Recorte_Imprensa

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notícias relacionadas à obra da praça do chafariz, em ordem cronológica invertida 05.07.08 O Popular Coluna Giro Pressa Em visita ontem à obra da Praça do Chafariz, Iris disse reservadamente que espera a conclusão do elevado para agosto e da trincheira para até outubro. Chancela do MP Paço e Ministério Público vivem uma lua-de-mel: promotores aprovaram sem ressalvas a obra do viaduto na Praça do Ratinho e a licitação das linhas de ônibus. Opinião A cidade e a cirurgia de risco Muitas cidades – grandes e pequenas – devido a intervenções inadequadas padecem sofrimentos de inundações, congestionamentos, mau funcionamento dos sistemas urbanos, miséria e violência. Dirceu Trindade Não é difícil compreender que o aumento da densidade populacional em certas regiões da cidade, levou ao aumento de demanda por circulação. A opção por transporte individualizado provoca transtornos comuns no trânsito, levando à necessidade de intervenções. Apenas para estabelecer um marco inicial de nossas considerações tomemos o ano de 1988. Naquele ano ainda não existia o tratamento paisagístico conhecido como Chafariz, a Avenida T-63 se reduzia a uma pista de asfalto, a Praça Nova Suíça era um grande espaço de terra vermelha e, poucas vias eram asfaltadas. Havia uma ocupação territorial rarefeita por residências no Jardim América e pouca ocupação no Parque Amazonas. Os lugares hoje conhecidos como Bela Vista e Alto do Bueno não tinham ainda sido reconhecidos pelo mercado imobiliário. Era, portanto, uma região de pouca urbanização como o Bairro Anhanguera, localizado ao final da Avenida T-63 que, incluindo a área de invasão, se configurava como um loteamento não urbanizado. O Setor Pedro Ludovico apresentava uma urbanização precária e descontinuada no tecido urbano. Com o crescimento populacional da cidade intensificaram-se as construções de condomínios verticalizados, inicialmente como condomínios fechados (uma articulação entre donos de lotes e agentes financeiros), originando o que conhecemos como o Alto do Bueno. Esta área foi ainda sacrificada por uma brecha na legislação urbanística, que permitiu um índice de aproveitamento de 3.5 da área do lote, com afastamentos laterais de 2.00m para áreas de usos secundários, com um Código de Obras que “exigia” uma vaga para cada dois apartamentos de até 60m2. Algumas ruas tornaram-se imensos estacionamentos nos dias de hoje.

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Recorte com a cobertura dada pela imprensa à questão do transporte em Goiânia até julho de 2008

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notcias relacionadas obra da praa do chafariz, em ordem cronolgica invertida

05.07.08 O Popular Coluna GiroPressa Em visita ontem obra da Praa do Chafariz, Iris disse reservadamente que espera a concluso do elevado para agosto e da trincheira para at outubro. Chancela do MP Pao e Ministrio Pblico vivem uma lua-de-mel: promotores aprovaram sem ressalvas a obra do viaduto na Praa do Ratinho e a licitao das linhas de nibus.

Opinio A cidade e a cirurgia de riscoMuitas cidades grandes e pequenas devido a intervenes inadequadas padecem sofrimentos de inundaes, congestionamentos, mau funcionamento dos sistemas urbanos, misria e violncia. Dirceu Trindade No difcil compreender que o aumento da densidade populacional em certas regies da cidade, levou ao aumento de demanda por circulao. A opo por transporte individualizado provoca transtornos comuns no trnsito, levando necessidade de intervenes. Apenas para estabelecer um marco inicial de nossas consideraes tomemos o ano de 1988. Naquele ano ainda no existia o tratamento paisagstico conhecido como Chafariz, a Avenida T-63 se reduzia a uma pista de asfalto, a Praa Nova Sua era um grande espao de terra vermelha e, poucas vias eram asfaltadas. Havia uma ocupao territorial rarefeita por residncias no Jardim Amrica e pouca ocupao no Parque Amazonas. Os lugares hoje conhecidos como Bela Vista e Alto do Bueno no tinham ainda sido reconhecidos pelo mercado imobilirio. Era, portanto, uma regio de pouca urbanizao como o Bairro Anhanguera, localizado ao final da Avenida T-63 que, incluindo a rea de invaso, se configurava como um loteamento no urbanizado. O Setor Pedro Ludovico apresentava uma urbanizao precria e descontinuada no tecido urbano. Com o crescimento populacional da cidade intensificaram-se as construes de condomnios verticalizados, inicialmente como condomnios fechados (uma articulao entre donos de lotes e agentes financeiros), originando o que conhecemos como o Alto do Bueno. Esta rea foi ainda sacrificada por uma brecha na legislao urbanstica, que permitiu um ndice de aproveitamento de 3.5 da rea do lote, com afastamentos laterais de 2.00m para reas de usos secundrios, com um Cdigo de Obras que exigia uma vaga para cada dois apartamentos de at 60m2. Algumas ruas tornaram-se imensos estacionamentos nos dias de hoje.

Os bairros acima citados foram urbanizados, novos equipamentos urbanos que demandam circulao de veculos surgiram (shoppings, galerias, colgios, hospitais, faculdades...) e, mais importante, uma nova modalidade de morar surgiu na periferia e nos limites de municpios vizinhos: os condomnios horizontais fechados. So novos elementos de impacto no trnsito, transformando ruas locais residenciais em vias de acesso aos novos bairros e equipamentos. Podemos ver que os problemas da Avenida T-63 se iniciam na inconclusa Marginal Botafogo, num cruzamento com a Avenida Jamel Ceclio, que demanda ao Shopping Flamboyant e aos novos bairros alm rodovia. Em sua outra extremidade, a Avenida T-63 um beco sem sada, com um intenso trfego destinado aos bairros novos da periferia e, como nica opo circula por uma via de 7.00m de caixa de rolamento atravs do Bairro Anhanguera. Este recorte mostra a ausncia de planejamento urbano, obras virias foram executadas e no resolveram os problemas de trnsito e, no ocorreram investimentos em transporte pblico. Se o poder pblico deseja adensar determinada rea, deve antes planejar sua forma de ocupao e os recursos de mobilidade da populao que a vai habitar. Obras virias necessrias devem estar integradas num processo de planejamento, estar subordinadas aos interesses da coletividade e cumprir mnimas exigncias legais, tais como, obedincia ao Estatuto da Cidade e cumprimento do Plano Diretor. No h, na atual obra, uma integrao com as diretrizes do Plano Diretor que asseguram Avenida T-63 a condio de via expressa de 3 categoria, e corredor preferencial de transporte coletivo, portanto, a obra em execuo no integra um plano urbano e de transporte coletivo. Observe-se que o adensamento de reas do Alto do Bueno, do Jardim Amrica e do Parque Amazonas continuam acelerados, alm de estarem intensas as ocupaes nas reas fronteiras do municpio, cujo caminho a Avenida T-63, em continuidade Avenida 85. Na questo de guas subterrneas, o lenol fretico no representa um problema para a obra iniciada se houvesse tal problema quase nenhum edifcio poderia estar construdo em Copacabana, Ipanema e Leblon no Rio de Janeiro, locais com lenol muitas vezes em torno de 1.50m. A questo como recolher as guas pluviais da regio, estabelecendo para onde se deve conduzir. Tero de ser abertas galerias nas vias da rea do viaduto-trincheira para a captao de guas pluviais, a incluso de reservatrio e bombeamento ao crrego mais prximo, de acordo com suas dimenses e vazo suficiente para receber novo carregamento, o que leva a um aumento de custo que deveria estar previsto, se devidamente projetado, orado e licitado. Podem ser corrigidas planilhas de custo da obra, transferindo o custo do intil mastro para o custeio de parte da galeria. De qualquer forma, na ausncia de procedimentos de planejamento urbano, mesmo com as correes que se fazem necessrias, permanece a cirurgia de risco, e certamente no resultaro no benefcio esperado pelo paciente, a populao da cidade. Dirceu Trindade arquiteto, mestre em Urbanismo (EESC-USP) e professor da Escola Edgar GraeffUCG

CidadesTRNSITO

SMT muda T-63 na segunda quinzena

Patrcia Drummond Prevista para este ms de julho para aproveitar o perodo de frias escolares, com o objetivo de evitar maiores transtornos aos goianienses , a retirada de cinco rotatrias a partir da Praa Wilson Salles (Praa da Nova Sua), na T-63, at o Crrego Cascavel, deve ter incio s na segunda quinzena e durar pelo menos um ms, conforme informou ontem o superintendente municipal de Trnsito, coronel Paulo Sanches. Estimamos esse prazo porque estamos aguardando a chegada do material necessrio para a obra, explicou ele. A interveno ser uma das maiores programadas para a regio da Avenida T-63, numa parceria entre dois rgos municipais, a Superintendncia Municipal de Trnsito (SMT) e o complexo Departamento de Estradas de Rodagem do Municpio/Companhia Municipal de Pavimentao (Dermu/Compav). A idia abrir a Praa da Nova Sua, cortando-a ao meio. Desse ponto at a Marginal Cascavel, todas as rotatrias existentes sero retiradas e substitudas por semforos. Tambm sero removidas, na empreitada, as duas rotatrias da Rua C-233, que liga a Praa da Nova Sua Avenida T-9, com a instalao de semforos nos locais. Ainda na T-9 ser feito um desvio para a concluso das obras de um bueiro iniciadas prximo ao Clube Osis, onde h sempre inundaes em perodos de chuva. Todas essas aes ocorrem paralelamente construo do viaduto na Praa Simo Carneiro de Mendona, a chamada Praa do Chafariz, cujas obras foram iniciadas pela Prefeitura da capital no dia 15 de maio. LEIA MAIS:

Iris reafirma prazo para concluso de viaduto

Iris reafirma prazo para concluso de viadutoRosane Rodrigues da Cunha Em visita s obras do viaduto e da trincheira do cruzamento das Avenidas T-63, S-1e 85, ontem pela manh, o prefeito Iris Rezende reafirmou que os trabalhos sero concludos at a primeira quinzena de outubro. Mudanas no projeto original, como a substituio da adutora de gua tratada que abastece cerca de 350 mil moradores do Setor Bueno e regio e passa embaixo do ponto em que a pista ser rebaixada para a abertura da trincheira, no vo alterar o cronograma. Est tudo de acordo com o estabelecido no contrato, disse o prefeito, que percorreu o canteiro de obras ao lado de auxiliares e vereadores e pde ver as escavaes, as pilastras e duas das 45 vigas do elevado j instaladas. Sem falar em datas, Iris admitiu que a obra poder ser liberada por partes. No local, o secretrio de Obras Alfredo Neto se irritou com jornalistas ao ser questionado sobre a obra de drenagem que ser feita no local.

03/07 O Popular Opinio O custo de no fazerWashington Novaes H mais de uma dcada, desde quando passou a ocupar este espao, o autor destas linhas chamava a ateno para a temeridade de permitir a verticalizao e o adensamento populacional rpidos e desordenados de setores como o Bueno, Nova Sua e Marista, antes de dot-los de infra-estruturas imprescindveis, principalmente redes de drenagem de guas pluviais (capazes de absorver guas em solo totalmente impermeabilizado e evitar inundaes), planejamento do trfego, licenciamento rigoroso para atividades geradoras de alta demanda de veculos e assim por diante. Da mesma forma, lembrava a necessidade de uma legislao rigorosa para a expanso urbana na Grande Goinia, para a falta de cuidado com os rpidos avanos na expanso de reas sem estrutura (inclusive as margens da rodovia Braslia-So Paulo), a ausncia de polticas adequadas de transportes urbanos e de proteo de pedestres e outros temas. Doze anos passados, todos esses temas esto presentes diariamente na comunicao, sob a forma de graves problemas. No se trata de reivindicar mritos. Trata-se de mostrar como so previsveis essas questes e de como possvel evitar seu agravamento inclusive de custos para as solues. Pode-se comear pela obra na Praa do Chafariz, destinada a facilitar o trfego de veculos, tal como j se fez na Praa do Ratinho. O planejamento urbano em toda a parte j demonstrou sociedade que uma boa poltica deve dar preferncia ao transporte coletivo, no ao automvel, gerador de graves problemas em toda parte. Mas aqui optou-se pelo caminho inverso, embora o Ministrio Pblico j advertisse para a inconvenincia de iniciar uma obra dessa envergadura sem licenciamento ambiental e estudos prvios de impactos (O POPULAR, 7/5/8) para descobrir-se depois de iniciada que a drenagem de guas pluviais poderia ser um problema; que o lenol fretico era muito mais superficial que o previsto no projeto; que o local previsto para despejar a drenagem (Crrego do Areio) no a suportaria; que o deslocamento dessa descarga para o crrego Vaca Brava tambm seria problemtico, pois ali j acontecem transbordamentos nas chuvas (4/6 e 7/6). Enquanto isso, a comunicao descobre que o adensamento naquela rea foi acompanhado pela implantao de varias atividades, principalmente universidades e outras escolas, sem licenciamento prvio e sem satisfazer minimamente as necessidades que gerariam (O POPULAR, 14 e 15/5). Na seqncia, descobre-se que nem a Cmara Municipal tinha licena para obras iniciadas (15/5). Na rodovia de trfego j intenso, a ocupao descontrolada (vrias universidades, o Pao Municipal, o Centro Cultural, comrcio intenso, ao lado do Serra Dourada, do Ceasa, do acesso ao autdromo e ao Sudeste do Estado, de vrios condomnios e bairros fora os projetos do novo Legislativo e novo Judicirio) s poderia levar ao que levou: necessidade de implantar vrios viadutos, com alto custo e problemas para o trfego. S nos ltimos dias de junho aprovou-se no Legislativo municipal, depois de 20 anos de discusso, a implantao do IPTU progressivo, que aumentar o tributo em 25 setores da cidade para lotes vagos (20 mil), na tentativa de conter uma expanso desordenada na periferia da cidade, com a abertura de

loteamentos em lugares sem infra-estruturas exigncia antiga de vrias leis que no vinham sendo cumpridas. Resta ver como a nova lei ser cumprida. Tambm na Cmara aprovou-se um Estatuto do Pedestre, na tentativa de reduzir seus problemas principalmente no trnsito, j que um tero das mortes nessa rea se deve a atropelamentos (O POPULAR, 18/6). Volta-se, ento, ao problema da prioridade para o transporte individual, j que no perodo 1991/2007, enquanto a populao da cidade cresceu 34,9%, a frota de veculos aumentou 236,9%. E com isso Goinia passou a ser a cidade com maior ndice de veculos por habitante: 1,5 por pessoa, que no total chegam a 784 mil veculos, que geram uma poluio que custa, junto com acidentes, R$130 milhes por ano. Mas pretende-se continuar privilegiando o automvel. Vo ser cortadas ao meio vrias rotatrias (O POPULAR, 19/5), embora para a maior parte da populao o problema central esteja no transporte coletivo. De 1984 a 2006, o tempo de viagem dos nibus aumentou 21%, a mdia de velocidade deles caiu de 22 quilmetros por hora para 17, apesar de a frota haver aumentado de 1.160 coletivos para 1.471. E com isso o nmero de passageiros transportados em dez anos no cresceu. Ainda assim, embora os planejadores do setor calculem que custaria R$12 milhes implantar um corredor exclusivo para nibus, do Carrefour Norte ao Terminal Cruzeiro, que duplicaria a velocidade dos coletivos, no conseguem esses recursos, menos de metade do que se gastar na Praa do Chafariz. E volta-se a discutir o metr, que agora custar uma fortuna, porque foi abandonado o projeto do metr de superfcie planejado por Henrique Santillo, e que seria implantado no antigo leito da estrada de ferro, sem necessidade de desapropriaes, obras subterrneas etc. e que atenderia ao maior fluxo de passageiros (Leste-Oeste). Preferiu-se uma avenida para automveis. De quanta pacincia precisar a sociedade? Washington Novaes jornalista.

24/06 O Popular Capital tem 137 plos de trfegoLocais se transformam em gargalos no trnsito, gerando um custo de R$ 130 milhes por ano com o congestionamento Deire Assis e Almiro Marcos Levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan) de Goinia listou 137 plos geradores de trfego na capital, empreendimentos de grande porte que atraem ou produzem grande nmero de viagens, gerando impacto direto na circulao viria. Condio que provoca congestionamentos, esgotamento das vias, falta de segurana e poluio atmosfrica e sonora. Com base em clculos da Agncia Nacional de Transportes Pblicos (ANTP), Goinia gastou R$ 130 milhes em 2006 com acidentes e poluio no trnsito, dois dos itens utilizados tecnicamente para calcular os prejuzos provocados pelos congestionamentos nas grandes cidades.

O levantamento da Seplan distribuiu os plos geradores de trfego de acordo com sua funo: industrial, comercial, de servios, residenciais, servios pblicos, educao, esporte e lazer. Dos plos classificados pela Seplan, 44,52% so formados por empreendimentos de comrcio e servios, 20,44 pelos servios pblicos, 16,79% por plos de esporte e lazer. Em quarto lugar esto os estabelecimentos de ensino. Reportagens publicadas pelo POPULAR este ano mostraram que a maioria das escolas, faculdades e cursinhos do Setor Bueno, responsveis por travar o trnsito em seu entorno, no tinha alvar de funcionamento. As regies Central, Sul e Campinas, as mais adensadas e ricas da capital, concentram 70,7% dos plos geradores de trfego. Estes plos funcionam como indutores do desenvolvimento em seu entorno, demonstra o estudo da Seplan. Dois grandes shoppings da Regio Sul, por exemplo, comprovam esta tese. Sua presena atraiu o capital imobilirio, transformando suas vias de acesso em alguns dos principais gargalos da cidade. R$ 4,5 milhes De acordo com o secretrio municipal de Planejamento, Jeov de Alcntara Lopes, a classificao dos plos geradores de trfego embasa o municpio para a implementao do plano municipal de mobilidade urbana. O plano prev uma srie de intervenes virias e de transporte que pretende garantir melhora na qualidade do trnsito da capital, que hoje comporta uma frota que ultrapassa os 800 mil veculos. Dentre essas medidas, o secretrio cita o uso de uma tecnologia que permite implementar a onda verde no sistema semafrico da cidade. A prioridade, neste caso, segundo ele, so os eixos preferenciais indicados pelo Plano Diretor, como as Avenidas Gois, T-7, T-8, T-9, Anhanguera, Mutiro entre outros. Conforme Jeov, a implantao desse tipo de tecnologia, que envolve, entre outras providncias, a compra de equipamentos e a instalao de sensores nas vias e nos veculos de transporte coletivo, orada em R$ 4,5 milhes. Parte dos recursos para a implantao do sistema j est resguardada e oriundo do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano (FMDU). As obras realizadas no Eixo 85, com a construo do viaduto da Praa do Ratinho, e na Avenida T-3, com a abertura da trincheira e do viaduto no cruzamento com a Avenida 85, j fazem parte desse processo. Nesses corredores, o sistema de semaforizao deve ser implantado este ano. LEIA MAIS: Acidentes e poluio, a referncia Goinia gasta R$ 130 mi por ano no trnsito Projeo de aumento de uso individual Anlise (A passos de tartaruga) Gastos com acidentes e poluio em 2006

Goinia gasta R$ 130 mi por ano no trnsito Goinia gastou R$ 130 milhes em 2006 com poluio e acidentes de trnsito. No Brasil, as despesas passaram dos R$ 12 bilhes. Os gastos so tanto pblicos quanto particulares. Os nmeros, que fazem parte de um levantamento tcnico da Associao Nacional de Transporte Pblico (ANTP), esto relacionados diretamente com os congestionamentos e indicam o que cada goianiense sente na pele diariamente: a cidade est ficando cada vez mais lenta e motoristas e pedestres esto cada vez mais sujeitos a se acidentar nas ruas. O engenheiro Maurcio Almeida Tavares, de 47 anos, s no faz parte da estatstica da ANTP ainda porque o levantamento foi feito em 2006. Mas com certeza ele estar na prxima pesquisa, j que foi vtima de dois acidentes de trnsito nos ltimos dias. As causas? Foi uma combinao de desateno dos causadores dos acidentes e os congestionamentos cada vez mais comuns em Goinia, comenta. O primeiro acidente foi na segunda quinzena de maio, s 18 horas, na Avenida 85, no Setor Bela Vista, em frente ao campo do Gois. O trnsito estava travado. Veio um carro e bateu na traseira do meu veculo, relembra. O prejuzo foi de R$ 1 mil. No seria tudo. No ltimo dia 18, na esquina das ruas 84 e 104, Setor Sul, ele se envolveu em um engavetamento de seis veculos. O semforo fechou. Uma motorista que vinha atrs no percebeu e bateu no ltimo carro, engavetando todo mundo, conta. O carro de Maurcio era o quarto da fila. O prejuzo foi maior. Ainda no fiz a avaliao, mas acho que vai passar dos R$ 5 mil, calcula. Tempo e consumo O economista Dlio Moreira, doutor em economia dos transportes, viveu boa parte da sua vida envolvido com nmeros e o trnsito, estando frente de pesquisas sobre os assuntos na Universidade Catlica de Gois (UCG). Particularmente, ao longo dos anos observou que, enquanto aumentava o nmero de carros nas ruas, o tempo gasto para ir de casa para o trabalho tambm crescia. Resolveu calcular o que aquilo significava. De pesquisador, ele se tornou seu prprio pesquisado. Na ponta do lpis, nos ltimos trs anos, Dlio descobriu que o consumo de combustvel do seu Ford Ka aumentou 23%. O tempo gasto tambm aumentou em torno de 20%, explica o professor. O roteiro seguido todos os dias por ele no longo, vai do Jardim Gois at a Praa Universitria. Os motoristas sentem bem o que significa o aumento do nmero de carros nas ruas. Um dos pontos sentidos diretamente o aumento do tempo das viagens e dos gastos com combustvel, entende Dlio Moreira. Ele cita os desgastes com os pneus e manuteno e o tempo que cada pessoa perde parado ou com a lentido do trnsito. Dlio Moreira e Maurcio Tavares so personagens de uma histria vivenciada por quem mora ou circula por Goinia, onde mais de 130 carros so emplacados todos os dias (em mdia), segundo o Departamento de Trnsito de Gois (Detran). Mais carros nas ruas significa mais poluio, porque o carro funcionando em baixa velocidade ou parado gasta mais combustvel e emite mais poluentes. E aumentam os riscos de colises, avalia o

engenheiro especialista em trnsito Adolfo Lus Machado de Mendona, coordenador do Sistema de Informao de Mobilidade Urbana da ANTP, departamento frente da pesquisa. A pesquisa, Relatrio Geral de Mobilidade Urbana, feita todos os anos desde 2003 pela associao. So pesquisadas cidades com mais de 60 mil habitantes que representam 61% da populao brasileira. Dois itens analisados so os acidentes e a poluio gerada pelo trnsito. Os valores so calculados atravs dos gastos com sade (tratamento de acidentados e problemas respiratrios causados pela poluio, por exemplo) e despesas com a recuperao de veculos acidentados. (A.M.) Projeo de aumento de uso individual Se a situao atual j complicada as projees para o futuro so ainda mais preocupantes. Elaborado em 2006 para ser a base da licitao das linhas do transporte coletivo da regio metropolitana de Goinia, o Plano Diretor de Transporte Coletivo indicou gradativo aumento do uso do transporte individual e conseqente diminuio do uso do coletivo. Se nada for feito, como investimentos em corredores exclusivos, por exemplo, a situao vai se tornar pior, avalia o engenheiro especialista em planejamento de trnsito Arlindo Fernandes, que esteve frente do trabalho. A avaliao baseada em nmeros. Em 1984, o transporte coletivo era responsvel por 53% das viagens. J em 2000, ele caiu para 46%. Em 2006 houve nova reduo, para 41% das pessoas transportadas. Com mais veculos nas ruas (particulares e coletivos), a projeo que o trnsito fique ainda mais congestionado, levando ao aumento do tempo de viagem do transporte coletivo (entre 17% e 21%). Hoje mesmo isso j sentido. Segundo clculos do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Goinia (Setransp), enquanto em 1998 o sistema realizada em mdia dez viagens por dia, atualmente o nmero caiu para sete viagens dirias. A velocidade mdia de circulao dos nibus caiu de 22 quilmetros por hora (km/h) para cerca de 17 km/h. H dez anos eram 1.160 veculos transportando passageiros. Em 2007 o nmero passou para 1.471 nibus. Pior ainda, a frota aumentou para levar praticamente o mesmo nmero de passageiros: 19,9 milhes por ms em 98 e 19,8 milhes/ms em 2007. Para o diretor-superintendente do Setransp, Dcio Caetano Filho, o aumento da frota no suficiente para resolver os problemas do transporte coletivo e da cidade. O tempo de viagem est aumentando, argumenta. (A.M.) Acidentes e poluio, a referncia Acidentes de trnsito e poluio gerada pelos veculos. Diretamente essas so as nicas referncias que podem ser feitas do preo que o goianiense paga por ficar parado nos horrios de pico. Mais do que isso no existem dados especficos. Em 1998 a Agncia Nacional de Transportes Pblicos (ANTP), responsvel pelo relatrio sobre mobilidade urbana, fez um estudo sobre os custos diretos dos congestionamentos em dez grandes cidades brasileiras, mas a capital goiana no participou. Sabe-se que o trnsito tem impactos ambientais, psicolgicos e econmicos. Principalmente com relao a esses ltimos, faltam estudos cientficos na capital. difcil mensurar todo o prejuzo que os congestionamentos provocam na cidade. Sabemos que no pouco, pois envolvem combustveis, gastos pessoais e impacto no sistema virio, mas ainda no h

pesquisas a respeito, ressalta o professor Aristides Moyss, coordenador do mestrado em Desenvolvimento e Planejamento Territorial da Universidade Catlica de Gois (UCG). O mximo que existe hoje uma pesquisa da Superintendncia Municipal de Trnsito (SMT) sobre cinco dos pontos de maior congestionamento da capital. H seis meses o rgo vem fazendo contagens de veculos nos horrios de pico e entrepico em cinco regies com problemas de trnsito na cidade (ver quadro) e verificando como o sistema virio est se comportando. A idia usar as informaes para indicar as interferncias mais adequadas a serem executadas. Pela dimenso que o trnsito j adquiriu na capital, a SMT sabe que isso no suficiente. Sabemos que no so esses todos os pontos de lentido da cidade. O ideal seria que ns tivssemos como fazer levantamentos em todos os locais. Mas no temos estrutura ainda para isso. No temos condies para acompanhar o crescimento da frota e da cidade, avalia o diretor de engenharia da SMT, engenheiro Frederico Santana Quintanilha. Obras Dos cinco pontos, a SMT indica necessidade de obras de arte (trincheiras, viadutos ou elevados) em trs deles, os mais graves: Marginal Botafogo com Avenida Jamel Ceclio, no Setor Pedro Ludovico; Avenida Castelo Branco com Avenida Bandeirantes (GO-060), no Bairro Ipiranga; e Avenida Perimetral Norte com Avenida Anhanguera (GO-070), na Vila Morais. (A.M.) Anlise

A Passos de tartaruga No de hoje que a gente se acostumou a ouvir e a fazer reclamaes sobre o trnsito de Goinia. Tambm no de hoje que solues so discutidas e propostas colocadas na mesa. Tambm no de hoje que pouca coisa feita para tentar resolver o problema. Enquanto mais de 4 mil veculos so emplacados mensalmente na capital e passam a engrossar o caldo dos congestionamentos, o poder pblico caminha a passos de tartaruga. Qualquer um pode ver que a ao pblica no consegue acompanhar o comboio. Um exemplo: a criao de corredores exclusivos e semi-exclusivos para o transporte coletivo. Desde o incio da atual administrao municipal fala-se da necessidade de eliminar estacionamentos e criar corredores ao longo de vias como T-9 e T-7, entre outras. Falar que o trnsito piora a cada dia chover no molhado. Se o poder pblico no passar a pensar na cidade como um todo e fazer um planejamento srio de trnsito e transporte, corremos o risco de que ocorra o que os nem to pessimistas prevem: parar de vez. (A.M.)

11/06 O PopularAdutora encarece obra em 500 mil Saneago e Prefeitura s viram que rede de gua do Bueno passa no local depois do incio da obra

Carla Borges Uma obra que no fazia parte do projeto deve encarecer o valor pago pela Prefeitura de Goinia para a execuo do complexo do cruzamento das Avenidas 85, S-1 e T-63, no Setor Bueno, em mais R$ 500 mil. O valor foi apurado pelo POPULAR aps levantamento sobre os custos do material que ser empregado para a construo de uma adutora de gua tratada de 392 metros de extenso, que deve ser instalada paralela que hoje existe na 85 e em seu prolongamento, a S-1, exatamente no local que ser cortado e escavado para a construo da trincheira. S com os tubos de ferro fundido de 800 milmetros, devem ser gastos aproximadamente R$ 400 mil, j que o custo mdio de R$ 1 mil o metro. Provavelmente faremos um aditivo ao contrato firmado com a empresa vencedora da licitao (Delta Construes S.A.) para suprir o custo extra que nos surpreendeu, admitiu ontem ao POPULAR o secretrio municipal de Obras de Goinia, Alfredo Soubihe Neto. Apesar do aumento do custo da obra, o secretrio garante que o prazo para concluso, de cinco meses, no ser afetado. Alfredo Neto explica que a obra foi projetada com base em estudos iniciais, que apontaram que a adutora passaria esquerda da trincheira, no sentido Norte-Sul. S depois de iniciada a parte operacional, quando a rea foi isolada com tapumes, e os operrios comearam a trabalhar em escavaes, que os tcnicos perceberam que a adutora no passa ao lado, mas embaixo do ponto em que a pista ser rebaixada para a passagem da trincheira, que ter 4 metros de profundidade no ponto mais baixo. No foi um erro no projeto. Antes a obra no estava locada (colocada topograficamente) na rua, os estudos indicavam que ela (a adutora) passaria na lateral, confirmou o gerente de Projetos da Saneamento de Gois S.A. (Saneago), engenheiro Godard Tedesco Vieira. A adutora em questo abastece de gua tratada cerca de 350 mil moradores do Setor Bueno e da regio. Na rea em que ser construda a trincheira, entre o campo do Gois Esporte Clube, na Avenida Edmundo Pinheiro de Abreu, e o Banco Bradesco, na Avenida T-64, ser construdo o desvio da adutora. Ela vai passar pela pista lateral, no sentido Norte-Sul. Parte da rede de esgoto tambm ser retirada. Semana passada, j havia sido revelado outro problema na obra: a necessidade de um novo projeto de drenagem, que deve custar cerca de R$ 500 mil. Saneago acompanhar construo de desvio Tcnicos da Saneamento de Gois S.A., que elaborou o projeto, vo acompanhar a execuo das obras do desvio da adutora de gua que abastece o Setor Bueno. Temos uma preocupao grande com essa obra, um universo populacional considervel, justifica o gerente de Projetos da empresa, o engenheiro Godard Tedesco Vieira. Para fazer a ligao da rede atual com os novos trechos que sero construdos, a Saneago precisar interromper o sistema. Podem ocorrer falhas no fornecimento. Tedesco explica que quando a rede estiver toda pronta ser feita a interligao, nos pontos de conexo. Faremos isso noite ou na madrugada, quando o consumo menor, para evitar prejuzos populao, diz o engenheiro. Os reservatrios de gua prximos tambm devem ser cheios em sua capacidade mxima como medida preventiva. A preocupao justificada pelo tamanho da adutora de gua que abastece o Setor Bueno. Por ela passa gua a uma presso equivalente a aproximadamente 40 metros de coluna dgua. Isso quer dizer que em caso de uma perfurao na tubulao, por exemplo, a gua jorraria a uma altura de 40 metros, o equivalente a um prdio de 13 andares.

10/06 O PopularManchete ocupando a dobra superior com foto:

Obra sem data para ser reiniciadaObras do aeroporto foram paralisadas em novembro de 2006 por indcios de superfaturamento na licitao dos servios Carla de Oliveira Paralisadas h 1 ano e 7 meses por determinao do Tribunal de Contas da Unio (TCU) devido a indcios de superfaturamento na licitao, as obras de ampliao e reestruturao do Aeroporto Santa Genoveva, em Goinia, no tm data para serem retomadas. At agora, segundo estimativa do secretrio de Infra-Estrutura de Gois, Ren Pompeu de Pina, cerca de 30% da obra foi executada. Ele diz que os trabalhos podem ser reiniciados a qualquer momento, a partir de quando sero necessrios mais dois anos para a concluso. Com isso, o novo terminal s entararia em funcionamento em 2011.H perspectiva de reincio imediato,diz. Enquanto isso no ocorre, os usurios iro continuar convivendo com o desconforto, que deve aumentar com o crescimento do fluxo de passageiros. O secretrio garante que no h riscos relacionados segurana, pois a pista principal est pronta, faltando apenas a pista de taxiamento. Problemas com pousos e decolagens no haver. A situao do Aeroporto de Goinia s complica quando o terminal de So Paulo fica fechado. As atividades normais podem ser executadas por pelo menos um ano, avalia. O secretrio afirma ainda que o que est emperrando o reincio das obras no a falta de dinheiro, mas pendncias administrativas da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroporturia (Infraero) no TCU. Em maro, o governador Alcides Rodrigues e o secretrio da Fazenda, Jorcelino Braga, acertaram, em reunio com o presidente Luiz Incio Lula da Silva, em Braslia, a contrapartida de Gois nos recursos necessrios para a concluso das obras, definida em 20%. Gois participar com verba da ordem de R$ 43 milhes, a serem divididos em 12 parcelas. Segundo o titular da Seinfra, o Estado est firmando convnios com a Infraero e vai comear a repassar os recursos to logo as obras forem recomeadas. Paralisao

Quando houve a paralisao da obra, em novembro de 2006, j haviam sido gastos R$ 81 milhes dos R$ 349 milhes previstos. Em agosto de 2007, deciso do Tribunal Regional Federal da 1 Regio (TRF-1) anulou sentena que mantinha a licitao para reforma e ampliao do Aeroporto Santa Genoveva e determinou a paralisao da obra at que seja proferida deciso final em ao civil pblica, proposta em 2004 pelo Ministrio Pblico Federal (MPF). A ao, ento, voltou a tramitar, desde o incio, na Justia Federal, em Goinia, para que seja julgada novamente. A licitao para execuo das obras do Aeroporto Santa Genoveva foi vencida pelo consrcio de empresas Via Engenharia e Odebrecht. As obras foram iniciadas em maro de 2005. Desde ento, segundo a Assessoria de Comunicao da Infraero, foram executados os servios de construo do canteiro de obras, terraplenagem das pistas de taxiamento, terraplenagem do ptio de aeronaves, sistemas de drenagens, estrutura do terminal de passageiros e terraplenagem da rea de estacionamento de veculos Falta executar as obras de construo das instalaes, acabamento e cobertura do terminal de passageiros, pavimentao de ptio e pistas e construo de acesso virio. A Infraero informou que a licitao no foi suspensa e que as obras, quando retomadas, devem levar cerca de 500 dias para ficarem prontas e consumir mais R$ 200 milhes. O terminal de passageiros do aeroporto de Goinia tem capacidade para 600 mil passageiros por ano. Quando o novo terminal ficar pronto, a capacidade ser de 2,1 milhes de passageiros por ano.

CEI questiona conteno de escavao de obra no ChafarizSecretrio garante que execuo de obra segura e que medidas vo minimizar transtornos Rosane Rodrigues da Cunha Os projetos das obras de drenagem do Setor Bueno e de captao de gua pluvial nas imediaes do cruzamento das Avenidas 85 e T-63, que sero executadas, respectivamente, pelo complexo Departamento de Estradas de Rodagem do Municpio/Companhia Municipal de Pavimentao (Dermu/Compav) e pela empresa vencedora da licitao para a construo do viaduto e da trincheira na Praa do Chafariz, foram debatidos ontem na Comisso Especial de Inqurito (CEI) da Cmara Municipal. Durante cerca de duas horas e meia, os vereadores que integram a CEI que investiga a execuo de obras de impacto em Goinia questionaram e ouviram as explicaes do secretrio Municipal de Obras, Alfredo Soubihe Neto, e do presidente do Dermu/Compav, Ubirajara Abud. Eles garantiram que as duas obras vo captar cerca de 80% das guas da chuva na regio, que sua execuo totalmente segura e que todas as medidas sero adotadas para minimizar os transtornos para a populao durante os trabalhos. Mas, nem o presidente da CEI, Maurcio Beraldo, nem o vereador Elias Vaz considerou as explicaes suficientes para sanar dvidas sobre a segurana das obras, que em alguns trechos vo exigir a escavao de aproximadamente oito metros de profundidade na T-63. Elias Vaz questionou a escavao de cerca de 6,5 metros de largura por outros 6,5 de

profundidade nas imediaes da Rua T-36, prevista no projeto apresentado pelo Dermu/ Compav. Computador A obra vai ocupar mais da metade da pista, que tem nove metros de largura, disse o vereador, que questionou tambm como ser feita a conteno da escavao, um item de segurana no citado no projeto. O presidente do Dermu/Compav negou que a escavao ter as medidas apresentadas. Esses clculos foram feitos por um programa de computador e ainda sero adequadas, disse. Segundo Ubirajara e o secretrio de Obras, as escavaes tero no mximo cerca de oito metros de profundidade na Praa do Chafariz e menos de quatro metros de profundidade no trecho entre a T-36 e a Avenida T-5, at o Crrego Vaca Brava. A conteno, disse o secretrio, ser feita com estacas metlicas, que sero instaladas pela escavadeira, sem provocar rudos que possam incomodar a vizinhana. Maurcio Beraldo estranhou que os clculos apresentados no projeto entregue aos vereadores pelo Dermu/Compav no correspondam ao que ser executado. No pode haver pontos obscuros em uma obra como essa, disse o presidente da CEI. Documentos complementares, como o memorial de clculos, foram solicitados ao Dermu/Compav e Secretaria Municipal de Obras. Esses documentos e os projetos originais sero avaliados por uma comisso de tcnicos, formada por representantes do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Insituto dos Arquitetos do Brasil e outros especialistas, como um tcnico da rea de drenagem a ser indicado pela Universidade Federal de Gois (UFG). O objetivo da CEI que essa comisso apresente um relatrio sobre a viabilidade e segurana das obras e, se necessrio, elabore propostas alternativas para sanar possveis falhas e reduzir custos e transtornos para a populao. A Cmara no quer inviabilizar a obra, mas garantir o melhor para a populao, disse Maurcio Beraldo. Amanh ou quinta-feira a CEI vai realizar audincia pblica na regio para discutir as obras de drenagem na trincheira da Praa do Chafariz e nas ruas prximas. O impacto do despejo da gua no Crrego Vaca Brava tambm deve ser avaliado. Na sexta-feira, s 9 horas, a CEI volta a se reunir na Cmara Municipal para discutir o assunto. Rede de drenagem ser ampliada O secretrio Municipal de Obras, Alfredo Soubihe Neto, explicou que a obra de drenagem nas imediaes do cruzamento das Avenidas 85 e T-63 j est prevista no projeto de construo da trincheira e viaduto na Praa do Chafariz e ser executada pela empresa vencedora da licitao. Os trabalhos de escavao no local para a implantao das galerias devem comear nos prximos dias. Paralelamente execuo das obras na Praa do Chafariz, a Prefeitura vai ampliar a rede de drenagem no Setor Bueno para tentar eliminar os problemas de alagamento que atingem o bairro a cada chuva. A execuo desse projeto, que ficar a cargo do complexo Departamento de Estradas de Rodagem do Municpio/Companhia Municipal de Pavimentao (Dermu/Compav), exigiu uma pequena alterao no projeto licitado. Segundo o presidente do Dermu/Compav, Ubirajara Abud, um trecho da galeria que seria feito na T-63 passar agora pela T-37 at a T-25. Dali para frente, at o Crrego Vaca Brava, o trabalho ser executado pelo Dermu/Compav. A mudana no projeto licitado, de

acordo com Ubirajara Abud, no vai alterar o custo da obra orada em cerca de R$ 18 milhes. Cu aberto A obra a cargo do Dermu/Compav deve ter incio em julho e ser concluda at 15 de outubro, quando tambm devem ser entregues as obras no cruzamento da T-63 e 85. Orada em cerca de R$ 500 mil, a obra vai canalizar para o Vaca Brava a maior parte da gua da chuva que hoje j escoada a cu aberto para o crrego. A nova galeria vai passar pelas Ruas T-36, T-37, acima da Praa da T-25, descer a T-61 e chegar Avenida T-5, de onde se estender at o ponto de captao no Crrego Vaca Brava. O projeto, segundo Alfredo Neto, faz parte do trabalho de rotina do Dermu/Compav. Os trabalhos vo comear pelas margens do Vaca Brava, seguindo rumo T-63. Em alguns pontos, a profundidade da escavao ser de cerca de quatro metros, medida que ser reduzida de acordo com a inclinao do terreno. O Dermu/Compav quer abrir e cobrir cada trecho para passar a rede no mesmo dia. Para reduzir os transtornos para a populao, disse o presidente. (RRC)

Trabalho adiantado em 7 dias, diz construtora

Carla Borges A obra da Praa do Chafariz, onde esto sendo construdos um viaduto e uma trincheira, est adiantada em sete dias em relao ao cronograma inicial. A informao do diretor na Regio Centro-Oeste da empresa Delta Construes S.A., Cludio Abreu, que venceu a concorrncia pblica para execut-la. A construo foi iniciada h 22 dias e 80 pessoas, entre pedreiros, serventes, carpinteiros e outros, esto trabalhando no local. S engenheiros so quatro, para as reas de produo, planejamento e qualidade, alm do chamado lder do contrato. Os 12 pilares de sustentao do viaduto esto praticamente prontos. Os operrios agora esto trabalhando na confeco das formas para a construo das travessas. Os trabalhos esto bem adiantados, afirmou Abreu ao POPULAR. Em relao trincheira nas Avenidas 85 e S-1, onde haver rebaixamento da pista semelhante ao que foi feito na Praa do Ratinho , foi iniciada a escavao superficial. A construtora depende da retirada de cabos e fios pelas concessionrias de servios como telefonia, internet e TV a cabo. Como isso envolve corte de caladas e de pavimento, os servios esto sendo feitos mais nos finais de semana, explicou o engenheiro. S depois da retirada de todos os cabos pelas concessionrias a construtora iniciar a escavao mais profunda para a construo da trincheira. Todo o pavimento das Avenidas 85 e S-1 no local da trincheira j foi removido. Assim que as concessionrias terminarem a remoo, temos condies de iniciar a escavao e seguir normalmente com a obra, esclareceu Abreu. A prxima etapa deve ser a fundao das cortinas de conteno da trincheira. A previso de que a obra, orada em R$ 18,1 milhes, seja concluda em cinco meses. Faremos o possvel para antecip-la, reafirmou o diretor da Delta ontem, lembrando que o Setor Bueno um dos bairros mais adensados da capital. Temos total tranqilidade quanto ao cumprimento do cronograma, uma obra para ser entregue rapidamente. De acordo com o diretor, todo o material que ser usado no complexo arquitetnico da Praa do Chafariz j foi adquirido. J devemos ter feito um aporte de aproximadamente R$ 10 milhes em compras e pagamentos programados a fornecedores, informou, lembrando que a obra est sendo auditada.

Dirio da Manh Galeria de tamanho diferenteDe acordo com o verador Elias Vaz, o projeto entregue CEI diz que ser construda galeria de 6,53 metros de largura por 6,55 metros de profundidade, o que traria grandes transtornos aos moradores das oito ruas por onde sero feitas as intervenes e para todos que precisam transitar pela regio. Salientou, ainda, as contradies e questionamentos sem resposta durante a reunio. Outros nmeros foram apresentados pelo Dermu/Compav. O secretrio de Obras disse que as escavaes tero apenas dois metros de largura e no seis e meio como est no projeto que foi entregue CEI. Como vamos confiar? Ele disse ainda que o que est no projeto no o que ser feito. Ns queremos saber o que ser feito, alega. Segundo o vereador, o secretrio no respondeu a alguns questionamentos feitos pelos vereadores, o que no deixou a comisso satisfeita. O presidente do Dermu salientou que nem sempre durante a execuo de obra ser obedecido o que est no projeto, e que as informaes no foram bem assimiladas pela Comisso. O computador no registra os dados como sero colocados em prtica. Se a escavao for possvel ser feita, se no, ser feito um

escoamento. De acordo com Alfredo, o lenol fretico utilizado na obra mais baixo, e as perfuraes que sero feitas no vo prejudicar a bacia dos crregos prximo regio, entre eles o Crrego Vaca Brava. No ser necessria nenhuma adaptao. Essa denncia que no tem nome e nem telefone no merece crdito, afirmou.

Lei teria sido descumpridaO vereador Maurcio Beraldo disse que a obra do viaduto descumpriu a Lei n 10.257, de impacto na vizinhana, que diz que antes da realizao de uma obra em determinado local devem ser realizadas audincias pblicas com moradores e empresrios da regio. Outra lei, de acordo com o vereador, que foi descumprida foi a 169, que visa a construo de uma ciclovia nas imediaes do viaduto: As explicaes feitas aqui no me convenceram, muitas perguntas no foram respondidas. O prprio prefeito disse que o projeto foi alterado. Ento, eles esto mentindo? O presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o arquiteto Luiz Antnio Mendona, explicou que para uma escavao de apenas dois metros de largura fica invivel o trabalho de execuo da obra da galeria, j que complica a descida do profissional, por questo de espao. Segundo o arquiteto, com a perfurao de 6,5 metros de largura, o trabalho pode ser feito, mas o grande problema seria o trnsito no local e o acesso dos veculos de moradores das ruas por onde a galeria passar. A pista de rolamento (asfalto) tem cerca de sete metros, se perfurarem seis metros e meio para realizar a obra, o que sobra para o trfego de moradores? O impacto no trnsito ser o maior problema, garante. Afirmou, ainda, que caso no haja qualquer rompimento de tubulao durante a escavao, a obra no traz riscos para a estrutura dos prdios, j que estes foram construdos com recuo de aproximadamente quatro metros. Luiz disse que outra falha identificada no projeto a inclinao, que, segundo ele, precisa ser de, no mnimo, 2%, e que no projeto consta como 0,3%. A obra precisa ser parada e repensada. Existem outras solues baratas e simples para serem seguidas. Se no for feito isso, o acidente que aconteceu nas obras do metr de So Paulo pode acontecer aqui.

Comisso pretende realizar audincia pblicaA Comisso Especial de Inqurito investiga o caso desde semana passada, aps denncia annima entregue aos membros da CEI, alegando que haveria irregularidades no projeto inicial da obra, especialmente na execuo da trincheira do viaduto e no projeto de drenagem do viaduto. A reunio realizada na Cmara Municipal ter continuao na prxima quarta-feira, 11, e uma audincia pblica deve ser marcada ainda para esta semana. Os vereadores solicitaram mais documentos para tentar elucidar dvidas que no foram esclarecidas na reunio de ontem. Maurcio Beraldo convocou 19 instituies para realizar durante esta semana uma anlise tcnica do projeto do viaduto e da trincheira. Ele disse que a posio final da CEI ser avaliada nesse estudo, que ter a participao de tcnicos

da Universidade Federal de Gois (UFG) e da Universidade Catlica de Gois (UCG).

HojeEdio: 654 Data:10/06/2008

lenol no atrapalha obrasDaiane Nunes Aps mais de trs horas de explicaes, o secretrio municipal de Obras, Alfredo Soubihe Neto, e o presidente interino do Dermu/Compav, Ubirajara Abud, no conseguiram convencer os vereadores sobre a segurana das obras do viaduto e da trincheira na Praa do Chafariz, no cruzamento das Avenidas 85 e T-63, no Setor Bueno. Os vereadores da Comisso Especial de Inqurito (CEI) que apura o funcionamento irregular de escolas e faculdades particulares em Goinia ouviram detalhes do projeto, mas no ficaram satisfeitos, por consider-los muito tcnicos. O secretrio Alfredo Soubihe explicou que a canalizao de guas pluviais e do lenol fretico que est aflorando durante as escavaes ser feita para o Crrego do Vaca Brava. Ele argumentou que todos os cuidados foram adotados para no prejudicar o lenol fretico e que o escoamento no trar risco populao. Foram feitas vrias sondagens tcnicas. No incio do ms de maio, encontramos gua a 8,45 metros e no temos nenhum bloco abaixo disso. Se fosse esse o problema, no poderia ser construdo nenhum prdio na regio, ressaltou Alfredo Neto. Segundo o secretrio, parte da rede de drenagem ser realizada pela construtora que venceu a licitao para executar a obra. O restante ficar a cargo da prpria Prefeitura, por meio do Dermu/Compav. O presidente interino do Dermu/Compav disse que o cronograma prev concluir o trabalho de drenagem at 15 de outubro. Ubirajara Abud tambm ressaltou que a obra inclui a construo de um bueiro na Avenida T-9 para ajudar na vazo das guas pluviais e de lenol fretico, diminuindo a possibilidade de alagamentos em pontos crticos das vias T-36, T-37, T-38, T-4, T-5 e T-61. Durante as explicaes, o presidente da CEI, Maurcio Beraldo (PSDB), lembrou que a regio j enfrenta srios problemas de drenagem e disse que estudos tcnicos apontam para a inviabilidade de escoamento desse grande volume de gua para o Crrego Vaca Brava, porque ele estaria saturado com o volume j recebido. Apesar da observao, o secretrio de Obras, Alfredo Neto, reafirmou que a gua ser escoada para o Crrego Vaca Brava. No h problema com o projeto. Ocorre que a Prefeitura aproveitou para consertar o problema de drenagem do Setor Bueno, j que no aumentaria o cronograma da obra nem o preo. Por isso, vamos levar as guas pluviais para o Vaca Brava, frisou. Diante da situao, os integrantes da CEI decidiram realizar uma audincia pblica, ainda esta semana, para ouvir opinio dos moradores das imediaes da Praa do Chafariz e

tambm representantes de segmentos diretamente interessados na questo, como Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, Universidades e outros tcnicos. A prxima reunio da CEI est marcada para sexta-feira, s 9 horas da manh.

07/06 Prefeitura apresenta projeto de drenagem do viaduto da T-63gua da chuva ser levada para Crrego Vaca Brava, no Setor Bueno. Bueiro da Avenida T-9 j foi licitado e ser feito em julho Carla Borges O secretrio de Obras de Goinia, Alfredo Soubihe Neto, apresentou ontem aos vereadores da Comisso de Obras da Cmara Municipal de Goinia o projeto de drenagem do Setor Bueno. A gua das chuvas que ser captada na trincheira da Avenida 85, no cruzamento com a Avenida T-63, onde esto sendo construdos tambm um viaduto e uma passagem de nvel, ser lanada no Crrego Vaca Brava. Segundo o secretrio, faltam detalhes oramentrios para concluir o projeto. Ele negou problemas com a obra e eventuais riscos durante a execuo do servio de drenagem. A drenagem superficial um presente do prefeito (Iris Rezende) para os moradores do Setor Bueno. Decidimos faz-la no por falhas no projeto, mas para resolver o problema dos moradores daquele bairro, que foi asfaltado sem a devida rede de drenagem, disse o secretrio. No haver mais alagamento no Setor Bueno, garantiu. Para tanto, a Prefeitura vai construir parte da rede complementar, que no consta do projeto licitado, que est sendo executado pela Delta Construes S.A. Essa rede complementar ao projeto, orada em cerca de R$ 500 mil, ser executada diretamente pelo complexo Departamento de Estradas de Rodagem do Municpio/Companhia de Pavimentao de Goinia (Dermu/ Compav). Outra medida para a soluo do problema de drenagem do Setor Bueno ser a construo de um bueiro celular duplo no Crrego Vaca Brava, na Avenida T-9, prximo ao Clube Osis, ponto em que o crrego transborda durante chuvas fortes, arrastando carros e provocando prejuzos ao clube. De acordo com a assessoria do prefeito, a obra do bueiro ser realizada em julho, no perodo de frias escolares, pois haver necessidade de interdio da Avenida T-9 nos trechos prximos ao Crrego Vaca Brava. O secretrio apresentou aos vereadores o projeto de canalizao das guas pluviais. Segundo ele, o desnvel do terreno ser suficiente para lanar a gua coletada na rede j existente prxima ao lago do Parque Vaca Brava. O desnvel necessrio entre a Praa do Chafariz e a Avenida T-5, onde a gua captada ser despejada, de 28 metros. Presente reunio, o presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) em Gois, questionou a viabilidade do projeto. Essa rede (que, segundo a Prefeitura j existe) est desenhada, mas ainda no uma realidade, afirmou. A interveno do presidente do IAB irritou o secretrio de Obras, que apressou a visita ao canteiro da obra (a reunio era na sede da empresa Delta, vizinha antiga Praa do Chafariz). No local das obras, depois de gravar entrevista para emissoras de TV, Alfredo

Neto ficou visivelmente nervoso quando percebeu que Luiz Mendona tambm estava sendo entrevistado e foi contido pelo vereador Antnio Ucha (PR), que participava da vistoria. Luiz Mendona disse ao POPULAR que a explanao do secretrio foi somente em relao execuo da obra. Os questionamentos que temos, que so anteriores, permanecem. Jogar a gua no Vaca Brava a pior soluo, sustentou o arquiteto. O presidente da Comisso da Obras, Virmondes Cruvinel Filho, destacou que os parlamentares cumpriram sua obrigao legal de fiscalizar a obra realizada pela Prefeitura.

Dirio da Manh Vereadores visitam obrasCristiane Lima, Da editoria de Cidades Durante visita da comitiva de vereadores ao canteiro de obras do viaduto que est sendo construdo no cruzamento entre as avenidas 85 e T-63, o secretrio de Obras do municpio, Alfredo Soubihe Neto, apresentou projeto de drenagem da regio, contrariando denncias veiculadas no incio desta semana. Na apresentao do material, a vereadora Marina SantAnna endossada pelos demais vereadores que estiveram no local e o secretrio de obras trocaram algumas farpas. O secretrio criticou o recebimento e o crdito dado denncia de que a obra da trincheira estaria sendo realizada sem projeto de drenagem. Do outro lado, Marina SantAnna disse que papel da Cmara de vereadores receber e investigar denncias. O clima esquentou por alguns instantes, mas foi logo amenizado pelo secretrio, que pediu desculpas e disse ter sido mal interpretado. Acredito que, se a denncia fosse sria, deveria ter uma assinatura de algum habilitado para tal. A visita foi articulada pelo vereador Virmondes Cruvinel, presidente da Comisso de Obras da Cmara Municipal, que permanente, diferente da Comisso Especial de Inqurito (CEI), que tem prazo para concluso dos trabalhos. Ao chegar ao local, Virmondes disse ter como objetivo a busca de informaes sobre a interveno. A visita tem carter especificamente tcnico, declarou. Para tanto, os vereadores convidaram representantes de diversas entidades ligadas ao tema, como a Agncia Municipal de Meio Ambiente (Amma), Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Departamento de Estradas de Rodagem do Municpio/Companhia Municipal de Pavimentao (Dermu-Compav), faculdades, entre outros. O secretrio disse ter aceitado o convite puramente pelo carter tcnico. Estou aqui para tirar quaisquer dvidas sobre essa obra, que est seguindo o cronograma previsto e a todo vapor, ressaltou o secretrio. Com o apoio de plantas e relatrios, o secretrio mostrou estudos que mostram o lenol fretico existente abaixo da obra, comeando a aparecer a partir dos 8,45m de profundidade. Segundo ele, as escavaes para a trincheira chegaro, no mximo, a 6,20m. Sobre as dvidas com relao drenagem do local, Alfredo disse que durante a elaborao do viaduto, foi criado um projeto paralelo para amenizar os problemas de inundao da regio.

O projeto elaborado paralelamente visa a escoar a gua das chuvas para dutos subterrneos at o Crrego Vaca Brava. Outra obra que est sendo realizada pela prefeitura vai, segundo o secretrio, acabar com o problema de alagamento em perodos de chuva na Avenida T-9, na baixada do Clube Osis. Ali, faremos uma interveno que permita o escoamento progressivo da gua sem que haja alagamentos, garante.

CEI marca nova reunioA Comisso Especial de Inquritos (CEI) que investiga obras causadoras de grande impacto em Goinia se rene novamente na segunda-feira. Presidida pelo vereador Maurcio Beraldo (foto), o encontro vai contar com a presena de tcnicos e engenheiros, que discutiro os projetos da obra. Beraldo criticou a ausncia do secretrio de obras e do presidente do Dermu-Compav, Ubirajara Abbud, na ltima reunio da comisso. Com presenas dos dois confirmadas, o vereador espera ter as dvidas esclarecidas. Alfredo Neto diz que, nesse encontro, tratar de assuntos menos tcnicos, j que na visita de ontem fez todas as explicaes das trs obras.

06/06/08 O Popular Opinio Improviso oficializadoJos Antnio T. e Silva ainda com certa surpresa que constato a triste realidade: a improvisao parte da vida do brasileiro. Isso se justifica, certamente, pelo prprio jeitinho brasileiro, chaga cotidiana que se atribui o poder de tudo resolver, pouco importando os meios para tanto. Mas h situaes que no o admitem de forma alguma. Uma delas est no planejamento urbano, cujos objetivos so claros: planeja-se projetando os efeitos de aes presentes no futuro, com vistas a corrigir e/ou prevenir problemas. O planejamento urbano, que deve abranger a integralidade do territrio do municpio, est previsto como elemento fundamental das aes pblicas em matria de poltica urbana. Tal pode ser notado no Estatuto da Cidade, cujas linhas principais foram devidamente integradas no Plano Diretor de Goinia. No se fala em qualquer tipo de planejamento, mas de um planejamento integrado, que contribua para afirmar o equilbrio entre as funes da cidade e aquelas do meio natural que a abriga e que a circunda. Enfim, o equilbrio entre funes sociais, ambientais, econmicas, culturais... da cidade. O bem-estar dos habitantes depende desse equilbrio, que se afirma no direito s cidades sustentveis, e que se completa com o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, tal como previsto pelo texto constitucional de 1988. Planejar o desenvolvimento espacial, social, econmico de uma cidade naturalmente necessrio. Essa constatao independe de lei para ser tida como vlida. Os destinos de uma vila, de um distrito, de uma cidadezinha ou de uma metrpole, assim como os de seus habitantes, no podem ser fruto de um laissez faire, laissez aller, laissez passer do mercado imobilirio e/ou de tendncias polticas, mas so ou pelo menos deveriam ser fruto de

constante planejamento e controle por parte do poder pblico municipal. Planejamento que exige observao, conhecimento, consultas pblicas, aes proativas e prospeco. Um passeio rpido por Goinia recomendo o uso do programa Google Earth, tendo em vista o caos de nosso trnsito far saltar aos olhos a falta de planejamento dessa cidade: so vrios os pontos onde h ocupao de reas pblicas e de reas de risco; onde h setores adjacentes cujas ruas e avenidas no se alinham; onde se ocupam reas de preservao permanente; onde h flagrante degradao ambiental (sobretudo dos cursos dgua); e, onde se nota uma extenso desmesurada do tecido urbano, que contrasta com a enorme quantidade de terrenos vazios em zonas j urbanizadas. Esses so alguns dos elementos que denunciam a falta de planejamento da capital de Gois, cidade que tem hoje mais de 1 milho de habitantes e que, por fora do Estatuto da Cidade, tem um plano diretor que prev, ainda que tardiamente, o direito s cidades sustentveis, a democracia participativa para a gesto urbana, entre outros elementos. Pois bem, mesmo diante das normas que regem a poltica urbana, de um lado, e dos problemas que acometem a gesto urbana da capital, de outro lado, o poder pblico municipal, que deveria ser o garantidor do cumprimento das normas de urbanismo, desrespeita-as monumentalmente na construo da obra atualmente em curso, na conjugao das Avenidas 85 e T-63. No houve previamente nem licenciamento nem estudos de impacto ambiental ou de vizinhana, nem consulta pblica, tampouco estudos mais aprofundados sobre o terreno que abrigar a obra: descobre-se, somente agora, que h um lenol fretico bastante raso no local, descoberta que leva a construtora responsvel pela obra a declarar, minimizando o problema, que j construiu at usina siderrgica sobre um manancial! Em pleno sculo 21 uma empresa se gabar de contribuir para a degradao ambiental algo incompreensvel e ajuda a reforar o que penso: que essa obra se assemelha ao famoso puxadinho que se faz num barraco, pois apresenta claros indcios da improvisao, to caracterstica do brasileiro em geral. Pergunta-se: com que fim se faz tudo isso? Espero que a motivao dessa obra resida integralmente no interesse pblico e, sobretudo, que a considerao de seus problemas que chegaram a ser classificados de bobagem poltica por um alto funcionrio da prefeitura seja efetiva. Que ela no fira o direito de todos os goianienses de viver em uma cidade sustentvel, condio que Goinia, diante da realidade dos fatos, est longe de alcanar. Jos Antnio Tietzmann e Silva doutor nos direitos ambiental, de ordenamento territorial e urbanstico, pela Universidade de Limoges (Frana), professor da UCG e UFG

05/06/08 HojeEdio: 650 Data:05/06/2008

Secretrios faltam convocao de CEILiana Aguiar Duas ausncias foram bastante criticadas na tarde de ontem, na Cmara Municipal de Goinia. O secretrio municipal de Obras, Alfredo Soubihe Neto, e o presidente interino do Departamento de Estradas de Rodagem do Municpio/Companhia de Pavimentao de Goinia (Dermu/Compav), Ubirajara Alves Arruda, no compareceram reunio marcada pela Comisso Especial de Inqurito (CEI), que investiga denncias contra as obras do viaduto da Praa do Chafariz. O presidente da CEI, vereador Maurcio Beraldo, lamentou o no-comparecimento dos agentes pblicos, que sero novamente convocados para prestar esclarecimentos Casa. Foi uma atitude infeliz, que no coaduna com o Plano Diretor de Goinia. Essa fuga nos leva a pensar que esto tendo dificuldades em elaborar ou complementar o projeto, avaliou Maurcio Beraldo. A Cmara dos Vereadores recebeu um relatrio tcnico que denuncia irregularidades no projeto de drenagem da obra j iniciada na Praa do Chafariz, no cruzamento das avenidas T-63, 85 e S-1. A Casa iniciou as investigaes depois que recebeu a denncia annima de um tcnico da Prefeitura. O relatrio aponta que o problema estaria na trincheira da Avenida 85, sem um projeto vivel de drenagem. O tcnico alega que as bacias do Areio e do Vaca Brava esto saturadas e, portanto, no poderiam receber guas pluviais e de lenol fretico. Para executar a trincheira, diz o texto, seria necessrio perfurar 7 metros, mas em 5 metros j se atingiu o lenol fretico. O relatrio alerta que esses problemas poderiam provocar desmoronamentos e colocar em risco a estrutura de prdios. O secretrio enviou um ofcio para a comisso, onde informava a impossibilidade de comparecimento reunio de ontem. O presidente da Dermu/Compav tambm enviou comunicado que no poderia comparecer. Lamentamos essa posio. Era a oportunidade que os tcnicos tinham de esclarecer o projeto para esta Casa e para a sociedade, disse o vereador Elias Vaz. A promotora de justia Marta Moriya Loyola, que atua na rea de Meio Ambiente, informou que o secretrio de Obras a procurou para agendar uma reunio no Ministrio Pblico, na segunda-feira, 9. Anteontem, a promotora solicitou a Alfredo Neto encaminhamento do projeto de drenagem em carter de urgncia. Os vereadores confirmaram a participao de tcnicos das universidades Federal e Catlica de Gois para analisar a viabilidade do projeto do viaduto. A comisso ir convocar o secretrio de Obras e o presidente da Dermu/Compav para nova reunio tambm na prxima segunda-feira, 9. Os vereadores iro convidar representantes da Saneago, e vo pedir Prefeitura os valores atualizados da obra e possveis aditivos decorrentes das intervenes. Os vereadores iro agendar uma audincia pblica a ser realizada na regio da Praa do Chafariz. Devem ser ouvidos ainda o engenheiro da Delta Construes S.A, responsvel pela obra, e entidades como Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e Instituto de Arquitetos do Brasil (ITA). At o fechamento desta edio, o secretrio de Obras no foi encontrado pela reportagem.

IRIS CRITICA SENSACIONALISMO Os questionamentos levantados em torno da construo do viaduto e de uma trincheira na Avenida T-63, na Praa do Chafariz, so uma forma de confundir a opinio pblica, disse ontem o prefeito Iris Rezende (PMDB) na abertura do 7 Congresso Goiano de Direito Administrativo, no Centro de Cultura e Convenes. Diante do que considera explorao sensacionalista em torno da obra, o prefeito minimizou os efeitos da alterao no projeto inicial, para o escoamento e drenagem da gua pluvial e do lenol fretico no local. Foi um problema de menor importncia, assegurou, explicando que o projeto previa o escoamento da gua da chuva da praa, mas que foi descoberta a inexistncia da rede de esgoto. Ento, ns simplesmente aumentamos a dimenso da tubulao do esgoto. De acordo com o prefeito, o problema havia sido detectado antes mesmo da denncia annima de um tcnico Comisso de Especial de Inqurito (CEI) da Cmara de Goinia, que investiga empreendimentos causadores de grande impacto. Resolvemos a questo sem muita delonga, de forma que a empresa faz a obrigao dela, o que est no contrato, e a prefeitura arca com o nus restante. So coisas que surgem na administrao pblica toda hora. Iris Rezende afirmou que, de acordo com os dados levantados, o lenol fretico est a 13 metros da superfcie. Qualquer outra informao sensacionalismo, reagiu. Ele considera positivo o fato de a comunidade acompanhar a realizao de obras da Prefeitura, mas que dar tamanha dimenso a um problema que no existe extrapolar, procurar confundir a opinio pblica. Transparncia Ao assegurar que h transparncia nos atos da Prefeitura, Iris reafirmou que a obra da T-63 com a Avenida S-1, no Setor Bueno, no sofrer atraso e ser entregue populao no prazo previsto. Na construo do viaduto da Praa do Ratinho levantaram questes semelhantes. No final, fomos aplaudidos pela opinio pblica. A obra da T-63 maior que as intervenes executadas na Praa Latif Sebba. L se resolveu 50% do problema. Na T-63 com certeza vamos resolver 100%. Depois do depoimento do secretrio municipal de Obras, Alfredo Soubihe Neto, a CEI pretende ouvir o engenheiro responsvel pela obra, da Delta Construtora S.A. (Venceslau Pimentel)

O Popular VIADUTO DA T-63 Plano Ambiental superficial, diz MPCarla Borges

O Plano de Gesto Ambiental (PGA) apresentado pela Secretaria Municipal de Obras para obteno da licena ambiental da obra do complexo arquitetnico da Praa do Chafariz, no cruzamento das Avenidas 85, T-63 e S-1, no Setor Bueno, tem 49 pginas. A parte do estudo dedicada drenagem de guas das chuvas, que est sendo questionada por especialistas e pode complicar a obra, ocupa 11 linhas do documento, ao qual O POPULAR teve acesso ontem na Agncia Municipal de Meio Ambiente (Amma), que expediu a licena no dia 12 do ms passado. Ela fala em recuperao e aproveitamento de sistemas j existentes e na construo de outros, mas no especifica locais nem mensura essas obras. Para a promotora Marta Moriya Loyola, da rea de Urbanismo, que est investigando a denncia de problemas com a drenagem da obra composta por um viaduto, uma trincheira e uma passagem de nvel , o PGA insuficiente e superficial. surpreendente que em uma obra desse tamanho as questes de drenagem e sondagem tenham sido programadas sem um projeto. Se for s isso (PGA), insuficiente e vamos tomar providncias. Estamos estudando o que pode ser feito, inclusive judicialmente, prometeu a promotora. A licena ambiental foi feita com base no PGA e no Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV), ambos realizados no ms de maio, poucos dias antes do incio das obras. O presidente da Amma, Clarismino Jnior, explicou que no havia necessidade de Estudo de Impacto Ambiental/Relatrio de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/Rima), pedido geralmente em obras maiores. Isso seria para hidreltrica, rodovia, ferrovia. Para o viaduto, o PGA suficiente, informou. O prefeito Iris Rezende voltou a falar ontem sobre a obra da Praa do Chafariz. Ele disse que o problema havia sido detectado dias atrs, antes de ser denunciado Comisso Especial de Inqurito (CEI) da Cmara Municipal que investiga irregularidades no funcionamento de escolas particulares e obras de grande impacto. Resolvemos a questo sem muita delongas, de forma que a empresa faz a obrigao dela, o que est no contrato, e a prefeitura arca com o nus restante. So coisas que surgem na administrao pblica toda hora, disse o prefeito. O secretrio de Obras, Alfredo Soubihe Neto, e o presidente do complexo Departamento de Estradas de Rodagem/Companhia de Pavimentao de Goinia (Dermu/Compav), Ubirajara Abud, no compareceram ontem sesso da CEI para a qual haviam sido convocados para dar explicaes. Alfredo Neto tambm no enviou os estudos de drenagem solicitados pelos vereadores e se disps a comparecer na prxima semana.

Dirio da Manh Secretrio e presidente faltam reunio da CEICristiane Lima Nem o secretrio de Obras do municpio, nem o presidente do Dermu/Compav. Nenhum dos dois compareceu reunio da Comisso Especial de Inqurito da Cmara dos Vereadores que investiga, entre outras coisas, as obras do viaduto que est sendo construdo no cruzamento entre as avenidas 85 e T-63. Ambos alegaram ausncia por compromissos inadiveis. Presidente do Dermu/Compav, Ubirajara Abbud estava no Ministrio Pblico assinando documento de ajustamento de conduta sobre a eroso que acontece no

condomnio Priv dos Girassis. J o secretrio de Obras, Alfredo Neto, estava cuidando de assuntos da pasta. Durante a reunio da CEI, que contou com a presena de cinco vereadores, foi definido que ser feito novo convite aos dois para que compaream Cmara para dar explicaes sobre o projeto de drenagem. A reunio deve acontecer na sala das comisses da Cmara na segunda-feira, a partir das 9 horas. At l, o vereador Elias Vaz, membro da comisso, planeja montar equipe tcnica para acompanhar a obra. Lamento o no comparecimento dos dois. O que nos parece que eles no tinham o projeto e queriam ganhar tempo para elabor-lo ou modific-lo. O prefeito Iris Rezende voltou a declarar ontem que as obras do viaduto continuam a todo vapor. O que se fez um projeto para escoar a gua da chuva da praa, que tem uma dimenso de 10 mil metros quadrados. Na execuo das obras, descobriu-se que uma rea no possua rede de esgoto pluvial, fizeram asfalto e essa gua cai na praa. Ento, ns aumentamos a dimenso da tubulao do esgoto.

04/06 O Popular Iris diz que drenagem no atrasa obra de viaduto nem um diaPrefeito diz que cronograma ser mantido e descarta possibilidade de erro no projeto do viaduto. Ministrio Pblico e Cmara Municipal investigam problemas Carla Borges O prefeito Iris Rezende disse ontem que o problema da drenagem da gua da chuva e do lenol fretico no Setor Bueno no vai atrasar em nem um dia o cronograma de construo do complexo arquitetnico na Praa do Chafariz, no cruzamento das Avenidas 85, T-63 e S-1. Em entrevista ontem de manh, o prefeito descartou a possibilidade de falha de engenharia no projeto da obra, que inclui um viaduto, uma trincheira e uma passagem de nvel no cruzamento, um dos mais movimentados da capital. uma coisa muito pequena para um projeto dessa dimenso, disse. Um relatrio encaminhado Cmara Municipal de Goinia aponta srios problemas de escoamento da gua da chuva que, segundo a Secretaria Municipal de Obras, deve ser drenada para o lago do Crrego Vaca Brava. Inicialmente, o projeto previa o lanamento no Crrego Areio, mas, como a prpria Prefeitura reconhece, essa alternativa mostrou-se invivel e o projeto est sendo alterado. Os riscos apontados no relatrio, inclusive para os prdios vizinhos, durante a escavao para construir a rede de guas pluviais, so endossados por especialistas, como o presidente do seccional goiana do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Luiz Mendona. Iris Rezende garantiu que a Prefeitura est apenas redimensionando o projeto, para corrigir erros do passado, quando da construo do Setor Bueno, que no foi dotado de um eficiente sistema de drenagem das guas das chuvas.

Depois de feita a concorrncia, constatou-se que parte do setor (Bueno) no foi servida de sistema de esgoto pluvial e a gua da chuva corre pelas ruas, disse o prefeito. Em vez de fazer uma galeria com dimenso menor, faremos uma maior. Em vez de jogar a gua em uma nascente, vamos jogar na outra, onde a tubulao maior, disse. O prefeito estimou entre R$ 400 mil e R$ 500 mil o gasto que a Prefeitura de Goinia deve ter com a alterao no projeto. Ele lembrou que a empresa vencedora da concorrncia, a Delta Construes S.A., est obrigada pelo contrato a construir em torno de 600 a 700 metros de rede de esgoto pluvial (das chuvas). A Prefeitura far o excedente, confirmou. As obras devem ser feitas pelo complexo Departamento de Estradas de Rodagem do Municpio/Companhia de Pavimentao de Goinia (Dermu/Compav). De acordo com o secretrio de Obras, Alfredo Soubihe Neto, o projeto de drenagem est sendo concludo. O presidente da Agncia Municipal de Meio Ambiente (Amma), Clarismino Luiz Pereira Jnior, afirmou que se houver alterao no projeto, ele deve ser remetido novamente Amma, porque precisar de novo licenciamento ambiental. O rgo ambiental no abrir mo de novas exigncias e outros estudos, caso sejam necessrios, destacou. Em nota oficial, a Amma falou que pode haver at mesmo a revogao da licena, em caso extremo, mas ressaltou que toda a documentao apresentada est em conformidade com os critrios tcnicos necessrios para a liberao do empreendimento. O presidente do IAB em Gois, Luiz Mendona, reafirmou ontem que o desnvel da Praa do Chafariz pequeno tanto em relao ao Crrego Vaca Brava como ao Areio. Com a profundidade projetada pela trincheira, na poca da chuva, a gua empoada no Campo do Gois voltar toda para o leito da trincheira, analisa. O mais vivel seria elevar um pouco o fundo da trincheira e levar a gua para o Crrego Areio, sugere.

Ministrio Pblico far percia na construoA promotora de justia Marta Moriya Loyola, em substituio na Promotoria de Urbanismo do Ministrio Pblico Estadual (MP), determinou ontem a realizao de uma percia tcnica no projeto e na obra do complexo arquitetnico que est sendo construdo pela Prefeitura de Goinia na Praa do Chafariz. O estudo e o laudo sero feitos por uma perita do prprio MP. Marta pediu celeridade, diante do risco apontado por especialistas e a vistoria deve ser realizada ainda esta semana. uma questo muito tcnica, que eu no tenho como averiguar, por isso pedi a percia, explicou a promotora. Ela tambm est estudando o Plano de Gesto Ambiental (PGA), realizado pela Secretaria de Obras, que embasou o pedido de licena ambiental na Amma. Quero uma explicao para a questo da drenagem, diz.

Secretrio ser ouvido hoje pela CEIO secretrio municipal de Obras, Alfredo Soubihe Neto, e um diretor do complexo Dermu/ Compav sero ouvidos hoje tarde pela Comisso Especial de Inqurito (CEI) da Cmara de Goinia que investiga irregularidades no funcionamento de escolas particulares e empreendimentos causadores de grande impacto. Os vereadores se reuniram ontem por causa das denncias de problemas tcnicos no viaduto da T-63. Tambm sero chamados representantes do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Conselho Regional de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) e das Universidades Federal e Catlica de Gois.

Dirio da Manh Opinio Entrou gua no viaduto da T-63Martiniano Cavalcante engenheiro civil, presidente do PSol de Gois e pr-candidato a prefeito de Goinia lamentvel ter que dizer, mas o prefeito deve parar, temporariamente, a obra da T-63 com Av. 85, convocar uma comisso tcnica, idnea, composta por representantes das Faculdades de Engenharia da UFG, UCG e de representantes do Crea, para analisar as propostas de soluo para a drenagem de guas fluviais e subterrneas do local. embaraoso para o prefeito? Sim, mas este ser o menor preo a pagar pelo atrelamento do cronograma de uma obra complexa ao calendrio eleitoral sem esgotar antes os estudos tcnicos necessrios. O projeto original da obra tem a mesma concepo daquele realizado na Praa do Ratinho. Um elevado no sentido da Avenida T-63 passa por cima da Av. 85, uma trincheira na Av. 85 passa por baixo da Av. T-63, e as plataformas de circulao lateral ligam as duas avenidas. O problema est na trincheira da Av. 85 projetada para passar a sete metros abaixo do nvel da Av. T-63. Justamente naquele ponto o nvel do lenol fretico est em cinco metros de profundidade. Alem disso, a Av. 85 e as ruas adjacentes, acima da T-63, tm uma rede coletora de guas pluviais insuficiente. Isto quer dizer que ser necessrio drenar tanto as guas da chuva quanto as guas do lenol subterrneo que escoaria para dentro da trincheira. Para retirar esta gua ser preciso construir uma rede numa profundidade de nove metros, ou construir no local um piscino e bombe-la at a rede coletora mais prxima. Outra alternativa seria reduzir a profundidade da trincheira e aumentar a altura do viaduto, o que diminuiria problema, mas no evitaria a necessidade da drenagem. Ao contrrio do que dizem, o prefeito e tcnicos da construtora, as trs solues possveis so complexas, de custos elevados e demandam estudos tcnicos que no podem ser realizados a toque de caixa e, muito menos, sob sigilo. fcil imaginar os custos, os riscos e os transtornos de uma galeria de guas pluviais com mais de mil e duzentos metros de extenso e nove metros de profundidade nas ruas estreitas e superpovoadas do Setor Bueno, ligando o local da obra ao crrego Vaca Brava. A prefeitura tinha pleno conhecimento do problema, mas, infelizmente, o chefe da administrao municipal, movido pelo desejo de angariar a simpatia eleitoral junto classe mdia e indiferente aos questionamentos tcnicos, adotou um cronograma acelerado de execuo da obra, prevendo sua inaugurao para as vsperas das eleies de outubro. Um tocador de obras eleitoreiras capaz de usar o seu poder poltico para desconsiderar as exigncias de estudos tcnicos, de impactos ambiental e de vizinhana como fez o

prefeito na obra da T-63. Mas o que ele no pode revogar as leis da fsica para satisfazer seus desejos e, muito menos, manipular a opinio pblica dizendo que no h problema nenhum. Se o prefeito tivesse em suas mos estudos tcnicos que comprovassem a viabilidade de solues de drenagem para a obra teria calado as vozes da Cmara que denunciaram as irregularidades. Estes estudos obrigatoriamente deveriam ser realizados antes da contratao da obra, mas, at hoje, no existem. Diante disso o prefeito tenta ganhar tempo, evitando admitir o seu grave erro e se comprometendo, cada vez mais, com a mentira e a irresponsabilidade. Agora que, em tempo de seca, entrou gua no viaduto, o prefeito deve descer do pedestal da prepotncia e do eleitoralismo vulgar, calar as sandlias da humildade e chamar a comunidade cientfica para legitimar uma soluo tcnica e financeiramente vivel, para a continuidade da obra. Se, no pior dos mundos, esta soluo for inviabilizada por fatores fsicos, custos elevados, ou riscos de acidentes, restar ao prefeito o dilema de Sofia: reestruturar todo projeto ou abandon-lo.Recorte Imprensa - Google Docs Seja qual for a situao que se apresentar ser melhor para a cidade enfrent-la com transparncia, com bom senso e com dignidade.

Editorial Viaduto necessrioO viaduto da T-63 uma obra importante para Goinia por diversos motivos. O primeiro deles refere-se ao futuro preocupante do trnsito na Capital. Em breve, trs ou quatro anos, ser quase impossvel cruzar os bairros Bueno, Serrinha, Bela Vista e Setor Pedro Ludovico. um fato j denunciado por engenheiros de trnsito que conhecem a regio cruzamento de vrios bairros e ponto estratgico de negcios que prometem atrair o desenvolvimento. Na verdade, a situao j insustentvel deve apenas se agravar, principalmente nos momentos de pico caso do incio e final do dia. Por isso o prefeito Iris Rezende est correto quando corre para construir a importante obra. O repentino problema envolvendo potencial agresso ao lenol fretico j foi desarmado. Descoberto a tempo, ele ser contornado com profissionalismo, avisa o chefe do Executivo. preciso que as entidades e empresas envolvidas na construo do viaduto tenham conscincia de cada novo passo. A Praa do Chafariz s tem a ganhar com a obra. Alm do aspecto tcnico, existe ainda o traado artstico. Goinia ter um monumento com 50 metros de altura. Ser mais uma interveno urbana que pode ampliar a fixao de imagens urbanas em nosso imaginrio.

Prefeito e empresa contestam dennciaO prefeito Iris Rezende garantiu ontem que a populao no deve se preocupar em relao construo da trincheira e do viaduto na Praa do Chafariz, Setor Bueno. Segundo Iris, os trabalhos continuam normalmente. De acordo com a empresa Delta Construes S.A.,

responsvel pela execuo da obra, uma sondagem inicial feita por uma empresa de engenharia mostrou que o lenol fretico est 13 metros abaixo da pavimentao no cruzamento das avenidas 85 e T-63. Esse dado contesta a denncia que foi entregue Comisso Especial de Inqurito (CEI) da Cmara na ltima segunda-feira, afirmando que o lenol estaria a apenas cinco metros, dois metros a menos do que ser escavado para a construo da trincheira. Segundo Cludio Abreu, diretor regional da Delta, as denncias no so fundamentadas com laudos tcnicos. Ao invs de fazer uma galeria com dimenso menor, vamos fazer uma galeria com uma dimenso maior. Ao invs de jogar em uma nascente (Areio), vamos jogar em outra, onde a tubulao maior (Vaca Brava). Bem, a empresa obrigada a construir, pelo contrato, em torno de 600 ou 700 metros de esgosto pluvial. A rede vai ficar um pouco maior. Esse excesso, a prefeitura vai fazer por conta prpria. No tem problema nenhum, disse o prefeito. No tem nada de preocupao. O lenol fretico est a 10 metros de profundidade, completou Iris. A Secretaria de Obras estima que o valor gasto para a obra complementar deve ficar em torno de R$ 400 mil. Somos acostumados a trabalhar em reas difceis. Em um outro Estado, estamos construindo uma siderrgica em cima de um manancial. Essa obra de Goinia pode at apresentar problemas, mas estamos aqui para resolv-los, caso apaream. Ns vamos executar a obra como previsto, garante Cludio. O secretrio municipal de Obras, Alfredo Neto, disse ao Dirio da Manh que o que foi dito pelo prefeito Iris Rezende o que ser feito. Acrescentou apenas que ser construda uma galeria de aproximadamente 1,2 mil metros para captar a gua das chuvas da regio e levar at uma rede de gua pluvial que j existe na proximidade do Lago Vaca Brava. A gua no ser direcionada para o lago e, sim, passar por essa rede prxima ao lago e depois seguir para o Crrego Vaca Brava, acrescentou Alfredo. A Delta garante que as perfuraes da trincheira devem comear em 10 dias, quando a Saneago, a Celg e as empreas de telefonia j tero encerrado a retirada dos cabos e outras fiaes no local do viaduto. A Saneago informou tambm que far um desvio da adutora de gua tratada que existe no local, para permitir o incio das escavaes da trincheira. Se o desvio tivesse que ser feito pela Delta, haveria necessidade de aditivos ao projeto original, gerando mais despesas para a Prefeitura de Goinia. De acordo com Cludio Abreu, por lei, os aditivos no podem atingir valor superior a 25% do oramento total da obra, estipulado em licitao, ou seja o teto de R$ 4,5 milhes.

Mp solicita projeto de drenagemDiante da denncia recebida pela CEI das Escolas, apontando irregularidades na obra do viaduto da Praa do Chafariz, o Ministrio Pblico de Gois (MP-GO) solicitou que seja apresentado o projeto de drenagem da gua, documento sob a responsabilidade da empresa Delta Construes S.A. Por outro lado, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Gois (Crea-GO) vai aguardar at que seja formalizada denncia de danos, para ento pedir a investigao da obra. Na tarde de ontem, a promotora que acompanha o caso, Marta Moria Loyola, substituta da 8 Promotoria de Justia, disse que tem em mos documentos apresentados pela empresa, quando da aprovao da obra do viaduto. Entre eles, esto o Plano de Gesto Ambiental

(PGA), o Estudo de Embargo de Vizinhana, preparado pela empresa, e a Licena Ambiental. Agora, tcnicos do MP sero designados pela promotora para conduzir percia no local, dada a relevncia do tema. Vamos investigar se h irregularidades, tendo em vista o que j foi apontado. O presidente do Crea-GO, Francisco Antnio Silva de Almeida, diz que, diante do rgo, a obra est regular. Salienta ainda que cabe Delta, por meio do engenheiro responsvel pela obra, resolver quaisquer problemas apresentados. Tenho certeza que os profissionais da empresa tm competncia para resolver essa questo. Almeida evitou apontar irregularidades, j que, segundo ele, desconhece a realidade da obra. Mas afirmou ter conhecimento do projeto de drenagem, tanto que a empresa apresentou a Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) junto ao rgo. O projeto de drenagem existe, agora vamos aguardar as definies tcnicas, antes de tomar qualquer medida. O Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) sugere que seja elevada a trincheira da Avenida 85, que ficaria com apenas 5 metros. Mesmo assim, deveria ser feito o rebaixamento do lenol fretico, que teria as guas bombeadas por 600 metros at o Crrego Areio. Com isso, poderia ser feita a trincheira, diz o presidente do rgo, Luiz Antnio Mendona. Outra opo apresentada pelo IAB seria a eliminao por completo do elevado, principalmente devido poluio visual, levando em conta o traado urbanstico.

Equipe da AMMA visita Canteiro de ObrasA Assessoria de Comunicao da Agncia Municipal do Meio Ambiente (Amma) divulgou nota, ontem, em relao divulgao de supostos problemas envolvendo as obras de implantao do viaduto da T-63. O rgo informou que todos os estudos necessrios para o licenciamento da obra foram apresentados e demonstraram estar em conformidade com os critrios tcnicos necessrios para a liberao do empreendimento. A agncia disse ainda que, ontem, uma equipe tcnica composta por engenheiros civis, agrnomos, gegrafos e topgrafos esteve na rea onde est sendo construdo o viaduto e no detectou a presena de gua no solo, tampouco de outras irregularidades.

CEI pede ajuda de instituiesDe acordo com o vereador Elias Vaz, membros da Comisso Especial de Inqurito (CEI) das Escolas, que tambm investiga grandes empreendimentos, se reuniram ontem tarde para definir dois encaminhamentos referentes ao viaduto da Praa do Chafariz. A CEI vai pedir a ajuda da Universidade Catlica de Gois (UCG), da Universidade Federal de Gois (UFG), do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de Gois (Crea) e do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/GO) para criar uma comisso que vai acompanhar toda a obra. Vamos pedir a ajuda de tcnicos dessas instituies para esclarer as dvidas quanto a essas denncias, afirma Elias. A CEI convocou ontem tarde, e deve ouvir hoje, o secretrio de Obras, Alfredo Neto, e Ubirajara Abbud, presidente do Dermu/Compav, em reunio da CEI, s 15h.

Na segunda-feira, a CEI recebeu denncia de um tcnico da prefeitura, que no quis se identificar, apontando a inviabilidade da construo da trincheira por causa da falta de um projeto vivel de drenagem. Segundo o denunciante, para se fazer a galeria do viaduto at o Vaca Brava, seria necessrio um espao de 20 metros de largura, que o local no tem. Ele destaca, principalmente, que pode ocorrer desmoronamentos, o que tornaria necessria a remoo de famlias que moram nas proximidades.

Rdio 730 Iris Rezende considera sensacionalista polmica sobre o lenol fretico(clique aqui para ouvir)

... "quando comea com o projeto, j a execuo, a licitao feita, julgada, o contrato assinado, descobre-se que uma rea grande ali pra cima no foi dotada de esgoto pluvial pelas administraes anteriores que fizeram asfalto sem esgoto pluvial ... o que que ns fizemos? simplesmente mudamos a dimenso da tubulao do esgoto pluvial, que era uma para 10 mil metros quadrados e aumentamos para, quem sabe, 80 mil metros quadrados "... Pergunta: "poderia ter sido previsto antes o problema?" Resposta: "no, isso so coisas que surgem na administrao pblica a toda hora"...... "o lenol fretico est a 10 metros abaixo " ... " minha obrigao esclarecer tudo ao povo"... "vamos entregar na poca certa"

03/06 Problema de drenagem pode comprometer obra de viadutoExistncia de lenol fretico obriga Secretaria de Obras a alterar projeto para dar vazo gua. Idia fazer escoamento para o Vaca Brava. Mas especialistas condenamCarla Borges Problemas com a drenagem da gua das chuvas e o lenol fretico superficial, que pode aflorar com as escavaes para a construo da trincheira na Praa do Chafariz, no

cruzamento das Avenidas 85 e T-63, no Setor Bueno, em Goinia, podem comprometer o cronograma de execuo da obra, fixado inicialmente em cinco meses, encarecer o projeto, orado em R$ 18 milhes, ou at inviabilizar sua construo da forma planejada. A questo foi levantada em uma denncia recebida pela Cmara Municipal, qual O POPULAR teve acesso. Os riscos so confirmados por especialistas ouvidos pela reportagem. O relatrio que embasou a denncia cujo denunciante foi mantido no anonimato pelos vereadores da Comisso Especial de Inqurito (CEI) que investiga irregularidades no funcionamento de escolas particulares e empreendimentos de grande impacto mostra que a regio j tem srios problemas de drenagem e aponta a inviabilidade de escoamento desse grande volume de gua para o Crrego Areio, em um ponto prximo sede da Polcia Federal, e tambm para o Vaca Brava, porque ele est saturado com o volume j recebido. O secretrio municipal de Obras, Alfredo Soubihe Neto, confirmou ontem ao POPULAR que o projeto inicial previa o escoamento da gua para o Crrego Areio e informou que o novo projeto de drenagem est sendo finalizado por tcnicos da Secretaria. De qualquer forma, adiantou, est definido que a gua ser drenada para o Crrego Vaca Brava. No tem problema nenhum com o projeto. Ocorre que a Prefeitura decidiu consertar o problema de drenagem do Setor Bueno, que foi herdado de outras administraes, por isso, vamos levar as guas pluviais para o Vaca Brava, ressaltou o secretrio de Obras. Vamos captar toda a gua da chuva que cai na rea do viaduto e naquela regio e, em vez de deix-la correr na rua, a levaremos para o lago do Vaca Brava e de l ela vai embora, pelo crrego, disse Alfredo Soubihe Neto. Sobre o argumento do denunciante de que o Vaca Brava tambm no suportaria toda essa gua, Alfredo Neto foi categrico. Quem entende disso a Secretaria de Obras e ns vamos jogar a gua l (Vaca Brava), afirmou. Invivel Presidente da seccional goiana do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Luiz Mendona, considera invivel a drenagem das guas pluviais e do lenol fretico da Praa do Chafariz para o Crrego Vaca Brava e diz que a Prefeitura foi alertada vrias vezes pelo prprio IAB e por outras instituies sobre esse e outros problemas do projeto. O relatrio apresentado Cmara Municipal procede, e muito, disse Mendona, ao tomar conhecimento da pea pela reportagem. Mendona alerta para as condies topogrficas da regio e pondera que no h desnvel suficiente para levar a gua do viaduto at o Vaca Brava. Seria necessria uma inclinao de 24 metros que, somando-se aos 3 metros da prpria trincheira, chegaria a 27 metros, o equivalente a um prdio de 9 andares, alerta. A soluo, aponta, seria escavar menos e levantar um pouco a Avenida T-63, deixando de lado o viaduto. Mestre em urbanismo e professor da Escola Edgar Graeff da Universidade Catlica de Gois (UCG), o arquiteto Dirceu Trindade pondera que levar a gua para o Vaca Brava loucura porque ele j recebe grande contribuio e o crrego que parte do lago teve suas dimenses reduzidas com a construo do shopping e outras edificaes comerciais. Trindade lembra que a regio de fundo de vale e que o Crrego Vaca Brava, a partir do lago, no tem mais do que 60 centmetros de largura. Trindade v erro de planejamento no incio de uma interveno desse porte sem estudos detalhados. um absurdo considerar que a abertura de uma trincheira poderia ter suas guas conduzidas naturalmente por gravidade, como corre hoje pelo leito das vias, em

direo aos crregos. O professor acrescenta que os riscos so reais e que o projeto da galeria deve ser bem conduzido.

Relatrio alerta para a possibilidade de desmoronamento na regioO relatrio que embasou a denncia feita Cmara ressalta que a distncia aproximada da Praa do Chafariz ao Vaca Brava de 1,2 mil metros e que a profundidade da galeria de guas pluviais deve ser de 9 metros (computando a profundidade da trincheira, o lenol fretico e a prpria galeria). Para fazer uma galeria deste porte necessrio um espao de 20 metros de largura, que o local no tem, e principalmente no ter movimento d