Qualidade de Vida
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QUALIDADE DE VIDA
Têm-se falado muito a respeito da qualidade de vida. Fazem-se comparações entre o passado e o presente. Fala-se das conquistas médicas, que possibilitam uma perspectiva maior de vida, do
conforto que a tecnologia proporciona.
Tudo está correto. Contudo, estamos nos esquecendo de
olhar para outro lado.
Referimo-nos aos idosos que são deixados nos asilos, nas clínicas
de repouso ou mesmo em dependências específicas do lar, entregues à ociosidade, ao não
fazer nada.
Consideram alguns que basta ao idoso ter alimentação, estar
asseado, ter um lugar para sentar, outro para dormir.
Estamos nos esquecendo de que são seres humanos, que foram
produtivos até ontem.
Foram jovens, amaram, tiveram sonhos, criaram filhos, educaram e os entregaram ao mundo. A sociedade de hoje também é produto dos seus
esforços.
E não é simplesmente por estarem em idade avançada que deixam de
ter sonhos, de acalentar esperanças.
Somos nós mesmos, pelas nossas atitudes, que lhes incutimos a crença de que somente devem
aguardar a morte, que já fizeram tudo o que podiam.
Dia desses, ouvimos de uma senhora que os idosos precisam de
quietude e repouso, que não podem sair da
rotina para não ficarem atrapalhados, confusos.
Que eles necessitam estar sozinhos, que a presença da
família os prejudica.
Mas colocando-nos no lugar deles, será que almejaríamos ficar assim, em um quarto a sós, sem quem nos falasse, incentivasse, visitasse?
Será que o fato de envelhecermos faz com que o coração esqueça os afetos e
desejemos a solidão?
Por isso é que os que entram na velhice e avançam no tempo, vivem de recordações. Nós não lhes alimentamos as horas com as nossas
presenças.
Por que não permitir que as crianças lhes façam companhia, brinquem com eles, os agradem?
Agindo assim, permitiremos ao idoso a convivência com a alegria, a música, a
vivacidade dos pequenos, suas mil peripécias, tanto quanto estaremos dando às crianças lições de vida.
Afinal, se chegarmos à idade dos nossos avós, como gostaríamos de ser tratados?
Desejaríamos ser isolados do
restante da família, simplesmente porque já não
seguramos com tanta firmeza o
talher, ou derramamos o
alimento?
Lembremos de como nos trataram nossos pais, quando criança. Jamais fomos isolados num canto da casa, pelo simples fato de não sabermos
sustentar a colher ou nos lambuzarmos, no aprendizado de
levar o alimento à boca.
Se rodeamos a infância de cuidados e atenções, não nos esqueçamos dos nossos idosos, que envelheceram no labor e com seu suor nos forneceram
bases para o que hoje somos.
Não afirmemos simplesmente: Idoso é assim
mesmo. Porque cada um deles é um ser único, com sua individualidade, sua
gama de sonhos e carências.
Ornemos a vida dos nossos queridos velhos com nossa
presença amiga, alegre, otimista. Afinal, se não morrermos antes,
também chegaremos lá.
“Ante os que te precederam nos anos e galgaram mais cedo
os degraus da idade, tem paciência.
Cerca-os com o teu carinho e ampara-os nas suas
necessidades.”
PENSEMOS NISSO!!!
Fonte: Site “Momento Espírita”Formatação: [email protected]
Fotos: Internetwww.slideshare.net/jairowildgen