Panorama Audiovisual Ed. 56 - Outubro de 2015

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Ano 4 - Edição 56 - Outubro/2015 56 9 772236 033008 ISSN 2236-0336 Jorge e Mateus em 4K A Diferença SAM Quantel e Snell agora são SAM - uma nova empresa que tem a visão e a tecnologia para entregar soluções que mudam a forma de fazer negócios. Nós entendemos que não se trata somente sobre o futuro; para chegar lá, as necessidades de hoje também são preponderantes. É por isso que nós entregamos hoje sistemas preparados para o futuro que vão permitir que seu negócio seja bem sucedido na era voltada ao consumidor. UHD chega aos grandes shows

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A revista Panorama Audiovisual e o site - www.panoramaaudiovisual.com.br - são dedicados aos técnicos, engenheiros, gerentes e diretores de televisão, cinema, publicidade e novas mídias. Produção, jornalismo, áudio profissional, computação gráfica, infraestruturas, distribuição, transmissão, interatividade, estereoscopia, cinema e televisão digital estão sempre em suas reportagens, estudos de caso, entrevistas, análises e cobertura de eventos.

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    Jorge e Mateus em 4K

    A Diferena SAM

    Quantel e Snell agora so SAM - uma nova empresa que tem a viso e a tecnologia para entregar solues que mudam a forma de fazer negcios.

    Ns entendemos que no se trata somente sobre o futuro; para chegar l, as necessidades de hoje tambm so preponderantes. por isso que ns entregamos hoje sistemas preparados para o futuro que vo permitir que seu negcio seja bem sucedido na era voltada ao consumidor.

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    UHD chega aos grandes shows

  • P 4 Editorial>>

    Pesquisa com 5G abrem um novo caminho para os servios online e o streaming A Ericsson lanou na Europa a Fase 1 do projeto 5G Exchange (5GEx), que tem o objetivo de criar uma infraestrutura unifi cada entre mltiplos operadores e tecnologias. O projeto centra-se na harmonizao dos servios entre diferentes regies, envolvendo varias em-presas. Esta harmonizao deve ser compatvel com os conceitos NFV (Virtualizao das Funes de Rede) e tecnologias de rede defi nidas por software. Os elementos da rede e servios end-to-end podero ser combinados em ambientes de vrios fornecedores, assim como tecnologias e recursos heterogneos.Para os operadores e provedores de contedo, isso se traduz em um servio de atendimento automtico, reduzindo o tempo necessrio para comear a distribuir um contedo audiovisual, por exemplo. Os servios podero ser lanados de modo programado graas fi losofi a de um centro nico de controle.Ao mesmo tempo, os usurios de empresas e indstrias ganham fl exibilidade para defi nir, im-plantar e controlar arquiteturas de servio sob demanda. As empresas podero atingir novos nveis de efi cincias na migrao de servios de rede, com fi rewalls e roteadores para uma nica plataforma virtual e manter apenas redes fsicas.O projeto 5GEx acontece entre outubro de 2015 e maro 2018, e a Ericsson controlar o projeto em colaborao com vrios parceiros, incluindo a Telefnica, Atos, Universidade de Economia e Negcios de Atenas, Instituto de Redes Defi nidas por Software de Berlin, Universidade de Tecnologia e Economia de Budapeste, Deutsche Telekom, European Center for Information and Communication Technologies, Hewlett-Packard Enterprise, Huawei, Orange, RedZinc, Royal In-stitute of Technology, Telecom Italia, Telenor e University College de Londres.O projeto prev uma plataforma aberta, que permite a harmonizao dos servios em vri-os domnios, com um pacote de ferramentas de software de cdigo aberto e extenses que podem ser utilizadas mesmo onde no h o 5GEx. Ele tambm tem o objetivo de desenvolver uma rede que permite a experimentao e validao de arquiteturas, me-canismos e modelos de negcios.Ao mesmo tempo, o 5GEx vai lanar uma plataforma de testes preparada para vrias aplicaes do 5G em cenrios realistas, demonstrando a harmonizao da infraestrutura como servio pon-ta-a-ponta para vrios operadores.No Brasil, a Ericsson e a Amrica Mvil realizaro o primeiro teste de 5G em 2016. Elas tambm iro implementar um sistema de testes para a Internet das Coisas (IoT), possibilitando que as indstrias brasileiras e o setor pblico se preparem para a transformao das TICs. As pesquisas ainda envolvem a Universidade Federal do Cear (UFC), a Universidade de So Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).A Ericsson fez uma parceria com a Universal Music para criar o Streamr, uma ferramenta 5G que tem por objetivo melhorar a experincia do compartilhamento em tempo real de vdeos ao vivo.Neste ano a Ericsson e Universal Music lanaram a Streamr, uma ferramenta 5G para stream ao vivo que pretende melhorar a experincia na transmisso de eventos. O aplicativo em conjunto com a infraestrutura de rede 5G permite que os usurios realizem streaming de vdeo ao vivo a partir de seus telefones durante um evento. Assim, outros usurios com dispositivos portteis podem ser receptores da transmisso dentro de arenas e casas de espetculos, bem como usurios de internet que podem acessar o contedo atravs de um portal web baseado em nuvem.Apesar do 5G ainda estar longe de se tornar realidade, esta sequencia de iniciativas ter grande impacto na maneira como a mdia distribuda, colocando em segundo plano a transmisso tradicional o broadcast.

    Diretoria

    Presidncia e CEO

    Victor Hugo Piiroja

    [email protected]

    Redao

    Editor e Jornalista Responsvel

    Fernando Gaio (MTb: 32.960)

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    Editor Assistente

    Fvio Bonanome

    [email protected]

    Reprter

    Gustavo Zuccherato

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    Editor Internacional

    Antonio Castillo

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    Colaborador

    Eduardo Boni

    Arte

    Giovana Dalmas

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    Marketing

    Assistente

    Michelle Visval

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    Sistemas

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    Comercial

    Diretor Comercial

    Christian Visval

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    Gerentes de Contas

    Alexandre Oliveira

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    Financeiro

    Rodrigo Golalves de Oliveira

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    Panorama Audiovisual Online

    www.panoramaaudiovisual.com.br

    Tiragem: 16.000 exemplares

    Impresso: Silvamarts

    Al. Madeira, 53, cj 92 - 9 andar - Alphaville Industrial06454-010 - Barueri SP Brasil

    +55 11 4197-7500 www.vpgroup.com.br

    Ano 4 N 56 Outubro de 2015

    PanoramaAV PanoramaAVBR

    Fernando Gaio (MTb: 32.960)Editor

  • P 6 Sumrio>>

    4242 Padro Merlin de Qualidade Conhea a trajetria de 30 anos de uma das maiores

    empresas brasileiras provedora de solues para o mercado de produo audiovisual

    5252 Globo coloca radiodifuso em xeque Globo Play valoriza streaming com verses gratuita e paga,

    VoD e 4K.

    4848 Cinemtica Audiovisual abre as portas para a ps-produoCom estrutura compacta e servio especializado, produtora tem plano de crescimento cauteloso e baseado em parcerias.

    6868 Sertanejo em 4K Ultra HD Show da dupla Jorge & Mateus foi gravado com a nova tecnologia e o apoio da unidade mvel da produtora

    RGB. Distribuio em 4K ser feita pela internet.

    7272 Broadcast e unicast: a melhor combinao

    3030 RockinRio Os batidores do espetculo

    2020 O Cara do Som Com mais de 32 anos de experinci no udio para televiso, Dennis

    Baxter a autoidade mxima para falar de produo de som para eventos esportivos. Em preparao para os jogos do Rio, o profi ssional fala um pouco do passado e futuro da tecnologia de captao.

    1414 Padro para udio sobre IP revisado AES67 permite interoperabilidade na transmisso de udio em

    diferentes redes.

    1010 YouTube lana servio de assinatura

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  • Focused on The Future

    Entre em contato e conhea toda a linha de lentes para Televiso e Cinema da Fujinon

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  • AS UNIDADES MVEIS DE PRODUO E TRANSMISSO QUE CONQUISTARAM O MERCADO.

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    A Cmera 2 ao longo dos ltimos anos realizou mais de 2000 eventos com suas unidades hbridas (SNG com cmeras) para as mais conceituadas emissoras de televiso do Brasil.

    Com uma equipe tcnica especializada e experiente, estamos presentes nos mais importantes eventos esportivos, musicais, jornalsticos e de entretenimento.

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  • P 10 Notcias>>

    YouTube lana servio de assinatura

    O YouTube acaba de anunciar o lanamento de um servio de assinatura, o YouTube Red. O servio, que estar disponvel nos EUA a partir do prximo dia 28, permitir aos usurios acessar os vdeos da plataforma sem a interferncia de publicidade.Com uma assinatura mensal de US$9,99 (US$12,99 para usurios de iOS), os usurios do servio podero salvar o contedo para assistir posteriormente de maneira offline, tocar os contedos em modo background, alm de ter acesso a contedo exclusivo e original, produzido pelo prprio YouTube e pelos principais YouTubers do mundo.Os contedos originais, com previso de estarem disponveis a partir de 2016, incluem produes como: a srie Scare PewDiePie que colocar o YouTuber PewDiePie (com quase 40 milhes de inscritos) em situaes aterrorizantes inspiradas em seus jogos favoritos, produzida pelo criador e produtor executivo da srie The Walking Dead; o filme A Trip to Unicorn Island, que colocar a YouTuber Lilly Singh, do canal IISuperwomanII (quase 7 milhes de inscritos), em um tour de 26 cidades pelo mundo onde ela ter praticar o que ela prega: a felicidade a nica coisa que vale a pena lutar; entre muitos outros.

    YouTube MusicOutra novidade anunciada o aplicativo YouTube Music, que funcionar de maneira semelhante a outras plataformas de streaming de msica, como o Spotify e o Deezer. Os usurios podero acessar a plataforma e ter acesso a todo o contedo musical disponvel no YouTube. O aplicativo semelhante a outras plataformas j em funcionamento, como o YouTube Gaming e o YouTube Kids, voltados para contedo de jogos e para o pblico infantil, respectivamente. Segundo a empresa, o YouTube Music estar disponvel em breve.Com a funcionalidade de tocar os contedos em modo background, os usurios no precisaro deixar o aplicativo aberto para ouvir as msicas, o que coloca a plataforma em patamar de igualdade com os competidores.O YouTube Red tambm trabalha com o Google Play Music, ento quem assinar um, ter acesso ao outro automaticamente.

    Entre as novidades anunciadas pelo Youtube est a transmisso da Copa do Rei ao vivo

    A empresa ainda destaca que a verso gratuita, com anncios, no ir a lugar nenhum e continuar funcionando normalmente.

    Copa do ReiDias aps o anncio de seu novo servio de OTT por assinatura, o Youtube Red, a mais popular plataforma de vdeos pela internet anunciou que passar a transmitir partidas de futebol da Copa do Rei (Espanha) ao vivo a partir de hoje (28). O servio ser possvel graas a um acordo de transmisso entre a LFP (Liga de Futebol Profissional da Espanha), a detentora dos direitos de transmisso MediaPro e o Google.Apesar de no ser a primeira vez que o Youtube realizar uma transmisso esportiva ao vivo (o mundial de Surfe de 2014 j teve o privilgio), esta ser a primeira ao com a possibilidade de capilarizao em massa que o esporte mais popular do mundo oferece. O sinal ser disponibilizado para 17 pases simultaneamente, incluindo Brasil.O anncio levanta diversas questes do ponto de vista tecnolgico e de mercado, sendo o mais bvio a disponibilidade de banda. A popularidade do futebol sempre citado com um grande problema de enxergar o OTT como um meio de distribuio de massas para o futuro. Simplesmente no h banda para atingir milhes de espectadores simultaneamente em uma aplicao crtica onde atrasos de transmisso no so tolerados.Outro problema diz respeito exclusividades de direitos explorar financeiramente a transmisso destes eventos, normalmente em mos das grandes emissoras de TV Aberta e de Assinatura. A soluo do Youtube para ambos os problemas bem simples: A Espanha no est na lista dos pases contemplados pela transmisso. Em outras palavras, no h nem conflito de interesse nem grande fluxo de espectadores interessados em acompanhar as partidas.Ainda sim, a LFP espera atingir uma audincia de at 200 milhes de espectadores potenciais espalhados pelo mundo. Os interessados em acompanhar a partida precisam pagar um valor de 4,99 Euros por partida ou 19,99 Euros para todo o campeonato. A transmisso ser toda feita em HD. PA

    Empresa promete oferecer contedo exclusivo, reproduo offline e modo background

  • P 12 Notcias>>

    Felipe Andrade assume Snell AdvancedMedia no Brasil

    Andr Figueiredo assume ministriodas Comunicaes

    A Snell Advanced Media (SAM) nova denominao da juno entre as fabricantes Snell e Quantel anunciou durante o IBC 2015 que Felipe Andrade ser o diretor regional da companhia para o Brasil. Andrade o quarto contratado para a regio da Amrica Latina e chega companhia aps na Direo de Desenvolvimento de Negcios da AVID Technologies. Antes disso, ele esteve por 15 anos na Grass Valley e 5 anos na Sony.A base de operaes no Brasil ser em So Paulo e envolver o contato direto com os clientes chave, gerenciamento dos canais de distribuio e integradores de sistemas, e o desenvolvimento de novos mercados. Estamos muito felizes com a entrada do Felipe na nossa equipe da Amrica Latina, trazendo grande experincia tcnica e comercial para lidar com os nossos parceiros, afirmou Rafael Castillo, Vice-Presidente da SAM na regio. Felipe tem um profundo relacionamento com os clientes mais importantes dentro e fora do pas, o que nos permitir elevar o volume de negcios. PA

    Gerenciamento de canais e desenvolvimento de mercados esto entre as novas funes

    Prioridades, segundo orientao da Presidente Dilma, devero ser no processo de migrao AM-FM e no desligamento do sinal analgico de TV

    O novo ministro das Comunicaes, Andr Figueiredo, afirmou nesta tera-feira (6) que suas prioridades frente da pasta so os processos de migrao das rdios AM para o FM e a mudana do sinal analgico de TV para o digital. Figueiredo substitui Ricardo Berzoini, nomeado para a Secretaria de Governo.O Ministrio das Comunicaes vai priorizar o dilogo para encontrar um preo justo a ser pago pelos radiodifusores que adquirirem as outorgas de FM.Mais de 1.300 rdios AM pediram ao ministrio a mudana de sinal. O mtodo de clculo para definir os preos est em discusso pelo MiniCom e passa por um levantamento junto ao setor de radiodifuso.O posicionamento a respeito da TV Digital foi reforado pela prpria presidente Dilma Rousseff em seu discurso no 27 Congresso Brasileiro de Radiodifuso, tambm na tera-feira.Dilma destacou que o principal desafio do governo no setor de radiodifuso a transio da TV analgica para a digital: Vamos buscar uma forma que seja a mais adequada situao poltica, econmica e social do Pas, disse.O objetivo garantir que pelo menos 93% dos domiclios estejam aptos a receber o sinal digital e instalar o novo sistema de transmisso de TV em todas as 11 mil geradoras e retransmissoras em todo o pas.Alm disso, tambm haver um foco em encontrar solues para que os brasileiros no fiquem sem o servio de televiso no processo

    de desligamento do sinal analgico, que acontece progressivamente entre 2016 e 2018, com um teste-piloto este ano. H um desligamento piloto previsto para Rio Verde, em Gois. Existe uma demanda para que seja postergado, j que h uma determinao de que 93% dos domiclios tenham acesso ao sinal digital, ento vamos dialogar a respeito, disse Figueiredo.Durante sua posse, o novo ministro das Comunicaes tambm falou sobre as iniciativas de incluso digital. PA

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  • 12 Cmeras Sony HD

    Mesa de corte Sony MVS8000 G

    Recuperao de Imagens EVS

    Monitorao Sony atravs de Multiview Imagine

    Matrix Imagine

    Mesa de udio Studer V1 udio 5.1

    Monitorao de udio Genelec

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    www.cromamix.com.br

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  • P 14 Notcias>>

    Padro para udio sobre IP revisado

    DPA lana microfone de lapela Slim

    A Media Networking Alliance acaba de publicar uma reviso para o padro AES67, incluindo referncias atualizadas a RFC 7273. Este padro permite a interoperabilidade para a transmisso de alto desempenho de udio sobre IP.A nova norma AES67-2015, alm das referncias a RFC 7273, introduz melhoras no funcionamento do padro baseado na aplicao geral e na experincia Plugfest. Os testes envolveram as empresas ALC NetworX GmbH, Archwave AG, Axia Audio, Digigram SA, DirectOut GmbH, Georg Neumann GmbH, Lawo AG, Merging Technologies S.A., SOUND4 e Telos Systems Inc., alm das IRT (Alemanha), Swedish Radio e da BBC.O alcance destas revises demonstra a natureza robusta e estvel do AES67, que foi publicado e implementado com xito por vrios fabricantes de produtos para udio, aponta Kevin Gross, presidente tcnico da Media Networking Alliance. Como foram demonstradas nas provas Plugfest, a compatibilidade funcional do AES67 comporta-se como descrita. Alm disso, essas revises complementam sua funcionalidade, completa. PA

    AES67 permite interoperabilidade na transmisso de udio em diferentes redes.

    O Slim possui montagem que permite que ele seja colocado em buracos de botes

    A DPA Microphones acaba de anunciar o novo Slim Microphone da linha d:screet na conveno da AES 2015 em Nova York. Desenvolvido como resposta a crescente necessidade da indstria cinematogrfica por um microfone de corpo quase invisvel, o d:screet Sim oferece a cpsula omnidirecional da DPA em um cabea achatada, um cabo fino e um novo acessrio para montagem em buracos de botes.Atualmente em estgio de testes beta com alguns dos mais proeminentes engenheiros de som da indstria, essa soluo, segundo a empresa, j est ganhando um bom retorno.O novo acessrio para montagem em buracos de botes, que vem como um acessrio fechado, oferece um ngulo de entrada de som de 90, permitindo que o cabo fique plano sob uma superfcie. Ele tambm desenho para caber em espao de at 2 milmetros. A combinao do tamanho e dos acessrios disponveis aumentam as possibilidades de montagem.Depois de conversarmos com nossos usurios e colegas da indstria, ns conseguimos uma viso mais prximo de como os microfones foram sendo escondidos e desenvolvemos uma maneira completamente nova e nico de lidar com essa lacuna, disse Mikkel Nymand, gerente de produto da DPA Microphones. O resultado um microfone que mais facilmente escondido embaixo de roupas, o que muito necessrio na televiso e na produo de filmes, explica.As cpsulas d:screet 4060 com alta sensibilidade e 4061 com baixa sensibilidade usadas no Slim oferecem qualidade de udio

    excepcional com baixo rudo prprio.O microfone est disponvel em quatro opes de cor bege, branco, preto e marrom.O Slim dar aos profissionais de som uma infinidade de possibilidades, acrescenta Nymand. Ns estamos especialmente felizes em chegar a esses profissionais de udio que queriam a qualidade de som dos microfones DPA, mas que precisavam de uma soluo ainda mais discreta, completa. PA

  • P 16 Notcias>>

    Ericsson far primeiros testes de 5Gno Brasil j em 2016

    GLOOKAST lana INGESTER LT para ISIS 1000

    O ministro das Comunicaes, Andr Figueiredo, acompanhou a presidente Dilma ontem (20) em visita a empresa Ericsson, na Sucia.Figueiredo aproveitou para conhecer os projetos e buscar apoio para ampliar a implementao da poltica brasileira de investimento em tecnologias digitais.O presidente da companhia, Hans Vestberg, anunciou que o primeiro teste de telefonia mvel de quinta gerao (5G) deve ser realizado no Brasil j em 2016, por meio de parceria com uma operadora que atua no pas.Para o 5G, o nosso foco entender como os sistemas sero utilizados pela sociedade pelas e indstrias, apontou Vestberg. O primeiro sistema de teste 5G no Brasil uma maneira de demonstrar a vantagem competitiva, ao mesmo tempo em que conseguimos realizar testes fora dos laboratrios, completo.

    A presidente Dilma e o novo ministro das comunicaes visitaram a sede da empresa ontem (20) na Sucia

    Alm disso, empresa abriu um novo escritrio nos EUA

    A GLOOKAST anunciou o lanamento de uma nova verso da sua soluo de ingest baseada em arquivos, Gloobox INGESTER. A nova verso oferece uma soluo fcil que, inicialmente, foi desenvolvida para trabalhar em conjunto com o sistema de armazenamento ISIS 1000 da Avid e outras solues de nvel de entrada.O INGESTER LT foi desenvolvido para dar aos usurios facilidade de automao e eficincia no ingest de arquivos XDCAMHD ou AVC-Intra no ISIS 1000 ou outros sistemas de armazenamento compartilhado de entrada.A soluo pode criar arquivos que so compatveis tanto com Avid Media Composer assim como Adobe Premiere Pro CC. A integrao com Interplay | Production, a plataforma de gerenciamento de contedo da Avid, pode ser adicionada como uma opo ao Ingester LT.Para instalaes que querem gerenciar mdia atravs da integrao com softwares de gerenciamento de ativos de terceiros, arquivos criados pelo Ingester LT e seus metadados associados so compatveis com Cantemo Portal.Segundo Edel Garcia, vice-presidente executivo de operaes da Glookast, o objetivo oferecer uma soluo de ingest de arquivos para instalaes de ps-produo menores e emissoras. Nosso objetivo

    oferecer uma soluo por menos de US$10 mil e o Ingster LT consegue isso, explica.

    Novo escritrio e diretor de vendas A GLOOKAST tambm anunciou a abertura de um novo escritrio em Los Angeles, Califrnia (EUA), para atender a costa oeste da Amrica e o oeste do Canad, com o nomeamento de Craig Risebury como diretor de vendas snior.Risebury traz uma base forte dos segmentos de mdia e entretenimento e tem mais de 25 anos de experincia em fabricao de ps-produo, gerenciamento de produto, vendas e desenvolvimento de negcios. Ele vem da AIT (Alliance Integrated Technology), onde foi diretor de vendas responsvel por aumentar a relevncia e as vendas da empresa. Alm disso, ele tambm foi presidente e chefe de vendas da FilmLight.Ns estamos muito felizes em integrar o Craig na nossa equipe, conforme abrimos novos escritrios na costa oeste, disse Guilherme Silva, co-fundador e CEO da GLOOKAST. Sua experincia inigualvel traz uma rique de conhecimento do mundo reais e contatos inestimveis para sua nova posio e o prepara para ajudar os clientes a enfrentarem seus desafios e metas, completa. PA

    Ele anunciou novos projetos de pesquisa em 5G em parceria com a Universidade de So Paulo (USP), a Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal do Cear (UFC). PA

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  • A Associao de Operadoras de Satlite para pases da Europa, Oriente Mdio e frica (ESOA, da sigla em ingls) e o Global VSAT Forum (GVF) anunciaram a assinatura de acordo para prover comunicao em situaes de crise com o Escritrio das Naes Unidas para a Coordenao de Assuntos Humanitrios (OCHA) e com o Emergency Telecommunications Cluster (ETC).A Associao composta pelas empresas Eutelsat, Hispasat, Inmarsat, Intelsat, SES, Thuraya e Yahsat. Esse acordo formaliza termos e protocolos para acelerar a resposta em situaes de emergncia para acessar comunicao baseada em satlite quando as redes locais forem afetadas, destrudas ou sobrecarregadas aps um desastre.Os princpios do acordo tambm incluem uma coordenao melhorada para priorizar o acesso a banda para fins humanitrios durante operaes em desastres, equipamento de satlite pr-posicionados e capacidade de transmisso em 20 pases de alto-risco da Europa, Oriente Mdio, frica e sia.A comunidade humanitria confia nas comunicaes por satlite j que ela a nica tecnologia que est imune aos desastres naturais e podem ser imediatamente disponibilizadas,

    no importando os desafios da geografia, apontou Stephen OBrien, sub-secretrio geral para assuntos humanitrios e coordenador de ajuda de emergncia da ONU. Esse um passo significante para a comunidade e uma mudana na maneira que ns trabalhvamos com as operadoras de satlite no passado, explica.Ao assinar em nome da GVF, o secretrio geral David Hartshorn diz que ns esperamos que os governos e as administraes de todo o mundo reconheam a importncia vital das operadoras de satlite na infraestrutura de telecomunicaes global e sua capacidade de oferecer uma resposta imediata, robusta e resiliente para desastres.O acordo garante que cada operadora designe um Ponto de Contato responsvel pela coordenao caso acontea um desastre para que elas ofeream as capacidades de comunicao em, no mximo, vinte horas depois de um desastre. Depois de chegada a soluo, o ponto de contato coordenar internamente as aes necessrias para restaurar as comunicaes. Alm disso, as operadoras oferecero o treinamento para os primeiros coordenadores, para que eles possam aplicar as solues de comunicao. PA

    Operadoras de satliteassinam acordo com ONUObjetivo oferecer banda para comunicaes em desastres

    P 18 Notcias>>

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  • P 20 Entrevista>>

    O Cara do Som

    Por Flvio Bonanome

    Se o futuro do broadcast est nos eventos ao vivo, sobretu-do na transmisso esportiva, ento compreender toda a es-trutura tcnica que envolve as mais complexas aplicaes essencial para a continuidade do trabalho. No topo do pdio dos desafi os deste tipo de evento, os Jogos Olmpicos representam exatamente o tipo de case que precisa ser entendido e estuda-do pelos olhos de quem melhor os conhece. E quando se fala do udio esportivo, talvez ningum seja melhor qualifi cado do que Dennis Baxter.Atuando na produo de udio para transmisso esportiva h mais de 33 anos, e no udio me geral praticamente a vida toda, o Sound Man (Cara do Som), como se refere a ele mesmo, atua como Enge-nheiro de udio para as Olimpadas desde os jogos de Atlanta, em 1996. Desde ento, Baxter vem aprimorando sua tcnica e conheci-mento tanto em questes prticas como na enorme carga gerencial e logstica que envolve um evento destas propores.Hoje, com 61 anos, Baxter atua como uma espcie de Embaixa-dor do udio para Televiso. Possui vrios livros sobre o assunto publicado e faz interface entre diferentes equipes de produo ao redor do mundo e marcas como a fabricante de microfones Audio-

    Com mais de 32 anos de experinci no udio para televiso, Dennis Baxter a autoidade mxima para falar de produo de som para eventos esportivos. Em preparao para os jogos do Rio, o profissional fala um pouco do passado e futuro da tecnologia de captao.

    Technica, de quem consultor de tecnologia.Com os jogos do Rio de Janeiro se aproximando, no de se es-pantar que Baxter tem passado grande parte de seu tempo entre sua terra natal e a futura sede das Olimpadas para os ajustes fi nais para a competio. Em uma pequena pausa que o profi ssional fez em So Paulo, a Revista Panorama Audiovisual aproveitou para en-trevistar Baxter para entender melhor sua viso sobre o passado e presente da tecnologia do udio para televiso.

    Panorama Audiovisual: Como voc entrou no segmento do udio profi ssional?Dennis Baxter: Creio que estou nessa a vida toda. Meu pai era en-genheiro eletrico, ento eu cresci envolto em eletrnicos e meu pai era o tipo de pessoa que construa tudo, tipo, nosso sistema de som em casa foi ele que fez. Na nossa vizinhana, toda vez que algo quebrava, as pessoas traziam os equipamentos para ele consertar. Ento creio que minha facinao com eletrnicos veio por meio da infl ncia dele.A outra parte veio com msica. Eu tenho 61 anos de idade, e pode soar um pouco clich, mas eu lembro de ver os Beatles na televiso

    Atuando como uma das principais empresas do segmento de Led no Brasil, somos especialistas em locao e realizao de projetos Indoor, Outdoor. Tambm realizamos eventos de pequeno, mdio e grande porte, projetos audiovisuais e interativos para todos os tipos de segmentos.Trabalhamos com os melhores e mais modernos equipamentos do mercado e oferecemos o que h de mais completo em exibio de imagens de alta denio em plataformas variadas, como Painis de Led, Tvs, Videowall, Fachadas Eletrnicas, Vitrines Eletrnicas, Eventos Corporativos, entre outros.

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  • P 22 Entrevista>>

    e ficar totalmente maluco com a msica. Ento a primeira coisa que me fisgou foi a guitarra e meu pai, sendo um engenheiro, no que-ria um msico hippie na famlia. Mas claro que acabei o convencen-do e ele me comprou um violo no natal. Depois disso veio a fase de fazer parte de bandas. Nesta poca sempre tinha algum que precisava arrumar o sistema de PA, construir e tomar conta dele, e isso era sempre minha responsabilidade. Eu tinha 13-14 anos na poca e percebi que naquele circo todo de fazer shows, o nico cara ganhando dinheiro era o dono do PA. Ento eu pensei que queria ganhar dinheiro tambm.Depois da msica eu fui para alemanha depois que servi o exrcito e passei a trabalhar em estdios de gravao, que foi minha intro-duo ao processo de gravao e alto padro e aprendi muita coisa sobre gravao musical. Mas a msica me levou para a direo errada. Os msicos sempre tem este sonho de que se ele pudesse ter seu prprio estdio ele teria espao para ser criativo, mas o pro-blema que, na poca, se voc no tinha dinheiro, voc acabava devendo tudo para o banco.Ento eu voltei para os EUA em 1978 e fui para a faculdade e me formei em economia e aprendi a lidar com dinheiro e fiquei bom nisso. Ento, de repente eu tinha meu prprio estdio, mas dai eu tinha outro problema: eu odiava trabalhar com msicos. Ento se voc tem um estdio mas detesta trabalhar com outros msicos, voc tem um srio problema, logo no deu muito certo.

    PAV: Porque voc no gostava de gravar outros msicos?Baxter: Porque quando eu estava na Alemanha, o msico vinha ao

    estdio ensaiado e gravava. Gravvamos o disco inteiro em um dia. Quando voltei aos Estados Unidos, j havia a primeira gerao de gravador multi-pista, ento o musico vinha e fazia um take, pa-rava e depois fazia outro take, depois outro take e este processo me incomodava muito. E foi isso que me fez querer ir para a televiso.

    PAV: Como foi esta transiso?Baxter: Em 1982 eu recebi uma ligao da ESPN, que estava no ar h um ano, me convidando para fazer meu primeiro show de televiso. Era ao vivo, ento no havia esta de take depois de take. O ao vivo foi como uma droga, era algo que me atraia era o que eu queria.Fui um assistente de udio fazendo a montagem. Nesta poca nos Esta-dos Unidos havia trs redes de TV privadas, ABC, NBC e CBS e todas so muito corporativistas e sindicalizadas, ento entrar nelas era muito difcil. Agora a ESPN era nova e no-sindicalizada e precisavam muito de tc-nicos, ento em poucos meses eu estava mixando, eles precisavam de pessoas. Foi tudo muito rpido para mim. Nos 10 anos seguintes mixei em 14 diferentes emissoras, incluindo ESPN, na maioria das vezes corri-das de carros, que algo bem grande nos Estados Unidos, com grande exposio, e me trouxe inclusive para o Brasil pela primeira vez em 1985, na poca de ouro do Emerson Fittipaldi. Corrida de carros legal porque muito intenso. So 4-5 horas de baru-lho, batidas e cansao. Gosto muito. Depois disso, em 1996 recebi uma proposta para trabalhar nos jogos olmpicos de Atlanta e desde ento, tudo mudou.PAV: Como foi trabalhar nestes jogos olmpicos?Baxter: Foi um grande desafio, no tanto pela tecnologia, mas uma gran-de mudana em entender qual era exatamente meu trabalho. Quando voc trabalha para uma grande organizao esportiva, como FIFA, eu no sou mais o tcnico de mixagem, eu sou o Gerente de udio, e meu trabalho garantir que todos tenham todas as ferramentas para fazer o melhor trabalho possvel. Isso um ajuste. Outra coisa que eu era mui-to ingnuo em termos da politicagem, e foi um grande aprendizado para mim, lidar com gandes equipes, gente de todos os lugares do mundo.

    PAV: Nesta poca ainda no havia a OBS (Olympic Broadcaster Services)....Baxter: De certa forma existia, mas ainda estava incipiente. No se cha-mava OBS era somente Atlanta Olympic Broadcasters. O conceito de um

    Dennis Baxter um cara de campo, executando a funo de Sound Design, seu trabalho buscar as melhores formas de construir a imagem sonora da transmisso

    Para fazer coisas como Surround preciso de uma capacidade 5 ou 6 vezes maior do que mono e estreo, ento no poderia ser feito hoje em um formato analgico.

  • P 24 Entrevista>>

    Host Broadcasters tinha comeado nos jogos de Barcelona (1992) com o Manolo Romero e veio evoluindo at que OBS se torna algo de fato.Durante os trabalhos com os jogos, pude acompanhar a evoluo do Mono-Stereo e depois Stereo-Surround e espero que em 2020 podemos fazer em novo nvel de som imerssivo.

    PAV: E a transio da tencologia analgica para digital, como foi este processo?Baxter: A grande diferena que na tecnologia digital no havia som surround, e isso porque com console analgico voc tinha que usar muita coisa para atingir este nmero de canais. Mesmo em estreo, cheguei a ter trs consoles simultaneos para um nico evento ao vivo. Para fazer coisas como Surround preciso de uma capacidade 5 ou 6 vezes maior do que mono e estreo, ento no poderia ser feito hoje em um formato analgico. Do Analgico para o Digital foi uma grande transio, mas ela trouxe nos mais capacidade e melhor nvel de qualidade. Podemos transportar sinais de udio mais eficientemente, com mais qualidade, deixando meus prs em campo, sem precisar de toneladas de cabos. Em corridas de carros, estas distncias de cabeamento so enormes, milhares de metros. Isso ajudou a melhorar muito a qualidade em um nico pedao de fibra.

    PAV: E no que diz respeito transmisso digital?Baxter: Sobre o lado da transmisso, ainda h muitos problemas para o udio. Claro que melhorou muito nossa vida porque pas-samos a poder incorporar o udio no vdeo com 16 canais ou mais. Ento neste aspecto, pudemos nos livrar do Dolby-E, que no era algo to agradvel de se trabalhar, tinha problemas de timming, monitorao. O tamanho do equipamento tambm ficou menor. Eu acho que s est melhorando e ajudando a avanar para o udio imerssivo. Estamos comeando a ver isso no mundo esportivo com a NHK liderando o caminho. Na Alemanha h tambm o Fraunhofer Institute com quem tambm trabalho, para chegar a este nvel de sinal sem nenhuma distoro. Eu sou grato a isso.

    PAV: Quando falamos com profissionais de udio do segmento mu-sical, sempre h uma preferncia por equipamento analgico, mas no vemos isso no udio para broadcast. Porque?Baxter: Na televiso o fluxo de trabalho muito diferente. No me impressiona que o pessoal de estdios adore seus equipamentos analgicos, mas no final das contas eles ainda gravam em um com-putador. Este lance de usar equipamentos analgicos uma eterna busca pelo rudo. Quando vemos vdeo 4K e 8K, por exemplo, eles parecem at mesmo reais demais. Nosso crebro est acostumado ao rudo musical para entender aquilo como msica. Mas acho que voc consegue estes rudos de forma muito mais fcil com um App. Se voc est gravando a 96K-32 bit, como pode ser inferior ao analgico? Claro, muitos criticam o udio digital por conta dos Cds, que no foram uma boa ideia. Hoje, o udio digital j tem altssima qualidade sem ser to comprimido. O fato de a msica ser digital, mudou totalmente o modelo de negcio da distribuio musical. A indstria da msica est um desastre agora e tenho medo de que alguns aspectos da TV digital est indo para o mesmo caminho. As grandes empresas de mdia hoje no so mais as emissoras, so Netflix, Hulu, todo um novo modelo de negcio e a TV precisa abraar a tecnologia do formato de distribuio seno ser deixada para trs. O conceito de programao linear est acabado.

    PAV: Hoje a tecnologia de produo de vdeo est cada vez mais

    abraando o 4K. O que isso muda para a produo do udio?Baxter: Veja bem, o problema da indstria broadcast que ela puxada pelos fabricantes de TV como Sony, Samsung e Panasonic. A produo em 3-D um exemplo disso e foi um desastre. Os fab-ricantes querem vender TV, mas a aceitao da produo 4K vai ser devagar por vrios motivos. Quando o 3-D saiu, as emissoras queriam fazer a produo mas no queriam pagar pelos novos eq-uipamentos, ento a Sony foi l e deu cmeras para todo mundo. Quando precisaram cobrar pelos equipamentos 3-D, ningum mais quis continuar.O problema dos culos para o 3-D at podem ser resolvidos, mas fico revoltado com o fato das pessoas acharem que o 5.1 suficinete para acompanhar a produo 3-D. Se voc tem uma imagem com tanta profundidade, ento o udio precisa ter tambm. Precisamos repensar a forma de fazer udio.Todos entendemos o conceito de centro fantasma, que a somatria de volumes do L+R dando a iluso de um falante central. O que preicsamos agora descobrir como fazer um miolo fantasma, em que se crie um som no centro geomtrico da sala. Um dos maiores problemas do udio para televiso, que ns seguimos o formato de cinema. Ns no sabemos outra forma, o filme 5.1, e no conhecemos outro formato, porque no temos como posicionar algo diferente disso tambm em nossas casas.Eu culpo abertamente os fabricantes de alto-falantes pelos problemas do Surround Sound. As pessoas no querem encher a sala de alto-falantes so feios. Os fabricantes precisam fabricar equipamentos mais bonitos, que se paream com peas de moblia. No se engane, eu amo meus Genelec, mas eles parecem caixas de falantes, minha esposa no gosta deles. Ento vamos l, faam caixas mais sexys e bonitas. Faam elas wireless e com DSP, que se calibrem sozinhos para o ambiente imperfeito da casa. No complicado.

    PAV: H uma mxima na televiso de que o udio acaba sempre seguindo a evoluo do vdeo. Voc concorda?Baxter: Sim, ele segue o vdeo. Algumas vezes at demais. uma pena que as pessoas do vdeo tenham to pouco interesse no u-dio. Meus colegas costumam dizer que o udio 10% do show e 90% dos problemas. Realmente as vezes este problema todo, mas

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  • P 26 Entrevista>>

    preciso respeitar o pessoal do udio.O udio no tem evoludo nada a no ser pela AES (Organizao Intrernacional de Engenharia de udio), mas o problema da AES que ela centrada em Msica ao Vivo, tem pouca evoluo no mercado de televiso e broadcast. Ainda h um longo caminho para seguir. Os grupos que tem trabalhado mais focados nas tecnologias do udio para vdeo o instituto Fraunhofer e o grupo ATSC 3.0 o que fascinante. O que gosto do Fraunhofer que eles se importam com broadcast e broadband, ento eles tem desenvolvido sua tecnologia para isso.

    PAV: Uma das posturas defendidas pelo Fraunhofer a do udio interativo, isto , dar ao espectador algum controle sobre nveis do udio de determinados objetos da programao. O que acha disso?Baxter: Acho que o futuro do udio para televiso precisa ser o u-dio interativo. O problema hoje cultural. Os tcnicos no querem ningum interferindo na mix, mas preciso abrir mo do controle para o usurio. Se o usurio quer ouvir os jogadores do time dele mais alto, preciso que ele tenha esta opo. Voc no pode pro-duzir tendo voc mesmo como alvo. preciso que o alvo seja fazer o garoto de 12 anos se interessar pelo programa, se no ele desliga a TV e vai jogar videogame. Nunca podemos esquecer quem o consumidor e como ele consome.Este futuro interativo pode ser, inclusive, muito lucrativo se soubermos usar direto. Pense em esporte. Se voc quer assistir o jogo e ouvir o tcnico do seu time durante todo ele, ok, v l e pague alguns dlares extras e pronto, voc tem o udio do tcnico na sua casa. Acho que pode ser um modelo de negcio vivel.

    PAV: Isso conflita diretamente com a prtica do menor esforo ado-

    tado em muitas emissoras...Baxter: So estas prticas que precisam ser modificadas. Me im-pressiona a quantidade de pessoas que no sabem como um microfone funciona, desde o operador at o engenheiro de osm. Canso de ver por ai shotguns posicionado em cima das lentes das cmeras. No funciona assim. Se voc est trabalhando neste mer-cado profissionalmente e no entende sobre microfones, bom, voc precisa buscar outro emprego.

    PAV: Principalmente levando em conta que microfone o equipa-mento que menos mudou com o passar dos anos....Baxter: Exatamente, existe algumas empresas que dizem que fa-zem um microfone digital. O que eles fazem na verdade ter um transdutor analgico e dai eles convertem logo de cara. Isso no microfone digital. Quando algum conseguir um Transdutor Digital, este ser o Santo Graal. H possibilidades, mas, continua sendo um transdutor analgico com os mesmos princpios, ento se voc um tcnico de udio, ento precisa entender microfones antes de mais nada. A maioria das pessoas acham que os estudos acabam na escola, e na verdade est s comeando. H tanta informao na internet hoje. Eu aprendo todos os dias.

    PAV: J existe tecnologia para operacionalizar o udio interativo?Baxter: Sim, j existe, foi apresentado pelo Fraunhofer na NAB de 2015. Trata-se de um Joystick Panner 3-D o qual eu j tive a oportun-idade de usar. Fizemos com o Snowboard num Half Pipe, eu movia este joystick em cima e para baixo para conseguir seguir o atleta.Com a tecnologias que temos hoje podemos transmitir 24 canais de banda completa ou 120 de banda comprimida, no mesmo bitstream, ento tudo isso j possvel. A AES deve construir um padro e meu trabalho agora trabalhar com os tcnicos de produo em testes e ideias. O que conseguimos entender que se o som de atmosfera estiver posicionada acima, podemos mover os objetos direita e esquerda.Nos prximos anos devo escrever um guia sobre produo imersiva, com ideias vindas de todo o mundo. H muita pesquisa acontecendo para a tecnologia, psico-acstica, mas para produizr TV e som imersivo preciso dar ajuda aos engenheiros de som. O que quero partilhar experincias.O conceitod o Fraunhofer funciona mais ou menos assim, eu envio 9 microfones para um bus mono. E do bus mono, eu vou para o Panner, e saida do panner 9.1. Ento eu puxo para cima, para esquerda, direita. O que tenho feito no Fraunhofer para ser usado em qualquer mixing console. Quando comecei no broadcast, o budget do udio de uma obvan estava em 3%. Hoje j temos algo como 17-18%. Est melhorando, mas ainda negcios. Grande parte do trabalho de Baxter encontrar novas formas de trazer

    a vida o udio dentro das transmisses esportivas, seja com novos posicionamentos de microfones, ou at com bibliotecas de samples

    Se voc est trabalhando neste mercado

    profissionalmente e no entende sobre microfones,

    bom, voc precisa buscar outro emprego.

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  • P 28 Entrevista>>

    PAV: Sabemos que a NHK prometeu transmitir os jogos olm-picos de Tokyo, 2020, usando udio 22.2. Algum vai assistir a estes jogos em 22.2?Baxter: Eu perguntei isso NHK e ningum tem uma boa res-posta. Eu tive uma reunio com a Audio-Technica e a NHK em maro e na poca foi discutido a parte prtica da microfonao. Entendemos que eles queriam uma reproduo binaural, ento as nicas pessoas no Japo que vo assistir 4K em 22.2 sero as pessoas usando Fones de Ouvido. Os fabricantes de alto-fa-lantes esto longe disso ainda. Com todo respeito que tenho NHK, acredito que passando os jogos de 2020, voltaremos a ter a transmisso para algo como 11.1. At porque o tamanho da diferena de qualidade diminui muito. A evoluo de mono para estro foi enorme. Do estreo para o 5.1, j nem tanto. Do 5.1 para o 9.1 menos impactante ainda. Do 11.1 para 22.1 quase imperceptvel.

    PAV: E no Brasil, acha que teremos este tipo de tecnologia no ar?Baxter: Quando conheci o pessoal da Rede Globo 20 anos atrs, fiquei impressionado com o desejo e a vontade da turma. A Glo-bo uma empresa extremamente progressista, no dificil en-tender porque a quarta ou quinta maior emissora do mundo. Em 2014 eu estava no Brasil e tive oportunidade de assistir no quarto do hotel alguns jogos da copa do mundo. Semanas de-pois voei para a Alemanha e novamente fui ver os jogos no hotel e percebi como a transmisso brasileira era melhor. Eu vejo a Globo muito mais consciente do futuro, esto buscando novi-dade e tem uma grande audincia. Tenho uma reunio com o pessoal da Globo para discutirmos futuro nos prximos dias. E isso que tenho tentado fazer, preciso criar uma grande rede colaborativa de ideais para abrir as coisas. Muitos de meus colegas europeus tem a mente muito fechada. Qualquer tecnologia no caseira vista com desconfiana. por isso que meu trabalho conversar com estes caras. As pessoas no deveriam ter medo de partilhar suas ideias.

    PAV: Quando voc assiste televiso, consegue se desligar do trabalho?Baxter: No. Eu tento no ser crtico, mas udio bom chama minha at-eno. Ento, com esportes, eu no consigo me desligar. Agora, quando estou assistindo notcias ou algo musical diferente. Eu no quero soar crtico demais, mas no consigo me livrar daquilo que gosto ou no gosto. Eu vou sempre tomando notas do que gosto ou no. Na verdade eu muitas vezes ligo para meus amigos que sei que esto trabalhando nos eventos que estou assistindo para dizer que o programa no est soando bem. Normalmente sou surpreendido com um mas aqui tudo est lindo e eu sempre retruco No importa. O espectador no est recebendo um som bom, isso o importante.Talvez estas salas de controle deveriam ser mais prximas da realidade.Monitorar em uma Obvan sempre um grande problema. E quando falamos de som imersivo, como que vamos fazer isso? Ento eles desenvolveram excelentes salas de controle, mas talvez estejamos ouvindo muito bem. Talvez devemos ter opes de diferentes alto-falantes de qualidades diferentes para termos melhor entendimento da realidade da sala de TV em casa. A melhor coisa que os profissionais de udio para broadcaste podem fazer gravar os programas que trabalharam em casa, e depois chegar e assistir para entender como soava.

    PAV: A produo remota pode ser uma soluo para este desafio?Baxter: Eu acho que a teoria e o conceito vlido pelo simples fato que ObVan so caras de montar e transportar. As OBS faz tudo em containers, o que timo. Mas acho que o mximo que der para fazer em seu lugar de origem melhor, e hoje isso pode ser feito as-sim com fibras pticas levando toda a informao. Claro que tem latncia, mas desde que voc redefina o tempo a um novo Zero, voc resolve este problema. Isso baixa muito o custo de produo, o que bom porque o direito de transmisso muito caro.Um dos pases que est mais avanado com isso a Finlndia. Meus amigos de l j nem vem mais para os eventos, esto fazendo todo o corte de Helsink. Os canadenses tambm fazem bastante isso.Outro exemplo clssico aplicaes de msica. No d para mixar msica em uma ObVan, ento eles passaram a construir caminhes s para udio, mas so poucos, ento a produo remota o futuro.

    PAV: Como seu relacionamento com a Audio-Technica?Baxter: Tudo comeou nos Jogos Olmpicos de 1996 onde eram parceiros da Panasonic. Eles queriam ser uma empresa profis-sional, j eram bons em Prosumer e Consumer, mas ainda tin-ham um grande caminho pela frente em busca de um perfil mais profissional. Ento, em 1997 ns trabalhamos nos Commom Wealth Games e em todos os jogos olmpicos depois disso.O que gosto deles que tenho acesso aos engenheiros, trocamos ideias, eles so bem responsvos do que falo com eles. o caso dos microfones estreo que sou defensor. Tenho usado cada vez menos microfones mono. Coloque um shotgun estreo no escanteio de um jogo de futebol e voc v como tudo soa melhor. Se voc tem muita informao Mono para montar um Surround, tudo fica soando muito no centro. Se voc pega este escanteio em estreo, ele soa aberto.Outro exemplo o Shotgun de Diafragma Largo que estou desenvolvendo com eles que tem como foco dos 400 Hz aos 12kHz, que o ponto do Chute na bola, do Corte do voley e do Tapa na bola de basquete. Todos os mics que esto ai hoje so incrveis, mas no tem foco nestes sons. No Rio ano que vem vou usar estes novos mics e voc perceber claramente a diferena na clareaza destes sons. PA

    O primeiro desafio de trabalhar com as olimpadas era entender qual seria meu trabalho, que tem muito mais a ver com garantir que todos tenham condies de realizar seu trabalho do que por a mo na massa, explica Baxter.

  • Estrutura monumental

    P 30 Reportagem>>

    Celebrando os trinta anos do festival, a edio 2015 do Rock in Rio contou com unidade de produo remota em Dolby Atmos e transmisso Surround 5.1

    Por Flvio Bonanome e Eduardo Boni

    Trinta anos de msica e de histrias para contar. E em trs dcadas, o Rock in Rio, que foi um marco em festivais de msica no Pas, se transformou em um dos maiores negcios do show business mundial um case de sucesso, literalmente.Os nmeros so superlativos, como tudo o que envolve um festival com essa estrutura. Ao todo so cinco palcos: Mundo, Sunset, Street Dance, Eletrnica e Rock Street, cada um deles com uma infraestrutura prpria grandiosa (ver box). Por eles passaram grandes nomes da msica mundial: do Rock ao Pop, passando pela MPB e msica eletronica. Alm disso, um parque de diverses, com uma roda gigante, tirolesa e montanha russa, entre outras atraes foi montado na Cidade do Rock que sedia o Rock in Rio 2015. O local tem um permetro de 2, 5 quilmetros e

    , por conta desse enorme infraestrutura, o festival mobilizou 500 pessoas apenas na montagem de toda a estrutura, que consumiu ainda um volume energtico de 20 mil KVAs, garantidos por 60 grupos de geradores da Aggreko.Para montar toda essa infraestrutura, a Cidade do Rock recebeu mais de 90 toneladas de equipamentos de som e luz, 10 torres de delay, que so usados na frente do Palco Mundo e um total de 6 mil toneladas de estrutura metlica e aproximadamente 60 quilmetros de cabos em todo o entorno para fazer o sistema funcionar corretamente. Alm disso, 40 mil metros quadrados de grama sinttica foram instaladas na Cidade do Rock para receber um pblico estimado em 80 mil pessoas a cada noite do festival.Mas engana-se quem pensa que a grandiosidade do festival est somente nos nmeros do festival in loco. Com transmisso ao

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  • Para a mixagem remota, foi montado em estdio com o console Lawo MC 56 MK II e um sistema de monitorao Genelec

    Globosat. De l, esses canais foram roteados para duas portas MADI, cada uma com 64 canais. Esses sinais MADI foram enviados para o LAWO V_link4 (localizado em uma Central Tcnica montada no TV compound), um dispositivo com capacidades de transporte, codificao, roteamento e DSP, onde foi possvel criar novamente os streams Ravenna e juntar com um sinal de vdeo sem compresso (2022-6), e enviar 15kM atravs de fibra ptica at a central Globosat.De l, a partir de um segundo V_link4, abrimos os 128 canais de udio e roteamos para os DSPs da terceira Lawo mc_56 MKII, montada em nosso estdio B, onde controlamos o sistema de PAN 3D atravs de um aplicativo criado pela fabricante. Tambm contamos com um sistema Genelec na configurao 5.1.4, montado especificamente para esse teste. Nesse sistema, adicionamos os 4 speakers 8040 responsveis pela informao top ao 5.1 comum, utilizando uma armao de box truss. Assim, teramos o Ltf/ Rtf (left/ right top front) e Ltr/ Rtr (left/ right top rear), explica Thomazini. Com os sinais de vdeo e udio disposio, a equipe trabalhou na montagem de uma mixagem independente onde seria possvel testar os conceitos de udio imersivo. Ficamos impressionados com a presena do pblico e efeitos ocasionados pelo campo sonoro 3D. O som da tirolesa do Rock in Rio, quando utilizados nas caixas de cima, trazia um interessante efeito, arrancando alguns sorrisos dos nossos engenheiros de mixagem, comenta. Esta captao de ambincia tambm contou com um reforo especial. Alm dos j comuns microfones voltados ao pblico montados em palcos de shows, a equipe posicionou um sistema SoundField DSF-B que une um microfone de cpsulas mltiplas mais um rack de processamento surround montados sobre a house mix exatamente para a captura da ambincia.Seguindo para a entrega do sinal, a sada 9.1 do console Lawo era enviada para os encoders da Dolby, onde o sinal ATMOS era criado e codificado em um fluxo Dolby Digital Plus. Em seguida este sinal foi enviado via satlite para a NET que

    devolveu nos mesmos formatos que uma aplicao domstica teria para uma sala controlada dentro da Globosat. Utilizamos um home theater comercial, compatvel com o Dolby ATMOS, para decodificar a mixagem em 9.1 em um ambiente domstico, conta. Para garantir que o sistema seria totalmente funcional, a equipe contou com um Set-Top-Box comercializada em redes de varejo e totalmetne compatvel com o Dolby Digital Plus. Mais uma vez, ficamos surpresos com as possibilidades e as reaes causadas em todos os convidados, mostrando que a tecnologia do udio imersivo pode ser uma boa companhia para o cada vez mais presente vdeo em 4K, afirma Thomazini. A equipe tambm realizou a transmisso do sinal de vdeo em 4K ao vivo, via streaming, para TVs com o App Globosat Play 4K.

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    O Coordenador de udio da Globosat Gabriel Thomazini postos para a mixagem 5.4.1

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    A experincia serviu para superar vrios mitos da produo remota. O primeiro deles a necessidade de banda de transmisso. Para o teste, a Globosat contou com duas fibras com banda de 10 Gigabits/Segundo, o que foi bem mais do que suficiente. Testamos o link s com 1 Gigabit portando 128 canais de udio e um sinal de vdeo J2K, que mais comprimido, e subimos

    tambm um com todos os 128 de udio mais um sinal de vdeo equivalente ao SDI mais um J2K e tudo ficou mais ou menos 2 Gigabits, ento bastante tranquilo, conta o Coordenador. Outro mito quebrado foi o da confiabilidade. De acordo com Thomazini o sistema funcionou em 99% do tempo. Fizemos mais de 20 shows e somente em alguns poucos momentos houve um rudo estranho que ainda estamos investigando para descobrir o que foi, explica. De resto, o sistema foi s vantagens, desde no haver a necessidade de deslocamento de unidades mveis, at a ergonomia de se poder fazer o trabalho no ambiente isolado de um estdio.Este foi o primeiro teste do gnero no mundo, de um sinal ao vivo 4K com Dolby Atmos. Mais um exemplo de que a engenharia de televiso do Brasil no deve nada aos pares em pases mais avanados. Temos todo o interesse em continuar esta parceria com a Globosat, afirmou Carlos Watanabe, diretor regional da Dolby Laboratories Amrica Latina. Com o sucesso da experincia, um novo cronograma comea a se desenhar, e at mesmo os Jogos Olmpicos podem estar nos planos, vencidas algumas burocracias. No final, pudemos testar importantes conceitos de produo remota, pois mixamos ao vivo vrias bandas, a 9 Km de distncia! O protocolo Ravenna, e sua grande capacidade de customizao foi essencial. Tambm o udio imersivo, aliado com o som dos impressionantes pre-amplificadores da Lawo, nos proporcionou uma experincia incrvel, com uma grande naturalidade no ambiente e uma espacialidade impressionante. Com o ATMOS, podemos ter a possibilidade de um formato de mixagem nico, onde dependendo do sistema disponvel, teremos mais ou menos detalhamento no posicionamento dos objetos, simplificando a necessidade de diferentes mixagens para formatos surround, conclui Thomazini.

    Resolvendo um problema antigoNo foi a primeira vez que a Globsat apostou suas foras na transmisso ao vivo de um festival de msica. As duas edies antereiores do Rock in Rio (2011 e 2013) e tambm todas as edies do extinto SWU e do alternativo Lollapalooza j figuraram na grade de programao do Multishow, sempre atingindo nmeros expressivos de audincia. Outro ponto que sempre chamou ateno neste tipo de transmisso era em relao qualidade do udio. Com um pblico exigente de fs de msica, e uma aplicao bastante diferente do convencional Sries, entrevistas e documentrios transmitidos pela Globosat, o som recebido em casa sempre foi alvo das tpicas crticas poderia ser melhor. Buscando uma performance mais consistente, a Globosat usou esta edio do festival como um marco para a evoluo do trabalho com udio, contando com os servios de uma unidade mvel exclusiva para udio da Epah Estdios. Construda no primeiro semestre de 2015 em parceria com a Integradora Line Up, a Unidade Mvel da Epah Estdios foi pensada quase que exclusivamente para realizar o Rock in Rio. Com um design extremanente funcional, mas ainda sim elegante, o caminho revela-se uma espcie de sonho de consumo para os profissionais de mixagem e gravao.A UM foi preparada para gravar e mixar at 128 canais proveniente de Stage Boxes localizadas no palco de festivais e eventos de msica. Para atender esta demanda, foi escolhido um console Lawo MC 56 markII com 48 Faders. Alm de entregar uma capacidade de processamento monstruoso, a superfcie empilha seus faders em at 6 bancos com 2 camadas cada, ou

    O sistema I/O da Lawo, trafegando 128 canais por Ravenna

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    seja, fazendo a multiplicao, estamos falando de controle sobre 576 canais de entrada, sada, efeitos, buses, etc. Na ponta de entrada do sinal, esto as Stage Boxes da Lawo. Ao todo so duas unidades que somadas oferecem 128 Mic/Line ins. Do palco, o sinal transportando de forma totalmente redundante por cabos de rede trafegando em protocolo Ravenna, o sistema proprietrio da fabricante que se enquadra na norma de udio sobre IP AES 67.No caminho foi montado um Frame para receber os canais de entrada e envi-los para a console, mas tambm que realiza toda a matrix de sinal para aplicaes de Loops de Efeito (Send-Return) e distribuio de sinal de monitorao. Falando nisso, a UM possui uma sala de controle preparada para monitorao 5.1 e tambm monitores de PFL (Pr Fader Listening), desta forma o

    caminho consegue entregar dois masters, um Estreo e outro Surround 5.1 para as aplicaes de transmisso.Alm da mixagem, a UM tambm est preparada para gravao. Conectada a uma interface MADI, a console Lawo envia todos os 128 canais para gravao dentro de uma DAW Reaper. Apesar de ser considerado um software mais simples, como a aplicao somente de regristro para mixagem posterior, a DAW se destaca por questes de confiabilidade, leveza e, claro, de ser gratuto.Por fim, o destaque da unidade est em uma funcionalidade que o chamariz da prpria Lawo: a possibilidade de monitorao de loudness por canal. Tendo sido pensada exclusivamente para aplicaes de broadcast, a unidade mvel da Epah Estdios precisa estar 100% em dia com as normas brasileiras de nvel percebido. PA

    O rack com todos os equipamentos Core Lawo e encoders Dolby Atmos

    O console Lawo mc 56 MK II o corao da unidade mvel que garantiu o udio para a transmisso do Rock in Rio

    Os profissionais Globosat por trs da bem sucedida experincia de udio imersivo ao vivo

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    ra Palco Mundo O Palco Mundo o lugar reservado a grandes apresentaes no Rock in Rio. Por isso, sua imensa estrutura erguida no centro de todos os eventos paralelos que acontecem nos sete dias do festival, na Cidade do Rock. Para comportar as composies dos shows do seu cobiado e diversificado line-up, foi construda uma imensa estrutura metlica, com 25 metros de altura e 86 metros de frente, com enormes 24 metros de boca de cena. Novidade na ltima edio, o grande telo central, instalado no fundo do palco mais uma vez marcou presena. Com impontes 20 metros por 16 metros, ele projetava uma cortina de imagens quando associado a toda iluminao especial que estava a sua volta. Para isso, cem lmpadas de LED moving lights foram usadas para causar um efeito de movimento na estrutura metlica da cenografia. Outros dois teles foram utilizados nas laterais cada um de 8.32 metros por 4.32 metros.O pblico que chegava cedo e ficava beira do palco, conseguia assistir ao seu artista preferido a apenas oito metros de distncia. No entanto, quem estava mais ao fundo, no precisava se preocupar, pois, graas a estrutura montada, com 20 toneladas de equipamentos, o som se propagava em um raio de 600 metros. Alm das produes de algumas bandas que passaram pelo palco, com seus efeitos pirotcnicos nas apresentaes, o prprio Palco Mundo tinha, diariamente, seu momento de fogos. Esse efeito era a chave para marcar a abertura das atividades do palco para os shows de cada um dos sete dias, sempre s 18h30. Esses mesmos efeitos tambm marcam o encerramento do palco principal, em todos os dias do festival, sempre antes da apresentao da ltima atrao. O clssico efeito de luzes apareceu no momento nico da abertura dos portes na Cidade do Rock, que nesta edio de 30 anos de Rock in Rio aconteceu no dia 18 de setembro. Durante os sete dias de evento, passaram pelo palco principal do Rock in Rio 28 apresentaes, com a participao de 41 atraes.

    Palco Sunset Um palco destinado aos encontros, com alguns deles sendo bem inusitados, entre grandes nomes da msica nacional e internacional e novos artistas. Assim o Palco Sunset que, pela terceira edio consecutiva no Brasil, foi montado na Cidade do Rock durante o festivall. Entre os destaques do line-up que

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    se apresentaram nesse espao estavam Lenine, John Legend, Korn, Ira!, Al Jarreau e Erasmo Carlos, entre outros. Foi nesse palco que aconteceu o show de encerramento do primeiro dia do festival, com uma homenagem Cassia Eller, concebido a partir de uma parceria entre o filho e a esposa da cantora, Chico e Eugnia, e o diretor artstico do palco, Z Ricardo. Nesta edio, o Sunset conta com o copatrocnio das marcas Leader e Olla. A cada ano, o retorno do pblico sobre o Palco Sunset supera as expectativas da organizao do Rock in Rio. O Sunset um sucesso no Brasil desde 2011, com seus encontros nicos, onde podemos ver grandes artistas se apresentando fora do seu contexto usual, interagindo com outros talentos, trazendo para o pblico uma mistura do consagrado com o novo e o inusitado. um espao marcado pela diversidade de estilos, de talentos e pelo mix de artistas do mundo todo, afirma Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio. De acordo com Roberto Sampaio, diretor comercial da Leader, um privilgio ser uma das marcas de moda que apoia esse evento. Pois, alm da conexo do festival com a poltica de patrocnio da empresa para eventos musicais; o Rio de Janeiro considerada a nossa casa, praa onde a Leader tem maior nmero de unidades (64 ao todo) e que abriga a sua sede. Estar no Rock in Rio j inesquecvel, queremos fazer parte desta memria, garante. Nesta edio, sero, ao todo, 24 artistas internacionais e 19 nomes nacionais, que se apresentaram em 28 encontros, ao longo dos sete dias do festival. Convidados especiais como Korn, John Legend, Magic! E Deftones se apresentaram individualmente., em shows que comeavam a partir das 15h15. O palco, que foi criado em 2008, foi concebido para oferecer um espao onde os artistas tm total liberdade para criar: no existe um formato pr-estabelecido para os encontros. Alguns artistas dividem o palco durante todo o show. Outros recebem seus convidados em um momento determinado. No Sunset, os artistas podem interpretar o repertrio uns dos outros, convidar mais nomes para subir ao palco e soltar a criatividade em shows especialmente preparados para o festival. Por esse motivo, cada apresentao comeou a ser montada meses antes do Rock in Rio, em um trabalho artesanal que conta no apenas com os envolvidos no encontro, mas tambm com a colaborao do diretor artstico do palco, o msico Z Ricardo Com uma estrutura que pesa 150 toneladas, o Palco Sunset fica a

    apenas trs metros do pblico e carrega sobre si uma estrutura de som com 5 toneladas, alm de uma cenografia composta por 15 pirmides. A montagem diferenciada possibilita um formato especial de cenografiae um total de 28 apresentaes aconteceram nesse local, reunido 24 artistas internacionais e 44 nomes nacionais.

    Rock StreetCom 150 metros de extenso e uma cenografia que mostrava 20 casas com tema inspirado no Brasil, esse palco tinha uma estrutura mais simples, mas nem por isso pode ser considerado menor. Com 15 metros de largura e 8 metros de altura, o palco baixo e intimista promovia grande integrao entre os artistas e o pblico. O local contou com 21 atraes e a participao de vrios artistas de rua. PA

  • Padro Merlin de Qualidade

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    Conhea a trajetria de 30 anos de uma das maiores empresas brasileiras provedora de solues para o mercado de produo audiovisual

    Quem est no mercado de produo audiovisual h mais de 30 anos vai conseguir lembrar das dificuldades em comprar e confiar na aquisio de equipamentos e solues neste mercado. A grande maioria das fabricantes est fora do pas e, naquela poca, quase nenhuma tinha revenda oficial no pas. A compra do material era feita de forma no-oficial e isso implicava em diversas questes, como falta de assistncia tcnica ou custos maiores de importao, por exemplo. neste contexto que, em 1985 nascia o Grupo Merlin. A Merlin est no mercado h 30 anos e, nos primrdios, assim como todas as empresas, ns trabalhavamos vendendo equipamentos de uma maneira no-formal ou sem ser atravs do fabricante, mesmo porque o fabricante no estava no mercado local, aponta Valdinei Isaias Marcelino, atual responsvel pelo departamento de distribuio da Merlin.Segundo Marcelino, foi a partir dos anos 2000 que a empresa tornou-se revenda oficial das fbricas e comeou uma busca incessante para ter mercado local. Hoje temos mais de 2.000 empresas cadastradas, aproxidamente 70 ou 80 revendas que tem contato mensalmente conosco e temos em torno de 10 revendas associadas que esto 100% com a gente, que compram de todas as fbricas que a gente distribui e constam nos nossos anncios de marketing, divulgaes e em nosso site, aponta

    A construo dessa trajetria se deu em um trabalho constante e integrado de todas as divises (veja no box Divises), focado em atendimento aos clientes, como aponta Eduardo Rogrio de Lima, do departamento de logstica, que j est na empresa desde os anos 2000. Temos o cuidado com a tecnologia, com os lanamentos de produtos, mas nosso objetivo principal o atendimento diferenciado, onde podemos prometer e cumprir o compromisso com o cliente, explica.

    A expanso e o surgimento de novos departamentosEu costumo dizer que a Merlin sempre esteve onde tinha uma necessidade do mercado. na afirmao de Neto Carvalho, responsvel pelos departamentos de revenda, locao e cursos, que reside a essncia da expanso da Merlin.Como uma revenda no-oficial e assistncia tcnica no comeo, a expanso da empresa comeou a partir do momento que observaram a necessidade de fortalecer o mercado local e possibilitar a venda oficial e legal de equipamentos audiovisuais no pas. A nossa ideia sempre foi essa, trabalhar com os revendedores e com as fbricas para oferecer as melhores condies dos produtos oficializados e nacionalizados aqui atravs das fbricas, explica Marcelino.Com um trabalho de negociao com diversas fabricantes, a empresa consegue, hoje, oferecer s revendas a possibilidade de

    Por Gustavo Zuccherato

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    trabalhar com o estoque da prpria fbrica, cortando esse custo das revendas. Alm disso, negociamos junto ao fabricante diferenciais competitivos, como garantia diferenciada, logos para a identifi cao do equipamento como equipamento nacional, suporte da fbrica e assistncia tcnica diferenciada, destaca o responsvel pelo departamento de distribuio.

    Profi ssionalizao e diversifi caoNeto Carvalho explica que no trabalho do dia a dia de negociao da venda de produtos, a Merlin sentiu que o mercado necessitava de profi ssionais treinados para que seus clientes pudessem expandir os seus negcios e foi da que surgiu a diviso da Merlin Cursos. Ns precisavamos ajudar o nosso cliente, formar esses profi ssionais para que eles pudessem expandir, eles tinham essa ambio, viam que o mercado era grande e prspero, explica.Primeiramente oferecendo cursos nas reas operacionais, com conceitos bsicos, a diviso oferta hoje cursos online e presenciais nas mais variadas modalidades de produo de contedo, sejam em vdeo ou em fotografi a, alm de cursos voltados para liderana. A estratgia para o futuro diversifi car e especializar os cursos. O cliente no quer mais fi car no geral, ele quer pegar aquele nicho em

    especfi co e trabalhar, ressalta o executivo. Neste mesmo sentido, continua, O cliente chegou e falou: Poxa, legal, agora eu posso fazer trs eventos no mesmo dia, mas eu no tenho mais equipamento. Como que eu fao? Eu vou comprar tudo? Eu no tenho condio de comprar equipamento para trs equipes e a entrou essa demanda e surgiu a Merlin Locao.Com uma diversifi cada linha de produtos para produo audiovisual, desde lentes e cmeras at unidades mveis e estdios, Neto explica que muitos clientes utilizam esse servio como uma forma de teste em campo para equipamentos. O cliente no tem uma grua, um slider ou uma GoPro, por exemplo, ele pode locar, fazer os testes, usar e, eventualmente, alguma compra acaba acontecendo. Outros optam por continuar locando, explica.

    Informao e personalizao de servioH 20 anos na empresa, Luis Fernando Tasseli, hoje, gerente de marketing, destaca que durante todos esses anos a Merlin sempre se preocupou em alimentar o mercado com informao. Quando o executivo comeou a trabalhar focado na rea de marketing da empresa (antes ele j havia trabalhado na rea comercial e tcnica) h 15 anos, as informaes voltadas para o pblico profi ssional

    Muito alm dos equipamentos, a histria da Merlin composta pelas pessoas que dedicam suas vidas a prover o melhor atendimento

  • eram escassas e, por isso, a empresa comeou a desenvolver um informativo mensal impresso, com as informaes de seus lanamentos. Acho que esse foi o primeiro canal de comunicao do segmento profissional neste mercado, aponta.Hoje, o departamento de Marketing atende as contas de todo o grupo para a assessoria de comunicao. Tudo que envolve comunicao, evento, material impresso, site, assessoria s marcas e fbricas, tudo isso canalizado pelo marketing da Merlin aonde ns reestruturamos a comunicao ou criamos uma nova e adaptamos isso para o mercado brasileiro, explica.Pensando oficializar esse trabalho de assessoria marcas e de produo de material segmentado ao pblico profissional, mais recentemente, o departamento de marketing criou o Merlin Criativa, uma agncia de publicidade com o foco neste mercado.A partir de 2012, o grupo criou um departamento especfico para atender seus clientes que precisam de um servio mais completo. A Merlin Projetos um setor especializado no desenvolvimento e na implantao de projetos personalizados de diversos portes. Do brainstorm ao ltimo cabo ligado, brinca Danilo Fuzeto, responsvel pelo departamento, ao explicar que o setor verifica o que o cliente quer fazer, desenvolve todo o projeto, instala e realiza os treinamentos necessrios para que o cliente possa operar o sistema, alm de oferecer todo o atendimento ps-venda, com servios de manuteno preventiva e corretiva.Neste ltimo ano, segundo o executivo, a empresa tem atendido muitas igrejas, pequenas emissoras, retransmissoras e unidades mveis, mas tem capacidade de desenvolver qualquer tipo de projeto.A Merlin ainda conta com um departamento financeiro para personalizar o atendimento do grupo. O cliente quando quer comprar uma cmera ou qualquer outro produto, as vezes tem

    condio, as vezes no tem, ento tentamos viabilizar essa venda de vrias formas, aponta Adriana dos Santos Pastorino. Para isso, a empresa possui uma carta de crdito prpria, que oferece aos clientes mais antigos quando o financiamento atravs de outros meios, como bancos ou instituies de financiamento, so inviveis. Para isso, exige diversos tipos de documentao para realizar a anlise de crdito e viabilizar este negcio.

    Compromisso com eficincia e com o clientePara atender toda a demanda, tanto de clientes, quanto revendoras e eventos, a Merlin possui uma distribuidora prpria, com mais de 20 transportadoras de confiana em todas as regies do pas, para atingir o desafio de que o produto esteja disponvel para o cliente em um prazo mximo de 24, 48 horas, no mximo, como aponta Eduardo Rogrio de Lima, responsvel pelo departamento de logstica. Todas as vendas saem, atualmente, da sede da empresa em Campinas, mas, no futuro, possvel que haja um centro de distribuio em algum ponto estratgico do pas, com estoque maior, para atingir essa meta.Nosso posicionamento no de uma empresa simplesmente comercial, mas sim de um centro de tecnologia aonde a pessoa pode adquirir um equipamento, pode fazer um projeto, pode estudar e fazer um treinamento. No uma loja, onde a pessoa vem e s adquire um produto. A gente quer envolver o cliente, no s na parte comercial, mas na produo dele tambm, destaca Tasseli.Esse posicionamento reforado por Lima: Voc tem que entrar de corpo e alma no negcio do cliente. Voc tem que visualizar o que est acontecendo l. Ns temos esse cuidado e essa sensibilidade. 30 anos de Merlin uma vida e esse o objetivo que o Edson e seu Fernando deixaram sempre deixaram muito bem alinhado com todos os departamentos. PA

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    O Grupo hoje composto por seis divises, cada qual voltada para um nicho de mercado.A Merlin Vdeo, a mais antiga de todas as divises, focada na venda de produtos audiovisuais, seja atravs da loja fsica ou do site.A Merlin Cursos oferece cursos, certificaes e workshops de foto e vdeo, presenciais ou no, para profissionais e entusiastas do setor. Entre a oferta de cursos, h cursos bsicos, voltados para aspectos operacionais, at cursos mais especficos, como um curso de videoclipe musical, por exemplo.A Merlin Locao, segundo Neto Carvalho, responsvel pelos departamentos de revenda, locao e cursos, explora um nicho de mercado que no tem condies de comprar equipamentos para um final de semana com vrios eventos simultneos ou que deseja testar algum novo equipamento antes de compr-lo efetivamente.J a Merlin Projetos um setor que oferece consultoria profissional para projetos de instalaes audiovisuais, desde igrejas emissoras de pequeno e grande porte, unidades mveis e sistemas para ensino distncia.A Merlin Distribuidora a diviso que cuida do atendimento s revendas das fbricas que a empresa representa no Brasil.Por fim, a empresa lanou mais recentemente a Merlin Criativa, uma agncia de publicidade para cuidar da comunicao direcionada ao mercado de tecnologia de produo audiovisual, seja atravs de assessoria s fbricas ou atravs da produo de estudos e material voltado ao mercado brasileiro.A empresa ainda promove roadshows pelo Brasil para apresentar suas novidades e promover encontros entre profissionais do setor, alm de oferecer cursos durante a realizao destes roadshows. PA

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  • Cinemtica Audiovisual abre as portaspara a ps-produo

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    Com estrutura compacta e servio especializado, produtora tem plano de crescimentocauteloso e baseado em parcerias.

    Recm-lanada, a Cinemtica Audiovisual surgiu dos ideais de Jos Augusto De Blasiis, Eric Ribeiro Christani e Caetano Cotrim De Blasiis, em criar uma produtora especializada em edio, restauro, captao, mixagem e ps-produo de som para cinema, internet, publicidade, games e TV. Estava na hora de termos o nosso prprio negcio e o som era uma escolha natural por dois motivos: O Eric e o Caetano sempre se dedicaram ao som e o investimento era mais leve, relembra Blasiis. A Cinemtica ainda faz consultoria e superviso de ps-produo sonora. Blasiis ressalta que todos os profissionais da Cinemtica fazem parte de um crculo de relacionamento construdo ao longo de muitos anos em produtoras e nas universidades onde lecionou. Essa unio entre pessoas de confiana para formar ncleos de produo em torno de um projeto comum a tendncia para os prximos anos, explica. Outro ponto fundamental na empresa o relacionamento com empresas que atuam no mesmo segmento. Longe de olh-las apenas como concorrentes, a Cinemtica tem todo o interesse desenvolver projetos conjuntos, conforme a necessidade do cliente. Contamos com uma boa estrutura de ps-produo para udio e vdeo, profissionais de alto nvel e temos a liberdade de estabelecer parcerias com outras produtoras

    sempre que necessrio. Apesar de todo o otimismo, Jos Augusto De Blasiis reconhece que este um momento delicado para iniciar um novo negcio. Foi difcil comear o trabalho com o pas nesta situao, com os preos (das produes) em decadncia.

    In HouseEu sabia que cedo ou tarde ns chegaramos imagem e isso aconteceu antes do que espervamos, comemora Blasiis. Por questes de concorrncia e de solicitaes dos clientes, rapidamente a produtora comeou a trabalhar com vdeo. J estamos prontos para fazer uma ps que vai de conformao, correo, pequenos efeitos e crditos. Se o projeto vai alm disso, eu envolvo os meus parceiros. Sobre o declnio na cultura das casas de produo que resolviam todos os problemas do cliente em um nico lugar, Eric Ribeiro lembra que eram necessrios investimentos astronmicos para mant-las funcionando. Esta cultura se mostrou ineficaz nos ltimos anos. No era forma correta de administrar uma produtora. A nossa opo por estabelecer parcerias torna o mercado mais dinmico. Ns envolvemos mais pessoas e tornamos a empresa mais forte. H mais gente trabalhando

    Criada por Jos Augusto De Blasiis, Eric Ribeiro Christani e Caetano Cotrim De Blasiis, a Cinemtica nasceu voltada para o udio, mas j caminha firme tambm no mercado de vdeo

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    para o negcio dar certo, explica. Segundo Eric, a Cinemtica abriu mo de intermedirios comerciais sem comprometer a especializao trazida por cada um. Hoje ns corremos mais, mas vemos o resultado. A integrao entre os mundos de cinema, televiso, games e internet, somado ao barateamento das plataformas de produo influenciou algumas das escolhas feitas pela Cinemtica, uma vez que pode investir em profissionais com grande especializao, ao mesmo tempo em que no est presa a um nico mercado, como era frequente no passado.

    DocumentriosNeste momento, o segmento de documentrios um dos que mais atraem a empresa por ter um crescimento acentuado nos ltimos anos. A popularizao da produo digital abriu as portas para mais de 300 documentrios por ano que precisam de ps-produo de udio e imagem. Os documentrios exigem um trabalho minucioso de restauro e mescla de materiais novos antigos. um nicho muito

    importante, afirma Blasiis.

    ATC Os treinamentos tambm sero explorados pela produtora, que o nico centro oficial da Assimilate no Brasil. Os cursos esto sendo formatados e em breve estaro disponveis para o mercado. Essa preferncia pela Assimilate e pelo seu software Scratch tem a ver com a histria dela no pas. Blasiis estava presente na instalao do primeiro software e desde ento havia a inteno de criar um local dedicado formao de novos profissionais. A fundao da Cinemtica foi sinal verde para realizar este sonho. Depois da ps-produo devem chegar os cursos sobre udio, que est na origem da empresa e tambm servir para formar mo de obra da empresa. Ns sempre tivemos uma ligados educao, so mais de 30 anos lecionando. www.cinematica.com.br PA

    Jos Augusto De Blasiis Profissional com trinta e trs anos de experincia no mercado e ps-produo. Foi diretor de operaes do Laboratrio Megacolor onde implantou o projeto tcnico da empresa, tanto na rea de revelao quanto no parque tcnico de ps-produo ptica. Foi diretor geral de operaes dos Estdios Mega onde atuou no desenvolvimento do parque tcnico de ps-produo em HDTV. Foi coordenador de operaes do CasablancaLab, laboratrio de cinema do grupo Casablanca/Teleimage. Atuou na rea de ps-produo da Teleimage por dez anos, coordenando o laboratrio CasablancaLab e como atendimento comercial nos ltimos trs anos de sua carreira na empresa. mestre em comunicao social e ministra aulas na Universidade Metodista e na Faculdade Csper Lbero em cursos de RTV. Coordenou um curso de Cinema Digital na Universidade Metodista at 2012.

    Eric Ribeiro ChristaniBacharel em Imagem e Som pela Universidade de So Carlos, atuou durante 2 anos como tcnico de gravaes, ensaios e mixagens musicais no estdio AD ROAD, em So Paulo. Posteriormente ingressou como foley artist na equipe Casablanca Sound, atuando em diversos curtas, longas e programas de televiso. Em um segundo momento, passou a atuar como editor de ambientes, editor de efeitos sonoros e tcnico de gravaes e dublagens para televiso, cinema e publicidade.

    Caetano Cotrim De BlasiisFormado em Cinema Digital pela Universidade Metodista de So Paulo e pela IAV (Instituto de udio e Video), mixador e editor especializado em TV e CINEMA. Trabalhou por onze anos na empresa Vox Mundi Audiovisual, onde editou, mixou e criou efeitos e banda internacional (M&E) para uma grande quantidade de sries, filmes e musicais. Trabalhou em projetos dos principais canais de TV fechada em operao no Brasil. PA

    O segmento de udio um dos mais a