Relação Professor-aluno

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 Relação Professor - Aluno: Uma Revisão Crítica Por Denise de Cássia Trevisan Siqueira 23 de dezembro de 2004 Página 1 de 3 Resumo: Como profissionais críticos e atuantes na área de ensino, observamos que, atualmente, impera um total descaso pelo ato de lecionar e aprender. Já não há mais o respeito mútuo entre discentes e docentes; a indisciplina em sala de aula é uma constant e; a dificuldade que os est uda nte s enc ont ram em usa r a linguagem escrita como elemento de reforço ou registro da fala, uma triste realidade; e atos de violência es co lar faze m pa rt e do no ss o dia-a-di a. Portanto, este artigo têm como objetivo mostrar al guns dos pr oblemas qu e co ns tatamos no dec orr er do pro cesso ensino-ap ren diz age m e apres entar suges tões, sempre resp aldad as por emb asa mentos teó ric os e experiênc ias rea is vivenciadas por pro fis sio nais ren omados, de como tais pr oblemas pode ri am ser melhor  admi ni st ra dos e, por que o, eliminados. Considerando tal abordagem, tomamos por base de nos sas observ ões a rel açã o pro fes sor - aluno, como uma revisão crítica de desempenho e atitude social; aliada à metodologia adotada  pelo docente; se não o maior, um dos principais fatores que rege a motivação pelo aprender por  parte do discente em formação. Palavras-chave: crí tica, revisão, pro fes sor , aluno, relações pessoais. O se r hu mano é social por nature za. De sde muito jovens vivemos em sociedade, fazemos  parte e formamos grupos com pessoas das mais diversificadas crenças, origens e personalidades. Graças a esse convívio no decorrer de nossas vidas, vivemos situações que nos constrangem ou enaltecem, sofremos desilusões, aprendemos co m noss os er ro s e ac er tos e, atra s de compa raçõe s, conse guimos cons truir a nossa  per sona lid ad e e in tera gi r co m o univer so .  Ne sse ref erenci al, nos sos mel hor es ami gos , aqu ele s que com suas crí ticas e con sel hos , muit as vezes, me lhor am certos as pe ct os e comportamentos negat ivos que apre sentamos, conseguem nos sensibilizar, pois conquistaram nossa confiança, nosso respeito, são exemplos de companheirismo e demonstram um sincero interesse pelo nosso bem-estar. Se as relações humanas, embora complexas, são  peças fundamentais na realização de mudanças em nível profissional e comportamental, como  pode mos ignorar a importância de tal interação entre professores e alunos? ELIAS destaca: É por intermédio das modificações comportamentais da área afetiva que a escola  pode contribuir para a fixação dos valores e dos ideais que a justificam como instituição social.” (1996, p.99) Com o objetivo de realizar uma pesquisa em campo, adotamos por téc nic a a observ açã o,  pois, parafraseando CUNHA (1994, p. 55), “é uma exc ele nte téc nica de coleta de dados”. Portanto, ao utiliz armos tal crité rio, pudemos  per ce ber compor ta mentos, de sempenhos, métodos e técnicas de vários tipos de docentes (o autoritário 1 , que vê o ato de lecionar apenas como um complemento de salário; o crítico- reflexivo 2 , que planeja suas aulas e investe na continuidade de sua formação; o permissivo 3 ; o “mãe zona”, e tant os ou tro s cu jas atitude s  pe sso ais que jamais pas sarão des per cebidas  pelos alunos), que embora critiquemos, muitas vezes fazem parte de nosso discurso aos alunos: ameaças, chan tagen s emoci onais , contro le da indisciplina 4 através do medo, autoritarismo 5 .....; enfim tudo que promove o não-desenvolvimento cognitivo 6 do discente. “O professor autoritário, o professor licencioso, o pr of essor compet en te, sé rio , o pr of esso r  incompet en te, irresp onve l, o pr of essor  amoroso da vida e das gentes, o professor mal- amad o, se mpre co m raiva do mundo e da s  pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca." (FREIRE, 1996, p.73) Como o ensino não pode e não deve ser algo estático e unidirecional, devemos nos lembrar de que a sala de aula não é apenas um lugar para transmitir conteúdos teóricos; é, também, local de aprendizado de valores e comportamentos, de aquisição de uma mentalidade científica lógica e  p ar ti ci pa ti va, qu e po derá po ssibil it ar ao indi du o, be m or ie nt ad o, in te rp retar e tran sf orma r a so ci edade e a na tu reza em  benefício do bem-estar coletivo e pessoal. Tão  bem nos lembra GRISI: “Toda aula, em resumo, seja qual for o objetivo a que vise, e por mais claro, preciso, restrito, qu e este se ap resente, tem se mp re uma inelutável repercussão mais ou menos ampla, no

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Relação Professor - Aluno: Uma RevisãoCrítica

Por Denise de Cássia Trevisan Siqueira

23 de dezembro de 2004Página 1 de 3

Resumo: Como profissionais críticos e atuantesna área de ensino, observamos que, atualmente,impera um total descaso pelo ato de lecionar eaprender. Já não há mais o respeito mútuo entrediscentes e docentes; a indisciplina em sala deaula é uma constante; a dificuldade que osestudantes encontram em usar a linguagemescrita como elemento de reforço ou registro dafala, uma triste realidade; e atos de violênciaescolar já fazem parte do nosso dia-a-dia.Portanto, este artigo têm como objetivo mostrar alguns dos problemas que constatamos nodecorrer do processo ensino-aprendizagem eapresentar sugestões, sempre respaldadas por embasamentos teóricos e experiências reaisvivenciadas por profissionais renomados, decomo tais problemas poderiam ser melhor administrados e, por que não, eliminados.Considerando tal abordagem, tomamos por basede nossas observações a relação professor-aluno, como uma revisão crítica de desempenho

e atitude social; aliada à metodologia adotada pelo docente; se não o maior, um dos principaisfatores que rege a motivação pelo aprender por   parte do discente em formação.

Palavras-chave: crítica, revisão, professor,aluno, relações pessoais.

O ser humano é social por natureza. Desdemuito jovens vivemos em sociedade, fazemos parte e formamos grupos com pessoas das mais

diversificadas crenças, origens e personalidades.Graças a esse convívio no decorrer de nossasvidas, vivemos situações que nos constrangemou enaltecem, sofremos desilusões, aprendemoscom nossos erros e acertos e, através decomparações, conseguimos construir a nossa  personalidade e interagir com o universo.

  Nesse referencial, nossos melhores amigos,aqueles que com suas críticas e conselhos,muitas vezes, melhoram certos aspectos ecomportamentos negativos que apresentamos,conseguem nos sensibilizar, pois conquistaram

nossa confiança, nosso respeito, são exemplosde companheirismo e demonstram um sincerointeresse pelo nosso bem-estar.

Se as relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na realização de mudançasem nível profissional e comportamental, como podemos ignorar a importância de tal interaçãoentre professores e alunos?

ELIAS destaca:

“É por intermédio das modificaçõescomportamentais da área afetiva que a escola pode contribuir para a fixação dos valores e dosideais que a justificam como instituição social.”(1996, p.99)

Com o objetivo de realizar uma pesquisa emcampo, adotamos por técnica a observação, pois, parafraseando CUNHA (1994, p. 55), “éuma excelente técnica de coleta de dados”.

Portanto, ao utilizarmos tal critério, pudemos  perceber comportamentos, desempenhos,métodos e técnicas de vários tipos de docentes(o autoritário1 , que vê o ato de lecionar apenascomo um complemento de salário; o crítico-reflexivo2, que planeja suas aulas e investe nacontinuidade de sua formação; o permissivo3 ; o“mãezona”, e tantos outros cujas atitudes  pessoais que jamais passarão despercebidas pelos alunos), que embora critiquemos, muitasvezes fazem parte de nosso discurso aos alunos:ameaças, chantagens emocionais, controle daindisciplina4 através do medo,autoritarismo5 .....; enfim tudo que promove onão-desenvolvimento cognitivo6 do discente.

“O professor autoritário, o professor licencioso,o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das  pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhumdeles passa pelos alunos sem deixar sua marca."(FREIRE, 1996, p.73)

Como o ensino não pode e não deve ser algoestático e unidirecional, devemos nos lembrar de que a sala de aula não é apenas um lugar paratransmitir conteúdos teóricos; é, também, localde aprendizado de valores e comportamentos, deaquisição de uma mentalidade científica lógica e  participativa, que poderá possibilitar aoindivíduo, bem orientado, interpretar etransformar a sociedade e a natureza em benefício do bem-estar coletivo e pessoal. Tão bem nos lembra GRISI:

“Toda aula, em resumo, seja qual for o objetivo

a que vise, e por mais claro, preciso, restrito,que este se apresente, tem sempre umainelutável repercussão mais ou menos ampla, no

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comportamento e no pensamento dos alunos.”(1971, p.91)

Professores, amantes de sua profissão,comprometidos com a produção doconhecimento em sala de aula, que desenvolvem

com seus alunos um vínculo muito estreito deamizade e respeito mútuo pelo saber, sãofundamentais. Professores que não medemesforços para levar os seus alunos à ação, àreflexão crítica, à curiosidade, aoquestionamento e à descoberta são essenciais.Professores, ou melhor, educadores que, aorespeitar no aluno o desenvolvimento que esteadquiriu através de suas experiências de vida(conhecimentos já assimilados), idade edesenvolvimento mental, são imprescindíveis.

A nosso ver, a relação estabelecida entre

  professores e alunos constitui o cerne do processo pedagógico. É impossível desvincular a realidade escolar da realidade de mundovivenciada pelos discentes, uma vez que essarelação é uma “rua de mão dupla”, pois ambos(professores e alunos) podem ensinar e aprender através de suas experiências.

“Para por em prática o diálogo, o educador não pode colocar-se na posição ingênua de quem se pretende detentor de todo o saber; deve, antes,colocar-se na posição humilde de quem sabeque não sabe tudo, reconhecendo que o

analfabeto não é um homem “perdido”, fora darealidade, mas alguém que tem toda aexperiência de vida e por isso também é portador de um saber.” (GADOTTI, 1999, p.2)

Se por um lado é importante a existência deafetividade7 , confiança, empatia8 e respeitoentre docente e discente para que melhor sedesenvolva a leitura, a escrita, a reflexão, aaprendizagem e a pesquisa autônoma; por outro,os educadores não podem permitir que taissentimentos interfiram no cumprimento ético deseu dever de professor. Portanto, situaçõesdiferenciadas adotadas com um determinadoaluno (como permitir que, sem justificativacoerente, entregue seu dever em data diferenteda estipulada; ou melhorar a nota deste, paraque ele não fique de recuperação), apenasnorteadas pelo fator amizade ou empatia, nãodeveriam fazer parte das atitudes de um“Formador de Opiniões”.

“Não é certo, sobretudo do ponto de vistademocrático, que serei tão melhor professor quanto mais severo, mais frio, mais distante e

“cinzento” me ponha nas minhas relações comos alunos [...] A afetividade não se achaexcluída da cognoscibilidade. O que não posso

obviamente permitir é que minha afetividadeinterfira no cumprimento ético de meu dever de professor no exercício de minha autoridade. Não  posso condicionar a avaliação do trabalhoescolar de um aluno ao maior ou menor bemquerer que tenha por ele.” (FREIRE, 1996,

 p.159-60)

Outro reflexo desse aspecto (excesso deafetividade), mas sob um prisma maisdirecionado à superproteção, geralmente podeser observado em salas de ensino fundamentalda quinta série: crianças indisciplinadas,inquietas, por vezes, arrogantes e revoltadas.

É fato que durante esse estágio da vida ascrianças estão passando por uma fase deadaptação (transição da quarta para a quintasérie) e que tudo que é novo causa certo medo e

ansiedade; portanto, é normal e até esperado queesse período provoque alguns problemasdisciplinares no início; mas, o que nos chama aatenção é a total falta de organização e senso deresponsabilidade que muitas vezes tais criançasapresentam.Devemos, enquanto educadores, atentarmosquanto a nossas atitudes, pois, não raras vezes, omotivo de tal reação é a falta de autoridade e  proteção excessivas, ocultas em atitudesinconscientes, tais como: anotar os deveres nasagendas dos alunos, em lugar de deixar que eleso façam; fornecer as respostas dos exercícios,

quando eles não conseguem obtê-las, ao invésde deixá-los descobrir o erro; centralizar aresolução de todos os problemas em nósmesmos, dando mais atenção à criança que émais mimada, ou indisciplinada, ou está doente;e nos utilizarmos da chantagem emocional paraobter a disciplina na sala de aula – os alunosgeralmente obedecem, não por conscientizaçãode tal necessidade, mas porque temem “perder”a amizade do professor. Agindo assim nãoestamos permitindo que os alunos adquiramautonomia em seus atos e, portanto, tornamo-losexcessivamente dependentes.

“O ideal consiste em que a criança aprenda por si só, que a razão dirija a própria experiência[...] A falta da prática de pensar, durante ainfância, retira dela essa faculdade para o restoda vida.” (ELIAS, 2000, p.32)

Para exercer sua real função, o professor precisaaprender a combinar  autoridade9 , respeito eafetividade; isto é, ao mesmo tempo queestabelece normas, deixando bem claro o queespera dos alunos, deve respeitar a

individualidade e a liberdade que esses trazemcom eles, para neles poder desenvolver o sensode responsabilidade. Além disso, ainda que o

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docente necessite atender um aluno em  particular, a interação deve estar sempredirecionada para a atividade de todos os alunosem torno dos objetivos e do conteúdo da aula.

Outro fator que incomoda, e muito, grande parte

dos Amantes do Saber, é a disciplina; oumelhor, a ausência dessa; no entanto,infelizmente, sempre podemos presenciar situações em que muitos professores, em nomeda autodisciplina10 , tomam atitudes, nomínimo, pedagogicamente questionáveis: fazemimposições sem fundamento, ameaçam osalunos e, não raras vezes, chegam a humilhá-los.

Por inúmeras vezes nos deparamos comdocentes que ao ouvirem conversa durante aaula gritam com os estudantes, fazem ameaças

dizendo que a prova será em breve e que elesnão a conseguirão realizar, que aquele conteúdoestá “dado”, ou, então, como punição, passamexercícios valendo nota, para serem entreguesno final da aula. Outros, simplesmente ignoramtal fato, demonstrando, claramente, que estãomais preocupados em cumprir o conteúdocurricular planejado para aquela aula, do que emdescobrir o porquê da falta de interesse e daindisciplina da maioria dos seus alunos.

Casos em que o professor assume uma posturaautoritária e acredita que distanciamento

hierárquico é sinônimo de respeito, não sãoraros dentro de uma sala de aula. Esse  profissional, como um “general”, geralmenteintimida os discentes a prestarem atenção, eministra suas aulas sem se importar que hajaalunos que não estão acompanhando o seuraciocínio. Sua atenção está voltada apenas paraalguns poucos alunos que, sentados nas  primeiras carteiras, olham-no atentamente.Quando algum dos supostamentedesinteressados faz alguma pergunta, ou éignorado, ou recebe como resposta: “Se vocêestivesse prestando atenção, teria entendido”.Convém salientar que essas “disputas” entremestre e discípulos pouco ou nenhum resultado prático trazem, pois um aluno que é retirado dasala de aula por comportamento inadequado eencaminhado à biblioteca para realizar uma pesquisa sobre o tema da aula, ou não o faz, ouo entrega ao professor antes do término do período.

Será que essa postura docente contribui dealguma forma para que um professor obtenha orespeito e a disciplina que tanto deseja em sala

de aula?Em nosso entender, respeito se conquista, não se

impõe; e o diálogo11 é o melhor caminho para asolução de problemas. Assim sendo, fazemosnossas as palavras de LIBÂNEO:

“O professor não apenas transmite umainformação ou faz perguntas, mas também ouve

os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar paraque aprendam a expressar-se, a expor opiniões edar respostas. O trabalho docente nunca éunidirecional. As respostas e as opiniões dosalunos mostram como eles estão reagindo àatuação do professor, às dificuldades queencontram na assimilação dos conhecimentos.Servem também para diagnosticar as causas quedão origem a essas dificuldades. (1994, p.250)

Segundo MASSETO (1996), o sucesso (ou não)da aprendizagem está fundamentadoessencialmente na forte relação afetiva existente

entre alunos e professores, alunos e alunos e  professores e professores.

Assim sendo, podemos dizer que a atitude deste professor, assim como a de muitos outros queencontramos no nosso dia-a-dia, reflete um  profissional não comprometido com o seutrabalho, que não investe suficientemente na suaformação e que, dessa forma, torna-se apenasuma projeção do que foram seus professores,repetindo o mesmo currículo de seusantecessores, resistente a mudanças e um  praticante de aulas expositivas monótonas e

repetitivas repletas de muita “falação”, distantesdas reais necessidades dos alunos, e que, portanto, os induz à desmotivação, à falta deinteresse, à indisciplina, à incapacidade derefletir, criar e problematizar situações que  poderiam auxiliar na construção de seuconhecimento e caráter.

E por falar em indisciplina, essa não deveria ser uma constante entre professores e alunos. Aulasdinâmicas, divertidas, linguagem clara, objetivae de fácil entendimento, sempre associando otema em questão a situações atuais, deconhecimento dos alunos, utilizando mais aexplanação verbal do que a lousa (vista comoum suporte, apoio para registrar, de formaresumida, alguma informação mais importante),tornam as explicações dadas pelo docente,segundo opinião unânime dos alunos, uma aulamotivadora.

Vale a pena continuar ressaltando a atuação dealguns professores, não como modeloinquestionável de docência, mas como fonte deinspiração para que continuemos a buscar um

melhor caminho para chegarmos ao coração e àmente de nossos alunos. Um aluno jamais deve permanecer passivo e, mesmo que as respostas

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dadas sejam incompletas ou incorretas, overdadeiro educador sempre deve fazer umcomentário crítico construtivo: “Você quaseconseguiu... Valeu a tentativa!”; ou “Esqueceu,não é? Vamos ver se amanhã você já conseguiuse recuperar da amnésia”. A forma como ele

conduz a aula deve despertar a curiosidade peloouvir e aprender.

“... o bom professor é o que consegue, enquantofala, trazer o aluno até a intimidade domovimento do seu pensamento. Sua aula éassim um desafio e não uma ‘cantiga de ninar’.Seus alunos cansam não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu  pensamento, surpreendem suas pausas, suasdúvidas, suas incertezas.” (FREIRE, 1996, p.96)

Um professor deve buscar um aperfeiçoamento

constante, ter um carinho especial pela profissãoque abraçou e saber utilizar sua autoridade commoderação e imparcialidade. Então, por que nãotentar eliminar rapidamente os poucos casos deconversa paralela durante a aula, chamando aatenção dos envolvidos de forma humorada?Por que não conversar, em particular, comqualquer estudante que necessite de umareprimenda maior? Certamente, todos os alunoso cumprimentarão nos corredores e irão lhe pedir conselhos e orientações.

"Boa técnica de motivação é ter uma conversaem particular com o aluno. Em que se procuraexplorar o sentimentalismo e também, quandonecessário, falar francamente com o aluno,chamando-o às suas responsabilidades. Éimprescindível que ele sinta, apesar dasverdades, se necessárias, que o professor é seuamigo e tudo está fazendo para ajudá-lo."(NÉRICI, 1992, p.190)Estabelecendo um paralelo entre todas essasatuações, podemos afirmar que a disciplina emsala de aula está diretamente ligada ao estilo de prática docente; isto é, à autoridade profissional,moral e técnica do professor. Dessa forma, entretodos os observados, os professores que melhor conseguem este controle são aqueles quedominam o conteúdo que ensinam; não têmreceio de dizer que não conhecem a resposta,mas que a irão pesquisar e depois a trarão (ecumprem a promessa); adaptam seus métodos e  procedimentos de ensino em função danecessidade de sua clientela; possuem tato emlidar com as diferenças individuais em sala deaula; estão abertos ao diálogo; e demonstramdedicação profissional, senso de justiça, caráter,competência12 e hábitos pedagógico-didáticos

necessários à organização do processo deensino.

Um professor competente está sempre pronto arefletir sobre sua metodologia, sua postura emaula, a replanejar sua prática educativa, a fim deestimular a aprendizagem, a motivação13 dosseus alunos, de modo que cada um deles sejaum ser consciente, ativo, autônomo,

 participativo e agente crítico modificador de suarealidade.

Vale a pena ainda mencionar um outro aspectorelevante no que concerne à relação teoria-

prática14 , no caso, representada no exemploque os professores dão, manifestando suacuriosidade, competência e abertura de espírito.Segundo MASCELLANI:

“O educador que não se organiza de modosatisfatório para questionar as condições dentrodas quais vive [...] não conseguirá sequer ter 

comportamentos autênticos diante daqueles quedeve educar, ou, pelo menos, diante dos alunosque estão colocados diante de si, destinatáriosde sua ação educativa.” (1980, p.128)

De nada adianta falar sobre organização,responsabilidade, ética, autonomia, se, na  prática, não houver um planejamento15 dasaulas, continuar-se a fazer críticas, pública eabertamente, contra colegas de trabalho, não sereservar algum tempo para o aperfeiçoamentocontínuo e utilizar-se dos horários das aulas pararealizar tarefas estranhas àquele momento

(atualização de diários, correção de provas etc.).

O prazer pelo aprender não é uma atividade quenasce espontaneamente nos alunos, pois, muitasvezes, não é uma tarefa que cumprem com prazer. Para que este hábito possa ser melhor cultivado, é necessário que o professor consigadespertar a curiosidade dos alunos eacompanhar suas ações na solução das tarefasque ele propuser (o não acompanhamento poderá fazer os alunos se sentirem inseguros narealização da atividade proposta, por julgarem-se cobrados a um desempenho para o qual nãoforam preparados; e, o fornecer as respostas  prontas, não permitindo que o aluno  problematize e descubra a resposta correta,acomoda-o e prejudica sua autonomia).

Além disso, o aluno deve obter conhecimentonão apenas para ter na cabeça muitasinformações que, na maioria dos casos, nuncavai utilizar. O conhecimento ideal é aquele queo transforma em um “cidadão do mundo”. Noentanto, para que isso aconteça, o papel do  professor deve ser a de um “facilitador de

aprendizagem”, aquele que provoca no alunoum estímulo que o faça aprender a aprender.

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Tornar-se um professor facilitador não é umatarefa fácil, pois requer a quebra deparadigmas16 ; o aprender a não desistir; aconscientização de que em uma sala de aula nãohá aprendizado homogêneo e imediato; que aorientação do professor, acompanhando cada

 passo do aluno, com a intenção de que ele,gradativamente, liberte-se e demonstre seu potencial, é fundamental; a percepção de que aformação continuada17 é uma necessidade, eque uma postura crítica-reflexiva deve fazer   parte do seu dia-a-dia.

Notas 

Texto orientado pela professora de Prática deEnsino / Estágio Supervisionado DinéiaHypolitto do curso de Formação de Professores

da Universidade São Judas Tadeu. Publicação:Revista Integração: Ensino=Pesquisa=Extensãoda Universidade São Judas Tadeu. Ano IX, nº33, maio.2003.

Denise de Cássia Trevisan Siqueira é bacharelem Letras e licenciada pelo Curso de Formaçãode Professores pela Universidade São JudasTadeu; Engenheira Elétrica e Revisora daEditora Universidade São Judas Tadeu;  professora de língua inglesa do Colégio daPolícia Militar e de língua portuguesa da EscolaTécnica Estadual Camargo Aranha.

1. Aquele que usa com rigor a sua autoridade,não admitindo contradições. Ver ELIAS, MarisaDel Cioppo. Pedagogia Freinet – Teoria ePrática. São Paulo: Papirus, 1996.2. Aquele que está aberto a quaisquer sugestõese críticas que o ajudem a se repensar como profissional a fim de reformular e melhorar sua prática. Ver HYPOLITTO, Dinéia. A formaçãodo Professor o Estágio Supervisionado. SãoPaulo: Editora Catálise, 2001.3. Aquele que permite que seus alunos  pratiquem ou tomem atitudes despropositadasou desrespeitosas para consigo ou para com seusamigos. Ver FURLANI, Lúcia Maria Teixeira.Autoridade do professor: meta, mito ou nadadisso? São Paulo: Editora Cortez, 1991.4. Falta de controle sobre os próprios atos edesrespeito as limitações e anseios das demais pessoas.5. Uso impróprio da autoridade; imposição deforma dominadora, arbitrária e opressora.6. Relativo a aquisição de um conhecimento, a percepção.7. Afeição, simpatia, amizade; conjunto de

fenômenos psíquicos que se manifestam sob aforma de emoções, sentimentos e paixões.8. Tendência para sentir o que sentiria caso se

estivesse na situação e circunstânciasexperimentadas por outra pessoa.9. Direito ou poder de se fazer obedecer, de sedar ordens, de tomar decisões, de agir; que teminfluência e age; que tem por encargo fazer respeitar as leis.

10. “ Conjunto de princípios e regras elaboradolivremente pela pessoa, através do contato coma realidade e da interação com os outros, einteriorizados pela aprendizagem, pela tomadade consciência das exigências da vida pessoa esocial, e pela busca da autonomia através daatividade livre”. (HAYDT, Regina CéliaCazaux. Curso de Didática Geral. São Paulo:Ática,1997, p.66)11. Comunicação, exposição de idéias atravésde perguntas e respostas entre duas ou mais pessoas.12. Competência segundo o Dicionário Aurélio:

qualidade de quem é capaz de apreciar edesenvolver certos assuntos... competente éaquele que julga, avalia, pondera, acha asolução e decide.13. Ato de estimular o aluno com a finalidadede tornar a aprendizagem mais produtiva. Ver ZÓBOLI, G.. Práticas de Ensino – Subsídios  para a Atividade Docente. 7ª ed. São Paulo:Editora Ática, 1996.14. “É preciso falar, tanto quanto possível,através de ações, e apenas dizer o que éimpossível fazer.” (ROUSSEAU, 1990, p.197).15. VASCONCELLOS, Celso dos Santos.

Planejamento: Plano de Ensino – Aprendizageme Projeto Educativo – elementos metodológicos  para elaboração e realização. São Paulo.Libertad, 1995.16. Modelos, padrões.17. “Atividades formativas que ocorrem após acertificação profissional inicial... que visa  principal ou exclusivamente melhor osconhecimentos, as habilidades práticas e asatividades dos professores na busca de maior eficácia na educação dos alunos”.(RODRIGUES e ESTEVES, 1993, P.44).

Referências Bibliográficas

CUNHA, M. I. O bom professor e sua prática.Campinas: Papirus, 1994.ELIAS, M. D. C. Pedagogia Freinet – Teoria e  prática. São Paulo: Papirus, 2000.FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberesnecessários à prática educativa. São Paulo: Paze Terra, 1996.FURLANI, L. M. T. Autoridade do professor:meta, mito, nada disso? São Paulo: Cortez,1991.

GADOTTI, M.. Convite à leitura de PauloFreire. São Paulo: Scipione, 1999.GRISI, R.. Didática mínima. 3. ed. São Paulo:

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  Nacional, 1971.HAYDT, R. C. C.. Curso de didática 2 Geral.São Paulo: Editora Ática, 1997.HYPOLITTO, D. (org.). A formação do professor e o estágio supervisionado. São Paulo:Catálise, 2001.

LIBÂNEO, J. C.. Didática. São Paulo: Cortez,1994.MASSETO, M. Didática: A aula como centro.São Paulo: FTD. 1996. NÉRICI, I. G. Educação e metodologia. SãoPaulo: Pioneira, 1992.RODRIGUES, A.; ESTEVES, M. A análise denecessidades na formação de professores.Portugal: Porto. 1993.ROUSSEAU, J. J. Emílio. Portugal: Europa /América, 1990.VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Planode ensino – aprendizagem e projeto educativo – 

Elementos metodológicos para elaboração erealização. São Paulo: Libertad, 1995.ZÓBOLI, G. Práticas de ensino - subsídios paraa atividade docente. 7. ed. São Paulo: Ática,1996

A relação Professor/Aluno no processo de

ensino e aprendizagem

As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na realizaçãocomportamental e profissional de um indivíduo.

Desta forma, a análise dos relacionamentosentre professor/aluno envolve interesses eintenções, sendo esta interação o expoente dasconseqüências, pois a educação é uma dasfontes mais importantes do desenvolvimentocomportamental e agregação de valores nosmembros da espécie humana.

 Neste sentido, a interação estabelecidacaracteriza-se pela seleção de conteúdos,organização, sistematização didática parafacilitar o aprendizado dos alunos e exposiçãoonde o professor demonstrará seus conteúdos.

 No entanto este paradigma deve ser quebrado, é preciso não limitar este estudo em relaçãocomportamento do professor com resultados doaluno; devendo introduzir os processosconstrutivos como mediadores para superar aslimitações do paradigma processo-produto.

Segundo GADOTTI (1999: 2), o educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes,colocar-se na posição de quem não sabe tudo,reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da

vida.

Desta maneira, o aprender se torna maisinteressante quando o aluno se sente competente pelas atitudes e métodos de motivação em salade aula. O prazer pelo aprender não é umaatividade que surge espontaneamente nosalunos, pois, não é uma tarefa que cumprem

com satisfação, sendo em alguns casos encaradacomo obrigação. Para que isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar acuriosidade dos alunos, acompanhando suasações no desenvolver das atividades.

O professor não deve preocupar-se somentecom o conhecimento através da absorção deinformações, mas também pelo processo deconstrução da cidadania do aluno. Apesar detal, para que isto ocorra, é necessária aconscientização do professor de que seu papel éde facilitador de aprendizagem, aberto às novas

experiências, procurando compreender, numarelação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los àauto-realização.

De modo concreto, não podemos pensar que aconstrução do conhecimento é entendida comoindividual. O conhecimento é produto daatividade e do conhecimento humano marcadosocial e culturalmente. O papel do professor consiste em agir com intermediário entre osconteúdos da aprendizagem e a atividadeconstrutiva para assimilação.

O trabalho do professor em sala de aula, seurelacionamento com os alunos é expresso pelarelação que ele tem com a sociedade e comcultura. ABREU & MASETTO (1990: 115),afirma que “é o modo de agir do professor emsala de aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma adequadaaprendizagem dos alunos; fundamenta-se numadeterminada concepção do papel do professor,que por sua vez reflete valores e padrões dasociedade”.

Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor 

é o que consegue, enquanto fala, trazer o alunoaté a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e nãouma cantiga de ninar . Seus alunos cansam, nãodormem. Cansam porque acompanham as idas evindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”.

Ainda segundo o autor, “o professor autoritário,o professor licencioso, o professor competente,sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do

mundo e das pessoas, frio, burocrático,racionalista, nenhum deles passa pelos alunossem deixar sua marca”.

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Apesar da importância da existência deafetividade, confiança, empatia e respeito entre professores e alunos para que se desenvolva aleitura, a escrita, a reflexão, a aprendizagem e a pesquisa autônoma; por outro, SIQUEIRA(2005: 01), afirma que os educadores não

 podem permitir que tais sentimentos interfiramno cumprimento ético de seu dever de professor.Assim, situações diferenciadas adotadas comum determinado aluno (como melhorar a notadeste, para que ele não fique de recuperação),apenas norteadas pelo fator amizade ou empatia,não deveriam fazer parte das atitudes de um“formador de opiniões”.

Logo, a relação entre professor e aluno depende,fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos,de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o

nível de compreensão dos alunos e da criaçãodas pontes entre o seu conhecimento e o deles.Indica também, que o professor, educador da eraindustrial com raras exceções, deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagemglobal, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente deseus deveres e de suas responsabilidades sociais.A Relação Professor / Aluno

•  Por Ordem Rosacruz - AMORC 

“Se o Mestre for verdadeiramente sábio, não

convidará o aluno a entrar na mansão de seu saber, e sim, estimulará o aluno a encontrar o

limiar da própria mente”.

Com estas palavras Khalil Gibran define a postura mais adequada do professor para comseus alunos. Estarão as escolas do ocidente e dehoje preparadas para a formação moral e éticade nossos filhos? Será que as escolas dão adevida atenção para desenvolver nas crianças as potencialidades interiores que possuem latentesem seu interior? Parece-me que estão mais preocupadas com a preparação de profissionais

habilitados para o mercado de trabalho cada vezmais competitivo e incerto. É necessária umaconsciência maior dos professores e escolas, nosentido de estarem preparando o novo homemdo milênio que inicia. Este homem deverá estar desatrelado de saberes dependentes de par. Cadavez mais capaz de realizar seus sonhos, ser maisfeliz e em harmonia com os demais seres comos quais convive.

Todo ser humano, independente de possíveisimperfeições físicas, emocionais e mentais,  possui dentro de si uma energia, capaz demobilizar forças inimagináveis que o auxiliamasuperar os obstáculos na vida. Descobrir e

desenvolver esta força não são tarefas fáceis noadulto. Para a criança, na fase dos 3 a 6 anos,quando esta se iniciando a formação do caráter,fica muito mais fácil mostrar que este poder existe e que ela pode fazer uso dele sempre quefor necessário.

É a facilidade de acesso a este poder quedeterminados seres humanos têm e que outrosnão tiveram a chance de desenvolver que nosfaz diferentes. Estamos acostumados a receber saberes dependentes de par, pois nossos pais e professores nos ensinaram as leis que regem omundo segundo sua ótica esquecendo-se de quecada ser humano pode ter uma visão diferentesobre os mesmos assuntos. Todos os sistemassociais, políticos e econômicos estãofundamentados em experiências de alguém. Ter a capacidade de observar, saber ouvir, analisar 

cada acontecimento sob sua própria ótica echegar a conclusões que outros ainda nãotiveram são poucos os que estão preparados.Ainda que assim estejam preparados, precisamsaber falar, diversificar as formas de expressão,argumentar sem competir e desafiar a simesmos, buscando fazer cada vez melhor, aoinvés de competir com os outros. Que escolasestão conscientes deste papel para o ser humano?

O processo de ensino rosacruz estáfundamentado numa tradição que valoriza os

 potenciais do ser humano e busca capacita-lo adesenvolver estas potencialidades. O método  busca dar ao ser humano o poder dainvestigação pessoal, livre de dogmas e preconceitos que lhe permita descobrir as leisnaturais da vida e com elas se harmonizar,obtendo uma vida mais plena e em paz. Comoestá a séculos formando o ser humano, aAMORC formou a Escola Rosacruz Integrada – ERCI, aberta a toda a comunidade de Curitiba.Uma escola infantil para crianças de 2 a 6 anosque tem como principal mote:

“... apresentar à criança as leis do universo

reveladas nas obras da natureza em suas formas mais simples, embasar o caminho rumo

a uma compreensão da verdade existente em

todas as coisas, através do amor, da harmonia,da justiça, da caridade, e da Lei e da ordem”.

  H. Spencer Lewis

Esta unidade escolar está situada no bairro doBacacheri em Curitiba no Paraná, anexa aos prédios do parque Rosacruz e disponibiliza àscrianças o Museu Egípcio e Rosacruz,

Biblioteca e Fitoteca, Espaço de Artes, eambiente de contato da criança com a naturezaintegrando conhecimento, lazer e forma de

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aprender brincando no processo holístico deensino de pedagogia.

Para obter maiores informações sobre a escolaou sobre a Ordem Rosacruz - AMORC, entreem contato com a Ordem Rosacruz, receba

grátis O Domínio da Vida, ou maioresesclarecimentos sobre a ERCI.