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Projecto Educativo

Triénio 2009-2012

«O projecto não é uma simples representação do futuro,

mas um futuro para fazer, um futuro a construir, uma ideia a

transformar em acto.»

Jean Marie Barbier

Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima

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Projecto Educativo - “Crescimento Sustentado: Eu, a Minha Escola e o Mundo”. 1

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 3

QUEM SOMOS? ...................................................................................................................................... 7

1. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO ENVOLVENTE .................................................................................. 8

1.1. Situação Física e Geográfica ............................................................................................................ 8

1.2. Tecido Sócio-Económico e Nível de Escolarização ........................................................................ 10

2. CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO ...................................................................................... 13

2.1. Constituição do Agrupamento ......................................................................................................... 13

2.2. Administração e Gestão do Agrupamento ...................................................................................... 15

2.2.1. Órgãos de Gestão e Administração do Agrupamento ................................................................. 15

2.2.2. Princípios Gerais Orientadores da Gestão e Administração do Agrupamento ............................ 15

2.3. Organograma do Agrupamento....................................................................................................... 16

2.4. Caracterização Sumária dos Estabelecimentos de Ensino e Educação do Agrupamento ............ 17

2.5. População Escolar e Recursos Humanos ....................................................................................... 18

2.6. Oferta Educativa .............................................................................................................................. 23

2.7. Medidas de Apoio Educativo ........................................................................................................... 24

2.8. Actividades de Enriquecimento Curricular ...................................................................................... 25

2.9. Actividades de Ocupação Plena dos Tempos Escolares dos Alunos ............................................ 26

2.10. Serviços Especializados de Apoio Educativo ............................................................................... 27

2.10.1. Educação Especial ..................................................................................................................... 27

2.10.2. Serviços de Psicologia e Orientação ......................................................................................... 28

2.10.3. Equipa Multiprofissional ............................................................................................................. 29

2.10.4. Acção Social Escolar (A.S.E.) .................................................................................................... 30

2.11. Espaços Específicos da Escola Sede ........................................................................................... 30

2.12. Recursos Pedagógico-Didácticos ................................................................................................. 31

2.12.1. Biblioteca Escolar ....................................................................................................................... 31

2.12.2. Equipamentos Informáticos ........................................................................................................ 32

2.12.3. Equipamento Audiovisual ........................................................................................................... 32

2.12.4. Instalações Gimnodesportivas ................................................................................................... 32

2.13. Regime de Funcionamento das Escolas do Agrupamento ........................................................... 33

2.14. Presença do Agrupamento na Internet ......................................................................................... 33

2.15. Parcerias ....................................................................................................................................... 34

3. PRINCÍPIOS, FUNÇÕES E FINALIDADES DO PROJECTO EDUCATIVO...................................... 35


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4. DIAGNÓSTICO DAS SITUAÇÕES PROBLEMA ............................................................................... 36

4.1. As Nossa Interrogações .................................................................................................................. 37

4.2. Os Nossos Problemas ..................................................................................................................... 37

O QUE QUEREMOS SER … ................................................................................................................. 39

5. VISÃO ESTRATÉGICA ...................................................................................................................... 42

5.1. Missão ............................................................................................................................................. 42

5.2. Valores Instituídos, a Instituir e a Sedimentar................................................................................. 42

5.3. Princípios Orientadores ................................................................................................................... 44

5.4. Valores Fundamentais .................................................................................................................... 44

5.5. Finalidades do Projecto Educativo .................................................................................................. 45

5.6.Metas a Atingir pelo Projecto Educativo .......................................................................................... 46

6. PLANO GERAL DA ACÇÃO EDUCATIVA ........................................................................................ 48

6.1. Acções a Implementar ..................................................................................................................... 48

6.2. Áreas de Intervenção Prioritárias .................................................................................................... 49

6.2.1. Educação para a Cidadania ......................................................................................................... 50

6.2.2. Educação para a Saúde, Sexualidade, Segurança, Desporto e Cultura ..................................... 51

6.2.3. Inovação, Qualidade Pedagógica e Organizacional .................................................................... 52

6.2.4. Auto-Avaliação ............................................................................................................................. 57

7. INSTRUMENTOS DE EXECUÇÃO DO PROJECTO ........................................................................ 58

7.1. Projecto Curricular de Agrupamento/Projecto Curricular de Turma ............................................... 58

7.2. Plano Anual de Actividades............................................................................................................. 59

7.3. Regulamento interno ....................................................................................................................... 59

7.4. Plano de Formação ......................................................................................................................... 59

7.5. Planos Específicos (Âmbito Nacional e de Escola) ........................................................................ 59

7.6. Projectos, Clubes, Parcerias e Protocolos ...................................................................................... 60

8. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJECTO ................................................................... 61

8.1. Avaliação Externa e Auto-Avaliação ............................................................................................... 61

8.2. Objectivos da Auto-Avaliação ......................................................................................................... 62

8.3. Equipa de Auto-Avaliação ............................................................................................................... 62

8.4. Critérios para Formulação de Indicadores de Desempenho .......................................................... 63

8.5. Instrumentos de Avaliação .............................................................................................................. 63

8.6. Metodologia da Avaliação ............................................................................................................... 64

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................... 65


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INTRODUÇÃO

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A autonomia do Agrupamento concretiza-se na elaboração de um Projecto Educativo

próprio, pensado e concebido de forma participada, norteado pelos princípios de

responsabilização dos vários intervenientes no espaço educativo e formativo e da

adequação às características, expectativas e recursos da comunidade em que se insere.

O Projecto Educativo do Agrupamento emerge assim, como um instrumento que

formula os princípios, define finalidades e objectivos e propõe as estratégias a implementar

no espaço organizacional e educativo, funcionando como factor impulsionador da

autonomia. Pode, por conseguinte, afirmar-se que o Projecto Educativo do Agrupamento

exprime a ambição dentro das limitações materiais e humanas que são características do

sistema e do Agrupamento. Através do Projecto Educativo o Agrupamento constrói a sua

identidade num espaço de decisão e acção centrada nos problemas, necessidades e

ambições que lhe são peculiares.

O Projecto Educativo pode e deve ser, simultaneamente, um factor de inovação, de

orientação e condução de mudanças transformadoras da acção educativa e um elemento

estruturante do planeamento da acção, conferindo-lhe, desta forma, um carácter estratégico

e prospectivo.

A finalidade do Projecto Educativo é apresentar as linhas orientadoras da actividade

educativa em articulação com as linhas orientadoras da política nacional, sublinhando e

assegurando a continuidade das intervenções educativas e de projectos de Agrupamento

bem sucedidos e apontando novas metas de desenvolvimento, face ao conjunto de

carências e deficiências sinalizadas na estrutura e no funcionamento de cada

estabelecimento.

O Projecto Educativo constitui-se, então, como um documento de planificação

estratégica plurianual, de natureza geral, aberto e dinâmico, resultante e gerador de

consensos, consubstanciador da participação de toda a comunidade educativa. Preconiza

uma intervenção globalizante, propondo um modelo geral de organização, afirmando os

valores, políticas e objectivos da instituição, configurando toda a acção numa linha

estratégica, dominada pela capacidade de prever e antecipar uma situação desejada,

concretizável a curto e a médio prazo, através de um conjunto de documentos de

planificação operatória, a saber: Projecto Curricular de Agrupamento; Plano Anual de

Actividades; Projectos Curriculares de Turma; Regulamento Interno; Orçamento; Projecto de

Avaliação Interna.


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Este Projecto Educativo surge da necessidade de mudança e adaptação à constante

evolução da sociedade em que o Agrupamento está inserido, tendo em conta os princípios

constantes da Lei de Bases do Sistema Educativo, reafirmados nos artigos 3.º e 4.º do

Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, onde é inequívoca a ascensão de um ideal de

cidadão livre, responsável, autónomo, solidário, com espírito crítico, defendendo os

princípios de vivência democrática, respeitando os outros e a si próprio, empenhado na

transformação progressiva do meio social envolvente.

Este Projecto Educativo define as estratégias que vão fazer do Agrupamento de

Escolas de Aguada de Cima, um espaço organizacional onde se decidem e se implementam

os desafios educativos, funcionando como factor impulsionador da sua autonomia, de

acordo com o previsto na lei. Deve constituir-se num quadro de referência, ao longo do

próximo triénio, com base nos valores e princípios educativos, que fundamentem a definição

de orientações gerais, abarcando todas as formas de intervenção, tanto a nível interno

quanto a nível externo, em relação às quais o Agrupamento se proponha intervir.

Deve o Projecto Educativo reflectir uma maior disponibilidade para a negociação e

articulação com outras forças vivas da comunidade, nomeadamente o empresarial. A

necessidade de encontrar apoios e de corresponder a um papel que contribua para o

efectivo desenvolvimento local, assim o determina, sendo certo que a sua afirmação, a

médio e a longo prazo, se faz através da construção de respostas articuladas e efectivas às

expectativas do contexto local. É este o caminho para a afirmação de um contrato de

autonomia de génese interna, ao contrário da habitual determinação externa.

Nesta perspectiva, e a título de exemplo, a afirmação de uma oferta curricular da

Língua Espanhola e a disponibilização de uma oferta formativa cada vez mais pragmática

em áreas devidamente identificadas com as necessidades do mercado de emprego afirma-

se como uma necessidade de melhor servir a Comunidade. Nesta perspectiva, impõe-se um

amplo debate com aqueles que são os utilizadores do serviço que o Agrupamento presta.

Este Projecto Educativo procede à identificação dos diversos aspectos de

especificidade que o distinguem e o identificam como comunidade singular, criando uma

identidade própria que deverá ver-se reflectida numa Cultura de Escola referenciada a

valores e princípios orientadores.

A responsabilização institucional dos Agrupamentos perante o Estado e a sociedade

civil exigem que o desenvolvimento dos seus Projectos Educativos seja avaliado

externamente pela Inspecção Geral da Educação e vincula-nos à adopção de práticas de

planeamento estratégico que visem estabelecer adequados planos de melhoria do

desempenho pedagógico e organizacional do Agrupamento e, simultaneamente, ao

estabelecimento de um eficaz sistema de auto-avaliação institucional.


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Deste modo, apenas uma visão estratégica do futuro do Agrupamento permite identificar e

planear, com rigor e sustentada ambição, os critérios de qualidade e a dinâmica de sucesso

que podemos conferir-lhe. Se o conseguirmos poderemos constatar com redobrado e

justificado orgulho, que seremos:

Um Agrupamento que promove a Educação orientada para desenvolver a liberdade e a

autonomia, a generosidade e a solidariedade, para valorizar e respeitar o ambiente natural

e para favorecer o desenvolvimento integral da pessoa no âmbito intelectual, afectivo,

físico, artístico, cívico, emocional, moral e espiritual;

Um Agrupamento de excelência educativa, que prepara os seus alunos para uma

permanente adaptação aos desafios sociais, económicos, culturais, tecnológicos e do

meio em que vivem;

Um Agrupamento olhado e percebido como prestador de um inovador e qualificado serviço

público de educação, totalmente aberto à comunidade, apelando e valorizando a

participação activa de todos os seus intervenientes.


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MODELO ORGANIZATIVO DO PROJECTO EDUCATIVO

. Componente de . Pré-Escolar

Apoio à Família +

. 1º Ciclo

. Directores de Turma

. Cursos Educação Formação

. Conselho Docentes Pré-Escolar

. Conselho Docentes 1º Ciclo

. Departamentos . SPO

. Áreas Curriculares . Educação Especial/

Não Disciplinares Núcleo Apoios Educativos Percursos Curriculares Alternativos:

. Cursos Educação Formação

Caracterização contextualizada do Agrupamento de Escolas

(Ponto de partida/análise de problemas/diagnóstico de necessidades)

Planos Anuais: Organização escolar

Áreas Curriculares Não Disciplinares

Actividades de Enriquecimento Curricular

Ocupação de Tempos Livres

Plano de Formação

Projectos/Parcerias

PLANO CURRICULAR DE AGRUPAMENTO

Orientações Curriculares

Pré-Escolar

Actividades Curriculares

1º Ciclo

Actividades Enriquecimento

Curricular

Actividades Curriculares 2º/3º

Ciclos

Actividades de

Coordenação

Serviços

especializados de

Apoio Educativo

Áreas Curriculares

PROJECTO EDUCATIVO

Finalidades Objectivos Estratégias

Actividades de

Ocupação Plena dos

Tempos Escolares

Áreas Curriculares

Não Disciplinares


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QUEM SOMOS?


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1. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO ENVOLVENTE __________________________________________________________________________________________

1.1. Situação Física e Geográfica

O Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima situa-se no extremo sul do Concelho

de Águeda e pertence ao distrito de Aveiro, abrangendo a área geográfica das freguesias de

Agadão, Aguada de Baixo, Aguada de Cima, Barrô e Belazaima do Chão.

Esta região é povoada, desde o tempo dos romanos, como o prova a Estação

Arqueológica do Cabeço Grande, a norte de Águeda. Em latim, esta região chamava-se

Acqua Lacta Jusa (de Cima) e Susa (de Baixo).

Obteve Carta de Foral Novo, em 13 de Agosto de 1514, pela mão do rei D. Manuel I

e pertenceu ao Mosteiro do Lorvão, tendo sido os monges a organizar o povoamento e o

cultivo das terras.

O território é constituído por encostas altas (Agadão, Vila Mendo, Guístola,

Guistolinha, Lomba e Sobreiro), entre as quais descem dois rios: o Agadão e o Águeda que

se vão juntar na Redonda (Belazaima do Chão). A partir daí, os terrenos são mais baixos

(Póvoa de Vale de Trigo, Póvoa de Baixo, Bustelo e Forcada) e estendem-se por vales

cortados pela Ribeira do Cadaval (Aguada de Cima), formando uma extensa bacia até ao rio

Cértima (Aguada de Baixo e Barrô).

O contraste entre a floresta e as ribeiras, onde se criam trutas; entre as terras de

cultivo e as povoações em cascata na serra; entre os campos do arroz de Barrô e as zonas

planas favorecidas com águas abundantes, fazem desta zona uma região com

potencialidades turísticas que, aliadas aos dotes gastronómicos da região, atraem todos os

dias numerosos visitantes. As paisagens são repousantes e bucólicas, merecendo especial

referência três belíssimos parques de lazer com óptimas condições: o Parque de Campismo

de Aguada de Baixo, o Parque do Sabugueiro e o Parque da Várzea.

O clima é temperado, mas húmido, o que favorece o desenvolvimento de grandes

áreas de floresta de eucaliptos e pinheiros. Nas zonas baixas, surgem pastagens para

criação de gado. Nas regiões mais alagadas, é feita a plantação do arroz como, por

exemplo, no vale do Cértima onde os terrenos foram emparcelados e o trabalho é feito por

máquinas modernas.

As zonas de maior extensão são encostas altas e, por isso, pouco atraentes para a

população que, nessas zonas, vive quase exclusivamente da silvicultura.

Os centros mais densamente povoados são Aguada de Cima, Aguada de Baixo e

Barrô, que, situando-se em zonas quase planas, estão ainda próximas de uma grande via

de comunicação, a EN1/IC2, junto à qual as indústrias se implantaram e floresceram.


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Esta realidade contrasta com o despovoamento das freguesias de Agadão e de

Belazaima do Chão, mais interiores e com acessos condicionados, com uma paisagem mais

acidentada em que a população se dedica principalmente a actividades ligadas ao sector

primário (silvicultura e agricultura).

Figura 1 - Mapa do concelho de Águeda

- Localização das freguesias do Agrupamento


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Quadro 1 – Indicadores de Contextualização do Concelho de Águeda

Designação do Indicador

Águeda Baixo Vouga Ano

Área Total (Km2)

335,3 1802,1 2001

População Residente HM

49041 385724 2001

População Residente H

23764 186574 2001

População Presente HM

47992 378087 2001

População Presente H

23226 181624 2001

População Residente H, em 1991

21469 169267 1991

Famílias Clássicas Residentes

16103 129654 2001

Famílias Institucionais

12 116 2001

Alojamentos Familiares - Clássicos

19661 170225 2001

Taxa de analfabetismo HM, em 1991

8,8 8,9 1991

Taxa de analfabetismo HM

7 7,1 2001

Fonte: INE - Recenseamento da População 2001

A área abrangida pelo Agrupamento é de 96 km2. De acordo com o último Censo do

INE, de 2001, o número total de habitantes é de 8775, distribuídos da seguinte maneira:

Quadro 2

Freguesias População Residente Superfície

Agadão 496 39,4 km2

Aguada de Baixo

1699

3,8 km2

Aguada de Cima

3952

28,4 km2

Barrô

2040

6,3 km2

Belazaima do Chão

588

19,0 km2

A população residente tem conhecido uma evolução positiva, continuando a crescer,

devido à atracção que o tecido industrial e comercial exerce sobre pessoas à procura de

emprego.

1.2. Tecido Sócio-Económico e Nível de Escolarização

Olhando para o tecido sócio-económico e cultural em que o Agrupamento está

inserido, verifica-se que é uma zona de implantação de indústrias, desde as Almas da

Areosa até ao Vale do Grou, continuando na zona industrial de Barrô. A indústria mais

antiga é a da cerâmica de barro vermelho (telha e tijolo) e foi ela que começou a aceitar e a


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procurar trabalhadores de outras regiões, principalmente de Tondela e Viseu. Estas

pessoas, muitas vezes, desenraizadas, a viver sobretudo junto às cerâmicas, em condições

precárias originaram bolsas de pobreza.

A expansão económica trouxe o desenvolvimento urbanístico e social, bem patente

numa observação das ruas, mas também nas realizações culturais, recreativas e

desportivas e pelos serviços de apoio à infância, à juventude e à terceira idade.

Subsistem os desequilíbrios próprios de uma zona industrial. A repartição da riqueza

é desigual e as classes mais favorecidas de famílias nucleares (pai, mãe e um ou dois

filhos), em que o casal trabalha (por vezes, fora do concelho) confiam os filhos aos quatro

colégios que existem nas proximidades por se ajustarem melhor aos seus horários.

Segundo dados oficiais, o Concelho de Águeda em relação ao resto do país

apresenta melhores condições de empregabilidade. No entanto, há alguns dados que se

deverão considerar, nomeadamente os desempregados e os beneficiários do rendimento

social de inserção existentes no concelho.

Quadro 3 - Desemprego no Concelho de Águeda

Níveis de

escolaridade

1ºciclo

2ºciclo

3ºciclo

Secundário

Superior

Total

645

380

289

292

203

1809

Grupo etário

< 25

25-34

35-54

55 anos e >

Total

299

428

710

372

1809

Observa-se que grande parte dos desempregados tem um baixo nível de

competências académicas e se situa no grupo etário dos 35-54 anos, o escalão etário de

muitos dos encarregados de educação dos alunos que frequentam o 2º e 3º ciclos.

Se analisarmos os dados disponíveis acerca da população das freguesias de

abrangência do Agrupamento, verificamos que a taxa de analfabetismo é (de acordo com o

último censo 2001 do INE), em geral, muito elevada (10%), como se pode observar no

quadro:


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Quadro 4

Aguada de

Cima

Aguada de

Baixo

Barrô

Belazaima

Agadão

Escolaridade

Frequência do ensino médio

452 189 266 70 30

Frequência de ensino superior

256 111 137 40 9

População a estudar (em todos os anos)

708 382 414 99 86

Taxa geral de analfabetismo

9,6% 11% 9,5% 10,2% 19,3%

Pirâmide de idades

Mais de 65 anos

552 251 260 131 127

Dos25 aos 64 anos

2135 905 1117 306 243

Dos 15 aos 24 anos

627 239 319 79 69

Dos 0 aos 14 anos

638 304 344 72 57

Densidade populacional

Habitante /km2 139,2 450 324,5 31 12,6

Taxa de actividade*

50%

47,5%

45,2%

48,1%

68,3%

* Taxa de Actividade = População activa / população residente x100

O ensino médio ou superior foi frequentado por 7% da população em Agadão; 17%

em Aguada de Baixo; 18% em Aguada de Cima; 19,7% em Barrô; 18,7% em Belazaima.

Observando a pirâmide etária comparativamente nas cinco freguesias, verifica-se

que os jovens que estão a frequentar o ensino (todos os anos) ultrapassam, em todas as

freguesias, os números que correspondem à faixa etária «0-14 anos», o que quer dizer que

alguns prosseguem os estudos até aos 24 anos.

Apreciando a taxa de actividade, verifica-se que ronda os 50% em Aguada de Cima,

Aguada de Baixo, Belazaima do Chão. Em Barrô, é um pouco mais baixa (45,2%). A

população de Barrô é mais jovem, o número de indivíduos até aos 24 anos é de 663 e o

número de idosos é a terça parte. Em Agadão, a taxa de actividade apresentada é de

68,3%, o que indica uma população envelhecida. O número de indivíduos até 24 anos é

igual ao dos idosos.

No sentido de aprofundar o conhecimento económico e de contextualizar os sinais

exteriores de carências económicas da população, importa apresentar os dados, fornecidos

pelo Centro Regional de Segurança Social de Aveiro, relativamente ao rendimento social de

inserção atribuído a beneficiários das freguesias de referência até 13 de Novembro de 2009.

Quadro 5 – Agregados Familiares com Rendimento Social de Inserção

Agadão Aguada de

Baixo

Aguada de

Cima Barrô

Belazaima do

Chão

10

58

41

9

6


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2. CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO __________________________________________________________________________________________

O Agrupamento de Escolas Aguada de Cima é uma unidade organizacional dotada

de órgãos próprios de administração e gestão, constituído por estabelecimentos de

educação pré-escolar e dos três ciclos da escolaridade básica.

A acção educativa do Agrupamento pretende, nos termos legais, garantir a coerência

e a continuidade entre os diferentes ciclos de educação básica, de acordo com o

enquadramento definido na Lei de Bases do Sistema Educativo, proporcionando uma visão

integradora dos três ciclos de escolaridade básica e a coordenação de iniciativas e de

projectos educativos.

Ainda no âmbito das suas finalidades, o Agrupamento visa tornar mais coerente a

rede educativa baseada em dinâmicas locais de associação, tendo por base projectos

educativos comuns e procurando superar situações de isolamento de escolas e de exclusão

social, sem perda da identidade própria de cada um dos estabelecimentos que o constituem.

Com o Agrupamento de Escolas pretende-se, essencialmente, concretizar as

finalidades seguintes:

Reforçar a capacidade pedagógica dos estabelecimentos que o integram e o

aproveitamento racional dos recursos;

Garantir a aplicação de um regime de autonomia, administração e gestão;

Favorecer um percurso sequencial e articulado dos alunos abrangidos pela escolaridade

obrigatória na sua área geográfica;

Superar situações de isolamento de estabelecimentos e prevenir a exclusão social;

Valorizar e enquadrar experiências em curso.

2.1. Constituição do Agrupamento

O processo de constituição do Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima inseriu-

se numa orientação global da política educativa que visava colocar a Escola no centro das

preocupações e do interesse das populações e entendê-la como um lugar nuclear do

processo educativo. Este novo entendimento de escola exigiu um esforço planeado de

ordenamento e de agrupamento de escolas, que se traduziu num novo regime legislativo de

autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos dos vários níveis de

educação e de ensino, desde a educação pré-escolar ao ensino secundário, consagrado

pelo Decreto – Lei n.º 115-A/98, de 4 de Maio, alterado, entretanto, pela Lei n.º 24/99, de 22

de Abril.


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ESCOLA SEDE

Escola Nº 2 de Aguada de Cima

(2º e 3º Ciclos)

JARDINS DE INFÂNCIA

ESCOLAS DO 1º C.E.B.

Barrô

Aguada de Baixo

Lomba-Agadão

Aguada de Cima

Aguada de Baixo

Belazaima do Chão

Lomba-Agadão

Barrô

No ano lectivo de 1999/2000 iniciaram-se encontros e reuniões preparatórias para a

constituição do agrupamento, tanto com professores responsáveis das diversas escolas que

hoje constituem o Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima, como com os responsáveis

do Centro de Área Educativa da zona.

A diversidade de população escolar das escolas abrangidas e a possibilidade de

serem criadas condições que possibilitassem um percurso escolar sequencial, coerente e

articulado, apoiado num trabalho pedagógico conjunto dos diversos professores das escolas

envolvidas, foi a base para a concretização do processo de constituição do Agrupamento de

Escolas de Aguada de Cima, que ocorreu em Julho de 2000 com a tomada de posse da

Comissão Instaladora. O processo formal da constituição e organização do agrupamento

deu-se com a eleição do Conselho Executivo do Agrupamento, que tomou posse em Julho

de 2001.

A constituição deste Agrupamento pretendeu, fundamentalmente, encontrar uma

estrutura que, respeitando a variabilidade funcional e operativa das escolas que o integram,

permitisse a existência de um projecto comum e contribuísse para uma unidade interna e

efectivamente articulada, promotora da elevação do nível educativo da sua comunidade.

O Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima, tem por Escola Sede a Escola

Básica nº 2 de Aguada de Cima (a qual integra os 2º e 3º ciclos do ensino básico), e inclui,

para além dela, três Jardins-de-infância (Lomba - Agadão, Aguada de Baixo e Barrô) e

quatro escolas do 1° ciclo (Aguada de Baixo, Aguada de Cima, Barrô, Belazaima do Chão).


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2.2. Administração e Gestão do Agrupamento

2.2.1. Órgãos de Gestão e Administração do Agrupamento

Relativamente ao modelo organizacional, este Agrupamento encontra-se estruturado

de acordo com o Regime de Autonomia, Administração e Gestão das Escolas, as alterações

que entretanto foram sendo introduzidas a esse regime e demais legislação.

São órgãos de direcção, administração e gestão do Agrupamento os seguintes:

Conselho Geral - A direcção do agrupamento de escolas é assegurada pelo Conselho

Geral, para a qual são democraticamente eleitos os representantes de professores, pais e

encarregados de educação, pessoal não docente, representantes da autarquia local e

representantes das associações de carácter cultural, artístico, científico, ambiental e

económico nos moldes definidos pela legislação aplicável;

Director - A gestão é exercida pelo Director, o qual também é eleito nos termos definidos

na legislação aplicável;

Conselho Pedagógico - O Conselho Pedagógico é o órgão de coordenação e orientação

educativa do Agrupamento, nomeadamente nos domínios pedagógico-didáctico, de

orientação e acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua do pessoal

docente e não docente, numa perspectiva de lhe conferir eficácia e assegurar a necessária

articulação curricular;

Conselho Administrativo - O Conselho Administrativo é um órgão de apoio com

competências definidas na lei em matéria administrativo-financeira e é formado pelo

Director e um Adjunto e pela Chefe dos Serviços de Administração Escolar.

2.2.2. Princípios Gerais Orientadores da Gestão e Administração do Agrupamento

Os órgãos de gestão e administração do Agrupamento exercem as suas funções

com observância dos seguintes princípios gerais:

Democraticidade e participação de todos os intervenientes no processo educativo, de

modo adequado às características específicas dos vários níveis de educação e de ensino;

Representatividade dos órgãos de administração e gestão da escola, garantida pela

eleição democrática de representantes da comunidade educativa;

Primado de critérios de natureza pedagógica e científica sobre critérios de natureza

administrativa;

Responsabilização dos diversos intervenientes no processo educativo;

Eficácia e eficiência da gestão escolar, garantindo a existência de mecanismos de

comunicação e informação;

Transparência dos actos de administração e gestão.


__________________________________________________________________________________________


Conselho Geral

Conselho Pedagógico

Director

Departamentos Coordenações

de Ciclo

Serviços Administrativos

(Chefe)

Outros

Serviços

Assessoria Técnico-Pedagógica

Línguas (Coordenador)

Ciências Humanas e

Sociais (Coordenador)

Ciências Exactas e

Naturais (Coordenador)

Expressões (Coordenador)

Conselhos de Disciplina

(Delegados)


(Delegados)


(Delegados)


(Delegados)

Pré-Escolar (Coordenador)

1º Ciclo (Coordenador)



Conselho de Educadores

Titulares de

Grupo

Educadores Titulares de

Grupo

Conselho de Professores

Titulares de

Turma

Professores Titulares de

Turma

Conselho de Directores de Turma -2º e 3º

Ciclos

Serviços Administração

Escolar

Serviços de Acção Social

Escolar

Assistência Operacional

(Encarregada)

Professora Bibliotecária

Pré-Escolar (Coordenador)

Observatório Qualidade das

Práticas (Avaliação Interna)

Coordenações: Departamento

Apoios Educativos

Estabelecimento Projectos

ACND

Conselho Administrativo

Directores de Turma

Conselhos de Turma

Comissões (Coordenadores)


Educadores de Infância

Professores do 1º Ciclo

2.3. Organograma do Agrupamento


__________________________________________________________________________________________


2.4. Caracterização Sumária dos Estabelecimentos de Ensino e Educação do Agrupamento

Fazem parte deste Agrupamento os Jardins-de-infância de Aguada de Baixo, Barrô e

Lomba. Todos os Jardins estão equipados com material adequado à realização das

actividades pré-escolares.

Relativamente ao 1º Ciclo, deste agrupamento fazem parte 4 escolas, a saber: E.B.

de Aguada de Baixo, E.B. Nº1 de Aguada de Cima, E.B. de Belazaima do Chão e E.B. de

Barrô. A E.B. da Lomba passou a ser uma sala de apoio da EB Nº1 de Aguada de Cima.

As escolas E.B. de Barrô, E.B. de Aguada de Baixo e E.B.Nº1 de Aguada de Cima

apresentam boas condições físicas.

A escola sede de Agrupamento é constituída por dois blocos de dois pisos com

quatro áreas distintas: zona dos Serviços Administrativos, Órgão de Gestão, sala dos

professores, Biblioteca Escolar; zona de salas normais; zona dos alunos; zonas

descobertas.

Existem locais e estruturas de apoio às aulas normais, aos alunos com

Necessidades Educativas Específicas ou com apoios pedagógicos e às actividades de

enriquecimento curricular, a saber: Biblioteca Escolar, salas de Informática, sala de

Educação Musical, sala de Educação Visual, Laboratório de Ciências Naturais e Físico

Químicas, sala de Educação Tecnológica, sala de Serviços de psicologia e Orientação e dos

Apoios Educativos.

A estrutura do edifício escolar, para além das actividades escolares, tem potencial

para o desenvolvimento de actividades de ocupação de tempos livres e o envolvimento em

actividades de enriquecimento curricular.

A Biblioteca Escolar, integrada na Rede de Bibliotecas Escolares, sofreu obras

profundas de remodelação no ano lectivo transacto. Constitui um espaço privilegiado de

trabalho intelectual e de ocupação de tempos livres. Está bem equipada em termos

materiais e ao nível dos recursos didácticos.

A escola sede dispõe de salas equipadas com computadores e data show. Seis salas

de aula possuem quadros interactivos.

A sala de professores está apetrechada com quatro computadores e impressora, o

que possibilita aos docentes prepararem as suas actividades.

Para a realização das tarefas administrativas dos Directores de Turma existe uma

sala própria, equipada com cinco computadores e impressora.

Há também uma sala de informática em cada bloco destinadas, essencialmente, às

aulas de TIC e ao Curso de Instaladores e Operadores de Sistemas Informáticos.

Não existe na escola um pavilhão desportivo, pelo que são utilizadas, num sistema

de parceria, as instalações desportivas da L.A.A.C..


__________________________________________________________________________________________


2.5. População Escolar e Recursos Humanos

a) Alunos

Com a recente crise no sector secundário, o desemprego aumentou em muitas

empresas da região e a população de onde provêm os nossos alunos foi confrontada com

uma degradação das condições de vida. Este facto é confirmado pelo aumento do número

de alunos com o apoio da Acção Social Escolar, nos últimos anos lectivos.

Muitas das famílias dos nossos alunos, provenientes de meios socioeconómicos e

culturais bastante desfavorecidos (casos de emprego precário, situações de desemprego,

famílias disfuncionais parcial ou totalmente dissolvidas), denotam, à partida, um fraco

conhecimento da necessidade de acompanhamento dos seus educandos e da importância

da ligação Escola/Meio. Esta atitude tem-se reflectido, por exemplo, na ausência de

Encarregados de Educação de alunos com problemas de aprendizagem e de com-

portamento nas diversas reuniões ou na não comparência na escola quando convocados.

Os alunos oriundos destas famílias apresentam, geralmente, grandes carências

afectivas, dificuldades de adaptação e de aprendizagem, falta de motivação, o que ocasiona

insucesso, que está, também, relacionado com a ausência de hábitos e regras de

comportamento, conflitos emocionais, de relação com os outros, problemas disciplinares e

comportamentos de risco, que conduzem por vezes ao abandono escolar.

Pelo contacto no dia a dia na escola observa-se que estas crianças são humildes e

carentes, aceitando as recomendações que lhes são feitas, mas revelando ao mesmo tempo

pouca motivação e persistência perante obstáculos surgidos, devido talvez à falta de auto-

confiança, por um lado, e, por outro, à falta de expectativas face ao futuro. Muitos revelam

dificuldades de aprendizagem derivadas de uma socialização mal apoiada, de um meio

familiar limitador, de falta de estimulação de determinados mecanismos cognitivos, bem

como de uma insuficiente orientação na ocupação dos seus tempos livres extra-escola.

O Agrupamento é frequentado por um total de 833 alunos do ensino pré-escolar ao

3ºciclo, distribuídos por 47 turmas, dando um rácio de 20 alunos por turma, tal como se pode

ver no quadro seguinte. Estão integrados nestas turmas 50 alunos que apresentam

Necessidades Educativas Especiais de carácter permanente e que beneficiam de medidas

de regime educativo especial ao abrigo do Decreto-Lei nº3/2008, de 7 de Janeiro.

No pré-escolar existe um total de 74 crianças, com idades compreendidas entre os

três e os seis anos, uma com necessidades educativas especiais.

No 1º ciclo, estão inscritos 397 alunos, cujas idades variam entre os seis e os quinze

anos, dos quais 19 apresentam necessidades educativas especiais.

No 2º ciclo, há um total de 161 alunos, com idades entre os nove e os quinze anos,

dos quais 17 apresentam necessidades educativas especiais.


__________________________________________________________________________________________


No 3º ciclo, estão matriculados 181 alunos, com idades compreendidas entre os onze

e os dezoito anos, dos quais 13 apresentam necessidades educativas especiais.

Existem também dois cursos de Educação e Formação – Serralharia Mecânica e

Instaladores e Operadores de Sistemas Informáticos – com 20 alunos no total, divididos

equitativamente.

No 1.º ciclo, beneficiam de apoio sócio-educativo 171 alunos, divididos pelos dois

escalões.

Quanto aos 2.º e 3.º ciclos, 173 dos alunos inscritos beneficiam dos mesmos apoios

e 21 usufruem de suplemento alimentar.

Poderá deduzir-se, assim, que grande parte das famílias cujos educandos

frequentam o Agrupamento se enquadrará num estrato sócio-económico pouco favorecido,

com recursos escassos.

Quadro 6 – Dados sobre os alunos matriculados no Agrupamento no ano lectivo 2009/2010

Este Agrupamento de escolas conta com um significativo número de alunos com

necessidades educativas especiais. Constitui nota de preocupação que um elevado número

Ano/ Ciclo

Nº

alu

no

s

Nº

turm

as

Nº

Pro

fes

so

res

Alu

no

s c

/ N

EE

Alunos subsidiados

Alu

no

s c

/ o

utr

a

na

cio

na

lid

ad

e

Alu

no

s c

/ p

roc

es

so

na

CP

CJ /

Min

isté

rio

Pú

bli

co

Esca

lão

A

Esca

lão

B

Su

ple

me

nto

alim

en

tar

Pré

-es

co

lar Lomba 7 1 1 1 - - - -

-

Ag. Baixo

33 2 2 - - - - - -

Barrô

34 2 2 - - - - - -

1º

CE

B

Ag. Baixo

102 6 7 8 18 27 -

6

1

Ag Cima

154 7 9 5 27 42 - 1

Sala Apoio

Lomba

15 1 1 - 4 4 - -

Belazaima

25 2 2 - 5 5 - -

Barro

101 5 5 5 15 24 - 2

2º

CE

B 5º ano 96 5

31

12 20 24

21

15

1

6º ano 65 4 5 17 13 -

3º

CE

B

7º ano

71 4

37

8 24 25 1+3

8º ano 61 4 5 13 18 1

9º ano

49 2 - 9 10 -

CE

F

Serrilharia Mecânica

10 1

-

-

-

-

- - -

Inst. e Op. Sistemas

Informáticos 10 1 - - - -

Total 833 47 97 49 152 192 21 21 7+3


__________________________________________________________________________________________


destes alunos necessitem de frequentar o ensino especial, ao abrigo do Decreto-Lei

nº3/2008, de 7 de Janeiro.

Os alunos com Necessidades Educativas Especiais de carácter permanente estão

distribuídos pelos diferentes anos de escolaridade e beneficiam das medidas de regime

educativo especial previstas no seu Programa Educativo Individual. Destacam-se medidas

curriculares diferenciadas que determinam o cumprimento do previsto para o regime

educativo comum (adequações curriculares individuais) ou o cumprimento do previsto para o

regime especial (currículo específico individual), como pode observar-se no quadro.

Quadro 7 - Alunos com Necessidades Educativas Especiais de carácter permanente

Escolas

Ciclo

Ano de

Escolaridade

Medida Curricular

Total p/Ano

Total p/ Escola/ Jardim

Adequações

Curriculares Individuais

Currículo Específico

Individual

J. Infância da Lomba

- - 1 - 1 1

Aguada de

Baixo 1º

1º 2º 3º 4º

2 1 2 -

- 1 1 1

2 2 3 1

8

Aguada de Cima nº1

1º

1º 2º 3º 4º

- 1 1 2

- - - 1

0 1 1 3

5

Barrô

1º

1º 2º 3º 4º

- 1 3 1

- - - -

0 1 3 1

5

Belazaima do Chão

1º

1º 2º 3º 4º

- - - -

- - - -

0 0 0 0

0

Aguada de Cima nº2

2º

3º

5º 6º

7º 8º 9º

5 3 - 2 -

7 3 8 3 -

12 6 8 5 0

31

Total – 50

No que diz respeito ao sucesso académico, os resultados escolares nos últimos anos

têm evoluído positivamente no 2º ciclo, o mesmo não se verificando no 1º e 3º ciclos.

De acordo com os dados referentes ao ano lectivo transacto, verifica-se que, no 1º

ciclo, a taxa de insucesso escolar é de 4,5%; no 2º ciclo é de 4,2%; no 3º ciclo é de 12,6%.

De notar que a taxa de insucesso é mais elevada no início de cada um dos ciclos (6,8% no

1º ano; 5,8% no 5º ano e 20% no 7º ano).

Relativamente ao abandono escolar, é inexistente no 1º ciclo e, embora não se

possa adiantar dados fidedignos, muito pouco significativo nos 2º e 3º ciclos. O abandono

escolar tem diminuído, graças às medidas tomadas pelo Agrupamento para prevenir a

exclusão e abandono escolar: por um lado, o absentismo às aulas constitui uma prioridade


__________________________________________________________________________________________


de combate; por outro, as ameaças de abandono são detectadas e contrariadas,

nomeadamente através de diligências junto da família e recorrendo, sempre que necessário,

à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco.

Quadro 8 – Dados do Insucesso e Abandono Escolar – Quadriénio 2002/2006

Dados do Insucesso e Abandono Escolar – Quadriénio 2005/2009

Número Total de Alunos Matriculados

Taxa de Insucesso Taxa de Abandono

Anos Lectivos Anos Lectivos Anos Lectivos

06/07 07/08 08/09 06/07 07/08 08/09 06/07 07/08 08/09

An

os d

e E

sc

ola

rid

ad

e

1º Ano

109 81 101 5,1% 1,3% 6,8% 0 0 0

2º Ano

112 91 105 3,9% 1,8% 4,9% 0 0 0

3º Ano

101 79 114 5,6% 2,4% 2,6% 0 0 0

4º Ano

108 82 106 1% 3,6% 3,8% 0 0 0

5º Ano

86 79 66 7% 5,1% 5,8% a) a) a)

6º Ano

84 87 72 9,5% 3,8% 2,7% a) a) a)

7º Ano

85 66 81 15% 10,8% 20% a) a) a)

8º Ano

79 56 63 4% 17,9% 11,3% a) a) a)

9º Ano

43 77 44 23% 3,9% 6,8% a) a) a)

1º Ciclo E. B. 430 333 426 3,9% 2,3% 4,5% 0 0 0

2º Ciclo E. B. 170 166 138 8,2% 4,5% 4,2% - - -

3º Ciclo E. B. 207 199 188 14% 11% 12,6% - - -

a) Não foi possível recolher dados fidedignos.

b) Pessoal Docente

O corpo docente, constituído por 91 professores e 6 educadoras, que em grande

parte se manterá no Agrupamento no próximo quadriénio, revela empenho, o que se

reflecte, entre outras acções, na preocupação e persistência na batalha por melhores

condições para a comunidade escolar, em especial para os alunos, através da apresentação

de projectos pedagógicos de reconhecido valor, que ampliam os recursos do Agrupamento.

De salientar a disponibilidade e empenho no trabalho com crianças com necessidades

educativas especiais, recorrendo a modelos de atendimento adaptados, sempre que

possível, às dificuldades dos alunos.

O corpo docente é composto por profissionais com experiência (49 têm mais de 11

anos de serviço) e um número significativo exerce funções nas escolas do Agrupamento há

mais de dez anos, aspecto que contribui para a existência de um quadro estável.


__________________________________________________________________________________________


Quadro 9 – (Dados referentes ao ano lectivo 2009/2010)

Tempo de Serviço do Pessoal Docente

< 3 anos

3-5 anos

6-10 anos

11-15 anos

16-20 anos

> 20 anos

1 8 9

12

24 13

No pré-escolar, 3 educadoras pertencem a um Quadro de Agrupamento e 3 a um

Quadro de Zona Pedagógica.

No 1º Ciclo o corpo docente é constituído maioritariamente por professores de um

Quadro de Agrupamento.

No 2º e 3º ciclos, apenas 19 professores não pertencem aos quadros.

Os Concursos Plurianuais irão facilitar a tarefa de estabilizar equipas de trabalho,

bem como criar projectos a médio prazo que envolvam as pessoas e as fixem à escola.


Pessoal Docente

Departamento

Q.A

Q.Z.P.

Contratados

Total

Dep. Pré-Escolar 3 3 - 6

Dep. 1º Ciclo 21 4 - 25

Dep. Línguas 10 2 2 14

Dep. Ciências Sociais e Humanas 6 - 4 10

Dep. Matemática e Ciências Experimentais 11 1 6 18

Dep. Expressões 15 2 7 24

c) Pessoal Não Docente

A população não docente é constituída por 7 Assistentes Técnicas e 26 Assistentes

Operacionais.

Os Assistentes Operacionais, mais directamente em contacto com os alunos, embora

revelando empenho no exercício das suas funções, são insuficientes para cobrir todas as

necessidades do Agrupamento.


PESSOAL NÃO DOCENTE

Categoria

Profissional

Habilitações profissionais

Idade

Tempo de Serviço (anos)

Situação

Profissional

1ºc.

2ºc.

3ºc.

Sec.

Sup.

<30

30-40

40-50

>50

<3

3-5

6-10

>10

CTCR

CITI

Assistentes

Operacionais

7 11 4 4 - - 1 13 12 - - 2 24 - 26

Assistentes

Técnicos

- - 1 4 1 1 3 2 - - 1 3 2 1 5


__________________________________________________________________________________________


d) Associações de Pais e Encarregados de Educação

As Associações de Pais e Encarregados de Educação visam o acompanhamento e a

promoção dos interesses dos seus associados em tudo quanto respeita à educação e

ensino dos seus filhos e educandos.

As Associações de Pais que se constituíram nas escolas do Agrupamento têm

funcionado com dinâmica própria, nomeadamente acompanhando e participando nas

actividades da comunidade escolar e promovendo acções próprias, com carácter formativo e

de sensibilização da comunidade educativa para os vários problemas vivenciados nas

escolas.

2.6. Oferta Educativa

A organização curricular oferecida pelos Estabelecimentos de Educação e de Ensino

decorre do quadro de referência estabelecido pela Lei de Bases do Sistema Educativo e

subsequente legislação que a operacionaliza, de acordo com os Desenhos Curriculares

definidos e aplicados a nível nacional, os quais integram Áreas de Conteúdo (Pré-Escolar),

Áreas Curriculares Disciplinares e Áreas Curriculares Não Disciplinares.

A oferta educativa do Agrupamento abarca a educação pré-escolar e os três ciclos

do ensino básico, do primeiro ao nono anos de escolaridade.

Nos últimos anos lectivos, tem vindo a crescer o número de alunos identificados

como susceptíveis de encaminhamento para a frequência de alternativas curriculares

educativas/formativas.

Assim, para além da oferta proporcionada no âmbito do quadro curricular do ensino

regular, a Escola Básica nº2 implementou os Cursos de Educação e Formação. Estes

constituem uma resposta alternativa aos alunos com retenção repetida e risco de exclusão

sócio-escolar, prevista no Decreto-Lei n.º 6/2001, artigo11.º e no artigo 4.º do Despacho

Normativo n.º 50/2005. Desenvolvem-se por iniciativa da escola enquadrados pelo

Despacho Conjunto do Ministério da Educação e da Segurança Social e do Trabalho n.º

453/2004, de 27 de Julho.

Destinam-se a alunos com mais de 15 anos (ou, excepcionalmente menos, mediante

autorização expressa do Director Regional de Educação), que apresentam um perfil de

insucesso escolar repetido, desmotivação para a continuidade de estudos num percurso do

ensino regular e apetência pela integração no mundo do trabalho, incorrendo, por isso

mesmo, no perigo de abandono escolar precoce.


__________________________________________________________________________________________


2.7. Medidas de Apoio Educativo

A Lei n.º 3/2008, de 18 de Janeiro, que aprova o Estatuto do Aluno do Ensino Não

Superior contempla no artigo13º, alínea g) que os alunos devem “Beneficiar de apoios

específicos, necessários às suas necessidades escolares ou às suas aprendizagens…”; de

igual modo, o Despacho Normativo n.º 50/2005, de 9 de Novembro, estabelece um conjunto

de orientações no sentido de (re)orientar o processo educativo quando se verifiquem

insuficiências e dificuldades ao nível das aprendizagens determinando a elaboração de

Planos de Recuperação, de Desenvolvimento e de Acompanhamento dos alunos que

ponham em prática várias modalidades de apoio.

O Despacho Normativo n.º 1/2005, no seu artigo 22º, refere que “Compete ao órgão

de direcção executiva, sob proposta do professor titular, no 1.º ciclo, e do director de turma,

nos restantes ciclos, a partir dos dados da avaliação formativa, mobilizar e coordenar os

recursos educativos existentes na escola ou agrupamento, com vista a desencadear

respostas adequadas às necessidades dos alunos”.

O combate ao insucesso escolar e a simultânea melhoria da qualidade do sucesso

são os objectivos nucleares que mobilizam todo o Agrupamento, desde a Creche/Pré-

escolar até ao 3.ºCiclo, e que são transversais a toda a comunidade educativa, mobilizando-

a a diversos níveis e formas de intervenção. É assim que uma parte importante da reflexão e

do trabalho desenvolvido pelo Agrupamento se tem orientado no sentido de encontrar os

melhores caminhos, meios e estratégias para atingir estes objectivos.

O Agrupamento tem vindo a implementar medidas e projectos que consigam

responder às crescentes dificuldades de aprendizagem evidenciadas pelos alunos,

procurando, na medida do possível, o desenvolvimento de uma escola de qualidade para

todos.

Assim, nos últimos anos lectivos, foram privilegiadas as seguintes modalidades e/ou

estratégias de recursos educativos:

Apoios específicos:

Pedagogia diferenciada na sala de aula - trata-se de uma modalidade, da responsabilidade dos

professores das diferentes disciplinas / Professores Titulares de Turma, coordenada pelos

Conselhos de Docentes, Departamentos / Grupos Disciplinares, que devem planificar as

actividades nas quais se contemplem as estratégias a privilegiar de acordo com os

interesses e necessidades dos alunos, podendo assumir variadas formas;

Individualizado – ensino individualizado pelo professor titular de turma 1.º Ciclo; programas

específicos de língua portuguesa destinados a alunos oriundos de países estrangeiros;


__________________________________________________________________________________________


Acompanhamento tutorial - para apoio a estratégias de estudo, orientação e aconselhamento de

alunos que apresentam grandes dificuldades de aprendizagem, organização do estudo e do

trabalho, comportamentos disruptivos e/ou contextos sócio-familiares problemáticos;

Apoios educativos especializados - no âmbito das medidas previstas no Decreto-Lei n.º 3/2008, de

7 de Janeiro.

Aulas de Apoio Pedagógico Acrescido - a Língua Portuguesa e Matemática.

Apoios genéricos / transversais:

Salas de Estudo/Salas de Estudo Específicas - constituem um espaço de trabalho aberto, com os

seguintes objectivos:

Permitir diferenciar situações de estudo, que exigem concentração/atenção de situações

de lazer;

Promover situações que desenvolvam o espírito de cooperação, inter-ajuda e respeito pelo

outro;

Disponibilizar materiais diversificados com vista à superação das dificuldades de cada um;

Proporcionar situações pontuais de ensino individualizado;

Fomentar o gosto pela investigação e actualização dos seus conhecimentos.

Estudo Acompanhado – nesta Área Curricular Não Disciplinar desenvolvem-se técnicas de

organização e sistematização do estudo e estratégias de trabalho no sentido de dotar os

alunos dos instrumentos fundamentais que lhes permitam apropriar-se, de forma

progressiva e mais autónoma, dos vários saberes, traduzindo-os em competências e

conhecimentos.

2.8. Actividades de Enriquecimento Curricular

Estas actividades funcionam como o motor de renovação das escolas, tornando-as

mais atractivas e dinâmicas dos pontos de vista lúdico, pedagógico e cultural. Assim, é

desejável que se mantenha a dinamização de clubes enquadráveis nos objectivos do

presente Projecto Educativo e programados, no início de cada ano lectivo, em sede do

Plano Anual de Actividades do Agrupamento, no respeito pela legislação em vigor e de

acordo com o estabelecido pelos Órgãos de Administração e Gestão do Agrupamento,

assim como garantir a continuidade das actividades de apoio à família no Pré-Escolar e as

actividades de Enriquecimento Curricular no 1º ciclo, ambas presentemente desenvolvidas

em parceria com a autarquia local.


__________________________________________________________________________________________


No Pré-Escolar, a Componente de Apoio à Família é da responsabilidade da Câmara

e Juntas de Freguesia, sob supervisão das Educadoras. São proporcionadas actividades

diversificadas, nomeadamente música, educação física, inglês e jogos de linguagem.

No 1º Ciclo, em horário de prolongamento (das15h30 às 17h30), além do Inglês,

oferta obrigatória, são ainda desenvolvidas actividades como o ensino da música, expressão

artística, actividade física/desportiva e apoio ao estudo. Estas actividades dependem da

oferta proporcionada através de contratualização efectuada pela entidade

promotora/parceiros.

No sentido de complementar as aprendizagens dos alunos nos diversos domínios -

cognitivo, sócio-afectivo e psicomotor - a Escola Básica Nº 2, disponibiliza as seguintes

Actividades de Enriquecimento Curricular: Projecto Seguranet; Desporto Escolar; Clube da

Fanfarra; Clube de Cordas; Clube 3D; Clube Pegada Amiga; Participação em concursos;

Visitas de Estudo; Projectos no âmbito da Matemática e Educação para a Saúde e

Sexualidade.

2.9. Actividades de Ocupação Plena dos Tempos Escolares dos Alunos

Tendo em conta a necessidade de conceber a organização das actividades

escolares de modo a garantir a ocupação plena dos alunos durante o seu horário lectivo,

nomeadamente nos casos de ausência imprevista de docentes, o Órgão de Gestão do

Agrupamento definiu e instituiu, de acordo com o Despacho n.º 13599/2006 de 28 de Junho,

as seguintes orientações para a organização das actividades educativas de substituição:

No 1º Ciclo, na ausência do professor titular de turma, dever-se-á, sempre que

possível, proceder à distribuição dos alunos pelas restantes turmas, ou proceder à

substituição do professor titular de turma pelo professor do apoio educativo.

Nos 2º e 3º Ciclos, o professor deve comunicar a intenção de faltar com, pelo menos,

dois dias úteis de antecedência, entregando no Órgão de Gestão o Plano de Aula.

Nas situações em que, por ausência imprevista do docente, não se torne possível

proporcionar aos alunos actividades lectivas de substituição, tal como se encontra disposto

no artigo 12.º do despacho n.º 13599/2006, o Agrupamento definiu respostas educativas

diversificadas tais como:

Realização de fichas de trabalho elaboradas pelo professor titular da disciplina / área

curricular;

Leitura Orientada / Recreativa;


__________________________________________________________________________________________


Apoio à realização dos trabalhos de casa, ao estudo e à execução de projectos (dos

alunos, individualmente, ou da turma);

Actividades de uso de tecnologias de informação e comunicação;

Pesquisa bibliográfica orientada;

Actividades desportivas orientadas (apenas no caso de o professor substituto ser de

Educação Física);

Actividades lúdico-didácticas relacionadas com a área disciplinar do professor substituto.

2.10. Serviços Especializados de Apoio Educativo

Os apoios especializados visam responder às necessidades educativas especiais

dos alunos com limitações significativas ao nível da actividade e da participação, num ou

vários domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de carácter

permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da

aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da

participação social e dando lugar à mobilização de serviços especializados para promover o

potencial de funcionamento biopsicossocial.

2.10.1. Educação Especial

O Grupo de Educação Especial colabora na detecção de necessidades educativas

específicas, na organização e incremento de apoios educativos adequados, na avaliação e

eventual encaminhamento para instituições / serviços no exterior, na adequação de

currículos às capacidades e interesses dos alunos e no desenvolvimento das medidas

previstas no Decreto-Lei nº3/2008, de 7 de Janeiro, relativas a alunos com necessidades

educativas especiais de carácter permanente.

Esta estrutura procura responder a um conjunto de solicitações que visam o sucesso

escolar através, não só de condições técnico-pedagógicas de aprendizagem, mas também

favorecer a socialização dos alunos. Incide a sua atenção sobre casos de deficiência que,

manifestamente interferem com condições de aprendizagem normal, como também sobre

situações de natureza social ou familiar que dificultam essa mesma aprendizagem.

A equipa intervém ainda na resolução de problemas surgidos no âmbito da

integração e socialização na comunidade escolar.

A Educação Especial tem por objectivos:

Contribuir para a inclusão educativa e social;

Promover o acesso e o sucesso educativo;


__________________________________________________________________________________________


Proporcionar a autonomia, a estabilidade emocional, bem como a promoção da igualdade

de oportunidades;

Promover a preparação para o prosseguimento de estudos;

Contribuir para uma adequada transição da escola para a vida profissional dos jovens com

necessidades educativas especiais;

Colaborar no desenvolvimento das medidas previstas no Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de

Janeiro.

2.10.2. Serviços de Psicologia e Orientação

O Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) é uma unidade especializada de apoio

educativo que assegura o acompanhamento do aluno, individualmente ou em grupo, ao

longo do processo educativo.

O Serviço de Psicologia e Orientação caracteriza-se pelas suas vertentes sócio-

educativa e psico-pedagógica, procurando dar resposta ao total de alunos que frequentam a

escola, respectivas famílias e outros agentes educativos.

Apresenta como objectivo final promover uma melhor adaptação das crianças aos

seus diferentes contextos de vida, bem como prevenir ou atenuar situações de risco

verificadas na comunidade escolar.

Desenvolve a sua actuação em três áreas:

Apoio psicológico e psico-pedagógico – dirigidos a alunos que apresentam problemáticas

relacionadas com o desenvolvimento pessoal, dificuldades de aprendizagem e de realização

pessoal, dificuldades de aprendizagem e de realização escolar, dificuldades de

relacionamento interpessoal e problemas de comportamento;

Orientação Escolar e Profissional – tem como objectivo apoiar alunos no processo de

desenvolvimento da sua identidade pessoal e do seu projecto de vida, promovendo o auto-

conhecimento ao nível de características pessoais, valores, interesses e capacidades e a

informação sobre os diferentes percursos formativos, bem como os vários referenciais de

emprego e profissões;

Apoio ao desenvolvimento do sistema de relações da comunidade educativa – num contexto interactivo por

excelência, como é a escola, não existem causas explicativas dos problemas. Daí que uma

parte da intervenção dos psicólogos passe, necessariamente, pelo trabalho em equipa,

através de estratégias articuladas com vários intervenientes da Comunidade Educativa.


__________________________________________________________________________________________


Quadro 12 - Acompanhamentos Psicológicos no Agrupamento (Ano Lectivo 2009/2010)

Escolas

Aguada de

Baixo

Aguada de Cima Nº 1

Aguada de Cima

Nº2

Barrô

Belazaima do

Chão

Psicóloga Elisabete Marques

5

2

(Sala de Apoio da Lomba)

5

-

1

Psicóloga Rosália Coelho

-

1

24

-

1

Psicóloga Marta Pinheiro (CRI)

2

-

10

-

-

Psicóloga Eliana Neves (CMA)

-

7

-

5

-

Total de Alunos Apoiados

7

10

39

5

2

2.10.3. Equipa Multiprofissional

A Equipa Multiprofissional é uma unidade especializada de apoio educativo que

desenvolve parte da sua acção no âmbito dos estabelecimentos de ensino afectos ao

Agrupamento. Desenvolve a sua actividade nos termos do despacho conjunto dos

Ministérios da Qualidade de Vida, da Educação e dos Assuntos Sociais, publicado no D.R.

nº 296, II série de 24/12/82.

A equipa multiprofissional é constituída por uma médica, duas psicólogas, uma

técnica de serviço social e duas professoras de educação especial. Compete à equipa

multiprofissional a avaliação de crianças e jovens que frequentam as escolas do

agrupamento e que de alguma forma apresentem sinais de problemas constrangedores do

seu desenvolvimento pessoal, social e/ou académico.

A equipa multiprofissional realiza ainda o acompanhamento, supervisão e contactos

com Organismos e Instituições, tais como a Comissão de Protecção de Jovens, o Ministério

Público e outros Técnicos da zona de abrangência do Agrupamento.

Quadro 13 – Processos Avaliados pela equipa Multiprofissional (ano lectivo 2008/2009)

Escola

Alunos Avaliados

Entrevistas c/

Encarregados de Educação

Fichas de Retorno

Elaboradas

Aguada de Baixo

16

12

12

Aguada de Cima – nº 1

10

7

7

Barrô

4

2

2

Aguada de Cima – nº 2

38

15

15

CENSI

1

2

2

S. Martinho

2

2

2

Outros

2

0

0

Total

73

40

40


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Quadro 14 - Encaminhamentos para acompanhamento terapêutico em Gabinete

Ciclo

Terapias

Psicologia

Terapia da Fala e Psicologia

Fala

1º

0 3 9

2º

4 3 2

3º

2 0 3

Referenciados Educação Especial

=19

Não referenciados = 5

Total de alunos = 24

2.10.4. Acção Social Escolar (A.S.E.)

Estes serviços funcionam na Secretaria e destinam-se a ajudar os alunos nas áreas

da alimentação, material escolar, transportes, auxílios económicos e seguro escolar.

2.11. Espaços Específicos da Escola Sede Quadro 15 – Recursos Físicos

Recursos Internos

Serviços de Apoio

Didáctico-Pedagógicos

Gabinetes/Salas de Trabalho

Bar

Cantina

Papelaria

Reprografia

Secretaria

Sala de Directores de Turma

Biblioteca / Centro de Recursos

Educativos

Salas de informática (2)

Laboratórios de Ciências Físico-Químicas

e Naturais

Gabinete do Serviço de Psicologia e

Orientação

Gabinete da Educação Especial

Sala de atendimento aos Encarregados de

Educação

Sala de professores

Sala de Pessoal Não Docente

Gabinetes dos Departamentos

Gabinete dos Cursos de Educação e

Formação e Associação de Pais


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2.12. Recursos Pedagógico-Didácticos 2.12.1. Biblioteca Escolar

A Biblioteca do Agrupamento encontra-se integrada na Rede de Bibliotecas

Escolares.

A Biblioteca Escolar funciona em espaço específico organizada em áreas funcionais

adequadas às funções e objectivos decorrentes da sua integração na rede RBE e por

inerência aos ideários internacionais por esta subscritos e relativos ao papel e missão das

bibliotecas escolares e à execução dos objectivos e campo de acção definidos no

Regulamento Interno de Escola enquanto serviço técnico-pedagógico.

A biblioteca é um serviço pedagógico cuja função principal é contribuir para a

formação do aluno e colaborar na acção do professor. Assim, deve estar em condições de

sustentar os processos de aprendizagem e os pedagógicos. Os professores devem utilizar

métodos que incentivem os alunos à pesquisa e à leitura. Pretende-se uma maior

continuidade entre a biblioteca e a sala de aula.

As actividades desenvolvidas no âmbito da biblioteca devem assumir uma especial

orientação de incentivo e dinamização do gosto pelas actividades culturais e pelos livros,

envolvendo toda a comunidade educativa e local.

A Biblioteca Escolar situada na escola sede constitui um espaço privilegiado de

aprendizagens curriculares e de complemento a essas aprendizagens, pelo

desenvolvimento de trabalho de pesquisa e de aquisição de literacias de informação.

As actividades e projectos da Biblioteca Escolar são um contributo para a formação

global dos alunos em áreas consideradas importantes, tais como, a educação ambiental, a

literacia científica, a leitura, a promoção de estilos de vida saudáveis, o espírito de

solidariedade e o apoio às aprendizagens.

Deverá ter como áreas prioritárias de intervenção:

Desenvolver capacidades e competências no domínio do saber, valorizando o

conhecimento, o raciocínio e a comunicação;

Formular métodos de aprendizagem participativos e activos, conducentes à autonomia e à

criatividade;

Promover a melhoria das condições de apoio ao processo de ensino/aprendizagem dos

alunos estrangeiros;

Estimular a articulação sala de aula / biblioteca;

Promover a Integração da escola na comunidade escolar e realidade social envolvente;

Contribuir para a formação pessoal, social, cívica e estética.


__________________________________________________________________________________________


Para além de software de natureza didáctica, a biblioteca dispõe de documentação

destinada a docentes e não docentes, funcionado também como centro de recursos

multimédia.

A professora bibliotecária e a equipa da biblioteca são parceiros importantes no

desenvolvimento do trabalho cooperativo com todos os professores e na planificação de

actividades para a sala de aula, integrando os recursos da biblioteca.

A biblioteca do Agrupamento deverá, cada vez mais, ser vista como um serviço

pedagógico, um centro de informação, um centro de leitura, um centro de formação, um

serviço centrado no aluno, uma riqueza colectiva a rentabilizar no coração do Projecto

Educativo.

2.12.2. Equipamentos Informáticos

A Escola Sede dispõe de um total de 85 computadores instalados, distribuídos por

diferentes espaços e destinados a apoiar professores, alunos e Serviços de Gestão e

Administração.

Tanto os Serviços Administrativos como outros serviços de apoio da biblioteca, da

cantina, papelaria e bufete estão completamente informatizados.

Do mesmo modo, os computadores existentes nos gabinetes dos Departamentos, na

sala dos professores e dos Directores de Turma, ligados à Internet, possibilitam a

elaboração de testes, preparação de aulas e o trabalho administrativo.

2.12.3. Equipamento Audiovisual

Todas as salas estão equipadas com um computador e um data-show. Seis salas

possuem quadros interactivos.

Em cada bloco de aulas existe uma televisão, um rádio/gravador e um ecrã, sendo

possível a sua utilização em qualquer sala.

2.12.4. Instalações Gimnodesportivas

Não existe na escola um pavilhão gimnodesportivo, sendo utilizado por

arrendamento o da L.A.A.C., o qual se encontra equipado com: quatro balneários, um dos

quais destinado a professores e outro a alunos com deficiência motora, bancada e sala de

arrumo de material.

No entanto, a escola dispõe de um campo polivalente exterior, composto por duas

pistas de atletismo (40 m), duas caixas de saltos, dois campos polivalentes destinados à

prática de basquetebol, andebol e futebol, bem como de dois campos de voleibol. Dispõe


__________________________________________________________________________________________


ainda de dois balneários, uma arrecadação de material desportivo, um gabinete para

professores e outro para a funcionária do sector.

2.13. Regime de Funcionamento das Escolas do Agrupamento

Jardins de Infância

Os horários dos Jardins de Infância respondem às necessidades dos pais/famílias e

é decidido no início do ano lectivo em cada um dos estabelecimentos, funcionando no seu

horário mais alargado das 7h 45m à 19h. Neste caso, a Componente de Apoio à Família

cobre, da parte da manhã, o período das 7h 45m às 9h, o intervalo do almoço das 12h às

13h 15m e na parte da tarde das 15h 15m às 19h, funcionando nos outros períodos a

componente lectiva.

Todos os Jardins de Infância, consoante as necessidades das famílias desenvolvem

actividades nas interrupções lectivas, à excepção do mês de Agosto, em que se encontram

encerrados.

Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico

Todas as escolas do 1º Ciclo funcionam em regime normal das 9h00 às 13h30 e das

13h30 às15h30.

Das 15h 30m às 17h 30m, desenvolve-se o prolongamento do horário com diversas

actividades de enriquecimento curricular. Estas actividades são proporcionadas em todas as

escolas do Agrupamento, desenvolvendo-se sempre que possível depois das 15h 30m,

dependendo da oferta contratualizada pelo município. Funcionam de acordo com um

Regimento.

Escola Nº2 de Aguada de Cima

A escola onde funcionam os 2 e 3º Ciclos abre as portas às 8 horas e encerra às 18h

30m. As aulas têm o seu início às 9 horas e terminam às 17h 20m.

2.14. Presença do Agrupamento na Internet

O Agrupamento tem procurado aproveitar as oportunidades oferecidas pela Internet

através da dinamização de Projectos de desenvolvimento da sua presença institucional em

site próprio e aposta na produção de conteúdos e-learning alojados na plataforma

«Moodle».

Web site do Agrupamento: http://www.eps-aguada-cima.rcts.pt/

http://www.eps-aguada-cima.rcts.pt/


__________________________________________________________________________________________


2.15. Parcerias

Câmara Municipal de Águeda;

Biblioteca Municipal / Rede de Bibliotecas Escolares de Águeda;

Juntas de Freguesia da Área Pedagógica;

Bombeiros;

Protecção Civil;

Centro de Saúde de Aguada de Cima;

Comissão de Protecção e Crianças e Jovens de Águeda;

GNR;

Associações de Pais e Encarregados de Educação;

L.A.A.C;

C.E.N.S.I;

A.B.A.R.C.A;

C.E.R.C.I.A.G;

Psientífica;

Universidade de Aveiro;

Cerâmica da Borralheira;

Caixa de Crédito Agrícola;

Sopeças;

Paraíso Social;

Quinta Biológica;

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra;

Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação do Porto;

Outras em vias de ser constituídas (com o tecido empresarial).


__________________________________________________________________________________________


3. PRINCÍPIOS, FUNÇÕES E FINALIDADES DO PROJECTO EDUCATIVO _________________________________________________________________________________

Como já foi referido na introdução, para que o Projecto Educativo corresponda à

filosofia que lhe está subjacente, a sua avaliação deve ser permanente e capaz de adequar

procedimentos. Assim, o Projecto Educativo é um documento ao serviço de uma nova

concepção de escola autónoma e participada e deve cumprir as seguintes funções:

• Ser o ponto de partida da contextualização curricular (no sentido da adequação do ensino

às características, interesses e motivações dos alunos);

• Garantir a unidade de acção das escolas do agrupamento nas suas variadas dimensões,

dando-lhes um sentido global;

• Funcionar como ponto de referência para a gestão e a tomada de decisões dos órgãos da

escola e dos agentes educativos;

• Servir de base à harmonização das actuações dos professores dos mesmos alunos;

• Promover a congruência dos aspectos organizacionais e administrativos com o papel

educativo da escola.

A também já falada e desejada autonomia da escola não é um fim em si mesma,

mas antes um meio fundamental para possibilitar a implementação de acções que lhe

permitam assegurar o sucesso educativo dos seus alunos, a razão de ser das escolas. O

Projecto Educativo consubstancia a autonomia e projecta, a diferentes níveis, a estrutura

organizacional, princípios e valores que traduzem a identidade da escola. Através do Plano

Anual de Actividades, Projecto Curricular de Escola, Projecto Curricular de Turma,

instrumentos da sua execução, promove-se a interacção dos vários intervenientes do

processo educativo, indutora de uma acção socializadora, personalizada e instrutiva.

Decorrente desta filosofia que define o modelo conceptual do Projecto Educativo,

interessa destacar alguns dos princípios gerais que o estruturam:

Valorizar métodos de aprendizagem centrados na iniciativa e criatividade dos alunos;

Adequar as práticas de uma pedagogia diferenciada e optimizar as situações de

aprendizagem;

Integrar e valorizar os diferentes projectos como pilares do conhecimento, do aprender a

fazer e a viver na diversidade social e cultural;

Projectar uma imagem do Agrupamento assente no conjunto de valores assumidos pela

comunidade;

Dar a conhecer a sua função de parceiro social junto da comunidade.

Deste modo, as finalidades do Projecto Educativo coincidem com os fins da

Educação onde as preocupações de desenvolvimento integram objectivos de progresso


__________________________________________________________________________________________


humano e social de molde a promover a aquisição de conhecimentos científicos, técnicos,

humanísticos, históricos e estéticos que permitam a integração plena na sociedade, a fim de

fomentar o desenvolvimento de competências dentro do espírito democrático e dos valores

universais.

No actual contexto do desenvolvimento integrado, deve a escola, através do Projecto

Educativo, promover um quadro de valores próprio que promova a compreensão e o

respeito pelo meio ambiente e património histórico-cultural.

4. DIAGNÓSTICO DAS SITUAÇÕES PROBLEMA _________________________________________________________________________________


__________________________________________________________________________________________


4.1. As Nossa Interrogações

Face à caracterização do Agrupamento e ao contexto social e comunitário em que o

mesmo se insere, importa questionarmo-nos sobre as actuais exigências sociais,

económicas, políticas e culturais que recaem sobre a educação e sobre o desempenho das

suas instituições. Para se compreender a forma como o nosso Projecto Educativo se deverá

estruturar, importa elencar algumas das grandes interrogações que se colocam ao futuro do

Agrupamento.

Os grandes pressupostos sobre os quais se têm fundamentado e desenvolvido os

sistemas educativos encontram-se na actualidade em permanente transformação em grande

parte ditadas pelo rápido e exponencial desenvolvimento científico e tecnológico.

Os desafios das muitas mudanças que atingem todos os sectores da vida estão tão

presentes que é impossível subestimá-los, nomeadamente no que diz respeito ao seu

impacto sobre os modelos tradicionais de funcionamento e organização da educação.

A Aprendizagem ao Longo da Vida surge como novo e inovador indicador de

referência do rumo do sentido da educação e da formação. Deixou de ser possível repousar

sobre aquilo que em tempos se aprendeu. A integração no mercado de trabalho exige que

as nossas crianças e os nossos jovens, desde cedo, sejam preparados para enfrentar na

idade adulta a procura selectiva de capital humano.

Por sua vez, o tradicional modelo de currículo unidimensional, baseado na

continuidade linear das aprendizagens e da aquisição de saberes académicos, desmoronou-

se.

Por outro lado, o crescimento exponencial das potencialidades educativas e

formativas que as novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC) constituem-se

como possíveis complementos às tradicionais formas de organização do ensino e da

aprendizagem.

Pelo exposto, podemos concluir que é cada vez mais decisiva a adaptação da

educação formal às novas condições e exigências da vida social, comunitária e familiar,

entretanto alteradas, particularmente, pelos novos paradigmas de funcionamento da

economia global.

4.2. Os Nossos Problemas

No âmbito da avaliação interna efectuada em 2007/2008, com o intuito de conhecer

as representações que os diversos elementos da comunidade educativa tinham deste

Agrupamento, foram realizados inquéritos aos alunos, Pessoal Docente, Pessoal Não

Docente, e Pais e Encarregados de Educação.


__________________________________________________________________________________________


Para a elaboração do presente Projecto Educativo foram aplicados inquéritos a todos

os intervenientes no processo educativo.

Desses inquéritos salientam-se os seguintes aspectos a melhorar:

A identificação do pessoal não docente;

O número de Assistentes Operacionais;

A frequência das salas de estudo específicas;

A formação dos funcionários administrativos para as funções que lhes são exigidas;

Os transportes (cumprimento dos horários e das novas regras de segurança);

Cumprimento de regras por parte dos alunos;

Empenho dos alunos nas tarefas escolares;

Conservação e agradabilidade dos espaços exteriores;

Participação da família na vida escolar dos seus educandos;

Número crescente de alunos com dificuldades de aprendizagem, má preparação anterior,

falta de maturidade, falta de hábitos de estudo, pouca cultura geral e ausência de

perspectivas para o futuro;

Casas de banho dos alunos com condições que podem ser melhoradas.


__________________________________________________________________________________________


O QUE QUEREMOS SER …


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Esquema Conceptual do Projecto Educativo:

Projecto Educativo do Agrupamento Projecto Educativo do Agrupamento Projecto Educativo do Agrupamento

PONTO DE PARTIDA

O que deve fazer o Agrupamento para:

1. Ajudar as crianças e os jovens a

tornarem-se cidadãos livres e responsáveis,

defensores de valores fundamentais como a

paz, democracia e tolerância;

2. Promover a igualdade e a “Escola

Inclusiva”, integrando a diversidade cultural

e reduzindo o insucesso e o abandono

escolar.

O que deve fazer o Agrupamento para:

1.Promover a inclusão escolar e garantir a igualdade de

oportunidades mantendo a qualidade e o sucesso das

aprendizagens num contexto educativo marcado pela rápida

transformação, em que os agentes educativos:

a) Trabalham com grupos de alunos heterogéneos, nomeadamente

no que se refere à língua materna, etnia, condições materiais,

competências adquiridas, …;

b) Pede-se-lhes que respondam às exigências da aprendizagem

individualizada e que ajudem os alunos a tornarem-se aprendentes

autónomos ao longo da vida;

c) Exige-se-lhes que utilizem as oportunidades proporcionadas pelas

novas tecnologias e promovam a literacia digital.

2. Promover a qualidade e o sucesso das aprendizagens e

assegurar a aquisição de competências essenciais para a vida.

3. Promover um maior envolvimento dos pais e encarregados de

educação no percurso escolar dos seus educandos.

Como deve o Agrupamento:

1. Auto-avaliar-se no sentido de detectar os

seus pontos fortes e as áreas de melhoria

de âmbito multidimensional (pedagógico,

administrativo, relacional, liderança,

comunicação, etc).


__________________________________________________________________________________________


Eixo 1 : “Educação para a

Cidadania”

Objectivos Estratégicos:

I.Transformar a Escola num espaço de convívio e de socialização democrática orientada pelos valores e princípios de uma cidadania activa e consciente; II. Promover a formação de cidadãos cultos, sociáveis, solidários, autónomos e civicamente responsáveis. . Afirmar a escola como espaço privilegiado da construção do projecto de vida; 4. Promover a educação ambiental numa lógica de preservação da natureza e dos recursos do planeta; 5. Considerar a Educação para a Cidadania uma área transversal em todas as áreas curriculares.

Eixo 3 : “Inovação, Qualidade Pedagógica e Organizacional”


1. Criar o “Observatório da Qualidade das Práticas” para: a) Conhecer os pontos fortes e as áreas de melhoria do Agrupamento para a procura de soluções adequadas; b) Conhecer o grau de satisfação de todos os que se relacionam com o Agrupamento; c) Garantir a qualidade do desempenho do Agrupamento; d) Gerir melhor a pressão da avaliação externa Institucional.

Eixo 4 : “Auto-Avaliação”


1. Melhorar o ensino e a aprendizagem; 2. Diversificar os percursos de aprendizagem; 3. Promover o sucesso escolar de todos; 4. Intensificar o apoio aos alunos com necessidades educativas especiais; 5. Proporcionar a inclusão educativa e social de todas as crianças e jovens; 6. Promover uma escola a tempo inteiro; 7. Reforçar o trabalho em equipa e melhorar as relações interpessoais; 8. Aumentar o contexto escolar estimulante; 9. Reforça/melhorar a integração entre os vários níveis de ensino; 10. Melhorar o parque escolar; 11.Intensificar a relação escola/família e escola/meio; 12. Consolidar e reforçar parcerias; 13. Melhorar os sistemas de informação e comunicação; 14. Promover a reflexão crítica e autocrítica; 15. Optimizar a gestão dos recursos humanos, serviços e estruturas; 16. Promover e apoiar a implementação de novos processos de organização e gestão pedagógica e administrativa.

O que pretendemos com o Projecto Educativo:

“Crescimento Sustentado: Eu, a Minha Escola e o Mundo”

I. Promover os valores da cidadania e da inclusão escolar e social;

II. Formar cidadãos cultos, responsáveis e saudáveis;

III. Sermos vistos como um espaço de inovação pedagógica e organizacional;

IV. Sermos reconhecidos como um Agrupamento escolar de referência pela qualidade do serviço público de educação e ensino prestado.

Eixo 2 : “Educação para a Saúde,

Sexualidade, Segurança, Desporto e

Cultura”


1. Apoiar actividades direccionadas para a promoção da saúde e sexualidade; 2. Desenvolver/promover comportamentos e cultura de segurança; 3. Incentivar a prática desportiva através de uma cultura desportiva; 4. Educação para a defesa do património histórico-cultural e ambiental.


__________________________________________________________________________________________


5. VISÃO ESTRATÉGICA __________________________________________________________________________________________

5.1. Missão

A escola é um lugar de aprendizagem, um espaço onde são facultados os meios

para construir o conhecimento, interiorizar as atitudes e valores universais e adquirir

competências, formando cidadãos críticos, conscientes, participativos, capazes de interagir

e intervir na realidade e responder aos desafios emergentes da sociedade.

O Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima tem por missão satisfazer a procura

social da educação pré-escolar e do ensino básico na comunidade por ele servida,

conferindo iguais oportunidades de acesso e sucesso escolares àqueles que usufruem da

sua oferta educativa.

Em termos de objectivos educativos, visa viabilizar uma educação integral,

desenvolvendo pessoal e socialmente o aluno, potencializando a sua progressiva

autonomia, incentivando o seu espírito crítico e proporcionando-lhe aprendizagens

significativas.

Paralelamente com os objectivos culturais, pretende-se a educação para os valores

patrimoniais e estéticos, a interiorização de princípios como a justiça, a tolerância e

solidariedade, de forma a desenvolver atitudes e comportamentos cívicos, assegurando o

direito à diferença e o respeito pelos projectos individuais.

O Agrupamento deverá ser assim entendido como um pólo de formação, de troca de

experiências e aprofundamento de saberes, tendo em conta a necessidade de rentabilizar

os recursos humanos existentes, quer interna quer externamente, em função das

necessidades pedagógicas e científicas.

Procurar a convergência das vontades do maior número possível dos diversos

actores da Comunidade Educativa, incentivando o seu envolvimento e a riqueza da sua

diversidade, através da compreensão de que a acção educativa exige um tratamento global,

será o Leit Motiv deste projecto.

5.2. Valores Instituídos, a Instituir e a Sedimentar

Constituindo-se como uma das principais preocupações o sentido e a direcção da

evolução do Agrupamento, o actual Órgão de Gestão incentiva e reforça a perspectiva de

uma escola de Projecto e com Projectos. Neste âmbito propõe-se:

Garantir um clima de bem-estar, cooperação e confiança;

Respeitar o papel dos diferentes órgãos na gestão democrática do Agrupamento;


__________________________________________________________________________________________


Abrir as escolas à comunidade local desenvolvendo parcerias com as instituições do meio;

Desenvolver esforços para a melhoria das infra-estruturas escolares;

Alcançar padrões de desempenho de qualidade, nos domínios pedagógico e

organizacional;

Nortear pelos valores da solidariedade, da cooperação e da inclusão social e escolar dos

seus alunos;

Assumir a diferenciação pedagógica e a discriminação positiva na organização educativa;

Garantir a igualdade de oportunidades na aquisição e formação do saber científico e

social;

Promover a Inclusão e o desenvolvimento de competências sociais;

Intensificar o processo de ligação Escola/Família;

Coordenar a intervenção dos Apoios Educativos no apoio a alunos com necessidades

educativas especiais, promovendo a implementação do Apoio Educativo;

Criar condições para a definição e implementação de estratégias suplementares de apoio

aos alunos com dificuldades de integração a nível económico, disciplinar e de

aprendizagem;

Motivar e apoiar candidaturas a projectos de Enriquecimento Curricular, Intercâmbio

Nacional e Internacional e de inovação pedagógica;

Proporcionar os meios necessários ao cumprimento dos programas e à aquisição de

saberes e competências essenciais à formação e sucesso escolar dos alunos;

Desenvolver e participar em projectos de inovação pedagógica ligados à preservação do

Meio Ambiente, Saúde, Alimentação, Desporto e Segurança, Tecnologia de Informação e

Comunicação, entre outros;

Participar em projectos da comunidade ligados à preservação do meio ambiente, saúde e

segurança;

Dinamizar projectos de promoção de Educação para a Saúde, nomeadamente a nível da

alimentação, sexualidade e desporto escolar, preconizada por todos os agentes

educativos;

Promover a inovação educacional em parceria com outras instituições e organismos

concelhios;

Promover a constante melhoria dos processos, dos serviços prestados e da qualificação

dos seus alunos e dos seus profissionais;

Promover o trabalho de equipas, às quais confia responsabilidades e poder de decisão,

direccionando-as para melhorar o desempenho e a satisfação dos seus alunos, dos seus

educadores, professores e funcionários;

Apostar na utilização dos meios tecnológicos em abono da qualidade da educação e do

ensino ministrados e em proveito da sua eficácia pedagógica e administrativa,


__________________________________________________________________________________________


promovendo a sua articulação com tradicionais recursos físicos de apoio à prática

pedagógica e à comunicação;

Apostar na formação contínua dos seus profissionais na perspectiva de actualização e

desenvolvimento de competências que os habilitem a atingir melhores e mais eficazes

resultados no desempenho das suas funções;

Auto-avaliar-se permanentemente, no sentido de diagnosticar e resolver os seus pontos

fracos, de eliminar desperdícios e de afectar convenientemente os recursos à prossecução

da sua missão, disponível para ser avaliado externamente;

Continuar a fazer da escola uma verdadeira Comunidade Educativa, uma comunidade

onde todos os seus elementos – professores, pessoal não docente, alunos, pais,

encarregados de educação e autarquia - participam numa dinâmica de actividade

quotidiana, na justa medida dos seus papéis;

Promover, de forma dinâmica e sustentada, níveis de excelência educacional e

institucional traduzidos na satisfação dos seus utentes (alunos, pais e encarregados de

educação e comunidade) e dos seus actores internos (educadores, professores e

funcionários) bem como, daqueles que com ele colaboram.

5.3. Princípios Orientadores

Construir uma escola para todos que seja, ao mesmo tempo, uma escola para cada

um é a essência deste projecto que se rege pelos seguintes princípios orientadores:

Agrupamento de sucesso que aposta no incremento da qualidade das aprendizagens;

Agrupamento actuante na promoção de alternativas de combate ao abandono escolar;

Agrupamento actuante, ligado à comunidade, transformador e em transformação;

Agrupamento participado que consagra a educação para a cidadania;

Agrupamento criador de espaços vivos e de prazer;

Agrupamento promotor de saúde e da sexualidade humana;

Agrupamento promotor de higiene e segurança;

Agrupamento interactivo que dá resposta aos desafios da sociedade da informação e do

conhecimento;

Agrupamento que investe na Inovação, Qualidade Pedagógica e Organizacional.

5.4. Valores Fundamentais

Ser reconhecido como organismo de excelência pela sua actuação eficiente e eficaz

na prestação de serviço público de educação e ensino, assim como pela sua capacidade de

promover e vivenciar os valores da cidadania e da inclusão escolar e social, aliados à sua


__________________________________________________________________________________________


abertura para a introdução e dinamização da inovação pedagógica e organizacional,

pressupõe a aquisição e aplicação de novas competências de gestão pedagógica,

administrativa e financeira e a aplicação de políticas educativas inovadoras concordantes

com as novas exigências sociais, económicas, culturais e tecnológicas.

Assim, de forma a nortear a sua actuação e alcançar a visão concebida, é necessário

que o Agrupamento reforce as práticas potenciadoras de uma cultura de qualidade

pedagógica e organizacional assentes nos seguintes valores:

Igualdade de oportunidades na aquisição e formação do saber científico e social;

Educação para a cidadania, para a saúde e preservação Ambiental e cultural;

Tolerância e reconhecimento do direito à diferença;

Liberdade, responsabilidade e autonomia;

Cooperação e solidariedade activa;

Espírito crítico construtivo;

Valorização do conhecimento.

5.5. Finalidades do Projecto Educativo

A visão do que queremos para o Agrupamento é o ponto de partida para a expressão

clara das suas prioridades estratégicas, fixando o seu horizonte de concretização no

próximo triénio, de forma a moldar a acção educativa e o comportamento organizacional do

Agrupamento para com os seus alunos, para com os seus profissionais e para com os seus

parceiros e comunidade em geral.

Neste sentido, a visão institucional e, simultaneamente, as grandes finalidades

norteadoras do Agrupamento, podem ser assim sintetizadas:

Promover o sucesso escolar de todos, através de medidas que diluam as desigualdades

económicas e sociais e as dificuldades específicas de aprendizagem (SASE, Apoio

Pedagógico Acrescido, Apoio Psicológico e Social, Actividades de Enriquecimento

Curricular, Educação Especial, Equipa Multidisciplinar...);

Incentivar uma cultura de escolaridade prolongada, fomentando o gosto pela escola;

Proporcionar aos alunos experiências que favoreçam o seu desenvolvimento sócio-

afectivo, criando neles atitudes positivas e hábitos de vida saudável;

Desenvolver nos alunos atitudes de solidariedade e respeito mútuo e estabelecer regras

de convivência que contribuam para a sua educação cívica como cidadãos responsáveis e

intervenientes;

Proporcionar aos alunos a aquisição dos conhecimentos básicos que lhes permitam o

prosseguimento de estudos e/ou a sua integração na vida activa;


__________________________________________________________________________________________


Contribuir para a protecção do meio ambiente, para o equilíbrio ecológico e para a

preservação do património;

Contribuir para a melhoria da qualidade de vida escolar, nomeadamente através da

humanização dos espaços e da criação de condições de trabalho e lazer para alunos,

professores e pessoal não docente;

Contribuir para a valorização do papel da escola no Meio a que pertence, recorrendo ao

estabelecimento de parcerias com diferentes entidades.

5.6.Metas a Atingir pelo Projecto Educativo

A definição de metas e objectivos de médio e longo prazo são apresentados como

objectos-variáveis, susceptíveis de uma monitorização efectiva e pretendem ser

quantificáveis ao longo do tempo.

As metas e objectivos do Projecto Educativo serão concretizados através das

actividades do Departamentos, Grupos Disciplinares, dos Professores nas suas actividades

lectivas, do Pessoal Não Docente e demais intervenientes no processo educativo e através

da implementação do Projecto Curricular de Agrupamento, dos Projectos Curriculares de

Turma, articulando de forma integrada os projectos das actividades curriculares e extra-

curriculares, tendo como referência o Plano de Actividades e o Regulamento Interno.

O Agrupamento de Escolas, assumindo-se como espaço privilegiado de educação

para a vida e de formação para a cidadania, orientará a sua acção no sentido da formação

integral do indivíduo, preparando-o para a sua inserção na vida cívica de forma activa,

produtiva e responsável.

Para a prossecução destes propósitos, estabelecem-se como metas a alcançar pelo

projecto educativo:

1. Promover o sucesso educativo, fazendo da Escola um espaço educativo, cultural e

formativo, facilitador do sucesso dos alunos, do seu crescimento global e maturação pessoal

e social;

2. Incentivar uma cultura de aprendizagem ao longo da vida, fomentando o interesse,

desenvolvendo competências e promovendo atitudes dos alunos em diversas

áreas/domínios;

3. Promover práticas de vida saudável, designadamente no que se refere à higiene, à

prática regular de actividade física, à alimentação, à sexualidade e às dependências

diversas;

4. Preparar para a emergência de uma cidadania mais consciente, crítica, responsável,

solidária, e participativa;


__________________________________________________________________________________________


5. Promover um maior envolvimento e co-responsabilização dos Pais e Encarregados de

Educação ao longo de todo o percurso educativo/formativo dos alunos;

6. Promover a articulação curricular entre o nível de educação pré-escolar e o primeiro ciclo

do ensino básico e entre este e os subsequentes, numa perspectiva de continuidade de

trabalho e de resolução de problemas e dificuldades;

7. Melhorar significativamente as condições de trabalho e de vivência da escola para todos

os elementos que a integram;

8. Promover uma organização, orientação e gestão das escolas que proporcione uma

vivência mais humana, criativa e estimulante do trabalho cooperativo, reflexivo, e da

participação democrática;

9. Fomentar o desenvolvimento de relações interpessoais entre os membros da comunidade

educativa, no cumprimento e respeito pelos respectivos papéis, direitos e deveres,

fomentando o espírito de integração, de colaboração, de entreajuda e de saudável

convivência;

10. Combater o abandono escolar e prossecução do sucesso escolar para todos.

O nosso Projecto Educativo terá ainda de ser capaz de responder aos desafios da

educação para o século XXI que a UNESCO1 centra em torno de quatro pilares

fundamentais:

APRENDER A APRENDER – Adquirir as ferramentas para a aquisição de conhecimentos e sua

compreensão como condição fundamental para beneficiar das oportunidades oferecidas.

APRENDER A FAZER – Para poder agir sobre o meio envolvente, tornar as pessoas aptas a

enfrentar situações diversas, trabalhar em equipa.

APRENDER A ESTAR – Desenvolver a compreensão do outro e a percepção das

interdependências, realizar projectos comuns nos valores do pluralismo e da compreensão

mútua de paz.

APRENDER A SER – Que pressupõe os três pilares anteriores, desenvolvendo a personalidade

combinando uma maior autonomia com um maior sentido de responsabilidade visando

atingir metas comuns.

1 Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, 1998.


__________________________________________________________________________________________


6. PLANO GERAL DA ACÇÃO EDUCATIVA __________________________________________________________________________________________

6.1. Acções a Implementar

A educação para a tomada de opções, a individualização dos percursos de

formação, as formas de auto-avaliação, o respeito pelo projecto pessoal do aluno, a

multiplicação de opções, as formas de ensino mútuo e de auto-organização que favoreçam

a assumpção de responsabilidades individuais e colectivas, deverão ser prática comum. No

interior da turma, deverão ser desenvolvidas práticas diferenciadas, assumidos contratos

pedagógicos adaptados aos diferentes públicos, partilhados por professores, pais e alunos,

expressos nos Projectos Curriculares de Turma.

O presente Projecto Educativo aposta na formação de pais, professores, alunos e

funcionários. Aposta ainda na organização da vida do Agrupamento: horários, espaços,

modos de cooperação e de regulação em articulação com o Regulamento Interno, o

Projecto Curricular de Agrupamento e Projectos Curriculares de Turma, de forma a

satisfazer os imperativos referidos.

Com este Projecto, queremos continuar a trabalhar no sentido da construção de um

Agrupamento aberto à comunidade e a uma crescente colaboração com os pais e

encarregados de educação dos nossos alunos, criando oportunidades para uma maior

participação na vida da escola. Pretendemos ir ao encontro dos problemas detectados nos

inquéritos e que dizem respeito às competências sociais dos alunos e à participação da

família na vida escolar dos seus educandos.

No desenvolvimento deste Projecto Educativo, para a prossecução dos objectivos

atrás elencados e metas a seguir apontadas, serão de implementar as seguintes acções:

Desenvolver os subtemas do Projecto segundo uma perspectiva de interdisciplinaridade e

transversalidade, em que as Áreas Curriculares Não Disciplinares possam constituir o

momento aglutinador da temática em desenvolvimento;

Potenciar o Plano da Matemática e o Plano Nacional de Leitura como alavancas para o

desenvolvimento das competências dos alunos;

Potenciar a Biblioteca Escolar promovendo actividades que desenvolvam competências

gerais de ciclo;

Estabelecer protocolos com o Centro de Saúde local / regional no âmbito da promoção da

saúde em ambiente escolar;

Promover acções de formação para a comunidade escolar, nomeadamente na promoção

da saúde;

Dinamizar a prática desportiva, nomeadamente através do Desporto Escolar;


__________________________________________________________________________________________


Desenvolver projectos de transição para a vida activa de alunos com dificuldades de

aprendizagem quer com Percursos Alternativos ou disciplinas alternativas, quer com o

estabelecimento de protocolos com empresas ou instituições da região;

Facilitar o encaminhamento de alunos para vias profissionalizantes de modo a garantir a

conclusão da escolaridade obrigatória;

Incrementar o número de projectos e clubes em funcionamento;

Reforçar o conjunto de actividades de complemento curricular à disposição dos alunos;

Promover/divulgar as actividades a desenvolver através dos meios de comunicação locais

e regionais;

Promover acções de formação para o pessoal docente, essencialmente nas áreas das

novas tecnologias.

6.2. Áreas de Intervenção Prioritárias

Um projecto educativo, pela sua própria natureza e função, deve evidenciar um rumo

definido. Deve estabelecer, de forma clara e objectiva, metas a prosseguir, objectivos a

atingir e estratégias diversificadas e flexíveis a implementar, tudo no sentido de fazer

convergir meios, recursos, vontades e sinergias da escola e da comunidade com o objectivo

de alcançar as finalidades que lhe estão atribuídas.

Tendo por base a análise e reflexão produzida aos longo dos últimos anos lectivos,

os dados recolhidos na avaliação interna e os resultados dos inquéritos, estabeleceram-se

as seguintes áreas de intervenção prioritárias (eixos estratégicos), que procuram responder

de forma articulada e globalizante aos objectivos fixados pelo Projecto:

Educação para a Cidadania;

Educação para a Saúde, Sexualidade, Segurança, Desporto e Cultura;

Inovação, Qualidade Pedagógica e Organizacional;

Auto-Avaliação.

Para cada uma destas áreas de intervenção definem-se objectivos e propõe-se um

conjunto de estratégias passíveis de implementação para a consecução dos objectivos

definidos.


__________________________________________________________________________________________


6.2.1. Educação para a Cidadania

Objectivos:

Preparar os alunos, a nível das competências cognitivas e da formação pessoal e

social, levando-os a adquirir conhecimentos, aptidões, hábitos e regras que lhes

permitam intervir e integrarem-se numa sociedade democrática;

Desenvolver nos alunos atitudes de solidariedade e respeito mútuo e estabelecer

regras de convivência que contribuam para a sua educação cívica como cidadãos

responsáveis e intervenientes;

Considerar a Educação para a Cidadania uma área transversal a todas as áreas

curriculares;

Proporcionar aos alunos experiências que favoreçam o seu desenvolvimento sócio-

afectivo, criando neles atitudes positivas e hábitos de vida saudável;

Promover e vivenciar os valores da cidadania e da inclusão escolar e social;

Promover a formação de cidadãos cultos, sociáveis, solidários, autónomos,

respeitadores da diferença e civicamente responsáveis;

Transformar a escola num espaço de convívio e de socialização democrática

orientada pelos valores e princípios de uma cidadania activa e consciente;

Afirmar a escola como espaço privilegiado da construção do projecto de vida;

Promover a educação ambiental numa lógica de preservação da natureza e dos

recursos do planeta.

Estratégias:

Envolver, responsabilizando os alunos na vida da escola;

Participação dos alunos na escolha dos seus órgãos representativos;

Promover e apoiar o associativismo estudantil, numa perspectiva de participação

democrática e responsável na vida escolar;

Educar, formar e sensibilizar para a defesa da liberdade, património histórico-cultural e

ambiental;

Consolidar a consciência de cidadania através da participação em projectos diversificados

/ colóquios / debates;

Participar em campanhas de utilização racional:

- das energias renováveis;

- dos ecopontos (recolha selectiva do lixo).


__________________________________________________________________________________________


Desenvolver projectos de Educação Ambiental associados à questão da água, energia,

solos, conservação da natureza e do património natural, poluição e reciclagem,

desenvolvimento sustentado;

Utilizar a área de Formação Cívica como espaço prioritário para dar a conhecer a

Constituição da República, Declaração Universal dos Direitos da Criança e promover

acções de voluntariado;

Criar um sistema de monitorização para inventariação de desconformidades

comportamentais;

Utilizar a Biblioteca Escolar para desenvolver capacidades pessoais, potenciar a cultura de

escola através da valorização da diferença e para a formação do aluno enquanto cidadão

capaz de apresentar uma atitude crítica e responsável perante a sociedade.

6.2.2. Educação para a Saúde, Sexualidade, Segurança, Desporto e Cultura

Objectivos:

Apoiar actividades direccionadas para a promoção da saúde e sexualidade;

Desenvolver/promover comportamentos e cultura de segurança;

Incentivar a prática desportiva através de uma cultura desportiva;

Educar para a defesa do património histórico-cultural e ambiental.

Estratégias:

Estabelecer protocolos com o Centro de Saúde local / regional no âmbito da promoção da

saúde em ambiente escolar;

Promover acções de formação para a comunidade escolar, nomeadamente na promoção

da saúde;

Desenvolver uma política de Cultura Desportiva de Escola, através do Desporto Escolar e

da área disciplinar de Educação Física;

Dinamizar projectos de promoção de Educação para a Saúde, nomeadamente a nível da

alimentação, sexualidade e desporto escolar, preconizada por todos os agentes

educativos;

Promover o gosto pela prática regular de actividades físicas e aprofundar a compreensão

da sua importância como factores de saúde e componente da cultura na dimensão

individual e social;

Desenvolver e participar em projectos de inovação pedagógica ligados à preservação do

Meio Ambiente, Saúde, Alimentação, Desporto e Segurança.


__________________________________________________________________________________________


Organizar, em parceria com outras entidades e técnicos, campanhas de sensibilização e

prevenção;

Desenvolver, no âmbito da Escola Segura, de acções especiais de contacto junto dos

jovens, visando promover comportamentos de segurança;

Valorizar o Projecto de Educação para a Saúde e Sexualidade;

Realizar exercícios de protecção civil.

6.2.3. Inovação, Qualidade Pedagógica e Organizacional

Objectivos:

Melhorar o ensino e a aprendizagem;

Diversificar os percursos de aprendizagem;

Promover o sucesso escolar de todos os alunos;

Intensificar o apoio aos alunos com necessidades educativas especiais;

Reforçar/melhorar a integração entre os vários níveis de ensino;

Intensificar a relação escola/família e escola/meio;

Consolidar e reforçar parcerias;

Optimizar a gestão dos recursos humanos, serviços e estruturas;

Promover e apoiar a implementação de novos processos de organização e gestão

pedagógica e administrativa;

Reorganizar os circuitos de comunicação entre as diversas estruturas pedagógicas e

as estruturas de orientação educativa e os serviços especializados de apoio

educativo;

Prestar apoio adequado e informação célere aos utentes do Agrupamento, quer de

âmbito pedagógico quer de âmbito administrativo;

Promover o desenvolvimento de uma Política de Comunicação Interna que garanta a

circulação de informação, célere e actualizada;

Desenvolver, institucionalizar e intensificar a utilização da plataforma e-learning e do

site do Agrupamento como suportes privilegiados de alojamento de informação e de

comunicação formal/oficial entre os actores imediatos e mediatos do Agrupamento;

Melhorar a coordenação e a comunicação entre o órgão de gestão e as estruturas de

orientação e coordenação curriculares e entre os educadores e professores,

nomeadamente com base em suportes informáticos de comunicação;

Generalizar o acesso e o uso das novas tecnologias de informação e comunicação

de apoio ao desempenho pedagógico e administrativo promovendo, para o efeito, as

prévias e adequadas acções de formação;


__________________________________________________________________________________________


Ser reconhecido como organismo de excelência pela sua actuação eficiente e eficaz

na prestação de serviço público de educação e ensino.

Estratégias:

A - Gestão Pedagógica

Planificar o desenvolvimento dos conteúdos programáticos integrando as vertentes das

aquisições cognitivas, bem como competências e capacidades ao nível das atitudes e

valores;

Definir as competências/capacidades, quer a nível de cada disciplina, quer a nível

transversal, que proporcionem aos alunos a aferição de conhecimentos básicos que lhes

permitam o prosseguimento de estudos e/ou a sua integração na vida activa;

Implementar projectos e realizações, cujos conteúdos possam contribuir para o

enriquecimento individual e colectivo, no sentido de favorecer o desenvolvimento curricular

numa perspectiva integradora (inter e transdisciplinar) dos saberes;

Realizar de forma sistemática e organizada a articulação vertical de conteúdos

programáticos e estratégicos entre os vários níveis de ensino, do Pré-Escolar ao 3º Ciclo,

numa óptica de complementaridade e sequencialidade de formação/educação;

Adequar os conteúdos de ensino/estratégias às características do contexto de inserção e

às necessidades específicas dos alunos;

Dinamizar actividades de complemento curricular diversificadas que correspondam aos

interesses e motivações dos alunos, contribuindo simultaneamente para o alargamento de

experiências, criatividade e enriquecimento das suas aprendizagens;

Utilizar metodologias activas e recorrer a tecnologias educativas diversificadas;

Potenciar o Plano da Matemática e o Plano Nacional de Leitura como alavancas para o

desenvolvimento das competências dos alunos;

Utilizar a biblioteca escolar para implementar uma cultura de exigência e rigor nas

aprendizagens académicas orientada para a excelência de resultados;

Proceder à identificação e despistagem precoce de inadaptações, deficiências ou

precocidades e promover a melhor orientação e encaminhamento das crianças;

Motivar e apoiar candidaturas a projectos de Enriquecimento Curricular, Intercâmbio

Nacional e Internacional e de inovação pedagógica;

Promover projectos de transição para a vida activa de alunos com dificuldades de

aprendizagem quer com disciplinas alternativas, quer com o estabelecimento de

protocolos com empresas ou instituições da região;


__________________________________________________________________________________________


Encaminhar os alunos para vias profissionalizantes, de modo a garantir a conclusão da

escolaridade obrigatória;

Planificar de forma sequencial e articulada, entre os vários níveis de ensino, a formação

para uma cidadania democrática e pluralista, responsável e tolerante;

Intensificar o apoio às crianças e aos jovens com necessidades educativas especiais;

Promover o diálogo com as comunidades de emigrantes/imigrantes com vista à sua plena

integração;

Envolver a família, órgãos e serviços de apoio considerados necessários no combate ao

insucesso escolar dos alunos;

Envolver a comunidade:

a) Promover e apoiar a participação de toda a comunidade no processo educativo

envolvendo Alunos, Docentes, Não Docentes, Associações de Pais e Encarregados de

Educação, Autarquias, Empresas e restante Sociedade Civil na vida das escolas;

b) Incentivar e apoiar a participação da Associação de Pais e Encarregados de

Educação, promovendo acções que permitam a sua desejável colaboração e intervenção

como autores ou co-autores de iniciativas de âmbito socioeducativo a promover no

Agrupamento;

Programar e planificar de forma estruturada ao nível do Agrupamento as Áreas

Curriculares Não disciplinares, de modo a dar resposta aos interesses e necessidades dos

alunos e a fomentar o desenvolvimento de projectos/actividades globalmente concertadas:

Área de Projecto – orientá-la para temas/problemas da actualidade e da região, potenciando

o seu desenvolvimento numa perspectiva inter e transdisciplinar e transversal a todo o

Agrupamento, nomeadamente, através da definição de temas globalizantes suficientemente

flexíveis de modo a permitir a diversificação de abordagens complementares.

Formação Cívica – desenvolver nos alunos atitudes de solidariedade e respeito mútuo e

estabelecer regras de convivência que contribuam para a sua educação cívica como

cidadãos responsáveis e intervenientes; fomentar o desenvolvimento de

projectos/actividades que contribuam para uma participação cívica mais consciente na

comunidade, dentro e fora da escola; planificar de forma integrada, articulada e

sequencializada os conteúdos, tendo em conta os princípios e educação para os valores

definidos no Projecto; aprofundar a experiência da Assembleia de Delegados e de Turma,

como forma de estimular uma participação mais activa e empenhada na vida da escola.

Estudo Acompanhado - ajudar o aluno a organizar o seu estudo e trabalho no sentido de

aquisição de métodos e técnicas de estudo que ajudem a superar as dificuldades

articulando este trabalho com as diferentes áreas disciplinares; melhorar a articulação e o

trabalho cooperativo entre o(s) professor(es) de Estudo Acompanhado e o Conselho de

Turma; promover uma melhor e mais eficaz articulação com as Medidas de Apoio Educativo.


__________________________________________________________________________________________


B - Dimensão organizacional

Promover e apoiar a implementação de novos processos de organização e gestão

pedagógica e administrativa com o objectivo de reforçar a qualidade educativa e melhorar

o desempenho organizacional;

Criar mecanismos de diálogo/negociação, com vista a uma gestão participada e

democrática;

Utilizar, segundo regras definidas, a página WEB da Internet, o e-mail e grupos de

discussão para melhorar as formas de comunicação e informação das

Escolas/Agrupamento;

Assegurar condições para que a gestão aos diferentes níveis se torne mais aberta, eficaz

e transparente, dinamizando relações efectivas e regulares com a comunidade educativa

(Associação de Pais, Autarquia, Órgãos Internos de Gestão Pedagógica, Entidades

Privadas);

Gerir eficazmente dos recursos humanos e materiais, garantindo o correcto funcionamento

dos serviços;

Rentabilizar os recursos humanos (serviços de administração, Assistentes Operacionais);

Promover a organização racional dos serviços;

Promover boas práticas de utilização dos espaços e equipamentos;

Fixar as turmas em sala própria;

Arranjar/conservar os espaços físicos;

Reorganizar / redistribuir os espaços;

Reforçar a iluminação das áreas envolventes;

Promover parcerias com as juntas de freguesia para se assegurar a manutenção de áreas

ajardinadas.

C - Dimensão Relacional

Organizar, no início de cada ano lectivo, actividades de integração para os novos alunos

professores e funcionários;

Organizar/dinamizar convívios entre professores e alunos, entre professores do

Agrupamento e entre toda a comunidade escolar;

Criar/desenvolver espaços de discussão e reflexão orientados no sentido da participação

cívica dos alunos na vida da escola (estes poderão ser perspectivados devidamente

articulados com a área de Formação Cívica);

Desenvolver actividades culturais abertas à comunidade;

Promover acções informativas/ formativas na comunidade.


__________________________________________________________________________________________


D - Articulação Escola-Família

Articular com as Associações de Pais e Encarregados de Educação as melhores formas

de actuação, motivação e concertação;

Facilitar a abertura das escolas e a utilização dos seus recursos pelos Pais e

Encarregados de Educação, em período pós-laboral, para o desenvolvimento de

actividades associativas/formativas;

Realizar festas, comemorações e convívios que envolvam toda a comunidade educativa;

Proporcionar espaços e momentos de discussão/reflexão organizada acerca dos

problemas mais sentidos pelos Pais e Encarregados de Educação;

Promover reuniões sobre a actividade da escola;

Divulgar as actividades desenvolvidas;

Envolver as famílias em actividades de projecto.

E - Articulação Escola-Meio

Desenvolver projectos que estimulem o conhecimento e valorização do património natural

ambiental e cultural;

Recorrer às actividades e projectos da Biblioteca para integração e projecção do

Agrupamento na comunidade escolar e realidade social envolvente;

Estabelecer parcerias e protocolos, com Associações / Instituições / Empresas, tendo em

vista o desenvolvimento do Projecto Educativo e a prossecução de projectos de mútuo

interesse.

F - Formação

Elaborar um plano de formação que integre os interesses e necessidades de cada sector

de educação;

Proporcionar espaços e momentos de discussão /reflexão acerca dos problemas mais

sentidos pelos Pais e Encarregados de Educação, articulando com as Associações de

Pais e em concertação com estruturas e instituições locais/regionais;

Promover a realização de palestras, colóquios, debates, conferências para abordar

problemas/temas pertinentes para a comunidade educativa.


__________________________________________________________________________________________


6.2.4. Auto-Avaliação

Objectivos:

Implementar e manter uma cultura de avaliação no Agrupamento;

Acompanhar e avaliar internamente o Agrupamento:

a) Coordenar os vários níveis e ciclos de escolaridade em funcionamento no

Agrupamento, assegurando, de forma articulada, as orientações pedagógicas e didácticas

de política educativa e de integração escolar e social;

b) Avaliar e analisar o impacto das opções pedagógicas e organizacionais tomadas

pelos órgãos de gestão e administração do Agrupamento, na perspectiva da constante

melhoria da qualidade do ensino e das aprendizagens;

c) Conhecer os pontos fortes e as áreas de melhoria do Agrupamento para a procura

de soluções adequadas;

d) Conhecer o grau de satisfação de todos os que se relacionam com o

Agrupamento;

e) Garantir a qualidade do desempenho do Agrupamento;

f) Gerir melhor a pressão da avaliação externa Institucional.

Estratégias:

Definir objectivos claros e mensuráveis que permitam orientar os intervenientes no

processo de organização e gestão e avaliar a eficácia das medidas implementadas;

Proceder ao tratamento estatístico e à análise dos resultados escolares, a nível interno e

da prestação em exames;

Elaborar e divulgar relatórios de actividades das várias estruturas e das acções constantes

no Plano Anual de Actividades e sua análise crítica, discussão e avaliação;

Constituir uma equipa responsável pela agregação de práticas avaliativas;

Respeitar e perseguir as prioridades seleccionadas no processo de auto-avaliação;

Criar um quadro de indicadores de desempenho quantificados para integrarem o Manual

de Qualidade.


__________________________________________________________________________________________


7. INSTRUMENTOS DE EXECUÇÃO DO PROJECTO _________________________________________________________________________________

São instrumentos de execução do Projecto Educativo do Agrupamento o Projecto

Curricular de Agrupamento, o Plano Anual de Actividades, o Regulamento Interno e o Plano

de Formação, dos professores e dos funcionários.

7.1. Projecto Curricular de Agrupamento/Projecto Curricular de Turma

De acordo com o Decreto-Lei nº 6/2001, de 18 de Janeiro, que estabelece os

princípios orientadores da organização e da gestão curricular do ensino básico, cabe às

escolas adequar as estratégias de desenvolvimento do Currículo Nacional ao contexto da

escola.

Desta forma, os órgãos de administração e gestão das escolas concebem o Projecto

Curricular de Agrupamento, o qual deverá ser desenvolvido, em função do contexto de cada

turma, num Projecto Curricular de Turma.

O Projecto Curricular de Agrupamento é o documento de natureza pedagógica onde

se formalizam as instruções/orientações do Conselho Pedagógico, em matéria curricular. O

seu conteúdo é desenvolvido cumprindo as orientações estabelecidas no Projecto Educativo

de Agrupamento.

As metas definidas para o Projecto Educativo de Agrupamento desenvolvem-se em

objectivos que se concretizam no Projecto Curricular de Agrupamento. Se entendermos o

Projecto Educativo de Agrupamento como o documento portador dos valores de escola, sem

dúvida que o Projecto Curricular de Agrupamento é um instrumento de trabalho que os

corporiza.

No início do ano lectivo, os Conselhos de Turma reúnem para elaborar o Projecto

Curricular de Turma. Este implica caracterizar a turma com base nos processos dos alunos,

Projecto Curricular de Turma do ano anterior e da avaliação diagnóstica realizada por cada

docente na sua área curricular e no caso do pré-escolar e do 1º ciclo, pelo

educador/professor titular de turma.

A educação para a cidadania, o domínio da língua portuguesa e a valorização da

dimensão humana do trabalho (carácter pedagógico), bem como a utilização das

tecnologias da informação e comunicação (carácter instrumental) são áreas de formação

transdisciplinares que visam favorecer o desenvolvimento de competências numa

perspectiva de formação ao longo da vida.

Estes dois instrumentos orientam o percurso escolar dos alunos e, ao mesmo tempo,

certificam as competências realizadas pelos alunos e avaliam o desenvolvimento do

Currículo Nacional.


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Cada Professor Titular de Turma e cada Conselho de Turma elaborará o Projecto

Curricular de Turma da sua turma. Este é o documento orientador do acto educativo do

professor e nele deverão estar contidos a caracterização da turma, os princípios de

actuação do professor, as prioridades, as estratégias de actuação, as competências a

desenvolver, as actividades a realizar e a avaliação do mesmo.

7.2. Plano Anual de Actividades

O Plano Anual de Actividades é também um instrumento de execução do Projecto

Educativo e está vinculado a este. É elaborado anualmente e de acordo com as orientações

emanadas pelo Conselho Pedagógico e Órgão de Gestão.

Do Plano Anual de Actividades constam as actividades e planos de intervenção a

implementar na Escola. Fazem parte do Plano Anual de Actividades todos os projectos

pedagógicos desenvolvidos pelo Agrupamento e/ou outros propostos por entidades

exteriores ao Agrupamento (Câmara Municipal, Centro de Saúde, organizações

ambientalistas…).

Todas as estruturas pedagógicas deverão traçar o seu Plano Anual de Actividades e

as actividades deverão ser preparadas com rigor, definindo objectivos e indicando a

calendarização, orçamento e formas de divulgação e avaliação. Estas actividades deverão

reflectir as prioridades e preocupações plasmadas neste Projecto Educativo.

Os Planos Anuais de Actividades deverão ser anexados, anualmente, a este docu-

mento.

7.3. Regulamento interno

O Regulamento Interno permite a aplicação da lei e de normas internas decorrentes

da autonomia. Assegura direitos, enuncia obrigações e define funções dos intervenientes.

7.4. Plano de Formação

Deverá ser preocupação do Agrupamento criar condições para a execução de um

Plano de Formação do pessoal docente e não docente e implementar mecanismos de

autoformação e de hetero-formação contínuas, centradas na identificação de necessidades

de formação, ancoradas nos novos desafios trazidos à prática pedagógica e educativa.

O Plano de Formação é elaborado anualmente e de acordo com as necessidades

identificadas, dando prioridade às relacionadas com os problemas definidos neste Projecto.

7.5. Planos Específicos (Âmbito Nacional e de Escola)

Sem esquecer que uma escola deve proporcionar uma formação abrangente que

percorra todas as áreas do saber, tem vindo a fazer-se uma clara aposta em termos de


__________________________________________________________________________________________


política educativa do Agrupamento nos domínios da Língua Portuguesa, da Matemática e

das Novas Tecnologias, através da formação contínua dos docentes, da disponibilização de

horas e de projectos específicos.

Os planos em execução ou em equação deverão estar orientados para a

concretização das áreas de intervenção elencadas neste projecto.

7.6. Projectos, Clubes, Parcerias e Protocolos

Os projectos e clubes dinamizados deverão ir ao encontro dos princípios

orientadores definidos no Projecto Educativo de Agrupamento e ter em conta os objectivos e

estratégias nele delineadas. Desta forma, pretende-se que sejam promovidas actividades,

no âmbito dos clubes e projectos que integrem as questões da cidadania, a educação para a

saúde e sexualidade, segurança, a relação entre escola e família, o desenvolvimento das

competências sociais dos alunos e o sucesso escolar.

Sendo a educação uma responsabilidade social, a escola tem de se articular com

outras estruturas e agentes locais, no sentido de rentabilizar recursos e esforços, que

garantam uma melhor e mais eficaz prestação do serviço educativo, desenvolvendo assim

uma verdadeira cultura de participação.


__________________________________________________________________________________________


8. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJECTO __________________________________________________________________________________________

8.1. Avaliação Externa e Auto-Avaliação

O Projecto Educativo deve, pela sua própria natureza e âmbito, ser

permanentemente auto-avaliado, o que significa prever e instituir mecanismos de auto-

avaliação institucional que permitam obter, a todo o momento, o necessário feedback sobre

a eficácia e a eficiência da gestão pedagógica e administrativa e sobre a efectiva

repercussão das acções educativas (curriculares e não curriculares) que, organizadamente,

são promovidas e desenvolvidas no Agrupamento, tendo em vista a maximização da

qualidade das aprendizagens, a integração social e escolar e a promoção da igualdade de

oportunidades no acesso e no sucesso escolares.

A auto-avaliação institucional apresenta-se como instrumento privilegiado de aferição

da qualidade educativa e organizacional do Agrupamento. Do cruzamento da Avaliação

Externa das Escolas com a Avaliação Interna do Agrupamento surgirão dados susceptíveis

de contribuir, por um lado, para a adopção de melhores práticas institucionais e, por outro

lado, para aprofundar e, sempre que necessário, rever e reajustar o Projecto Educativo do

Agrupamento.

O Projecto, terá momentos distintos de avaliação, que obedecerão a um processo

contínuo em busca dos princípios traçados no seu percurso de vida:

Inicial - aquando da apresentação do Projecto com vista à análise da sua exequibilidade;

Contínua – que deverá ser feita ao longo do desenrolar do processo (no final de cada

período lectivo) para se proceder a reformulações pontuais sempre que necessárias,

possibilitando a existência de mecanismos de regulação;

Periódica – no final de cada ano, para detectar obstáculos à concretização do projecto e

formas de os superar, para um balanço dos objectivos atingidos e a atingir, bem como

para uma reformulação do projecto para o ano lectivo seguinte. Assim, deverão ser

estabelecidos no Plano Anual de Actividades as metas, as actividades a realizar, o

cronograma das acções a desenvolver e as estratégias a implementar, constituindo o

próprio Plano Anual de Actividades um instrumento eficaz que permitirá medir o grau de

consecução de uma parte do Projecto Educativo do Agrupamento.

Final – avaliação global do projecto, no final dos três anos de vigência, a qual deverá ser

tanto de natureza qualitativa como quantitativa.


__________________________________________________________________________________________


8.2. Objectivos da Auto-Avaliação

São objectivos da auto-avaliação:

Conhecer os pontos fortes do Agrupamento e as áreas de melhoria de âmbito

multidimensional (pedagógico, administrativo, relacional, liderança, comunicação, ...);

Revelar a percepção dos actores internos e externos relativamente ao Agrupamento;

Aumentar a mobilização interna para a mudança;

Conhecer o nível de satisfação dos diferentes públicos que se relacionam com a escola,

ou seja, dos seus actores internos (utentes/cidadãos; alunos e encarregados de educação;

professores, assistentes administrativos e auxiliares da acção educativa) e dos seus

parceiros externos;

Garantir a credibilidade do desempenho do Agrupamento.

8.3. Equipa de Auto-Avaliação

Compete ao Conselho Geral a avaliação final deste projecto com base em relatório

elaborado por uma equipa nomeada pelo Conselho Pedagógico e de acordo com os

seguintes critérios:

Potenciador da organização através da melhoria do clima de escola;

Aberto à comunidade;

Completo, na medida em que mobiliza a participação de todos;

Coerente entre os problemas, os objectivos e estratégias que propõe;

Selectivo na escolha das melhores estratégias e recursos;

Distribuidor de responsabilidades, tempo, método e recursos;

Atractivo, porque respondeu às necessidades e interesses da comunidade escolar;

Potenciador do desenvolvimento pessoal, social e cultural de toda a comunidade escolar;

Congruente entre o que propõe e os resultados esperados;

Funcional, proporcionando aprendizagens e experiências socialmente úteis;

Eficaz, ao especificar de forma operacional os resultados esperáveis, os processos de os

atingir e de avaliar;

Equilibrado na quantidade de objectivos que devem alcançar todos os membros da

comunidade escolar, assim como no tipo de problemas e respectivas estratégias de

resolução;

Atento à diversidade social e cultural;

Flexível de forma a poder rever-se e adaptar-se permanentemente;

Inovador, ensaiando novas respostas organizacionais aos problemas.


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A Equipa de Auto-Avaliação deve ser:

Representativa do Agrupamento, isto é, constituída pelos actores internos, que pertençam

a diferentes ciclos de escolaridade, funções profissionais, órgãos e serviços da instituição;

Seleccionada com base no conhecimento que os seus membros têm do Agrupamento nas

respectivas competências profissionais.

8.4. Critérios para Formulação de Indicadores de Desempenho

Para a concretização dos objectivos e dos critérios de avaliação expressos no

Projecto Educativo, deverão ser definidos metas e indicadores tendentes a avaliar o grau de

cumprimento da direcção estratégica e da gestão pedagógica e administrativa por parte dos

intervenientes ao nível dos diferentes órgãos, áreas curriculares disciplinares e não

disciplinares, projectos de desenvolvimento educativo, serviços educativos e serviços

administrativos, definindo-se, sectorialmente, as respectivas metas anuais.

Os indicadores de desempenho devem ser definidos após o Grupo de Trabalho

responsável pela Auto-Avaliação anual ter identificado os aspectos cuja alteração ou

modificação se lhe afiguram decisivos para alcançar as metas desejadas.

A comissão criará um ou mais instrumentos de avaliação, que servirão de base à

elaboração de relatórios de avaliação periódica e final, a apresentar ao Conselho

Pedagógico e Conselho Geral. A avaliação deverá fornecer os dados necessários para

intervir no sentido de corrigir:

Coerência (relação entre o projecto e o problema);

Eficácia (gestão e administração dos recursos e meios);

Eficiência (relação entre a acção e os resultados).

8.5. Instrumentos de Avaliação

O Grupo de Trabalho responsável pela Auto-Avaliação deverá utilizar instrumentos

de avaliação qualitativa e quantitativa, nomeadamente:

Instrumentos de Avaliação Quantitativa: Dados estatísticos sobre: Transição por ano de

escolaridade; Abandono por ano de escolaridade; Assiduidade; Participação dos

pais/encarregados de educação na vida da Escola; Participações de carácter disciplinar por

ano de escolaridade; Frequência dos Apoios Educativos; Outros.


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Instrumentos de Avaliação Qualitativa: Relatórios de Actividades dos Directores de Turma,

Coordenadores de Departamento, Coordenadores de Directores de Turma, Clubes, Serviços

de Psicologia e Orientação, e outros previstos no Regulamento Interno; Projectos

Curriculares de Turma; Relatório do Plano Anual de Actividades; Auto-avaliação, com

periodicidade pré definida, em todos os sectores; Questionários aos alunos, encarregados

de educação e Assistentes Operacionais para apuramento do grau de consecução dos

objectivos definidos.

8.6. Metodologia da Avaliação

O processo de avaliação deverá, em termos metodológicos, prever as seguintes fases: Lançamento de inquéritos para recolha de críticas e sugestões para o futuro;

Elaboração de relatórios no final de cada actividade;

Apresentação de um relatório crítico final a apresentar ao Conselho Pedagógico;

Divulgação dos resultados de avaliação a toda a comunidade educativa;

Reformulação do Projecto Educativo do Agrupamento.


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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS __________________________________________________________________________________________

Fundamental para a correcta implementação de qualquer Projecto Educativo é a

divulgação das actividades e a animação da comunidade. Assim, em cada um dos três anos

de vigência do Projecto Educativo, dever-se-á ter em conta a sua divulgação interna e

externa, bem como a sua animação.

Consideram-se parte integrante do Projecto Educativo, sob a forma de anexos, os

documentos que a seguir de discriminam e que aos seus objectivos e estratégias de acção

se devem subordinar:

Regulamento Interno do Agrupamento;

Plano Anual de Actividades Agrupamento;

Projecto Curricular do Agrupamento;

Critérios Gerais de Avaliação das aprendizagens em vigor no Agrupamento;

Relatórios anuais de avaliação dos Projectos de Desenvolvimento Educativo, dos Clubes

e de outras iniciativas congéneres desenvolvidas no âmbito dos objectivos consignados no

Projecto Educativo;

Planos Anuais de Formação do pessoal docente e não docente;

Plano T.I.C.;

Plano Anual de Actividades da Biblioteca Escolar;

Plano Anual da “Educação para a Saúde e Sexualidade”.


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APROVAÇÃO E ENTRADA EM VIGOR

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O Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima aprovou a versão

final do Projecto Educativo em 3 de Fevereiro de 2010.

A Presidente do Conselho Geral,

Ana Paula Baptista

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