
«Estado de Direito»)
NEOLIBERAL (desregulamentação, privatização)
NEOMODERNO (governança, democracia
deliberativa, plan. colaborativo)
Cultura de Ordenamento do Território
Visão técnico-racional Visão estratégico-competitiva Visão estratégico-
colaborativa
Finalidade Regulação do uso do solo. Visão estratégica a favor da competitividade territorial.
Intervenção integrada e estratégica a favor de uma agenda partilhada de desenvolvimento territorial.
Flexibilização Rigidez de planos. Flexibilização casuística. Flexibilização inclusiva, sensibilidade à diversidade.
Papel dos privados Intervenção estatal. Papel facilitador do Estado, centralidade dos actores privados.
Governança de base territorial, planeamento participado e colaborativo.
Exposição à globalização e europeização
Culturas nacionais. Globalização. Europeização e globalização.
Seminário IN_LEARNING 29|05|2013
Fonte: adaptado de Ferrão (2011:82)
Planeamento tradicional vs. estratégico
PLANEAMENTO TRADICIONAL PLANEAMENTO ESTRATÉGICO A evolução é contínua e segue as tendências do passado A evolução dos territórios é descontínua e selectiva, «saltos», «ciclos»,
«rupturas», «bifurcações», «caos».
Orientado para o plano; plano separado da implementação; a monitorização normalmente não ocorre.
Orientado para a acção; o plano, a implementação e a monitorização fazem parte do mesmo processo.
Compreensivo; todos os âmbitos/sectores/questões são considerados. Intencional, foca e selecciona as questões-chave.
Pré-activo e reactivo, não contingencial (a incerteza é menosprezada e não tratada).
Proactivo e contingencial (a incerteza é assumida e integrada; procura-se reduzi-la).
O processo de planeamento é periódico e pouco flexível (realização do plano). O processo de planeamento é contínuo, cíclico e flexível.
Preditivo; projectivo; projecção das tendências. Prospectivo; contrução de cenários.
Racionalidade absoluta. Racionalidade contextual.
Técnico e burocrático (tecnocratic) Político, técnico e social (sociocratic).
Contexto decisional centralizado. Contexto decisional descentralizado.
Seminário IN_LEARNING 29|05|2013
Fonte: adaptado de Ferrão (2011)
Fonte: K. Sriram, L.S. Ganesh, R. Madhumathi (2013)
Resiliência em sistemas sócio-ecológicos
• Teoria em aprofundamento
• Foco pessoal na componente social (resiliência comunitária)
Seminário IN_LEARNING 29|05|2013
Resiliência em sistemas sócio-ecológicos
• Teoria em aprofundamento
• Foco pessoal na componente social (resiliência comunitária)
Seminário IN_LEARNING 29|05|2013
Principles for urban and regional resilience Fonte: Albers e Deppisch (2012: 6)
Perenidades
Fonte: Leeuwen et al. (2013: 4)
Seminário IN_LEARNING 29|05|2013
• Sistema biofísico
• Infraestruturas
• Implantação do edificado
• Padrões de mobilidade/ potenciais de movimento
Seminário IN_LEARNING 29|05|2013
Reurbanização
• Planeamento estratégico
• Resiliência geral e, em particular, comunitária
• Capital social/ familiaridade pública
• Placemaking
• Wayfinding
A reurbanização conota o processo de complementar, refazer e melhorar as redes estruturantes e os espaçamentos dos assentamentos existentes ou urbanizações deficitárias na cidade extensiva (Portas 2011: 164).
INSTRUMENTALIDADE SOCIABILIDADE
Burocracia - clientes
Empresa - empregado Grande loja - cliente
GP - patient
Dono de pequena loja - Cliente Membros de sindicato
Membros de ginásio Relações de vizinhança
Membros de uma congregação religiosa Membros de uma organização política
Membros de uma associação
Frequentadores de uma igreja
Prestadores e receptores de cuidados
Membros de uma equipa de futebol Relações de vizinhança
Relações de vizinhança
Colegas de trabalho
Membros da família não-afectivos
Grupo de pares
Membros da família afectivos
Amigos Outros significativos
Relações de vizinhança
Outros anónimos
Prestadores de serviços
Agentes condicionadores e de inibição
Outros abstractos em redes extensas
- RACIONALIDADE
RACIONALIDADE +
Fonte: adaptado de Blokland (2003: 66)