Reformulação do curso de letras situação em 07.12.12
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UFPR/SCHLA – COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS
PROCESSO DE REFORMULAÇÃO CURRICULAR 2012
Histórico das Discussões sobre a Reformulação Curricular no Curso de Letras
As reformulações curriculares são um processo constante no Curso de Letras da UFPR (aliás,
em qualquer curso de graduação). Elas visam adequar o Curso ás mudanças na maneira de
entender a formação do profissional em Letras, nas mudanças nas áreas do conhecimento que
formam o Curso e mesmo para permitir expansões na oferta de opções de formação. De um
ponto de vista mais prático e contingente, as reformulações são feitas para acomodar as
formulações legais com relação aos currículos dos Cursos, estabelecidas pelo Ministério da
Educação. Essa foi, por exemplo, a motivação mais imediata da primeira reformulação de que
se tem notícia na história do Curso, no início da década de 1960, a fim de acomodar as
diretrizes estabelecidas pela reforma de ensino promovida pela LDB (Lei 4.024, de 20.12.61).
Na esteira dessas reformas, estabeleceram-se os currículos mínimos para os cursos superiores
(no caso dos cursos de letras, estabelecido pelo parecer nº 283/62, de 18.10.1962). A principal
novidade dessa reformulação foi a introdução da obrigatoriedade da disciplina de Linguística
nos currículos dos cursos de letras. No caso específico do currículo do Curso de Letras da UFPR,
a reformulação do início da década de 1960 introduziu as habilitações duplas, segmentou as
antigas habilitações em Letras Anglogermânicas e Letras Românicas em habilitações
específicas para cada uma das línguas e extinguiu a concepção do Curso do tipo 3+1, em que o
os três primeiros anos correspondiam à formação específica da área do Curso, dando direito
ao diploma de Bacharel em Letras, enquanto que o quarto ano correspondia à formação da
licenciatura. Na nova concepção, as disciplinas didático-pedagógicas seriam distribuídas ao
longo do curso, começando já no 2º ano. Além disso, introduziu-se a disciplina de Prática de
Ensino, que fornecia a formação específica para as licenciaturas em cada língua (estrangeira,
clássica ou vernácula).
O registro das configurações curriculares mais antigas do Curso de letras é bastante precário
no Arquivo Geral do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes. A documentação específica
referente aos Currículos não se encontra lá armazenada: a maior parte do que é dito aqui é
deduzida a partir dos históricos dos alunos dessa época. Mesmo com relação ao histórico dos
alunos, que se encontram razoavelmente bem preservados, há lacunas no que diz respeito a
vários anos: faltam a maior parte dos registros referentes à década de 1960 e muitos dos
registros referentes aos primeiros anos da década de 1970. Com base nos dados dos históricos,
depreende-se que houve uma reforma curricular no início da década de 1970 (a partir de
1972?), que redundou na semestralização das disciplinas do Curso. Além das disciplinas da
formação específica da área de Letras e das disciplinas didático-pedagógicas, o Curso ainda
contava com disciplinas complementares e eletivas (além da inevitável Estudos de Problemas
Brasileiros, também disciplinas de outras áreas das Ciências Humanas).
A Reformulação de 1981 – a mais antiga cuja documentação remanesce no Arquivo Geral –
restaurou o caráter seriado (anual) ao Curso e criou a oferta de vagas no Noturno (para Inglês
e Português, habilitações simples). As disciplinas complementares e eletivas foram substituídas
pelas disciplinas optativas, numa carga bastante menor. O currículo 1992 restaurou a
semestralidade do curso, iniciando uma tendência de diminuição da carga horária de
disciplinas obrigatórias com um aumento da carga horária de disciplinas optativas. Foram
criadas as disciplinas de Metodologia de Ensino e a habilitação nos Bacharelados em Letras
restabelecida. A reformulação de 2001 criou as ênfases nos Bacharelados.
Em 2005, antes ainda do período regulamentar para a reformulação do Curso, um novo
processo de revisão curricular foi deflagrado, para dar-se conta da exigência curricular de 400
horas práticas + 400 horas de estágio nos Currículos das Licenciaturas. Ao mesmo tempo, o
MEC subia a carga horária mínima dos Cursos de Graduação (2.400 horas para os Bacharelados
e 2.800 horas para as licenciaturas). A reformulação deflagrada em 2005 seria apenas
aprovada como currículo para o Curso de Letras na forma da Resolução 13/07- CEPE,
constituindo o Currículo do Curso a partir do ingresso de 2008.
Já no final da década de 1990, o processo avaliativo do Curso (com vistas, entre outras coisas,
à readequação de curso na forma de ajuste ou reformulação curricular) foi previsto para ter,
como foro privilegiado, a Semana do Curso de Letras, que acontecia anualmente, no segundo
semestre. Na edição de 2007, devido a problemas na programação da Semana, as discussões
específicas sobre o currículo foram bastante esvaziadas. A partir do ano letivo de 2008, a
Semana passou a ser organizada a partir de outra concepção, chegando ao formato de evento
acadêmico que ela apresenta agora. As discussões acerca da avaliação do Curso e da sua
concepção foram deslocadas para uma Semana de Avaliação do Curso de Letras, realizada em
setembro de 2010. Além disso, a UFPR como um todo retomou a prática dos processos
avaliativos institucionais, culminando na aplicação de um instrumento de avaliação, ao final de
2009, em alguns cursos selecionados – Letras foi um deles.
Os resultados desses processos de discussão pareciam apontar a necessidade de algumas
mudanças:
* A reformulação curricular que resultou no Currículo 2007, inchou sobremaneira o
Currículo de Letras, provocando um aumento de até 20% na carga horária de todas as
habilitações (os bacharelados simples passaram de 2.000 para 2.400 horas e as licenciaturas
simples passaram de 2.400 para 2.800 horas, por exemplo). Sobre esta questão específica, é
importante frisar que as atuais disposições do MEC determinam essa carga horária como
obrigatória. A luta por currículos menos pesados em termos de carga horária se coloca num
plano maior de articulação.
* O Currículo 2007 apresenta sérios problemas de acomodação de disciplinas na grade
horária, com muitos casos em que há diferença entre que o prevê o currículo em termos de
periodização de disciplinas e aquilo que vem sendo ofertado na prática.
* O Currículo 2007 sofreu importantes ajustes que modificaram bastante a estrutura
original do Curso. Esses ajustes foram feitos pontual e emergencialmente, para acomodar
pontos que não haviam sido contemplados nas grades inicialmente aprovadas (Metodologia e
Prática de Docência de LEM e de Português para as licenciaturas duplas), dificuldades de
ofertas de disciplina (no caso da Metodologia da Pesquisa em Educação) e ampliação da
possibilidade de orientação dos TCCs das Licenciaturas. Como resultado desses ajustes, a
relação entre a carga horária obrigatória e optativa se alterou bastante de habilitação por
habilitação. Na base dessa alteração, não havia nenhuma razão de ordem acadêmica ou
pedagógica, apenas a acomodação às vicissitudes de oferta de disciplinas.
* Necessidade de integrar no Curso as diferentes perspectivas a partir das quais a
formação do profissional em Letras é concebida, consubstanciadas na existência de dois
Currículos (Currículo 2007 e Currículo 2009, este último restrito às habilitações de Japonês e
Polonês).
* O encaminhamento, por parte do DELEM, do resultado da votação da Plenária
Departamental em que se tomou a decisão de que o DELEM não proporia a criação de um
curso de letras estrangeiras modernas separado do atual Curso de Letras, mas que as
aspirações do Departamento seriam encaminhadas através de reformulação curricular.
Ao mesmo tempo, existe a necessidade de se incorporar ao Projeto Pedagógico do
Curso de Letras as demandas criadas pelo Ministério da Educação nos últimos anos, quais
sejam a criação de um Núcleo Docente Estruturante e de um Regulamento de Estágio do Curso.
A esses pontos, eu acrescentaria um Regulamento dos Trabalhos de Conclusão de Curso
(depois da [re]definição da natureza desses trabalhos) e das Atividades Formativas
(configurado, atualmente, na forma de uma Instrução Normativa da Coordenação do Curso de
Letras). No que diz respeito ao Núcleo Docente Estruturante, o Colegiado viria a decidir, em
reunião posterior, a configurar a porção docente da Comissão de Avaliação para Reformulação
como o Núcleo Docente Estruturante do Curso de Letras.
Com base no entendimento de que os pontos acima demandavam um processo de
intervenção para além dos simples ajustes curriculares, a Coordenação do Curso encaminhou
ao Colegiado a proposta de um processo de avaliação com vistas à reformulação curricular. O
Coordenador propôs ao Colegiado a criação de uma Comissão de Avaliação para a
Reformulação que, uma vez aprovada, iniciou os trabalhos. Propôs-se um processo amplo de
avaliação, com o encaminhamento de questionários de avaliação aos corpos docente e
discente do Curso, entrevistas com os ex-coordenadores, principalmente aqueles que tivessem
encaminhado ou implementado reformulações curriculares e revisão de outros processos
avaliativos. Ao mesmo tempo, solicitou-se às áreas que se posicionassem, num primeiro
momento sobre a sua participação no Projeto Pedagógico do Curso e, num segundo momento,
sobre a Concepção Geral do Curso do ponto de vista do perfil de formação do profissional
formado. A Comissão Criada era formada pelo Coordenador e Vice-Coordenador do Curso, dois
representantes docentes do DELEM, dois representantes docentes do DLLCV, um
representante docente de cada departamento do Setor de Educação, mais dois representantes
discentes. Houve algumas substituições: o professor Eduardo Nadalin trocou de lugar com o
professor Francisco Fogaça (com o término do mandato de Vice-Coordenador do primeiro e o
início do segundo) na representação do DELEM; a professora Gesualda Rasia foi substituída
pela professora Adelaide Silva na representação do DLLCV.
O resultado das consultas às áreas pode ser visto no Anexo I deste documento, sistematizado
na tabela do Anexo II.
Alguns pontos principais podem ser levantados a partir da proposição das áreas:
*As áreas do DLLCV consideram satisfatória a atual concepção do Currículo. As áreas de
Literatura Brasileira e Literatura Portuguesa não propõem alteração nas ementas e nas cargas
horárias das disciplinas. A área de Linguística e Língua Portuguesa propõe reorganização de
algumas ementas. A área de Clássicas admite a flexibilização da carga horária de suas
disciplinas, ainda que enfatize que a formação em estudos clássicos é essencial para a
formação dos egressos do Curso de Letras.
* Algumas áreas de Estrangeiras propõem pequenos aumentos de carga horária de obrigatória:
Espanhol: 180 horas; Italiano: 30 horas; Polonês: 30 horas. Alemão propõe uma diminuição de
30 horas.
* As áreas de Estrangeiras apontam para a necessidade de flexibilização do Núcleo Comum do
Curso.
* As áreas de Estrangeiras apontam a necessidade de horários para que sejam ofertadas
disciplinas específicas de suas áreas na grade horária do período de funcionamento das
habilitações.
A Comissão para Reformulação dos Currículos do Curso de Letras, retomando os trabalhos no
ano de 2012, decidiu marcar reuniões temáticas para discutir a divisão do Curso em
modalidades e ênfases: para o dia 12 de abril foi marcada a reunião temática dos Bacharelados
em Estudos Literários; para o dia 17 de abril foi marcada a reunião temática dos Bacharelados
em Estudos Linguísticos; para o dia 26 de abril foi marcada a reunião temática das
Licenciaturas. Como na reunião do dia 17 de abril compareceram apenas professores da Área
de Linguística e Língua Portuguesa, que haviam feito a discussão sobre o Bacharelado em
Estudos Linguísticos, e entendendo o Coordenador do Curso que o assunto necessitava de uma
discussão em um Fórum mais amplo, que retomasse inclusive alguns dos pontos que ficaram
em aberto na reunião temática dos Estudos Literários, no Colegiado de 19 de abril decidiu-se
reconvocar uma reunião temática para os bacharelados para o dia 10 de maio.
Nas discussões acerca dos Bacharelados em Letras, recordou-se que a configuração dos
Bacharelados em Ênfases, introduzida no Currículo 2001, se devia basicamente à introdução da
Ênfase em Estudos da Tradução. Esta última se constituiu na forma de um conjunto substancial
de disciplinas obrigatórias, enquanto que os demais bacharelados se definem mais
conspicuamente como um curso de Licenciatura menos as disciplinas da Educação,
restringindo-se a formação específica às disciplinas de Tópicos de Pesquisa (30 horas) e à
obrigatoriedade do cumprimento de uma carga horária mínima de optativas específicas de
cada área do conhecimento. A concepção básica subjacente à divisão dos Bacharelados em
Ênfase era a constituição de um outro eixo de organização do Curso de Letras,
transversalmente à organização em habilitações, com o intuito de promover uma integração
entre os estudiosos de cada uma das grandes áreas de conhecimento das Letras (Estudos
Linguísticos, Estudos Literários) nas diferentes ênfases.
Ao longo da discussão, houve o questionamento quanto a se manter seja o modelo atual de
divisão em ênfases, seja o próprio Bacharelado em Letras, tendo em vista uma carência de
uma área de atuação profissional específica e privativa do bacharel em Letras. Por outro lado,
a opção do aluno pelos bacharelados, que tem se mantido ao longo dos últimos anos, seja
como complementação a uma formação anterior, seja como formação para o aluno que não
está interessado na carreira docente, sinaliza para a manutenção da opção do bacharelado,
que resultou consensual na discussão feita. Houve um consenso sobre a necessidade de um
perfil mais definido para as Ênfases em Estudos Linguísticos e Estudos Literários, embora não
se tenha abordado como esse perfil seria consubstanciado no Currículo, na forma de
disciplinas.
Uma avaliação geral a que se chegou foi a de que a integração transversal proposta na
reformulação de 2001 não chegou a ocorrer. Permaneceu um consenso no sentido de se
investir na construção dessa integração, através de uma melhor organização das
Coordenações das Ênfases (sobretudo em Estudos Linguísticos e Literários, já que sob este
ponto de vista a Ênfase em Estudos da Tradução funciona a contento), com a organização de
reuniões periódicas de Ênfase para a distribuição de encargos docentes obrigatórios
compartilhados e uma melhor organização da oferta das optativas. Houve uma disposição
geral em se manter a disciplina de Iniciação à Pesquisa Científica, sendo consensual uma
necessidade de discutir eixos comuns a serem contemplados nos programas oferecidos por
professores das diferentes áreas.
Um outro consenso predominante foi o de restringir a escolha do tema das monografias à área
do conhecimento específica (estudos linguísticos ou literários) e à habilitação específica (língua
ou literatura respectiva à habilitação), não se colocando a necessidade de restringir a escolha
do orientador aos professores da área específica da habilitação.
Foi consensual também a necessidade da inclusão de (uma ou duas) disciplinas de Introdução
à linguística teórica e Teorias de Aquisição de L2, obrigatórias para as habilitações em Língua
Estrangeira – tanto nas licenciaturas quanto nos bacharelados (e optativas para as habilitações
em língua vernácula e clássica). Pelo perfil de atuação e formação específica exigidos dos
docentes de tais disciplinas, elas seriam ofertadas pelo DELEM.
No que diz respeito à Modalidade da Licenciatura, houve uma avaliação geral de que o estado
de desvalorização da profissão e da carreira docentes se reflete na escolha do aluno de Letras
e, principalmente, num a sensação geral de desencanto para com a Licenciatura. Ao mesmo
tempo, houve um consenso com relação à necessidade de uma melhor orientação a ser dada
ao aluno com relação não só à carreira docente e à atuação do licenciado, mas também dos
bacharelados. Uma proposta original da Coordenação, de uma disciplina introdutória, a ser
ministrada pelo DTPEN, para introdução às questões de ensino, a fim de alicerçar melhor a
opção das modalidades (a ser feita a partir do terceiro período), foi reformulada na reunião
temática sobre as Licenciaturas no sentido de uma disciplina de 30 horas, a ser organizada pela
Coordenação do Curso, e a ser ministrada por docentes de todas as áreas e departamentos do
Curso, na forma de seminários. O encargo de ministrar determinados seminários seria
distribuído entre as áreas/departamentos e deve ser previamente acordado e definido no
Projeto Pedagógico. A avaliação seria feita na forma de relatório apresentado pelos alunos. A
disciplina seria obrigatória para todas as habilitações, modalidades e ênfases e tem o nome
provisório de INTRODUÇÃO ÀS LETRAS e deve ser ofertada num dos períodos iniciais do Curso
(1º ou 2º). Essa oferta está vinculada à escolha da modalidade/ênfase no terceiro período,
como ocorre no Currículo 2009.
A reconfiguração das Licenciaturas, apresentadas pelo representante do DTPEN no Colegiado,
seria organizada da seguinte maneira:
* Mantêm-se as disciplinas de Psicologia da Educação, Organização do Trabalho Pedagógico,
Políticas e Planejamento, LIBRAS, Didática e as Metodologias de Ensino.
* Excluem-se as disciplinas de Processos Interativos e as Práticas de Pesquisa em Educação.
* As disciplinas de Prática Docente I e II são substituídas pelas disciplinas:
* Estágio em Letras I – 180h de estágio + 15h de orientação à Prática Docente
* Estágio em Letras II – 180h de estágio + 15 de orientação à Prática Docente
* Incorpora-se a disciplina de Seminários de Pesquisa em Ensino-Aprendizagem (30h)
(O Altair me observou que a proposta do DEPLAE é um tanto diferente, mas não encaminhou
ainda as mudanças).
ANEXO I
UFPR/SCHLA/CURSO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS – PROCESSO DE REFORMULAÇÃO CURRICULAR
Sistematização das Propostas para Reformulação do Currículo provenientes das Áreas, na primeira rodada de manifestações
(dezembro de 2011 a abril de 2012) com revisão das posições das Áreas de Espanhol e Inglês.
As anotações em laranja são da Coordenação do Curso, em geral questionando pontos que não estão claros.
Área Do ponto de vista da Concepção do Curso e da Formação do
Aluno Do ponto de vista dos conteúdos e/ou disciplinas
ministrados pela área
Linguística e Língua Portuguesa
-O Curso de Letras forma estudiosos dos fenômenos da linguagem; não é precípua e centralmente espaço profissionalizante-técnico (embora também o seja). Isso pressupõe formação específica em língua (estrangeira moderna, clássica e/ou vernácula), mas também formação teórica sólida e sofisticada, consubstanciada em um núcleo comum de disciplinas.
- Núcleo comum atual é adequado (embora comporte reorganização para redistribuição de conteúdos nas ementas); - Conteúdos de formação mínima: os que promovem o acesso aos diferentes níveis de análise linguística (fonológico, morfológico, sintático, semântico, variacionais, textuais e discursivos). - A área aguarda quais são as demandas das outras áreas com relação a que conteúdos são relevantes/indispensáveis/mínimos par a formação.
Literatura Brasileira
- Defende a concepção do curso atual; considera fundamental uma formação histórica que tem a teoria como base, com o objetivo de formar alunos capazes de interpretar textos literários de maneira contextualizada (o que é contemplada pelo Currículo 2007).
- Não propõe modificação nas ementas atuais.
Literatura Portuguesa
- Não propõe mudança nas ementas e/ou carga horária das disciplinas. - Não há necessidade de criação de novas obrigatórias ou optativas.
- Periodização: HL815 e HL229 em períodos ímpares e HL816 em período par; iniciar no 3º período. - Rodízio das áreas nas ofertas no sábado.
Letras Clássicas
- Ressalta a importância da formação em estudos clássicos para a formação profissional mais ampla. - Insiste na necessidade de uma fundamentação sólida no entendimento dos fenômenos linguístico e literário, visando a capacidade do egresso situar de maneira crítica esses objetos de estudo tanto na realidade atual quanto na história.
- Aceita a possibilidade de dividir as disciplinas de literatura clássica com o DELEM. - Aceita a flexibilização das disciplinas de formação em estudos clássicos, com a possibilidade de escolha por língua latina ou grega (embora considere que 120 horas é insuficiente para a formação para leitura de textos clássicos), história do pensamento linguístico e filologia românica.
Alemão
- Defende a manutenção da relação atual entre os dos departamentos quanto à atuação no Curso de Letras e uma reformulação curricular que busque soluções concretas para os anseios das diferentes áreas dos dois departamentos. - A reformulação deve manter o caráter de formação acima de tudo acadêmico-científica do profissional em Letras e não apenas profissional/profissionalizante. - Núcleo comum de disciplinas pode ser flexibilizado, constituindo um núcleo eletivo de disciplinas dentre as quais o aluno pode optar. Esse núcleo pode vir a ser composto por disciplinas ofertadas pelos dois departamentos.
- Alunos dos Bacharelados em Alemão devem cursar apenas até Língua Alemã IV; alunos das Licenciatura devem cursar até Língua Alemã VI. - Alteração da carga horária das disciplinas de Literatura Alemã de 45 h para 30h. - Adoção do Quadro Comum Europeu de Referência como uma das bases da avaliação no domínio do Alemão na avaliação das disciplinas. Utilização de bancas de avaliação ao final da Língua Alemã III (B1.2 do QCER) e ao final da Língua Alemã VI (B2.2); possibilidade de banca ao final do Básico II (A2.2).
Espanhol
O profissional de Letras, além da proficiência na língua da sua habilitação, deve ter uma formação teórica consolidada pelo núcleo comum de disciplinas, que garanta um bom desempenho como estudioso da linguagem, profissional crítico e independente (aliando o conhecimento e consciência, teoria e prática). O egresso da habilitação em espanhol deve ter um desempenho excelente nas quatro habilidades da língua e ser capaz de refletir sobre o funcionamento da língua e sobre como o espanhol se estrutura - em contraste com a língua materna. Assim como apresentar um conhecimento amplo das literaturas produzidas em língua espanhola nos diversos países, da história e da complexidade que
A área de espanhol considera que a carga horária de disciplinas de língua é satisfatória, a maior dificuldade se encontra no estudo das literaturas de língua espanhola. Diante disso, avalia a possibilidade de reordenar o conteúdo das disciplinas de literatura, que já não seriam separadas por gêneros em Literatura Hispano-americana e Literatura Espanhola, mas por períodos em Literaturas Hispânicas. Isso permitiria uma melhor distribuição desses conteúdos, o que dispensaria o aumento de carga horária como se pensou a princípio. No entanto, isso depende de viabilizar uma dedicação maior do aluno para o estudo das literaturas hispânicas, decorrente da definição do núcleo comum do
caracterizam a riqueza do corpo cultural hispânico. curso. Além disso, esses conteúdos poderiam ser ministrados em disciplinas compartilhadas pelos professores e divididas em seminários, o que dependerá de uma organização da área e da existência de códigos que permitam a divisão da carga horária entre os ministrantes. Por outro lado, mantém a proposta de revisão do elenco de optativas, a oferta de optativas específicas de língua e literatura para a formação adequada dos alunos de espanhol, buscando o melhor aproveitamento do potencial docente da área e a participação intensiva dos alunos da habilitação em espanhol. Para tal, é necessário que a grade horária do curso de letras seja flexibilizada de maneira que se possa ofertar essas optativas no período matutino
Francês
- Questiona a distinção entre licenciatura e bacharelado. - Insiste na concepção do professor como pesquisador e da Licenciatura como curso de formação para a pesquisa. - Defende a maior integração de algumas áreas (quais?) com o Setor de Educação. - Defende a integração das habilitações em Japonês e Polonês com o resto do Curso. - Defende uma formação mais prática para a Ênfase em Tradução. - Defende um curso que amplie o leque de oportunidades de trabalho para o egresso. - Propõe diminuir a obrigatoriedade das disciplinas, com a criação de percursos sugeridos; propõe a diminuição da carga horária de disciplinas do Setor de Educação, em que há sobreposição de conteúdos. - Propõe ampliar as ênfases (?) e extinguir a propriedade sobre as disciplinas (?) - Integração das diferentes áreas, com a possibilidade de disciplinas que pudessem ser ofertadas em conjunto por mais de um professor.
- Carga horária de língua francesa é adequada. - Defende a diminuição do engessamento da grade, que impede a área de ofertar as optativas que existem no ementário. - Necessidade de repensar a oferta das línguas complementares.
Inglês
(conforme revisão em 03.12.12) - defende um currículo que não seja baseado no modelo da “racionalidade técnica” – modelo que pressupõe a teoria como direcionadora da pra´tica; - melhor articulação entre teoria e prática; - maior autonomia para o aluno nas escolhas curriculares; - ensinar a pensar ao invés de se ensinar o que pensar;
- Revisão das ementas, para eliminar a superposição dos conteúdos. -Em relação ao Núcleo Comum, a área se manifestou favorável à manutenção da Literatura Brasileira II [NOTA DA COORDENAÇÃO: na verdade, seria Literatura Brasileira III ou IV] por uma disciplina de Literatura Comparada, para favorecer a interlocução entre as áreas, mantendo a disciplina de Literatura Brasileira como optativa.
- A subárea de Literaturas em Língua Inglesa defendeu a presença de uma disciplina obrigatória sobre ‘Shakespeare’, ou estudos shakespereanos. Em relação à contribuição do ensino das clássicas e Literatura Brasileira para o ensino das literaturas estrangeiras, a subárea reconheceu, em parte, a importância do ensino de teatro grego e romano, mas apontou para a carência de ensino de teatro medieval e do teatro como um todo para a formação do aluno da área de Letras Inglês, que seria igualmente relevante. Um autor primordial como William Shakespeare dialoga com várias disciplinas e áreas de conhecimento, ainda que permaneça o preconceito de que teatro é apenas entretenimento. Reforçar a presença do teatro e de Shakespeare no currículo é estimular profundidade de reflexão sobre o texto dramático por parte da coletividade acadêmica, que pode passar a ver o teatro como uma arte a ser apreciada com atenção, porque nos auxilia a compreender os comportamentos e motivações humanas. Nesse contexto também, o ensino de Literaturas Brasileiras se justificaria pelos paralelos passíveis de serem estabelecidos entre as áreas. - Revisão das ementas das disciplinas de Literaturas de Língua Inglesa;
- Diminuição da carga horária obrigatória das disciplinas de Clássicas de 4 (120h) para 2 (60 h), tendo os alunos a possibilidade de optar por outras disciplinas oferecidas pela área de clássicas além das ofertadas atualmente; - Inserção de PAs (Projetos de Aprendizagem) a exemplo do que vem sendo feito nas áreas de Japonês e Polonês. Muitas vezes, o que falta aos alunos é uma orientação acadêmica sobre as diferentes possibilidades de formação e, nesse sentido, a disciplina de PAs seria importante, porque também possibilitaria ao aluno o contato com pesquisa desde o início do curso, o que poderia contribuir para suas escolhas. Reforçando o que dissemos na discussão anterior, a inserção da disciplina de Projetos de Aprendizagem (nos primeiros períodos do curso), seria feita “antes da oferta de Iniciação Científica 01, com o objetivo de promover a autonomia dos alunos, sua busca pelo conhecimento, sua noção de responsabilidade em relação às escolhas concernentes a sua formação. Aqui a introdução do papel do professor mediador (01 professor mediador para cada 10 alunos, com turmas de no máximo 20 alunos. Assim, uma turma com 20 alunos seria atendida por dois professores)”; - Oferta de disciplinas de estágio a partir do começo do curso dado o sucesso do LICENCIAR, PIBID, etc. A área sugere a oferta de uma disciplina com esse perfil que poderia atender às necessidades do CELIN, proposta que poderia se estende a outras parcerias entre a universidade e as escolas públicas; - Oferta de TCC para licenciatura e para bacharelado,
com disciplina com 05 orientandos/alunos por professor com vagas prioritárias para a área de atuação do professor; oferta de disciplinas monográficas;
- Criação das disciplinas optativas de “Literatura e
Ensino de Língua”, “Estudos Multimodais”, e “Análise de Discurso Crítica”; - A disciplina de IPC deve ter sua ementa revista para contemplar a execução de seminários como forma de avaliação desta; -Linguística III seria substituída por uma disciplina de linguística aplicada, mantendo a oferta de Linguística I e II; inserção de Sociolinguística como disciplina optativa, atendendo o conteúdo da atual Linguística III; - Inserção na grade de Linguística Aplicada I e II para as
licenciaturas e bacharelado.
Italiano
- Avalia o Projeto Pedagógico atual do Curso de Letras como inadequado às necessidades do mercado. Defende a posição de que deveriam ser criados dois cursos de Letras (Estrangeiras e Vernáculas), em que se pudesse permitir o trânsito dos professores do DELEM e DLLCV. - Dentro de uma perspectiva de currículo unificado, defende a manutenção da especificidade das licenciaturas, com a adoção de dois TCCs no caso de licenciaturas duplas. - Defende monografia específica para cada bacharelado no caso de bacharelado duplo; defende também um perfil mais definido para o bacharelado. - Formação do bacharelado que permita outras possibilidades profissionais para o egresso. - Mais dois períodos (total de 12 semestres?) para as
- Conteúdos/disciplinas que faltam para as habilitações em Italiano: didática específica de língua italiana usufruindo de novas tecnologias; disciplinas de ensino de língua estrangeira com objetivos específicos; disciplina de Introdução para a produção científica; maior espaço para os estudos culturais. - Alterar a carga horária do Básico I e II de 120h para 90 h. - Alterar a carga horária de Línguas V e VI de 30h para 60h. - Transformar a optativa A QUESTÃO DA LÍNGUA em obrigatória, a partir do 4º período (HE345 – 30 h). - Passar a obrigatória ESTUDOS ITALIANOS I para o 2º período. - Espaço na grade horária do matutino para disciplinas optativas específicas do italiano.
habilitações duplas.
Japonês
- A área não se sente em condições de avaliar o atual Currículo no presente momento, dado a situação inicial de funcionamento da habilitação. Solicita um prazo médio de 7 anos e meio para realizar uma avaliação mais consistente do Currículo 2009. A área prefere manter a habilitação em Japonês no Currículo 2009, fazendo ajustes.
Polonês
- A área sente a necessidade de formação teórica básica, com integração a um currículo único do Curso de Letras. - A área sente a falta de um bacharelado em Estudos da Tradução; esse bacharelado poderia ser feito como habilitação dupla no noturno, com a inclusão de disciplinas de português ou em dois turnos, com disciplinas no turno da manhã. - Manter a escolha da Modalidade no 3º período.
- Redistribuição da carga horária atual de língua polonesa (540h: 4 x 120 + 1 x 60 h) para (570h: 1 x 120 + 5 x 90h). - Inserção de Introdução à Literatura Polonesa (em português), mais Literatura Polonesa I a III. - Inserção de disciplinas de Introdução à Linguística e Morfossintaxe (duas disciplinas). Inserção de uma disciplina de Teoria Literária (uma segunda disciplina seria a de Literatura Comparada, que já existe). - Manter a disciplina de Teorias de Aquisição de L2. - Eliminar a disciplina de Teoria Literária em Polonês. - Repensar a disciplina de Metodologia e Prática de Pesquisa em Linguística Aplicada. - Tópicos Centrais da Tradução como obrigatória para a Licenciatura e o Bacharelado em Polonês. - Crítica e Prática da Tradução I e II como obrigatória no(s) bacharelado(s) em Polonês. - Substituição da disciplina de Prática Escrita por disciplina voltada para reflexão sobre língua materna e aperfeiçoamento da produção textual. - Eliminação da vinculação das optativas a grupos específicos; incorporar optativas do DLLCV e criar disciplinas novas. -Eliminar a Formação Complementar (Atividades Formativas?). - Inserção da disciplina de Cultura e Ensino (HE892).
DEPLAE
- Não encaminhou por escrito; o representante do Departamento, no Colegiado, manifestou a posição do Departamento na manutenção das disciplinas obrigatórias atuais.
- Manutenção de EP073 e EP074 como obrigatórias para as Licenciaturas, com as cargas horárias atuais.
DTFE - Não encaminhou proposta por escrito e não apresentou manifestação.
DEPLAE - Não encaminou proposta por escrito; apresentou proposta de reconfiguração do Estágio no Curso de Letras na Reunião Temática para discussão das Licenciaturas.
Estudos da Tradução
Nova configuração das específicas de Tradução: 3º p(eríodo): Tópicos Centrais da Tradução (ementa atual) 4º p: História da Tradução (ementa atual) 5º p: Introdução à Crítica da Tradução (disciplina nova) 6º p: Crítica e Prática da Tradução II (ementa nova) 7º p: Tópicos de Pesquisa em Estudos da Tradução (ementa atual) 8ºp: Crítica e Prática da Tradução IV (ementa atual) + Orientação Monográfica I (co-requisito?) 9º p: Orientação Monográfia II
Iniciação à Pesquisa Científica
(Posição da Professora Gertrud Frahm): Neste sentido, a disciplina de IPC teria dois semestres: digamos, 2h no começo do curso de letras e outro no 4º.semestre. Isto ajudaria os alunos a escreverem de forma mais acadêmica e no 4º. Semestre aprender a montar o Projeto de Pesquisa de forma adequada, a coisa meio no real como eu tenho tentado fazer com seminários etc. Como está é complicado pq alunos não sabem escrever texto acadêmico e a participação nos Seminarios agora não tem forca de obrigatoriedade, só pode ser por adesao... Não sei se me fiz entender, no caso de IPC se aumentaria 2h por semana no 1º semestre (bem, estaria andando na contramão mas vejo como necessário, principalmente agora
ANEXO II – AVALIAÇÃO DAS ÁREAS (ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO – MAIO DE 2012)
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS
REFORMULAÇÃO CURRICULAR – 2012 – PROPOSTAS DAS ÁREAS (PRIMEIRA RODADA,
FECHADA EM MAIO DE 2012)
1. ÁREA DE LINGUÍSTICA E LÍNGUA PORTUGUESA
O CURRÍCULO ATUAL DAS HABILITAÇÕES EM LETRAS NA UFPR
(POSIÇÃO DA ÁREA DE LINGUÍSTICA E LÍNGUA PORTUGUESA, DLLCV)
1.
Conforme solicitação da Coordenação do Curso, os professores que
integram a Área de Linguística e Língua Portuguesa, no Departamento de
Linguística, Letras Clássicas e Vernáculas, se reuniram algumas vezes para
estabelecer uma síntese da sua avaliação da situação atual do currículo do nosso
curso, bem como das eventuais possibilidades de melhorias, com vistas à discussão
da nova reforma curricular.
Vale sublinhar que toda essa reflexão parte, para nós, do pressuposto básico
de que o curso não forma (ou não forma simplesmente) tradutores, pesquisadores
ou professores de língua ou literatura alemã, espanhola, francesa, grega, inglesa,
italiana, japonesa, latina, polonesa ou portuguesa.
Continuamos acreditando que um curso de Letras deva formar estudiosos
dos fenômenos da linguagem; sujeitos capazes de atentar para as especificidades
de uma língua qualquer e de seus usos a partir do domínio de todo um aparato
teórico voltado para o entendimento do que são a linguagem e uma língua em seus
diferentes aspectos, de como se dá sua relação com os indivíduos e as sociedades,
de como se articulam estética, social, intelectual e formalmente; sujeitos
conscientes da realidade linguística (em sentido amplo); pensadores críticos com
uma formação sólida na área de estudos da linguagem e de suas manifestações
sociais, culturais e artísticas.
O curso de Letras, assim, não é espaço profissionalizante-técnico, ou ao
menos não o é precípua ou centralmente. Um professor de línguas, de literatura,
um revisor ou um tradutor são, segundo essa visão, eles mesmos necessariamente
pesquisadores produtores de conhecimento ou, no mínimo, consumidores de
pesquisa científica nessas áreas fulcrais.
Dá-se por óbvio que isso não dispensa o conhecimento específico de uma
língua, e quanto mais aprofundado melhor, mas lhe é de alguma maneira anterior,
donde a defesa da existência de um núcleo comum de formação. Desejamos acima
de tudo contar com a certeza de que o aluno (licenciado ou bacharel, em qualquer
das habilitações fornecidas pela UFPR) saia do curso de Letras com uma formação
teórica sólida e sofisticada, que lhe permita ocupar um papel de agente de reflexão
e transformação, e não uma posição somente de repetidor, multiplicador e
executor.
Consideramos, portanto, que o currículo de um tal curso deva refletir essa
ênfase numa formação ampla e lastreadora e, nos quadros atuais, avaliamos que,
em que pesem as imposições legais das matrizes curriculares exigidas pelo MEC –
com acréscimo significativo de componentes voltados à formação pedagógica – o
Curso de Letras conseguiu manter o que os professores consideraram um mínimo
indispensável para a adequada formação do profissional da área, com vistas tanto
à investigação científica quanto ao ensino de língua e literatura, o que, no que se
refere à linguística, implica o acesso aos diferentes níveis da análise linguística,
desde o fonológico, passando pelo morfológico, sintático e semântico, e chegando
às questões variacionais e também as do âmbito da textualidade e do discurso.
Nesse sentido, os professores consideram que a grade curricular atual é, de certo
modo, adequada. Isso não impede, contudo, que haja certos aspectos do currículo
que mereçam atenção e comportem a necessidade de determinada reorganização
no que tange, por exemplo, à redistribuição de conteúdos nas ementas (e entre as
ementas) das várias disciplinas de Linguística e Língua Portuguesa.
2.
Como no entanto a ideia de uma nova reforma curricular envolve
articulações muito maiores entre todas as áreas dos cinco departamentos
centralmente ligados ao curso, a área considera ainda não estar apta a discernir,
neste momento, quais sejam por exemplo as demandas de outros grupos de
colegas. Como uma área diretamente envolvida na formação “básica” de todos os
alunos, a Linguística/LP considera que, mais do que adequar as suas ofertas ao seu
quadro ou aos seus pontos de vista, ainda lhe cabe tentar compreender qual a
contribuição esperada da nossa área na formação daqueles profissionais. Ou seja,
se houver projetos que envolvam reformulações mais amplas do currículo do curso,
precisamos, para nos posicionar, saber quais conhecimentos são julgados
relevantes/indispensáveis/mínimos para o aluno que se forme em Letras, de
acordo com essas eventuais propostas alternativas.
E esta pergunta traz embutida em si uma outra, que a área entende ser de
importância central:
Será preservada uma identidade geral para o curso? Ou: qual o perfil que queremos
para o formado em Letras?
Definido esse perfil almejado para o curso, outra questão ainda se impõe:
por que conteúdos/conhecimentos cada Departamento pode/deve se
responsabilizar?
A área de Língua e Linguística defende a existência uma linha mínima de
formação, que atravesse as diferentes habilitações, razão por que defende o espaço
da reforma curricular como momento de flexibilização, no sentido de se
possibilitar uma maior movimentação dos alunos, na contramão dos
engessamentos impostos pelo MEC. E isso implica, talvez, a retirada de
componentes curriculares, com rearranjos, mas não deve acarretar a remoção de
conteúdos considerados nucleares.
Questões centrais:
- Quais são os conhecimentos julgados indispensáveis para o formado em Letras?
- Quem vai se responsabilizar por quais deles?
- Como podemos compor o Núcleo Comum do Curso de Letras da UFPR?
2. ÁREA DE LITERATURA BRASILEIRA
em resposta à solicitação de que encaminhássemos nosso posicionamento/nossas
propostas para uma reformulação do curso, a área de LITERATURA BRASILEIRA,
com base nas discussões feitas no final de 2011, considera a área tem o mínimo
indispensável de disciplinas na grade. Em outras palavras, parece-nos impensável
termos menos disciplinas do que as hoje obrigatórias. Além disso, apontamos na época
que nos faltava embasamento para a discussão.
3. ÁREA DE LITERATURA PORTUGUESA
Reforma Curricular – Área de Literatura Portuguesa
A área de Literatura Portuguesa oferece três disciplinas obrigatórias para os alunos que cursam
Licenciatura ou Bacharelado em Português ou dupla Licenciatura ou Bacharelado em
Português e outra língua: HL 815 – Poesia Portuguesa do Trovadorismo ao Arcadismo; HL 229 –
Literatura Portuguesa II; e HL 816 – Narrativa de Ficção Portuguesa, cada uma delas com 60
horas semestrais. A área julga não haver necessidade de mudança nessas disciplinas, seja no
que diz respeito a suas ementas, seja em suas cargas horárias. E também não vê, nas atuais
circunstâncias do Curso de Letras e em função dos últimos ajustes curriculares, necessidade de
criação de novas disciplinas obrigatórias ou optativas.
Isso posto, alguns pontos surgiram nas discussões internas realizadas até o momento, que
deverão ser levados em consideração nos debates sobre a reforma curricular ora em curso:
1. Dado o tamanho da área, que conta com apenas três professores, dois deles vinculados à
Pós-Graduação e o terceiro com planos nesse sentido, é fundamental que a oferta dessas três
disciplinas obrigatórias nunca se concentre num único e mesmo semestre letivo. Em caso de
afastamento para capacitação ou outro motivo, a área ficaria com uma desnecessária
sobrecarga no semestre em que tal oferta viesse a se dar. Sugere-se, aliás, que a oferta de
obrigatórias aconteça como tradicionalmente vem sendo feita: HL 815 (que substituiu a antiga
HL 228) e HL 229 no primeiro semestre letivo do ano; HL 816 (que substituiu a antiga HL 230),
no segundo.
2. Com as últimas reformas curriculares, a oferta de disciplinas obrigatórias da área de
Literatura Portuguesa passou a ocorrer apenas a partir do 5º período do curso em diante. A
área propõe que essa oferta aconteça em momento anterior, preferencialmente já a partir do
3º período. O contato com os conteúdos de uma ou mais disciplinas de Literatura Portuguesa
no início do curso ampliaria o leque de escolhas para aqueles alunos que pretendem
desenvolver projeto de Iniciação Científica ou que irão cursar disciplinas monográficas mais
adiante, no caso do Bacharelado.
3. No caso de haver necessidade da oferta de disciplinas obrigatórias aos sábados, a área de
Literatura Portuguesa entende que deva haver um rodízio que envolva as quatro áreas do
Departamento.
Curitiba, 7 de dezembro de 2011.
Antonio Augusto Nery (coordenador)
Patrícia da Silva Cardoso
Marcelo Corrêa Sandmann
4. ÁREA DE LETRAS CLÁSSICAS
Proposta da área de Letras Clássicas para o Currículo de Letras
1. Apresentação e histórico
A área de Letras Clássicas é parte do DLLCV (DELIN) e se responsabiliza pelas matérias
de Língua e Literatura Grega e Língua e Literatura Latina. Sua participação no Curso de Letras
se dá em duas frentes: na formação geral de todos os alunos dos currículos 2001 e 2007 e na
formação específica oferecida pelos bacharelados em Grego e Latim.
Até a reforma curricular do início dos anos 90, que um dos atuais membros do corpo
docente da área teve a oportunidade de acompanhar enquanto aluno de graduação, a
participação das Letras Clássicas no currículo mínimo se concretizava através das seguintes
disciplinas obrigatórias e cargas horárias:
Língua Latina, 120 horas
Literatura Grega, 90 horas
Língua Grega, 120 horas
Isso totalizava, portanto, 330 horas.
A reforma acima referida excluiu a Língua Grega obrigatória, em benefício do que já
se defendia então como uma flexibilização do currículo. Permaneceram Língua Latina e
Literatura Grega, totalizando 210 horas (ou seja, uma redução de aprox. 36.7%), todas no
primeiro ano do curso. Cerca de 10 anos depois, em 2001, outra reforma curricular foi
realizada. A participação das Letras Clássicas no currículo mínimo transformou-se na
conformação atual:
60 horas de Literatura Grega (em dois módulos de 30 horas, no primeiro e no terceiro
períodos)
60 horas de Literatura Latina (em dois módulos de 30 horas, no segundo e no quarto
períodos)
Isso totaliza 120 horas distribuídas mais extensivamente na formação dos alunos (90
horas a menos do que na conformação anterior, numa redução de aprox. 42.9%). A redução
total em relação ao currículo que vigorava até o início da década de 90 é de aprox. 63.7%.
Essas mudanças foram realizadas com o consentimento da área de Letras Clássicas,
que sempre teve uma postura de defesa de currículos abertos, atendendo a solicitações de
flexibilização vindas de outras áreas, que passaram a ter, então, a oportunidade de ocupar a
carga horária assim disponibilizada com outras disciplinas.
A opção pelo formato atual se justificava por basicamente 3 razões:
i. A área entendia que a formação literária possível nessas disciplinas acabava sendo muito mais produtiva para o profissional de Letras do
que seria a formação linguística com apenas 120 horas de uma língua clássica, em que o que se pode aprender é muito pouco, quer para dar acesso a leituras no original, quer para propiciar um entendimento profundo do sistema linguístico do latim ou do grego que pudesse representar um ganho real para os interessados em teorias linguísticas ou na história das línguas modernas. Diga-se de passagem, a eliminação da Filologia/Linguística Românica, em 2001, tornou ainda mais difícil fazer pontes entre o latim e a história do português ou de outras línguas.
ii. A distribuição das matérias de literatura (obviamente, com leitura em tradução) em quatro semestres de 30 horas cada foi pensada para uma leitura num ritmo mais lento, que permitisse o amadurecimento do aluno e lhe desse mais tempo para se familiarizar aos poucos com a produção literária antiga.
iii. A área compreendia a insatisfação das outras áreas, que viam no formato anterior um excesso de carga horária concentrado no primeiro ano, em disciplinas de 60 ou 45 horas, dificultando a combinação com outras disciplinas na grade horária e impedindo a introdução de outros temas logo no início do curso.
2. A reforma em discussão atualmente
No momento atual, tendo sido deflagradas discussões sobre o currículo de Letras em
diversas instâncias, a posição da área de Letras Clássicas pode ser sintetizada da seguinte
forma: se o currículo permanecer basicamente como está, a área não pretende modificar
substancialmente sua participação. Se as áreas chegarem a um acordo sobre um currículo
fortemente diferenciado, a área pretende acompanhar a discussão coletiva e participar de
outra forma, desde que todas as áreas se disponham a fazer concessões equivalentes e o
resultado seja uma participação igual de todas as áreas na formação básica.
A área entende que as Letras Clássicas são parte de uma formação básica do profissional
de Letras, e por isso devem permanecer na formação de todos os alunos. Esse campo de
estudos tem valor não apenas para os especialistas, mas é também parte de uma formação
geral, dado o impacto sempre renovado que a literatura greco-romana vem tendo nas
literaturas posteriores vinculadas à tradição europeia, seja no território europeu, seja em
países como o Brasil. Ademais, a própria área de Letras, em seus diversos campos, encontra na
Antiguidade clássica o início de reflexões teóricas que viriam a definir áreas do saber que hoje
para nós são essenciais, como a Teoria Literária (constantemente dialogando com as reflexões
que os antigos realizaram sobre o repertório literário de sua época, especialmente na Poética
de Aristóteles e na Arte Poética de Horácio) e a Linguística (que remonta, em várias de suas
ramificações, como a Análise do Discurso, a Linguística Aplicada e a Linguística Formal, à
retórica e à gramática antigas).
Dada a existência de determinados estereótipos que vinculam os Estudos Clássicos a
posturas conservadoras, elitistas, etnocêntricas ou de direita, ou então a um esoterismo inútil,
acreditamos que é preciso fazer aqui algumas breves considerações de caráter geral, embora
sem a ambição de esgotar o assunto.
Nossa valorização dos Estudos Clássicos nada tem a ver com um julgamento de valor que
atribui às civilizações antigas uma suposta superioridade, nem com uma atitude sentimental e
utópica de desejar sempre remontar à “aurora da humanidade”. Trata-se simplesmente,
primeiro, de uma constatação histórica da presença dos clássicos em nossa cultura e na
definição da área de estudos de Letras; em segundo lugar, da concepção de que a História é
importante, estudo frutífero e com potencial crítico. A área compreende que os estudos pós-
coloniais colocam em pauta a valorização de tradições alternativas, mas isso não diminui a
importância da cultura greco-romana para um profissional de Letras, já que, queiramos ou não,
a Antiguidade clássica teve um papel determinante na formação das culturas do Ocidente e da
suas ciências da linguagem. A questão, portanto, não é saber se devemos, por razões
ideológicas, eliminar os Estudos Clássicos para combater concepções “eurocêntricas”. O que se
coloca para o mundo contemporâneo é a necessidade da reinserção da cultura greco-romana
num ambiente de discussão e comparação com outras culturas. Para esse fim, é necessário o
estudo da cultura clássica, e é nessa perspectiva aberta que se conduzem atualmente as
discussões e pesquisas na área, na qual têm um espaço enorme os estudos da recepção,
inclusive numa perspectiva pós-colonial. Aí veem-se pesquisas sobre a releitura dos clássicos
em países periféricos, como é o caso de estudos sobre a recepção da tragédia grega na África e
da epopeia clássica no Caribe. As manifestações literárias que constituem o objeto desses
estudos são também o testemunho da disseminação da cultura clássica em vários ambientes
culturais, nos quais ela também tem de ser estudada com a colaboração de especialistas na
Antiguidade. As próprias culturas grega e romana antigas eram realidades multiculturais,
aspecto que vem sendo destacado em estudos recentes sobre o papel da cultura afro-asiática
na formação da literatura grega e sobre o caldo de culturas que era o império romano. Mais
uma vez, trata-se da nossa história, pois o Brasil não “começa” em 1500 ou 1822, assim como
a cultura grega não “começa” com um Homero que compôs sua poesia isolado do resto da
cultura mediterrânica. Os estudos pós-coloniais, que afinal são apenas uma das perspectivas
possíveis para o estudo da literatura, já são representados (ou têm amplas chances de sê-lo)
nas disciplinas de Literatura Brasileira e de Literaturas Estrangeiras Modernas que trabalham
com a literatura produzida fora da Europa. Diferentemente de um curso de Letras na Europa,
em que a introdução dessa temática talvez representasse, em alguns casos, uma inovação, no
Brasil, que pode ser colocado como periferia e representante de uma tradição alternativa,
nossa própria recepção e digestão dos clássicos é um fenômeno que pode ser lido do ponto de
vista dos estudos pós-coloniais. A tarefa que se apresenta, portanto, não é a da supressão dos
Estudos Clássicos, mas aquela sugerida pela antropofagia do modernismo brasileiro, ou seja, a
de se apoderar dos clássicos e dar a eles nossa própria leitura.
Por isso tudo, pensamos que devemos continuar participando da formação geral do aluno
de Letras. Pensamos, no entanto, que uma flexibilização (entenda-se mudança, não redução)
pode ser pensada nos seguintes termos:
i. Atendendo a inquietações de colegas da área de estudos literários, já colocamos em diversas ocasiões a nossa disponibilidade de aceitar dividir as aulas de Literatura Grega I e II e Literatura Latina I e II com colegas das Letras Estrangeiras Modernas e Vernáculas, abrindo um espaço ainda maior do que o já existente para o estudo da recepção, da literatura comparada e do contraste com tradições alternativas.
ii. Atendendo a sugestões de colegas e membros do corpo discente da ênfase em estudos linguísticos, que veem no bacharelado dessa área um excesso de matérias de literatura e uma escassez de matérias de língua/linguística, podemos propor que os alunos dessa ênfase cumpram as 120 horas de clássicas cursando matérias de língua grega ou latina, linguística românica ou história do pensamento linguístico. A forma como isso poderia se realizar em termos de conteúdos e de organização da grade precisa ser discutida. No Colegiado, colegas das Línguas Estrangeiras Modernas e da Linguística sugeriram um retorno ao ensino do Língua Latina. Predomina na área, não obstante, a ideia de que somente 120 horas de língua podem não ter o efeito desejado (ver também acima pp. 1-2, item i). Língua Grega I e II e Língua Latina I e II são apenas o primeiro passo de uma sequência de matérias que atendem a alunos cujo objetivo é continuar estudando para ler os clássicos no original. A reflexão metalinguística está presente, mas a ênfase é na leitura. Nossa experiência de docência de Língua Latina I e II para o currículo mínimo de Letras era normalmente ruim, contrastando com a experiência atual de ênfase na literatura em tradução, que tem recepção positiva entre os alunos. Isso nos leva a concluir que a porta de entrada mais natural para os Estudos Clássicos, na maioria das vezes e no contexto atual, é o formato que vem sendo empregado. Ainda assim, estamos abertos a sugestões nesse quesito.
iii. Como uma consequência do dito no item anterior, pensamos que a ênfase em tradução poderia se beneficiar de uma abertura semelhante. Note-se que, por questões metodológicas, as disciplinas de Língua Latina e Grega exploram muito os exercícios de tradução e versão, e o que se nota é que nossos alunos desenvolvem uma habilidade considerável para pensar no trânsito entre as línguas. Mais uma vez, no entanto, colocamos a ressalva de que apenas 120 horas de uma língua, mesmo com os exercícios acima mencionados, podem ser muito pouco e despertar nos alunos uma impressão de esforço inútil, de atividade inócua. Cabe à representação da área de tradução discutir junto com os colegas de clássicas o que pode ser feito aqui.
iv. Como foi sugerido pela área de Inglês na última reunião do Colegiado de 2011, podemos pensar numa colocação alternativa desses 4 módulos de 30 horas na grade horária, deslocando um deles mais para frente no curso, ou modificando sua ordem.
A área entende que o curso de Letras como um todo realmente tem uma carga horária
de obrigatórias muito alta, mas não acredita que isso seja causado por uma presença excessiva
dos Estudos Clássicos, que, como se viu, têm uma participação discreta, que tem se pautado
por ajudar na formação geral sem sobrecarregar os alunos ou atrapalhar a logística das outras
áreas. Nossa área entende que as Letras Clássicas são um assunto tão importante como
qualquer outro daqueles que compõem atualmente nossa formação de base. Um licenciado ou
bacharel em Letras, seja qual for a sua língua de atuação, sempre encontrará no referencial
clássico material utilíssimo para o seu trabalho. Uma formação sólida nesse campo permitirá
aos egressos não só realizar a transferência de saberes e habilidades para seus campos
específicos de atuação, mas também colaborar, nas escolas, universidades, editoras, revistas e
jornais (entre outros campos possíveis de trabalho), para manter viva na sociedade uma
compreensão fundamentada e crítica da parte da história da cultura em que os gregos e
romanos têm um papel tão decisivo.
3. Concepção do projeto pedagógico do curso de Letras na visão da área de Clássicas
Como essa questão foi aventada no Colegiado, procuramos resumir aqui, da forma
mais genérica possível, o que seria o perfil do egresso de Letras na nossa visão:
O aluno deverá, ao final de sua formação, ser capaz de ler e interpretar de maneira
crítica, sensível e profunda os mais variados tipos de textos contemporâneos e de
outras épocas, e deverá ser capaz de fazê-lo com ainda mais competência quando se
tratar de corpora linguísticos a serem analisados e de textos literários e das áreas
científicas que se estudam sob a égide das Letras. Ele será capaz de escrever em sua
própria língua de maneira excelente, adequando o discurso a diferentes situações. No
caso da(s) língua(s) clássica(s) ou estrangeira(s) moderna(s) em que se especializar,
deverá desenvolver habilidades de leitura (no caso das clássicas) e também (no caso
das modernas) de expressão escrita e oral e compreensão oral compatíveis com o
exercício de sua profissão em nível de excelência. Deverá ser capaz de discutir, com
linguagem adequada e fundamentação sólida, tanto o fenômeno linguístico quanto o
literário, sendo capaz de relacionar a discussão com mais de uma teoria e de
compreender a conexão entre as teorias e suas formações históricas e entre as teorias
e as visões de mundo que elas pressupõem. Deverá ser capaz de situar de maneira
crítica esses objetos de estudo tanto na realidade atual quanto na história.
A área, em 16 de abril de 2012.
5. ÁREA DE ALEMÃO
Reformulação do currículo de Letras – Área de Alemão
Posição da área Primeiramente, reafirmamos que aposição da maioria dos professores da Área de Alemão é pela manutenção da relação entre os departamentos e por uma reformulação curricular que busque soluções concretas para os anseios das diferentes áreas dos dois departamentos. É nosso desejo que essa reformulação mantenha de certa forma o caráter de formação acima de tudo acadêmico-científica do profissional de Letras, e não apenas profissional/profissionalizante – fato que motivou o posicionamento contrário da maior parte dos professores da área na votação referente à cisão do curso, uma vez que não vislumbramos naspropostas a favor da cisão a manutenção deum ideal acadêmico-científico. Nesse sentido, acreditamos que uma formação acadêmico-científica do profissional de Letras, que seja completa e que abranja o maior número possível de áreas do conhecimento, será mais adequadamente atingida por meio da colaboração entre os dois departamentos. Além disso, essa formação acadêmico-científica é que sustenta a própria estrutura de pós-graduação do curso de Letras, estrutura essa que, a nosso ver, é imprescindível para o desenvolvimento de pesquisa, para a formação dos próprios professores e do desenvolvimento de suas carreiras, e, principalmente, culminandoem um nível elevado de ensino na graduação. Como alimentar a estrutura da pós-graduação, dos cursos de mestrado e doutorado, sem formar na base (ou seja, na graduação) profissionais interessados na carreira científica? Pareceu-nos que a proposta de cisão desconsiderava a existência e importância da pós-graduação – uma conquista importante do curso de Letras da UFPR, justamente em um momento em que ela se encontra em expansão. Esse viés acadêmico-científico, não apenas profissional/profissionalizante, é que vem a ser o grande diferencial do aluno formado pelo curso de Letras UFPR do aluno de Letras de outras instituições de ensino. Naturalmente não estamos de modo algum desconsiderando a importância fundamental da formação profissional, em que, aliás,a Área de Alemão tem participação ativa,por exemplo,através da formação de professores no Celin. Porém, desejamos que o profissional que formamos em nosso curso tenha, efetivamente, uma formação abrangente, com capacidade reflexiva, aprofundada e de qualidade. Finalmente, consideramos que o curso de Letras Alemão tem como objetivo a formação acadêmica e profissional nas áreas de literaturas e culturas em língua alemã, ensino de alemão como língua estrangeira e tradução, formação que se concentrasobretudonessas áreas por estar necessariamente relacionada às áreas de formação e pesquisa dos professores de alemão.
Proposta geral Como mencionado anteriormente, dentre os professores de alemão, somos em maioria pela manutenção da relação entre os departamentos que compõem atualmente o curso de Letras,concretizada no momento pela existência de um núcleo comum de disciplinas ofertadas pelo Delin. No entanto, consideramos que este núcleo comum pode vir a ser flexibilizado, constituindo muito mais um “núcleo eletivo” de disciplinas, dentre as quais os alunos pudessem optar. Desse modo, não obrigamos todo aluno a cursar todas as disciplinas do núcleo, mas mantemos a possibilidade de que os interessados o façam. Esse núcleo de disciplinas pode vir a ser composto por disciplinas ofertadas pelos dois departamentos.
Propostasespecíficaspara ocurso de Letras Alemão Em reunião de área realizada no dia 11 de abril foram discutidas várias questões referentes mais especificamente à organização do curso de Letras Alemão. As propostas discutidas estão ainda pendentes de decisão definitiva na área. Estão relacionadas abaixo, em linhas gerais, as questões levantadas na reunião da área: 1. Discutiu-se a possibilidade de um tratamento diferenciado para alunos de licenciatura e bacharelado no que se refere ao elenco de disciplinas de língua obrigatórias: concretamente, discutimos a possibilidade de exigir dos alunos de bachareladoo cumprimento das obrigatórias de língua até Língua Alemã IV, dispensando-os, portanto, dos dois semestres posteriores (Língua Alemã V e VI), ficando assegurado o direito de cursar essas duas disciplinas como optativa. Para os alunos da licenciatura permanece a exigência dos créditos em Língua V e VI como disciplinas obrigatórias. 2. Em relação às disciplinas obrigatórias de literatura alemã, discutiu-se extensamente a manutenção ou não do número de disciplinas ofertadas. A proposta mais aceita até o momento foi pela manutenção desse número, porém com uma diminuição da carga horária total, de 45 para 30 horas, e a oferta de duas disciplinas por semestre. Os alunos deverão cursar apenas uma disciplina a cada semestre, segundo o que mais convenha à sua periodização. Na prática, isso significa que serão ofertadas, no primeiro semestre, Literatura Alemã I e III, e no segundo semestre, Literatura Alemã II e IV,em dias/horários diferentes. Com isso, por um lado, mantemos a abrangência do conteúdo da Literatura Alemã ministrado no curso de Letras Alemão e, por outro lado, resolvemos o problema da oferta especial de disciplina de literatura no período da tarde para alunos formandos, nos casos em que ocorria desperiodização, por reprovação ou (o que era mais frequente) por razões alheias à vontade do aluno. 3. Refletimos acerca da questão da dificuldade em ofertar sistematicamente o Instrumental. 4. Discutimos a questão da estruturação do curso com base no Quadro Comum Europeu de Referência. Na discussão ficou bastante claro que o Quadro Comum Europeu pode servir como um parâmetro útil para a estruturação das disciplinas de língua, mas isso pode ser feito até certo ponto. Na verdade, consideramos que o ensino de alemão num curso de Letras é bastante diferente do ensino em escola de línguas, dada a abrangência dos conteúdos das diferentes disciplinas (língua, literatura, tradução, cultura), bem como a prática de ensino dotada de um caráter reflexivo. De qualquer modo, é preciso estabelecer um instrumento, confiável e adequado à nossa realidade, que seja capaz de diagnosticar o nível de domínio delíngua de cada aluno. Com base no Quadro Comum Europeu, propõe-se inicialmente uma estruturação das disciplinas do curso de Letras Alemão da seguinte forma: - Básico II: A2.2 (final do 1º. ano) - Língua III: B1.2 (1/2 do curso) - Língua VI: B2.2 (final do curso) Tal estruturação pode ser útil como parâmetro para a avaliação. Sobre esse assunto, vale comentar que a área vem adotando um sistema de avaliação que consiste na realização de duas bancas, uma ao final de Língua III e uma ao final de Língua VI, compostas por três professores, que avaliam a habilidade de expressão oral dos alunos. As outras habilidades (compreensão oral e escrita, expressão escrita) são avaliadas pelo próprio professor da disciplina. Discutiu-se aí a possibilidade de que dois professores participem da avaliação das outras habilidades. Finalmente, em relação aessas avaliações feitas por meio das bancas decidimos pela sua manutenção, bem como discutimos a possibilidade de realização de uma banca ao final do Básico II.
6. ÁREA DE ESPANHOL
DISCUSSÃO SOBRE A REFORMA CURRICULAR
DA HABILITAÇÃO EM ESPANHOL
Convocada previamente pela coordenadora Nylcéa T. S. Pedra, a Área de Espanhol se
reuniu em dezembro de 2011 para avaliar o currículo da habilitação e indicar intenções e
expectativas dos colegas em relação à reformulação curricular posta em andamento pela
Coordenação do Curso de Letras. As professoras presentes na reunião consideraram que a
reformulação curricular é necessária, por isso o processo vigente torna-se uma oportunidade
de melhorar as condições de formação do aluno de Letras ⁄ Espanhol, que deve ser atuante na
construção do seu currículo. O aluno deve ter um excelente desempenho nas quatro
habilidades da língua (compreender, falar, ler e escrever), assim como deve ter conhecimento
amplo das literaturas produzidas em Língua Espanhola nos diversos países, da história e da
complexidade cultural que caracterizam a riqueza do corpo cultural hispânico.
Diante dessa expectativa de formação do aluno da habilitação em espanhol, as
professoras consideraram alguns aspectos relativos ao estado atual do currículo da habilitação:
a) a carga horária das Línguas é satisfatória, porém a das Literaturas não é suficiente para
abarcar a amplitude das obras escritas em espanhol, pelo menos no que se refere à Literatura
Hispano-americana, que abarca um universo de 20 literaturas nacionais; b) como a oferta das
literaturas no Curso de Letras coincide com outras literaturas da dupla habilitação nos 5º e 6º
períodos, por isso a carga de leitura é excessiva, propõe-se que as Literaturas em Língua
Espanhola sejam ofertadas depois das Línguas IV e V, nos 7º e 8º períodos do curso (seria
preciso rever a situação das literaturas monográficas); c) para que o aluno tenha uma
preparação para estas disciplinas, sugere-se que se crie uma Introdução às Literaturas
Hispânicas, podendo ser ofertada no 6º período do curso; d) a expressão escrita em espanhol
não é praticada a contento para aprimorar essa habilidade nos alunos; e) o número de
ementas das disciplinas optativas é muito amplo e inclui disciplinas que nunca foram
ministradas, por isso são necessárias uma redução das ementas e uma reformulação dessas
disciplinas para permitir a versatilidade e a objetividade da oferta de optativas. A área também
cogitou a adoção dos Projetos de Aprendizagem I e II, porém o excesso de carga horária de
obrigatórias (conforme exposto abaixo) e o número de professores disponíveis na área
tornariam inviável a obrigatoriedade dessas disciplinas, motivo pelo qual se considerou que os
dois PAs podem fazer parte do elenco de disciplinas optativas da área.
Como resultado da reflexão nesse momento, chegou-se à seguinte proposta prévia,
cuja viabilidade dependerá das discussões posteriores com os demais colegas da área e com os
alunos da habilitação:
a) aumento de carga das Literaturas Espanhola e Hispano-americana de 45h para 60h;
b) mudança da oferta de Literaturas Hispânicas para os 7º e 8º períodos do curso;
c) oferta obrigatória de Introdução às Literaturas Hispânicas (30h/a);
d) obrigatoriedade de Prática da Expressão Escrita em Espanhol (30h) para os 7º e 8º
períodos, paralelamente ao estudo das literaturas;
e) revisão das ementas das disciplinas optativas;
f) otimização da oferta de optativas da habilitação em espanhol;
Pontos levantados após a reunião
A discussão sobre a reformulação do currículo da habilitação em espanhol está em curso, mas prevê alguns pontos de ajuste. A ideias discutidas ainda não são definitivas, mas podem ser consideradas como as que seguem:
- três encontros semanais com 2h/a cada para as aulas de LE;
- quebra de pré-requisito das disciplinas de Literatura hispano-americana II e Literatura Espanhola II, eventualmente da Literaturas Espanhola e Hispano-americana Monográficas;
- manutenção das literaturas em língua espanhola nos 5º e 6º períodos com 60 h/a (ou nos 7º e 8º períodos, após a formação completa em Língua Espanhola, dependendo da avaliação mais aprimorada dos professores da área), alternando prosa e poesia (5º ou 7º - Literatura Espanhola I, poesia, e Literatura Hispano-americana I, prosa; 6º ou 8º - Literatura Espanhola Il, prosa, e Literatura Hispano-americana Il, poesia); - a área de espanhol analisa também a viabilidade de eliminar a distinção entre as literaturas espanhola e hispano-americana e transformá-las em Literaturas Hispânicas, o que mudaria toda a configuração das ementas e dos programas dos cursos; - será obrigatório aos alunos da habilitação em espanhol o cumprimento de uma porcentagem da carga horária de optativas entre aquelas ofertadas pela área (considera-se como fundamentais as disciplinas Prática da Expressão Oral e Escrita em Espanhol; Introdução às Literaturas Hispânicas; Estudos Hispânicos e Hispano-americanos; - futuras modificações no currículo dependem das mudanças na grade proporcionadas nas disciplinas de Núcleo Comum pela reforma curricular.
Disciplinas obrigatórias da Área de Espanhol:
Espanhol Básico (60h)
Língua Espanhola I (60h)
Língua Espanhola II (60h)
Língua Espanhola III (60h)
Língua Espanhola IV (40h) – (60h?)
Língua Espanhola V (40h) – (60h?)
Língua Espanhola Complementar I (40h) – (60h?)
Língua Espanhola Complementar II (40h) – (60h?)
Língua Espanhola Complementar III (40h) – (60h?)
Língua Espanhola Complementar IV (40h) – (60h?)
Literatura Espanhola I (45h)
Literatura Hispano-americana I (45h)
Literatura Espanhola II (45h)
Literatura Hispano-americana II (45h)
Literatura Espanhola Monográfica I (30h)
Literatura Hispano-americana Monográfica I (30h)
As disciplinas destacadas em negrito são aquelas ofertadas no primeiro semestre.
Considerando que Espanhol Básico e Língua Espanhola II são turmas dobradas, para acolher o
número de alunos da habilitação (45 alunos), essas disciplinas somam a carga horária total de
480 h/a, que, divididas entre os professores integrantes da área, corresponderiam à média de
68,5 h/a semestrais, ou 4,5 h/a semanais somente de disciplinas obrigatórias da Área de
Espanhol, sem contar as disciplinas obrigatórias do curso, as de outras habilitações, as
optativas, as disciplinas da pós-graduação, ofertadas por quase metade dos professores da
área, as orientações monográficas, de Iniciação Científica e de Docência. Além disso, cabe
destacar no cômputo geral as outras funções que os professores desempenham e que revelam
a participação ativa da Área de Espanhol no curso de Letras: como a coordenação de
departamento, do Centro de Línguas, as representações no Colegiado de Letras e nas outras
instâncias do Setor de Humanas, os comitês, a coordenação da AUGM.
Contando com a participação da totalidade dos professores da Área de Espanhol e com
a contribuição dos alunos da Habilitação em Espanhol, espera-se chegar a um resultado
positivo no processo de reformulação curricular de 2011/2012, que permita a formação de um
profissional de Letras / Espanhol competente e ativo.
Resposta da Área de Espanhol, em 06.12.12
São dois textos que [se] deve modificar na apresentação da parcial da discussão na área de espanhol. O primeiro sobre a concepção do curso, o segundo dos conteúdos e disciplinas da área: 1) "O profissional de Letras, além da proficiência na língua da sua habilitação, deve ter uma formação teórica consolidada pelo núcleo comum de disciplinas, que garanta um bom desempenho como estudioso da linguagem, profissional crítico e independente (aliando o conhecimento e consciência, teoria e prática). O egresso da habilitação em espanhol deve ter um desempenho excelente nas quatro habilidades da língua e ser capaz de refletir sobre o funcionamento da língua e sobre como o espanhol se estrutura - em contraste com a língua materna. Assim como apresentar um conhecimento amplo das literaturas produzidas em língua espanhola nos diversos países, da história e da complexidade que caracterizam a riqueza do corpo cultural hispânico". 2) "A área de espanhol considera que a carga horária de disciplinas de língua é satisfatória, a
maior dificuldade se encontra no estudo das literaturas de língua espanhola. Diante disso,
avalia a possibilidade de reordenar o conteúdo das disciplinas de literatura, que já não seriam
separadas por gêneros em Literatura Hispano-americana e Literatura Espanhola, mas por
períodos em Literaturas Hispânicas. Isso permitiria uma melhor distribuição desses conteúdos,
o que dispensaria o aumento de carga horária como se pensou a princípio. No entanto, isso
depende de viabilizar uma dedicação maior do aluno para o estudo das literaturas hispânicas,
decorrente da definição do núcleo comum do curso. Além disso, esses conteúdos poderiam ser
ministrados em disciplinas compartilhadas pelos professores e divididas em seminários, o que
dependerá de uma organização da área e da existência de códigos que permitam a divisão da
carga horária entre os ministrantes. Por outro lado, mantém a proposta de revisão do elenco de
optativas, a oferta de optativas específicas de língua e literatura para a formação adequada dos
alunos de espanhol, buscando o melhor aproveitamento do potencial docente da área e a
participação intensiva dos alunos da habilitação em espanhol. Para tal, é necessário que a
grade horária do curso de letras seja flexibilizada de maneira que se possa ofertar essas
optativas no período matutino."
7. ÁREA DE FRANCÊS
I. Como você avalia o Projeto Pedagógico do Curso em relação à construção de conhecimentos necessários para o desempenho profissional do profissional formado? RESPOSTA 1.
(x) adequado (x) inadequado
ESPECIFIQUE: Essa distinção entre licenciatura e bacharelado, em primeiro lugar, parece ter algo de “alienígena” no que se refere às ditas Ciências Humanas... Seria algo a combater e propor algo novo. Pergunta: há alguma possibilidade de trabalho para os alunos além da docência? (há a pesquisa que está atrelada à docência, então não conta). Para saber de maneira mais relevante, seria necessário entrevistar os formados para ver o que estão fazendo - caso se quisesse aferir o curso com as necessidades de mercado -, o que parece não ser o caso. De toda maneira, os alunos saem da universidade com conhecimento literário, científico/linguístico e didático/cultural... Pra mim, foi ótimo!, então “adequado”, mas como a pergunta era pra saber a respeito do “profissional formado”, tem-se, a meu ver, que perguntar pro dito. Como aparentemente não é possível, portanto, nesse caso, por hora, avalio “inadequado”. RESPOSTA 2. ( ) adequado
(X ) inadequado
ESPECIFIQUE:
Considero que há uma carga horária muito grande de obrigatórias e que as áreas pequenas, apesar
de terem criado muitas optativas, não conseguem ministrá-las. Há também o problema do eventual
afastamento dos docentes nessas áreas, sem substituto, o que resulta em diminuição de oferta de
disciplinas.
No geral, o curso de Letras é um curso sério, com colegas que cumprem bem com as suas
obrigações, preocupando-se com a formação dos estudantes.
No entanto, penso que falta um trabalho de maior integração com o Setor de Educação de algumas
áreas e não acho que seja um problema da área de francês, que têm projetos em comum com este
setor. Falta também valorizar a formação do professor que vai atuar no ensino. Às vezes, sinto que
os alunos pensam que se formar professor não implica pesquisa. Essa é uma mentalidade muitas
vezes criada na própria academia, que valoriza mais o Bacharelado do que a Licenciatura. É preciso
informar melhor os estudantes na entrada do curso. Muitos não sabem que só a Licenciatura dá
direito de atuar como professor em escolas. E que professor também é investigador.
Seria bom os dois departamentos tentarem enxugar um pouco mais o currículo para diminuir o
tempo para um estudante de Letras se formar. Muito importante também é a integração do Polonês
e do Japonês ao Curso de Letras, enriquecendo ainda mais essa formação. Em Universidades como
a UFSC, em que os cursos são separados (Letras Português e Letras Estrangeiras), nada impede os
estudantes de se inscreverem nas disciplinas de ambos os cursos, desde que haja vaga. Seria uma
medida madura e de superação dos conflitos vividos pelo Delem e pelo Delin.
RESPOSTA 3
( ) adequado
(x ) inadequado
ESPECIFIQUE:
Na última reforma curricular, a área de francês aumento a sua carga horária de modo a adequá-la à
necessidade do nosso público que entra como iniciante na língua e cultura alvo.
Além do aumento da carga horária, na ocasião, a área de francês criou várias disciplinas obrigatórias
e optativas novas no sentido de tentar acompanhar a mudança de perfil do profissional que
pretende preparar.
Portanto a projeto do curso de Letras francês melhorou muito com a última reforma, porem como
as mudanças do profissional que for trabalhar com o francês são muito rápidas, mais uma vez
deveríamos nós adequar à demanda, por exemplo, quanto a ensinar aos futuros professores como
elaborar e dar aulas com as novas tecnologias.
Fora isso, acho q a separação entre bacharelado e Licenciatura deveria ser seriamente questionada e
repensada , pois ao meu ver ela não faz muito sentido ja que todos os alunos tem que fazer pesquisa.
RESPOSTA 4
( ) adequado
(X) inadequado
ESPECIFIQUE:
O atual Projeto Pedagógico do Curso de Letras não reflete a sociedade atual e suas necessidades.
Sabemos que não há universidades suficientes para receber tantos professores doutores como
pretende formar o nosso curso. Desde o início dos seus estudos, os nossos alunos são
encaminhados para os estudos linguísticos, os estudos literários, a ênfase em tradução. A tradução,
o mais novo segmento do nosso curso, é trabalhada em seu aspecto teórico e não prático, o que já
restringe as oportunidades de trabalho dos alunos. O aluno de Letras tem carências financeiras,
necessita trabalhar logo no início dos seus estudos e não encontra postos de trabalho suficiente para
exercer a profissão de professores. Talvez devamos pensar em um leque maior de oportunidade de
trabalho, de um espaço diferenciado de trabalho para que o nosso aluno de Letras possa exercer
uma profissão além dos muros da academia.
RESPOSTA 5
(x) adequado
( ) inadequado
ESPECIFIQUE:
POR FAVOR ESPECIFIQUE A SUA RESPOSTA À 1ª PERGUNTA
Acrescentaria que está faltando no curso a Literatura Comparada da Africa, do Quebec
no currículo do francês.
II.Com relação aos conteúdos, como você avalia as disciplinas da sua área específica? RESPOSTA 1.
( ) adequados ( ) há conteúdos que podem ser dispensados (X) há conteúdos que fazem falta
ESPECIFIQUE: Um curso de didática de língua francesa seria bem-vindo.
RESPOSTA 2.
(X ) adequados
RESPOSTA 3
( ) adequados
( ) há conteúdos que podem ser dispensados
(x ) há conteúdos que fazem falta
ESPECIFIQUE:
Falta criar ou adequar disciplinas relacionadas com a didática e as novas tecnologias.
RESPOSTA 4
( ) adequados
( ) há conteúdos que podem ser dispensados
(X) há conteúdos que fazem falta
ESPECIFIQUE:
O currículo de francês avançou muito se tomarmos como parâmetro os currículos anteriores.
Temos uma carga horária nas disciplinas de língua mais adequada à realidade da escola de ensino
fundamental e médio que não tem o francês no seu currículo.
Há também um número expressivo de disciplinas que aproximam o aluno da realidade do ensino da
língua estrangeira com objetivos específicos tão solicitado pelo mercado de trabalho. Porém, essas
disciplinas não levam o aluno a aprender a preparar esse material específico, muito menos o
ensinam a utilizar esse material em sala de aula.
Por último, estamos muito longe do uso e do preparo de materiais que deem conta das novas
tecnologias.
RESPOSTA 5 (x ) adequados ( ) há conteúdos que podem ser dispensados (x) há conteúdos que fazem falta ESPECIFIQUE: Está faltando ofertar no segundo semestre de cada ano uma disciplina de Língua Francesa Instrumental II para que o aluno dê continuidade ao francês instrumental. Um semestre só é pouco. Optativa: Interculturalidade franco-brasileira – dentro do que a disciplina se propõe, acredito que os conteúdos são adequados. Quanto à Disciplina obrigatória de Língua francesa Instrumental I – Turismo, sugiro que se inclua a participação no Lingalog e mais tarde as sessões do Galanet.
Nas intervenções do Lingalog, os alunos terão oportunidade de entender a língua e cultura do Outro a partir da sua própria língua e cultura, além disso, esse é um trabalho de leitura em língua estrangeira on line. Sugiro que essas plataformas passem a fazer parte do currículo das Instrumentais e inclusive da Compreeensão Escrita. Ainda que se atribua um valor menor como nota de avaliação. Vale lembrar que já existem 2 projetos aprovados sobre Intercompreensão. Um em línguas românicas e outro na plataforma Lingalog (pares de língua). 3.Com relação à carga horária, como você avalia as disciplinas da sua área específica
RESPOSTA 1. ( ) adequada ( ) deveria ser diminuída (X) deveria ser aumentada
ESPECIFIQUE: Talvez se houvesse mais cursos de língua, com conteúdo linguístico mais explícito, ou matérias à distância trabalhando de maneira colaborativa com universidades de língua francesa, isso seria interessante, mas requer mais tempo. RESPOSTA 2.
(X ) adequada
ESPECIFIQUE: Em relação às obrigatórias que ministro, a carga horária está adequada. Sinto falta de poder ofertar
algumas optativas que tornariam o curso mais completo.
RESPOSTA 3
(x ) adequada
( ) deveria ser diminuída
( ) deveria ser aumentada
ESPECIFIQUE:
So lamento a falta de espaço e de professores para ofertar mais optativas de FLE para todos os
semestres.
RESPOSTA 4 (X) adequada
( ) deveria ser diminuída
( ) deveria ser aumentada
ESPECIFIQUE:
A carga horária das disciplinas específicas do francês são adequadas se não estivéssemos
estrangulados/engessados pela grade horária.
RESPOSTA 5 (x ) adequada ( ) deveria ser diminuída ( ) deveria ser aumentada ESPECIFIQUE: Acredito que a carga horária dos cursos em geral é adequada, porém a da Compreensão Escrita (optativa) poderia ser maior. 4. Que modificações deveriam ser feitas na estrutura geral do Curso?
RESPOSTA 1. Deixar o curso mais articulado, sem tanta obrigatoriedade, como se faz nos países do norte. Basear-se em “percursos sugeridos”, talvez fosse mais atraente para os alunos. Acho que tirando os cursos de língua estrangeira, outros poucos necessitam realmente de pré-requisitos. Poderíamos ter uma grade obrigatória o mais enxuta possível, alguns percursos sugeridos - pois liberdade demais dá desgosto e atenta contra o contrato social - e, finalmente, várias optativas.
RESPOSTA 2.
Já mencionei: integrar as áreas criadas mais recentemente (Polonês e Japonês), tentar enxugar a
carga horária das obrigatórias e promover uma relação mais estreita com a Educação, no sentido de
fortalecer a formação do professor no que diz respeito ao uso e à reflexão sobre a linguagem em
situações de ensino. Estamos vendo um formando de Letras despreparado para atuar, mesmo
tendo recebido uma formação teórica forte. Diminuir a carga horária de disciplinas teóricas da
educação seria importante ( os estudantes se queixam de muita repetição de conteúdo): o Curso de
Letras poderia ofertar uma disciplina conjugada com a Educação nesse sentido, tanto para língua
materna, quanto para língua estrangeira.
RESPOSTA 3
O maior problema para a área de francês, não é a falta de disciplinas, nem a falta de carga horária e
sim o engessamento da grade que nós impede ofertar todas as optativas que já criamos e que
gostaríamos e precisamos ofertar. Em particular, as novas optativas criadas na última reforma q até
hoje não foi possível apresentar aos alunos. Portanto, as disciplinas existem, o q falta é espaço e
professores para ofertá-las.
Pois, essa não oferta, não só se deve aos limites da grade, mas também à não substituição dos
professores que estão de licença para o pos-doutorado. Se , eles fossem substituídos não teríamos q
limitar a oferta como é o caso hoje.
Se conseguíssemos ofertar todas as novas disciplinas q já foram criadas poderíamos atender á
demanda dos nossos alunos, entre os quais, alguns pedem e sentem falta de formação em Didática
do FLE, reflexões sobre aquisição de língua estrangeira, por exemplo.
Alias, acho fundamental, nesta hora de avaliação de fazer um levantamento amplo da opinião dos
alunos, não só através do CAL e sim, de um levantamento mais generalizado.
RESPOSTA 4 1) Ampliar as ênfases. 2) Criar disciplinas para serem trabalhadas em conjunto com os colegas. 3) Extinguir a propriedade sobre as disciplinas. 4) Busca a contribuição de diferentes professores e diferentes áreas de conhecimento para
enriquece o ensino das disciplinas: disciplinas que pudessem ser ministradas em conjunto pelos professores.
RESPOSTA 5
1. Talvez fosse interessante uma disciplina de conversação nos últimos períodos trabalhando-
se gramáticacontextualizada/texto (motivador)para ajudar o aluno que tem intenção de lecionar.
8. ÁREA DE INGLÊS
Estudos Preliminares da Área de Língua Inglesa sobre Reforma Curricular
no Curso de Letras
A área de língua inglesa discutiu alguns princípios norteadores para o
trabalho de reformulação curricular, entendendo que este é um primeiro
momento para ouvir posições diversas das áreas envolvidas para
que,então, se possa partir para deliberações que possam gerar
alternativas diferenciadas, respeitando as especificidades de cada
habilitação.
Dentre os princípios norteadores de todas as discussões a área de inglês
considerou que, primordialmente, um novo currículo deve levar em conta
a importância da autonomia do aluno, sua co-responsabilidade nas
escolhas feitas e sobretudo a preocupação com o ensinar a pensar ao
invés de se ensinar o que pensar em que o professor assume também um
novo papel de mediador.
Alguns aspectos discutidos:
- preocupação constante com flexibilização e enxugamento do currículo, o
que implicaria em menos disciplinas obrigatórias para os alunos. Neste
cenário os alunos teriam acesso a um repertório de disciplinas,
escolhendo suas disciplinas a partir de um Núcleo Comum pré-
estabelecido. Portanto, neste Núcleo Comum, haveria disciplinas tanto
obrigatórias quanto optativas.
- preocupação com a superposição de conteúdos em disciplinas diversas, o
que implicaria num estudo das ementas e propostas de trabalho hoje
existentes.
- visando uma melhor formação nas licenciaturas, início de disciplinas
ligadas à área de educação desde o início do curso (como exemplo
temos o sucesso do Programa PIBID que atende os alunos de licenciaturas
desde os primeiros semestres).
- ofertas de disciplinas que contariam como estágio, tendo início desde o
princípio do curso e não somente nos semestres mais próximos da
conclusão do mesmo.
- disciplinas da área de Clássicas, ofertadas mais para o final do curso,
sendo optativas para Licenciatura/Bacharelado em inglês; diminuição de
quatro períodos para dois períodos de Clássicas, com possibilidade do
aluno cursar as outras disciplinas de Clássicas se for de seu interesse.
- TCC e disciplinas monográficas
TCC – como disciplina ; 05 orientandos no máximo por professor;
vagas prioritárias de orientação para alunos da área de atuação do
professor.
- Revisão das ofertas e ementas hoje elencadas.
- Algumas discussões feitas em relação à parte específica da área:
a. Literatura – disciplinas contemplando drama, teatro, ficção e poesia.
Inseridas numa perspectiva histórica. Sugestão de novas denominações
para as disciplinas como, por exemplo, Estudos de Cultura e Literatura de
Países Anglófonos e Estudos de Literatura Comparada.
b. Literatura e Ensino de Línguas – inserção como disciplina optativa.
b. Inserção da disciplina de Projetos de Aprendizagem (nos primeiros
períodos do curso), antes da oferta de Iniciação Científica 01, com o
objetivo de promover a autonomia dos alunos, sua busca pelo
conhecimento, sua noção de responsabilidade em relação as escolhas
concernentes a sua formação. Aqui a introdução do papel do professor
mediador (01 professor mediador para cada 10 alunos, com turmas de no
máximo 20 alunos. Assim, uma turma com 20 alunos seria atendida por
dois professores).
c. Iniciação à pesquisa científica I – a ser ofertada em forma de
seminários – discussão epistemológica
d. Iniciação à pesquisa científica II – a ser ofertada em forma de
seminários – elaboração de projeto de pesquisa e redação de texto
acadêmico (TTC, dissertação).
e. Estudos de textos multimodais; análise de discurso crítica (como
possíveis optativas).
f. Linguística III (ofertada como espelho, pelo DELEM, atendendo a
tópicos de lingüística aplicada ao ensino de línguas estrangeiras.
g. Sócio-linguística (possível optativa).
Posição da área de Inglês acerca do novo currículo do curso de Letras:
[Encaminhada à Coordenação do Curso em 03.12.12]
A área de inglês se reuniu para discutir a reformulação do currículo de Letras. Como ponto de partida (os participantes da reunião haviam lido as propostas das diferentes áreas do curso) discutimos alguns itens considerados mais relevantes nas propostas apresentadas por outras áreas.
Nos manifestamos a favor de um currículo que não seja baseado no modelo da “racionalidade técnica” – modelo que pressupõe a teoria como direcionadora da prática, e que vê no aluno (bacharelando ou licenciando) um mero aplicador de teoria, em uma perspectiva técnica. Pensamos que o curso deva ter maior articulação entre teoria e prática, e que, nesse sentido, o aluno tenha um maior contato com os campos de estágio e faça as disciplinas de prática desde o início do curso (tanto as de prática de ensino quanto de outras práticas profissionais). O modelo atual, baseado na racionalidade técnica (3+1), prevê a prática apenas no final do curso.
Pensamos que a Linguística Aplicada, por sua proposta articuladora entre teoria e prática, deveria ser inserida como obrigatória para as licenciaturas (possivelmente também para o bacharelado), podendo ser ministrada por qualquer professor das diversas áreas. Além disso, a responsabilidade pela formação do aluno-professor deveria ser de todos os envolvidos no curso, não apenas daqueles que ministram as disciplinas consideradas práticas. No caso da licenciatura, uma formação mais equilibrada entre teoria e prática daria ao aluno a possibilidade de conhecer os contextos de atuação e também de proporcionar maior identificação com o curso e com a profissão (de professor ou bacharel em Letras).
Discutimos também a necessidade de oferecermos mais disciplinas optativas aos nossos alunos, iniciativa que a atual grade impossibilita. Assim, a diminuição de disciplinas obrigatórias também poderia contribuir para uma oferta mais direcionada para as diferentes áreas, já que as especificidades das diversas línguas diferem bastante. Na área de inglês poderíamos dar um foco maior em determinadas propostas e outras áreas não, e vice-versa.
A área de inglês defende um currículo que leve em conta a autonomia do aluno, sua corresponsabilidade nas escolhas curriculares e, sobretudo, a preocupação com o ensinar a pensar ao invés de se ensinar o que pensar (abandonando uma perspectiva
de ensino transmissivo), em uma abordagem reflexiva de formação, preocupada em estabelecer uma relação maior entre a universidade e a sociedade.
Algumas das considerações mais pontuais reforçaram as anteriormente discutidas antes da greve, mas algumas outras foram feitas. Considerou-se a possibilidade de retirar algumas disciplinas que estão no rol das obrigatórias e colocá-las no rol das optativas, uma vez que a posição da área de Inglês é a de que gostaríamos de ter maior espaço na grade horária para disciplinas que consideramos fundamentais para a formação do nosso aluno. Gostaríamos de frisar, no entanto, que consideramos todas as disciplinas ofertadas como importantes para a formação do aluno de Letras; trata-se apenas de dar maior foco a certos conteúdos. Nesse sentido, as sugestões foram:
1. Revisão de ementas para eliminar a superposição de conteúdos;
2. Em relação ao núcleo comum, a área se manifestou favorável à manutenção das disciplinas de Literatura Brasileira, mas posicionou-se a favor da substituição da Literatura Brasileira II por uma disciplina de Literatura Comparada, para favorecer a interlocução entre as áreas, mantendo a disciplina de Literatura Brasileira II como optativa.
3. A subárea de Literaturas em Língua Inglesa defendeu a presença de uma
disciplina obrigatória sobre ‘Shakespeare’, ou estudos shakespereanos. Em relação à contribuição do ensino das clássicas e Literatura Brasileira para o ensino das literaturas estrangeiras, a subárea reconheceu, em parte, a importância do ensino de teatro grego e romano, mas apontou para a carência de ensino de teatro medieval e do teatro como um todo para a formação do aluno da área de Letras Inglês, que seria igualmente relevante. Um autor primordial como William Shakespeare dialoga com várias disciplinas e áreas de conhecimento, ainda que permaneça o preconceito de que teatro é apenas entretenimento. Reforçar a presença do teatro e de Shakespeare no currículo é estimular profundidade de reflexão sobre o texto dramático por parte da coletividade acadêmica, que pode passar a ver o teatro como uma arte a ser apreciada com atenção, porque nos auxilia a compreender os comportamentos e motivações humanas. Nesse contexto também, o ensino de Literaturas Brasileiras se justificaria pelos paralelos passíveis de serem estabelecidos entre as áreas.
4. Revisão das ementas das disciplinas de Literaturas de Língua Inglesa; 5. Com base no que foi discutido pela subárea de Literatura Inglesa, sugerimos a
diminuição da carga horária obrigatória das disciplinas de Clássicas de 4 (120h) para 2 (60 h), tendo os alunos a possibilidade de optar por outras disciplinas oferecidas pela área de clássicas além das ofertadas atualmente;
6. Defendeu-se a proposta de inserção de PAs (Projetos de Aprendizagem) a
exemplo do que vem sendo feito nas áreas de Japonês e Polonês. Muitas vezes, o que falta aos alunos é uma orientação acadêmica sobre as diferentes possibilidades de formação e, nesse sentido, a disciplina de PAs seria importante, porque também possibilitaria ao aluno o contato com pesquisa desde o início do curso, o que poderia contribuir para suas escolhas. Reforçando o que dissemos na discussão anterior, a inserção da disciplina de Projetos de Aprendizagem (nos
primeiros períodos do curso), seria feita “antes da oferta de Iniciação Científica 01, com o objetivo de promover a autonomia dos alunos, sua busca pelo conhecimento, sua noção de responsabilidade em relação às escolhas
concernentes a sua formação. Aqui a introdução do papel do professor mediador (01 professor mediador para cada 10 alunos, com turmas de no máximo 20 alunos. Assim, uma turma com 20 alunos seria atendida por dois professores)”;
7. Oferta de disciplinas de estágio a partir do começo do curso dado o sucesso do
LICENCIAR, PIBID, etc. A área sugere a oferta de uma disciplina com esse perfil que poderia atender às necessidades do CELIN, proposta que poderia se estende a outras parcerias entre a universidade e as escolas públicas;
8. Oferta de TCC para licenciatura e para bacharelado, com disciplina com 05
orientandos/alunos por professor com vagas prioritárias para a área de atuação do professor; oferta de disciplinas monográficas;
9. Criação das disciplinas optativas de “Literatura e Ensino de Língua”, “Estudos
Multimodais”, e “Análise de Discurso Crítica”; 10. A disciplina de IPC deve ter sua ementa revista para contemplar a execução de
seminários como forma de avaliação desta; 11. Linguística III seria substituída por uma disciplina de linguística aplicada, mantendo
a oferta de Linguística I e II; inserção de Sociolinguística como disciplina optativa, atendendo o conteúdo da atual Linguística III;
12. Inserção na grade de Linguística Aplicada I e II para as licenciaturas e
bacharelado.
9. ÁREA DE ITALIANO
REFLEXOES SOBRE O CURRICULO DE LETRAS
AREA DE ITALIANO
1. Como você avalia o Projeto Pedagógico do Curso em relação à construção de
conhecimentos necessários para o desempenho do profissional formado?
A área de Italiano acredita que o Projeto Pedagógico do atual curso de Letras é
inadequado às necessidades do mercado. A nosso ver, os problemas são decorrentes da
maneira como são conduzidos os cursos de Licenciatura e Bacharelado.
Para que haja uma mudança produtiva, achamos que os professores do atual curso de
Letras deveriam refletir sobre as diferentes concepções do curso de Letras na UFPR, diferencia
que poderia ter sido resolvida com a criação de dois cursos, um curso de Letras Estrangeiras e
outro de Vernáculas que tivessem autonomia suficiente para desenvolver pesquisas e pensar
na formação dos próprios estudantes sem perder, todavia, a troca importantíssima e saudável
entre ad duas concepções e permitir um transito entre os dois cursos tanto de docentes como
de discentes como dois cursos irmãos. Como essa alteração foi adiada, a área de italiano
acredita que poderia haver uma reestruturação do curso desde que se possam harmonizar as
duas visões de estudo universitária.
É preciso formar bons pesquisadores, professores e profissionais que tenham
autonomia e capacidade de produção de conhecimento e de reflexão critica e que saibam por
em prática a teoria, isso nos parece uma necessidade premente para a melhoria do ensino no
Brasil, de maneira especial do ensino básico que deveria constituir o alicerce de toda e
qualquer formação. Acreditamos que a Universidade deve ser o espaço privilegiado para os
questionamentos as experimentações e a formação da massa critica do país, mas essa massa
critica não deve e nem pode se fechar em uma redoma, tem que reverter todas as
oportunidades que lhe foram dadas para melhorar o mundo em sua volta.
Para isso, seria necessária uma importante reformulação do PPP, pois deveríamos
poder oferecer aos alunos a possibilidade de ter uma formação mais completa, tanto
acadêmica profissionalizante como acadêmica “científica”.
Isso poderia ser feito no âmbito da arquitetura atual do curso:
- mantendo a especificidade das Licenciaturas;
Mas valorizando o professor também como pesquisador de sua prática (introduzindo as
disciplinas de preparo para a pesquisa e a produção científica) com a obrigatoriedade de TCC
para cada licenciatura no caso de estudantes que escolham a dupla licenciatura
- mantendo os Bacharelados com a subdivisão em ênfases;
Mas abolindo a generalização das disciplinas obrigatórias e permitindo que cada área
desenvolva um trabalho conforme a própria especificidade (vocação da área, pesquisas
desenvolvidas pelos seus docentes) e possa definir autonomamente o perfil do Bacharel que
quer formar (e por isso deveria ter um mínimo de disciplinas obrigatórias e o restante de
optativas). Obrigatoriedade de monografia especifica para cada bacharelado em caso de
estudante que escolha o duplo bacharelado.
Valorizar o bacharelado em quanto permite outras possibilidades profissionais alem do
ensino para os estudantes de LETRAS. No caso se queira permanecer no esquema
bacharelado= licenciatura - disciplinas da educação, a área de italiano questiona a
necessidade do bacharelado.
2. Em relação aos conteúdos, como você avalia as disciplinas da sua área de atuação?
A área de Italiano acha que faltam para a boa formação de profissionais de letras (italiano):
-Didática especifica de língua italiana usufruindo também das novas tecnologias
-Disciplinas de ensino da língua estrangeira com objetivos específicos
- Para a Licenciatura a disciplina de Introdução para a produção cientifica (que deveria ser
obrigatória para todos)
- Maior espaço par os estudos culturais
3. Com relação à carga horária, como você avalia as disciplinas da sua área.
A área de italiano considera que a carga horária das disciplinas obrigatórias esta adequada,
entretanto propõe algumas modificações para a melhoria do curso:
Alterar a carga horária do Básico I e II de 8 horas para 6 horas semanais;
Alterar o número de horas das Línguas V e VI de 2 horas para 4 horas semanais;
Transformar a optativa “A Questão da Língua” em obrigatória a partir do 4º semestre;
Passar a disciplina obrigatória de “Estudos Italianos I” para o 2º semestre;
No mais gostaríamos de frisar a necessidade de um maior espaço na grade horária para que
possam ser ofertadas as disciplinas optativas necessária para a boa formação dos nossos
estudantes e que, no momento, muitas vezes precisam ser ministradas de tarde ou de noite.
Achamos ainda, concluindo as nossas observações, que é praticamente impossível que os
alunos realizem os estudos para a licenciatura ou bacharelado duplo no tempo previsto pelo
atual currículo, tempo que, às vezes, se mostra insuficiente até para a licenciatura simples.
Nesse sentido sugerimos que a dupla formação tenha no mínimo, dois semestres a mais.
Esperamos que o Brasil não seja um pais emergente somente do ponto de vista econômico,
mas também culturalmente pelo seu potencial humano e de vivencia multi- étnica.
10. ÁREA DE JAPONÊS
POSIÇÃO DA ÁREA DE JAPONÊS – REFORMA CURRICULAR
. não temos como avaliar o curso no momento, visto que temos ainda apenas três turmas
(ingressantes de 2009, 2010 e 2011), sem nenhum formando. Seriam necessárias, no
mínimo, duas turmas de formandos para procedermos às primeiras avaliações e
conclusões. Ou seja, fica muito difícil para os que estão no currículo 2009 aderir a uma
reforma, sem uma noção concreta das falhas e sucessos deste PPP. Na realidade,
teríamos um prazo médio de 7 anos e meio para realizarmos uma avaliação mais
consistente;
. naturalmente, todos os currículos têm pontos positivos e negativos. Já estamos
procedendo a alguns ajustes, na tentativa de adequar o currículo às necessidades dos
alunos. Por exemplo, já foi feito o pedido de criação de disciplinas optativas, como
História do Japão e Estudos Culturais, fundamentais para os alunos de nossa área –
inclusive já foram aprovadas em nível de Departamento e Colegiado. Tentaremos
também uma mobilidade maior na distribuição das disciplinas optativas dentro da grade
curricular; já tivemos sucesso em ministrar a continuação da disciplina de Prática de
Escrita, em caráter optativo, visto que esse era o desejo de boa parte dos alunos;
. vale lembrar que um dos aspectos ressaltados pelo Reuni era o de se ministrar um
curso com aspectos inovadores, não se seguindo um esquema, digamos, tradicional. E o
PPP do currículo 2009 atende, em grande parte, a esse requisito.
11. ÁREA DE POLONÊS
ESBOÇO DE PROPOSTA PARA A REFORMA DO CURRÍCULO 2009 – ÁREA DE POLONÊS
Linhas gerais
- redistribuição da carga horária de Língua Polonesa 1, de modo a diluí-la ao longo de 6 períodos, em vez
de 5:
no currículo 2009 – (4 períodos de 120 horas) + 1 período 60 horas = 540 horas,
nesta proposta – 1 período de 120 horas + 5 períodos de 90 horas = 570 horas.
- redução da carga horária obrigatória da disciplina de Projetos de Aprendizagem e eventual alteração na
periodização dessa disciplina.
- Inclusão da disciplina de Iniciação à Pesquisa Científica
- introdução de novas disciplinas de linguística, bem como alteração na periodização e eliminação de
disciplinas dessa área já existentes:
inclui-se Linguística 1 (introdução à linguística) e Linguística 3 (morfossintaxe),
mantém-se Teorias de Aquisição de L2 (Linguística 2),
a disciplina de Metodologia de Pesquisa em Linguística Aplicada poderia ser repensada.
- introdução de novas disciplinas de teoria literária e de literatura, bem como alteração na periodização e
eliminação de disciplinas já existentes dessa área:
inclui-se Teoria da Literatura 1,
mantém-se Literatura Comparada (que poderia ter a denominação de Teoria da Literatura 2),
introdução à Literatura Polonesa – ministrada em português – que passa a ser obrigatória e figurar como
Literatura Polonesa 1, seguida de Literatura Polonesa 2 e Literatura Polonesa 3,
elimina-se Teoria da Literatura em Polonês.
- introdução de disciplinas da área de tradução, tanto para licenciatura, como para o bacharelado:
inclui-se a disciplina de Tópicos Centrais da Tradução como obrigatória para Licenciatura e Bacharelado
Incluem-se as disciplinas de Introdução à Crítica da Tradução e de Crítica e Prática de Tradução como
obrigatórias para os bacharelados.
Eventualmente, poderia ser criado um bacharelado em tradução no polonês, dispensando a habilitação
dupla, mas incorporando à grade curricular dessa habilitação uma carga horária expressiva de disciplinas
de Língua Portuguesa. Nesse caso, as disciplinas específicas da área de tradução seriam replicadas à
noite. Isso só seria viável se houvesse disponibilidade, por parte dos colegas que atuam na ênfase em
tradução, de ministrarem essas disciplinas, também, no turno da noite. Como contrapartida, a área de
polonês tem o prof. Marcelo, que já ministra essas disciplinas.
Outra possibilidade seria que um eventual bacharelado em tradução no polonês ocorresse em dois turnos,
os alunos interessados devendo cursar as disciplinas específicas da área de tradução e de língua
portuguesa no turno da manhã, e disciplinas específicas de polonês no turno da noite.
- língua portuguesa:
substituição de Prática Escrita por disciplina(s) de Língua Portuguesa voltada(s) para reflexão sobre
língua materna e para o aperfeiçoamento da produção textual.
- flexibilização das disciplinas optativas, o que consistiria em:
eliminação da obrigatoriedade de ofertar optativas vinculadas a grupos específicos a cada período,
diminuição da carga horária de disciplinas obrigatórias e aumento da carga horária de disciplinas
optativas,
ampliação do leque de disciplinas optativas ofertadas, com a possibilidade de incorporar carga horária de
optativas a partir de disciplinas do DLLCV,
ampliação nas ementas de optativas específicas: História da Polônia (consultar DEHIS para ver se existe
a possibilidade de algum professor daquele depto. ministrar essa disciplina), Cultura Polonesa 2, Cinema
Polonês 2, Teatro Polonês 3, Literatura Centro-Europeia, Literatura faktu, Análise do Discurso Crítica 1 e
2, Estudos de Crítica Literária, Estudos de Ensaística, História da Tradução Literária na Polônia, Ideologia
e Linguagem 1 e 2, Gramática Contrastiva Português/Polonês 2, Gramática Avançada 2, Literatura
Polônica, Multimodalidade.
- Eliminação da Formação Complementar prevista no currículo 2009, uma vez que os alunos não têm tido,
de fato, a possibilidade de realizá-la.
- Mantém-se a escolha da habilitação (Licenciatura, bacharelado) para o final 3º período.
- Alterações de carga horária e de periodização das disciplinas do Setor de Educação, com base na
oferta desse Setor.
- Incluir Cultura e Ensino de LEM para a Licenciatura.
12. ÁREA DE TRADUÇÃO
No novo currículo, a ênfase em Estudos da Tradução passará a ter o seguinte conjunto de disciplinas obrigatórias e respectiva periodização: 3. semestre: Tópicos Centrais da Tradução 4. semestre: História da Tradução 5. semestre: Introdução à Crítica de Tradução 6. semestre: Crítica e Prática de Tradução II 7. semestre: Tópicos de Pesquisa em Estudos da Tradução 8. semestre: Crítica e Prática de Tradução IV + Orientação Monográfica I 9. semestre: Orientação Monográfica II Do ponto de vista da oferta de disciplinas, passaremos a oferecer 3 obrigatórias de 30h por semestre: 1. SEMESTRE:
2. SEMESTRE
tica de Tradução II
Não sofrem alterações as ementas das seguintes disciplinas:
A ementa de Introdução à Crítica de Tradução (disciplina nova) ficará assim: NOME: INTRODUÇÃO À CRÍTICA DE TRADUÇÃO CÓDIGO: HE ??? / HL ??? CARGA HORÁRIA: 30 horas (2T - 2 créditos teóricos) PRÉ-REQUISITOS: TÓPICOS CENTRAIS DA TRADUÇÃO EMENTA: A leitura do texto traduzido. Cotejo de traduções. Crítica de tradução. Tradução e crítica literária. Projetos de tradução. As ementas de CPT II e CPT IV sofrerão as seguintes alterações: NOME: CRÍTICA E PRÁTICA DE TRADUÇÃO II CÓDIGO: HE ??? / HL ??? CARGA HORÁRIA: 30 horas (1P - 1 crédito prático) PRÉ-REQUISITOS: TÓPICOS CENTRAIS DA TRADUÇÃO EMENTA: Estratégias e procedimentos tradutórios. Tipologia textual e tradução. Crítica e prática da tradução de diferentes tipos de texto. Disciplina ministrada em português. NOME: CRÍTICA E PRÁTICA DE TRADUÇÃO IV CÓDIGO: HE ??? / HL ??? CARGA HORÁRIA: 30 horas (1P - 1 crédito prático) PRÉ-REQUISITOS: TÓPICOS CENTRAIS DA TRADUÇÃO