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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SOBRE GESTÃO DAS POLÍTICAS DE DST/AIDS, HEPATITES VIRAIS E TUBERCULOSE GIULIANO SILVA PESSOA Projeto de Intervenção em Educação Permanente e Continuada para técnicos de Sistemas de Informação em Saúde da Secretaria de Saúde do Município de Ielmo Marinho/RN Natal/RN 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SOBRE GESTÃO DAS POLÍTICAS DE DST/AIDS,

HEPATITES VIRAIS E TUBERCULOSE

GIULIANO SILVA PESSOA

Projeto de Intervenção em Educação Permanente e Continuada para técnicos de Sistemas de

Informação em Saúde da Secretaria de Saúde do Município de Ielmo Marinho/RN

Natal/RN

2017

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GIULIANO SILVA PESSOA

Projeto de Intervenção em Educação Permanente e Continuada para técnicos de Sistemas de

Informação em Saúde da Secretaria de Saúde do Município de Ielmo Marinho/RN

Projeto de Intervenção apresentado ao Curso de

Especialização sobre Gestão das Políticas de

DST/Aids, Hepatites Virais e Tuberculose, da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientador: Angelo Giuseppe Roncalli da Costa

Oliveira

Natal/RN

2017

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Resumo

Tem sido crescente a demanda dos serviços que são ligados ou que usam de sistemas de

informação em saúde, em decorrência de diferentes fatores, como na avaliação de indicadores,

controle de infecções oportunistas, mitigação de gastos, e que tem tido um forte impacto sobre

o Sistema Único de Saúde. Por considerar que a educação permanente deve ser empregada

pelos gestores a fim de proporcionar uma melhor qualificação dos profissionais e,

consequentemente, da assistência, destaca-se a necessidade de capacitação profissional dos

profissionais técnicos em sistemas de informação em saúde que atuam na rede assistencial

desses sistemas. Foi definido como objetivo deste estudo apresentar uma proposta de

implementação de um Curso de Capacitação para os Técnicos em Saúde que trabalham na

Secretaria Municipal de Saúde de Ielmo Marinho/RN. Trata-se de uma proposta composta por

três eixos principais: conhecendo o sistema de informação em saúde do Sistema Único de

Saúde; fundamentando a utilização das informações em saúde para a melhoria e qualidade da

assistência; a realidade escondida pelas subnotificações. É prevista a utilização de

problematizacão como metodologia ativa, em momentos distintos, considerados momentos de

concentração na sala de aula e momentos de prática. Acredita-se que com a capacitação, o

profissional técnico em saúde que lida com os sistemas de informação em saúde deverá ser

capaz de trabalhar de forma multidisciplinar, integrando uma equipe técnica que atue nas

áreas de planejamento, gestão e avaliação, prestando uma assistência melhor qualificada.

Descritores: Educação Permanente, Sistemas de Informação em Saúde, Projeto de

Intervenção.

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Sumário

Resumo ................................................................................................................................. 3

1. Introdução ....................................................................................................................... 5

2. Objetivos......................................................................................................................... 6

2.1. Objetivo Geral ........................................................................................................ 6

2.2. Objetivos Específicos ............................................................................................. 6

3. Método ........................................................................................................................... 6

3.1. Cenário do projeto de intervenção .......................................................................... 6

3.2. Elementos do Plano de Intervenção ..................................................................... 10

3.3. Fragilidades e Oportunidades ............................................................................... 12

3.4. Processo de Avaliação ......................................................................................... 12

4. Considerações Finais ................................................................................................... 13

5. Referências .................................................................................................................. 14

Apêndices ............................................................................................................................ 15

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1. Introdução

Para a realização do planejamento das ações em saúde as informações em saúde são

essenciais. Guimarães (2004), fala que o planejamento pode ser um processo mediante o qual

se lança o desenvolvimento, da forma mais racional e rápida possível.

O mesmo autor destaca que os administradores de sistemas de saúde dispõem

atualmente de recursos técnico-administrativos que lhes permitem atuar com mais segurança

na solução dos problemas em saúde. Com o processo de planejamento implantado, podem ser

utilizadas técnicas que lhes facilitem a tomada de decisão. Alguns fatores estão diretamente

relacionados à aplicação dessa técnica, podendo apresentar maior ou menor efetividade.

Vários temas estão interligados quando falamos da situação de saúde no Brasil.

Atualmente os serviços de saúde também sentem o enfrentamento da crise ao longo dos anos

que provém das raízes e permeia como um desafio para a sociedade. Já virou rotina ver

matérias em veículos de comunicação e da mídia a situação em que se encontra a prestação da

assistência nos serviços de saúde pelo Brasil e como as pessoas reagem a tudo isso. Isso tudo

vem sendo estudado num contexto histórico onde o país está inserido, relacionado diretamente

a evolução político-social da economia da sociedade brasileira.

A proposta de um modelo de saúde digna e necessária para atender as necessidades da

população respeitando os princípios a ela constituídos e inseridos em serviços e prestação de

assistência de qualidade veio com o SUS, que tem a função de organizar as ações do

Ministério da Saúde e dos serviços de saúde dos Estados e municípios e surgiu como uma

conquista popular (BRASIL, 1999).

Na perspectiva de se ter sempre uma boa qualidade na atenção a saúde no Brasil, foi

que se viu a necessidade de criar e adotar efetivamente um instrumento de avaliação e

controle da gestão que contribuísse para o alcance dessa qualidade. De tal forma, a auditoria

passou a ser de total relevância para o aprimoramento da qualidade dos procedimentos

internos que geram uma qualidade geral da prestação da assistência.

Ser, efetivamente, um instrumento de controle administrativo que se destaca como

ponto de convergência de todos os feitos, fatos e informações no sentido de que sejam

confiáveis, adequados, totais e seguros é como a Auditoria é vista atualmente, no contexto

administrativo avaliativo no âmbito da saúde (Secretaria de Estado de Santa Catarina, 1994).

Mediante tal importância de avaliação de controle os sistemas de informação em saúde

se pautam pela análise dos indicadores onde é possível avaliar um serviço ou programa de

saúde. Alguns indicadores de maior importância são delimitados e estudados por sistemas de

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informações, onde dados coletados nas unidades de saúde são inseridos e posteriormente

avaliados. Para a análise dos indicadores é necessário o conhecimento de todas as variáveis

relacionadas ao indicador, procedência, importância, facilidade e aplicabilidade.

Todavia tomando como base essa linha de interesse, buscou-se realizar este projeto

para abordar a importância da educação permanente e continuada dos técnicos que trabalham

com os SIS como fonte geradora de indicadores para subsidiar o processo de melhoria da

qualidade. E justifica-se devido ao crescente aumento da subnotificação de doenças e agravos

nos serviços de saúde e da observação cotidiana da necessidade de ampliação dos

conhecimentos da equipe em relação o que tange aos sistemas de informação em saúde.

A proposta de um projeto de educação permanente para a equipe sobre o processo de

notificação é muito importante para o aprofundamento de conhecimento teórico aplicado na

prática para os profissionais, com resultados positivos para os sujeitos envolvidos e

instituição.

2. Objetivos

2.1. Objetivo Geral

Propor um plano de intervenção, de educação permanente e continuada, que seja capaz

de ampliar os conhecimentos da equipe técnica de sistemas de informação sobre o processo de

notificação dos agravos de saúde.

2.2. Objetivos Específicos

a) Analisar a funcionalidade dos SIS do Sistema Único de Saúde/SUS;

b) Propor um plano de intervenção com base nos resultados encontrados no diagnóstico

situacional dos SIS no Município de Ielmo Marinho/RN.

3. Método

3.1. Cenário do projeto de intervenção

O local onde será aplicado este projeto é a Secretaria Municipal de Saúde de Ielmo

Marinho localizada à Rua José Camilo Bezerra, Sn, no centro da sede do município

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supracitado. Sua estrutura física conta com dois prédios locados pela prefeitura onde estão

instalados os setores, com seus técnicos e equipamentos, que dão suporte à prestação da

assistência à saúde no município.

Demograficamente, de acordo com Censo Populacional do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 a população do Rio Grande do Norte (RN) é de

3.168.027 habitantes, em Ielmo Marinho (IM) o Censo é de 12.171 habitantes.

Geograficamente, sua área territorial é de bioma caracterizado como Caatinga e está na faixa

de 312,028 km² e o município se limita com os vizinhos, Ceará-Mirim, Santa Maria, São

Pedro, Macaíba, São Gonçalo do Amarante e Taipu. Estima-se que sua população em 2017

seja de 13.370 habitantes. De acordo com os dados do IBGE, Ielmo Marinho representa

menos de 2% da população do RN e tem uma densidade demográfica de 39,01 habitantes por

Km².

O último Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM de Ielmo Marinho

no ano de 2010 ficou em 0,550 (Fonte: IBGE/2013). Comparando com os IDHM's anteriores

de 1991 (0,246) e 2000 (0,381), constatou-se um aumento significativo nesse índice que é

refletido pelas melhores condições de desenvolvimento e qualidade de vida adquiridas ou

oferecidas à população do município.

Economicamente falando, Ielmo Marinho é um município caracterizado pela obtenção

de renda vinda da agropecuária, pela criação de caprino, bovinos e aves e pela plantação

sustentável de abacaxi e cana-de-açúcar. No entanto, segundo o IBGE em 2010,

aproximadamente 4.367 pessoas com 10 anos ou mais de idade ainda não tinham nenhum tipo

de rendimento nominal mensal.

Em relação ao nível de instrução dos munícipes, atentemos para os dados com vista

negativa para a gestão municipal, no censo educacional feito pelo IBGE em 2010 constatou-se

mais de 7 mil pessoas sem instrução ou ensino fundamental incompleto. Caso esse que pode

ter se revertido nos anos seguintes à coleta dos dados.

No tocante a estrutura organizacional da Secretaria de Saúde, segue a síntese

estratégica com direcionamento de atividades e recursos humanos presente em cada uma

delas.

- Área Estratégica: Gestão Pública;

- Atividades: Gerenciamento Municipal;

- Nº de Funcionários: 02;

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- Área Estratégica: Regulação;

- Atividades: Marcação de Consultas e Confecção do Cartão SUS;

- Nº de Funcionários: 03;

- Área Estratégica: Vigilância em Saúde - Vigilância Sanitária;

- Atividades: Controle de água para consumo humano e Ações da VISA;

- Nº de Funcionários: 02;

- Área Estratégica: Vigilância em Saúde - Vigilância Epidemiológica;

- Atividades: Coordenação da Atenção Básica, dos Agravos de Notificação Compulsória e

suporte básico em ações estratégicas em saúde;

- Nº de Funcionários: 05;

- Área Estratégica: Vigilância em Saúde - Controle de Zoonozes;

- Atividades: Coordenação dos Agentes de Combate às Endemias e da Campanha Nacional

de Vacinação contra Raiva - Programa de Erradicação da Leishimaniose;

- Nº de Funcionários: 02;

- Área Estratégica: Administração e Orçamento;

- Atividades: Controle e revisão de finanças orçadas junto ao Fundo Municipal de

Saúde/FMS;

- Nº de Funcionários: 02;

Fonte: Setor Administrativo da SMS

Reforçando a ideia de organização do Sistema no município de Ielmo Marinho,

lançamos o quantitativo de Recursos Humanos lotados na Secretaria Municipal de Saúde para

nível de informação e clareza deste projeto, de interesse público e de cunho sócio-político e

econômico.

A rede assistencial do Sistema Único de Saúde – SUS neste município é composta

pelos serviços público municipal e os serviços privados com fins lucrativos.

O total de Famílias cadastradas no PSF é de 3.385, com um percentual de 95,08%, de

cobertura, com 05 equipes do Programa Saúde da Família, distribuídas na zona urbana e rural,

05 equipes de saúde bucal e 29 agentes comunitários de saúde. Contamos, ainda com os

serviços de saúde realizados no Posto de Saúde de Boa Vista, Posto de Saúde de Telha A e no

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Posto de Saúde de Chã do Moreno. O município possui, portanto 08 unidades de saúde,

obedecendo à seguinte distribuição:

Equipe ESF 01 – Centro de Saúde de Ielmo Marinho (Zona Urbana)

Equipe ESF 02 – Unidade de Saúde Canto de Moça (Zona Rural)

Equipe ESF 03 – Unidade de Saúde de Alegria (Zona Rural)

Equipe ESF 04 – Unidade de Saúde de Umari (Zona Rural)

Equipe ESF 05 – Unidade de Saúde de Nova Descoberta (Zona Rural)

Posto de Saúde de Telha A - (Zona Rural)

Posto de Saúde de Chã do Moreno - (Zona Rural)

Posto de Saúde de Boa Vista - (Zona Rural)

Os serviços de caráter municipal constituem-se em atenção primária e de média

complexidade.

Logo, seguem os quantitativos de serviços de saúde disponíveis no âmbito municipal.

SERVIÇOS DE SAÚDE PUBLICO

Laboratório de analises Clinica/Bioquímico 01

Núcleo de Apoio a Saúde da Família - NASF 01

Unidades Básicas de Saúde 08

Equipe Estratégia Saúde da Família 05

Programa Saúde na Escola – PSE 01

Secretaria Municipal de Saúde 01

Equipe de Saúde Bucal 05

Farmácia Básica 01

Vigilância Sanitária 01

Vigilância Epidemiológica 01

Fonte: CNES/Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

Os atores envolvidos nesse projeto, ou que serão entes de intenção de execução deste,

serão os técnicos de saúde que trabalham com os sistemas de informação em saúde nos

diversos setores da secretaria de saúde do município em questão, os coordenadores de setores

que integrem sistemas de informação em saúde e o mediador/facilitador para a realização das

aulas teóricas e práticas.

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3.2. Elementos do Plano de Intervenção

Mediante estudos previamente realizados, levando em conta as atividades propostas

por este curso de especialização, pode-se evidenciar que a Secretaria de Saúde de Ielmo

Marinho não possui um Plano Municipal de Educação Permanente e Continuada (PMEPC)

que permita estabelecer motivo de estudo permanente sobre os sistemas de informação em

saúde trabalhados na atenção básica assim como especificamente as subnotificações

existentes no que tange as patologias abordadas neste curso.

Nesse sentido, o presente projeto de intervenção apresenta uma proposta de um plano

de estruturação de um curso de capacitação e aperfeiçoamento para os profissionais que lidam

com os Sistemas de Informação em Saúde do Município de Ielmo Marinho com o objetivo de

garantir o registro adequado das informações. Considerando que na SMS o setor de

Informação em Saúde não é um setor formalizado traçou-se o seguinte plano para ampliar e

aprimorar o registro das informações coletadas.

O Curso de Capacitação em Sistemas de Informação em Saúde será realizado em vinte

encontros presenciais (que compreende uma carga horária de 120 horas de teorização) e dez

encontros para realização das práticas (40 horas) com o objetivo de qualificar os profissionais

na área de informação em saúde, no contexto do correto uso de informações, promovendo a

qualidade da assistência de acordo com os indicadores dos serviços de saúde.

O curso de Capacitação em Sistemas de Informação em Saúde compõe-se de três

Eixos:

Eixo I - Conhecendo o sistema de informação em saúde do Sistema Único de Saúde

(Reconhecer os Sistemas de Informação em Saúde, bem como o gerenciamento e o processo

de trabalho destes no sistema de atenção à saúde);

Eixo II - Fundamentando a utilização das informações em saúde para a melhoria e qualidade

da assistência;

Eixo III - A realidade escondida pelas subnotificações (viabilizar a regularização dos casos

subnotificados para melhoria dos indicadores de saúde).

O mesmo será ministrado no período vespertino e terá 2 horas de duração cada

encontro.

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Durante o curso, os participantes serão instigados mediantes técnicas de ensino-

aprendizagem a se envolverem e participarem ativamente nas discussões levantadas durante

as aulas teóricas. Isso possibilitará a interação entre os participantes e contribuindo para um

ambiente de aprendizagem mais participativo e integralizado (BERBEL, 1998).

Em meio ao contexto teórico, será de grande importância a integração da teoria com as

experiências vividas no dia a dia por cada participante, possibilitando assim, uma visão mais

ampla dos desafios enfrentados no que tange o trabalho com os sistemas de informação em

saúde e as necessidades apresentadas que precisam ser sanadas.

As atividades pedagógicas proposta para este curso objetivam ampliar, aprofundar,

fortalecer e desenvolver a criatividade e as potencialidades dos participantes, estimulando a

sua participação no processo de ensino aprendizagem, por meio dos conhecimentos prévios,

das emoções e das vivências em seu dia-a-dia no processo de trabalho, sendo este, a fonte e o

fim das reflexões (ACRE, 2013).

O curso se desenvolverá em dois momentos. O primeiro será teórico em sala de aula

com o objetivo de trazer a problematização encontrada no ambiente de trabalho frente aos

sistemas de informação em saúde. O segundo momento consistirá em abordar tais conceitos

teóricos na prática dos serviços de saúde, estabelecendo uma relação entre teoria e prática, na

atuação dos sistemas dentro dos serviços de saúde.

Nos dois momentos espera-se a participação integral dos 10 (dez) participantes que

compõem o corpo técnico em questão sobre a tutoria dos instrutores que serão em maior

número os coordenadores dos setores nos quais os sistemas de informação estão inseridos

além de técnicos da III URSAP/João Câmara especializados nos sistemas que serão abordados

pela capacitação.

A aprendizagem do aluno será avaliada com fins a ajudar no seu desenvolvimento

pessoal, propiciando sua integração consigo mesmo e ajudando-o na apropriação de

aprendizagens significativas, considerando a condição de aluno/trabalhador em formação e,

verificadas as competências durante o processo de aprendizagem.

A avaliação das competências será feita mediante seu exercício profissional, visíveis

em situações da realidade do aluno, que ocorre em tempo definido, pois a observação do

desempenho permite ao mediador identificar a utilização que o aluno faz daquilo que sabe

(habilidades e saberes articulados e mobilizados), dentro das perspectivas diagnóstica,

dialógica e processual, executando aquilo aprendido em sala de aula e nas discussões feitas

dentro do processo ensino-aprendizagem;

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Avaliando o desempenho do educando durante as sessões do curso, tanto teóricas

quando práticas, observando a participação e integração dele a turma e corroborando o que

está sendo aprendido com a sua realidade.

As atividades desenvolvidas no ambiente dos setores serão supervisionadas por

profissionais coordenadores destes, especializados na temática desenvolvida.

3.3. Fragilidades e Oportunidades

Fragilidades

- Assiduidade dos participantes;

- Apoio financeiro e administrativo da gestão executiva municipal;

Oportunidades

- Interesse da gestão em saúde municipal na execução do projeto de intervenção;

- Interesse dos profissionais em dar início à execução das atividades para a elaboração do

projeto de intervenção;

- Participação das coordenações setoriais da secretaria de saúde na elaboração do curso de

capacitação;

- Tal projeto de intervenção é o pontapé inicial para o interesse em elaborar o Plano

Municipal de Educação Permanente e Continuada.

3.4. Processo de Avaliação

Os relatórios dos sistemas de informação em saúde os quais os participantes do curso

trabalham também servirão de instrumentos para o processo de avaliação do projeto de

intervenção, visando à união da percepção da aprendizagem sendo levada para a realidade do

campo de trabalho. Tal avaliação servirá de base para a mensuração do alcance dos objetivos

propostos mediante a aplicabilidade desse projeto de intervenção. É importante que os

objetivos propostos sejam atingidos visando à qualidade do projeto frente à necessidade

encontrada no setor a que se direciona a capacitação.

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4. Considerações Finais

A informação deve ser considerada como uma ferramenta de grande relevância

quando da necessidade de avaliação das atividades e ações advindas do SUS. Tais

informações revelam estados financeiros, socioeconômicos, demográficos, de saúde, de

alimentação, de mortalidade de morbimortalidade, de gestão de organização e de avaliação

dos componentes constituintes do SUS.

Para isso, as informações são coletadas nos Sistemas de Informações em Saúde e são

analisados e processados com a finalidade de geração de indicadores que servirão de base

para a realização satisfatória ou não da prestação da assistência ao usuário do sistema de

saúde. Esses indicadores servirão de base para a confecção de relatórios que subsidiarão os

processos de auditoria do SUS. Mediante esses relatórios as auditorias terão a finalidade de

mostrar o equilíbrio e o controle que a qualidade da assistência em saúde precisa ter nos

serviços de saúde.

No entanto, mesmo com a consciência da importância do uso desses SIS no processo

de Auditoria do SUS, nota-se que existe ainda uma grande resistência por parte dos gestores

em implantarem esses SIS e fazerem deles ferramentas reais de controle e avaliação da

assistência prestada nos serviços de saúde.

Diante disso, são necessárias conscientização dos gestores de saúde a respeito da

importância do uso adequado dos SIS e a constante fiscalização e controle por parte das

esferas municipal, estadual e federal sobre esta contínua atualização dos SIS, assim como o

aumento e capacitação permanente dos recursos humanos disponibilizados em cada esfera

para trabalhar com os SIS.

Assim, é necessário sempre que se lance mão de políticas publicas direcionadas ao

fomento da utilização consciente dos SIS como fonte real de melhoria da qualidade da

assistência prestada no SUS.

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5. Referências

1. ACRE. Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha. Plano de Desenvolvimento

Institucional. Rio Branco-Ac, 2011.

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. 1999. Disponível em:

http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/345/entenda-o-sus.html. Acesso em: 2 abr.

2017.

3. ______. Ministério da Saúde. Departamento Nacional de Auditoria do SUS. Auditoria do

SUS – Orientações Básicas. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: Ministério

da Saúde, 2001.

4. ______.Ministério da Saúde. Departamento Nacional de Auditoria do SUS. Orientações

para uso de Sistemas Informatizados em Auditoria do SUS. Brasília: Ministério da

Saúde, 2006

5. BERBEL NAN. Metodologia da problematização. Experiências com questões de

ensino superior, ensino médio e clínica. Londrina (PR): Ed. UEL; 1998.

6. GUIMARÃES, E. M. P.; ÉVORA, Y. D. M. Sistema de informação: instrumento para

tomada de decisão no exercício da gerência. Ciência da Informação, Brasília, v. 33, n.

1, p.72-80, jan./abr.2004.

7. Secretaria Municipal de Saúde de Ielmo Marinho. Plano Municipal de Saúde de Ielmo

Marinho 2014/2017. Ielmo Marinho/RN. 2013.

8. _______. Relatório Quadrimestral – 1º Quadrimestre de 2016. Ielmo Marinho/RN.

2016.

9. Secretaria do Estado de Santa Catarina. Controle, avaliação e auditoria em saúde. Santa

Catarina: SUS, 1994.

10. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 4.

ed. São Paulo: Atlas, 2002

11. SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal da Saúde. Coordenação de Epidemiologia e

Informação – CEInfo. Inventário dos Sistemas de Informações em Saúde - SUS. São

Paulo: CEInfo, 2011.

12. SEGANTIN, R. Sistema de Informação em Saúde - SUS. Enfermagem - Unip, São Paulo

- SP, 2012. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABCdIAF/sistema-

informacao-saude-sus. Acesso em: 1 abr. 2017.

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Apêndices

APENDICE 01

Segue abaixo a proposta de cronograma das atividades que serão realizadas no

decorrer da execução do Curso de Capacitação

CRONOGRAMA

Atividades – 2017 Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Inicio da construção do

projeto de intervenção; X

Conversa com Secretário e

Coordenadores sobre o

projeto de intervenção; X

Elaboração da

programação de encontros; X

Convocação dos

participantes; X

Organização do material a

ser utilizado; X

Realização dos encontros; X X X

Realização das atividades

práticas; X X

Realização de relatório de

execução do curso; X

Finalização do Projeto de

Intervenção. X

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APENDICE 02

Segue a proposta de orçamento das atividades que serão realizadas no decorrer da

execução do Curso de Capacitação

ORÇAMENTO

Especificação do Material

Material de Consumo Quantidade Preço Unitário (R$) Preço Total (R$)

Resma de Papel A4 05 12,50 62,50

Pasta com elástico 10 0,50 5,00

Caneta Esferográfica 10 0,50 5,00

Lápis 10 0,35 3,50

Borracha 10 0,35 3,50

CD-RW 10 1,00 10,00

Pen Drive 8Gb 10 25,00 250,00

Xerox 2000 0,15 300,00

SUBTOTAL 636,00

Especificação do Material

Serviços a Terceiros Quantidade Preço Unitário (R$) Preço Total (R$)

Combustível/L 241 3,74 901,34

Créditos/Telefone - - 140,00

SUBTOTAL 1041,34

TOTAL 1677,34