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Relações Econômicas entre Brasil e China

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Organização da apresentação

1. Rising China

2. A China é grande parceira econômica do Brasil

3. A relação econômica bilateral está se sofisticando

4. A relação pode ser melhorada

5. Avançando na qualidade da relação bilateral

6. Muitas oportunidades de negócios e parcerias

7. Perspectivas futuras

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1. Rising China

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1. Rising China

2º maior economia mundial depois dos Estados Unidos. Previsãode que se torne a maior economia por volta de 2028 (EIU)

Maior população mundial, 1,4 bilhão de pessoas, e o 2º maiormercado consumidor

2º maior importador (US$ 1,58 trilhão) e maior exportador (US$2,09 trilhões)

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1. Rising China

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1. Rising China

Grandes avanços em ciência e tecnologia

A ascensão de gigantes digitais indica que a China é líder global eminovação digital (OECD, 2017)

Maior mercado de e-commerce e entre os três principais paísespara investimento em venture capital em veículos autônomos,impressão 3D, robótica, drones e inteligência artificial

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1. Rising China

Um em cada três unicórnios do mundo é chinês

Provedores de nuvem do país -- recorde em eficiência decomputação

Novas energias: China responsável por quase metade da expansãoda capacidade solar fotovoltaica no mundo (Global Wind EnergyCouncil)

Substancial redução dos custos de produção e de gestão

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2. A China é grande parceira econômica do Brasil

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2. A China é grande parceira econômica do Brasil: comércio

• Maior parceira comercial do Brasil desde 2009, com 22% do total dasexportações e 18% das importações em 2017

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2. A China é grande parceira econômica do Brasil: investimento

Os chineses investiram em 97 projetos no Brasil no valor de US$ 54bilhões entre 2003 e 2017 (Boletim SEAIN/MP)

Estima-se relação 2,5 : 1 entre os investimentos totais anunciadose os efetivamente realizados

Anunciados (mas ainda não concretizados) outros 158 projetos novalor de US$ 72 bilhões

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2. A China é grande parceira econômica do Brasil: investimento

Investimentos chineses no Brasil de 2003 a abril de 2018

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2. A China é grande parceira econômica do Brasil: investimento

68% dos investimentos chineses no Brasil concentrados em 4setores: extração de petróleo e gás, energia elétrica, extração deminerais metálicos e metalurgia

Maior parte (72%) dos investimentos liderados por empresas decapital público

Maior parte dos investimentos em fusões e aquisições, não emnovas plantas (greenfield)

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2. A China é grande parceira econômica do Brasil: investimento

Investimentos chineses no Brasil de 2003 a abril de 2018, por setor

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2. A China é grande parceira econômica do Brasil: financiamento

Principais operações de financiamento para o Brasil

Setor Ano Instituição Valor ($ bi)

Energia 2009 CDB 10

Energia 2015 CDB 3,5

Energia 2015 CDB 3,2

Energia 2016 CDB 10

Energia 2016 CDB 5

Energia 2017 CDB 5

Grande total (inclui outras operações) 42,1

Fonte: Inter-American Dialogue

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2. A China é grande parceira econômica do Brasil: serviços

Presença em vários serviços, incluindo:

Crescente presença do AliExpress

Transportes fracionados (99 Taxis)

Bancos e gestoras (BBA, Espírito Santo, Rio Bravo, etc)

Educação e saúde

Comércio varejista

Telecomunicações

Tecnologia da informação

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2. A China é grande parceira econômica do Brasil: agronegócio

Soja

Açúcar

Frango

Carne bovina

Cadeias de suprimentos, de produção, comercialização e distribuição

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2. A China é grande parceira econômica do Brasil: agronegócio

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2. A China é grande parceira econômica do Brasil: agronegócio

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3. A relação econômica bilateral está se sofisticando

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3. A relação econômica bilateral está se sofisticando

Diversificação dos investimentos

Fundo Brasil-China de Cooperação para Expansão da Capacidade Produtiva

Câmara de Mediação e Arbitragem (parceria com a China InternationalEconomic and Trade Arbitration Commission (CIETAC)

Brasil -- principal destino global de investimentos de várias empresas chinesas – ex. State Grid e China Three Gorges

New Development Bank

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3. A relação econômica bilateral está se sofisticando

O Fundo Brasil-China de Cooperação para Expansão da CapacidadeProdutiva

Governança paritária e cofinanciamento

Projetos no Brasil – infraestrutura, manufatura, tecnologia e agro

Recursos de US$ 20 bilhões

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4. A relação bilateral pode ser melhorada

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4. A relação bilateral pode ser melhorada

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4. A relação bilateral pode ser melhorada

Cotas e picos tarifários, medidas fitossanitárias

Proliferação de medidas antidumping, algumas desproporcionais, comoo açúcar e o frango

Brasil é o país do BRICS que mais ampliou seus fluxos de comércio com aChina

E-commerce e economia digital

Belt and Road Initiative (BRI) -- possíveis efeitos de desvio de comércio ede investimentos nos países fora dos eixos contemplados

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4. A relação bilateral pode ser melhorada

Investimentos em infraestruturas voltados para a garantia desuprimentos de matérias-primas

Foco dos investimentos no mercado interno

Made in China 2025 – subsídios a vários setores; ex. aviões, comimpactos na Embraer

Empresas públicas – condições desiguais de competição

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4. A relação bilateral pode ser melhorada

Limitada presença de investimentos brasileiros na China, em partedevido às dificuldades impostas pela legislação local

Forte avanço chinês em mercados tradicionais do Brasil na AL

Acordos preferenciais entre a China e países vizinhos na AL afetamas condições de acesso de produtos industrializados brasileiros aomercados da região

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4. A relação bilateral pode ser melhorada

Ser membro do grupo dos BRICS não tem feito diferença em termos comerciais

Não há tratamento comercial diferenciado

Não se debatem as políticas comerciais dos sócios; o máximo que seconseguiu foi um acordo para facilitação de comércio

Temas comerciais considerados apenas para negociações na OMC

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5. Avançando na qualidade da relação bilateral

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5. Avançando na qualidade da relação bilateral

Intensificação de parcerias em ciência, tecnologia, inovação e

educação

Priorização de projetos greenfield

Diversificação de investimentos

Investimentos com uso intensivo de tecnologias e inovações

Diversificação das exportações do Brasil

Brasil como plataforma de exportações e negócios chineses na AL

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5. Avançando na qualidade da relação bilateral

Redução de barreiras às exportações brasileiras, especialmente num cenário de crescente importação de proteínas e outros alimentos

Transformação estrutural da economia chinesa –oportunidades de novas parcerias de investimentos na indústria e nos serviços

Explorar possibilidades na estratégia Made in China 2025 e no BRI

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5. Avançando na qualidade da relação bilateral

Dinamização da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN)

Fortalecimento do diálogo empresarial Brasil-China

Financiamentos em reais

Câmara de compensação de moedas -- piloto em setores específicos em que haja negócios bilaterais intensos e com interesses bem definidos; ex. óleo e gás

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6. Muitas oportunidades de negócios e parcerias

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6. Muitas oportunidades de negócios e parcerias

Centros de P&D

Futebol, turismo, marcas, produtos premium (ex. cafés e cafeterias, peixes de água doce, carnes especiais, moda)

A atuação acordada em fóruns específicos tem dado alguns resultados, embora menos do que o potencial

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6. Muitas oportunidades de negócios e parcerias

G-20: ações combinadas permitiram uma primeira reforma da estrutura de quotas no FMI

Brasil participa do Fórum de Comércio e Cooperação Econômica entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau)

BRICS: as atividades no grupo têm possibilitado aumentar o grau de conhecimento mútuo; algumas iniciativas notáveis, como o Acordo de Contingenciamento de Reservas (CRA)

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7. Perspectivas futuras

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7. Perspectivas futuras

A China é importante para o Brasil, mas o Brasil também é importante para a China

Duas economias singulares com óbvios motivos para cooperarem e compartilharem agendas com visão de longo prazo

Mas, o que, afinal, guia a relação econômica no momento? Opções basicamente mercantis? Agendas unilaterais que podem ser geradoras de futuros desconfortos?

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7. Perspectivas futuras

Na reunião de Cúpula de 2017, foi proposto que o Brasil considere a China um parceiro especial, mas espera-se que a China também considere o Brasil de modo diferenciado

É preciso uma estratégia compartilhada que guie e potencialize as relações econômicas bilaterais

Mudanças climáticas, novas energias e economia verde estão entre as agendas de interesse mútuo com grande potencial para liderar relações bilaterais e cooperações mais ambiciosas

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Muito obrigado!