Orientações para Actividades de Leitura - 1 Ciclo

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5/21/2018 OrientaesparaActividadesdeLeitura-1Ciclo-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/orientacoes-para-actividades-de-leitura-1-ciclo 1/57 Orientações para  Actividades de Leitura PROGRAMA  – Está na Hora da Leitura 1.º Ciclo

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  • Orientaes para Actividades de Leitura Programa Est na Hora da Leitura

    1. Ciclo

  • ndice

    1. PrincpiosparaaPromoodaLeitura 2

    2. OProgramaEst na Hora da Leitura1.Ciclo 3

    3. OrientaesGerais 3

    4. Selecodoslivrosparalernasaladeaula 4

    5. Comoadquiriroslivros 5

    6. OsLivrosnasaladeaula 6

    6.1. ContarHistriasnaSaladeAula 7

    6.2. LerHistriasTradicionaisnaSaladeAula 8

    6.3. LerHistriasdoQuotidianonaSaladeAula 9

    6.4. LerNovelasHistricasnaSaladeAula 10

    6.5. LerHistriasdeAventuraeMistrionaSaladeAula 11

    6.6. APoesianaSaladeAula 12

    6.7. OTextoDramticonaSaladeAula 16

    6.8. OsLivrosInformativosnasaladeaula 17

    7. Diagnsticodecapacidadeedoshbitosdeleituradosalunos 25

    8. Exemplosdemodelosdeplaneamentoparaaleitura aolongodoanolectivo 27

    9. Exemplosdesequnciasdeactividadesdeleitura orientadanasaladeaula 29

    9.1. AlunosemFasedeIniciao1.Ano 30

    9.2. Alunosna1FasedeConsolidao2.Ano 31

    9.3. AlunosqueJSabemLer3.e4.Ano 32

    10. Modalidadesdeleitura 36

    11. Tipos de fichas a utilizar nas actividades de leitura orientada 39

    12. Recomendaes para a elaborao ou seleco de fichas de leitura 40

    13. ActividadesparaPromoveraLeituraAutnoma BibliotecadaEscola/BibliotecadeTurma 51

    14. EnvolvimentodasFamlias 52

    15. Convidarescritoreseilustradoresparairemsescolas/sbibliotecas 52

  • 2 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    1. Princpios para a Promoo da Leitura

    O Plano Nacional de Leitura toma como referncia alguns princpios essen-

    ciais que tm orientado a aco realizada nos pases que apresentam resulta-

    dos mais positivos no domnio da promoo da literacia:

    Ocaminhoparaaaquisiodeumacompetnciaslidanodomniodaleituralongoedifcil.

    Para se induzirem hbitos de leitura autnoma, so necessrias muitas actividades de leituraorientada.

    A aquisio plena da competncia da leitura no exige apenas a aprendizagem da descodificao do texto.

    Para se atingirem patamares superiores de compreenso, indispensvel uma pr-tica constante na sala de aula e na biblioteca, em casa, durante vrios anos.

    O treino da leitura no deve ser remetido apenas para o tempo livre ou para casa, pois, se o for, em muitos casos no se realiza.

    A promoo da leitura implica um desenvolvimento gradual, e s se atingem os pata-maresmaiselevadosquandoserespeitamasetapasinerentesaesseprocesso.

    Para despertar o gosto pela leitura e estimular a autonomia, necessrio ter em mente a diversidade humana, considerar as idades, os estdios do desenvolvi-

    mento, as caractersticas prprias de cada grupo, o gosto e o ritmo prprios de cada

    pessoa.

    Osprojectosdeleituradevemrejeitartentaesdemodelonico.Exigemumaati-tude aberta, flexvel onde caibam mltiplos percursos, os percursos que a diversi-

    dadehumanaaconselhaarespeitar.

    Negar, ignorar ou atropelar estes princpios compromete e, por vezes, anula os esforos

    mais bem-intencionados de todos os que se empenham em generalizar o acesso leitura

    eavemcomoumbemessencial.

  • 3 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    2. O Programa - Est na Hora da Leitura 1 Ciclo

    ACEs

    Inseronasaulasdosvriosanosdo1.Ciclodeumahoradiriadedicadaleiturae escrita, centrada em livros ajustados aos interesses e nveis de competncia lin-

    gusticadosalunos.

    Insero na programao de outras actividades demomentos dedicados leituraconjunta e ao contacto com livros, jornais e revistas ajustados aos interesses e nveis

    decompetncialingusticadosalunos.

    Utilizao continuada nas aulas dos recursos disponveis nas Bibliotecas Escolares. Promoodeencontrosdosalunoscomescritoreseilustradoresdasobraslidasnas

    aulas.

    Sensibilizao de pais e encarregados de educao para a importncia do livro e da leituranodesenvolvimentodacriana.

    Promoo de feiras do livro, concursos, jogos, prmios e iniciativas de carcter ldico.

    3. Orientaes Gerais

    A LEiturA nAs ACtividAdEs dA sALA dE AuLA

    O Programa Est na Hora da Leituraimplicaumahorapordiadedicadaleitura

    orientadanasaladeaulaeaactividadescentradasemlivros.

    Esteprogramadestina-seaassegurarquetodasascrianasdo1.Ciclocontactemcom

    livros e leiam, pelo menos, cinco horas por semana, tal como as crianas de outros pases

    ondeforamlanadosprogramassemelhantesequejobtiveramresultadosapreciveis

    napromoodaliteracia.

    Para o xito do programa, indispensvel que as actividades de leitura se ajustem s carac-

    tersticasdecadaturma.

  • 4 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Competeacadaprofessor:

    Escolher criteriosamente a hora que considere mais adequada para a concretizao do programaEst na Hora da Leitura.

    Seleccionar, entre as obras recomendadas para cada ano, quais as que pretende tra-balhar e definir uma sequncia capaz de promover gradualmente a progresso efec-

    tivadosalunosedefomentarointeressepeloslivrosepelaleitura.

    Escolherobrasmuitovariadasparaqueascrianascontactemcomgrandediversi-dade de autores, temas, estilos, ilustraes.

    Evitarprolongarexcessivamenteotrabalhocomummesmolivro. Voltar a ler a mesma histria se as crianas o solicitarem, mas de modo a no cansar ou

    tornarotrabalhomontono.

    4. seleco dos livros para ler na sala de aula

    Na seleco dos livros para ler na sala de aula, o professor deve:

    Procurar conhecer bem a sua turma no que respeita leitura. Importa que identifi-que:

    Onveldeleituradosalunoscomplexidadedostextosedimensodasobrasquej

    conseguemler.

    Aapetnciaporactividadesrelacionadascomaleitura.

    Asleiturasanterioresparaevitarquereleiamobrasquejconhecemeparacon-

    seguirumaprogressogradual.

    Ostemasqueinteressamaosalunos.

    Tomarcomorefernciaaslistasdelivrosrecomendadasparaoanodeescolaridadecom o qual trabalha. Estas listas foram organizadas em trs nveis, seguindo um cri-

    triodeprogressoparapermitirmelhorajustamentosreaispossibilidadesdetra-

    balhoeapoiarosprofessoresquandoavaliamaprogressodosseusalunos.

    Escolherasobrasmaisadequadasparaassegurarumaprogressoefectivadosalu-nos.

    Programaraleituraorientadaeasactividadescentradasnasobrasescolhidasaolongodetodooanolectivo.

    Estes princpios conduzem necessariamente a uma escolha de livros diferentes para as vrias

    turmasdeummesmonveldeescolaridade.

  • 5 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    As ListAs dE LivrOs rECOmEndAdOs

    As listas de livros recomendados para leitura orientada na sala de aula foram organizadas

    por graus de dificuldade, que os professores devem entender como referncia.

    Compete aos professores verificar qual o grau de dificuldade que melhor se ajusta ao pata-mar de leitura em que se encontra cada turma para poder definir um percurso motivante

    eascendenteparaosseusalunos.

    Naescolhadoslivrosparaleituraorientadanasaladeaulaosprofessoresdevem: considerar as caractersticas das turmas (interesses dos alunos, competncia de

    leitura, leituras anteriores, etc.).

    procurar proporcionar o contacto com grande diversidade de obras, para que os

    alunos conheam ao longo do ano vrios autores, vrios estilos, muitos temas,

    ilustradoresdiferentes.

    Osprofessoresdevemtentarasseguraraexistnciadepelomenosumlivroparacadadois alunos, sempre que realizem leitura orientada na sala de aula.

    5. Como adquirir os livros

    As actividades de leitura orientada na sala de aula, tal como so recomendadas no programa

    Est na Hora da Leitura , tm vindo a tornar-se uma prtica comum em muitas escolas.

    Os professores so unnimes em considerar que, para que o trabalho cumpra de facto o objec-

    tivo de promover a leitura, necessrio dispor de, pelo menos, um livro para cada dois alunos.

    Naturalmente, se cada aluno possuir um livro, melhor ainda.

    As escolas tm sabido assegurar a existncia de livros suficientes incentivando os alunos a adqui-

    riremoslivroscomquevotrabalharerecorrendosobrasexistentesnaBibliotecaEscolar.

    Alternativas sugeridas para a concretizao dos programas do Plano Nacional de Leitura:

    ReforargradualmenteaBibliotecaEscolareirconstituindoumfundomuitovariadodeconjuntosdelivrosdestinadosleituraorientadanasaladeaulaquepossaservir

    asturmasmaisdiversasemanossucessivos.

  • 6 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Para constituir esse fundo documental, as escolas podero recorrer a: verbasdisponveisnooramento;

    reforodeoramentoquesergradualmenteatribudopeloMinistriodaEduca-

    o, no mbito do Plano Nacional de Leitura;

    financiamento da Cmara Municipal ou da Junta de Freguesia;

    contributosdeMecenasouPatrocinadoresdoPlanoNacionaldeLeitura;

    financiamentos obtidos no quadro de candidatura a programas de apoio de dife-

    rentesinstituies;

    contributosdePatrocinadoresangariadospelaescola;

    contributos daAssociao de Pais ou de Famlias que queiram apoiar o Plano

    NacionaldeLeitura;

    resultados (brindes e lucros) da organizao de Feiras do Livros e de outras inicia-

    tivasdaescola.

    Quando os professores considerarem oportuno, podero sugerir aos alunos que metade da turma adquira os livros recomendados para um dos perodos lectivos,

    a outra metade os livros recomendados para outro perodo, assegurando a escola a

    aquisio dos livros para o perodo que resta (que poder ser o 1. perodo lectivo).

    QuandoaBibliotecadaEscolapossuirconjuntosdeobrasqueosvriosprofessoresqueiram escolher para leitura orientada nas suas turmas, ser indispensvel organi-

    zar:

    um calendrio de circulao (por exemplo, uns professores de manh, outros de

    tarde, alguns professores no 1. perodo, outros no 2. perodo, etc.);

    umaformaprticadeasseguraracirculaoeotransportedoslivrosenteassalas

    (por exemplo, o cesto, a caixa, o carrinho, etc.).

    6. Os Livros na sala de aula

    Quandooprofessorplanearactividadesouprojectosparaasaladeaulaqueenvolvamlei-

    tura ou consulta de obras da biblioteca, dever informar com alguma antecedncia os res-

    ponsveis pela biblioteca sobre o perodo em que precisa dessas obras, para assegurar que

    estarodisponveisquandoforrequisit-las.

    Sempre que haja sobreposio de programaes, ser necessrio organizar um calendrio.

  • 7 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    6.1. Contar Histrias na sala de Aula

    Ouvir histrias um primeiro passo para dominar a leitura

    Ouvir contar histrias na infncia leva interiorizao de um mundo de enredos, perso-

    nagens, situaes, problemas e solues, que proporcionam s crianas um enorme enri-

    quecimentopessoal e contribui aindapara a formaode estruturasmentais que lhes

    permitiro compreender melhor e mais rapidamente no s as histrias escritas, mas

    tambmosacontecimentosdoseuquotidiano.

    Napocaactualamaioriadascrianasnotemoportunidadedeouvirhistriasnoseio

    familiar. Cabe ao jardim-de-infncia e escola assegurar que lhes no falte essa experin-

    cia to enriquecedora e to importante para a aprendizagem da leitura.

    Umbomcontadordehistriastemquesaberadaptar-seaopblico.Esseajustefeitoao vivo, de uma forma rpida e quase imperceptvel.

    Se a assistncia se distrai, h que mudar o relato abreviando o enredo, introduzindo novas peripcias, criando suspense. Se a assistncia se mostra fascinada, vale a pena

    prolongaroefeitoeiradiandoodesfecho.

    Amesmanarrativaterqueapresentarcambiantesconformeaidadedascrianaseascaractersticasdosvriosgrupos.

    suGEstEs dE ACtividAdEs

    Contesobretudohistriasqueconheabemedequegoste. Identifique previamente os acontecimentos chave para os apresentar de forma clara,

    ntidaesugestiva.

    Conteahistriacomoseestivesseav-ladesenrolar-seporcenas. Ensaie em casa, ao espelho, ou diante de pessoas que lhe possam dar um feed back. Observe as reaces das crianas enquanto conta a histria para poder fazer os ajus-

    tes necessrios. Pode, por exemplo, aligeirar uma situao se as crianas esto assus-

    tadasoutorn-lamaisdramticaparaenvolveremocionalmenteosouvintes.

    Semprequepossvelenvolvaascrianasnorelato. Se as crianas exigirem que torne a contar a mesma histria, deve considerar que a

    actividadefoiumxito.

  • 8 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    COmO EnvOLvEr As CriAnAs nO rELAtO

    Pedirscrianasque: repitamfrases;

    faamosgestosadequadosparasublinharemaaco;

    emitam os sons que a histria refere (vento, bater porta, etc.).

    Suscitar antecipaes, perguntando: O que que acham que vai acontecer a seguir? Suscitar o reconto em grupo, sobretudo com os alunos mais velhos.

    COmO susCitAr O rECOntO Em GruPO

    Umoudoisalunosajudamoprofessor. Ahistriavaisendocontadapelosalunoseoprofessorsinterferequandonecessrio. Osalunoscontamahistriaemgruposdedoisajudando-semutuamente. Umaturmacontaahistriaaoutraturma. Cadaalunoescolheomomentopreferidoeconta-oempormenoracrescentandoo

    quequiser.

    Osalunossoconvidadosacontarahistriamuitorapidamenteereferindoapenasoessencial.

    6.2. Ler Histrias tradicionais na sala de Aula

    Na categoria de histrias tradicionais incluem-se as lendas, as fbulas, os mitos e os con-

    tos populares. Todas estas histrias comearam por ser transmitidas oralmente, um dia

    foram registadas por escrito e, a partir de ento, foram reescritas por muitos e variados

    autores, em prosa e em verso. Alm de serem um poderoso suporte cultural e depositrias

    de conhecimentos, sabedoria, convices, prticas sociais, juzos de valor, representam

    tambmosvoosdeimaginaodesucessivasgeraes.

    Se resistiram ao tempo e foram recontadas com as adaptaes indispensveis a cada poca,

    foiporqueencantam.Eseencantamporquecontmverdadesintemporaisacercadas

    caractersticasmaisprofundasdoserhumanoedassuascontradies.

    As histrias tradicionais, que as crianas acolhem com agrado, devem ser abordadas o mais

    cedopossvel.

  • 9 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    suGEstEs dE ACtividAdEs

    Embora as histrias tradicionais sejam habitualmente bem acolhidas pelas crianas, o pro-

    fessor deve verificar se a histria, lenda, fbula ou mito que desejaria trabalhar com os seus

    alunos no foi j trabalhada em anos anteriores, pois ouvir contar vrias vezes a mesma

    histria pode ser aliciante, mas trabalhar sucessivamente o mesmo enredo torna-se facil-

    mente fastidioso, provoca desinteresse e no estimula o progresso.

    A partir de certa idade, a maioria dos alunos deseja ser surpreendida, deseja fazer desco-

    bertas, aborrece-se ou desmobiliza ao repisar o que j sabe.

    A maior parte das histrias tradicionais prima pela clareza e pela nitidez da estrutura narra-

    tiva bem como pela definio das personagens. No existindo grandes obstculos compre-

    enso, prestam-se realizao na aula de vrios tipos de trabalhos.

    Considere-se, no entanto, que muitas histrias tradicionais envolvem mensagens mltiplas

    e complexas, que tm suscitado por parte de analistas interpretaes diversas, por vezes at

    contraditrias.

    Mas junto das crianas, as histrias tradicionais valem pelo que contam. Propor a desco-

    dificao das mensagens implcitas nas histrias tradicionais a crianas, ou mesmo a pr

    adolescentes que ainda no tm maturidade para esse tipo de anlise, desaconselhvel

    poissosfaraborrecerumahistriaqueantestinhamapreciado.

    6.3. Ler Histrias do Quotidiano na sala de Aula

    As histrias de fico escritas de uma maneira realista e que apresentam situaes do quoti-

    diano tm em geral a inteno de sensibilizar para as questes que se colocam no relaciona-

    mento entre as pessoas da mesma famlia, no seio de um grupo de amigos e em momentos

    de crise que desencadeiam sentimentos como perplexidade, susto, medo, cime, isolamento,

    insegurana, etc. Em alguns casos o autor deixa os dilemas em aberto, noutros casos tem

    apreocupaodeveicularmensagenspositivas.

  • 10 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Aleituradehistriasdestegneronoambientedasaladeaulapodecontribuirparaque

    osalunostomemconscinciaeanalisemproblemasdodiaadiaqueosafectempessoal-

    mente ou que afectem outras pessoas, apurando a compreenso de si prprios e do mundo

    que os rodeia. A reflexo suscitada poder ainda contribuir para que se tornem mais lci-

    dosemaistolerantes.

    No entanto, pode tambm acontecer que alguns dos alunos estejam a viver situaes idn-

    ticas e lhes parea que esto a ser postos em cheque perante a turma, ou se sintam intima-

    mente incomodadosporrevivernaaulaproblemasdequeestoa tentaralhear-se.Seo

    professor suspeitar que corre este risco, ser prefervel escolher para a aula outro tipo de

    leitura.

    Para que a leitura de histrias do quotidiano tenha efeitos positivos, o professor deve

    assegurar:

    queosalunoscompreendemeaderemafectivamenteaoenredo; queseinteressampelassituaesvividaspelaspersonagens; queestointeressadosemdebaterasquestesqueotextolevanta.

    6.4. Ler novelas Histricas na sala de Aula

    Asnovelashistricasdestinadasacrianasouaadolescentesenvolvemmuitaacoemist-

    riooquetornaoenredoapelativo.Deumamaneirageralosautoresapresentamumquadro

    bastante ntido sobre ambientes, mentalidades, maneiras de viver de outras pocas pelo que

    a leitura representa um considervel enriquecimento cultural, promove uma maior aber-

    tura de esprito e um alargamento de horizontes.

    Para que a leitura de novelas histricas seja cativante, o professor deve assegurar que os alu-

    nos compreendem os textos e aderem afectivamente s personagens, s situaes, poca

    tratada.

    Quando o contexto levantar obstculos compreenso imediata, o professor dever dar

    as informaes necessrias para que as dvidas ou a sensao de estranheza desapaream.

  • 11 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    6.5. Ler Histrias de Aventura e mistrio na sala de Aula

    As histrias de aventura e mistrio obedecem a uma matriz encontrada na primeira metade

    do sculo XX e que permanece actual: narrativa gil, ritmo intenso que se adensa at atin-

    gir o clmax, eplogo serenante, personagens principais da idade dos leitores, opositores

    de caractersticas ntidas, descries sucintas, dilogos frequentes; narrador omnisciente,

    enigmas para desvendar, pistas que permitem ao leitor antecipar o desfecho, final feliz.

    Estetipodehistriastem-sereveladoumapeachavenaaquisiodogostopelaliteratura

    entreascrianasdetodoomundoempartedevidocumplicidadequeoescritorprope

    aos seus leitores, mas tambm porque suscita sentimentos de pertena a um grupo coeso

    e bem sucedido. Alm disso, a manuteno do suspense no deixa esmorecer o interesse

    peloenredoealgicainternadanarrativatorna-aparticularmentesedutoraparaquem

    seencontranumaetapacrucialdodesenvolvimentodoraciocnio.

    frequentesosautoresdelivrosdeaventuraemistrionoescreveremlivrosisolados

    mas coleces, o que permite ao leitor reencontrar os seus heris, envolver-se afectiva-

    mente, sentir o prazer de ler e o desejo de ler mais.

    O entusiasmo por uma determinada coleco representa muitas vezes uma etapa impor-

    tantenaaquisiodebonshbitosquevoassegurarpersistncianointeresseporlivros

    eamorleituraparaorestodavida.

    Embora estas histrias sejam habitualmente bem sucedidas, desejvel que o professor

    verifique se os ttulos que deseja ler na aula no foram j lidos ou trabalhados em anos

    anteriores para evitar repeties. Convm tambm verificar se de facto aderem s perso-

    nagenseaoenredo.

  • 12 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    suGEstEs dE ACtividAdEs

    Tm-se utilizado com sucesso vrios tipos de estratgias, para apoiar a leitura e para assegurar

    melhorcompreensoeaprofundamentodosvriostiposdehistriaslidasnasaladeaula:

    Treinoderecontooral. Treinoderecontoescrito. Treinoderecontoresumo. Leitura por captulos, seguida de preenchimento de fichas que orientem a compreen-

    sodotexto.

    Identificao das personagens principais e secundrias. Caracterizao fsica e psicolgica das personagens. Identificao do contexto/contextos em que decorre a aco. Caracterizao de locais e ambientes em que decorre a aco. Identificao dos momentos chave na sequncia narrativa. Identificao de etapas nucleares de cada captulo. Atribuiodettulosalternativosaoscaptulos. Elaborao de finais alternativos. Identificao de mensagem/ ou mensagens que o autor quis veicular. Ilustraodascenaspreferidas. Dramatizao de cenas eleitas. Trabalhos multidisciplinares envolvendo outras reas (Histria, Expresso Plstica,

    EVT, Msica, etc.).

    Trabalhos de pesquisa centrados em personagens, ambientes, factos, etc. sugeridos pelolivro.

    6.6. A Poesia na sala de Aula

    A poesia um meio privilegiado para despertar o amor pela lngua materna. A rima,

    o ritmo, a sonoridade, permitem uma descoberta progressiva dos cambiantes, da riqueza,

    das potencialidades da linguagem escrita. Essa descoberta, to decisiva para a formao

    do indivduo, adquire assim um carcter ldico. Brincar com os sons, descobrir novas res-

    sonncias, ouvir e ler pequenas histrias em verso, memorizar os poemas preferidos, des-

    vendar imagens e sentimentos contidos na palavra, so actividades de adeso imediata que

    podem e devem ser introduzidas no universo infantil antes da alfabetizao, pois consti-

    tuem uma excelente forma de preparao para aprendizagem da leitura e da escrita.

  • 13 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    As possibilidades de abordagem somltiplas e variadas. Naturalmente os processos

    de sensibilizao variam de acordo com a idade das crianas, os conhecimentos, o nvel

    deensino.Cabeaoeducadorouaoprofessorencontraraformamaisadequadaeatraente

    para estabelecer o contacto com a expresso potica, dando livre curso sua intuio

    pedaggicaecriatividade.

    importantequeascrianaspossamteracessodirectoaolivrosemprequeodesejarem.

    Assim podero ler ao sabor do seu ritmo prprio, das suas preferncias, e estabelecer

    umcontactopessoalcomapoesia.

    Aescolaonicoespaoondeamaioriadas crianas teroportunidadede contactar

    com a poesia, pelo que o seu papel no deve ser minimizado. Naturalmente, sempre que

    o professor verifique que as crianas foram j sensibilizadas para a poesia, deve procurar

    ampliaressaexperincia.

    A sELECO dE POEmAs

    No jardim-de-infncia e na primeira fase do 1. ciclo do ensino bsico, o adulto que selecciona

    ospoemasaseremtrabalhadosnaaula.Nosnveisseguintesserdesejvelassociarosalunos

    escolha. Em qualquer dos casos, devem ser consideradas duas vertentes:

    As caractersticas do grupo (interesses, desenvolvimento, ritmo de aprendizagem, conhecimentos, etc.);

    As preferncias e sensibilidade do prprio educador, pois dificilmente se transmite apreoporaquiloquenoseaprecia.

    A aprendizagem resulta em boa parte da empatia que se estabelece entre o adulto e a criana,

    nomeadamente quando se pretende fomentar um gosto (pela poesia, pela literatura, etc.)

    oudespertarparavaloresestticos.

    ACtividAdEs PrEPArAtriAs

    A simples leitura de um poema, feita pelo professor ou pelos alunos, pode resultar extre-

    mamente motivante, se for feita com a entoao adequada, com empenhamento, com

    alegria.Hnoentantopoemasquepelasuacomplexidadeexigemumtrabalhoprepara-

    trio se se pretende, alm do encantamento, levar as crianas compreenso do contedo

    ouaprofundarqualquertipodeanlise.

  • 14 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Este trabalho preparatrio poder incluir, conforme os casos:

    Umenquadramentohistrico; Um enquadramento geogrfico; Esclarecimentossobreotemaeovocabulrio; Informaesarespeitodoautoredasuapoca.

    Enquadramento histrico

    H poemas que no adquirem significado pleno a menos que o leitor disponha de conhe-

    cimentos acerca dos dados histricos subjacentes ao contedo. Um bom exemplo so

    ospoemasdeCamesedeFernandoPessoasobreoGigante Adamastor/ Mostrengo.No

    se aconselha, como evidente, uma longa e exaustiva lio de Histria antes da leitura dos

    poemas. O procedimento correcto ser fornecer, de forma sucinta e sugestiva, alguns ele-

    mentosquesirvamderefernciaepermitamaoalunoperceberdoquelhesfalaopoeta.

    Enquadramento geogrfico

    tambm necessrio proporcionar elementos de referncia geogrfica nos casos em que o

    poeta aborda locais ou acidentes naturais bem determinados, que a criana no conhea.

    Uma descrio potica que inclua bosques, lagos, montanhas, grutas, o mar, no constitui

    obstculo ao entendimento, ainda que a criana nunca tenha visto nada disso, porque so

    elementos h muito interiorizados. O mesmo no acontece se o poeta se refere a fiordes,

    tundra, savana, ou a locais e acidentes especficos como Calecute, Cabo da Boa Espe-

    rana. Sem explicao prvia, estes elementos podem transformar-se em reais obstculos

    leituraeobscureceracompreensodopoema.

    Esclarecimentos sobre o tema / vocabulrio

    Quandootemaabordadototalmentealheioexperinciadosalunostorna-senecessrio

    prestar esclarecimentos antes da leitura. Se o poeta utilizou, por exemplo histrias bbli-

    cas ou figuras mitolgicas que a criana desconhece, mais dificilmente esta encontrar

    encantonopoema.

    O mesmo se passa relativamente ao vocabulrio. Expresses como via lctea, palavras como

    cortesia, escudeiro, etc., podem provocar uma sensao de estranheza, e afastar as crianas

    dapoesiasenoforemdevidamenteexplicadas.

  • 15 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    informaes a respeito do autor e da sua poca

    Asinformaesarespeitodoautoredasuapocaenriquecemextraordinariamenteocon-

    tacto com a poesia. Saber que o poeta viajou por todo o mundo, sofreu os horrores de um

    naufrgio, escreveu arrebatado por uma paixo impossvel ou num momento particular-

    mente feliz, que era filho nico ou pertencia a uma grande famlia, enfim dados biogrficos,

    peripcias da vida pessoal, caractersticas de personalidade, permitem descobrir um rosto

    por trs das palavras, desencadeiam uma adeso em termos afectivos, conduzem as crian-

    asejovensaumaadesomaisprofundapoesia.

    De uma maneira geral, desejvel que o professor se documente e fornea as informaes

    antes da leitura. No entanto, com os alunos mais velhos, a procura de informaes pode

    surgirnasequnciadotrabalhoeenvolveraturma.

    A LEiturA

    O professor deve introduzir o poema lendo-o de forma clara, bem ritmada e bem silabada

    tendo em ateno a mtrica. Pode tambm convidar uma pessoa de fora, como por exemplo,

    um actor. Pode chamar a ateno para a beleza prpria dos diversos tipos de sotaque da lngua

    portuguesa.

    Somuitasediversasaspossibilidadesdeleituradepoemasnasaladeaula:

    Leiturafeitapeloprofessor; Leiturafeitapelosalunosindividualmenteouaparesapsumapreparaolivre; Leitura feita pelos alunos individualmente ou a pares, segundo modelos fornecidos

    peloprofessor;

    Leituradialogada; Leituraemcoro; Jograis.

  • 16 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    suGEstEs dE ACtividAdEs

    Oprofessordeveprocurarqueasactividadescentradasempoemasassumamumcarcter

    ldico, no caso dos mais novos, e um certo encantamento, no caso dos mais velhos.

    Memorizao / rcita

    Todas as modalidades de leitura se aplicam rcita de poemas memorizados. Estas acti-

    vidades nunca devem ser impostas como uma obrigao penosa. Pelo contrrio, devem

    ser apresentadas como momentos de alegre diverso, tendo em conta as caractersticas

    dos alunos (alunos tmidos, com dificuldade de dico, etc., no devem ser forados a

    participar).

    Dramatizao / canes

    Quando os poemas se prestam para a dramatizao o professor pode optar por duas moda-

    lidades:

    Deixar que os alunos escolham quais os papis que querem representar, encontrem por si a expresso corporal e a entoao adequadas, concebam livremente a encenao;

    Fazer propostas, dar sugestes, podendo inclusivamente encaminhar grupos dife-rentesparaapresentaesdiferentesdomesmopoema.

    Se as dramatizaes forem complementadas com a elaborao de adereos, peas de ves-

    turio, cenrios, seleco de msicas de fundo, etc., a adeso ser maior, a actividade mais

    agradveleformativa.

    H poemas que esto musicados, sendo possvel encontrar gravaes e ouvi-las na aula.

    Outros ajustam-se a msicas conhecidas e podem ser cantadas com o professor, pelos

    alunos em coro, pelos alunos individualmente.

  • 17 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    6.7. O texto dramtico na sala de Aula

    Otextodramticopromoveocontactocomumaformadeexpressoescritaqueosalunos

    encontram menos frequentemente, que dificilmente os atrai para a leitura autnoma, mas

    que afinal se torna muito apelativo quando lido na aula pelo facto de reproduzir o discurso

    oral.

    Aescolhadeumapeaparatrabalhonasaladeaulaexigenoentantoqueoprofessoralm

    deteremcontaotemamaisoumenosadequadoaosseusalunos-consideretambm

    a extenso, pois a ausncia de narrador torna mais difcil a apropriao da histria por

    partedeleitoresmenosexperientes.

    Nodeveoprofessoralimentaraexpectativadequeamaioriadosalunoslerpartesdapea

    em casa pois o mais certo no o fazerem.

    suGEstEs dE ACtividAdEs

    O professor deve comear por apresentar o livro informando os alunos sobre oassuntocentraldapea.

    Se considerar til pode fazer uma lista das personagens e solicitar voluntrios para a leiturarotativa.

    Pode sugerir variados tipos de interpretao (mais neutra, mais enftica, cantada, etc.). Se for oportuno, a pea pode ser trabalhada tambm com a colaborao de outras

    reas e representada para a escola, para os pais, para a comunidade, ou na presena

    do autor da pea, caso tenha sido convidado.

    6.8. Os Livros informativos na sala de Aula

    Aleituraorientadadelivrosinformativosnasaladeaulaumadasbasesessenciaisdetoda

    a aprendizagem escolar. Suscita a aquisio de conhecimentos novos, prepara os alunos

    para estudarem com autonomia, recorrendo a diferentes tipos de textos e estimula o desen-

    volvimentodecompetnciascognitivas.

  • 18 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    OPErAEs COGnitivAs EnvOLvidAs nA PEsQuisA dE infOrmAO

    Pesquisareadquiririnformaesemlivrosexigebastantetreinoorientadopelosprofes-

    sores, pois envolve uma srie de operaes complexas, como por exemplo:

    Formar ideias claras sobre o contedo geral e sobre os limites do tema a estudar, para conseguir identificar qual a informao relevante

    Identificar nas obras as partes (os captulos, as pginas, as imagens, etc.) que so relevantesparaoestudodoassunto.

    Ler, observar, interpretar, compreender as fontes seleccionadas. Seleccionar a informao nuclear o que pressupe: anlise, identificao dos assun-

    tosrelevanteseeliminaodeinformaointil.

    Sintetizar, ou seja processar intelectualmente a informao recolhida e memorizar eventualmenteospontosnucleares.

    ACtividAdEs A rEALizAr COm LivrOs infOrmAtivOs

    Introduzir os temas

    Antes de se iniciar a leitura, til fazer uma introduo para verificar se os alunos j tm

    algunsconhecimentossobreoassuntoaestudarouparadaroportunidadequeosadqui-

    ram e assim possam formar uma ideia geral, a partir da qual podero formular as suas

    prpriasquestesesentirnecessidadedainformao.

    Ao introduzir cada tema o professor poder optar por vrios tipos de estratgias:

    Dialogar, convidando os alunos a apresentarem o que j sabem e a manifestarem o seu interesse (ou desinteresse).

    Explicareapresentarosassuntosessenciaiseasideiaschave. Apresentaroslivrosconvidandoosalunosaprhiptesessobreocontedo. Introduzir vocabulrio novo, que possa ser til ou estimulante. Relacionaroassuntocomconhecimentosquejpossuam. Suscitar a apresentao de dvidas, e de problemas que lhes interesse desvendar. Organizar os problemas em questes e sub-questes para que se habituem a estru-

    turarapesquisausandoalgica.

  • 19 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    EscolhEr as obras informativas a trabalhar na sala dE aula

    indispensvel orientar os alunos na seleco de obras para evitar que se sintam bloqueados

    se tentarem ler ou consultar textos desadequados. Mesmo com alunos mais velhos nunca

    aceitvel recomendar trabalhos de pesquisa sem indicar o livro ou livros que o professor

    considere mais adequados para o trabalho e para o nvel de desenvolvimento dos alunos.

    Devem portanto seguir-se critrios de seleco de obras para os vrios tipos de leitores.

    Etapas caractErsticas das obras

    Leitores Emergentes

    Ter um assunto j conhecido (pelo menos parcialmente)

    Estar escrita numa linguagem simples

    Apresentar ilustraes que correspondam exactamente ao assunto da pgina

    Estar impressa em caracteres grandes

    Tratar cada assunto em textos curtos

    No ter muitas linhas por pgina

    Apresentar uma paginao clara

    Leitores Mdios

    Incluir textos que no sejam muito extensos

    Informao simples e clara

    Conter ilustraes adequadas ao assunto e que o reforcem

    Estar escrita numa linguagem acessvel

    Leitores Experientes

    Assuntos que ultrapassam o nvel de informao j dominado

    Frases mais longas e com uma certa complexidade

    Ilustraes que completem a informao

    Um nmero razovel de pginas

    * Nesta fase os alunos j podem trabalhar com vrias fontes de consulta e devem ser

    estimulados a escolher, no conjunto das obras disponveis, aquelas que lhes parecerem mais

    adequadas e as que mais lhes agradarem.

  • 20 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Apoiar os alunos na identificao das partes das obras (captulos, pginas,

    imagens, etc.) que so relevantes para o estudo do assunto.

    Sugerir que consultem a obra escolhida, na inteno de descobrirem as partes e as pginas ondeestoregistadasasideiasprincipaiseaspalavras-chavesobreoassuntopretendido.

    Treinar a consulta de ndices, e a seleco das partes ou as pginas mais importantes: tomarnotadaspginasedosassuntosquecontm;

    sublinharouusarsinaisdemarcao.

    ExEmPLOs dE EstrAtGiAs PArA dEsEnvOLvEr A LEiturA

    E A COmPrEEnsO dE LivrOs infOrmAtivOs

    Alm da modalidade de trabalho clssica, mas muito til leitura em voz alta de parte

    do livro, pausa para perguntas e respostas orais, eventuais registos e continuao da lei-

    tura, seguindo a mesma sequncia at ao final de cada assunto , podem usar-se muitos

    tipos de estratgias, destinadas a apoiar os alunos, especialmente os que manifestam mais

    dificuldades, assegurando simultaneamente o progresso e o desenvolvimento de todos.

    Exemplos

    A

    Fazer uma ficha, com perguntas, seguindo a ordem do contedo. Incluir perguntas a vrios nveis (podendo as mais difceis ser facultativas, ou seja destinadas aos leitores

    mais experientes). Incluir, eventualmente, o nmero da pgina ou pargrafo a que se

    refere cada pergunta, para os que tm mais dificuldades.

    Pedir que ouam a leitura em voz alta, depois que voltem a ler em silncio e respon-damsperguntas.

    B

    Escrevernoquadroumesquemacomassequnciasdetpicosqueresumemoconte-do de uma pgina, de um captulo ou de um livro pouco extenso, conforme a obra

    eonveldedesenvolvimentodaturmamasdeixaralgunstpicosembranco.

    Pedirquepassemoesquemaparaoscadernoseproporquemedidaqueleiamexe-cutemtarefastaiscomo:

    descobrir os tpicos, que foram deliberadamente deixados em branco para os alu-

    nosacrescentarem;

    incluiralgumainformaoqueobtenhamsobrecadaumdostpicoscopiando

    frases do texto, escrevendo por outras palavras ou resumindo (conforme o nvel

    de desenvolvimento dos alunos).

  • 21 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    C

    Fornecer aos alunos, sobretudo aos que tm mais dificuldades de compreenso, algumas perguntaseorientaesquelhesdirijamaatenoparaaspassagensmaisimportantes

    ou, em alternativa, dar-lhes uma cpia do texto j anotada na margem com os pontos

    easquestesdequesedevemlembrar.

    D

    Fazer um guia escrito de leitura, com um pargrafo de introduo que estimule a curiosidade e explique a inteno. Depois incluir perguntas de vrios nveis de difi-

    culdade, que exijam, por exemplo, respostas literais; dedues; comentrios; crti-

    cas;etc.

    Pedirqueleiamoguiaesdepoisleiamotextoparaencontraremasrespostas. Suscitar algum dilogo e no final a resposta por escrito s perguntas.

    E

    Propor aos alunos que leiam partes do livro, em grupos de dois, assumindo cada um com um papel diferente: um l alto (procurando no incomodar os restantes grupos),

    ooutroouvecomatenoeprocuraresumirmentalmenteainformao.

    Terminada a leitura de cada parte, propor que escrevam juntos o resumo. Sugerir que depois de fazerem o resumo, continuem a leitura trocando os papis e

    que procedam da mesma forma, at ao final da parte do livro previamente marcada.

  • 22 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    suGEstEs PArA trEinAr A LEiturA siLEnCiOsA

    E A PEsQuisA AutnOmA dE infOrmAO

    importante estimular os alunos para que trabalhem com eficcia na pesquisa autnoma

    deinformao.Exemplosdeaconselhamentoaproporcionar:

    Sugerir que ao longo do trabalho

    Se concentrem na leitura.Seconcentremnaleitura. Leiam as obras por partes e faam pausas para verificar se compreenderam o que leram. No parem de ler a meio de cada assunto e que tentem fazer as pausas de acordo com

    osentidodotexto.

    medidaquevolendo: Sublinhemouusemsinaisparadestacaroessencial.

    Formulem perguntas, como por exemplo: Quantos assuntos esto aqui?

    Digam a si prprios o que o autor diz.

    Pensem se o texto faz sentido ou se no esto a perceber.

    Imaginemoqueoautordescreve.

    Identifiquem as ideias principais.

    Adivinhemoquevemaseguir.

    Tomemnotasefaamesquemas: com a expresso ou palavra que resume a ideia chave, colocando-a em destaque,

    porexemploemttulo;

    registandoasinformaesmaisimportantessobreessaideiaemtpicoseorgani-

    zando-as com algum critrio;

    escrevendo os pormenores, a informao obtida sobre cada tpico, eventualmente

    organizando sub-tpicos, sem copiar as frases do texto.

    Resumam, escrevendo o mximo de informao no mnimo possvel de palavras e usandoabreviaturas.

    Escrevamsempredeformalegvelparapoderemusarassuasprpriasnotas.

    Sugerir que no caso de no perceberem

    Pensemquenoestoaperceber. Selembremdoquequeremdescobrir. Andem para trs e para a frente para tentar descobrir o significado. Leiam mais devagar.Leiammaisdevagar. Peam ajuda.Peamajuda.

  • 23 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Sugerir que depois de lerem

    Contemparasiprpriosoqueleram. Tentemlembrar-sedasideiasprincipais. Faamasiprpriosperguntaserespondam. Imaginemmentalmenteoqueoautordescreveu. Escolhamoqueacharammaisinteressanteoumaisdivertido.

    ApoiAr os Alunos nA elAborAo de registos escritos de informAo

    A elaborao de registos escritos

    Paraqueosalunospossamaprenderaregistarinformaoindispensvelqueserespei-

    tem etapas e se trabalhe de forma gradual. Tambm indispensvel ter em conta a dificul-

    dadeecomplexidadedosassuntosedostextoscujaleituravaisendoproposta.

    Ignorarestesprincpios,outentarsaltaretapas,deixaosalunosdesorientadosetemsem-

    preresultadosnegativostantonaaprendizagem,comonodesenvolvimentopessoal.

    etApAs tipo de registo de informAo A propor Aos Alunos

    Leitores Emergentes

    Completamentodefrases,compalavrasouexpressesparareconstituirainformaodotexto.

    Respostaaperguntassimplesfeitaspeloprofessorouapresentadasemfichas.

    Ordenamentodostpicosqueresumamoassunto,dadospeloprofessor(paraqueosalunossevoapercebendodaestruturaodecadaassunto).

    Leitores Mdios

    Respostaaperguntasfeitaspeloprofessorouapresentadasemfichas,seguindoaestruturadasobras.

    Ordenamentoe/oucompletamentodetpicosqueresumamosassuntos(paraqueosalunossevoapercebendodaestruturaodosassuntosedoscaptulosevoaprendendoaelaborarresumosdeinformao).

    Leitores Experientes

    Elaboraoderesumos,semprecomoapoiodoprofessor,masestimulandoprogressosnaextensoecomplexidadedostextosaresumireaaquisiodeautonomia.

  • A elaborao de relatrios

    A elaborao de relatrios escritos, ainda que sejam muito simples, envolve sempre vrias

    operaes cognitivas, bastante complexas.

    Construirumesquema lgicopara apresentar a informaoobtidaou sejaum

    planodeapresentao.

    Redigir textosparaapresentarosdiferentesassuntos importantes (oquepres-

    supe domnio da escrita no apenas da ortografia, mas de sintaxe e regras de

    pontuao e at alguma capacidade literria).

    Incluireventualmentecitaesdostextosdosautoresdasobrasconsultadassem

    fazer plgio.

    Seleccionar imagens ou fazer ilustraes.

    Efectuar a paginao.Efectuarapaginao.

    Conseguir uma apresentao grfica agradvel.

    necessrio ter em conta que neste tipo de trabalho, a maioria dos alunos s adquire

    algumaautonomiasereceberumapoioatentoeprolongadodapartedosseusprofesso-

    res.

    24 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

  • 25 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    7. Diagnsticodacapacidadeedoshbitosdeleituradosalunos

    ApoiArosAlunosnApesquisADeinformAo

    Para apoiar os alunos na aquisio do gosto pelos livros na pesquisa de informao e no pro-

    gresso da competncia da leitura importante ter em conta que, em cada turma, os alunos

    esto geralmente em situaes muito diferentes, o que se reflecte na sua atitude e influencia

    muito os resultados.

    Torna-se por isso indispensvel verificar quais so os que j se podem considerar leito-

    res experientes e quais os que ainda so os leitores inexperientes, observando a maneira

    como cada aluno actua e analisando as respostas orais ou escritas a perguntas sobre o

    que leu ou ouviu ler.

    DistinguirleitoresexperientesDeleitoresinexperientes

    momento leitorexperiente leitorinexperiente

    Antes da Leitura

    Evoca conhecimentos prvios

    Compreende a tarefa e estabelece metas

    Escolhe estratgias apropriadas

    Comea sem preparao

    L sem saber porqu

    L sem estratgia

    Durante a Leitura

    Foca a ateno

    Verifica se est a compreender ou no e toma conscincia do que entendeu e do que no entendeu

    Antecipa e prediz

    Recorre ao contexto para descobrir o significado de palavras novas

    Organiza e integra a informao

    Distrai-se facilmente

    No sabe se compreendeu ou no

    L para acabar

    No decifra vocabulrio importante

    Soma informao em vez de integr-la

    Depois de Ler

    Pensa no que leu

    Procura informao adicional

    Sente que o xito resulta do esforo

    Pra de ler e de pensar

  • 26 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Tambm necessrio ter em conta que para atingir a competncia prpria do leitor

    experienteindispensvelpercorrerumlongocaminhoqueenvolvevriasetapas.

    EtAPAs nO dEsEnvOLvimEntO dA LEiturA

    1. etapa Leitor emergente

    S consegue ler com fluncia textos simples, de preferncia com apoio de imagens. Repetefrasesparaseauto-corrigir. Praquandoencontrapalavrasnovas. Sconseguerecontarseguindoaestruturadotexto. Quandointerrogadosobreotextosconseguedarrespostasliterais.

    2. etapa Leitor mdio

    L textos familiares com alguma fluncia. Autocorrige-sequandolheapontamerros. Demoramaistempoalertextoscomcaracteresmaispequenos. Recontaoqueleuseguindoaestruturadaobra. Responde a perguntas por vezes de forma inconsistente.

    3. etapa Leitor experiente

    Lcomautonomiaresolvendoproblemasdecompreenso. Lcomritmobemadaptadoacadapassagem. Conseguesaltareprevercontedoqueaindanoleu. Transfereinformaodesconhecidaparaexpressesqueconhece. Conseguelerpalavraslongassemhesitar. Llivrosdediferentesgnerosecomvrioscaptulos. Recontahistriasincluindoatramacentralealgunspormenores. Dominavocabulrioesintaxerelativamentecomplexa.

  • 27 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    8. Exemplosdemodelosdeplaneamentoparaaleituraaolongodoanolectivo3e4Anos

    ExemploA

    1.PErodo

    1 ou vrios livros de fico (narrativas, mistrios e aventuras, histrias tradicionais, histrias do quotidiano, novelas histricas, histrias do desporto, etc.)

    1 escritor ou vrios

    2.PErodo1 Livro de poesia

    2 escritores ou vrios, se o livro de poesia for uma colectnea

    1 Livro de teatro

    3.PErodo1 ou vrios livros de fico

    2 escritores ou vrios1 Livro informativo

    ExemploB

    1.PErodo

    1 ou vrios livros de fico (narrativas, mistrios e aventuras, histrias tradicionais, histrias do quotidiano, novelas histricas, histrias do desporto, etc.)Histrias de Natal

    2 escritores ou vrios

    2.PErodo1 ou vrios livros de fico

    2 escritores ou vrios, se o livro de poesia for uma colectnea

    1 Livro de poesia

    3.PErodo1 ou vrios livros de fico

    2 escritores ou vrios1 Livro de poesia

  • 28 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Exemplo C

    1. Perodo

    1 ou vrios livros de fico (narrativas, mistrios e aventuras, histrias tradicionais, histrias do quotidiano, novelas histricas, histrias do desporto, etc.) 3 escritores ou vrios

    1 Livro de poesia

    1 Livro de teatro

    2. Perodo1 livro de fico (mistrios ou aventuras)

    1 escritor

    3. Perodo

    1 Livro de contos

    2 escritores ou vrios1 Livro informativo que possa servir a projectos interdisciplinares

    Exemplo D

    1. Perodo

    1 livro de fico (narrativas, mistrios e aventuras, histrias tradicionais, histrias do quotidiano, novelas histricas, histrias do desporto, etc.) 2 escritores ou vrios

    1 Livro informativo

    2. Perodo1 Livro de contos

    2 escritores ou vrios1 Livro de teatro

    3. Perodo1 livro de fico

    2 escritores ou vrios1 Livro de poesia

  • 29 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Exemplo E

    1. Perodo

    1 livro de fico (que aborde temas relacionados com outra disciplina, por ex: Histria ou Desporto) 2 escritores ou vrios

    1 Livro de poesia

    2. Perodo1 Livro de contos

    2 escritores ou vrios1 Livro de teatro

    3. Perodo

    1 livro de fico (narrativas, mistrios e aventuras, histrias tradicionais, histrias do quotidiano, novelas histricas, histrias do desporto, etc.)

    2 escritores ou vrios

    1 Livro informativo

    9. exemplos de sequncias de actividades de leitura orientada na sala de aula

    Tendo em conta a idade e as caractersticas dos alunos com quem trabalha, o professor

    deve planear diferentes sequncias de actividades de modo a tornar a hora de leitura um

    momento particularmente desejado por todos.

    A Hora de Leitura deve ser dividida em vrios momentos, que cabe ao professor orga-

    nizar de acordo com o seu prprio estilo de trabalho e com o ritmo da turma.

  • 30 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    9.1.AlunosemFasedeIniciao1.Ano

    SequncIATIpodeAcTIvIdAde

    AcTIvIdAdeSAreAlIzAr

    1. Momento Actividade colectiva

    Apresentao do livro de forma sugestiva, chamando a ateno para as imagens, para as personagens e situaes, despertando a curiosidade pelo enredo.

    2. Momento Actividade colectiva

    Leitura integral da histria, mostrando bem o livro e cada uma das pginas, apresentando as ilustraes, chamando a ateno para pormenores engraados, a fim de prender a ateno das crianas e assegurar a compreenso da histria.

    medida que a leitura avana, convidar os alunos a antecipar o que se vai seguir e a identificar no texto e a ler em voz alta as palavras ou expresses que j saibam ler.

    3. Momento Actividade colectiva

    Dilogo para assegurar a compreenso do texto e a adeso dos alunos, reconto da histria em dilogo.

    Sempre que possvel, criar empatia com as personagens e clima de emoo, assegurando que todas as crianas participam.

    Explicar o que for necessrio recorrendo s imagens para esclarecer passagens que no tenham sido bem compreendidas.

    Tentar captar na expresso das crianas se todas compreenderam a histria, se construram imagens mentais e se o livro lhes est a agradar.

    4. Momento

    Actividade individual ou em grupos de dois alunos com apoio do professor, quando solicitado

    Actividades para reforo do interesse pelo livro e pela histria e para desenvolvimento de outras competncias.

    Alguns exemplos: Ilustraes, Recorte e colagem de figuras e pintura de cenas alusivas histria. Reconto da histria com base nas ilustraes dos alunos, Trabalhos de expresso plstica.

    Elaborao de versos, Elaborao de mscaras ou de fantoches para dramatizao de cenas que reproduzam os momentos da histria. Jogos de descoberta e de adivinhas, Fichas de reconhecimento de palavras e expresses.

    5. MomentoActividade colectiva

    Partilha dos trabalhos realizados pelos alunos. Correco de erros ou omisses, feita de forma a promover o desejo de progredir e a no cortar o entusiasmo pelo livro. Recorte e colagem de palavras e frases para elaborar legendas de ilustraes.

  • 31 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    9.2.Alunosna1FasedeConsolidao2.Ano

    SequnCiATipodeACTividAde

    ACTividAdeSAreAlizAr

    1. Momento Actividade colectiva

    Apresentao do livro de forma sugestiva, chamando a ateno para as imagens, para as personagens e situaes, despertando a curiosidade pelo enredo, sem esquecer a leitura em voz alta pelo professor ou pelos alunos do ttulo do livro, do nome dos autores e do editor. Eventualmente, podero ser lidas informaes da contra capa.

    2. Momento Actividade colectiva

    Leitura integral da histria, mostrando bem o livro e cada uma das pginas, apresentando as ilustraes, chamando a ateno para pormenores engraados, a fim de prender a ateno das crianas e assegurar a compreenso da histria.

    medida que a leitura avana, convidar os alunos a antecipar o que se vai seguir e a ler em voz alta passagens que j saibam ler.

    Se o texto o permitir, fazer a leitura rotativamente.

    3. Momento Actividade colectiva

    Dilogo para assegurar a compreenso do texto e a adeso dos alunos, reconto da histria em dilogo.

    Sempre que possvel, criar empatia com as personagens e clima de emoo, assegurando que todas as crianas participam.

    Explicar o que for necessrio recorrendo s imagens para esclarecer passagens que no tenham sido bem compreendidas.

    Tentar captar na expresso das crianas se todas compreenderam a histria, se construram imagens mentais e se o livro lhes est a agradar.

    4. Momento

    Actividade individual ou em grupos de dois alunos com apoio do professor, quando solicitado

    Actividades para reforo do interesse pelo livro e pela histria e para desenvolvimento de outras competncias.

    Alguns exemplos: Ilustraes, Recorte e colagem de figuras e pintura de cenas alusivas histria, Reconto da histria com base nas ilustraes dos alunos, Trabalhos de expresso escrita e de expresso plstica.

    Elaborao de versos, Elaborao de mscaras ou de fantoches para dramatizao de cenas que reproduzam os momentos da histria, Jogos de descoberta e de adivinhas, Fichas de reconhecimento de frases e de pequenos textos.

    5. MomentoActividade colectiva

    Partilha dos trabalhos realizados pelos alunos. Correco de erros ou omisses, feita de forma a promover o desejo de progredir e a no cortar o entusiasmo pelo livro. Elaborao de frases para legendar ilustraes.

  • 32 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    9.3. Alunos que J Sabem Ler 3. e 4. Anos

    ExEmpLoS

    Exemplo A

    Histria Breve susceptvel de ser lida sem interrupo

    SEqunciATipo dE AcTividAdE

    AcTividAdES A rEALizAr

    1. Momento Actividade colectiva

    Apresentao da obra de forma sugestiva, solicitando a leitura do ttulo, dos nomes dos autores, dos ilustradores e da editora e de textos de apresentao que surjam na contracapa.

    Ocasionalmente, promover dilogo para suscitar antecipao sobre o enredo do livro com base na observao das imagens da capa e da contracapa.

    2. Momento Actividade colectivaLeitura integral envolvendo a totalidade da turma (observao de ilustraes, sempre que for oportuno).

    3. Momento Actividade colectivaDilogo para assegurar a compreenso do texto e a adeso dos alunos.

    4. Momento

    Actividade individual ou em grupos de dois alunos com apoio do professor, quando solicitado

    Trabalho de expresso escrita ou de expresso plstica para promover a leitura silenciosa, a compreenso mais profunda do texto e um maior envolvimento afectivo (com ou sem apoio de fichas elaboradas ou seleccionadas pelo professor).

    5. Momento Actividade colectiva

    Partilha dos trabalhos realizados pelos alunos. Correco de erros ou omisses, feita de forma a promover o desejo de progredir e a no cortar o entusiasmo pelo livro.

  • 33 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Exemplo B

    Histria cuja extenso exige pausas na leitura e vrios dias de trabalho

    1. Dia

    Sequncia Tipo de acTividade acTividadeS a realizar

    1. Momento Actividade colectiva Apresentao da obra turma

    2. Momento Actividade colectiva

    Leitura parcial (conjunto de pginas significativas ou de captulos) envolvendo a totalidade da turma.

    Observao de ilustraes, sempre que for oportuno.

    3. Momento Actividade colectivaDilogo para assegurar a compreenso do texto e a adeso dos alunos.

    4. Momento Actividade colectiva

    Continuao da leitura ou dilogo para levar os alunos a formular hipteses sobre as possveis sequncias da aco, seguidas de leitura para confirmar ou infirmar o que anteciparam.

    5. Momento

    Actividade individual ou em grupos de dois alunos com apoio do professor, quando solicitado

    Trabalho de expresso escrita ou de expresso plstica para promover a leitura silenciosa, a compreenso mais profunda do texto e um maior envolvimento afectivo (com ou sem apoio de fichas elaboradas ou seleccionadas pelo professor).

    6. Momento Actividade colectiva

    Partilha dos trabalhos realizados pelos alunos. Correco de erros ou omisses, feita de forma a promover o desejo de progredir e a no cortar o entusiasmo pelo livro.

  • 34 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Dias seguintes

    Sequncia Tipo de acTividade acTividadeS a realizar

    1. Momento Actividade colectivaDilogo para relembrar e recuperar o enredo lido na aula anterior.

    2. Momento Actividade colectivaLeitura parcial (conjunto de pginas significativas ou de captulos) envolvendo a totalidade da turma.

    3. Momento Actividade colectivaDilogo para assegurar a compreenso do texto e a adeso dos alunos.

    4. Momento Actividade colectiva

    Continuao da leitura ou dilogo para levar os alunos a formular hipteses sobre as possveis sequncias da aco, seguidas de leitura para confirmar ou infirmar o que anteciparam.

    5. Momento

    Actividade individual ou em grupos de dois alunos com apoio do professor, quando solicitado

    Trabalho de expresso escrita ou de expresso plstica para promover a leitura silenciosa, a compreenso mais profunda do texto e um maior envolvimento afectivo (com ou sem apoio de fichas elaboradas ou seleccionadas pelo professor).

    6. Momento Actividade colectiva

    Partilha dos trabalhos realizados pelos alunos. Correco de erros ou omisses, feita de forma a promover o desejo de progredir e a no cortar o entusiasmo pelo livro.

    dia da concluSo da leiTura

    ltimo Momento

    Actividade colectiva

    Conversa livre sobre a obra, sobre os trabalhos, opinies e crticas e sugestes para outras leitura na aula e para leituras autnomas.

  • 35 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    OutrAs sEQunCiAs dE ACtividAdEs A dEsEnvOLvEr

    nO PrOGrAmA Est nA HOrA dA LEiturA 3. E 4. AnOs

    A

    Leituraporcaptulos Preenchimento de fichas de leitura para cada captulo, individualmente ou em grupo Correco

    B

    Leituraporcaptulos Preenchimento de fichas de leitura para alguns captulos, individualmente ou em grupo Ilustraodecenapreferida Correco

    C

    Leituraorientada Adaptaodahistriaoudecenasescolhidasatextodramticofeitacolectivamente

    ou em trabalho de grupo, seguida de correco

    Preparao de dramatizao com alunos voluntrios para apresentar turma, escola, nafestaabertaaospais

    D

    Leituraorientada Identificao das personagens principais, feita colectivamente ou em trabalho

    degrupo

    Caracterizao das personagens principais feita colectivamente ou em trabalho degrupoatravsdaescritaoudeilustrao

    E

    Leituraporcaptulos Preenchimento de fichas de leitura, individualmente ou em grupo Entrega de ficha com as respostas certas Autocorreco

    F

    Leitura de alguns captulos intercalada pelo resumo, feito oralmente pelo professor, decaptulosquenotenhamsidolidosnaaula.

    Preenchimento de fichas com diferentes graus de dificuldade, para grupos heterogneos. Correco das vrias fichas

  • 36 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    10.Modalidadesdeleitura

    Modalidadesdeleituraarealizarnasaladeaula/anosdeescolaridadeeMquepodeserusada

    Vantagensparaosalunos

    recoMendaesaosprofessores

    Leitura em voz alta feita pelo professor com apoio nas imagens do livro e/ou nas palavras e frases que os alunos j reconhecem e podem ser convidados a ler individualmente ou em coro 1. e 2. Anos

    Torna-se particularmente ldica, sobretudo se o professor souber:

    variar a entoao criar expectativa destacar pormenores do enredo ou da ilustrao criar empatia com as personagens

    Permite que as crianas interiorizem progressivamente as estruturas prprias da narrativa

    Cria apetncia pelo livro, agua o desejo de saber ler

    desejvel que a dimenso das imagens as torne visveis por todos os alunos da turma

    desejvel que o professor chame a ateno para palavras ou frases que os alunos j conhecem

    Quando os alunos esto a aprender a ler, convm fazer a leitura apontando as palavras que esto a ser lidas

    Leitura em voz alta feita pelo professor/Leitura silenciosa feita pelos alunos Do 2. ao 4. Anos

    Ouvir ler bem o que se est a ler em silncio facilita a compreenso do texto

    A melhor compreenso do texto assegura maior adeso ao livro e ao acto de ler

    Ouvir ler com a entoao correcta proporciona um bom modelo para a leitura pessoal

    Para o bom sucesso desta actividade, indispensvel assegurar a existncia de, pelo menos, um livro para cada dois alunos

    Importa verificar se os alunos esto de facto a acompanhar a leitura

    Importa calibrar o tempo seguido de leitura, ajustando-o capacidade de concentrao dos alunos da turma

  • 37 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Leitura em voz alta feita rotativamente pelo professor e pelos alunos Do 2. ao 4. Anos

    Permite aperfeioar a capacidade de ler em voz alta

    Contribui para reforar o esprito de equipa

    Permite um controlo natural das distraces

    Para o bom sucesso desta actividade, indispensvel assegurar a existncia de, pelo menos, um livro para cada dois alunos

    desejvel que todos os alunos participem rotativamente na leitura

    Os alunos com dificuldades, com problemas de dico ou articulao, ou demasiado tmidos, devem ser respeitados (a estes alunos prefervel comear por pedir que leiam expresses ou frases muito curtas para que possam ir superando as suas dificuldades progressivamente e sem constrangimentos)

    Leitura em coro ou estilo jograis Do 2. ao 4. Anos

    Resulta particularmente ldica

    Permite envolver no mesmo grupo alunos com diferentes nveis de domnio de leitura e suscita entreajuda natural

    Permite que se estabeleam novos laos afectivos e se resolvam pequenos conflitos

    S deve ser feita quando h bom domnio da turma

    Nunca deve ser muito extensa

    Pode ser intercalada com falas individuais

    Leitura em parceria feita em voz alta por um aluno com apoio do colega do lado encarregue de soprar as palavras mais difceis 3. e 4. Anos

    Resulta ldica

    Permite um bom ritmo de leitura oral que facilita a concentrao

    Permite trabalhar na aula textos mais complexos

    Fomenta a entreajuda

    Contribui para diversificar o vocabulrio

    Pode suscitar o desejo de ler textos cada vez mais complexos

    A proposta da actividade deve ser apresentada de modo a que seja entendida como uma actividade ldica e til

    A parceria deve funcionar nos dois sentidos.

    Deve ser sempre breve

    Modalidades de leitura a realizar na sala de aula / anos de escolaridade eM que pode ser usada

    Vantagens para os alunos

    recoMendaes aos professores

  • 38 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Leitura em voz alta na aula pelos alunos que preparam a leitura em casa 3. e 4. Anos

    Fomentaodesenvolvimentoepermitequecadaalunoascendaaopatamarseguintedodomniodaleitura

    indispensvelqueaextensodotextoaprepararsejavistopeloaluno como razovel; caso contrrio, corre-se oriscodecriaraversoleituraequeoalunosesintaautojustificadoparanocumpriratarefa

    indispensvelqueadificuldadedotextono impea a compreenso, o que, necessariamente, conduz rejeio do livro edaleitura

    Leitura gravada seguida de audio 3. e 4. Anos

    Resultaparticularmenteldica

    Permiteauto-avaliaoeautocorreco

    Podeserenquadradaemprogramasderdiosimuladosnaaulaoueventualmenteaemitirparaaescola

    indispensvelqueospapissejamdistribudosporalunosvoluntrios

    Agravaodeveserbreveparaevitarcansaoe desinteresse, sobretudo dapartedosalunosquenogravaram

    Leitura feita por um convidado Do 1. ao 4. anos

    Permitevariarassituaesdesaladeaula

    Permiteprosalunosemcontactocompessoasdediferentesprofisses

    Permiteenvolverencarregadosdeeducao

    indispensvelconhecerbemosalunoseconvidaralgum capaz de gerar empatiacomaturma

    Oconvitedevesurgirnasequnciadeconversacom os alunos, pois as surpresasnemsempredobomresultado

    Modalidades de leitura a realizar na sala de aula / anos de escolaridade eM que pode ser usada

    Vantagens para os alunos

    recoMendaes aos professores

  • 39 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    11. tipos de fichas a utilizar nas actividades de leitura orientada

    Parainterpretaodotexto ParainterpretaodotextoefuncionamentodaLngua Para adaptao da histria (em cenas) a pea de teatro Para caracterizao das personagens Para interpretao do texto e treino de leitura em voz alta Paraauto-correco Paratodososcaptulos Paraoscaptuloslidosnaaula Paradesenharecolorir Pararecolhadeinformao/treinodetrabalhodepesquisa Paratreinoderesumo Paratreinodereconto Paratreinodecrticaliterria Paratreinodecomposio Para registo de observao da capa, da lombada e da contracapa Palavras-cruzadas Pararecolhadeopinies Para organizao de concursos Para realizao de jogos Para concursos, sabatinas de leitura Paratrabalhodegrupoemturmasmuitoheterogneas Parapreparaodeencontroscomescritoresouilustradores Para realizao de trabalhos interdisciplinares

  • 40 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    12. recomendaes para a elaborao ou seleco de fichas de leitura

    As fichas de leitura so instrumentos muito teis para ajudar os alunos a concentrarem-

    se, a trabalharem com autonomia e a adquirirem conhecimentos. Mas o seu uso exige

    que o professor tenha o cuidado de evitar que cortem o interesse pelo texto e o prazer da

    leitura.

    Os professores podem elaborar as suas prprias fichas ou seleccionar fichas que os edito-

    res publicam ou disponibilizam na Internet.

    CArACtErstiCAs A QuE As fiCHAs dE LEiturA dEvEm ObEdECEr

    As questes tm que ser adequadas ao nvel de leitura, ao desenvolvimento cognitivo eexperinciaanteriordosalunos.

    As fichas devem propor vrios tipos de tarefas (identificao de elementos do texto lido, preenchimento de textos incompletos, solicitao de respostas breves ou lon-

    gas por escrito, preenchimento de quadros, resposta de escolha mltipla, ilustraes,

    etc.), igualmente adequadas ao desenvolvimento dos alunos.

    Aapresentaodeveserapelativa. Onmerodequestesdeveserponderadoparapermitirqueotrabalhosedesen-

    volva a bom ritmo, mas no se transforme numa tarefa infindvel.

    Devem proporcionar sentimentos de realizao e de progresso de modo a contribu-remparaquealeiturasejaencaradacomoumaactividadequeproporcionaalegriae

    satisfaopessoal.

    COndiEs Em QuE As fiCHAs dE LEiturA dEvEm sEr APLiCAdAs

    Nuncadevemseraplicadasantesdaleituraorientadanasaladeaulaesemoprofes-sorseterasseguradoquetodoslerame/ououviramlerotexto.

    Nodevemserimpostasnummomentoquecorteoentusiasmopelahistria. Nosedevemnuncatransformarnumarotinafastidiosa. Devempropiciarodilogosobreasquesteslevantadaspelolivroenoimpedi-lo. Devem ser corrigidas, de modo a levar os alunos auto-correco e ao progresso

    individual.

  • 41 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Tal como qualquer outra actividade da sala de aula, as fichas de leitura servem para que o

    professor acompanhe o desenvolvimento e o progresso dos alunos. Caso se verifique que

    alguns alunos da turma tm grandes dificuldades e que outros precisam de desafios mais

    estimulantes, o professor deve apresentar turma fichas com diferentes graus de dificul-

    dade. Se for esse o caso, deve ter o cuidado de as distribuir como se se tratasse apenas de

    uma procura de diversidade, para no perturbar o ambiente de trabalho.

    mOdELOs PArA ELAbOrAO dE fiCHAs dE LEiturA

    As fichas de leitura tm que ser adaptadas a cada livro que se l na sala de aula e elabora-

    das (ou seleccionadas) em funo do desenvolvimento dos alunos e das actividades que o

    professorpretendepromover.

    Apresentam-se algumas orientaes para apoiar a realizao de actividades de leitura com

    o apoio de vrios tipos de fichas.

    12.1. fichas para apoiar a interpretao do texto e as actividades relativas ao funcionamento da Lngua

    Histrias curtas

    Elaborarperguntassobreosmomentosessenciaisdahistriadeformaatornarclaraa

    estrutura da narrativa e o desenrolar da aco, apoiando a compreenso.

    Histrias com captulos

    Elaborar conjuntos de perguntas para cada captulo, que permitam ir apoiando a compre-

    enso.

    As actividades para aprendizagem do funcionamento da lngua devem ser desenvolvidas

    de forma a nunca afectar o prazer da leitura da obra completa. Caso o professor entenda

    associar perguntas sobre o funcionamento da lngua a uma ficha de leitura estas nunca

    devemincidirsobreosmomentosmaisemocionantesoumaisldicosdotexto.

  • 42 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    12.2. fichas para registo de observao da capa, da lombada e da contracapa

    Promoveraleituradoselementosescritoseaobservaodasilustraesdacapadolivro.

    Elaborar perguntas que levem os alunos a identificar a informao recolhida

    Para facilitaro trabalhocomalunosemfasede iniciaopodeelaborar-seperguntasde

    escolhamltipla.

    12.3. fichas para realizao de actividades sobre personagens

    Identificao de Personagens

    a) Fase de iniciao

    Podeaplicar-seaumahistriaouacadaumdoscaptulosdehistriascomcap-

    tulos.

    Aps a leitura da histria, levar os alunos a registar num quadro os nomes das

    personagensprincipaisedaspersonagenssecundrias.

    Para facilitar, quando os alunos nunca fizeram este tipo de trabalho pode escre-

    ver-se os nomes das personagens de forma desorganizada e pedir que as agrupem

    no quadro, que dever ter o nmero de linhas necessrio.

    b) Alunos que j conseguem ler com alguma autonomia e distinguir

    personagens principais e personagens secundrias

    Apsaleituradahistriaproporaosalunosqueindiquemosnomesdaspersona-

    gensprincipaisedaspersonagenssecundrias.

  • 43 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    c) Identificao e caracterizao de personagens

    Destinadaaalunosquejtmumacertaautonomiadeleitura.

    Proporaosalunosquemedidaque forem lendoo livrovo registandooque

    ficaram a saber sobre as personagens. Dividir a leitura em partes para organizar

    melhorotrabalho.

    Se se considerar que ainda podem ter dificuldades de identificao, indicar o nome

    das personagens. Se j conseguem identific-las sem apoio deixar que o faam sozi-

    nhos.

    d) Retrato fsico e retrato psicolgico de personagens

    Destinadaaalunosquejtmumacertaautonomiadeleitura.

    Propor que identifiquem quais so as personagens principais e verificar se todos

    executarambemotrabalho.Deseguidaelaboraroretratofsicodeumapersona-

    gem, colectivamente e com o apoio do professor, fazendo-se o registo no quadro

    enoscadernos.

    Proporaosalunosqueescolhamasuapersonagemequeelaboremoseuretrato

    fsico.

    Corrigir o trabalho e proceder leitura em voz alta dos mais sugestivos e bem

    elaborados.

    Procederdeigualformaparaoretratopsicolgico.

  • 44 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    12.4. fichas para realizao de actividades sobre locais de narrativas Podem aplicar-se a uma histria completa ou a cada um dos captulos

    de histrias com captulos

    Identificao de locais das narrativas

    a) Destinadas a alunos em fase de iniciao

    Registar num quadro alguns locaismencionados na histria e outros que no

    fazem parte. Solicitar aos alunos que verifiquem se algum acontecimento se pas-

    sou no local indicado, assinalando com X.

    Registaralgunslocaismencionadosnahistriaesolicitaraosalunosqueosorde-

    nemdeacordocomasequnciadanarrativa.

    b) Para alunos que conseguem ler com alguma autonomia

    Solicitaraosalunosqueapsaleituraregistemoslocaisondeahistriasepassa.

    c) Para alunos que j conseguem ler e escrever com alguma autonomia

    Quando se realiza pela primeira vez este tipo de trabalho, deve dar-se um modelo

    paratornaratarefamaisclara.

    Descrio de um dos locais da narrativa, feita colectivamente com o apoio do pro-

    fessor, com registo no quadro e nos cadernos. De seguida, solicitar aos alunos que

    procedamdeigualformaparaoutrolocaldanarrativa.

  • 45 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    12.5. fichas para identificao e reconto de acontecimentos

    Para facilitar a compreenso das histrias e a identificao dos acontecimentos de uma narrativa

    a) Destinada a alunos em fase de iniciao

    Podeaplicar-seaumahistriaouacadaumdoscaptulosdehistriascomcap-

    tulos.

    Aps a leitura da histria (ou do captulo) o professor regista no quadro os aconte-

    cimentosprincipaissemrespeitarasequnciaepedeaosalunosqueosordenem

    noscadernos

    b) Destinada a alunos que conseguem ler com alguma autonomia

    Aps a leitura da histria (ou do captulo) solicitar aos alunos que escrevam quais

    foram os acontecimentos principais, pela ordem em que ocorreram.

    c) Para alunos que conseguem ler com alguma autonomia

    Podeaplicar-seaumahistriaouacadaumdoscaptulosdehistriascomcap-

    tulos.

    Dilogoparalevaralunosadistiguiremosacontecimentosprincipaisdeumahis-

    tria (indispensveis para o arranque da aco) e os acontecimentos secund-

    rios.

    Elaborar uma lista de acontecimentos, incluindo os principais e os secundrios.

    Ecrev-los no quadro e pedir que os distingam, escrecendo-os num quadro de

    duascolunas.

    Numa verso mais simples, podem indicar-se os acontecimentos pela ordem em

    queocorreramedeixarqueosalunosdistingamentreosprincipaiseossecun-

    drios.Numaversomaisdifcilpodemcolocar-seosacontecimentosdeforma

    desorganizada.

  • 46 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    12.6. fichas para adaptao de uma histria a texto dramtico

    Para adaptar um texto em prosa, ou um poema, a texto para dramatizar, o professor deve

    apresentar aos alunos uma pea de teatro para que identifiquem as particularidades do

    textodramtico:divisoemactoseemcenas;enumeraodaspersonagens;indicaes

    sobrelocaisondeaacodecorreesobreoscenrios;estruturadaredacocomnomeda

    personagem em destaque e indicaes cnicas entre parntises, etc.

    Osprimeirostrabalhosdestegnerodevemserfeitoscomhistriascurtasoucommomen-

    tosescolhidosdeumahistriamaislonga.

    O professor pode elaborar uma ficha que apresente um parte, por exemplo uma cena, j

    adaptada, solicitar aos alunos que participem num trabalho de adaptao colectiva da

    cena seguinte e propor que adaptem uma outra cena, em grupo ou individualmente. Este

    ltimotrabalhodeversercorrigidocolectivamente.

    12.7. fichas para treino de resumo

    Saberresumirtextosumcompetnciaessencialparaosucessoescolarempraticamente

    todasasdisciplinas.

    Esta competncia deve ser regularmente treinada, com superviso dos professores, para

    quepossaserrealmenteadquiridanoEnsinoBsico.

    EtAPAs nECEssriAs PArA QuE Os ALunOs APrEndAm A fAzEr rEsumOs:

    1. Etapa

    Levar os alunos a identificarem as ideias centrais em textos muito curtos,

    porexemploumoudoispargrafos.

    2. Etapa

    Levar os alunos a fazerem pequenos resumos de textos muito curtos,

    por exemplo uma pgina ou uma pgina e meia, e cujo contedo permita uma identifica-

    orpidaeevidentedasideiascentrais.Nestaetapadevemalternar-setextosnarrativos

    einformativos.

  • 47 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    3. Etapa

    Levar os alunos a resumirem uma histria completa, mas breve e acessvel, por exemplo

    umpequenoconto.

    4. Etapa

    Levarosalunosaresumiremumcaptulodeumlivro.

    5. Etapa

    Levarosalunosaresumiremumlivroquetenhamlido.

    Esta actividade requer bastante domnio de leitura e de escrita, pelo que nunca deve ser

    recomendadasemqueoprofessorsetenhaasseguradoqueoalunopercorreuasetapas

    anteriores e se sente vontade para um desafio complexo.

    Oprofessordeveteremcontaqueresumirumaobracompletadifcilatparaadultos.

    E que propor tarefas irrealizveis desanima, incentiva a fraude e, neste caso particular,

    torna-seespecialmentegraveporqueafastadaleitura.

    QuAndO iniCiAr A APrEndizAGEm dO rEsumO

    A aprendizagem do resumo deve ser iniciada desde o 1. ano de escolaridade e treinada

    com regularidade, sempre com a preocupao de dar passos seguros, de modo a que os

    alunos sintam que esto a progredir e realizem o trabalho com gosto.

    Nunca se deve portanto passar -se a uma etapa mais avanada sem ter a certeza que a ante-

    rior ficou bem consolidada. No 1. e 2. anos s muito raramente se conseguir atingir a

    3. etapa, mas a 1. e a 2. devem ser realizadas muitas vezes e com vrios tipos de textos.

    diAGnstiCO

    Em cada um dos anos de escolaridade os professores devem fazer o diagnstico da situa-

    oemqueosseusalunosseencontrampoispodeacontecerque:

    notenhamtreinadooresumoemanosanteriores; no tenham adquirido as competncias visadas pelo trabalho realizado; tenham dificuldades que no foram superadas.

    Paraqueosalunosefectivamenteprogridamnecessrioqueoprofessorproponhaacti-

    vidades que estejam ao seu alcance, o que naturalmente implica conhec-los bem, apoiar

    os que mais necessitam e propor com naturalidade tarefas diversas ou fichas de leitura

    diversas.

  • 48 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    tiPOs dE fiCHAs

    Em cada etapa de apredizagem do resumo conveniente usar vrios tipos de actividades.

    Para fomentar a progresso, devem propor-se textos e tabelas cada vez mais exigentes,

    massemprecomocuidadodeassegurarqueestoajustadasaonveldedesenvolvimento

    doa alunos. Relembra-se que actividades inexequiveis suscitam desnimo, rejeio ou

    fraude.

    Algunsexemplos:

    Apresentar a histria por imagens, para os alunos recortarem e colarem pela ordem porqueaconteceram.

    Apresentar frases incompletas (com omisso de palavras ou expresses), para os alu-noscompletarem.

    Apresentar o resumo em frases desordenadas, para os alunos ordenarem. Solicitar o resumo em frases curtas, primeiro oralmente em trabalho colectivo, e

    depois por escrito em trabalho individual, ou em grupo.

    Apresentar um resumo j feito, para modelo, e solicitar um trabalho anlogo com um textoanlogo.

    Apresentar o resumo de um captulo de um livro, feito pelo professor, e pedir o resumodocaptuloseguinte.

    Apresentar o resumo de um livro, por exemplo o que figura na contracapa e solicitar umtrabalhosemelhante.

    COrrECO

    indispensvel que o professor corrija as fichas e os trabalhos, para que os alunos se

    apercebam dos erros, reformulem o seu trabalho e assim possam ir progredindo na apren-

    dizagem.

    Nocasodoresumooprofessorpode:

    sempre que possvel, corrigir os trabalhos de todos alunos e assegurar que compre-enderamoserroseaprenderamacorrigi-los;

    escolher alguns trabalhos, transcrev-los no quadro ou em acetatos, e efectuar as correcesnecessriasparaqueosalunosseapercebamdeerrosoufalhasecompre-

    endamqualamelhorformaderesumirumtexto;

    levar os alunos a reformularem e melhorarem o seu trabalho, depois de terem visto como se faz a correco.

  • 49 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    Os alunos com maiores dificuldades neste tipo de trabalho devem poder contar com uma

    ateno individualizada at ultrapassarem os seus problemas.

    Variaes

    Quando os alunos j sabem resumir um texto possvel propor actividades de carcter

    ldico que reforcem a aprendizagem.

    Exs: Resumir a mesma histria:

    numa pgina; em meia pgina; num postal ou num e-mail; em 2 linhas; num telegrama, ou numa mensagem SMS, com um nmero de palavras predeterminado.

    Obras que melhOr se prestam para treinO de resumO

    Obras que nO sO recOmendVeis para treinO de resumO

    Livros informativos.

    Livros de fico com trama narrativa clara, acontecimentos visualizveis, personagens de recorte ntido, estilo acessvel ao nvel de desenvolvimento dos alunos, com perodos e pargrafos curtos.

    Livros de poesia e de prosa potica.

    Livros com carga descritiva extensa.

    Livros de estrutura narrativa complexa, em que as sequncias lgicas e cronolgicas no sejam lineares.

    Livros de anlise psicolgica e de pendor filosfico.

  • 50 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    12.8. fichas para treino de reconto

    Um reconto pode ser um relato fiel ao texto ou uma recriao na base de que Quem conta

    um conto acrescenta um ponto.

    Saber fazer um reconto uma competncia que ajuda a estruturar o pensamento. Se o

    professor pedir um reconto fiel est a contribuir para o rigor do pensamento. Se pedir um

    recontorecriadoestaincentivaracriatividade.

    A extenso e a dificuldade dos textos a usar nos tipos de trabalho apresentados dependem

    naturalmentedonveldeleituraedeescritadosalunos.

    A Reconto fiel

    Pedir aos alunos que reescrevam uma histria ou um acontecimento que leram, usando

    palavras suas e que, no final, verifiquem se o que contaram exactamente o que est no

    texto.

    Formar equipas para que outros alunos assinalem se o reconto corresponder a uma fide-

    lidade total, se h desvios, falhas ou omisses.

    B Reconto recriado

    Incentivarosalunosaacrescentaremelementosdasualavraqueencaixembemnahist-

    riaequepossamestarrelacionadoscomoseucontedo.

    Exs: Pormenores relacionados com o estado do tempo, com o local, traos das persona-

    gens, sentimentos, pensamentos ou gestos, dilogos, outras personagens, narrador triste,

    contente, ensonado, cheio de pressa, enjoado, a ocultar elementos, a desculpabilizar per-

    sonagens negativas ou a desmerecer personagens positivas, etc.

  • 51 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    12.9. fichas para treino de crtica literria

    Antesdeproporaosalunosquefaamcrticaliterriaindispensveltrabalharoralmente

    a crtica de uma obra que todos conheam, ou seja que tenha sido lida na aula.

    O professor deve sensibilizar os alunos para o facto de que criticar dar opinio positiva

    ou negativa e no apenas dizer mal. Deve ainda aceitar a diversidade e at a divergncia

    de opinies e encorajar os alunos a fundamentarem os seus pontos de vista, procurando

    reflectir para encontrarem as razes do seu agrado ou do seu desagrado. Deve tambm ter

    ocuidadodealertarosalunosquandosedesviamdoassuntoqueestoaanalisar.

    Na elaborao de fichas para treino de crtica literria pode incluir-se a anlise dos livros

    nosseguintesaspectos:

    Contedo (interesse do livro para o leitor). Forma (Estilo do autor: riqueza e adequao do vocabulrio ao contedo; vivacidade,

    ritmo, etc.).

    As fichas podem incluir duas partes:

    Apresentao da obra (procurando iseno e objectividade). Comentrioadiferentesaspectosdaobra(deixandolivrecursoaogostopessoale

    subjectividade).

    12.10. fichas para organizao de concursos, jogos, sabatinas de leitura

    Algunsexemplos:

    Palavras cruzadas Jogosdaglria Elaboraodequestesporequipas Lotoscomimagense/oufrases Perguntas/problemapararally paperscentradosemlivros Etc.

  • 52 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    13. Actividades para Promover a Leitura Autnoma biblioteca da Escola / biblioteca de turma

    bibLiOtECA dA EsCOLA

    As Bibliotecas Escolares devem promover e organizar visitas para todas as turmas da escola

    logo no incio do ano lectivo. Para evitar sobreposies, indispensvel que se organize

    umcalendrioconvidandoosprofessoresaelegeremahoraemquepretendemlevarasua

    turma.

    Durante essas visitas, os alunos devem ser incentivados a inscrever-se ou a renovar a sua

    inscriocomoleitoreseapercorrerasestantesparatomaremconhecimentodoslivros

    quepodemrequisitar.

    bibLiOtECA dE turmA

    ABibliotecadeTurmadestina-seatornaroslivrosmaisprximoseaincentivarosalunos

    arequisitaremobrasparalerememcasa.

    Com este objectivo, muitos professores tm optado por expor na sala de aula uma seleco

    de livros requisitados na Biblioteca da Escola para que os alunos os possam folhear, manu-

    seareescolher.Outrosprofessorestmsolicitadoaosalunosquetragamlivrosdecasapara

    trocarcomoscolegas.

    ComaintenodeapoiarestetipodeactividadesoPlanoNacionaldeLeituraencomen-

    douaespecialistasumaselecodelivrosadequadosacadanveldeescolaridadepara

    leituraautnoma.

    Para que a biblioteca de turma se torne um bom hbito, convm que se realize sema-

    nal ou quinzenalmente, podendo ser uma das actividades do programa Est na Hora

    da Leitura.

  • 53 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    14. Envolvimento das famlias

    Os professores devem sensibilizar as famlias para a importncia dos livros de histrias

    no crescimento e no desenvolvimento intelectual e afectivo das crianas. Podem faz-lo

    devriasmaneiras:

    Nas reunies de pais, conversar sobre os benefcios de ler histrias com as crianas, ou sobre as vantagens de se promover o contacto das crianas com livros, mas ten-

    tando que compreendam e adiram sem criticar os que o no fazem.

    Distribuirpequenostextoscomsugestesparaleituraemfamlia. Distribuir fichas para registo das leituras que as crianas vo fazendo em casa. Distribuircpiasdaslistasdelivrosrecomendados. Organizar emprstimo domicilirio de livros da sala ou da biblioteca. Incentivarospaisaofereceremumlivroparaasalaouparaabiblioteca. Organizar feiras do livro em ocasies propcias como, por exemplo, as vsperas de

    Natal, da Pscoa, do fim do ano lectivo, convidar os pais e incentiv-los a presentea-

    rem os filhos com um ou mais livros adequados idade e aos interesses da criana.

    Organizar festas em ocasies propcias e apresentar trabalhos realizados pelas crian-assobreoslivrosqueforamlidosnasala.

    15. Convidar escritores e ilustradores para irem s escolas/ s bibliotecas

    Os encontros de alunos com os autores, que so j uma prtica muito frequente em escolas

    e bibliotecas, podem ter um efeito muito positivo na aquisio ou consolidao do gosto

    pela leitura. No entanto, para se conseguir esse efeito indispensvel que todos os alunos

    participantes tenham lido pelo menos uma obra do autor a convidar, tenham apreciado o

    que leram e desejem um contacto pessoal, porque a leitura lhes suscitou curiosidade.

    Para assegurar esta condio, aconselhvel que o convidado seja autor de uma das obras

    trabalhadas em leitura orientada na sala da aula, escolhendo-se preferencialmente entre

    asquesuscitarammaioradesodosalunos.Aleituradasobrasdoautoraconvidarnunca

    deve ser remetida para casa, pois basta que alguns dos alunos no conheam obras desse

    (ainda a maioria conhea), para se correr o risco de um encontro menos proveitoso ou at

    fracassado.

  • 54 OrientaesparaactividadesdeLeitura|prOgramaestnaHOradOsLivrOs|1.cicLO

    EnCOntrOs Em EsCOLAs

    Os professores devem decidir quais as turmas que vo participar, resistindo tentao

    de levar sesso (ou sesses) turmas ou alunos que no tenham lido nada do escritor,

    naideiadeaproveitaravisitaparaqueummaiornmerodealunoscontactecomum

    escritor.

    No caso de haver muitas turmas que tenham realizado leitura orientada de obras do autor,

    prefervel realizar vrias sesses, organizadas em funo dos anos de escolaridade. Por

    exemplo: Pr escolar, 1. e 2. anos numa sesso; 3. e 4. noutra sesso; 5. e 6. noutra

    sesso;etc.

    Sesses com nmero excessivo de crianas, com nveis de leitura muito diferentes e sobre-

    tudo com crianas pouco interessadas, porque no foram preparadas para a conversa,

    tornam-se cansativas, tanto para o convidado como para os participantes.

    tambm indispensvel que os encontros sejam bem preparados, pois a crena no valor

    daespontaneidadedeitaporterramuitasiniciativasecomimprovisaesraramentese

    conseguemresultadosconsistentes.

    EnCOntrOs Em bibLiOtECAs PbLiCAs

    convenienteacordarumaprogramaodoencontroentreosbibliotecrioseospro-

    fessores das escolas que iro estar presentes, para se certificarem que todas as turmas