RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2014 · SINUS: Sistema Informático de Unidades de Saúde UCC: Unidade de...
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1
UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR CONDE DE OEIRAS
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2014
Oeiras, 27 de Março de 2015
2
UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR CONDE DE OEIRAS
- MODELO A -
Avenida Salvador Allende, 2780-163 Oeiras
Telefone: 21 440 01 00
Fax: 21 440 01 35
http://usfcondeoeiras.com/
COORDENADORA: Dra. Ana Isabel Rosário Dias
3
LISTA DE ACRÓNIMOS
ACES: Agrupamento de Centros de saúde
APDP: Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal
CHLO: Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental
DGS: Direção Geral de Saúde
HEM: Hospital de Egas Moniz
HSFX: Hospital de São Francisco Xavier
INR: Índice Normalizado Internacional (da sigla inglesa)
IPOFG: Instituto Português de Oncologia de Francisco Gentil
MCDT: Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
MGF: Medicina Geral e Familiar
PDS: Plataforma da Saúde
PNV: Plano Nacional de Vacinação
RCV: Registo Central de Vacinas
RNCCI: Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
SAPE: Sistema de apoio à prática de enfermagem
SINUS: Sistema Informático de Unidades de Saúde
UCC: Unidade de Cuidados Continuados
UCF: Unidade Coordenadora Funcional
URAP: Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados
USF: Unidade de Saúde Familiar
USFCO: Unidade de Saúde Familiar Conde de Oeiras
ERA: Equipas Regionais de Apoio
MIM@uf: Modulo de Informação e Monitorização das Unidades Funcionais
IMC: Índice de Massa Corporal
HPV: Human Papiloma Virus
DM: Diabetes Mellitus
HGBA1C: Hemoglobina Glicada A1C
PA: Pressão Arterial
NOC: Normas de Orientação Clínica
ADO: Anti Diabéticos Orais
EAD: Exames Auxiliares de Diagnóstico
DPOC: Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
4
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 7
2. PERÍODO EM ANÁLISE, POPULAÇÃO INSCRITA, RECURSOS HUMANOS, CONTEXTO E
CONTINGÊNCIAS DA AVALIAÇÃO ......................................................................................... 9
2.1. Período em Análise............................................................................................................. 9
2.2.População Inscrita ............................................................................................................... 9
2.3. Recursos Humanos ........................................................................................................... 10
3. CARTEIRA BÁSICA DE SERVIÇOS: INDICADORES INSTITUCIONAIS ..................................... 13
3.1. Grupos Vulneráveis .......................................................................................................... 14
3.2. Grupos de Risco ................................................................................................................ 19
3.3. Saúde do Adulto e Idoso .................................................................................................. 22
3.4. Cuidados Domiciliárias…………………………………………………………….…………………………………..25 4. INDICADORES DE EFICIÊNCIA/CUSTOS ............................................................................ 26
5. INTERLIGAÇÃO COM OUTROS SERVIÇOS ......................................................................... 27
5.1. Referenciação aos Cuidados Secundários e RNCCI .......................................................... 27
5.2. Referenciação ao Núcleo de Apoio à Criança e Jovem em Risco ..................................... 27
5.3. Articulação com Outros Serviços do ACES ....................................................................... 28
5.4. Saúde 24 ........................................................................................................................... 28
6. DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL ............................................................................... 29
6.1. Formação Interna e Partilha de Informação .................................................................... 29
6.2. Comunicações Científicas e Publicações .......................................................................... 30
6.3. Investigação ...................................................................................................................... 31
6.4. Formação Externa ............................................................................................................ 31
6.5. Plano de Desempenho Interno ........................................................................................ 36
7. ENSINO PRÉ E PÓS GRADUADO ...................................................................................... 41
8. QUALIDADE ASSISTENCIAL ............................................................................................. 42
8.1. Procedimentos de Educação e Informação dos Utentes ................................................. 42
8.2. Procedimentos de Apoio à Decisão Clínica ...................................................................... 42
8.3. Procedimentos de Melhoria da Acessibilidade e da Organização Interna ....................... 42
9. SATISFAÇÃO DE UTENTES E PROFISSIONAIS .................................................................... 43
10. BURNOUT DE PROFISSIONAIS ....................................................................................... 48
11. RECLAMAÇÕES, SUGESTÕES E ELOGIOS ........................................................................ 51
ANEXOS
ANEXO I – Questionário de satisfação dos utentes .................................................................... 55
Índice
5
ANEXO II – Questionário de satisfação dos profissionais ........................................................... 56
ANEXO III – Questionário de burnout ......................................................................................... 67
Figura 1: Pirâmide etária MIM@uf ............................................................................................... 9
Quadro I: Distribuição etária e por género com cálculo da lista ponderada ............................. 10
Quadro II: Número total de atendimentos médicos e de enfermagem ..................................... 13
Quadro III: Indicador contratualizado e resultado alcançado em Saúde Infantil ....................... 14
Quadro IV: Indicadores não contratualizados e resultados alcançados em Saúde Infantil ........ 15
Quadro V: Indicador não contratualizado e resultados alcançados na Vacinação ..................... 16
Quadro VI: Indicadores contratualizados e resultados alcançados em Saúde Materna ............ 17
Quadro VII: Indicadores não contratualizados e resultados alcançados em Saúde Materna .... 17
Quadro VIII: Indicadores contratualizados e resultados alcançados em Planeamento Familiar 18
Quadro IX: Indicadores contratualizados e resultados alcançados no Programa de Diabetes .. 19
Quadro X: Indicadores não contratualizados e resultados alcançados no Programa de Diabetes
..................................................................................................................................................... 20
Quadro XI: Indicador contratualizado e resultado alcançado no Programa de Hipertensão ..... 21
Quadro XII: Indicadores não contratualizados e resultados alcançados no Programa de
Hipertensão ................................................................................................................................. 21
Quadro XIII: Indicadores contratualizados e resultados alcançados em Saúde do Adulto e Idoso
..................................................................................................................................................... 22
Quadro XIV: Indicadores não contratualizados e resultados alcançados em Saúde do adulto e
idoso ............................................................................................................................................ 23
Quadro XV: Indicadores contratualizados e resultados alcançados em Rastreio Oncológico .... 24
Quadro XVI: Indicador não contratualizado e resultado alcançado em Rastreio Oncológico .... 24
Quadro XVII: Indicador contratualizado e resultado alcançado em Cuidados Domiciliários…….25
Quadro XVIII: Indicador não contratualizado e resultado alcançado em Cuidados Domiciliários
..................................................................................................................................................... 25
Índice de Figuras e Quadros
6
Quadro XIX: Indicadores contratualizados e resultados alcançados em Eficiência .................... 26
Quadro XX: Indicador não contratualizado e resultado alcançado em Eficiência ...................... 26
Quadro XXI: Caraterização da amostra dos dois estudos de satisfação de utentes efetuados .. 43
Quadro XXII: Resumo dos resultados obtidos nas três questões principais do questionário ..... 43
Quadro XXIII: Resumo dos resultados de burnout nos dois estudos .......................................... 48
Quadro XXIV: Resumo dos resultados de burnout nos dois estudos e por grupo profissional na
dimensão “Exaustão emocional” ................................................................................................ 48
Quadro XXV: Resumo dos resultados de burnout nos dois estudos e por grupo profissional na
dimensão “Realização pessoal”................................................................................................... 49
Quadro XXVI: Resumo dos resultados de burnout nos dois estudos e por grupo profissional na
dimensão “Despersonalização”................................................................................................... 50
Quadro XXVII: Resumo dos Registos de Reclamações, Sugestões e Elogios ............................... 53
7
1. INTRODUÇÃO
Este documento descreve e analisa o trabalho desenvolvido pela Unidade de Saúde
Familiar Conde de Oeiras em 2014, nomeadamente os resultados alcançados nos
indicadores contratualizados e outras atividades importantes desta USF, num contexto
de várias dificuldades e constrangimentos.
Como referido no relatório de 2013, mantêm-se as difíceis condições de trabalho com
os problemas com a rede e as aplicações informáticas, fatores que globalmente têm
prejudicado o desempenho de toda a equipa.
A situação dos utentes sem médico durante praticamente todo o ano de 2014, e a lista
de utentes da Dra. Isabel Santos que se manteve na unidade após a sua saída em
Março de 2014, dificultou, em vários momentos, o trabalho dos diferentes grupos
profissionais.
As mudanças das regras, a inadequação de algumas metas e a pouca clareza quanto à
contabilização de certos indicadores continuam a desvirtuar o processo de
contratualização, que, acresce, em 2014, ocorreu tardiamente.
Mais, as exigências sobre os profissionais, baseadas em paradigmas ultrapassados
sobre o desempenho profissional num contexto de cortes remuneratórios vários, tem
exercido uma pressão acrescida sobre a coesão da equipa na prossecução dos
objetivos de qualidade assistencial a que se propôs, mas que ainda, assim, foram
alcançados na sua maioria, como se verá adiante.
Não menos importante, de referir que, em junho de 2014, a equipa tinha formalizado a
candidatura a modelo B, através do preenchimento do respetivo formulário eletrónico.
Foi sujeita a auditoria de avaliação, no dia 22 de Outubro de 2014, tendo tomado
conhecimento do parecer técnico em 17 de Dezembro de 2014. A equipa foi notificada
para se pronunciar face a eventual não aprovação do requerido acesso a modelo B. Foi
elaborada uma resposta com a respetiva fundamentação e enviada à ERA a 5 de
Janeiro de 2015, obtendo uma resposta negativa dia 16 de Fevereiro de 2015. A não
progressão a modelo B e, em particular, os argumentos apresentados no relatório de
auditoria, abalaram a motivação dos profissionais que consideram ter demonstrado
estar aptos para aquela evolução organizacional. Internamente, a equipa mantém-se
8
coesa e empenhada, embora desgastada pelo trabalho desenvolvido com a
candidatura a modelo B do ano de 2014
Finalmente, salientamos que subscrevemos a convicção consensual entre as equipas
de MGF, de que a Administração Central precisa entender que os ganhos em saúde são
algo bem mais abrangente do que atingir metas pouco razoáveis para indicadores
desajustados, o que pressupõe a disponibilização de recursos humanos e operacionais
adequados.
9
2. PERÍODO EM ANÁLISE, POPULAÇÃO INSCRITA, RECURSOS HUMANOS,
CONTEXTO E CONTINGÊNCIAS DA AVALIAÇÃO
2.1. Período em Análise
Este relatório analisa as atividades da Unidade de Saúde Familiar de Conde de Oeiras
entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2014.
2.2. População Inscrita
Em 31 dezembro de 2014 encontravam-se inscritos na USF Conde de Oeiras 13 652
(MIM@uf) utentes, nos ficheiros de 7 médicos, após a saída de um médico em março.
Figura 1: PIRÂMIDE ETÁRIA (MIM@uf, 31.12.2014)
-600 -400 -200 0 200 400 600 800
0-4 5-9 10-14 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80-84 85-89 90-94 ≥95
Masculino
Feminino
10
LISTAS DE UTENTES POR MÉDICO DE FAMÍLIA
Médico Lista de
Utentes
0-6 7-64 65-74 ≥75 Lista
Ponderada M F M F M F M F
Ana Campos 1 766 74 53 507 668 96 144 82 142 2 405,5
Ana Isabel Dias 1 775 83 70 559 715 80 104 58 106 2 281,5
Ana Lorena 1 777 76 78 591 722 88 95 50 77 2 227,5
Ana Ribeiro 1 707 78 52 541 661 79 107 65 124 2 241,5
Cristina Bastos 1 794 52 55 585 712 74 108 94 114 2 341,5
Margarida Lobão 1 716 86 71 523 664 89 109 65 109 2 253,5
Mª João Martins 1 707 86 79 525 662 99 92 63 101 2 226,5
TOTAL 12 242 535 458 3831 4804 605 759 477 773 15 977,5
993 8 635 1 364 1 250
Quadro I: Distribuição etária e por género com cálculo da lista ponderada
Fonte: MIM@uf 31.12.2014 (lista nominal)
Da leitura deste quadro pode-se constatar que os escalões etários de 65-74 anos (11%)
e ≥75 anos (10%) correspondem em conjunto a 21% da população. Este aspeto
demográfico vai ter repercussões no aumento da necessidade de cuidados de saúde e
consequentemente nos custos (medicação / EAD). Os utentes de idade ≥75 anos
constituem uma fatia importante da nossa população o que obriga cada vez mais a
apostar em cuidados domiciliários e na sua reorganização.
Tem sido feito um esforço de adequação da resposta assistencial às solicitações dos
novos utentes de acordo com os recursos existentes e dado ênfase à informação,
autorresponsabilização e cuidados preventivos aos utentes, mas a dificuldade
permanente em estabilizar os ficheiros tem prejudicado o desempenho da equipa.
2.3. Recursos Humanos
SECRETÁRIOS CLÍNICOS Ana Paula Martins Cláudia Costa Inês Pires
Luís Pedro Reis
Paula Alves (em ausência prolongada desde Junho de 2012)
11
Paula Oliveira (mobilidade interna desde 1 de Setembro de 2014)
Pedro Pereira (assistente operacional desde Junho 2014)
Ainda subsistiu o problema de défice de recursos humanos na unidade, resolvido com
um elemento do centro de emprego. Contámos durante dois meses com o apoio de
dois elementos, assistentes operacionais do ACES. Foi solicitado à direção executiva
que fixasse um elemento na unidade de forma colmatar as necessidades. O assistente
operacional Pedro fixou-se na unidade desde Junho e a Paula Oliveira iniciou a sua
atividade em Setembro de 2014.
ENFERMEIROS
Ana Filipa Almeida
Ana Sofia Alves
Cláudia Miranda
Cristina Dantas
Emília Luz
Maria José Vazão
Sandra Silva
Sérgio Cavalheiro (alocado temporariamente à UCC Consigo desde novembro de 2014)
Todos os enfermeiros encontram-se em contrato de trabalho por tempo
indeterminado, à exceção de um, que tem contrato de trabalho a termo resolutivo
certo.
MÉDICOS
Ana Isabel Campos
Ana Isabel Rosário Dias
Ana Maria Lorena
Ana Maria Ribeiro
Cristina Bastos
Isabel Santos (saída em Março de 2014)
Margarida Lobão
Maria João Martins
A equipa ficou reduzida a 7 médicos com a saída da Dra. Isabel Santos em março,
ficando a Dra. Diana Tomaz responsável por atender os utentes sem médico e os
utentes da Dra. Isabel Santos até outubro. Os enfermeiros ficaram reduzidos a 7
12
elementos a partir de novembro, quando o enfermeiro Sérgio Cavalheiro foi colocado
pela direção executiva na UCC Consigo.
Por empenho e dedicação ao compromisso assistencial da equipa, os quatro
orientadores do Internato Complementar não usufruíram do total de horas previstas
para esta função.
Acresce referir que para prestar assistência adequada aos utentes inscritos, vários
médicos cumpriram um horário assistencial efetivo superior ao regulamentado na
legislação das USF e nos seus contratos de trabalho.
13
3. CARTEIRA BÁSICA DE SERVIÇOS: INDICADORES INSTITUCIONAIS
Quadro II – Nº total de atendimentos médicos e de enfermagem
Programas de
saúde
Consultas médicas Contatos de enfermagem
2013 2014 2013 2014
Saúde Adulto 15138 13784 - -
Saúde idoso 11750 11121 - -
Saúde infantil 3893 3849 - -
Saúde Materna 789 789 - -
Planeamento
Familiar 1753 1262 - -
Total 33323 30795 20775 18483
Aparentemente houve uma diminuição da procura de cuidados pelos utentes da USF.
14
3.1. Grupos Vulneráveis
SAÚDE INFANTIL E JUVENIL
Quadro III: Indicador contratualizado e resultado alcançado em Saúde Infantil
INDICADORES
Resultados Contratualizado
com o ACES
2011 2012 2013 2014 2014
2013.058.01 – Proporção de
crianças com 1 ano com
acompanhamento adequado
- - 24,30 43,75 42,00
2013.064.01 – Proporção de
jovens com 14 anos, com consulta
médica de vigilância e PNV
cumprido
- - 62,40 52,23 65,00
2013.033.01 – Proporção de
utentes >14 anos com registo de
IMC nos últimos 3 anos
- - 71,50 72,63 80,50
2013.047.01 – Proporção inscritos
≥ 14 anos com registo de hábitos
tabágicos
- - 53,70 61,28 64,00
As metas de uma forma geral foram atingidas. Os valores em 2014 refletem o esforço
da equipa, uma vez que este ano a população alvo englobava os utentes vigiados e não
vigiados.
O PNV aos 14 anos não se encontra totalmente cumprido uma vez que houve falhas no
fornecimento da vacina HPV, levando a um adiamento na vacinação das jovens.
Outra situação a reportar é o facto do programa MIMUF colocar como não
cumpridoras jovens com o PNV atualizado, mas que realizaram a última dose com 14
anos.
15
Quadro IV: Indicadores não contratualizados
e resultados alcançados em Saúde Infantil
INDICADORES
Resultados
2011 2012 2013 2014
2013.057.01 – Proporção de recém-
nascidos com diagnóstico precoce realizado
até ao 6.º dia de vida
81,48 85,38 91,14 95,77
2013.014.01 – Proporção de recém-
nascidos com 1.a consulta médica de
vigilância realizada até aos 28 dias
79,58 75,44 90,63 92.96
2013.016.01 - Proporção de crianças com
pelo menos 6 consultas médicas de
vigilância de saúde infantil no 1º ano de
vida
53,60 72,34 69,57 53,13
2013.17.01 - Proporção de crianças com
pelo menos 3 consultas médicas de
vigilância de saúde infantil no 2º ano de
vida
53,57 63,33 80,23 42,00
2013.015.01 – Proporção de recém-
nascidos com consulta domiciliária de
enfermagem realizada até ao 15º dia de
vida
6,25 3,82 10,14 5,97
2013.063.01 – Proporção de jovens com 7
anos, com consulta médica de vigilância e
PNV cumprido
- - 62,30 60,45
De uma forma geral, houve um decréscimo no cumprimento das metas, uma vez que o
denominador aumentou, englobando crianças vigiadas e não vigiadas, mais acentuado
em relação ao indicador “Proporção de crianças com pelo menos 3 consultas médicas
de vigilância de saúde infantil no 2º ano de vida”.
Os domicílios de enfermagem foram realizados a todas as crianças de famílias
identificadas como sendo de risco, como prevê o Programa Nacional de Saúde Infantil.
16
Quadro V: Indicadores não contratualizados e resultados alcançados na Vacinação
INDICADORES Resultados
2011 2012 2013 2014
2013.027.01 - Proporção de crianças com
2 anos com PNV cumprido até aos 2 anos 91,00 92,55 89,04 83,66
Os resultados alcançados revelam a alteração na forma como é elaborado o indicador,
neste caso das crianças, passou a ser contabilizada a vacinação “atempada”. As
crianças que fazem vigilância privada cada vez mais efetuam as vacinas em outros
locais que não a USFCO, o que implica que a equipa de enfermagem dispenda imenso
tempo na obtenção dos registos informáticos em plataforma própria (RCV), por forma
a conseguir manter atualizado o registo em SINUS. Verificamos também uma
disparidade entre resultados obtidos através do MIMUF (83,66) e através do SINUS, o
qual nos dá uma percentagem de 96,40 de crianças com 2 anos com PNV cumprido.
Este último valor foi obtido excluindo as crianças inscritas na USFCO que estão
atualmente a residir fora do pais e aquelas que têm contraindicação formal de
vacinação.
17
SAÚDE DA MULHER
Quadro VI: Indicadores contratualizados e resultados alcançados em Saúde Materna
INDICADORES
Resultados Contratualizado
com o ACES
2011 2012 2013 2014 2014
2013.050.01 - Proporção de
grávidas com consulta de
revisão do puerpério
efetuada
58,62 80,33 92,86 75,45 73,00
2013.051.01 – Proporção de
grávidas com
acompanhamento adequado
- - 18,90 27,36 24,00
Quadro VII: Indicadores não contratualizados
e resultados alcançados em Saúde Materna
INDICADORES Resultados
2011 2012 2013 2014
2013.011.01 - Proporção de grávidas com 1ª
consulta médica de vigilância realizada no 1.º
trimestre
89,01 72,54 78,69 74,74
2013.012.01 - Proporção de grávidas com 6 ou
mais consultas enfermagem em saúde
materna
76,92 75,47 84,31 47,17
O facto de ter havido uma alteração na dinâmica da equipa, com a inclusão dos
utentes sem médico, com a alteração da jornada contínua desde setembro de 2014, e
com a saída do enfermeiro Sérgio Cavalheiro, levou a modificações no horário de
enfermagem que não permitiram o cumprimento da consulta de enfermagem.
Também o facto de o denominador englobar todas as grávidas, vigiadas e não vigiadas,
fez com que a meta não fosse atingida. As grávidas não vigiadas são muitas vezes
18
atendidas em consulta médica em horários que não prevêem consulta de
enfermagem.
Quadro VIII: Indicadores contratualizados
e resultados alcançados em Planeamento Familiar
INDICADORES Resultados
Contratualizado
com o ACES
2011 2012 2013 2014 2014
2013.052.01 – Proporção de
mulheres em idade fértil com
acompanhamento adequado em
planeamento familiar
- - 45,20 49,93 54,00
2013.008.01 - Taxa de utilização
de consultas de planeamento
familiar (médicas ou de
enfermagem)
- - 55,10 48,46 65,90
Este resultado foi alcançado através do esforço e estabelecimento de estratégias na
organização da equipa.
19
3.2. Grupos de Risco
DIABÉTICOS
A prevalência da Diabetes na USF Conde de Oeiras em 2014 foi de 9,5%, valor muito
próximo dos valores nacionais.
Quadro IX: Indicadores contratualizados e resultados alcançados no Programa de
Diabetes
INDICADORES Resultados
Contratualizado
com o ACES
2011 2012 2013 2014 2014
2013.039.01 – Proporção de
utentes com DM com último
registo de HgbA1c ≤ 8,0%
- - 59,20 61,90 70,00
2013.041.01 – Proporção de
utentes com DM em terapêutica
com insulina
- - 5,20 5,85 6,00
2013.042.01 – Proporção de
utentes com DM em terapêutica
com metformina
-
51,70 52,34 60,90
20
Quadro X: Indicadores não contratualizados
e resultados alcançados no Programa de Diabetes
INDICADORES Resultados
2011 2012 2013 2014
2013.038.01 – Proporção de utentes
com DM com ≥ 2 HbA1c registadas no
último ano desde que abranjam 2
semestres
68,29 79,36 80,80 58,23
2013.035.01 – Proporção de utentes
com DM com pelo menos um exame
dos pés registado no ano
68,99 85,10 82,49 64,03
2013.037.01 - Proporção de utentes
com DM com consulta de enfermagem
de vigilância no último ano
- - 92,10 78,01
Mais uma vez reflete-se na meta a inclusão de todos os utentes diabéticos, vigiados e
não vigiados. Torna-se mais complicada vigilância de utentes que já têm o seu
programa de vigilância noutra instituição e não aderem a mais consultas.
21
HIPERTENSOS
A prevalência da Hipertensão na USF Conde de Oeiras em 2014 foi de 31,4%.
Quadro XI: Indicador contratualizado
e resultado alcançado no Programa de Hipertensão
INDICADORES
Resultados Contratualizado
com o ACES
2011 2012 2013 2014 2014
2013.020.01 – Proporção de
utentes com hipertensão com
idade <65 anos com PA
<150/90 mmHg
- - 43,00 51,67 60,00
Quadro XII: Indicadores não contratualizados
e resultados alcançados no Programa de Hipertensão
INDICADORES
Resultados
2011 2012 2013 2014
2013.019.01 – Proporção de utentes
com hipertensão arterial com registo de
PA em cada semestre
65,41 74,67 75,77 57,20
2013.018.01 – Proporção de utentes
com hipertensão com pelo menos um
registo de IMC nos últimos 12 meses
85,69 90,78 89,99 78,36
22
3.3. Saúde do Adulto e Idoso
Quadro XIII: Indicadores contratualizados
e resultados alcançados em Saúde do Adulto e Idoso
INDICADORES
Resultados
Contratualizado
com o ACES
2011 2012 2013 2014 2014
2013.006.01 - Taxa de utilização
global de consultas médicas nos
últimos 3 anos
- - 84,30 85,03 87,00
2013.056.01 - Proporção de
utentes com idade ≥ 65 anos a
quem não foram prescritos
ansiolíticos/sedativos/hipnóticos
- - 64,20 66,89 73,50
2013.074.01 - Proporção de
consultas médicas presenciais que
deram origem a pelo menos uma
codificação ICPC-2
- - 94,20 96,79 97,00
23
Quadro XIV: Indicadores não contratualizados
e resultados alcançados em Saúde do Adulto e Idoso
INDICADORES
Resultados
2011 2012 2013 2014
2013.001.01 - Proporção de
consultas realizadas pelo respetivo
médico de família
- - 90,91 84,72
2013.030.01 - Proporção de utentes
idosos ou utentes com doença
crónica a quem foi administrada
vacina anti-gripal
- - 36,70 32.56
2013.098.01 - Proporção de utentes
≥ 25 anos com vacina anti-tetânica
atualizada
- - 62,40 66,36
Percentagem de utilizadores
satisfeitos e muito satisfeitos - - 98,40/100* 98,30/98,40*
Existe um aumento da codificação ICPC, o que traduz uma melhoria na qualidade dos
procedimentos.
Verifica-se o esforço da equipa para atualização da vacina do tétano, existindo uma
evolução neste indicador.
A adesão à vacina da gripe não se verificou da mesma forma que em 2013, verificando-
se menor afluência aos serviços de saúde. Isto aconteceu, provavelmente, devido à
falha que se verificou no ano passado e porque alguns utentes a fazem na farmácia.
(*) Valores correspondem respetivamente a junho/dezembro
24
RASTREIO ONCOLÓGICO
Quadro XV: Indicadores contratualizados
e resultados alcançados em Rastreio Oncológico
INDICADORES
Resultados Contratualizado
com o ACES
2011 2012 2013 2014 2014
2013.045.01 - Proporção de
mulheres entre os [25; 60[ anos
com colpocitologia atualizada
nos últimos 3 anos
- - 55,40 54,70 67,00
2013.044.01 - Proporção de
mulheres entre os [50; 70[ anos
com mamografia registada nos
últimos dois anos
57,71 56,92 64,41 61,88 73,00
Atualmente os indicadores dizem respeito a toda a população vigiada e não vigiada,
logo torna-se mais difícil a cobertura desta população, também dizem respeito a
consultas de vigilância de saúde e não doença verificando-se menor adesão por parte
dos utentes.
Quadro XVI: Indicador não contratualizado
e resultado alcançado em Rastreio Oncológico
INDICADORES
Resultados
2011 2012 2013 2014
2013.046.01 - Proporção de utentes
entre os [50; 75[ anos com rastreio
do cancro do cólon e recto efetuado
- - 63,60 62,34
25
3.4. Cuidados Domiciliários
Quadro XVII: Indicador contratualizado
e resultado alcançado em Cuidados Domiciliários
INDICADORES
Resultados Contratualizado
com o ACES
2010 2011 2012 2014 2014
2013.004.01 - Taxa de
consultas de enfermagem
no domicílio por 1000
inscritos
71,17 106,22 121,51 105,72 122,00
De acordo com os registos no SAPE a equipa atingiu 113,68%0, este valor englobou os
utentes sem médico que foram atendidos pela enfermagem durante o ano de 2014. A
falha de fornecimento de kits de INR também prejudicou o atingimento deste
indicador.
Quadro XVIII: Indicador não contratualizado
e resultado alcançado em Cuidados Domiciliários
INDICADORES
Resultados
2011 2012 2013 2014
2013.003.01 – Taxa de consultas
médicas no domicílio por 1000
inscritos
19,40 10,32 16,07 15,46
26
4. INDICADORES DE EFICIÊNCIA / CUSTOS
Quadro XIX: Indicadores contratualizados e resultados em Eficiência
INDICADORES Resultados
Contratualizado
com o ACES
2011 2012 2013 2014 2014
2013.070.01 – Despesa
média de medicamentos
prescritos por utente
utilizador
- - 154,40 141,45 140,00
2013.071.01 – Despesa
média de MCDT prescritos
por utente utilizador
- - 50,80 51,04 45,40
Quadro XX: Indicador não contratualizado e resultado em Eficiência
INDICADORES Resultados
2011 2012 2013 2014
2013.092.01 - Proporção de doentes
hipocoagulados que são controlados
na unidade de saúde
- - - 38.52
27
5. INTERLIGAÇÃO COM OUTROS SERVIÇOS
5.1. Referenciação aos Cuidados Secundários e Rede Nacional de
Cuidados Continuados
A referenciação para os Cuidados Secundários faz-se através do Alert P1 para o CHLO
(HSFX, HEM, Hospital de Santa Cruz), para o IPOFG e para a APDP. Continua a ser
necessária a utilização de credenciais de referenciação para determinadas
especialidades que não existem no CHLO, como a Ortopedia Infantil e a Cirurgia
Pediátrica no Hospital Dona Estefânia.
A plataforma PDS tem permitido o acesso aos dados clínicos hospitalares com
bastantes dificuldades, nomeadamente no acesso a notas de alta hospitalar, a
atendimentos no serviço de urgência, a relatórios de exames anatomopatológicos e a
imagens.
A referenciação para o Hospital Ortopédico de Santana e para as entidades
convencionadas de Medicina Física e Reabilitação faz-se mediante prescrição de
primeira consulta ou consulta seguinte.
A referenciação para a RNCCI faz-se por registo em plataforma eletrónica própria por
um dos elementos da USF. Esta referenciação é complexa e a resposta continua muito
burocrática e demorada, inclusive quando se pretende a intervenção da equipa local.
No ano de 2014, foram referenciados 27 utentes: 12 para a Equipa de Cuidados
Continuados Integrados; 1 para Unidades de Longa Duração e Manutenção e 4 para
Unidade de Média Duração e Reabilitação. De entre os utentes referenciados houve 7
óbitos, 1 recusa, 1 desistência e um utente internado em lar.
5.2. Referenciação ao Núcleo de Apoio à Criança e Jovem em
Risco
Em 2014 foram referenciadas ao Núcleo de Apoio à Criança e Jovem em Risco 11
crianças/jovens, sendo que, destas 11 crianças/jovens, 3 foram referenciadas pela
própria USFCO, 4 pela UCC, 2 pela psicologia e 2 pelo hospital.
Ao longo do ano o Núcleo de Apoio à Criança e Jovem em Risco acompanhou um total
de 41 crianças/jovens, representando 14,7% do total das crianças e jovens em
28
seguimento. Os principais motivos de referenciação foram a negligência, seguida dos
maus tratos psicológicos e dos maus trato físicos.
5.3. Articulação com Outros Serviços do ACES
A referenciação para o Serviço Social do ACES faz-se por contacto pessoal e tem-se
manifestado eficiente, sendo que, em múltiplas ocasiões, se determinam visitas e
estabelecem estratégias de atuação conjuntas.
As referenciações à consulta de Psicologia fazem-se por carta, mas não tem havido
informação de retorno sobre os utentes referenciados, assunto que pretendemos ver
discutido brevemente com a direção do ACES e com a responsável da URAP.
A articulação institucionalizada entre as várias Unidades Funcionais tem sido feita
através de reuniões com a Direção e o Conselho Clínico, com a presença de todos os
coordenadores das unidades, para melhoria do desempenho e da qualidade dos
cuidados. Os principais pontos em agenda nessas reuniões são, depois, transmitidos
pela coordenadora a toda a equipa da USFCO.
Como referido anteriormente têm sido várias e frequentes as dificuldades com o
sistema informático e a resposta da equipa de apoio informático nem sempre tem sido
célere e eficaz. A disponibilização de informações sobre a base de dados e indicadores
não disponíveis no MIM@uf nem sempre foi atempado, embora a resposta às
solicitações tenha melhorado ligeiramente.
5.4. Saúde 24
Os utentes referenciados pela Saúde 24 são, muitas vezes, observados em consulta
sem a presença do registo da Saúde 24 que determinou a referenciação. Assim, os
médicos, só depois da consulta ter sido feita, recebem a ficha de referenciação da
Saúde 24 solicitando resposta sobre a adequação do algoritmo de sintomas e sobre a
pertinência da referenciação.
29
6. DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
6.1. Formação Interna e Partilha de Informação
As reuniões regulares semanais (de uma hora) e as reuniões de Conselho Geral
mensais (de três horas) continuam a ser um meio de comunicação privilegiado dentro
da equipa, assim como as “colmeias” individuais.
Continuamos a utilizar o google talk como forma de comunicação eletrónica, mas
torna-se difícil generalizar o seu uso, devido a diversos constrangimentos informáticos
e por dificuldades de alguns profissionais na sua utilização.
Continuamos a utilizar o google groups para troca de informações e discussão de
assuntos, embora alguns elementos da equipa intervenham pouco, porque não
dispõem do equipamento necessário em casa.
A equipa possui uma biblioteca de conhecimento virtual com diversos documentos e
informações a que todos podem aceder, que foi organizada em 2014.
Realizaram-se 11 sessões formais de formação interna, designadamente:
A 09 de abril, A rinite alérgica e o seu impacto na asma, pela interna do Ano
Comum Lídia Dias.
A 21 de maio, Aerossolterapia: dispositivos simples e sistemas de nebulização
(NOC DGS), pelas enfermeiras Emília Luz e Cláudia Miranda.
A 4 de junho, Programa de hipocoagulação, pela enfermeira Emília Luz.
A 11 de junho, Erradicação de Helicobacter pylori, pelos internos de Medicina
Geral e Familiar Ana Rita Jesus e Ricardo Rodrigues.
A 16 de julho, Diagnóstico e tratamento da DPOC, pelas médicas Ana Ribeiro e
Maria João Martins.
A 30 de julho, Protocolo de abordagem da HBP, pela interna do Ano Comum,
Inês Rodrigues.
A 06 de agosto, SICAD-Projeto “Consumo de álcool na gravidez”, pela interna
de Medicina Geral e Familiar, Ana Rita Jesus.
A 24 de setembro, Problemas do secretariado clínico no atendimento aos
utentes, pela secretária clínica Ana Paula Vilela.
A 01 de outubro, Vacina antimeningocócica tipo B, pela interna de Pediatria
Tânia Moreira.
30
A 29 de outubro, Nova plataforma de prescrição de Medicina Física e
Reabilitação, pela médica Maria João Martins.
A 12 de novembro, Paragem cardiorrespiratória, pelos internos de Medicina
Geral e Familiar Ricardo Rodrigues e Ana Rita Jesus.
A 03 de dezembro, Protocolo de investigação “Alimentação na criança”, pela
interna de Pediatria Tânia Moreira.
6.2. Comunicações Científicas e Publicações
COMUNICAÇÕES ORAIS E POSTERS
Apresentação do trabalho REFERENCIAÇÃO À PEDIATRIA E À GINECOLOGIA, VIA ALERT, NO ACES DE OEIRAS, Maria João Araújo, Diana Tomaz, Isabel Santos, Ana Ribeiro, Cristina Bastos, Maria João Martins, na 19th WONCA Europe Conference. Apresentação do trabalho VALIDADE CONCORRENTE DE MEDIDAS DE BURNOUT EM
SAÚDE: UMA AVALIAÇÃO EM MÉDICOS, ENFERMEIROS E ASSISTENTES TÉCNICOS, João Marôco, Ana Lúcia Marôco, Ema Leite, Cristina Bastos, Maria José Vazão, Juliana Campos, no 10º Congresso de Psicologia da Saúde. Apresentação do trabalho MAPEAMENTO DO BURNOUT NA SAÚDE EM PORTUGAL: UMA ANÁLISE A NÍVEL NACIONAL, João Marôco, Ana Lúcia Marôco, Ema Leite, Cristina Bastos, Maria José Vazão, Juliana Campos, no 10º Congresso de Psicologia da Saúde. Poster AVALIAÇÃO DO BURNOUT EM SAÚDE: ADAPTAÇÃO E VALIDAÇÃO DO OLDENBERG BURNOUT INVENTORY, João Marôco, Ana Lúcia Marôco, Ema Leite, Cristina Bastos, Maria José Vazão, Juliana Campos, apresentado no 10º Congresso de Psicologia da Saúde. Poster AVALIAÇÃO DO BURNOUT EM SAÚDE: ADAPTAÇÃO E VALIDAÇÃO DO OLDENBERG BURNOUT INVENTORY, João Marôco, Ana Lúcia Marôco, Ema Leite, Cristina Bastos, Maria José Vazão, Juliana Campos, apresentado no 10º Congresso de Psicologia da Saúde.
31
6.3. Investigação
Neste âmbito desenvolveram-se vários projetos:
Foram aplicados dois questionários de satisfação aos utentes (em junho e em
dezembro), um questionário de satisfação aos profissionais em dezembro e dois
questionários de burnout aos profissionais (em abril e em dezembro). São da
responsabilidade da Enf.ª Maria José Vazão, como membro do Conselho Técnico da
USFCO e cujos resultados serão apresentados mais adiante.
Há, ainda, a referir que a Enfª. Maria José Vazão e a Dra. Cristina Bastos continuaram a
parceria com o Dr. João Marôco, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada, no
referente ao trabalho de Burnout.
MAPEAMENTO DO BURNOUT NA SAÚDE EM PORTUGAL: UMA ANÁLISE A NÍVEL NACIONAL, João Marôco, Ana Lúcia Marôco, Ema Leite, Cristina Bastos, Maria José Vazão, Juliana Campos, no 10º Congresso de Psicologia da Saúde.
AVALIAÇÃO DO BURNOUT EM SAÚDE: ADAPTAÇÃO E VALIDAÇÃO DO OLDENBERG BURNOUT INVENTORY, João Marôco, Ana Lúcia Marôco, Ema Leite, Cristina Bastos, Maria José Vazão, Juliana Campos, apresentado no 10º Congresso de Psicologia da Saúde.
6.4. Formação Externa
Durante o ano de 2014, os profissionais da USF Conde de Oeiras, participaram em
diversas ações de formação, em congressos, jornadas e outros, e também em outras
formações organizadas por entidades acreditadas como se passará a descrever a
seguir, de forma não exaustiva.
Os MÉDICOS realizaram as seguintes formações externas: Ana Campos
6as Jornadas de Dermatologia e Dermocosmética em Medicina Familiar, de 14 a 15 de
Março.
35º Congresso português de geriatria e 16º Congresso português de gerontologia
social, de 26 a 28 de novembro.
Ana Lorena
32
XVIII Jornadas nacionais Patient Care, de 13 a 14 de fevereiro.
VII Jornadas da família, de 22 a 23 de maio.
8º Congresso nacional do idoso, de 26 a 27 de junho.
Ana Ribeiro
10º Curso de cessação tabágica para médicos, de 09 a 11 de abril.
1as Jornadas Salvador Allende, em 24 de maio.
Curso de formação profissional de emergências pediátricas em cuidados de saúde
primários, em 17 de junho.
19th WONCA Europe Conference, de 2 a 5 de julho.
Conferência “Reconhecimento da Qualidade no Serviço Nacional de Saúde- Programa
nacional de acreditação em saúde”, em 26 de setembro.
Ana Rita de Jesus
XVIII Jornadas nacionais Patient Care, de 13 a 14 de fevereiro.
XIII Jornadas de Endocrinologia do Hospital de Egas Moniz, de 20 a 21 de março.
II Curso de geriatria e gerontologia de Almada, de 11 a 12 de abril.
Curso de pós-graduação em oncologia cutânea, em 17 de maio.
1as Jornadas Salvador Allende, em 24 de maio.
Workshop Referenciação a Cardiologia em cuidados de saúde primários, em 24 de
maio.
Curso iPeD-Inovação na abordagem do pé diabético, em 29 de maio.
8º Congresso nacional do idoso, de 26 a 27 de junho.
19th WONCA Europe Conference, de 2 a 5 de julho.
Formação clínica de Implanon NXT .
Ana Viegas
XVIII Jornadas nacionais Patient Care, de 13 a 14 de fevereiro.
Curso Orientação parental na consulta de saúde infantil, de 05 de março a 11 de
junho.
Andreia Castro
31º Encontro nacional de Medicina Geral e familiar, de 06 a 08 de fevereiro.
XVIII Jornadas nacionais Patient Care, de 13 a 14 de fevereiro.
International course in Primary care mental health, de 22 de fevereiro a 20 de
dezembro.
33
Curso Orientação parental na consulta de saúde infantil, de 05 de março a 11 de
junho.
Worhshop Prescrever e decidir em medicina do exercício físico e desporto, em 17 de
maio.
1as Jornadas Salvador Allende, em 24 de maio.
Workshop Dispositivos e técnicas inalatórias, em 24 de maio.
2as Jornadas de alergologia prática, de 30 de maio a 01 de junho.
Academia médica, de 20 a 21 de junho.
19th WONCA Europe Conference, de 2 a 5 de julho.
Cristina Bastos
31º Encontro nacional de Medicina Geral e familiar, de 06 a 08 de fevereiro.
XVIII Jornadas nacionais Patient Care, de 13 a 14 de fevereiro.
XIII Jornadas de Endocrinologia do Hospital de Egas Moniz, de 20 a 21 de março.
10º Curso de cessação tabágica para médicos, de 09 a 11 de abril.
1as Jornadas Salvador Allende, em 24 de maio.
Workshop Referenciação a Cardiologia em cuidados de saúde primários, em 24 de
maio.
Curso iPeD-Inovação na abordagem do pé diabético, em 29 de maio.
8º Congresso nacional do idoso, de 26 a 27 de junho.
19th WONCA Europe Conference, de 2 a 5 de julho.
IV Congresso de ortopedia geriátrica, em 26 de setembro.
Encontro da UCF São Francisco Xavier, em 22 de outubro.
35º Congresso português de geriatria e 16º Congresso português de gerontologia
social, de 26 a 28 de novembro.
Maria João Martins
19th WONCA Europe Conference, de 2 a 5 de julho.
34
Ricardo Rodrigues
31º Encontro nacional de Medicina Geral e familiar, de 06 a 08 de fevereiro.
XVIII Jornadas nacionais Patient Care, de 13 a 14 de fevereiro.
Curso “Aspetos práticos da decisão terapêutica na diabetes tipo 2”, em 04 de abril.
29º Curso pós-graduado NEDO 2014, de 05 a 06 de abril.
II Curso de geriatria e gerontologia de Almada, de 11 a 12 de abril.
1as Jornadas Salvador Allende, em 24 de maio.
Workshop Dispositivos e técnicas inalatórias, em 24 de maio.
Curso de formação profissional de emergências pediátricas em cuidados de saúde
primários, em 17 de junho.
8º Congresso nacional do idoso, de 26 a 27 de junho.
Sara Nabais
31º Encontro nacional de Medicina Geral e familiar, de 06 a 08 de fevereiro.
Curso de formação profissional de suporte básico de vida, em 04 de abril.
Curso de pós-graduação em oncologia cutânea, em 17 de maio.
19th WONCA Europe Conference, de 2 a 5 de julho.
ENFERMEIROS
Os ENFERMEIROS realizaram as seguintes formações externas:
Ana Filipa Almeida
Curso iPeD-Inovação na abordagem do pé diabético, em 29 de maio.
2.º Encontro clínico da CUF Alvalade, em 31 de maio.
Curso de formação profissional de emergências pediátricas em cuidados de saúde
primários, em 17 de junho.
35º Congresso português de geriatria e 16º Congresso português de gerontologia
social, de 26 a 28 de novembro.
Cláudia Miranda
2.º Encontro Clínico da CUF Alvalade, em 31 de maio.
Encontro da UCF São Francisco Xavier, em 22 de outubro.
Cristina Dantas
35
Curso de formação profissional de emergências pediátricas em cuidados de saúde
primários, em 17 de junho.
Encontro da UCF São Francisco Xavier, em 22 de outubro.
Emília Luz
2.º Encontro clínico da CUF Alvalade, em 31 de maio.
35º Congresso português de geriatria e 16º Congresso português de gerontologia
social, de 26 a 28 de novembro.
Maria José Vazão
I Encontro das Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes, 08 de novembro.
Sandra Silva
Encontro da UCF São Francisco Xavier, em 22 de outubro.
Sérgio Cavalheiro
Curso iPeD-Inovação na abordagem do pé diabético, em 29 de maio.
35º Congresso português de geriatria e 16º Congresso português de gerontologia
social, de 26 a 28 de novembro.
SECRETÁRIOS CLÍNICOS
Não efetuaram formação externa em 2014.
36
6.5. Plano de Desempenho Interno
Responsáveis
Os responsáveis do Plano de Acompanhamento Interno 2014-2015 são o Conselho
Técnico em colaboração com os grupos de orientadores de internato/internos Ana
Carvalho/Sara Nabais, Ana Lorena/Andreia Castro, Ana Ribeiro/Ana Viegas.
Tema
Foi escolhido como tema o tratamento com insulina na diabetes mellitus tipo 2.
Fundamentação Em 2012, a prevalência da DM2 diagnosticada na população portuguesa dos
20 aos 79 anos era de 7,3%. Nas Unidades de Saúde Familiares (USF) este valor era de
6,5% e havia 24,4 % de diabéticos com HbA1c registadas com valores superiores a 8%1.
A hiperglicemia crónica que caracteriza a DM2 é um dos fatores responsáveis pelo
desenvolvimento de complicações micro e macrovasculares, pela redução da
esperança e qualidade de vida e por um aumento dos custos em saúde2.
A insulina deve ser considerada no tratamento:
- Dos doentes recém-diagnosticados marcadamente sintomáticos e/ou com glicemias
elevadas (300-350 mg/dl) ou HbA1c (10-12%);
- Dos doentes em que a terapêutica não farmacológica associada aos antidiabéticos
orais (ADO) não foi suficiente para uma adequada compensação metabólica2.
No tratamento farmacológico da DM2, a insulina comparativamente aos restantes
fármacos hipoglicemiantes, é o fármaco mais potente2.
Recomenda-se que a insulina deva ser obrigatoriamente considerada após terapêutica
tripla com ADO. Nos casos de terapêutica dupla ou até de monoterapia com ADO, a
insulina deverá ser considerada de acordo com a situação clínica2.
1 Diabetes – Factos e Números 2013. Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes.
2 Direção-Geral da Saúde: Norma nº 025/2011 de 29/09/2011 atualizada a 27/01/2014.
37
Os doentes com uma HbA1c basal elevada (≥9,0%) têm uma reduzida probabilidade de
atingirem o objetivo terapêutico em monoterapia, pelo que pode justificar-se
principiar a terapêutica com uma combinação de 2 ADO ou com insulina3.
Por outro lado, vários estudos demonstraram que os médicos iniciam insulina em
menos de metade dos doentes com controlo glicémico desadequado com ADO, um
fenómeno designado “inércia clínica”4.
Entretanto, constatou-se que a USF Conde de Oeiras tinha, em 2013, uma prevalência
de DM2 diagnosticada de 6,5%5.
Entre os diabéticos 76 tinham HbA1c≥9%, mas apenas 21 estavam insulinotratados6.
Desta avaliação, emergiu a necessidade de implementação e avaliação da eficácia de
medidas corretivas neste âmbito, pelo que foi desenvolvido o presente Plano de
Acompanhamento Interno.
Objetivos
Otimizar o tratamento dos utentes com DM2.
Obter ganhos em saúde ao contribuir para a diminuição das complicações micro e
macrovasculares da DM2.
Estimular o trabalho em equipa.
Identificar os diabéticos insulinotratados.
Identificar os diabéticos com “mau controlo glicémico”.
Identificar os diabéticos que potencialmente beneficiariam da introdução de
insulinoterapia.
Atualizar os conceitos teóricos de enfermeiros e médicos.
Melhorar os conhecimentos práticos de enfermeiros e médicos.
Tipo de Estudo
Estudo de melhoria da qualidade.
3 Direção-Geral da Saúde: Norma nº 052/2011 de 27/12/2011 atualizada a 10/12/2013.
4 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1829438/.
5 USF Conde de Oeiras – Relatório de Atividades 2013.
6 MIM@UF dezembro 2013.
38
População-Alvo Utentes da USF Conde Oeiras com o diagnóstico de DM2, de ambos os sexos, com
idades entre os 20 e os 79 anos, não grávidas.
Tempo de Estudo De junho de 2014 a dezembro de 2015, sendo que o presente relatório faz referência
ao trabalho desenvolvido durante ao ano de 2014.
Operacionalização
1.
Ação Identificar os utentes com idades entre os 20 e os 79 anos inclusive, não grávidas, com o diagnóstico de DM2.
Destinatário Enfermeiros Método Através de listagens do MIM@UF de Junho de 2014.
Prazo Em Junho de 2014.
2.
Ação Identificar os utentes com o diagnóstico de DM2 insulinotratados Destinatário Médicos Método Através de listagens do MIM@UF de Junho de 2014 e/ou consulta dos
registos clínicos realizados até 30 de Junho de 2014 Prazo De Julho a Setembro de 2014
3.
Ação Identificar os utentes com o diagnóstico de DM2 com mau controlo glicémico, isto é, com HbA1c≥ 9%.
Destinatário Médicos Método Através de listagens do MIM@UF de Junho de 2014 e/ou consulta dos
registos clínicos realizados até 30 de Junho de 2014. Considerar a Hb1ac mais recente.
Prazo De Julho a Setembro de 2014.
39
4.
Ação Identificar os utentes com o diagnóstico de DM2 com HbA1c≥ 9% e sem elevado risco de hipoglicemia, nomeadamente utentes alcoólicos, com diminuição significativa das funções cognitivas ou incapazes de fazerem autovigilância da glicemia.
Destinatário Médicos Método Através de consulta dos registos clínicos realizados até 30 de Junho de
2014 Prazo De Julho a Setembro de 2014.
5.
Ação Receber formação específica em insulinoterapia Destinatário Enfermeiros e médicos Método 1. Através de 4 sessões teóricas e de resolução de casos clínicos,
ministradas por formadores internos e/ou externos 2. Através de 2 sessões de treino prático de utilização dos
dispositivos de insulinoterapia (canetas, agulhas) e de autovigilância (aparelhos, lancetas e tiras-teste)
Prazo De Outubro a Novembro de 2014
6.
Ação Receber aconselhamento na introdução de insulinoterapia Destinatário Enfermeiros e Médicos Método Realização de discussão em grupo de qualquer caso clínico para início
de insulinoterapia, se solicitado Prazo De Outubro a Novembro de 2014
7.
Ação Avaliar a formação específica em insulinoterapia Destinatário Enfermeiros e Médicos Método Através da aplicação de questionários prévios às 6 sessões de formação
e de questionário aplicado 1 mês após o fim da formação Prazo De Outubro a Dezembro de 2014
Resultados
Da análise dos utentes com diabetes mellitus tipo 2 das listas dos diferentes médicos
identificaram-se:
40
Parâmetro avaliado Resultado
N.º utentes com DM2 e HbA1c ≥ 9% 53
N.º utentes com DM2 já insulinotratados 12
Nº utentes com DM2 e HbA1c ≥ 9% elegíveis para insulinoterapia 32
Realizaram-se 5 sessões de formação em que foram palestrantes 3 internas de MGF,
uma médica e duas enfermeiras da USF e que foram assistidas por 13 profissionais. Foi
realizado um questionário pré-formação com 7 perguntas, tendo-se obtido 54
respostas corretas em 91 possíveis. No questionário pós-formação este número
aumentou para 54 em 70.
Discussão
A identificação dos utentes a incluir no estudo permitiu detetar alguns erros nos
registos clínicos que levaram à adoção de medidas corretoras.
As sessões iminentemente práticas preparadas e realizadas pela e para a equipa, sob a
orientação do Conselho Técnico, chegaram a todos os profissionais envolvidos e
permitiram uma discussão em grupo mais eficaz.
Foi possível proceder a alterações aos procedimentos sobre vigilância da diabetes,
nomeadamente a implementar pelo grupo responsável por esta área que passou a
disponibilizar, semestralmente, as listas de diabéticos com “mau controlo” a cada uma
das microequipas médico-enfermeiro.
Por não terem sido disponibilizados atempadamente os resultados dos indicadores de
2015 não foi possível avaliar se já houve impacto deste Plano sobre a qualidade do
desempenho da equipa.
41
7. ENSINO PRÉ E PÓS-GRADUADO
A USFCO tem tido um crescente envolvimento no ensino pré-graduado,
nomeadamente, no Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Ciências
Médicas. Neste contexto, deu formação a 15 alunos do 6.º ano e 30 alunos do 5º ano.
Relativamente ao ensino pós-graduado, a USF foi terreno de estágio para 3 internos do
Ano Comum, 6 internas de Medicina Geral e Familiar e 1 interna de Pediatria.
A nossa Unidade foi, ainda, palco formativo de 7 estudantes do 4º ano da Licenciatura
em Enfermagem, no âmbito do ensino clínico de enfermagem de saúde comunitária e
da família.
42
8. QUALIDADE ASSISTENCIAL
8.1. Procedimentos de Educação e Informação dos Utentes
Foram atualizados os folhetos informativos das mico equipas, foram uniformizados e
revistos os folhetos já existentes. Foi elaborado o folheto “Vacinas extra plano”.
Mantém-se o site da internet da USFCO, com atualização de dados a cargo da Dra. Ana
Viegas e cujos encargos financeiros são suportados pelos profissionais da USF.
8.2. Procedimentos de Apoio à Decisão Clínica
A equipa mantém o arquivo na biblioteca virtual de todos os documentos importantes,
que foi reorganizado no ano de 2014.
Continuou a construção do manual de Boas Práticas da USF, em várias áreas
assistenciais e de atendimento.
8.3. Procedimentos de Melhoria da Acessibilidade e da
Organização Interna
Aqui também se incluem alguns novos contributos para o manual de Boas Práticas e o
registo de não conformidades em livro de ocorrências.
Colocou-se em funcionamento o Google talk para comunicação entre os profissionais,
em tempo real, embora com limitações, como foi descrito anteriormente.
Tem-se fomentado a utilização das “colmeias” individuais para a comunicação urgente.
43
9. SATISFAÇÃO DE UTENTES E PROFISSIONAIS
SATISFAÇÃO DE UTENTES
Para a realização deste estudo optámos pelo questionário já em uso nos dois anos
anteriores (ANEXO 1).
Quadro XXI: Caracterização da amostra
dos dois estudos de satisfação de utentes efetuados
Quadro XXII: Resumo dos resultados obtidos
nas 3 questões principais do questionário
JUNHO 2014
(2 dias)
Não
resp
DEZEMBRO 2014
(2 dias)
Não
resp
n 80 110
Idade M = 54,17 [8-89]
DP =18,14
10
M = 55,50 [20-85]
DP =18,42
26
Sexo F = 48 (60,0%)
M= 24 (30,0%)
8
F=63 (57,3%)
M=28 (25,5 %)
19
QUESTÕES
DE
SATISFAÇÃO
JUNHO 2014 DEZEMBRO 2014
1
mto
satisf
2
satisf
3
Pouco
satisf
4
nada
satisf
NR
1
muito
satisf
2
satisf
3
Pouco
Satisf
4
nada
satisf
NR
QUESTÃO 1
Satisfação com os
ADMINISTRATIVOS
51
(64,6%)
27
(34,2%)
1
(1,3%)
1 74
(67,3%)
36
(32,7%)
0
98,8% 100%
QUESTÃO 2
Satisfação com os
ENFERMEIROS
51
(68,9%)
23
(31,1%)
6 62
(64,6%)
32
(33,3%)
2
(2,1%)
14
100% 97,9%
QUESTÃO 3
Satisfação com os
MÉDICOS
54
(68,4%)
22
(27,8%)
3
(3,8%)
1 78
(70,9%)
29
(26,4%)
3
(2,7%)
0
96,2% 97,3%
Total utentes mto
satisf/satisfeitos
98,3% (dos utentes que
responderam)
98,4% (dos utentes que
responderam)
44
Ao contrário dos resultados obtidos em 2012 e 2013, a participação dos utentes em
junho foi inferior à de dezembro. No entanto, a percentagem de utentes Muito
satisfeitos ou Satisfeitos é elevada e semelhante em ambos os estudos, como
podemos observar no quadro anterior.
Relativamente aos comentários escritos nos questionários, no primeiro estudo, para
além de vários elogios ao funcionamento do serviço, mantêm-se sugestões de
melhoria na USFCO ao nível do atendimento telefónico e da marcação de consultas. Já
não fazem alusão ao quiosque eletrónico como nos estudos anteriores. Outras
sugestões excedem o âmbito da unidade, como comentários relativos ao laboratório
de análises e a extinção das especialidades no centro de saúde. No segundo estudo, os
comentários são maioritariamente elogiosos no que diz respeito ao funcionamento da
equipa e ao atendimento dos utentes por parte dos profissionais da USFCO. Apenas
surgem duas sugestões de melhoria, referentes ao tempo de espera para a consulta
marcada e ao quiosque eletrónico (o facto de não aceitar os cartões de utente e ter de
se redigir manualmente o numero de utente).
45
SATISFAÇÃO DE PROFISSIONAIS
A colheita de dados sobre a satisfação profissional foi efetuada em Dezembro de 2014.
A análise deste questionário (ver anexo ….) foi feita, invertendo a ordem das questões
do mesmo por uma questão de organização. Assim, primeiro foi feita a caracterização
da amostra e foram apresentadas algumas questões que têm a ver com escolhas e
pensamentos e que são sintomáticas da satisfação/insatisfação dos profissionais.
Seguidamente foi analisada a forma como os profissionais colocaram 8 dimensões por
ordem de importância, que são: autonomia e poder, condições de trabalho e saúde,
realização pessoal e profissional/desempenho organizacional, relações de trabalho e
suporte social, remuneração, status/prestigio e segurança no emprego.
Por fim, procede-se à análise de 47 questões que espelham as expectativas dos
profissionais versus a realidade existente, avaliando assim se existem discrepâncias
acentuadas entre expectativas e realidade e em que dimensões.
Caracterização da amostra:
Participaram neste estudo 18 profissionais: 6 enfermeiros, 5 médicos, 4 internos e 3
administrativos, sendo 2 do sexo masculino e 16 do sexo feminino.
Os profissionais desta USF que participaram neste estudo, são maioritariamente do
quadro da instituição e entre os 35 e 44 anos. A maioria está nesta carreira há menos
de 10 anos ou entre 15-19 anos, e a maioria está neste centro de saúde há menos de
10 anos. Há 1 coordenador formal e 2 informais e apenas 1 profissional é sindicalizado.
Intenções/ pensamentos:
Como respostas à questão III6, obtivemos que há 7 elementos que nunca pensaram na
possibilidade de pedir exoneração, pedir transferência para outro serviço ou
estabelecimento, pedir aposentação antecipada, pedir licença sem vencimento ou
mudar de carreira ou profissão. Há 3 elementos que não responderam a esta questão
e há ainda 2 elementos que já pensaram em pedir a exoneração e 2 que pensaram em
pedir transferência para outro local, enquanto 1 ponderou pedir licença sem
vencimento e outro ponderou mesmo mudar de profissão.
Há também 7 profissionais que não teriam escolhido a mesma profissão e 4 que não
estão convictos de a terem escolhido. Em relação à escolha da mesma carreira, escolha
do sector público ou sector privado como principal empregador, os números são
semelhantes, sendo que 6/7 profissionais referem que talvez optassem por essas
escolhas. Estas intenções/pensamentos de mudança ou de fazer outras escolhas se
46
pudessem voltar ao princípio parecem denotar alguma insatisfação por parte destes
profissionais.
No entanto, a maioria escolheria o centro de saúde e não o hospital como local de
trabalho principal, sendo que provavelmente escolheria a mesma ARS, assim como a
USF onde trabalha.
Foi pedido aos profissionais para enumerarem por ordem de importância (de 1 a 8) as
seguintes dimensões: autonomia e poder, condições de trabalho e saúde, realização
pessoal e profissional/desempenho organizacional, relações de trabalho e suporte
social, remuneração, status/prestigio e segurança no emprego.
Assim verificámos que a REMUNERAÇÃO, a REALIZAÇÃO PESSOAL E PROFISSIONAL E
DESEMPENHO ORGANIZACIONAL e a REALIZAÇÃO PROFISSIONAL EM RELAÇÃO AO
UTENTE foram as dimensões mais valorizadas pelos profissionais em geral, sendo que
o STATUS E PRESTÍGIO e a AUTONOMIA E PODER foram, em traços gerais, as menos
valorizadas, ou seja, colocadas no fim da lista da ordem de importância. As dimensões
CONDIÇÕES DE TRABALHO E SAÚDE, RELAÇÕES DE TRABALHO E SUPORTE SOCIAL e
SEGURANÇA NO EMPREGO foram classificadas com uma importância média pelos
profissionais da USFCO.
EXPECTATIVAS VERSUS REALIDADE
Verificamos que os profissionais desta USF valorizam a sua realização profissional,
especialmente em relação ao utente, mas também a realização profissional no que
toca ao desempenho organizacional. Valorizam ainda a sua remuneração, o que
denota insatisfação nas questões colocadas em relação à percepção de estar
relativamente bem pago. É basicamente esta a principal dimensão onde a realidade é
substancialmente percepcionada como muito aquém das expectativas.
No que se refere ao trabalho e cooperação entre colegas da mesma carreira ou das
outras carreiras e a amizade no trabalho, os resultados são bastante positivos, assim
como em relação aos itens que se referem aos factores organizacionais e institucionais
(recursos, condições de trabalho, segurança, missão da USF, participação em
projectos, independência e autonomia). Há ainda a acrescentar que no que
relativamente à percepção de que a coordenação desta USF dá o exemplo aos demais
profissionais, as expectativas e a realidade são absolutamente concordantes, o que
também parece ser um factor de satisfação.
Curiosamente em relação às expectativas de futuro quer do SNS, quer da carreira, a
realidade é percepcionada com alguma descrença, o que se relaciona muito
provavelmente com as politicas de saúde actuais e com a não progressão nas carreiras.
O status e prestígio não é muito valorizado, embora faça parte das funções
desempenhas pelos profissionais.
47
Verificamos por fim que é bastante valorizada a relação com o utente, foco dos nossos
cuidados e em diversos aspectos, como seja a valorização/reconhecimento, apreço e
confiança que este atribui aos profissionais de saúde. É também bastante valorizada a
resposta que se dá aos problemas e solicitações destes mesmos utentes, verificando-
se que a equipa procura conhecer e satisfazer estas necessidades, garantindo a
qualidade dos cuidados prestados.
Esta equipa também sente orgulho de pertencer a esta USF, acreditando na
importância da sua missão e sentindo que é capaz de inovação e mudança. Todos estes
são factores que contribuem para os níveis elevados de satisfação profissional que os
profissionais desta USF revelam, apesar das inúmeras e constantes situações de
mudança e até desapontamento a que tem estado sujeita e apesar dos elevados níveis
de exaustão emocional que manifesta, como se pôde ver pelo estudo do burnout.
Estes resultados são a favor de uma elevada resiliência da equipa.
48
10. BURNOUT DE PROFISSIONAIS
O questionário de burnout foi aplicado em abril e em dezembro, tal como em 2013.
À semelhança dos outros anos, usámos o Maslash Burnout Inventory (ANEXO 3), que é
constituído por 3 subescalas: “exaustão emocional”, “realização pessoal” e
“despersonalização.
Este ano procurou-se diferenciar os internos de MGF dos médicos da USF, pois foi uma
das necessidades sentidas anteriormente.
Passamos a descrever os dois estudos:
Quadro XXIII: Resumo dos resultados de burnout nos dois estudos
Quadro XXIV: Resumo dos resultados de burnout nos dois estudos e por grupo profissional na dimensão “Exaustão emocional”
Nº Sujeitos
/RANGE
SUBESCALAS
BAIXO MODERADO ALTO
ABRIL DEZ ABRIL DEZ ABRIL DEZ
EXAUSTÃO EMOCIONAL 4 5 6 4 9 12
REALIZAÇÃO PESSOAL 7 8 9 7 3 6
DESPERSONALIZAÇÃO 10 9 7 8 2 4
Grupo
Profissional EXAUSTÃO EMOCIONAL
MÉDICOS ENFERMEIROS SECRETÁRIOS
CLÍNICOS
ABRIL DEZ ABRIL DEZ ABRIL DEZ
BAIXO 2 (1 é interno)
4 (2 são
internos)
---- ---- 2 1
MODERADO 5 (2 são
internos)
1 ---- 1 1 2
ALTO 2 5 (3 são
internos)
7
6 ---- 1
49
No que diz respeito à exaustão emocional, verificámos níveis muito elevados em
vários profissionais e crescentes ao longo do ano: em 9 profissionais em abril (2
médicos e toda a equipa de enfermagem!) e em 12 profissionais em Dezembro (5
médicos, o que inclui 3 internos, 6 enfermeiros e 1 secretário clínico.
Mais uma vez e à semelhança de estudos anteriores, o item 2 “exaustão ao fim de um
dia de trabalho” e o item 14 “trabalho em excesso” foram os que mais elevaram este
índice. No entanto, este encontra-se no seu nível mais alto desde sempre nesta
unidade, o que é extremamente preocupante.
Quadro XXV: Resumo dos resultados de burnout nos dois estudos e por grupo profissional na dimensão “Realização pessoal”
Relativamente à realização pessoal, há 7 elementos em abril (6 médicos, o que inclui 3
internos e 1 enfermeiro) e 6 elementos em dezembro (1 médico e 4 enfermeiros) que
não se sentem tão realizados com o que fazem (níveis elevados de burnout nesta
dimensão), mas há também níveis moderados de burnout em 9 elementos em abril e
em 8 elementos em dezembro. À semelhança dos estudos efetuados anteriormente, o
item que mais se destaca, por apresentar níveis baixos, é o item 12 “sinto-me cheio de
energia”. Mais uma vez foram os níveis mais elevados de burnout associado à fraca
realização pessoal, obtidos até agora.
Grupo
Profissional
REALIZAÇÃO
PESSOAL
MÉDICOS ENFERMEIROS SECRETÁRIOS
CLÍNICOS
ABRIL DEZ ABRIL DEZ ABRIL DEZ
BAIXO 5 (3 são
internos)
3 1 2
MODERADO 3 3 (1 é
interno)
3 2 3 2
ALTO 6
(3 são
internos)
2
(1 é
interno)
1 4
50
Quadro XXVI: Resumo dos resultados de burnout nos dois estudos e por grupo profissional na dimensão “Despersonalização”
No que se refere à subescala despersonalização, em abril o burnout é moderado em 7
profissionais (3 médicas, das quais duas internas de MGF, 3 enfermeiros e 1 secretário
clínico). Há ainda dois enfermeiros com burnout elevado associado à
despersonalização. Em dezembro a situação agrava-se, com um resultado elevado em
4 profissionais (3, médicos, dos quais 2 são internos e 1 enfermeiro) e moderado em 8
elementos da equipa (2 médicos, dos quais 1 é interno, 4 enfermeiros e 2 secretários
clínicos). Estes resultados são mais evidentes ao nível dos itens 11 “Preocupo-me que
as funções que exerço me estejam a tornar numa pessoa mais dura” e do item 22
“Sinto que os doentes da organização me culpam por alguns dos seus problemas.
Comparando com o estudo de burnout efetuado aos profissionais da USFCO em 2013,
destaca-se um maior nível de exaustão emocional, menor realização pessoal e um
crescendo de despersonalização que é deveras preocupante.
Cremos que vários foram os fatores que contribuíram para estes resultados,
nomeadamente o esforço crescente dos profissionais em cada vez mais funções, o
aumento da carga horária, o menor reconhecimento remuneratório e profissional e
vários constrangimentos a que a equipa esteve sujeita ao longo do ano. Destacam-se a
saída de um enfermeiro da equipa, o atendimento dos utentes sem médico, a saída de
uma médica recém-especialista, assim como o enorme empenho com uma nova
candidatura a Modelo B. Este empenho exigiu muito dos profissionais que chegaram
ao fim do ano visivelmente exaustos e com elevados níveis de burnout.
Grupo
Profissional
DESPERSONALIZAÇÃO
MÉDICOS ENFERMEIROS SECRETÁRIOS
CLÍNICOS
ABRIL DEZ ABRIL DEZ ABRIL DEZ
BAIXO 6 (1 é interno)
5 (2 são
internos)
2 2 2 2
MODERADO 3 (2 são
internos)
2 (1 é
interno)
3 4 1 2
ALTO 3 (2 são
internos)
2 1
51
11. RECLAMAÇÕES, SUGESTÕES E ELOGIOS
O trabalho de análise destes parâmetros é feito à medida que vão surgindo
reclamações, sugestões e elogios.
RECLAMAÇÕES
Tivemos um total de 7 reclamações. Estas foram categorizadas em 5 dimensões:
gestão, infraestruturas, prestação/qualidade dos cuidados de saúde,
relacional/comportamental e relacionadas com o utente.
Abordaremos, em seguida, os resultados mais relevantes.
Ao nível da “Gestão”, as reclamações foram acerca do atendimento telefónico e a
desadequação do sistema de marcação de consultas. Ao nível das infraestruturas, na
subcategoria de equipamentos houve uma reclamação sobre “falta de bata descartável
no Planeamento Familiar”. No que se refere à dimensão “prestação/qualidade dos
cuidados de saúde”, surgiu uma reclamação, “desadequação do sistema de controlo de
INR”.
Identificaram-se e aplicaram-se algumas medidas corretivas, nomeadamente:
Reportado à Direção Executiva a falta de pessoal administrativo, e ao fim de
alguns meses foi colocado um elemento do Centro de emprego e 2
Assistentes Operacionais a tempo parcial. Entretanto um elemento saiu e
um ficou destacado á nossa unidade. Foi colocada no dia 1 de Setembro a
Assistente Técnica, Paula Oliveira por mobilidade interna.
Retomado o sistema de INR em sala de tratamentos. Situação externa á
USFCO.
Uniformização de marcação de consulta de dia.
Reportado e requisitado a reposição do material em falta ao
aprovisionamento.
52
SUGESTÕES
Foram deixadas 13 sugestões escritas pelos utentes na caixa existente na sala de
espera. Nestes documentos estão incluídos elogios, reclamações e sugestões.
As sugestões estão relacionadas com os profissionais, procedimentos, instalações e
equipamentos e dividem-se em:
Negativas: “cumprimento de horários da consulta”, “ que os médicos cheguem a
horas”, “atendimento mais rápido”, “tempos de espera”, “secretários clínicos deviam
ser mais ativos e atender mais depressa os utentes”, “mal atendido na sala de
tratamentos”, “falta de desinfetante para mãos no período da gripe”, “nos vidros da
fachada do secretariado clínico colocar película até um metro de altura para evitar
acidentes com as crianças”, “chamadas pelo intercomunicador a partir do gabinete da
Dra. Cristina ouvem-se mal”.
Construtivas: “SMS na véspera para avisar a data e hora da consulta médica”.
Ações Corretoras:
Formação na gestão da consulta e no atendimento ao cliente em 2015.
Requisição ao aprovisionamento de desinfetante para mãos e colocação
em local estratégico no período da gripe, que se encontrava em rutura
de stock.
Envolvimento dos utentes no cumprimento dos 15 ou 20 minutos de
consulta e respeitar algumas situações mais complicadas que
condicionam os atrasos.
Reportada situação á UAG para melhoria da chamada de utente na sala
de espera.
Discutido em reunião interna situação ocorrido em sala de tratamentos.
53
ELOGIOS
Não havendo um livro de elogios formal, foram identificados 17 elogios, alguns escritos
no livro amarelo outros na caixa de sugestões, todos relacionados com o atendimento
por parte de todos os grupos profissionais.
Quadro XXVII: Resumo dos Registos de Reclamações, Sugestões e Elogios
Local de registo 2013 2014
Reclamações (livro amarelo) 13 7
Sugestões (construtivas) 2 1
Sugestões( negativas) 10 12
Elogios(caixa sugestões/livro amarelo) 6 18
De acordo com este quadro verifica-se um decréscimo nas reclamações registadas no
livro amarelo pelo que podemos depreender que o desempenho da equipa
multidisciplinar e os recursos existentes melhoraram, verificando-se um aumento no
número de elogios.
54
ANEXOS
55
ANEXO I: QUESTIONÁRIO DE SATISFAÇÃO DOS UTENTES
56
ANEXO II: QUESTIONÁRIO DE SATISFAÇÃO DE PROFISSIONAIS
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
ANEXO III: QUESTIONÁRIO DE BURNOUT