Quinta-feira, 28 de julho de 2016 - acionista.com.br · finais de sua defesa, onde deve ser...

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Quinta-feira, 28 de julho de 2016 Bom dia,

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Quinta-feira, 28 de julho de 2016

Bom dia,

IGP-M de julho desacelera mais do que o esperado. O Índice Geral de Preços referente a julho apresentou variação de 0,18%, ante a alta de 1,69% registrada em junho, desacelerando mais do que era previsto pelo mercado, que em média estimava um crescimento de 0,25%. Esse resultado

se deve principalmente a deflação verificada no grupo de matérias - primas brutas (-1,96%), que inclui produtos como soja, milho e minério de ferro, e ao arrefecimento nos preços de bens intermediários (0,28%), composto por subgrupos como combustíveis e lubrificantes para a produção. Importante notar que essa desaceleração mais contundente deve trazer algum benefício para as expectativas de inflação no próximo ano, questão fundamental para propiciar o início do processo de queda na taxa de juros. Meirelles negocia levar Secretaria do Orçamento para o Ministério da Fazenda. Segundo noticiado na mídia, o Ministro da Fazenda Henrique Meirelles vem negociando junto ao planalto a troca de ministérios da Secretaria do Orçamento, que hoje pertence ao Ministério do Planejamento para o Ministério da Fazenda. Quando Temer assumiu a presidência, com o afastamento de Dilma Rousseff do cargo, o então presidente permitiu a troca da Secretaria de Previdência para o ministério da Fazenda, até então do ministério da Previdência Social. A medida daria maior flexibilidade e poder nas mão de Meirelles, que porém deve sofrer resistência da ala política desfavorável ao ministro. Rodrigo Maia anuncia votação da PEC que limita gastos governamentais. O atual presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia anunciou ontem que deve colocar em pauta a PEC que limita os gastos do governo em caráter de urgência e que mesmo com agenda eleitoral, a medida deve passar pela casa até novembro. Já para a volta do recesso branco, segundo Maia, o primeiro ponto a ser votado deve ser a proposta que renegocia a dívida de estados e municípios. Alegações finais da defesa de Dilma Rousseff têm quer ser entregues hoje. A defesa da presidente afastada tem até às 18h30 desta quinta para entregar ao Senado o documento com as alegações

finais de sua defesa, onde deve ser reforçada a tese de que as "pedaladas fiscais" não constituem um crime de responsabilidade, bem como deve constar os trechos de gravações feitas pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado e o discurso de renúncia de Eduardo Cunha, ambos para alegar que houve desvio de finalidade na abertura do processo de impeachment. Após a entrega deste documento, os próximos passos de destaque no processo de impeachment devem ser a leitura e a votação do parecer do relator Antonio Anastasia em comissão especial, previstas para ocorrer entre 02 e 04 de agosto. Reunião CMN. Nesta quinta feira, dia 28/07/16, ocorrerá a reunião da CMN e a divulgação do resultado primário do governo central de Julho. De acordo com as deliberações deste evento e os números apresentados, o mercado terá mais indicativos de como a economia será guiada pela equipe liderada por Henrique Meirelles. É esperado um resultado fiscal próximo ao observado em Junho (déficit de R$ 15,5 bilhões) que condiz com o teto de déficit fiscal de R$ 140 bilhões proposta ao congresso. As resoluções da reunião da CMN devem estar alinhadas com o discurso recente de aversão à inflação e austeridade financeira que tem o objetivo de diminuir as expectativas para o índice de preços e risco da economia brasileira. Além disso, destaque também para a reunião de Meirelles com o ministro da indústria, comércio exterior e serviços, Marcos Pereira, às 11 horas de hoje.

CPI Alemanha. Hoje conheceremos o índice de preços ao consumidor da Alemanha. A variação deste índice (inflação) em Junho foi de 0,1% na comparação com o mês anterior e de 0,2% com o mesmo mês de 2015. A expectativa para Julho é de 0,3% tanto na comparação anual como mensal. Apesar de representar um aumento, esses valores ainda são baixos, contribuindo para a manutenção de políticas acomodatícias (como por exemplo, juros extremamente pequenos ou iguais a zero, como os da Alemanha, aumentando a liquidez desses países), estimulando a atividade econômica. A consequência desses eventos para o Brasil é a entrada de ativos financeiros por conta do grande diferencial nos juros reais, o que favorece a apreciação do real. A moeda brasileira, contudo, não deve aumentar seu preço em demasia no curto prazo, em decorrência de outros fatores macroeconômicos. Taxa de desemprego na Alemanha fica estável. A maior economia da Zona do Euro divulgou hoje pela manha sua taxa de desemprego referente ao mês de julho, que permaneceu em 6,1%, menor nível desde o início da amostragem, em 1992, dentro da expectativa do mercado. Apesar da estabilidade, no mês houve o recuo de sete mil no número de desempregados no País, frente à expectativa média de queda de 1,5 mil trabalhadores. FED confundindo o mercado. Após números da economia norte-americana apontar melhoras e o

FED anunciar manutenção da taxa juros, fez com que os mercados acreditassem em uma possível elevação "no curto prazo" dos juros, no entanto, rapidamente esta interpretação foi alterada, com o anuncio do próprio FED que esta "monitorando de perto" a inflação, que a seu ver ainda esta abaixo da meta de 2%, além disso, o ambiente externo merece atenção. Agora as expectativas ficam em torno do discurso de Yellen no final de agosto. Balança comercial EUA. O saldo da balança comercial americana será conhecido às 9h30. Em Junho o país apresentou déficit de 60,6 bilhões de dólares e em Julho é esperado um valor negativo ainda maior, de 61,2 bilhões. Os valores apresentados são explicados pela recente apreciação do dólar em relação a importantes moedas, como o real, yuan e libra. Esses resultados comerciais contribuem para a manutenção dos juros americanos no patamar atual, uma vez que maiores juros apreciariam ainda mais o câmbio e, portanto, levariam a um déficit ainda maior na balança comercial. Pedidos de auxílio desemprego EUA. O Departamento de trabalho dos Estados Unidos apresentará o número de pedidos de auxílio desemprego referente à Julho. A expectativa é de que o indicador fique em 260 mil (aumento de 7 mil pedidos frente a Junho). Como o indicador é referente a uma variável que demora a reagir em face de mudanças na economia, um aumento relativamente pequeno deste número não significa necessariamente retração ou menor aceleração econômica. A política monetária americana, portanto, não deve ser fortemente afetada por tal variação. Confiança do consumidor do Reino Unido. Grau de confiança do consumidor britânico será revelado hoje ás 20h05. Após a histórica decisão do país de deixar a União Europeia espera-se forte

queda deste indicador (de -1 em Junho para -8 em Julho). O conhecimento dessa variável oferece "pistas" acerca do impacto que o "Brexit" terá na economia do Reino Unido. No caso de resultados melhores do que as expectativas, pode ser que a percepção de risco no ambiente externo diminua, em linha com o ata do FOMC, reforçando as especulações sobre antecipação de aumento de juros nos EUA. Bolsas Mundiais em ritmo de cautela. Na Europa a maior parte das bolsas caem puxadas por bancos, devido aos temores com relação aos resultados dos testes de estresse, enquanto que na Ásia o mercado fica à espera de mais informações com relação ao pacote de estímulos monetários no Japão. Em direção oposta, os índices futuros do mercado norte americano registram leve alta, balizado por resultados corporativos. Índice de confiança na indústria avançou em julho, ante junho, apesar de "Brexit". Assim como divulgado pela manhã, o índice que mede a confiança dos setores corporativos e dos consumidores da Zona do Euro apontou para um crescimento da leitura de julho ante o mês anterior. Em junho o indicador registrou 104,4, já em julho este ficou em 104,6. O resultado veio na contramão das expectativas que previam uma deterioração no indicador, tendo em vista principalmente a saída do Reino Unido do bloco econômico, o que ainda possui desdobramentos incertos.

Provisão reduz lucro da Vale. Mesmo com um volume de produção acima do esperado, preços

maiores (frente ao 1º trim/16) que se traduziram em melhoria de receita líquida e EBITDA (tanto na comparação com o trimestre imediatamente anterior quanto contra o 2º trim/15), a mineradora apresentou queda do lucro líquido. Isso, graças à provisão de R$ 3,73 bilhões relacionada a Samarco. O câmbio teve alguns efeitos negativos para a mineradora no trimestre: (i) ligeiro aumento da dívida bruta, (ii) impacto negativo na receita líquida (cerca de R$ 2 bilhões) e (iii) tímido aumento do custo caixa em dólares. Ainda assim, houve nova redução do custo caixa em reais (que ficou em R$ 46,1/ton frente a R$ 47,5/ton no 1º trim/16) e a companhia continuou a apresentar menor volume de investimentos. Entendemos que os papeis possam apresentar algum movimento de realização, sobretudo pelo nível de incerteza relacionada à Samarco. Contudo, operacionalmente o resultado foi interessante e justifica o posicionamento, principalmente para médio/longo prazo. Inadimplência diminui rentabilidade do Bradesco. O Bradesco reportou mais um resultado fortemente afetado pelas despesas com PDD e a explicação do banco foi a mesma do trimestre passado: um cliente específico foi responsável pela maior parte da variação e o restante se deu pela deterioração do cenário macro. Esse cliente, que o banco não confirma, mas especula-se tratar da Sete Brasil, se encontra agora 100% provisionado pelo banco. Mesmo sem considerarmos esse cliente, apenas a deterioração do cenário macro corroeu os números do banco (apenas através da PDD) em mais de R$ 1 bilhão na comparação com o mesmo período do ano passado. Vale lembrar que a carteira do banco voltou a mostrar retração, enquanto a inadimplência acima de 90 dias avançou 0,4 p.p.. O ROE do banco ficou em 17,4%, pequena queda em relação ao 1T16, mas bem abaixo do nível apresentado em todo ano anterior. Números mais no campo negativo já eram esperados, o que pode mitigar o efeito do resultado, mas esperamos pressão nos papéis do banco

no pregão de hoje. O Grupo Pão de Açúcar divulga seus números depois dos escândalos de roubo. Conforme esperávamos, na parte operacional a companhia reportou crescimento de apenas 3,5% em sua receita líquida, em virtude da continuidade do bom desempenho do Assaí, melhor tendência de vendas do Multivarejo e recuperação dos números da Via Varejo. Já o EBITDA e o resultado final, foram afetados por maiores despesas e principalmente por conta dos custos com investigações e recursos desviados da CNova. Na parte financeira, a relação dívida líquida/EBITDA passou de 0,38x no 2T15 para 1,71x no 2T16. O GPA fará a teleconferência hoje às 10h30. Acreditamos que suas ações tendem a ficar pressionadas no pregão de hoje. Natura continua em busca de resultado melhores. A companhia apresentou elevação de sua receita líquida 5% no 2T16 ante o mesmo período do ano anterior, mesmo sendo prejudicada por uma carga tributária bem maior, este crescimento se deve por conta da maior participação no mercado externo, representando 32% da receita total, ante 27% no igual período de 2015. Já o EBITDA reportou queda de 3,5%, refletindo, principalmente a alta de 31,3% na carga tributária e o impacta do câmbio "desfavorável" nos custos dos produtos vendidos. Desta forma, seu resultado final veio 22% menor na mesma base de comparação. Vale comentar que a Natura manteve sua previsão de investimento para o ano de R$ 350 milhões, número bem menor se for comparar com o ano de 2015. Estes investimentos serão basicamente para elevar sua participação no mercado internacional, podendo atingir até 40% de sua receita total. Neste período a empresa informou que não pagará proventos intermediários referente ao 1º semestre. A Natura irá fazer a teleconferência hoje as 10h00. Acreditamos que suas ações no pregão de hoje tendem a performar mais para o

lado negativo. Resultado e Dividendos da OdontoPrev. Os números da empresa vieram abaixo das estimativas em função de maiores custos e despesas operacionais no trimestre. Ainda assim, a companhia distribuirá R$ 23,8 milhões (R$ 0,04 por ação) em dividendos aos acionistas posicionados ao fim do pregão de 01/08/2016, com o pagamento em 05/09/2016. Resultado e oferta de ações da CVC. A companhia apresentou avanço superior às expectativas na receita líquida e no EBITDA. Enquanto que o lucro líquido veio em linha com as projeções de mercado em razão das maiores despesas financeiras no período. Adicionalmente, a companhia informou que realizará uma oferta pública secundária de distribuição de ações com esforços restritos de colocação, detidas pelo BTC Fundo de Investimento em Participações e pelo GJP Fundo de Investimento em Participações que possuem, respectivamente, 39.058.660 e 20.941.340 ações CVCB3. Por se tratar de uma oferta exclusivamente de distribuição secundária, não será concedida prioridade aos atuais acionistas para subscrição da totalidade das ações e, portanto, não haverá diluição dos atuais acionistas da CVC. Diretor Financeiro e de RI deixa a Smiles. A Smiles anunciou a renúncia do seu diretor vice-presidente, financeiro e de RI, Flavio Vargas. Com isso, o atual presidente da Smiles vai acumular as funções deixadas em aberto. A notícia pode trazer pressão para os papéis no curto prazo, apesar do impacto neutro no valuation. Helbor também sofre com distratos. A Helbor divulgou prévia operacional com vendas de R$ 158

milhões e distratos de R$ 119 milhões, ou seja, anulando boa parte do esforço de vendas da companhia. A companhia não lançou no trimestre e no ano, até agora, apenas um empreendimento foi lançado. O resultado veio em linha com as prévias divulgadas até agora pelo setor, mas, tendo em vista que os papéis da companhia subiram bastante no último mês, isso ainda devem trazer impacto negativo para os papéis. Petrobras recebe US$ 897 milhões e divulga resultados dia 11/08. A companhia concluiu a venda de sua participação na Petrobras Argentina (Pesa) de 67,19% para a Pampa Energia, recebendo US$ 897 milhões. Destacamos que a questão dos desinvestimentos tem sido parte crucial para a recuperação da saúde econômico-financeira da companhia e notícias dessa natureza (e nesses montantes) afastam cada vez mais o risco de um aumento de capital. Lembramos que o Plano de Desinvestimentos 2015-2016 da Petrobras totaliza US$ 15,1 bilhões, sendo que deste total, restam cerca de US$ 13,5 bilhões a serem desinvestidos. Novos anúncios nesse sentido tendem a impulsionar os papeis da Petrobras, que divulga seus resultados do 2º trim/16 no dia 11 de agosto, após o fechamento do mercado. O anúncio da venda tem potencial impacto positivo, que deve ser "neutralizado" pela flutuação das cotações do barril de petróleo Brent, que cai após a divulgação de estoques de petróleo e gasolina acima do esperado.

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