ORGANON DE HAHNEMAN PORTUGUÊS - RESUMO

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  • 8/14/2019 ORGANON DE HAHNEMAN PORTUGUS - RESUMO

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    JOS MARIA ALVES

    ORGANON

    SAMUEL HAHNEMANN

    RESUMO - PORTUGUS

    WWW.HOMEOESP.ORG

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    O Organon de Hahnemann a mais elevada concepo da filosofia mdica, cuja interpretao prtica farbrotar uma fonte imensa de luz que guiar o mdico pormeio da lei da Cura a um novo mundo em teraputica.

    William Boericke

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    Cessat effectus ecamt causa

    Abril de 2008

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    INTRODUO

    Hahnemann, depois da publicao da quinta edio do Organon,comeou a trabalhar durante os seus tempos livres que eram bemescassos , numa sexta edio, procedendo reviso de cada pargrafo,com as consequncias da decorrentes, nomeadamente, alterao de algunsprincpios e eliminao ou aditamento de conceitos.

    Em 1790, fez a clebre experimentao com China veja-se abiografia sinttica de Hahnemann em www.homeoesp.org

    Da at 1839 experimentou noventa e nove substncias, anotando os

    efeitos produzidos no seu corpo. Estas notas foram reunidas nas obrasFragmenta de Viribus Medicatorum Positivis, Materia Medica Pura eMolstias Crnicas. Foi indubitavelmente o Homeopata que experimentouum maior nmero de substncias medicamentosas.

    Em 1810 escreve o seu Organon da Medicina, que at quintaedio sofreu alteraes em 1819, 1824 e 1829.

    A quinta edio fora publicada em 1833 e ainda hoje se constituicomo obra base da Homeopatia para milhares de prticos.

    Aps dezoito meses de trabalho, escreveu em Fevereiro de 1842 ao

    seu editor, dando-lhe conta do facto de ter terminado a obra, considerandoque a mesma se aproximava por comparao com as outras edies daperfeio possvel, exprimindo o desejo de que fosse impressa com aaparncia, elegncia e beleza condizentes com a sua importncia Hahnemann sabia que esta seria a ltima edio do Organon.

    A quinta edio do Organon, foi objecto de uma excelente traduode Dudgeon. Por seu turno, as alteraes aduzidas por Hahnemann foramtraduzidas por William Boericke veja-se o Organon completo em lngua

    inglesa, neste site, www.homeoesp.org

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    http://www.homeoesp.org/http://www.homeoesp.org/http://www.homeoesp.org/http://www.homeoesp.org/http://www.homeoesp.org/
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    Boericke, considerou no seu prefcio sexta edio, comomodificaes importantes relativamente edio anterior:

    Numa nota bastante extensa do pargrafo 11, respondeHahnemann questo da influncia dinmica;

    Nos pargrafos 22 e 29 encontraremos a sua concepo ltimarespeitante ao princpio vital-dinmico, termo que substituiu ode fora vital das edies anteriores;

    Os pargrafos 52 e 56 foram rescritos; O pargrafo 148 que se refere origem da enfermidade, foi

    renovado de modo quase integral. A, negou Hahnemann, queaMateria peccans seja o primeiro factor etiolgico;

    Os pargrafos 246 a 248 so de vital importncia no querespeita escolha das doses nas doenas crnicas aconselha

    iniciar o tratamento com uma dose nica, com repetio, mascom distintas potncias.

    Os pargrafos 269 a 272 esto consagrados preparao dosmedicamentos, em consonncia com as suas ltimas ideias;

    No pargrafo 273 est definitivamente demarcado o princpiodo remdio nico;

    Na nova nota do pargrafo 282, de enorme importncia,aconselha que o tratamento das doenas crnicas directamentedependentes da psora, da sfilis e da sicose seja efectuado de

    modo diferente do que constava das edies anteriores Dever comear-se o tratamento com grandes doses doremdio especfico, e se for necessrio vrias vezes ao dia,utilizando sucessivamente dinamizaes mais altas.No tratamento das verrugas considera necessria a aplicaolocal do remdio usado internamente excepo utilizaoexterna dos remdios homeopticos.

    Na prefcio da primeira edio (1810) Hahnemann escreveu:Durante a minha investigao das prticas e das ideias tradicionais

    das velhas escolas de medicina, encontrei o caminho da verdade.

    (...)

    Os resultados das minhas descobertas so apresentados neste livro.

    Resta ver se os mdicos iro abrir seus olhos salutar verdade.

    Devo prevenir o leitor que a preguia, o gosto pelo fcil e a

    obstinao impedem o efectivo servio no altar da verdade.

    Somente a ausncia de preconceitos e o zelo incansvel qualificam

    uma pessoa para a mais sagrada das ocupaes humanas, a prtica do

    verdadeiro sistema de medicina.

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    Seria de todo incompreensvel e aberrante que um alopata exercesse

    medicina com parcos conhecimentos de anatomia. No que Homeopatiarespeita, somos forados a constatar que a maioria dos homeopatas sem

    incluir neste domnio os que como tal indevidamente se intitulam noleram, quer por incria quer por negligncia o Organon. E se reputamoscomo essencial o texto original, tambm consideramos que ao mal maior sesubstitua um menor.

    Resumir o Organon, adaptando-o simultaneamente linguagem dostempos modernos no se nos afigura como fcil tarefa. Se a sntese umdom escasso, o seu excesso obviamente um erro imperdovel. Por outrolado, a excluso de pargrafos, evitando repeties de conceitos eadequando o texto modernidade nunca poder ser perfeita. Adaptao,sntese e excluso constituem-se como riscos bvios.

    Que os nossos erros nos sejam perdoados, e se possvel por vsemendados na leitura das prprias palavras de Hahnemann.

    Jos Maria Alves

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    &1

    A nica e elevada misso do mdico a de restabelecer a sade dospacientes, ou seja, cur-los das suas enfermidades.

    &2

    O supremo ideal de cura prende-se com o restabelecimento da sadede forma rpida, suave e permanente, removendo e aniquilando a doena nasua totalidade, pelo atalho mais curto, mais confiado ou conveniente, e

    menos nocivo.

    &3

    Para obter uma cura definitiva, o mdico tem de compreenderclaramente:

    -

    O que h para curar nas inmeras patologias que se lheapresentam conhecimento da enfermidade;- O poder curativo dos medicamentos conhecimento do poder

    medicinal;- Escolher o medicamento mais apropriado ao caso seleco do

    remdio;- A preparao do medicamento e a escolha da dose dose

    apropriada;- Perodo em que a dose deve ser repetida; e

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    - Os obstculos ou barreiras existentes nos casos clnicos, e omtodo seguro para a sua remoo o que conduzir a uma curapermanente.

    &4

    O mdico preserva a sade dos seus doentes desde que conhea ascausas das doenas e de todas as que de modo directo ou indirectoperturbam a sade.

    &5

    de grande utilidade e ganho para o mdico, tudo o que se relacionacom as causas mais provveis que desencadeiam as doenas agudas.

    Nas doenas crnicas, tambm de grande utilidade o conhecimentodos seus pontos mais significativos, o que o habilita a descobrir a sua causafundamental, que em regra devida a um miasma.

    Nestas investigaes realizadas com o objectivo primordial de atingira cura, dever tomar-se nomeadamente em conta:- A constituio fsica do paciente muito em especial quando a

    enfermidade crnica;- O seu carcter e personalidade;- A sua ocupao;- Modo de vida;- Hbitos;- Idade;-

    Actividade sexual.

    &6

    O mdico dever constatar com preciso todas as alteraes na sadedo paciente, quer ao nvel fsico quer mental. Estas, podem serpercepcionadas pelo enfermo, observadas por todos aqueles que com ele

    convivem e pelo prprio mdico durante a fase do interrogatrio.

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    O conjunto de sinais e sintomas assim obtidos retratam a doena nasua integridade. Captada a totalidade sintomtica estar o mdico emcondies de remover a enfermidade, porquanto, removidos os seus sinaisremovida ser a sua causa interna.

    &7

    O mdico dever afastar em primeiro lugar a causa que desencadeoua doena. Neste particular, a totalidade sintomtica constitui-se como oreflexo da essncia daquela.

    Dever tambm colocar a hiptese da existncia de um miasma.

    &8

    Se os sintomas da doena forem removidos, reposto o equilbrio dafora vital, o paciente ver restabelecido o estado de sade.

    &9

    A fora vital anima o organismo mantendo todas as suas partesharmoniosamente integradas.

    &10

    O organismo quando desprovido da fora vital, corrompe-se edecompe-se, ou seja, transforma-se num objecto.

    &11

    Quando somos acometidos por uma qualquer enfermidade, a fora

    vital que afectada e alterada em primeiro lugar pelo agente hostil.

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    Essa alterao da fora vital, torna-se-nos cognoscvel, pela suamanifestao directa, ou seja, pelos sintomas que compem o quadroclnico da enfermidade.

    &12

    No releva para o mdico, o mecanismo intrnseco da fora vitalprodutor da doena, mas antes os seus sintomas.

    Quem produz a enfermidade a fora vital afectada por agentesmrbidos. O conhecimento dos sintomas far com que o mdico consigaobter a desejada cura.

    &13

    A doena nunca deve ser encarada como entidade apartada do servivo, globalmente considerado.

    O organicismo, olvidando a fora vital, pernicioso a qualquer curaque se pretenda como definitiva.

    &14

    Nada existe de patolgico no organismo que no se d a conhecer criteriosa observao do mdico, por intermdio de sinais e de sintomas.

    &15

    As perturbaes patolgicas do dinamismo fora vital , que animao nosso corpo no seu interior e a totalidade dos sintomas perceptveisexternamente, consequncia da enfermidade, constituem um todo, umanica realidade.

    O organismo o instrumento material da vida, mas no pode serconcebido sem o dinamismo que o anima; do mesmo modo, a fora vital

    no pode conceber-se independentemente desse organismo. Ambos,constituem uma unidade.

    10

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    &16

    Neste pargrafo, refere-se Hahnemann fora vital como um poderdinmico, e ao restabelecimento da harmonia orgnica conducente cura.

    &17

    O mdico dever remover a totalidade dos sintomas, removendo

    assim, a enfermidade.

    &18

    pelo conhecimento da totalidade sintomtica, que estaremos emcondies de escolher com conscincia e diligncia o remdio adequado enfermidade que se nos depara.

    &19

    As enfermidades no so mais que alteraes no estado de sade doindivduo, manifestadas por sinais patolgicos.

    &20

    A fora imaterial que altera o estado de sade do homem no podeser desvendada pela razo. Ser a experincia, obtida pelos fenmenos queproduz no organismo so, que nos proporcionar o seu conhecimento.

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    &21

    Para conhecermos as potencialidades de cada um dos medicamentos

    homeopticos, h que os experimentar com rigor e meticulosamente, emindivduos sadios, obtendo assim os sintomas que provocam.

    A capacidade de cura do medicamento, resulta dos sintomas geradosem tais organismos sadios, e da sua similitude com o organismopatologicamente afectado.

    &22

    Sendo a totalidade sintomtica o nico objectivo imediato de cura, ohomeopata deve pesquisar a substncia medicamentosa que produzasintomatologia idntica da enfermidade.

    &23

    O mdico pode prescrever medicamentos idneos a promover noindivduo acometido por uma determinada enfermidade sintomas a estaopostos. No entanto, esta enfermidade, em regra, ter um alvio aparenteagravando-se posteriormente.

    &24

    O mtodo homeoptico implica que busquemos nas matrias mdicas com o auxlio dos repertrios o medicamento capaz de produzir umadoena artificial igual similitude perfeita ou o mais aproximadapossvel similitude imperfeita enfermidade natural objecto de estudo eavaliao.

    12

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    &25

    A experincia constitui-se como fundamento do mtodo de cura

    homeoptico.Por seu intermdio, constatamos que o medicamento que agindo

    sobre o organismo sadio denotou ser capaz de produzir o maior nmeropossvel de sintomas semelhantes aos observados na enfermidade que sepretende debelar, idneo quando ministrado na dose adequada, remoorpida e definitiva dos sintomas dessa enfermidade.

    &26E isto ocorre, porque uma influncia dinmica mais dbil ser

    aniquilada permanentemente num organismo vivo por uma outra maisforte, se esta ltima, conquanto diferindo da primeira em qualidade, poroutro lado muito semelhante nas suas manifestaes.

    &27

    Assim, o poder curativo dos medicamentos resulta directamente dofacto dos sintomas por si provocados em sede de experimentao, seremmuito semelhantes aos da enfermidade, mas possurem uma fora superior.

    &28

    Pouco importa quais sejam as explicaes cientficasfundamentadoras desta lei natural de cura.

    A verdade que ela opera.

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    &29

    Quando ministramos o simillimum, verificamos que a doena

    artificial por si produzida, ligeiramente mais forte do que a natural, ocupa olugar desta.

    A fora vital, desfere ento contra esta doena artificial a energiapossvel, destruindo-a, porquanto a sua durao muito menor do que a dadoena natural.

    O organismo, tendo sido previamente libertado da doena natural,v-se assim, tambm, liberto da artificial, que ocupou o lugar daquela,recuperando a sade.

    &30

    O organismo demonstra exemplarmente a aptido de ser maisafectado no estado de sade por substncias medicamentosas do que pelasinfluncias patolgicas naturais estas, so curadas com os medicamentosapropriados.

    &31

    Existem foras hostis ao equilbrio da fora vital. Mas, nem sempre,estas foras conseguem abalar a sade do ser humano. Cada um de ns,pode estar mais ou menos susceptvel ao seu ataque, o que implica diversasreaces aos estmulos e consequentemente a enfermidade poder ou noser debelada de modo natural.

    &32

    J as substncias que produzem doenas artificiais, operamindependentemente de quaisquer condies endgenas ou exgenas.

    Cada um dos medicamentos, agir sempre, em cada ser humano,produzindo os seus sintomas caractersticos.

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    &33

    O organismo humano est tendencialmente mais exposto s

    agresses das substancias medicinais do que aos agentes produtores deenfermidades e miasmas.

    &34

    Para que a doena natural seja destruda pela artificial, no basta queesta seja mais forte, sendo de todo necessrio que se verifique semelhanado quadro clnico.

    &35

    Aqui, Hahnemann, d continuidade ao raciocnio expendido nopargrafo anterior.

    &36

    Quando duas doenas diferentes coabitam num mesmo organismo, sea sua fora for idntica ou se a mais antiga for mais forte, a novaenfermidade ser repelida se um enfermo padecer de grave doenacrnica no ser afectado por uma desinteria outonal moderada ou por

    qualquer outra doena epidmica.

    &37

    Uma enfermidade crnica que perdura h muito tempo, permanecepor curar e praticamente inalterada se for tratada pelo mtodo aloptico.

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    &38

    Quando a enfermidade mais recente for mais forte do que a inicial,ser esta que ser removida ou que ir ficar em estado de suspenso, at

    que aquela atinja os seus objectivos, ou seja curada a tuberculosepulmonar permanece em estado estacionrio quando o doente acometido

    por tifo violento, mas prossegue o seu curso logo que o tifo termina.

    &39

    Assim, a doena mais forte suspende a mais fraca. Mas, sendo de

    natureza diferente, nunca a curar.

    &40

    possvel que uma nova doena, diferente da inicial, ao agir durantelongo perodo no organismo do enfermo se alie inicial, formando-seento, uma doena complexa, com as inevitveis consequncias nefastas.

    &41

    So mltiplos os receiturios alopticos que criam no pacientedoenas graves. Pode dizer-se que medicamentos alopticos inadequadosproporcionam ao enfermo uma patologia dupla, no lugar da originria,quantas vezes, infelizmente, tornando-o incurvel.

    &42

    D continuidade neste pargrafo matria constante do anterior.

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    &43

    Quando duas enfermidades naturais semelhantes coexistem nomesmo organismo, ou seja, quando doena j existente se junta umasemelhante mais forte, verificamos como a natureza, por si mesma, procede cura do paciente.

    Daqui obtemos o ensinamento atinente ao modo correcto de curar.

    &44----------

    &45----------

    &46

    Exemplos de enfermidades curadas homeopaticamente emconformidade com os processos naturais, por outras doenas queapresentam sintomas semelhantes v.g. curas operadas pela varola.

    &47----------

    &48----------&49

    ----------

    &50

    Na natureza, so muito poucas as doenas que podem ser removidas

    pela instalao fortuita de uma enfermidade similar.

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    Mas, a cura homeoptica valida a lei relativa remoo dasenfermidades pela administrao de substncias com semelhana desintomas.

    &51

    O homem tem ao seu dispor milhares de substncias capazes deproduzir uma infinidade de sintomas, podendo utiliz-las para gerarquadros patolgicos similares s inmeras enfermidades naturais.

    Essas substncias so eliminadas pela fora vital logo que a suaaco teraputica se completa.

    Neste mtodo de cura, no necessitamos de agredir violentamente oorganismo do enfermo. O homeopata dever encontrar a dose que sejaligeiramente mais forte do que a doena natural, produzindo uma cura semagravamento de monta.

    &52

    Ocorre frequentemente, que o tratamento aloptico, no conseguindoexterminar a doena crnica de que o enfermo se encontra acometido,produz ainda, uma outra enfermidade artificial.

    O paciente, consequentemente, fica mais debilitado e a possibilidadede cura diminui; a incurabilidade ser aqui a regra.

    O mdico consciente no associar os dois mtodos medicinais.

    &53Curas suaves, rpidas, correctas e permanentes, nas doenas

    crnicas, apenas podem ser obtidas por intermdio do mtodohomeoptico.

    18

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    &54

    ----------

    &55----------

    &56

    A medicina aloptica, com o seu mtodo, atinge em regra objectivosmeramente paliativos.

    &57

    O mdico alopata atm-se fundamentalmente ao sintoma maisimportante, ou seja, o que causa maiores incmodos ao enfermo, elegendoo medicamento com efeitos opostos.

    Nestes casos, o alvio ser sempre paliativo, porquanto se olvidou atotalidade sintomtica e o princpio de que no h efectivamente doenas,

    mas apenas doentes.

    &58----------

    &59----------

    &60----------&61

    ----------

    &62----------

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    &63

    Qualquer substncia que actue no organismo, age sobre a fora vital,

    provocando determinadas alteraes que podem perdurar mais ou menostempo. Estas alteraes denominam-se aco primria do medicamentohomeoptico.

    Por seu turno, denomina-se aco secundria a que a fora vitalexerce sobre a alterao provocada pelo medicamento no organismo.

    &64

    Durante a aco primria, a fora vital mantm-se passiva,permitindo a consequente alterao do estado de sade do paciente.

    Posteriormente, desenvolve a condio de sade exactamente opostaao efeito sobre ela produzido pela substncia medicamentosa, permitindo aextino da alterao nela impressa pela mesma.

    &65

    Exemplos vide pargrafo 64.

    &66

    Mesmo uma pequena dose de uma qualquer substnciamedicamentosa homeoptica, produz uma aco primria perceptvel aomdico atento, enquanto que o organismo dirige contra ela a acosecundria estritamente necessria para o restabelecimento da sade.

    &67

    Refere a superioridade do tratamento homeoptico sobre o alopticoou antiptico.

    20

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    &68

    A experincia diz-nos que pequenas doses de substnciasmedicamentosas homeopticas, desde que seja constatada a similitudesintomtica, exterminam com sucesso a doena natural.

    &69

    O mtodo aloptico conduz-nos a resultados opostos.

    &70----------

    &71O processo de cura de uma doena pressupe trs estdios:- a certificao pelo mdico do que necessrio conhecer para a

    cura da enfermidade;- a obteno dos conhecimentos atinentes aco das substncias

    medicamentosas;- o mtodo adequado de utilizao dos agentes produtores de

    doenas artificiais substncias medicamentosas na cura de

    uma doena natural.

    &72

    Podemos classificar as doenas em agudas e crnicas.As doenas agudas so em regra processos patolgicos de curta

    durao.

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    As doenas crnicas tm em geral um incio imperceptvel, e aresistncia que lhes oposta pela fora vital inadequada e emconsequncia incapaz de as exterminar.

    &73

    Referncia s doenas agudas.

    &74O mdico homeopata deve aperceber-se de que na categoria das

    doenas crnicas nos deparamos muitas vezes com as que foram geradaspelo alopata e pelos seus mtodos ineficazes de tratamento.

    &75

    As doenas iatrognicas, ou seja, as que so produzidas pormedicamentos no homeopticos, so englobadas nas doenas crnicas, e apartir de certo estdio de desenvolvimento so incurveis.

    &76

    Refere quo pernicioso o mtodo aloptico.

    &77

    Surgem mltiplas vezes alteraes da sade geradas nomeadamentepor negligncia, abusos alimentares, substncias danosas, insuficincia derepouso, preocupaes e ansiedades constantes, deficincias de nutrio, e

    variadas causas ambientais.

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    Nestes casos particulares, a melhoria do modus vivendi e quandonecessrio a remoo de algum miasma, ser suficiente para orestabelecimento da fora vital.

    &78

    As doenas naturais da categoria das crnicas, derivam em regra, deum miasma.

    &79Refere-se sfilis e sicose.

    &80

    Muito mais importante do que a sfilis e a sicose, o miasma da

    psora.Tal como na sfilis, na sicose surge uma erupo cutnea bem

    caracterstica, logo aps a sua instalao no organismo.A psora a nica causa real que produz todas as outras formas de

    doena.

    &81

    Este agente infeccioso extremamente antigo, contaminou gradual esucessivamente muitos milhes de organismos humanos, em centenas degeraes.

    23

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    &82

    de todo impossvel obter a cura do paciente sem um diligenteestudo das caractersticas do caso.Nas doenas agudas de rpida evoluo, contrariamente ao que

    ocorre nas crnicas, ao mdico exigvel menos tempo com o fim de serdelineado o quadro clnico e o nmero de questes a formular substancialmente menor.

    Na doena aguda h uma evidncia natural dos sintomas, enquantoque na crnica, dada a sua lenta progresso no tempo, a obteno do quadroclnico bastante mais difcil.

    &83

    No exame do paciente, deve o mdico:- ter os seus sentidos plenamente alerta;- estar isento de quaisquer preconceitos, mantendo constncia de

    abertura de esprito;- possuir uma observao atenta, evitando dispersar-se; e- descrever com o maior rigor possvel o quadro clnico da

    enfermidade.

    &84

    O paciente comea por fornecer uma histria detalhada dospadecimentos que mais o atormentam, sendo advertido que deve falarpausadamente para que o mdico anote a sua descrio.

    Se for acompanhado, o mdico ouvir aqueles que com eleconvivem, quanto s queixas e comportamento.

    Ver e ouvir ainda, o que lhe parecer alterado e incaracterstico.Anotar tudo o que o paciente e seus acompanhantes disserem,

    devendo ater-se s suas prprias expresses ou seja, evitar interpretaros dados que lhe so facultados.

    Nesta fase, o silncio de todo essencial. Devem expressar tudo oque lhes ocorrer, s devendo ser interrompidos quando comearem a

    divagar exageradamente como sabido, a interrupo tem o dom degerar obstculos inusitados ao livre fluxo de pensamentos de quem expe.

    24

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    &85

    Por cada sintoma ou circunstncia observada, iniciar o mdico umnovo pargrafo.

    &86

    Quando o paciente j no tem mais nada para narrar, o mdico

    percorre um a um todos os sintomas enunciados, obtendo dessa forma,informaes mais precisas: - v.g., quando que o sintoma surgiu? ossintomas so anteriores ou posteriores aos medicamentos que toma

    actualmente? qual o tipo de dor? sensao da dor? local exacto da dor?

    como que surge? durao? a que horas? alternncias? em que condies

    melhora ou agrava?

    &87O mdico no deve formular questes que possam sugerir respostas,

    nem que possam ser respondidas apenas pela negativa ou pela afirmativa v.g. nunca dever perguntar se o paciente sentiu um ou outro estado

    especfico.

    &88Quando o paciente no tenha mencionado nada sobre algumas das

    partes ou funes do organismo, ou muito especialmente do seu estadomental, o mdico dever elaborar as perguntas necessrias.

    - v.g. qual o tipo da sua disposio? qual o seu estado de nimo?

    estado de humor? memria? como a sede? que gosto tem na boca? quais

    os alimentos e bebidas de que mais gosta? quais que lhe so

    repugnantes? cada alimento tem o seu gosto prprio ou existe algum que

    tenha um gosto estranho? como se sente depois de comer ou de beber? temalgo a dizer no que respeita cabea, aos membros ou ao abdmen?

    25

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    &89

    Traado o quadro clnico, o mdico avaliar da sua suficincia, ecaso no se encontre plenamente satisfeito, dever formular questes maisespecficas.

    - v.g., com que frequncia evacua? como so as fezes? tem doresdurante a evacuao? qual a sua natureza exacta e qual a sua

    localizao? que vomitou o paciente? como o mau gosto da

    boca, ptrido, amargo, cido ou de que tipo; antes, durante ou

    depois de comer? em que perodo do dia se sente pior? qual o

    sabor das eructaes? a urina s fica turva quando em repousoou est-o logo desde a emisso? qual a sua cor imediatamente a

    seguir emisso? qual a cor do sedimento? qual o seu

    comportamento durante o sono? geme, queixa-se, grita ou fala

    enquanto dorme? tem sobressaltos durante o sono? ressona ao

    inspirar ou ao expirar? dorme virado para que lado ou de que

    modo? agasalha-se bem ou no pode suportar as roupas?

    desperta com facilidade ou dorme profundamente? como se sente

    logo que desperta? quando que se manifesta este ou aquele

    sintoma? qual a sua causa, a cada vez que se manifesta? vem

    quando est sentado, deitado, imvel ou em movimento? de

    manh, tarde, noite, depois das refeies ou de se alimentar?

    quando se manifesta o calafrio? foi to somente uma sensao de

    frio ou estava realmente frio? se assim foi, em que partes?

    sensao de frio sem tremores? que partes do corpo estavam

    quentes ao tacto? quanto tempo durou o calafrio? qual foi o

    perodo em que teve calor? teve sede quando? durante o frio, o

    calor, antes ou depois deles? a sede era muito intensa? qual a

    espcie de bebidas que desejava? suou no princpio de sentir

    calor ou no fim? quantas horas depois do calor, dormindo ouestando desperto? qual a intensidade do suor? quente ou frio? em

    que partes? qual o seu odor? de que que se queixava durante o

    frio? de que se queixava durante o calor ou depois dele? durante

    o perodo de suor ou depois dele?

    Na mulher tenha-se em especial considerao a menstruao e

    outros fluxos, tais como leucorreia.

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    &90

    Anotar ainda tudo o que observar, destrinando com rigor o que eracaracterstico do enfermo quando na sua condio de sade.

    - v.g. qual o comportamento do paciente no decorrer da consulta. Mal-humorado, apressado, choroso, ansioso, desesperado, triste,

    cheio de esperana, tranquilo. Se estava em estado de sonolncia, ou

    em algum estado que denotasse compreenso difcil, torpor. Modo

    de falar, tom de voz, coerncia ou incoerncia. Cor do rosto, dos

    olhos, da pele em geral. Olhos vivos ou mortios. Estado da lngua,

    hlito. Audio. Pupilas dilatadas ou contradas e modificao por

    efeito da luz incidente. Pulso. Condio do abdmen. Grau de

    humidade, frialdade ou secura ao tacto da pele ou de alguma regio

    em especial. Posio durante a consulta. Esforo ou ligeirezaquando se levantou.

    &91

    Se o paciente estiver a tomar medicamentos, o quadro por si narradoda enfermidade, no corresponde ao quadro original.

    So os sintomas com existncia anterior toma de tais substnciasou que se manifestam alguns dias aps a sua interrupo, que devem seranotados pelo mdico.

    - No caso do homeopata no ser alopata, nunca dever retirar semmais, os medicamentos que lhe foram receitados, quer pelo

    mdico de famlia quer por qualquer outro clnico, muito em

    especial, os que causam ou podem causar sndrome de

    abstinncia.

    &92

    Caso a enfermidade seja de curta durao e se apresente compresumveis sinais de gravidade, obrigando a urgente interveno, dever omdico traar um quadro clnico completo, englobando as especificidadesquer da doena original quer da medicamentosa.

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    &93

    A causa das doenas, sejam crnicas sejam agudas, devem serinvestigadas em sede de interrogatrio.

    - qualquer causa que possa embaraar ou envergonhar o paciente eque quer este quer os seus familiares omitam, deve merecer por

    parte do mdico um cuidado especial. Assim, por intermdio de

    perguntas subtis e hbeis, ganhando simultaneamente a confiana

    do enfermo, poder aquele eventualmente vir a obter informaes

    preciosas.

    &94Quando se procede anlise de uma doena crnica, o mdico

    dever proceder a minuciosa avaliao do enfermo, no que toca, entreoutros:

    - ao trabalho;- modo de vida;- aos hbitos;- dieta;- situao domstica.-Nas enfermidades crnicas da mulher necessrio prestar especialateno gravidez, esterilidade, desejos sexuais, partos, aborto,

    amamentao. No que toca menstruao, informaes atinentes

    ltima, intervalos, durao, fluxo contnuo ou intermitente,

    quantidade, cor, se existe leucorreia antes ou depois, sofrimentos

    fsicos ou mentais associados, sensaes e dores de que precedida,

    acompanhada ou seguida.

    &95

    Nas doenas crnicas, os denominados pequenos sintomas, muitasvezes encarados como acessrios, ou mnimas peculiaridades, devem sermeticulosamente anotados.

    Normalmente, o paciente minimiza-os, quando bastas vezes so

    determinantes na seleco do medicamento correcto, e minimiza-os

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    porquanto a sua mente est absorvida com os que lhe causam maiorsofrimento.

    &96

    H enfermos, tais como os hipocondracos, que tendem a exagerar osseus padecimentos em regra, o hipocondraco, contrariamente ao queocorre com o mitmano, no inventa o sofrimento.

    &97Outros, por preguia, apatia ou falsa modstia, omitem sintomas ou

    procedem sua narrao de modo vago.

    &98

    At prova em contrrio, o homeopata dar credibilidade narraodo enfermo, j que tem tendncia a ser mais fivel do que a elaborada poraqueles que com ele convivem.

    &99

    Na doena aguda, em consequncia das alteraes do estado de

    sade serem recentes, o mdico tem a sua tarefa facilitada.

    &100

    No que respeita s doenas epidmicas e espordicas, no releva oconhecimento dos sintomas de patologias semelhantes surgidas em pocaanterior.

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    O homeopata dever encarar o quadro clnico como se pela primeiravez o fizesse, j que as epidemias, apesar de parecerem similares, divergemnas suas manifestaes.

    Excepcionam-se as que derivam de um mesmo princpio contagioso,

    como a varola e o sarampo.

    &101

    Ocorre que, quando o mdico avalia um primeiro caso de umadoena epidmica, est inviabilizado de conhecer todo o quadro clnico. Noentanto, com a observao diligente de vrios casos, tomar conhecimento

    da totalidade dos sinais e sintomas, com a consequente escolha acertada domedicamento adequado.

    &102

    Quando se anotam os sintomas de mltiplos casos da mesmaepidemia ou doena espordica, transparece com clareza o seu quadro

    clnico.

    &103

    Da mesma forma que as doenas epidmicas, as doenas crnicasmiasmticas devem ser objecto de minucioso estudo e anlise.

    Cada enfermo, no apresenta mais do que um pequeno conjunto de

    sintomas do miasma v.g. da psora. S o exame de um nmeroconsidervel de pacientes lograr delinear a esfera global do miasma.

    &104

    Composto o quadro clnico da enfermidade, poderemos afirmar quese completou a parte mais difcil do exerccio da medicina, capacitando o

    terapeuta prescrio da substncia com fora artificial semelhante daprpria doena.

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    No decurso do tratamento, o paciente deve ser reavaliado, devendo omdico proceder a um novo exame, discriminando:

    - quais os sintomas da primeira consulta que melhoraram;- quais os sintomas que perduram; e-

    quais os novos sintomas que possam ter eventualmente surgido.

    &105

    O homeopata dever seleccionar, partindo da enunciao dossintomas produzidos por cada uma das substncias homeopticas medicamentos a que lhe permita edificar uma doena artificial, o mais

    similar possvel doena natural cuja cura pretende promover.

    &106

    Exige-se-lhe assim, o conhecimento exacto dos efeitos patogensicosdos vrios medicamentos.

    &107

    As substncias teraputicas no devem ser ministradas paraexperimentao a indivduos acometidos por uma qualquer enfermidade,pois, as alteraes por si produzidas iro mesclar-se com os sintomas dadoena do experimentador.

    &108

    Para a obteno correcta das patogenesias, ter-se- de administrarexperimentalmente doses moderadas dos medicamentos a pessoas com umasade equilibrada, ou seja, sadias.

    31

  • 8/14/2019 ORGANON DE HAHNEMAN PORTUGUS - RESUMO

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    &109

    Neste pargrafo, Hahnemann afirma que no existe mtodo mais

    eficaz de cura de molstias dinmicas, do que o homeoptico.

    &110Os registros toxicolgicos contm em si inmeros sintomas que

    fazem parte das patogenesias das substncias medicinais.

    &111

    As substncias medicinais agem no organismo humano segundo leiseternas da Natureza.

    &112Este pargrafo refere-se ingesto de medicamentos perigosos.

    &113

    Este pargrafo refere-se s substncias narcticas.

    &114

    Idem.

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    &115

    ----------

    &116

    Na experimentao das substncias medicinais, constatamos que:- alguns dos sintomas afectam a maioria dos experimentadores;- h sintomas que afectam poucos experimentadores; e- por fim, alguns, s se manifestam em raros indivduos sos.

    &117

    A estes ltimos, pertencem as denominadas idiossincrasias significando que o experimentador apresenta uma constituio especial,

    que apesar de sadia, tem a virtualidade de se deixar impressionar,

    contrariamente ao que acontece com a maioria dos indivduos.Apesar disso, as substncias que produziram alguns efeitos nos

    indivduos denominados idiossincrsicos vo tambm agir com eficinciaem pacientes com sintomas semelhantes.

    &118

    A cada medicamento sua patogenesia. Substncias medicinais deespcie diferente, produziro aces diversas.

    &119

    Inexistem medicamentos homeopticos completamente equivalentes.Deste modo, nunca poderemos falar em substitutos.

    Infelizmente, os homeopatas prescrevem simultaneamente vriosmedicamentos em que apenas o acaso poder determinar a causalidade dosefeitos produzidos no enfermo.

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    &124

    Na experimentao, cada medicamento dever ser ministrado sem

    que conjuntamente sejam ministradas ao experimentador outras substnciascom efeito medicinal reconhecido.

    &125

    Durante o perodo em que tenha de decorrer a experimentao,dever ser observada dieta rigorosa:

    - no usar especiarias;- ter como constituintes alimentos nutritivos e simples, tais como

    ervilhas frescas, vagens e cenouras muito especialmente ascenouras;

    - devem ser evitados outros vegetais verdes, razes, saladas e sopasvegetais;

    - absteno de vinho, aguardente, e outras bebidas espirituosas;- absteno de ch e caf.

    &126

    O experimentador de uma substncia medicamentosa, deve dedicar-se diligentemente auto-observao, evitando tudo o que o possa afastardessa atitude evitar esforos fsicos e mentais, paixes e afectos que odesconcentrem.

    Por outro lado, deve ter e evidenciar um estado de sade equilibrado

    e capacidades intelectivas que lhe permitam descrever as sensaes sintomatologia obtidas no decorrer da experimentao.

    &127

    A experimentao deve incidir sobre indivduos do gnero masculinoe feminino. Deste modo, avaliaremos as propriedades das substncias

    medicinais no domnio da sexualidade e de outras especificidades prpriasde cada sexo.

    35

  • 8/14/2019 ORGANON DE HAHNEMAN PORTUGUS - RESUMO

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    &128

    Podemos investigar a patogenesia da substncia teraputica,ministrando ao experimentador uma dose diria de quatro a seis glbulosda 30 centesimal, com o estmago vazio e por vrios dias consecutivos.

    &129

    Se a dose experimental no produzir efeitos relevantes, aumentar-se- o nmero de glbulos at que se tornem perfeitamente visveis noexperimentador as necessrias alteraes do estado de sade.

    Como no podemos prever a aco das substncias nos diversosorganismos, devemos iniciar a experimentao com pequenas doses,aumentando-as gradualmente.

    &130O experimentador deve anotar sequencialmente a ordem do

    aparecimento dos sintomas.Atente-se que uma dose subsequente pode remover alguns dos

    sintomas produzidos pela dose anterior, ou at desenvolver um efeitodiametralmente oposto quela.

    &131

    Neste pargrafo refere-se aos cuidados a ter na experimentao,sempre que se pretenda obter a descrio da ordem de sucesso dossintomas.

    36

  • 8/14/2019 ORGANON DE HAHNEMAN PORTUGUS - RESUMO

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    &132

    Caso a experimentao incida sobre um novo medicamento, sem que

    exista a preocupao de definir a sequncia ou durao da sua aco, masantes a mera compilao da sintomatologia total, pode ser ministradosucessivamente, durante alguns dias, com o aumento da dose que se reputeeficaz.

    &133

    Os sintomas produzidos pelas substncias, devem ser observados nassuas modalidades v.g. condies de agravao e de melhoria.

    &134

    Os sintomas constituintes de uma patogenesia no iro surgir numdeterminado organismo segundo regras rgidas e imutveis, nem haveridentidade sequencial em vrios experimentadores.

    &135

    Sero sempre necessrias inmeras observaes em mltiplosexperimentadores, de molde a obter a patogenesia da substncia medicinal.

    Esgota-se o estudo experimental, quando os novos experimentadoresno so sensveis a novos sintomas para alm dos narrados pelos que osantecederam.

    &136

    de todo impossvel, que um medicamento produza num nicoorganismo todas as alteraes possveis no estado de sade.

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  • 8/14/2019 ORGANON DE HAHNEMAN PORTUGUS - RESUMO

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    &137

    Quanto mais moderada for a dose do medicamento sobexperimentao, tanto mais claramente iro surgir os efeitos primrios queso os mais importantes no constataremos, em regra, uma combinaodestes com os secundrios.

    &138

    Refere-se aos padecimentos, modificaes do estado de sade doexperimentador durante a experimentao.

    &139

    Quando no o prprio mdico o experimentador da substncia,dever monitoriz-la na ntegra tudo anotando, com diligncia e acurado

    esprito de observao.

    &140----------

    &141As experimentaes mais fiveis so as realizadas pelo prprio

    homeopata.As agresses que o seu organismo vai sofrendo, no so perniciosas,

    antes reforando o seu sistema imunitrio.

    38

  • 8/14/2019 ORGANON DE HAHNEMAN PORTUGUS - RESUMO

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    &142

    A experimentao do maior nmero possvel de substncias,

    enformar a existncia de uma verdadeira Matria Mdica.

    &143

    Apenas por efeito de inmeras experimentaes em indivduos sos,poderemos ter uma verdadeira Matria Mdica.

    &144

    Dever excluir-se das Matrias Mdicas tudo o que se constituacomo conjectura, mera interpretao ou intuio.

    &145

    S com uma quantidade considervel de substncias experimentadas,estaremos em condies de encontrar na prtica clnica o remdiohomeopaticamente correcto.

    &146Este pargrafo refere-se ao uso judicioso dos medicamentos homeopticos.

    &147----------

    &148----------

    39

  • 8/14/2019 ORGANON DE HAHNEMAN PORTUGUS - RESUMO

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    &149

    Munidos do Repertrio e das necessrias Matrias Mdicas,seleccionado o medicamento adequado simillimum , constatamos que:

    - a doena aguda inicia um rpido processo de cura, desaparecendoem horas, quando a manifestao da sua origem seja recente;

    - doenas de longa durao exigem consequentemente mais tempopara serem exterminadas, devolvendo ao enfermo o estado desade.

    O homeopata, na busca do remdio correcto para cada caso, no deveagir negligentemente. A procura do simillimum tarefa morosa e que exigedo investigador esforo laborioso e sria preparao tcnica.

    &150

    Quando o paciente apresenta queixas ligeiras, relativamente recentes,o mdico dever optar por uma modificao na dieta e no modo de vida,tanto bastando para que aquele recupere a sade na ntegra.

    &151

    Se o enfermo apresenta padecimentos graves, violentos, o mdicoinvestigando, visualizar muitos outros sintomas que ainda que maisligeiros o iro auxiliar no delineamento do quadro clnico.

    &152

    Quanto mais grave for a doena aguda, mais numerosos echamativos sero os sintomas, facilitando a escolha do simillimum.

    40

  • 8/14/2019 ORGANON DE HAHNEMAN PORTUGUS - RESUMO

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    &153

    Na investigao do simillimum, o mdico comparar o quadro

    clnico do enfermo com os sintomas das patogenesias das diversassubstncias medicamentosas.

    Em observao, ficam os sintomas mais raros, incomuns epeculiares, j que os sintomas mais gerais e vagos verbi gratia, dor decabea, fadiga , no nos devem merecer especial ateno, em virtude deelencarem grande parte das doenas naturais e constarem das patogenesiasde grande parte dos medicamentos disponveis.

    &154

    Se o quadro clnico da doena incluir os sintomas peculiares,incomuns e raros, constantes do remdio adequado, podemos esperar aremoo suave da patologia em investigao.

    &155

    Quando ministramos o medicamento homeoptico correcto, apenasos sintomas que correspondem aos da doena so chamados a intervir, e emregra, o enfermo no abalado pelos restantes.

    &156

    praticamente impossvel que medicamento e doena sesobreponham como ocorre com dois tringulos com lados e ngulos iguais.

    Assim, um medicamento apesar de correctamente seleccionado podecausar num paciente sensvel, novos sintomas, sem que tal facto obste cura.

    41

  • 8/14/2019 ORGANON DE HAHNEMAN PORTUGUS - RESUMO

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    &157

    O fenmeno do agravamento compreende-se perfeitamente, em

    virtude do medicamento produzir uma enfermidade artificial semelhante natural.

    A aco do medicamento, idntica da doena natural, produz logoaps a ingesto, um agravamento que poder durar uma ou mais horas.

    Se a dose for substancialmente excessiva, o agravamento ser-lhe-directamente proporcional.

    &158Este tipo de agravao, que podemos qualificar como suave,

    observada durante as primeiras horas um ptimo prognstico anote-seque a doena medicinal ligeiramente mais poderosa do que a natural.

    &159

    O agravamento ser tanto menor, quanto menor for a doseministrada.

    &160

    Praticamente, todos os remdios homeopticos, desde quecorrectamente prescritos, produziro um agravamento na primeira hora.

    &161

    Nas doenas crnicas, ministrado o medicamento correcto, em doseadequada, o agravamento s dever surgir quando o tratamento estiverpraticamente finalizado.

    42

  • 8/14/2019 ORGANON DE HAHNEMAN PORTUGUS - RESUMO

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    &162

    Como o nmero de substncias experimentadas ainda bastantereduzido, ocorre que apenas uma parte dos sintomas da doena temcorrespondncia no conjunto de sintomas do remdio. Estamos assim,perante um medicamento de similitude imperfeita.

    No obstante, tal medicamento imperfeito dever ser prescrito porinexistncia de um mais perfeito.

    &163 bvio, que tal medicamento imperfeito no gerar uma cura

    integral.No decurso da sua aco, o paciente poder ser acometido por um

    conjunto mais ou menos extenso de sintomas que no foram previamenteobservados sintomas acessrios. No entanto, o medicamento ir removergrande parte da doena, dando-se incio cura. Por outro lado, os ditossintomas acessrios sero moderados, desde que a dose escolhida no seja

    excessiva.

    &164

    Um pequeno nmero de sintomas existentes no medicamentohomeopaticamente correcto no obstculo cura, desde que sejamcaractersticos da enfermidade.

    &165

    Quando nos sintomas do medicamento escolhido no exista qualquercoincidncia com os sintomas caractersticos, peculiares e incomuns docaso, mas apenas com os mais gerais v.g. fadiga, nusea, diarreia, dor decabea , inexistir qualquer garantia de que este produza qualquer efeito

    favorvel j que se trata de um medicamento prescrito em desacordocom os princpios homeopticos.

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    &166

    No entanto, os efeitos adversos e alguns incmodos da patologiapodem ser minimizados e o mdico poder seleccionar um outromedicamento de maior similitude.

    &167

    Sempre que se manifestem efeitos acessrios de monta, quando seministra um medicamento imperfeito no tratamento de uma doena aguda,o mdico deve reavaliar o caso, e prescrever uma nova substncia, nodeixando que a aco da primeira dose termine.

    &168

    O mesmo se diga relativamente ao novo medicamento prescrito.Com reavaliaes e prescries sucessivas, o mdico atingir a cura dopaciente, cumprindo a sua misso.

    &169

    Quando o mdico investiga um enfermo pela primeira vez, depara-se

    frequentemente com a incapacidade do medicamento mais apropriado nodar cobertura totalidade sintomtica do quadro clnico, e acaba por seaperceber, que no um, mas dois, seriam necessrios para realizar a cura.

    O clnico usar em primeiro lugar o medicamento mais apropriado,no passando sem mais ao segundo, para remover os sintomas restantes.Pode acontecer, que o quadro clnico primitivamente avaliado, tenhasofrido algumas alteraes, impondo-se assim uma reavaliao do enfermo daqui decorre que o medicamento previamente seleccionado comosegunda escolha, poder no ser j o indicado.

    44

  • 8/14/2019 ORGANON DE HAHNEMAN PORTUGUS - RESUMO

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    &170

    Sempre que nos deparemos com qualquer alterao substancial na

    doena em investigao, deve escolher-se um novo medicamento, o maisadequado possvel ao quadro clnico em mutao.

    &171

    Como exemplo ver &170 , diga-se que em sede de doenascrnicas causadas pela psora, teremos de administrar sucessivamente vrios

    antipsricos tomando em considerao a sintomatologia que resta aps aaco medicamentosa de cada um deles.

    &172

    Quando os sintomas da doena so escassos, temos um verdadeiroobstculo no caminho da cura.

    &173

    Doenas com um reduzido nmero de sintomas, so denominadas deface nica.

    Encontramos neste tipo de patologias um ou dois sintomasprincipais, que tm a virtualidade de obscurecer os restantes.

    Atente-se que estas maleitas, so em regra, da categoria das crnicas.

    &174----------

    &175----------

    45

  • 8/14/2019 ORGANON DE HAHNEMAN PORTUGUS - RESUMO

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    &176

    No entanto, existem algumas mas poucas doenas que apenas

    apresentam um ou dois sintomas muito graves.

    &177

    Neste acontecimento, raro pela sua peculiaridade, o mdico mais nopode fazer do que escolher o medicamento homeoptico que contenha emsi tal ou tais sintomas.

    &178----------

    &179----------

    &180

    Tal medicamento ver &177 ser em regra, homeopaticamenteimperfeito. Caso d lugar a sintomas acessrios, estes poderoeventualmente ser sintomas da doena, at ao momento imperceptveis,capacitando o mdico a um melhor conhecimento do quadro sintomtico.

    &181----------

    &182

    A seleco imperfeita de uma dada substncia medicamentosa como

    consequncia directa da verificao de um nmero limitado de sintomas,

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    propicia o aparecimento de outros sintomas da doena e desse modocapacita o homeopata a encontrar um novo medicamento mais perfeito.

    &183

    Quando a dose do primeiro medicamento deixar de produzir efeitono organismo do paciente, dever este ser reavaliado, seleccionando-seuma nova substncia medicamentosa.

    &184Aps uma nova dose, considerar-se- a sintomatologia que resta

    que ser anotada na ficha clnica , procurando-se um remdio com asimilitude possvel, e assim sucessivamente, at que se atinja a cura doenfermo.

    &185As denominadas enfermidades locais, ocupam um lugar importante

    na categoria das doenas de face nica. Estas enfermidades locais, so asque surgem na parte externa do corpo.

    &186

    Aqui se referem as enfermidades locais produzidas recentemente porleso externa.

    &187

    Estas doenas que aparecem nas partes externas do corpo , que

    no tm como causa uma qualquer ofensa ou agresso externa, derivam de

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    uma enfermidade interna, e como tal devem ser tratadas, contrariamente aoque ensina e pratica a medicina tradicional.

    &188----------

    &189----------

    &190

    Assim, o tratamento das doenas que afectam as partes externas que independem de uma agresso deve ser dirigido a todo o organismodo paciente devendo neste, considerar-se todas as alteraes ao seuestado de sade.

    &191

    ----------&192----------

    &193----------

    &194

    No devemos aplicar externamente um medicamento, nem mesmo osimillimum, numa enfermidade local.

    Se o medicamento homeopaticamente correcto, ministradointernamente no promover a cura, estejamos certos de que o processomrbido est a ser produzido pela psora.

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    &195

    Assim, nestes casos, logo que cesse o estado agudo, deve o paciente

    ser submetido ao adequado tratamento antipsrico.

    &196----------

    &197A aplicao externa do simillimum numa doena meramente local,

    no admissvel em homeopatia a enfermidade local externa serremovida antes da interna, com as consequncias nefastas da decorrentes.

    &198----------&199----------

    &200----------

    &201----------

    &202

    Quando os sintomas locais das doenas externas so aniquilados pelaaplicao de remdios externamente, verificamos que a doena internaaumenta de intensidade.

    Se se remover da superfcie do organismo qualquer manifestao deuma doena miasmtica interna, sem que curemos o miasma, produziremosinevitveis doenas crnicas.

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    &203----------

    &204

    Excepcionando-se as doenas crnicas causadas por errneos modosde vida e as causadas por inadequados tratamentos mdicos, todas as querestam derivam do desenvolvimento de trs miasmas:

    - a sfilis interna;-

    a sicose interna;- a psora esta ocupa o primeiro lugar, com um destaqueconsidervel.

    O sofrimento da humanidade tem a sua origem nas doenasmiasmticas, devendo o mdico envidar todos os esforos nadireco da sua extino.

    &205----------&206----------

    &207----------

    &208No que toca s doenas mentais, o mdico deve investigar entre

    outros:- a idade do paciente;- modo de vida;- ocupao;- condio domstica;- relaes sociais;-

    estado mental, com cuidadosa observao dos sintomas mentais.

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    &209

    Aps vria entrevistas e consequentes interrogatrios e avaliaes, omdico deve delinear o quadro clnico o mais detalhadamente possvel

    &210

    As doenas que qualificmos como de face nica, ou seja, aquelasem que a maioria dos sintomas so obscurecidos por um ou dois sinais

    proeminentes, so de origem psrica. As doenas mentais pertencem a talgnero.

    &211

    o estado mental do enfermo, que em regra nos capacita aidentificar o seu sintoma mais caracterstico.

    &212

    No existe nenhuma substncia medicinal que no altere de modonotvel o estado mental do indivduo so que a experimente.

    &213

    Ser de todo impossvel seleccionar o remdio homeoptico correcto,quando no submetermos a rigorosa observao as mudanas no estado denimo e na disposio do paciente. Os sintomas mentais so de vitalimportncia em tal operao.

    Assim:- Aconitum nunca curar um paciente calmo, tranquilo;- Nux Vomica no produzir qualquer resultado positivo em

    pessoas doces e suaves;

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    - Pulsatilla no agir em enfermos felizes e alegres;- Ignatia no indicada para pacientes que no so perturbados por

    medos.

    &214

    As doenas mentais merecem do homeopata, o mesmo tratamentoque as demais patologias essencial a pesquisa do simillimum, ou seja,do medicamento que promova no corpo e na mente um estado patolgico o

    mais semelhante possvel ao quadro clnico com o qual nos confrontamos.

    &215----------

    &216----------

    &217Nestes casos Hahnemann considera a existncia de situaes de

    facto em que os estados mrbidos dos rgos fsicos so transferidos

    para o rgo mental , remover-se- a doena, prescrevendo o remdioque na sua patogenesia inclua para alm dos sintomas fsicos, em especial,os mentais do quadro clnico.

    &218----------

    &219----------

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    &226----------

    &227

    Tambm nestes casos especficos, devemos buscar a sua origem nummiasma psrico. Assim, o enfermo aparentemente curado, dever sersujeito a radical tratamento antipsrico, afastando-se eventuais recadas.

    &228

    Quando as doenas mentais resultarem de enfermidades fsicas, deveoptar-se pelo tratamento homeoptico antipsrico

    &229----------

    &230----------

    &231

    Refere as enfermidades intermitentes e a sua importncia.

    &232

    As doenas intermitentes ou alternantes so geralmente umamanifestao da psora, podendo tambm indicar uma qualquer complicaodo miasma sifiltico ex. de doena alternante, a mania-depressiva.

    54

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    &233

    Define enfermidade intermitente tpica.

    &234----------

    &235Neste pargrafo aborda a malria e o seu tratamento....

    &236

    Para o tratamento das denominadas febres intermitentes, o remdio

    homeoptico deve ser ministrado sempre que a crise de recorrncia agudado estado mrbido termine quando ministrado no incio, a sua acosomar-se- ainda que parcialmente recorrncia natural da enfermidade,

    motivando enorme perda de vitalidade no paciente.No perodo em que verificamos inexistncia de febre, a fora vital

    estar nas melhores condies possveis para permitir a aco da substnciamedicamentosa.

    &237----------

    &238----------

    &239----------

    &240

    ----------

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    &241

    Quando se instala uma determinada epidemia, pode acontecer que a

    totalidade sintomtica seja comum a todos os infectados.Essa caracterstica de uniformidade, conduzir-nos- descoberta do

    seu medicamento especfico genius epidemicus.

    &242

    Se nessa epidemia, o enfermo no receber tratamento homeopticoatempado ou lhe for administrado um remdio aloptico inadequado, asubstncia medicamentosa indicada para a dita epidemia no surtir efeito eo paciente necessitar de diminutas doses repetidas a largos espaos detempo, de grande potncia de Sulphur e de Hepar Sulphur, com afinalidade de ultrapassar a psora.

    &243----------&244----------

    &245

    A partir daqui, Hahnemann, passa a referir-se aos remdios

    homeopticos e sua prescrio.

    &246

    O medicamento homeoptico no deve ser repetido quando existaevidente melhoria do estado fsico e mental do paciente.

    Para diminuir o tempo necessrio para a cura, necessrio:- que o medicamento seja o simillimum;

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    - que seja ministrado numa potncia elevada, sendo a dosedissolvida em gua, e repetida a intervalos determinados eregulares;

    - a quantidade de cada dose subsequente dever diferir daprecedente, o que permite que o medicamento homeopticocorrecto seja ministrado por largos meses.Aqui, deveremos lembrar-nos que as potncias de menor graudevem ser prescritas nas primeiras duas semanas de tratamento,sendo progressivamente aumentadas.

    &247

    A repetio do remdio implica inelutavelmente a mudana da dose uma segunda, terceira ou quarta dose dinamicamente semelhante anterior, depara-se com uma fora vital j alterada, e consequentemente, o

    seu efeito no ser o desejado.

    &248

    A dose pode ser modificada:- por intermdio da sucusso v.g. cada vez que se repete a dose, o

    frasco dinamizado 8, 10 ou 12 vezes;- por aumento da quantidade; ou- por aumento da potncia.A alterao da dose, permitir que nas doenas crnicas omedicamento seja administrado por largos meses obtendo-seresultados positivos na direco da cura.

    &249

    Um medicamento que produza sintomas incmodos de algumagravidade, que no correspondam patologia a ser curada, no o

    simillimum.

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    Quando os sintomas no sejam demasiadamente violentos, deverseleccionar-se o correcto, administrando-se de imediato.

    Caso contrrio, administrar-se- um antdoto Hahnemann afirmaque um mdico competente nunca ter de fazer uso deste medicamento.

    &250----------

    &251----------

    &252

    Quando o medicamento foi correctamente escolhido e o paciente nomelhora, ter o mdico de pesquisar a existncia de barreiras sua aco v.g. modo de vida.

    &253A melhoria do estado de nimo e mental do enfermo, indica a

    similitude da substncia medicamentosa administrada.

    &254

    A apario de novos sintomas, o aumento de intensidade dosexistentes ou contrariamente a diminuio dos primitivos sem que outrossejam adicionados ao quadro clnico, dissipar qualquer dvida do mdicoquanto eficcia da sua prescrio.

    &255----------

    58

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    &256----------

    &257

    O mdico homeopata no dever ter medicamentos favoritos.

    &258----------

    &259

    Durante o tratamento deve regular-se a dieta e modo de vida dopaciente, de molde a que no ingira substncias que possam interferir coma aco do medicamento homeoptico.

    &260

    Quando em sede de doenas crnicas no se progride em direco cura, o mdico investigar com mincia o modo de vida do enfermo, com afinalidade de descortinar as barreiras que impedem a plena aco domedicamento.

    &261----------

    &262----------

    &263----------

    &264

    59

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    &265----------

    &266----------&267----------

    &268----------

    &269

    A medicina homeoptica conseguiu despertar nas mltiplassubstncias, as suas propriedades medicinais, mediante a frico e aagitao por efeito da sucusso e da triturao, a substncia liberta o seupoder curativo.

    &270

    Este pargrafo, bem como os seguintes, refere-se triturao,sucusso e potncia.

    &271----------

    &272----------

    &273

    Ao mdico est completamente vedada a administrao de mais deum remdio homeoptico de cada vez princpio do medicamento nico.

    60

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    &274

    um erro empregar medicamentos compostos, quando as

    substncias medicinais simples nos bastam.

    &275

    A eficcia do medicamento no depende nica e exclusivamente dasimilitude, mas tambm da quantidade apropriada, melhor, da escolhaacertada da dose.

    &276

    Como regra, pode dizer-se que a administrao em doses excessivasdo simillimum, sobretudo quando a sua repetio frequente, produzinmeros inconvenientes, podendo inclusivamente fazer perigar a vida doenfermo.

    &277

    A cura depende da criteriosa escolha do medicamento homeoptico. desejvel que a dose a ministrar seja reduzida, proporcionando

    suave efeito medicinal.

    &278

    impossvel atingir um conhecimento exacto quanto dose mnimaa ministrar ao enfermo. Aqui, valer acima de tudo, a diligncia e aexperincia do mdico homeopata.

    61

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    &279

    tambm pela experincia, que nos convencemos da inutilidade de

    uma dose demasiadamente pequena, mesmo que ministrada na potnciaadequada.

    &280

    Se for prescrita uma dose que no cause ao paciente novos eincmodos sintomas, dever continuar a ser ministrada, elevando-agradualmente at ao momento em que sinta de forma moderada o retornode um ou mais dos padecimentos originais.

    Este retorno indica que a cura ir ocorrer rapidamente.

    &281

    Pode acontecer, que no fim do tratamento, e ainda quando subsistamligeiras queixas, deva ser ministrado ao enfermo um placebo por serdesnecessrio continuar a repetir o simillimum.

    &282

    A regra de comear o tratamento das enfermidades crnicas comdoses pequenas, gradualmente aumentadas, est sujeita excepo dotratamento dos trs grandes miasmas. Estas enfermidades, no s toleram,mas antes reclamam grandes doses dos seus remdios especficos, com umadinamizao quotidianamente aumentada.

    Por outro lado, no caso das verrugas, se estiveram muito tempo semserem medicadas, necessitam para a sua cura integral, da aplicao externado seu medicamento especfico concomitantemente administraointerna.

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    &283

    O mdico dever prescrever o simillimum, comeando pela dosemais baixa.

    &284Refere-se administrao dos medicamentos e aos rgos que so

    excitados pelos seus efeitos.

    &285Idem.

    &286

    A partir deste pargrafo, e at ao ltimo &291 , Hahnemannescreve acerca da fora dinmica do man, da electricidade, galvanismo,mesmerismo, massagens e banhos.

    JOS MARIA ALVESWWW HOMEOESP ORG