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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Redução dos Resíduos Sólidos no Prédio da Engenharia Civil da Escola Politécnica

PNV-2100 – Turma 1108/06/2006


Índice

Índice..............................................................................................................................................2

Introdução......................................................................................................................................4

Análise dos dados...........................................................................................................................5

Alternativas de solução..................................................................................................................6

Alternativas para o lixo orgânico................................................................................................6

Controle de fluxo....................................................................................................................6

Fechamento do restaurante...................................................................................................7

Criação de um aterro de compostagem..................................................................................7

Produção de gás metano através da biodigestão...................................................................8

Reutilização dos “restos” de comida.......................................................................................9

Doação de alimentos que sobram para necessitados.............................................................9

Utilização de óleos e gorduras na fabricação de sabão..........................................................9

Redução do desperdício de comida no restaurante.............................................................10

Investir na modernização do armazenamento dos alimentos..............................................10

Incineração...........................................................................................................................10

Instituir taxa para o uso dos banheiros.................................................................................11

Substituir rolos de papel higiênico por folhas individuais.....................................................11

Alternativas para o vidro..........................................................................................................11

Substituição de pratos, copos de vidro, janelas por semelhantes de acrílico ou porcelana. 11

Menor utilização de lâmpadas..............................................................................................11

Juntar os resíduos de vidro e vendê-los para uma cooperativa de reciclagem.....................11

Alternativas para o plástico......................................................................................................11

Reutilizar o plástico para a produção de fibras.....................................................................11

Construir objetos que possam ser úteis à Escola..................................................................12

Reparo físico do prédio.........................................................................................................12

Substituição de copos plásticos descartáveis por reutilizáveis e duráveis............................12

Campanha “Traga a sua garrafa”..........................................................................................12

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Substituição das lixeiras por exemplares que não utilizam embalagens plásticas................13

Pesquisas avançadas sobre quebras de polímeros e biodegradáveis plásticos sintéticos ou naturais.................................................................................................................................13

Produção de explosivos........................................................................................................13

Criação de estação de reciclagem.........................................................................................13

Alternativas para os metais......................................................................................................14

Venda de latas de alumínio...................................................................................................14

Instalação de uma pequena indústria de reciclagem de alumínio........................................14

Utilização de alumínio como matéria prima principal para artesanato................................15

Alternativas para pilhas e resíduos tóxicos...............................................................................15

Substituição das pilhas comuns por recarregáveis...............................................................15

Instalar máquinas de refrigerante (substituindo as latas).....................................................15

Alternativas gerais....................................................................................................................15

Oficina de Artesanato (contratar profissionais)....................................................................15

Conscientização de alunos e funcionários do prédio............................................................16

Determinação dos critérios de avaliação das alternativas............................................................16

Tabela de decisão.........................................................................................................................17

Especificação da Solução..............................................................................................................17

Papel.........................................................................................................................................17

Metais.......................................................................................................................................17

Lixo orgânico.............................................................................................................................18

Plásticos....................................................................................................................................19

Vidro.........................................................................................................................................20

Considerações finais.....................................................................................................................20

Bibliografia....................................................................................................................................21

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Introdução

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Análise dos dados

A figura acima mostra, de forma aproximada, como se distribuem as aplicações dos plásticos (http://www.gorni.eng.br/intropol.html )

Dados do restaurante:

- copos de plástico de 180ml - 1caixa com 2500 unidades;

- copos de plástico de 300ml - 1caixa com 1500 unidades;

- palhetas para café - 4 sacos com 250 unidades;

- embalagens de Gatorade - 2 caixas com 12 unidades;

- embalagens de água (copo) - 3 caixas com 48 unidades;

- embalagens de GuaraViton - 4 caixas com 12 unidades;

- embalagens de Xtapa - 3 caixas com 12 unidades;

embalagens de água (garrafa) - 20 caixas com 12 unidades;

Peso unidade Quantidade Mensal Peso Total

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http://www.gorni.eng.br/intropol.html


(aproximado) Aproximado

Copo 180 ml 5g 6000 30Kg

Copo 300 ml 5g 10000 50Kg

Palhetas para café 1g 1000 1Kg

Gatorade 18g 96 1,728Kg

Água (copo) 6g 576 3,456Kg

GuaraViton 18g 192 3,456Kg

Xtapa 12g 144 1,728Kg

Água (garrafa) 18g 1920 34,56Kg

Total - - 125,928Kg

http://www.cempre.org.br/mercado.php ( preços dos materiais recicláveis)

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http://www.cempre.org.br/mercado.php


Alternativas de solução

Alternativas para o lixo orgânico

Controle de fluxoO controle de fluxo pode ser entendido como a efetiva diminuição, ou até impedimento, da entrada de lixo orgânico no prédio da engenharia civil. Tal impedimento poderá ser feito fiscalizando os acessos ao prédio a fim de diminuir, ou impedir, a entrada de materiais que provavelmente se tornarão lixo.

Tal medida poderá diminuir consideravelmente o volume de lixo trazido de fora por alunos, professores e funcionários, porém, provavelmente, aumentará a curto prazo o consumo no restaurante ou em um possível similar. Porém a redução de lixo é quase nula, já que a maior parte do lixo produzida provém do restaurante.

Fechamento do restauranteO fechamento do restaurante , assim como o impedimento da abertura de similares, teria claramente forte impacto na redução dos resíduos orgânicos q saem do prédio da engenharia civil. É importante ressaltar que esta medida traria com ela muitos transtornos para funcionários, professores e alunos usuários do restaurante.

Custo de implantação zero Implantação imediata Diminuição quase integral da produção de lixo Grande desconforto aos usuários Diminuição da receita provida do aluguel do espaço

Criação de um aterro de compostagemUma alternativa possível seria a montagem de um “mini-aterro” de compostagem dentro do campus da USP Cidade Universitária, mais especificamente na região da Engenharia Civil. Além de sua implantação ser barata, exige poucos esforços. Para a sua construção, basta escolher um local adequado (boa drenagem do solo, sombra, evitar ventos intensos), de fácil acesso. Após a escolha do lugar, alternar camadas de resto alimentares com folhas e galhos secos, isso deve ser feito dentro da composteira, que pode ser feita de alvenaria, madeira ou arame e deve ter 1m³ de volume (custo de estimado do material: 100-200 reais). Os materiais que devem entrar no composto são: restos de comida, folhas e galhos úmidos, estercos e pó de serragem; não podem entrar fezes humanas nem de cachorro.

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A quantidade final do adubo corresponde à cerca de 25% da quantidade do composto inicial. Depois de pronto o adubo pode ser usado dentro do campus.O tempo estimado de instalação é de uma semana.

Esta é uma maneira ecológica de lidar com o lixo, pois a reaproveitamento de seus nutrientes e diminuição de seu volume, não formação de gases com cheiro desagradável; O custo de instalação e de manutenção é de cerca de 300 reais/mês (será necessário apenas um funcionário treinado que verifique o composto a cada 10 dias).

Produção de gás metano através da biodigestãoA biodigestão diferentemente da compostagem, ocorre somente com a digestão anaeróbica do composto orgânico. Esse processo libera metano, um gás combustível que pode ser utilizado para vários fins, como a diminuição de gastos com energia, aquecedores e pode ser utilizada na cozinha com certos cuidados no seu uso.

A quantidade estimada de dejetos necessários para a obtenção de 1m³ de metano é de 10kg. O poder calorífico do metano é aproximadamente 6 kWh/m3 numa perspectiva a longo prazo resulta numa grande economia, pois reduz gastos com eletricidade, transporte de butijão de

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Foto 1: Composteira fechada

Foto 2: Composteira aberta


gás, esgoto, descarte dos demais resíduos . Há liberação de gás sulfídrico (um poluente) e também a necessidade da escolha adequada do material utilizado na construção do biodigestor, pois o gás sulfídrico é corrosivo, o que em longo prazo implica um custo extra com manutenção. O processo se consiste em uma fonte renovável de energia.

O modelo aplicado seria o do biodigestor chinês, considerado um dos mais simples e baratos. De acordo com a quantidade de lixo orgânico produzido no prédio (cerca de 15 kg diários), um biodigestor de 7 m³ seria suficiente. O preço estimado de instalação é de 5mil-10mil reais.

Reutilização dos “restos” de comidaOs restos de comidas podem ser “reutilizados”. Milhares de talos de verduras, cascas de frutas - ricos em fibras - e muitos outros vão para os lixos diariamente. Entretanto, estes podem ser utilizadas para a produção de comidas saudáveis e nutritiva, basta saber preparar um bom prato com eles. Cursos de “reutilização” de comidas podem ser criados para os cozinheiros, custando cerca de R$ 1000,00 por dois meses.

Doação de alimentos que sobram para necessitadosO lixo produzido no restaurante da civil (que corresponde uma grande parcela do total do lixo orgânico produzido) pode tornar fonte de alimentos para pessoas necessitadas. Entretanto, é preciso tomar certos cuidados, como selecionar a comida “boa”, pois caso não seja tomado essa precaução, processos judiciais pode vir a surgir.

Utilização de óleos e gorduras na fabricação de sabãoÓleos de cozinhas não podem ser utilizados em nenhuma dessas alternativas. Um litro de óleo pode contaminar centenas de litros de água. Para evitar tal desastre ecológico, o óleo pode ser utilizado como matéria prima para a produção de sabão. Para isso, são necessários equipamentos básicos (recipientes, essência, sabão em pó, soda caustica), gastando-se cerca de

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Figura 1: Esquema de um Biodigestor com Estágio Único


R$ 200,00 ao mês, a partir de 5 litros diários de óleos e gorduras. Como demonstrado abaixo, fazer sabão é simples.

Como fazer o sabãoMATERIAL UTILIZADO

4 L de óleo comestível usado 2 L de água ½ copo de sabão em pó 1 Kg de soda cáustica (NaOH) 5 mL de óleo essencial

PROCEDIMENTO

Dissolver o sabão em pó em ½ L de água quente Dissolver a soda cáustica em 1 e ½ L de água quente Adicionar lentamente as duas soluções ao óleo Mexer por 20 minutos Adicionar a essência Despejar em formas Desenformar no dia seguinte

Redução do desperdício de comida no restauranteAumentar no preço das refeições; produzir comida de acordo com a estatística do consumo diário; diminuir o preço das bebidas para haver menor consumo de comida; servir pratos feitos personalizados, de acordo com o consumo do cliente; tudo para evitar desperdício. Criar taxas sobre clientes que desperdiçam comida deixando sobrar restos no prato após as refeições ou beneficiar aqueles que não a desperdiça com descontos e sobremesas ou frutas grátis. A implementação dessa medida não causaria mudanças estruturais e o lucro das taxas poderia ser usado para custear as despesas com as sobremesas grátis.

Investir na modernização do armazenamento dos alimentosInvestir na qualidade de armazenamento dos alimentos no restaurante comprando equipamentos mais modernos de melhor refrigeração para que não haja perigo do alimento se degradar e haja um conseqüente aproveitamento superior dele. Um refrigerador comercial de boa qualidade custa em média R$ 5000,00.

IncineraçãoUma alternativa seria a construção de uma usina de incineração dentro do prédio: o lixo orgânico sofreria combustão e transformar-se-ia em cinzas ocupando um volume muito menor (redução em 85% a 95%), isso se traduziria na diminuição de resíduos orgânicos eliminado pelo prédio. Com tratamento adequado, os gases provenientes da queima do lixo pode ser revertida

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em energia e a poluição, controlada; além disso, a incineração elimina todos os patógenos. Porém, deve-se ocupar uma área de 5000 m² para uma usina de pequeno porte, já que é necessário espaço em torno para evitar acidentes e possíveis odores, mantendo também um afastamento devido ao calor produzido. Gasta-se, de acordo com o porte, de R$ 125000,00 a 3,75 mi para a instalação, demorando de 2 a 5 anos para ficar pronta.

Instituir taxa para o uso dos banheirosO lixo orgânico produzido no banheiro diminuiria, já que afetaria o bolso dos usuários.

Substituir rolos de papel higiênico por folhas individuaisOs banheiros seriam equipados com folhas individuais com suporte adequado (que controle o fluxo de papel), evitando desperdício. Gastaria-se somente com a compra dos suportes e com a constante reposição dos refis de folhas, cerca R$ 600,00 -700,00 ao mês.

Alternativas para o vidro

Substituição de pratos, copos de vidro, janelas por semelhantes de acrílico ou porcelanaA substituição de cada janela descartaria mais vidro que a própria quantidade de lixo que sai do edifício; o m² de acrílico custa o dobro do de vidro. Pratos e copos não produzem quantidade significativa de lixo; sua substituição não seria de grande efeito.

Menor utilização de lâmpadasPara se utilizar menor quantidade de lâmpadas no edifício pode-se melhorar a iluminação do local com maiores e mais clareiras, além de ter uma pintura interna das paredes e teto mais clara. Gastaria-se com tinta e mão-de-obra – cerca de R$ 5000,00 - 6000,00, e demoraria cerca de dois a três meses de reforma.

Juntar os resíduos de vidro e vendê-los para uma cooperativa de reciclagem O vidro poderia ser vendido intacto ou já moído e separado.

Essa alternativa tem como objetivo a geração de matéria prima a partir do vidro descartado assim transformando uma fonte de resíduos em uma fonte produtora de matéria prima para reciclagem. Com um simples processo de trituração dos cacos de vidro após uma seleção grosseira dos poucos tipos de vidro esse material seria estocado e depois destinado ao uma empresa de reciclagem.

Alternativas para o plástico

Reutilizar o plástico para a produção de fibras Encaminhar os materiais a serem reutilizados para a fabricação mecânica das fibras

plásticas (ex: garrafas PET são cortadas em forma de fios, e podem posteriormente ser reutilizadas para a fabricação de tecidos, malhas e até placas plásticas);

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Plásticos são ótimos isolantes térmicos e acústicos (ex: podem melhorar a acústica de salas de aula do prédio da civil; criar estufas para a comunidade; etc);

Produzir placas (cuidado químico e artístico); Tempo gasto curto

Construir objetos que possam ser úteis à EscolaExistem modos de se construir desde vassouras até guarda-chuvas e cadeiras com plástico reutilizado, objetos que poderiam ser usados pela Escola.

Reparo físico do prédioCom o plástico, vários problemas físicos do prédio poderiam ser resolvidos, como a falta de isolamento acústico.

Um exemplo: Polywood Lumber

Custo Final: US$ 0,50 por libra.

“Polywood Lumber” ( Madeira Plástica) é reciclada da mesma forma, porém com certa quantidade de poliestireno;

O material que NÃO pode ser usado para estruturas sustentadoras é feito com 20% de PS (6), com um custo final do produto em tábuas de US$ 0,65 por libra e do produto moldado de US$ 3,28 por libra.

E o material que pode ser usado para confecção de estruturas tem custo final de US$ 0,77 por libra.

Obs.: Geralmente vendidas em tábuas como as de madeira.

Substituição de copos plásticos descartáveis por reutilizáveis e duráveis Os copos plásticos descartáveis seriam substituídos por outros de materias como o acrílico e plásticos duros.

A quantidade de copos descartados pelo restaurante do prédio da civil seria zero, já que seria totalmente reaproveitada com simples lavagem.

Campanha “Traga a sua garrafa”O restaurante compraria galões de 20L de uma mesma marca e venderia somente a água a ser colocada na garrafa levada pelo cliente (o cliente pagaria menos, e o restaurante também). Haveria a necessidade de se ter uma garrafa, portanto, podendo causar desconforto para alguns.

Copo plástico descartável 180mL em uma caixa com 1500 unidades custa em média R$36.00

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Copo plástico descartável 300mL em uma caixa com 1000 unidades custa em média R$61.30

Dados do restaurante: copos de plástico de 180mL – 1 caixa com 2500 unidades – R$60.00 (preço aproximado) copos de plástico de 300mL – 1 caixa com 1500 unidades – R$92.00(preço aproximado)

Economia de R$152.00 por semana para o restaurante (considerando que o restaurante não compraria mais copos plásticos)

Um copo reutilizável custaria em média R$ 0.80 cada.

Substituição das lixeiras por exemplares que não utilizam embalagens plásticas Tais lixeiras possuem um eixo sob a tampa – a parte inferior depende somente do eixo para sua sustentação - o qual permite um giro capaz de esvaziá-la, não sendo necessário, portanto, o uso de sacos plásticos.

Pesquisas avançadas sobre quebras de polímeros e biodegradáveis plásticos sintéticos ou naturais

Investimento governamental ou privado nas pesquisas; Contratação de profissionais; Tempo gasto indefinido

Produção de explosivos Autorização do Exército Brasileiro; Tecnologia para a produção; Contratação de profissionais Perigo no manuseio A produção teria que ocupar um espaço grande e reservado Há o custo dos equipamentos de proteção e dos materiais de laboratório

Criação de estação de reciclagem Grande custo da implementação; Grande área a ser implementada; Pode causar danos ao ambiente em redor e à comunidade; Tempo gasto depende do dinheiro a ser investido

Como é feita a reciclagem

A reciclagem de plásticos, tipo garrafas, é feita normalmente seguindo-se a seqüência abaixo:

1. SELEÇÃO

Processo de separação de materiais, normalmente feitos de maneira manual. Os diferentes produtos poderão ser estudados atravez das nomenclaturas fornecidas pela Associação Brasileira das Industrias Químicas – ABIQUIM.Maquinas opcionais: Moega receptora e esteira selecionadora.

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2. LAVAGEM, TRITURAÇÃO E SECAGEM

Processo composto por um tanque de lavagem, um triturador e um secador centrifugo. Nesta etapa o material é lavado, triturado e seco. Maquinas necessárias: Sistema de lavagem, trituração e secagem (em conjunto ou isoladamente)

3. EXTRUSÃO

Após os materiais estarem devidamente secos, serão colocados na extrusora, onde serão feitos os fios de plásticos e em seguida peletizados (granulados).Maquina necessária: Extrusora

4. INJEÇÃO

Depois de peletizados, os materiais serão encaminhados para alimentação de uma injetora, que é uma maquina que serve para fazer um produto final do material reciclado.Maquina necessária: Injetora

Já a reciclagem de filmes plásticos, é feita da seguinte forma:

Obedece ao mesmo sistema acima citado, somente com a diferença de que, após lavados, triturados e secos, os mesmos serão aglutinados (em um aglutinador) para serem utilizados diretamente nas extrusoras ou injetoras.Maquina necessária: Aglutinador

Alternativas para os metais

Venda de latas de alumínioApesar de não diminuir a quantidade de resíduos sólidos que saem do prédio da civil, tal alternativa refere a uma boa destinação do lixo, que poderá ser reaproveitado.

Um kg de alumínio corresponde a 75 latinhas e pode ser vendido por até R$3,50 O restaurante do prédio da civil produz diariamente cerca de 70 latas. Amassadores de lata ao lado das lixeiras ajudariam a reduzir o volume do lixo e tem

custo aproximado de R$25,00 a unidade. Tempo de implantação instantâneo. Custo de manutenção: nulo.

A renda obtida poderia ser revertida para projetos de reciclagem na USP.

Instalação de uma pequena indústria de reciclagem de alumínio A reciclagem de alumínio consiste basicamente na seleção dos diferentes tipos de materiais e sua fusão em fornos rotativos, fazendo o lingoteamento dos mesmos. No caso de latas de alumínio é necessária ainda a compactação das mesmas, para melhor aproveitamento no processo de fusão. A seleção é necessária devido às inúmeras ligas diferentes de alumínio e, havendo a mistura dos materiais, haverá uma queda de qualidade no lingote, o que ocasiona um

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baixo preço do mesmo. Maquina necessária: Prensa enfardadeira e forno rotativo ou basculante.Maquinas opcionais: Receptora e esteira selecionadora.

A alternativa apresenta grande eficiência, porém os custos de implantação e de manutenção são muito altos devido à necessidade de mão-de-obra e de energia elétrica para realizar o serviço. Vale ressaltar também que a instalação de tal usina demoraria um tempo relativamente longo e que traria um grande incômodo aos estudantes devido à poluição sonora gerada.

Utilização de alumínio como matéria prima principal para artesanato Para produzir um colar simples, gasta se de R$10 a R$ 12 e pode ser vendido por R$ 18. Brincos custam em média R$6 a R$ 8 e um cinto, em torno de R$35. Obviamente, o preço pode variar de acordo com os materiais complementares utilizados. Se a confecção dos objetos ocorrer em algum lugar no próprio prédio da civil, a quantidade de resíduos sólidos que saem deste local será reduzida, atendendo ao objetivo do trabalho. A manutenção do projeto envolveria apenas custos referentes ao pagamento dos artesãos.

Alternativas para pilhas e resíduos tóxicos

Substituição das pilhas comuns por recarregáveisSe tal proposta fosse adotada, a quantidade de pilhas jogados no lixo reduziria drasticamente, uma vez que as pilhas recarregáveis possuem grande vida útil.

Ainda que o uso de pilhas no prédio da civil seja baixo, esta alternativa (se adotada) envolveria um grande benefício ambiental, uma vez que as pilhas são constituídas por metais pesados com chumbo e mercúrio.

Um pacote com 4 pilhas recarregáveis custa aproximadamente 40 reais e o carregador tem custo aproximado de 80 reais.

Para a adoção do projeto seria necessário um investimento inicial de cerca de 280 reais em pilhas, mais 320 reais em carregadores, totalizando 600 reais. A manutenção é muito barata e refere-se apenas aos gastos de energia para o reabastecimento das pilhas.

Instalar máquinas de refrigerante (substituindo as latas)A instalação de tais máquinas teria um custo inicial baixo devido a possibilidade de acordos com os fabricantes de refrigerante que forneceriam o equipamento em troca do uso exclusivo do xarope de sua empresa. A redução seria de 95% do alumínio produzido no prédio e não traria incômodos aos fregueses do restaurante.

Para que as pessoas não substituam as latinhas por copos descartáveis de plástico (tornando a produção de lixo equivalente), sugere-se o incentivo ao uso de canecas.

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Alternativas gerais

Oficina de Artesanato (contratar profissionais) Criar uma oficina de artesanato com materiais plásticos. Reservar um espaço no prédio; Contratar profissional da área (ou voluntário); Produzir materiais úteis à escola e à comunidade; Encaminhar obras para exposições (Girino, SAPO, etc); Tempo gasto indefinido

Conscientização de alunos e funcionários do prédio palestras; campanhas realizadas com os calouros (ex: atividades para os ingressantes, com

competições de coleta); cartazes convidativos, não impelitivos; informá-los sobriamente sobre o projeto USP Recicla; prazo de iniciação curto, porém resposta é demorada

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Determinação dos critérios de avaliação das alternativas

CUSTO DE IMPLANTAÇÃO – Custo aproximado para implantar a alternativa até o estado de funcionamento. Inclui custos com possíveis contratações e locação de espaço.

CUSTO DE MANUTENÇÃO – Custo aproximado para manter a alternativa em funcionamento por unidade de tempo.

TEMPO DE IMPLANTAÇÃO – Tempo necessário para implantar a alternativa até o estado de funcionamento.

IMPACTO AMBIENTAL – Impacto ao ambiente resultante da implantação da alternativa. ESPAÇO OCUPADO – Espaço necessário para realização da alternativa. BEM-ESTAR – Influência do projeto sobre a rotina dos usuários do prédio. Inclui poluição

visual, sonora e odores. CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO – Capacidade de transformação do lixo em material

aproveitável ou capacidade de redução da quantidade de lixo produzido (em unidades de massa por unidade de tempo).

CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL – Nível de influência da alternativa sobre a percepção dos usuários do prédio em relação a questões ambientais.

RETORNO FINANCEIRO – Capital que pode ser obtido através da implantação da alternativa.

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Tabela de decisão

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Especificação da Solução

Segundo orientação de Márcio Rillo, escolhemos uma alternativa de solução para cada tipo de resíduo que compõem o conjunto final para a solução do problema. Dessa forma, seguem o detalhamento das alternativas mais bem pontuadas dentro dos critérios estabelecidos pelo grupo.

PapelA alternativa de solução escolhida para a redução da emissão de resíduos de papel do prédio da Engenharia Civil é o aproveitamento máximo das folhas de papel que são impressas. Tal processo consiste na diminuição da margem e impressão no verso das folhas para que haja uma economia considerável de folhas a serem utilizadas.

Por questões estéticas, são usadas margens nas folhas que são impressas. Este espaço branco que não é utilizado possui uma área considerável, geralmente 30% da área total da folha. Outra prática é a utilização apenas da frente da folha, deixando-se o verso em branco. Não é difícil concluir que a utilização do verso reduziria pela metade o número de folhas que seriam utilizadas para a mesma impressão.

MetaisA alternativa de solução escolhida para a redução da emissão de resíduos de metal foi a instalação de máquinas de refrigerante no restaurante. Dessa forma, o número de latas de alumínio que seriam jogadas fora diminuiria, uma vez que seriam usados copos para beber o refrigerante. O uso de copos de plástico descartáveis seria, no entanto, incoerente com a totalidade do projeto, que tem como objetivo a redução dos resíduos de plástico também. Dessa forma, o refrigerante será servido em copos de plástico ou acrílico duráveis, e haverá incentivos para que as pessoas tragam seus próprios copos de casa.

A máquina será adquirida através de um tratado de comodato com a empresa de refrigerante, que fornece a máquina e assistência gratuita para a mesma. A aquisição do xarope de refrigerante e dos cilindros de gás fica por conta do restaurante. Desta forma, a manutenção da máquina custará em torno de R$500,00 mensais. O gasto mensal com copos de plástico, assim como a disposição dos mesmos, será relativamente pequeno, uma vez que daremos prioridades aos copos de plástico duráveis e reaproveitáveis, e até mesmo diminuição de preço para os clientes que trouxerem seus próprios copos.

O fornecimento de refrigerantes em lata sofrerá redução, uma vez que devido aos preços mais baixos, a demanda dos clientes dará prioridade ao refrigerante em copo. Estima-se então que

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haverá uma redução de mais de 90% dos resíduos de alumínio do lixo que sai do prédio da Engenharia Civil, sem que haja prejuízo ao restaurante ou a seus usuários.

Lixo orgânicoA alternativa de solução escolhida como melhor forma para a redução dos resíduos de lixo orgânico produzidos no prédio da Engenharia Civil foi a criação de uma composteira. A utilização da composteira baseia-se na biodegradação controlada de resíduos orgânicos, em que, através de um processo aeróbico, consegue-se a estabilização dos mesmos. Os resíduos são decompostos por microorganismos e seres detritívoros, gerando húmus, material rico em nutrientes que pode ser utilizado para enriquecer o solo. É um processo ambientalmente seguro, que não libera mau cheiro, e que possui também o efeito controlador de pragas.

A composteira pode ser feita como um recipiente de arranjo similar a de uma caixa de frutas, com ripas de madeira com vãos de modo a permitir a aeração do composto, e como este deve estar em contato direto com o solo para permitir a troca de água, não terá fundo. Ela terá um metro quadrado de base e um metro de altura, e estará posicionada no jardim interior do prédio da civil, que terá um pequena diminuição em sua área. Dimensões maiores impedem a circulação de ar, e facilitam também a perda de umidade e calor, necessitando de aparelhagem para a manutenção. A escolha do local leva em conta que o recipiente deve estar protegido de ventos e chuvas fortes, assim como do sol.

O enchimento da composteira segue o seguinte procedimento: coloca-se uma camada inicial de terra, folhas e ramos secos de até 10cm de altura, que tem a função de controlar a umidade através da troca de água com o solo, e permitir a a aeração do sistema. Deposita-se então a camada de resíduos orgânicos a serem decompostos, camada que pode ser um pouco maior que a anterior. Novamente, é posta sobre esta uma camada de terra e material vegetal seco, repetindo essa alternação até a pilha atingir 1 metro de altura. Cada camada deve ser levemente regada antes da construção da próxima, para garantir a uniformização da umidade do composto.

Como a estrutura dos microorganismos que atuam no processo de compostagem é 90% formada por água, o controle do teor de umidade da composteira é de grande importância. A umidade ideal é aquela em que ao pegar um punhado de material e apertá-lo, pode-se sentir a mão úmida, mas sem que escorra água. Também pode ser feito um buraco na pilha usando um cabo de vassoura. Este, quando retirado, não deve ter consigo pedaços de composto grudados.

Há recomendações quanto aos resíduos a serem postos na composteira. Não devem ser colocados tintas, madeiras envernizadas, óleos, fezes. Papeis coloridos, tecidos, borrachas, cerâmicas, pilhas e baterias devem ser completamente separados do lixo que vai para a composteira, por conterem metais pesados que contaminam o solo.

As sobras de cozinha de origem animal ou vegetal podem ser completamente utilizadas, assim como folhas secas. O próprio processo, feito corretamente, se encarrega de eliminar

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microorganismos patogênicos que podem estar presentes na comida, como salmonellas e estreptococos. Durante a decomposição, o material atinge temperaturas entre 55ºC e 70ºC, e como os microorganismos estarão expostos a tais temperaturas por longos períodos de tempo, ocorre a descontaminação do composto. Aparas de árvores e sebes devem ser colocados apenas quando for desejado tornar o material mais solto. Para otimizar o material que vai ser produzido, pode-se adicionar borras de café, farinha de ossos e cinzas, ricos em fósforo e potássio.

Após a construção, a manutenção é relativamente simples e periódica, precisando de pouco mão de obra, e alguns simples procedimentos. Durante os primeiros dias, deve haver uma redução considerável do composto inicial. Isso se deve à decomposição do material, que torna as camadas inferiores mais densas. Esta acomodação atrapalha a circulação de ar, e altera o controle de umidade, sendo necessário, portanto, o revolvimento do material, usando-se pás e enxadas. Normalmente, deve-se fazer o revolvimento apenas três vezes no primeiro mês, o primeiro a partir do sétimo dia, e depois a cada dez dias. É importante que a umidade seja verificada regularmente, regando a pilha caso esteja muito seca, ou cobrindo-a com plásticos ou lonas caso haja chova muito ou esteja exposta ao sol muito forte. Também deve ser observada a temperatura. Um método simples de verificá-la é introduzindo um vergalhão de metal durante quinze minutos na composteira. Se, após retirado, não seja possível tocá-lo, a pilha está muito quente e deve ser revolvida.

O material estará estabilizado e pronto para ser utilizado em aproximadamente dois meses. Antes de ser utilizado, deve-se ter certeza de que está realmente maduro, ou seja, pronto para o uso. Quando estiver pronto, o composto terá um cheiro agradável de terra fresca. Um procedimento simples para a verificação é a mistura de um pouco do material em um copo de água. Caso o liquido, após ser misturado, fique de cor escura, e com partículas em suspensão, estará pronto.

O material produzido é largamente utilizado na agricultura por suas propriedades, tais como a controle da temperatura e dos níveis de pH do solo, aumento da capacidade de infiltração de água, e estímulo do desenvolvimento das raízes de plantas. Este húmus poderá ser utilizado para enriquecer o solo dos jardins da USP.

PlásticosPara a redução dos resíduos plásticos no lixo que sai do prédio da Engenharia Civil, a alternativa de solução escolhida foi a substituição de copos plásticos descartáveis por reutilizáveis e duráveis. Serão distribuídos então copos feitos de acrílico ou plástico duro, que não seja descartável e possa ser lavado, para os clientes que comprarem bebidas. Poderá haver mais de um tipo de copo, com volumes diferentes, como 300ml e 500ml, para que o cliente tenha mais possibilidades de escolha. Além disso haverá incentivo para que os clientes tragam seus próprios copos para as bebidas, desta forma ganharão descontos nas bebidas.

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VidroPara a redução de vidro, a melhor alternativa não seria a redução propriamente dita e sim a destinação do mesmo. Assim, deve-se separar e moer todo o vidro que faria parte do volume final de lixo.

É importante separar todo material que não é vidro, como gargalos de metal e tampas plásticas. Além disso, espelhos, lâmpadas, tubos de TV e cristais não são recicláveis, pois não se fundem à mesma temperatura que o vidro que é reciclado nas vidraçarias. O material ideal a ser reciclado é o vidro proveniente de garrafas e frascos que contém bebidas e produtos alimentícios.

O vidro, após separado, deverá passar por uma lavagem para livrar de todo o tipo de contaminante. Este então pode ser colocado em um pequeno triturador, onde o vidro é moído. O produto final, já com o volume amplamente reduzido, poderá então ser vendido.

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Considerações finais

Nota-se que para avaliar as melhores formas de otimização no tocante à redução do volume de resíduos produzidos, foi necessário o levantamento de dados que pudessem servir de base para a criação de um amplo número de alternativas de solução e sua posterior escolha. Entretanto, este é um procedimento que não deve ser adotado apenas durante etapa inicial do projeto, e sim feito periodicamente, objetivando a manutenção dos resultados já obtidos, assim como maiores reduções nos volumes de resíduos sólidos.

Deve-se considerar também que a implantação destas alternativas de soluções de fato não irá reduzir o volume de lixo em sua totalidade, mas sim uma parcela considerável do mesmo. A redução total na disposição de lixo é uma situação praticamente utópica, improvável de ser obtida na prática. Contudo, apenas a iniciativa de buscar formas que reduzam a produção de lixo ou o reaproveitamento do mesmo é um grande passo, que pode servir de exemplo e incentivo para mudanças de maiores proporções na sociedade.

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Bibliografia

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