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MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO BARRARÁ CARESTIA OOM PALAVfcfVE (REPORTAGEM NA 11.« PAGINA) ANO I Rio, Semana de 28 de agosto a 3 de setembro de 1959 N.°27 \ -^¦ifTnW'WLfSf-a'h\*QÈm\\. _~^^^^L^ i>^^^«^^^>^>^^M.'^^^^^^^^^^^^^^^Éfl REDAÇÃO: AVENIDA RIO BRANCO. N.° 257 - SALAS 1711/1712 DEPUTADO FERNANDO SANTANA NA CaWARA: TODAS AS CONDIÇÕES PARA 0 REATAMENTO FALTA UM ATO DE CORAGEM DO GOVERNO .NAffACIM», INTEGRA DO DISCURSO DO PARLAMENTAR BAIANO, A LUTA E 0 ÚNICO CAMINHO A ondo vertiginosa de aumento» que >e abole agora sôbre o população, anulando por completo ai pequenas vantagens obtidas com a elevação do io- Iário mínimo, demonstra que não passaram da pro- mossas vãs os compromissos assumidos pelo Presiden- te da República de que poria termo à ascensão do custo de vida. O que as próprias estatísticas oficiais revelam é que, ao contrário das perspectivas otimii- tas indicadas pelo sr. Juscelino Kubitschek, no» últimos meies os preços se elevaram em nada meno» de 25 por cento. F desnecessário acentuar o que «to representa «orno fator de agravamento das condição» da vida das grandes massas, principalmtnta dos írcbalhodo-" res. salàvlo* •V«WKim«nr6« Veilèm^cída V»x m* nos, anquanto «roscam a insatisfação a rovolta nas fábricas ascritórios, am cada balrra t tm «ada lar. O povo brasileiro não pode conter a sua indignação em,fac» das dificuldades dia a dia maiores que en- fr.nta para satisfarer as suas necessidades mais vitais. Os trabalhadores e o povo não tem dúvida em reconhecer no Governo o responsável por esto situa- r,ão. A verdade é que o ir. Juscelino Kubitschek, «pe- sar do gesto dramático com que anunciou recente-J mente que chegaram ao fim os aumentos de preços, não adotou, e obstina-se em não adotar, as medidas efetivamente capazes de pôr cÔbro à carestia da vi- da. Essas medidas têm sido insistentemente apontado» tanto no Parlamento, como pelas organizações sin- dicais e populares. No entanto, em lugar de seguir o rumo que lhe indicam os forças nacionalistas e.de-,, mocráticas, limita-se o Governo a repetir promessa* é, quando muito, a lançar ameaças ou a substituir ai- guni dos seus auxiliares imediatos. Não se vêem, en- ^ tretanto, as providências concretas n*> sentido do au-} mentar a produção agrícola e, menos ainda, de rèú- j lixar uma política cambial que, em vez de beneficiar os monopólios norte-americanos, contribua para ali- vior a Insuportável carga que pesa sôbre o nosso po- vo. E enquanto semelhantes medidas não forem ado- tadas, com toda seriedade, no firme propósito de ser- vir às massas, o único resultado será o aumento .in- cessante da carestia de vida. São os trabalhadores, naturalmente, os que mais sofrem as conseqüências dessa deliberada inoperân- cia do Governo. Por iiso, são também os trabalhado- res os que mais decididamente protestam contra este estado de coisas e lutam para que o sr. Juscelino Kubitschek deixe de lado as sucessivas promessas e passe à ação prática e eficiente. A pressão das mas- sas sôbre o Governo náo tem cessado nos últimos me- ses. Contudo, não atingiu ainda a força capaz de le- var o sr. Kubitschek a mudar de rumo, a seguir umo política voltada para os interesses do povo, que pos- ta na realidade conter o crescimento vertiginoso do» dificuldades que otingem a população e fazem,'- d»-, jua vida um sofrimento dia a dia maior. j A dura experiência das massas mostra que não outro caminho para os trabalhadores e o povo senão este: pressionar cada vez mais o Governo, lu- tar eom uma firmeza e uma decisão sempre maiores, .xigtndo a adoção de uma política que reflita d. fato as suas necessidades e os seus anseios. Sòmen- t. através da luta, com a participação efetiva das grandes massas, será compelido o Governo o impri- «tlr à sua política os rumos que o povo espera e exige. WM^pHH||HBBBBmHBHHM«|MHHBBBaBa>«^>«iiiiVHV««. ; .-.-,• j m\m^H^H «L^V^I l^l1^!^^^^! ^H^^^Ha^^BHa ^^^^^1 ^K^^^L^*«^h] ^C Mt^mmml^L^^^^MmmmmmmmW ^mmWtmm^HB^^^I ¦tfjl^H ^HÍ^^kH ljk£^H 1^ ^H^HKW^H ^Hr^^Kfllufl mW^^Mm mWyAmX'''l*MmW*' WP- ¦¦y^<$V ffi'¦'•'.':''^"^KwgJP-Vr''-:-'-:-«t^«Ms-Smte>: JílMÍ f^flHK;:aMyM ^fl} ^B mmm?&$£Í&&$.'^mmWMmmWiJM^C WmTmWÈmmW^ JmWÊRÍÉL, ^mmWL ' m\\W M '*m\mW --SiMÍ/ -'J^wS** êv*--^i ¦' v'5 «¦¦ WBvvff-M vR- ¦ mW*mm*t-*-'#s?$?.:^mmr.--mmmM mm^wktMMm,' ,mMM\ mmt%<mmmmmm^mmm?ttjjy:,J&&fi?iMmW:. MtWjmWmlMm lom..M*Wmmm^'ZjVmmm£?mM-. ^mmk.>-mmw '9-wMmm. m ¦* -v-Sm -:¦¦¦• JsMr- liKV - ¦¦?££" ¦¦'. J^Mheiwi^K r±.•¦'¦''¦¦¦¦WR^^Mí-SxSBwliii^^Brir-XvaW^^^B iMF-m ~^^M m^Mi ¦íM*mfm^mmmmm^Ml!-.^TÍI^Í^^'.mMmmW-r' Mt mMmmm\'VmmL,'M\ t^M-mBkMmMMmvtiSr. ¦¦'¦^MmmiiMmmT' o^^fl »:'wS'''* ' JT>flr m^^^^^Mi-f**iTTiri ri?""'"' ¦ -'t ¦ ¦¦•¦¦>*.¦;¦¦•: -.¦¦¦;> íi ii i ¦ t\WíiuÊÊ IMii^msi TbIIMmIi "$ «? 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Como suc^e todos os anos o ponto alto «Ins comemorações fo. o «l«».r diante do Pwiteoii de Caxias, onde, de uni pa anque armado, í'p eAíe I República o o ministro ^«^rÍÃK ««¦¦bre a data. Km seu diseurso. o presidente da Uopullua : desteeôu o papel «lo Exírcite na nianutenç^ da un.(h.«lo Sedl™ clSna de respeito às íustltuiç<5e. democri- Zto «um momento em que o Brasil assume «*™V°^ hillíude de traçar uma politiea mais firmo no plano Exte- SI5?K rS Z aspecto das eomemoraçôe, na Praç» da Republica TRA Ei ' Mmm9 » ' Irai assissas 11.a página) -> ¦"¦>.'' ¦,'.' W QUEM A CULPA! - Z /•« magtmsaaum\ * - »M1iW.pl|W<W«MW«<W»»'*."1ll<1 W—1 WOt&faGmjMm O incêndio que destruiu o prédio 290 da Rua Buenos Aires, na noite de sábado para domingo último, consternou a cidade. K„mh^im« oerderam a vida no combate às chamas e tentando salvai Três va^ros«„Xbitavam í edUirio. üm do. moradores morreu também entre as as famílias que ha^tavam o eiuW*lragédia da qual jabaredas . os «combro». ^«jggrT^SiT&lto desabrigadas. Edlfí- resultaram ainda dezenas de J™^.,™^^ entr. 08 seuB locatários. Agora cios vizinhos também ^«Jjg^./pJSSK das vidas humanas e os da- pergunta-se: de quem a "¦^f*1"*,^«^iutóncla de-um depósito de combustível nos materiais? A causa do Incêndio Íoiia ;fgttg^ um djposuo^ em IfSllii^in,raçâ0 da lel? Nâo FUSÃO DF-RJ OU ESTADO DA GUANABARA? (Na 7.a página, a opinião de Astrojildo Pereira e Manoel de Oliveira) O MUNDO QUE EU VI Iniciamos hoje, na 4.* página, a publicação de uma série de crò- nicas de ENEIDA com impressões da visita que recentemente fêf a paises socialistas

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MEIAS MEDIDASGOVERNO NÃO BARRARÁ CARESTIAOOM PALAVfcfVE

(REPORTAGEM NA 11.« PAGINA)

ANO I — Rio, Semana de 28 de agosto a 3 de setembro de 1959 — N.°27

\ -^¦ifTnW 'WLfSf-a 'h\ *QÈm\\. _~^^^^L^ i>^^^«^^^>^>^^M.'^^^^^^^^^^^^^^^Éfl

REDAÇÃO: AVENIDA RIO BRANCO. N.° 257 - SALAS 1711/1712

DEPUTADO FERNANDO SANTANA NA CaWARA:

TODAS AS CONDIÇÕES PARA 0REATAMENTOSÓ FALTA UM ATO DE CORAGEMDO GOVERNO

.NAffACIM», INTEGRA DO DISCURSO DO PARLAMENTAR BAIANO,

A LUTA E 0ÚNICO CAMINHO

A ondo vertiginosa de aumento» que >e abole

agora sôbre o população, anulando por completo ai

pequenas vantagens obtidas com a elevação do io-

Iário mínimo, demonstra que não passaram da pro-

mossas vãs os compromissos assumidos pelo Presiden-

te da República de que poria termo à ascensão do

custo de vida. O que as próprias estatísticas oficiais

revelam é que, ao contrário das perspectivas otimii-

tas indicadas pelo sr. Juscelino Kubitschek, só no»

últimos meies os preços se elevaram em nada meno»

de 25 por cento.

F desnecessário acentuar o que «to representa

«orno fator de agravamento das condição» da vida

das grandes massas, principalmtnta dos írcbalhodo-"

res. O» salàvlo* •V«WKim«nr6« Veilèm^cída V»x m* •

nos, anquanto «roscam a insatisfação • a rovolta nas

fábricas • ascritórios, am cada balrra t tm «ada lar.

O povo brasileiro não pode conter a sua indignação

em,fac» das dificuldades dia a dia maiores que en-

fr.nta para satisfarer as suas necessidades mais vitais.

Os trabalhadores e o povo não tem dúvida em

reconhecer no Governo o responsável por esto situa-

r,ão. A verdade é que o ir. Juscelino Kubitschek, «pe- •

sar do gesto dramático com que anunciou recente-J

mente que chegaram ao fim os aumentos de preços,

não adotou, e obstina-se em não adotar, as medidas

efetivamente capazes de pôr cÔbro à carestia da vi-

da. Essas medidas têm sido insistentemente apontado»

tanto no Parlamento, como pelas organizações sin-

dicais e populares. No entanto, em lugar de seguir o

rumo que lhe indicam os forças nacionalistas e.de-,,

mocráticas, limita-se o Governo a repetir promessa*

é, quando muito, a lançar ameaças ou a substituir ai-

guni dos seus auxiliares imediatos. Não se vêem, en- ^

tretanto, as providências concretas n*> sentido do au-}

mentar a produção agrícola e, menos ainda, de rèú- j

lixar uma política cambial que, em vez de beneficiar

os monopólios norte-americanos, contribua para ali-

vior a Insuportável carga que pesa sôbre o nosso po-

vo. E enquanto semelhantes medidas não forem ado-

tadas, com toda seriedade, no firme propósito de ser-

vir às massas, o único resultado será o aumento .in-

cessante da carestia de vida.

São os trabalhadores, naturalmente, os que mais

sofrem as conseqüências dessa deliberada inoperân-

cia do Governo. Por iiso, são também os trabalhado-

res os que mais decididamente protestam contra este

estado de coisas e lutam para que o sr. Juscelino

Kubitschek deixe de lado as sucessivas promessas e

passe à ação prática e eficiente. A pressão das mas-

sas sôbre o Governo náo tem cessado nos últimos me-

ses. Contudo, não atingiu ainda a força capaz de le-

var o sr. Kubitschek a mudar de rumo, a seguir umo

política voltada para os interesses do povo, que pos-

ta na realidade conter o crescimento vertiginoso do»

dificuldades que otingem a população e fazem,'- d»-,

jua vida um sofrimento dia a dia maior . j

A dura experiência das massas mostra que não

há outro caminho para os trabalhadores e o povo

senão este: pressionar cada vez mais o Governo, lu-

tar eom uma firmeza e uma decisão sempre maiores,

.xigtndo a adoção de uma política que reflita d.

fato as suas necessidades e os seus anseios. Sòmen-

t. através da luta, com a participação efetiva das

grandes massas, será compelido o Governo o impri-

«tlr à sua política os rumos que o povo espera e exige.

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PAPEL DO EXÉRCITOnivenuui eomwioraçÔPN assinalaram a passagem, a 15 doSrrente, dT-DI» do «Soldado». Na Câmara Federal o eyen o

f„i Wu,lado pelw deputados Seixas I>ona o'Monde» de Mrais arnlMis frisando a enorni« contribuição do Exôroito »n.-rioàwluA dos problemas nacionais, nâo apenas uo

p uno LiMoTrom* tombem na atualidade. Como suc^etodos os anos o ponto alto «Ins comemorações fo. o «l«».rdiante do Pwiteoii de Caxias, onde, de uni pa anque armado,í'p eAíe I República o o ministro ^«^rÍÃK««¦¦bre a data. Km seu diseurso. o presidente da Uopullua

: desteeôu o papel «lo Exírcite na nianutenç^ da un.(h.«loSedl™ clSna de respeito às íustltuiç<5e. democri-

Zto «um momento em que o Brasil assume «*™V°^hillíude de traçar uma politiea mais firmo no plano Exte-SI5?K rS Z aspecto das eomemoraçôe, na Praç»

da Republica

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W QUEM A CULPA! -

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O incêndio que destruiu o prédio n° 290da Rua Buenos Aires, na noite de sábadopara domingo último, consternou a cidade.

K„mh^im« oerderam a vida no combate às chamas e tentando salvaiTrês va^ros«„Xbitavam

í edUirio. üm do. moradores morreu também entre asas famílias que ha^tavam o eiuW* lragédia da qualjabaredas . os «combro».

^«jggrT^SiT&lto desabrigadas. Edlfí-resultaram ainda dezenas de

J™^.,™^^ entr. 08 seuB locatários. Agoracios vizinhos também

^«Jjg^./pJSSK das vidas humanas e os da-pergunta-se: de quem a "¦^f*1"*,^«^iutóncla de-um depósito de combustívelnos materiais? A causa do Incêndio Íoiia ;fgttg^ um djposuo ^em IfSllii^ in,raçâ0 da lel? Nâo

FUSÃO DF-RJOUESTADO DAGUANABARA?

(Na 7.a página, a

opinião de Astrojildo

Pereira e Manoel

de Oliveira)

O MUNDOQUE EU VIIniciamos hoje, na 4.*página, a publicaçãode uma série de crò-nicas de ENEIDA comimpressões da visitaque recentemente fêf

a paises socialistas

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WWtfflt f tímm mm NOVOS RUMOS = 28 - 8 a 3 - 9 - 1959=

GUERRA NA INDOCHINA

LAOS E WAS HINGT0NRESPONSÁVEIS PELA CRISE

Irrompeu novamen-te a guerra civil naIndochina, a antigacolônia francesa. Es-tá conflagrado o Es-tado de Laos. E se-gundo reconhecem as

autoridades laotia-nas, os guerrilheirosque atuam em 5 das11 províncias em quese divide o Reino es-tão alcançando im-portantes vitórias.

ANTECEDENTES DA CRISEDerrotados os colonizadorei franceses na sua ten-

fativa de restaurar seu domínio sobre oi povos da Indo-china, os imperialistas norte-americanos se propõem alubstitul-los. Levam à prática a famosa teoria do «vá-cuo», isto é, os Estados Unidos tratam de preencher olugar deixado pelos colonizadores onde quer que estestenham sido derrotados. Com a formação na penínsulaIndochinesa da República Democrática do Viet-Nam,orientando-se para o socialismo, os imperialistas ameri-canos procuram preservar o estatuto colonial nos dois Es-tados vizinhos: laos e Cambodja.

Nem o Acordo de Genebra, firmado em 1954, Impe-de essa Intervenção dos Estados Unidos, que representauma violaçflo frontal daquele acordo. O governo laotia-no de Fui Sananikon, mancomunado com os imperialistasIanques, suspende as atividades da Comissão Interna-cional destinada a zelar pelo cumprimento do Acordode Genebra. E, simultaneamente, começa a importar em

grande escala armamentos dos Estados Unidos e permitea entrada no país de peritos militares norte-americanos.Além disso, conclui um acordo legalizando abertamentea presença no país de militares ianques, passando oexército de Laos a seu controle. No território de Laos osamericanos passam a construir aeródromos e platafor-mas de vôos e aterrissagem. Num ato de desafio aoscompromissos assumidos pelo Acordo de Genebra, o go-vêrno de Laos envia observadores à sessão do Conselhodo Tratado Militar do Sudeste da Ásia (SEATO) e às

manobras militares efetuadas por aquele bloco.Os compromissos de ordem Interna são igualmente

violados pelo governo de Sananikon. Acertada em prin-cípio a formação de um governo de coligação com asforças da Frente Patriótica, isse compromisso foi poste-riormente ignorado, não obstante a grande votação al-

cançada pela oposição nas eleições de maio de 1958.Os dirigentes da Frente Patriótica passaram a ser

perseguidos. Presos a domicílio, Inicialmente, foram de-

pois encarcerados, inclusive o príncipe Sufanuvong, líder

das forças oposicionistas de Laos.

ATOS Dl TERROR

Estimulados pelos Imperialistas norte-americanos —

que consideram o Sul do Viet-Nam (laos e Cambodja)eomo parte integrante do bloco militar da SEATO, as

autoridades locais começaram a praticar verdadeiros atos

de barbaria contra as forças oposicionistas. Nos últimostempos foram presos no Viet-Nam do Sul mais de 180

mil pessoas e cerca de 5.000 foram mortos. Não há

muito, revelou-se um desses atos de selvageria: o enve-nenamento coletivo de 6 mil prisioneiros, dos quais mil

morreram.AGRAVA-SE A SITUAÇÃO

Ante estas medidas de governo reacionário de Fui

Sananikon, a luta reacendeu-se no reino de Laos. Tudoa prenunciava, particularmente depois da aberta inter-

venção dos Estados Unidos naquele Estado e da cessa-

ção das atividades da Comissão Internacional para fis-

calização dos Acordos de Genebra.A politica do governo laotiano só poderia causar

Indignação eníre o povo e o reinicio da guerra intestino.

As últimas notícias indicam que há luta encarniçada na

zona norte de Laos, próximo às fronteiras com a Repú-blica Democrática do Viet-Nam, que têm sido violadas.

Como era de esperar, trata-se agora de apresen-tar as coisas como se estivesse havendo ingerência da

República Democrática do Viet-Nam e da República Po-

pular da China em Laos. Uma declaração neste sentido

foi dada a público pelo Departamento de Estado dos Es-

tcdos Unidos, numa tentativa de desviar as responsabili-dades próprias pelos acontecimentos.

Mas, pergunta-se: Por que o governo de Laos.expul-

sou a Comissão Internacional de Fiscalização do Acordode Genebra? Por que os Estados Unidos instalaram bases

militares em Laos, contrariamente àquele acordo? Por

que na prática levaram o Estado de Laos para o bloco

militar da SEATO? Por que oficiais das forças armadas

dos Estados Unidos se encontram no comando do exér-

cito laotiano?E' mais que evidente que aos autores destes alos

cabe toda a responsabilidade pelos choques armados quevoltaram a conflagrar a Indochina meridional.

E A COMISSÃO DE CONTROLE?

A situação não é remedlável. A Comissão Interna-

cional de Controle, cujas atividades foram suspensas

pelo governo de laos (formada pela índia, Polônia e

Canadá), poderá, nesle momento grave para os povosda Indochina, impedir que a guerra se propague, Se o

governo de Laos não der um passo neste sentido, é queconfia demasiado nos imperialistas norte-americanos. E

caberá então a estes o retorno a medidas de bomsenso.

[Jfflfflyffffljüirelor — Mário Alves

Gerente — GuttembergCavalcanti

Redator-chefo — OrlandoBomfim fr.

Secretário — FrogmonBorges

REDATOHESAlmir Matos, Rui Facó

Paulo Motta Li mi'.,' Mariada Graça, Luis Ghilardini,

MATRIZRedação: Av. Rto Bran-

co, 257, 17.' andar, S/1712— Tel: 42-7344

Gerência: Av. Rio Bran-co, 257, 9.» andar, S/S05Endereço telográfico —

«NOVOSRUMOS»ASSINATURAS

Anual .... CrS 250,00Semestral . " 130,00Trimestral . " 70,00

Aérea ou sob registro, dcs-pesas à parte

N. avulso .. CrS 5,00N.» atrasado. " 8,00.,

0 Medo da Paz

Nos círculos comerciais, não tedemorou multo em compreenderas perspectivas de relaxamento detensões que oferece o encontroentre Eisenhower e Kruchev, tan-to assim que, na Bolsa de NovaYork, houve a baixa mais brutaldesde a que se seguiu 4 crise car-diacs do presidente, em 1955. O"medo da paz" ocasionou uma bal-xa apreciável nas ações daquelasindustrias que, por sua natureza,eitào ligadas ao programa de defeia dos Estados Unidos: indus'Irias de alumínio, aço, avlaçio, tle-

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CaracterísticasGerais

O Reino de Laos é umdos três Estados que for-mam a península da Indo-china, antiga possessão daFrança.

Superfície — 237.000

quilômetros quadrados,

População — 1-500.000habitantes 11955) .

Capital — Vientian,com pouco mais de 30.000habitantes.

Durante quase 60 anosLaos foi colônia francesa,exportadora de matérias-

primas para a Metrópole.

Sua população aindahoje se ocupa quase total-mente da o g r ic u 11 u r a

(95%) . A prinicpal cul-tura do país é o arroz.Mas seu subsolo é rico emminérios, quase inexplora-dos.

Aproximadamente 90%da população são de anal-fabefos.

Datas de algunt acon-tecimentos recente»!

1945 — 12.X. — Um

governo provisório revolu-cionárlo proclama a inde-

pendência do país.

1946 — Março. — Ini-

cla-se a intervenção dastropas francesas.

1947 _ Abril. — E'

proclamada a monarquiaconstitucional de Laos, sobo protetorado francês.

1949. — 19.VII — E'

assinado um tratado en-tre o governo da França

e o Reino de Laos, pelo

qual a França reconhecea «independência» do paísdentro da União Francesa.

1951, _ ll.HI _ For-ma-se a Frente Nacionaldos Povos de Laos, Viet-Nam e Cambodja.

1954 — 21.VII — E\

assinado em Genebra umacordo entre as grandespotências (estabelecendo a

paz na Indochina, de hámuito conflagrada pela in-

tervenção dos colonizado-íes franceses. Por esse

acordo é assegurada a

independência e a sobera-nia de Laos.

1955 _ 14.XII — Laos

é admitido na ONU.

1956 — Janeiro — Fun-

da-se a Frente PatrióticaPatet-Lao (de oposição).

1956 ¦- 29. XII -

Acordo entre as unidades

combatentes do Patet-lao

« o governo para forma-

çãc de um governo de coa-

lizão. Este acordo não foi

cumprido.

Carta do Paraguai

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Correspondência publi-cada em "O Estado de SãoPaulo" domingo últimoÍ23.V///J, transcrevendo umartigo do jernaf francêsTExpress", revela perfei-fomente o quanto certoscírculos dos Estados Uni-dos têjm fiorror à paz e tra-

tam de manter a tensãoInternacional. O simplesemúncio da visita do Pri-meiro-Minlstro da URSS,Krusehiõv, aos EstadosUnidos alarmou o$ círculosfinanceiros de Wall Street.Acima damos o fac-símiledo trecho a que nos refe-

f/nos

mm l ns»:ffi GELADA ELETRIFICADA

Stroessner

ASSUNÇÃO (agosto* — Es-pecial pnra NOVOS RUMOS— O Paraguai está vivendomomentos de grande angus-tia, muito embora seja gran-de a esperança do povo deque as lutas atuais culminemna queda da feroz ditaduraStroessner.

Acompanhando o fluxo dedemocratização que empolgaa América Latina, onde, pou-cas sio as ditaduras que atn-da se mantêm,' o povo para-guaio intensifica a sua lutaem prol dn liquidação doregime de força vigente emseu pais. Em meio a sólidaunidade, multiplicam se osmovimentos populares e crês-ce o número de seus parti-cipantes.

Esgotados todos os recur-sos pacíficos, o governo deStroessner apela agora paraa mais desabridn violência,numa tentativa desesperadapara a manutenção do poder.

Operários e estudantes su-perlotam os cárceres do Pa-ragual, sofrendo tor t u r a scomparáveis ás que deramtriste fama aos verdugos na-zlstas, havendo, em algunscasos, conseqüências fatais.Como exemplo, podemos citaro caso do Jovem secundaristaVlctor Marcial Miranda, prê-so em Assunção. No dia se-gulnte, foi èle conduzido aohospital pnr um policial, emestado de coma, vindo a f»lecer dois dias depois. Efetua-da a autópsia, constatou-seque êle sofrerá conges-tão pulmonar. Uma dasmanei ias de produzir-se acongestão pulmonar —- e, pro-vàvelmente foi o que sucedeu— é a imersão numa piscinade água gelaria e eletrifica-da, pratica comum nas salasde torturas da brutal dita-dura paraguaia.

O ESTOPIM DOSACONTECIMENTOS

As passagens nos transpor-tes coletivos — que são ex-piorados pelo próprio govêr-no — sofreram um aumentode 66 % em seu preço.

Os estudantes resolverampromover uma passeata, naqual protestavam contra essamediria altamente lesiva à Jáminguaria bolsa do povo.

A manifestação estudantilfoi dissolvida a golpes de sa-bre, violência que deixougranriP saldo rie feridos e pre-sos.

Nos dias seguintes, os es-tudantes renovaram os seusprotestos, sobressalndo-se nessa luta os acadêmicos de meclicina Já totalmente prlvadcrio senso rie medidas, em virtude da agonia que precedeo fim, o governo resolveu,por Isso, cercar milltarmenteo Hospital da.s Clínicas, dlfl-cultando ainda mais o pre-c.árfo funcionamento daquelainstituição. Náo satisfeito, au-torizou- r. policia a empvoen-der cargas de cavalaria con-tra médicos, estudantes, pes-

soai hospitalar e até doentesque se dirigiam para aquelehosocômlo. O próprio Diretordo Hospital, que viera par-lamentar com os policiais,foi agredido numa das lnves-tidas dos cavalarianos.

Em face de tais violências,os médicos decretaram grevede 48 horas e se uniram re-solutamente às lutas popu-lares.

DESENCADEADOO TERROR

Desapareceram por com-pleto as garantias para opovo paraguaio. Relnstaurado o estado de sitio, os des-mandos da policia, acoberta-da e orientada pelo ditadore seus asseclas, passaram adominar o cenário do pais,com redobrada ferocidade.

Com sarlha selvagem, aaforças policiais passaram acercar e invadir as faculda-des e colégios, nfto poupandonem as escolas religiosas,prendendo e espancando es-tudantes de ambos os sexose de todas as idades. O cercose faz com aparato seme-lhante ao das operações béli-cas, utilizando sabres, gases,pistolas e, inclusive, metra-lhaclorns pesadas e morteiros.

Os sicárlos de Stroessnerespancam e aprisionam, ln-distintamente, homens e mu-lheres, adultos e crianças,médicos e operários, manífes-tantes e curiosos.

O POVO EM LUTAOs estudantes deflagraram

a greve geral e Indetermina-da. Para melhor organizar se,criaram o Comitê de CentrosUniversitários, composto pe-Ias faculdades de Medicina,Engenharia, Quimlca e Par-macia, Odontologia, Arquite-tura e Filosofia. Em açãoconjunta com o Comitê,atuam os grêmios secunda-rlstas e a Associação Médicade Assunção.

Conscientes de que sòzi-nhos pouco ou nada poderãofazer, os estudantes dlstri-buem manifestos conclaman-do a classe operária e demaiscamadas populares à luta,cujos objetivos são a derni-bada da ditadura e a convo-cação da Assembléia Consti-tuinte, apelo que tem encon-trado a maior receptividadeno selo do povo. Juntamentecom os manifestos, é divulga-da a lista dos principais ini-mlgos do Paraguai, rol enca-

beçado pelo ditador, Minis-tios do Interior e da Educa-çáo, Chefe de Polícia de As-sunção e Reitor da Unlver-sldade Nacional.

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Numa tentativa de isolaros estudantes das demais ca-madas populares, o governoofereceu lhes r e d u ç fto naspassagens dos coletivos. OsJovens prontamente rejeita-

ram a oferta, dizendo só acel«tar a mediria se ela fôr es-tendida a todos.

Os estudantes, unidos a to-do o povo, afirmam estar dis-postos a sacrificar a própriavida, chegando inclusive àluta armada se fôr necessá-rio, a fim de que o Paraguaipossa viver pacífica e demo-cràticamente.

CRÔNICAINTERNACIONAL••*•********•*

DIVULGUE«NOVOS

RUMOS»

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j%v-i.,/'

iteitíL

A CHINA É NOSSA VIZINHAPretende-se atribuir os acontecimentos dos últimos

dias no reino de Laos a <maquinações.*, da China. A'guer-ra civil deflagrada naquele pequeno pais ria antiga In-dochlna francesa seria uma espécie de manobra rie Pe-qulm para mostrar que os problemas internacionais nàopodem ser resolvidos sem a presença da República Po-pular da China.

Há nisso um lado falso e um lado verdadoiro. Olado falso é pretender-se que a Pequim' cabe a responsa-billdade pela guerra civil em Laos. O lnrio verídico éque a maior nação ria terra — or 600 milhões dechineses — nâo pode ficar & margem dos acontecl-mentos internacionais e rie sua solução.

A guerra civil que lavra agora em Laos resultade uma política irracional imposta àquele reino por in-terêsses estranhos — os interesses de transformá-lonum ponto-rie-apoio do bloco de guerra da SEATO.Estimulada pela «ajuda» dos Estados Unidos, a camari-lha reacionária dominante em Laos levou sua ofensivainterna contra as forças oposicionistas a tal ponto queestas, riefendenrio-se a principio, passam hoje ft contra-ofensiva.

As forças revolucionárias laotlanaa contam natu-ra.lmenle com as simpatias iJa República Popular daChina. Sáo forças predominantemente rie esquerda, in-fluenclaria.s sem dúvida pela vaga socialista que se es-tende a toda a Ásia.

Mas forças com n mesmo caráter — orientadas porum programa nacional-libertador — se encontram, radavez mais vigorosas, não só na Indochina, como na Bir-mania, na Índia, na Indonésia,

Sáo «influenciadas» pola Revolução chinesa? Claroque sim. A Revolução chinesa 6 a mais profunda revo-lução jã ocorrida na História doR povos asiáticos, umdos mais importantes acontecimentos internacionais detodos os tempos. A sua Influência, 0 seu reflexo se pro-paga não só peln Oriente. As transformações por queestá passando a China começam a pesar decisivamentena balança mundial.

E' isto o que se pretende Ignorar E' a Isto que fe-cham os olhos os políticos já naturalmente míopes dosEstados fnlriop e ti", outros países ocidentais, entra osquais os mais alertas, como sempre, são os inplêses, quenão perderam tempo om reconhecer a realidade: n exis-têncla ria China Popular como unia grande potência.

Mas nisso tudo está presente ainda outro fator:o velho hábito do Ocidente de decidir das questõesmundiais — Inclusive ns ria Ásia — sem ouvir o.s povosdo Oriente. Hojr> é bem pequeno o nosso mundo, AChina é nossa vizinha, graças aos rnormos progressosque tem feito. E estará tanto mnls porto do nós quantomais avançar em suas conquistas econômicas, eíentífi-cas. técnicas e culturais. Dentro om pouco ela possuirátambém armas atômicas — >se estas não forem interdi-tadas por um acordo Internacional quo n compreendatambém. Tora os seus sputinlks, ns sons foguetes, selançará nos espaços interplanetários. Disso ninguém podemais ter dúvida.

Assim, o erro básico é pretefirler-se o Impossível!uma autêntica reviravolta na situação internacional,seu alivio, o fim da guerra fria, ignorando-se a Repú-blica Popular da China.

E no dia om que a China, o povo chinês tiver vozativa nas questões internacionais — o mnls legítimodos direitos de um povo que forma umn quarta parte dahumanidade — problemas como o do Lao.s poderão serresolvidos por meios pacíficos, através da ONU, p nãopela força rias armas. Por isso certamente anselam to-dos os povos.

RUI FACÒ

Page 3: OOM PALAVfcfVE MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO ......MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO BARRARÁ CARESTIA OOM PALAVfcfVE (REPORTAGEM NA 11.« PAGINA) ANO I — Rio, Semana de 28 de agosto a 3 de

28 -o a 3 - 9 - 1959 «*¦=-. NOVOS RUMOS == PÀCINA 3

Partidários De LottOrganizam-se Para a Campanha

JAN.3 E

PRESTES EJURACI

Ocuparam destacado io-¦çar no notiriário políticodos último» dias «u*. *spa*cúíaçòe» em torno de umencontro que »e realizariaem Salvador entre o ex-senador Luís Carlos Pres-te» e o t-overnador JuraciMagalhães.

Deu lugar, certamente,a essas especulações apróxima viagem que Pres-tes fará à Bahia, atendim-do a convite de amigos ocorreligionários seus na-quele. Estado. A viagemdo líder comunista estavaprogramada já há váriassemanas o, segundo esta-mos informados, deveráser realisada em começosdo més vindouro. Visitassemelhantes tem feitoPrestes a vário*. Estados,íiil.iisiv-* dc Norte do pais.

Lidet cl- um* «oiieiii-uulitic* * dirigente popu*f»r de reconhecido pi esti-K*io, não pode causar es-tóiiheza que, visitando osvário» Estados, Presi esentre em contato com it«sua-* figuras representai i-vas, particularmente domundo político. Que ha.-veria de mais, portátil.»,no fato de, indo à Bahia,encontrar-se Preste* como governador (l"'sse Estadoque é, além 'i'1 mais, umapersonalidade política deatuação nacional'/ O» fu-eontros *» entrevista-, entr* dirigentes políticossáo um Tatu absolutaineii*le normal 'i» vida demo«ratica.

Nlo íoi, alias. 'ustaiiieiift assinalado pelo sr. .In-i-_'-i Magalhães em dei-la--rações feita» a imprensafcaiaj.a a piopósito ila<- «»-peciilàçõés siugidas naimprensa raiicji "in '"'"

\ cnmpanhfl eleitoral ¦*.•.marechal Teixeira Loli, *i•)in? párec* começa » entraimimia fase *'<¦ trabalhe maUitivc • organizado ü« nni-(•eiiie-- ;1» campanha eii-qiiiiiito st prepara a recepçácoficial do PSD ao «-cr, :andidato, possivelmente aindaesta semana, estão preocupa-dos em dar à campanha, des-de já. um sentido popular,principalmente através c/acriação do maior numero (iecomitês, congregando perso-najidades e simples homen.1-cio povo.

No Rio. alguns desses cii«diités foram ou estão sendoorganizados, Na última sc-mana foi estruturado o Co-mlté pró-Lott da _onn Sul,senrá instalada » sua «eoenum apartamento da Pi...Jardim Botânico, Esse ^miiltêja realizou uma primeiraremiião coletiva, cum a p.,i-ttclpação áe representantesdos inowvuoiec dos inono-Uo Leme * santw Isabel, Mat;cinco comitês ue bairro lu-iam unida instalados em Copacabana, Na zona Novli loi

no do propalado encontro.A viagem de Preste.* à

Bahia, onde receberá ashomenagens de seus cor-religionário*. e amigo? da-quele Justado, leia lugar,eomo dissemoR, noa pri-Hieiros dias de letembio.

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ir.aiip passada u comltf .'<Penha numa solenidade íi»¦iui- diversos oi adorei muni-testaram « confiança á* -i .«sende «ieiic sm itítiO, o ma-

'.•«¦ha; Teixeira Lott reali-aia,ii- gtvérnii oacionahstf evolLídc par» u «tendimentoJai> necessidades cio povo.

Da mesma lorma. em SáoPaulo vêm surgindo nas ul-timas semanas vários comitê.»pió-Lott. Nesse Estado, o.sdirigentes da campanha de-iam início a uma intensapropaganda da candidatura,através «e diferentes carta--e» de orientação naclona-Ima.

Outras organizações dessenpo devem ser instaladas na('apitai nas próximas sema-nas. segundo informaçõesprestadas pelos dirigentes do.Movimento oró-LoLt

PROGRAMACOMUM

»...,..«ii.u. 'SH (.a. cúpulai. «rüúaria» tiveram inicio asleimiôe*. tanl-s da chamada

('omi<<*ão úe Atrito" — que ..- destina a dL»cut-ir e enca-

minha, a solução dos pro-blcmaa existente* nas áreasi-iri que há atritos enlre oPSD t o PTB — como dacomi_*à0 que tem por obje-tivo a elaboração do progra-ma comum da, candidatura

"i, (-«.-'ítiiado pelo PTQ

OOE SÜSJ* fl

tLLER:PETROBRÁS?

Coni. »» esfievim o*-».lllil 10 llliinilP.Mf.-s B.-iit"

¦•Miadições eu' i eltn.f.itos('eMedisla.1 «• trabalhistasacerca d*e in p#4'tanles pro-Ijlrma.v (jat- deverão ie. loimulatlo* iu, "progHi.ma co-nn.iii" Quanso à reformaRgráii". poi e-auipit», cuja«dc ao ria, co rc a toda».,,« (oiças progressista», vem'.iiftinri*) iabe-se que algun»

liüeies pís-o-Jist.9* mais rea-cionários -- entra Vles. * *•*C-:m'_io Capanema, meiiibrous comissão — procuram,' íe.« -te ifià». -ispécia tis

.•."I8";i« inipt).1**' qu» sejamapontadas no wograma io-luções realmen' * capazes o»abrir caminho oura a eliiu,na cão do monopólio da leue para garantir de tato aa*camponesti o «cp»---o à terra

i> inesiin .-e verifioh quan-i. 'j i;.i'.-láo cio.*- limitei da-

i .'nessa* de lucros pelas em-oré-.ii- estrangeiras! Sóbre amatéria, existen já iu, Ca-mara diversos projetos dtinspiração nacionalista, par-ticularmenle os do deputam,Sérgio Magalhães. A bancadapessedlsta, no entanto, apesaioe concordar com a discussãodos projetos Sérgio Maga-lhãe.s. estaria inclinada a nãopeimltlr a sua aprovaçãoa p r ementando substitutivosque mutilariam a própria es-sencia do» projetos. Soluçãoidêntica pensariam os pcwie-vistas em dar ao projeto dotrabalhista Temperam Perei-ra «obre a reavaliação doativo das empresas concessio-lárlas de serviço» pf.blir.oi.

CONVENÇÃODO PSD

<Ji partioanua mau etitu.-iastas de Lott no PSD estàoredobrando sua atividade no.sentido de vencer os chama-dos "bolsóes Oe resistência"existentes ainda na direçãodo partido majoritário, tendoem vista assegurar a realiza-i.ão em novembro da Convençãonacional pessedista para ahomologação defini tva dacandidatura tlc Ministr*. daGuena A presença desses"bolsôej. cU resistência" i*¦•> agoit um fator dl certa

nvrcanqüilidadil • v « .- • osaoeptos mais finam da can-didatura Lott. para os quaisinclusive o* Intermitentes as-(enxo. oo n«»Bne do sr. Jurac)Magalnáes cão /nstiobiaslenta.das ainía contra • ml-« ,.V« «"a Ctin-"»-»

wyL wLW '&&

E.tado, u.ii-io,

ilma cleclatacdoti Jânio e uni

11 onunciamentoobre Jânio, am-ios divulyadosia ultima Sema-io, vieram com.>rovar mais uma2z o caráter en-reguistada can-lidatura do ex-•overnador de S""aulo.

Falando na Eu-,opa às agênciastelegrá ficas, e•lepois de maní-testar o desejode estender aos

.-ua atual viagemem volta do mundo, Jânio afirmou serum velho amigo de Nelson Rockeíeller,adiantando, textualmente: «Êle conhe-ce bem os nossos problemas, assimcomo nós conhecemos os seus». Nãohá necessidade de dizer quem é NelsonBockeiellei, 0 «big-boss» da StandardOil, odiado esDoliador de povos sub-desenvolvidos e que, em relação aoBrasil, dirige toda-) as manobras vi-sando liquidar a Petrobrás a fim deconquistai o absoluto domínio sobrec nosso petróleo. Nem é difícil com-oreendei o que pretende o sr. JânioQuadros quando apresenta Rockeíellercomo um antigo do Brasil e um conhfl-nc-lo, Ho» noR'"f^.,' problemas.

E O FEiHCLf-

•H- ^liirto hou«»«*«M» tfa_tqueí dflvi-<_•.-, quanto ao sen-Wo da «¦''-claroçãodo Jânio, eb serio desfeito pelos es-claiecimentos prestados pela «Han-son s Letter». O último número destapublicação dos círculo», de negóciosdos Estados Unidos, referindo-se à si-tuação do Brasil e à próxima campa-nha eleitrcal. rfela aberta preferência

pelo sr Quadro',. E diz porque, semnenhum ,ubterfúgio: "Em termos prá*

icos, Washington considera JânioQuadros como o único candidato ca-paz de abrir as portas a Ia Frondizipara as companhias petrolíferas es-trangeiras, e o único cendidato intei-ramonte apto a dar esse passo s. fôreleito».

As declarações de amor de Jânio aRockefeller e as afirmaçõea da «Han-sons Letter,, se combinain perfeita-mente e, juntas, dão o perill oxato docandidato lacerdista q*»«« qucmdo go-vernador de Sã0 Paulo, já huvia pro-metido que a sua primeira provldên-cia, caso se elegesse presidente daRepública, seria pôr abeixo a Petrobrás.

FALA "TIME"

A confiança depositada em Jâniopelos monopólios imperialistas é in-condicional. Eles «conhecem bem osseus problemas». , E' o que revela oúltimo número da revista «Time», ou.tra publicação dos círculos imperialis-tas de Washington e cujo apoio a Já-nio já foi dado há tempos. Refere-se«Time» à viagem de Jânio a Moscoue às suas declarações favoráveis aoimediato reatamento de relações diplo-máticas e comerciais com a URSS. Arevista de mr. Luce demonstra absolu-ta tranqüilidade quanto a essas de-clarações, explicando que elas expies,sam «mais um propósito politico doque mesmo seriedade»- E, insistindono apoio dos imperialista* a Jânio, es-clarece que A tão sólida a confiançados monopólios ianques no ex-gover-nador de São Paulo, que «êle pode dar-se ao luvo de fazer taíti DTinrnciri-mentos».

Como vemos, cada ata qu* pj*-*"-.-torr._-Se mais evidente p.«ia ° i>w>-brasileiro e paia todos o* sinceros .vtcionalistas o verdadeiro conteúdo iacandidatura Jânio Quadros: uma con-did"'u'n entreguista • antipopular.

I

FARESP, Comerciantes eIndustriais De Sâo Paulo

\ Apoiam Láfer: REATAMENTO¦Juracisistjs AdmitemVitória Ia Convença» Da UD

_»N

Cindida abertamente em•âuas alas — uma pró-Jânio.outra pró-Juiiici — enconira-se a UDN mergulhadanuma crise dia a dia maisextensa t mais profunda,cujas conseqüências não po-dem ser aincia previstas port-ompleto.

O mais importante fatorda crise e, evidentemente, aposição da UDN em face dasucessão presidencial. Doisblocos formaram-se aqui. eeada dia que passa é maisnítido o seu antagonismo. Osr. Carlos Lacerda tornou-se• lider .ianista da "eterna vigilãncia", precipitando-se emapoiar o ex-governador de S.Paulo • comprometer o seupartido com a candidaturade Jânio, O chefe do Clubeda Lanterna viu em Jânio ocandidato das forças maisreacionárias t entreguistas •concluiu que tudo devia fa-rei- a UDN, sem demora, vi-sando manter • reforçar e.via«andldatura,

Mas ,|a entáo existiam uaUDN os partidários de uma"candidatura própria", ini-eialmenle .sem focalizar cia-ramente uni nome delermi-nado. mas logo evoluindo pa-ra se fixar no nome do sr.Juraci Magalhães. Era o gra-po chamado "realista", commanifestas inclinações para

i-V'^';'*»^

•ov. Juraci Magalhães

uiYii linha de aproximaçãocom o governo fcdernl, Osjuracisistas aceitaram o tle-íafio de Lacerda, passando aum trabalho de arregimen-laçfto de forças, nào *" naprópria UDN' como lambemem outras áreas.

EUROPA ENORDESTE

E não ha duvida de que o.s"realistas" conseguiram, ateo niomenii), importantes èxilos contra o lacerdismo Ogovernador da Bahia apare-ce hoje não .só em entendi-mentos ostensivos com o m.Ademar de Barro.-;, mas comuma situação inegavelmentefavorável em vários Estadosdo Nordeste, particularmentenaquelas em que foram elei-tos governadores udenistiis,inclusive o mai*1 importantedeles, Pernambuco.

Enquanto o campo de açãode Lacerda se transfere parua Europa —¦ onde o chefe doClube da Lanterna vive atrásdo sr. Jàlllo Quadros, de Lontires para Vigo — o sr, Jurnci Magalhães prefere aluarnas terras ressequidas do Muideste, procurando reunir emtorno cie seu nome forças efe-Uvas, capazes ile impor suapossível candidatura a próxi-mn Convenção udenista.

Já agora, elementos ligadosro governador da Bahia ad-mitem abertamente que o sr,Juraci está em condições desubmeter h unia derrota usseus adversários lacerdistns,afastando a UDN do apoio aJânio e levando a a aprovara Mia própria candidatura.Dui a indiferença com quttem recebido a perspectiva de.sua aprceiiííiçfio como v: ecoisa cin que parece estar tãoiníressado o sr. Lacerda.

AFASTAMENTODA LIDERANÇA

Qualquer que no.iu o rumoque tomem as coisas no seioda UDN. parece inevitável queum do« primeiros resultados

nessa situação spra o afasta-mento do *r. Carlos Lacerdada liderança da oposição. Mes-mo setores udenistas que não>e acham diretamente com-prometidas com o sr. JuraciMagalhães vêm censurandorudemente o "corvo", aponta-no tomo o principal responsa-w-1 pela crise que dilacera aUDN, O esperado fracasso desua "missão á Europa" podeser o elemento que faltavapara o definitivo afastamentodo chefe lanterneiro da posi-çáo de liderança em qne foicolocado na UDN.

Ao regressai de Sun-liajío do Chile, passandopelo Aeroporto de íSãoPaulo, o Ministro do Ex-terior Horácio Láfer de-clarou à imprensa que a('tiestão do reatamentode relações com a UniãoSoviética seria a primei-ra a ser enfrentada porêle, no Rio. A um jorna-lista que o lembrava depronunciamentos ante*riores do DepartamentoPolítico do Itamarati,contrários ao reatamen-to disse o Sr. Láfer quea visita de Kruschiovaos Estados Unidos «re-presentava uma mental i-dade nova ao sistema derelações internacionais»,que

"invalidava tais pro-

nunciamentos.Ueafirmou dessa for-

A UM RIO QUE AVANÇANÃO SE OPÕE BARREIRA

"A um rio que avançanão se «põe barreira,dáse-lhe curso!" Estaafirmaçãe constituiu o fe-cho de um diicurso pro-nunciado textafeira últi-ma, na Câmara, pelo ir.Almino Afonso, do PST doAmazonas.

Discorreu o represei*tante amazonense sobrea política econômico financeira do governo. Essapolítica, afirmou o ora-dor, está levando a in-dústria nacional à capi-tulação. Muitos industriaisbrasileiros, náo podendocompetir com as emprê-sas estrangeiras benefi-ciadas po* um curiososistema de protecionismoàs avessas, têm sido obrigados a se associar aocapital estrangeiro, pas-sondo inteiramente aoseu controle.

O sr. Almino Afonsodeteve se particularmentena crítica da atual poli-tica de credite, conside

rando-a Ineficaz em «eusapregoados objetivos decombater a inflação, alémde profundamente preju-dicial aos interesses doPaís.

Perseguida, asfixiadapela falta d» crédito, aindústria brasileira, naatual conjuntura, temtrês rumos a tomar: vaià concordata ou à falência; cai sob o cor.«trô!e docapital estrangeiro; ou li-mira sua produção ao n>-vel de seu crédito, o quesignifica necessidade dedespedir empregado* oude diminuir horai detrabalho. Esta última ai-ternativa, que se vem verificando em certa medi-da, está criando para oBrasil um grave problemade desemprego, de refle-xos sociais imprevisíveis.

O sr. Almino Afonsoconcluiu sugerindo medi-das imediatas e corajo-sas, como a limitação da

(Conclui na 4.» púq.)

ma o Ministro <Jo Kxierior, seu discurso de pos-se, quando, declarou, ipie«sua {•'•'stáo no Itamaratiseria marcaria pela bus-ca de novos mercadospara o Brasil, e confir-mou que o problema doreatamento com a URSSestá na ordem do ri ia. epode e deve ser resolvi-do imediatamente.

Outro pronunciair-eiilo importante, nesse sentido, foi emitido pelo Sr.Clóvis do» Sales Santos,Presidente da Federaçãodas Associações Ruraisdo Estado de São Paulo(FARESP). Disse éle,comentando ainda, paraa imprensa, as declara-cões do Sr. Horácio Lá-fer: «A FARESP sem-pre se bateu pelo reata-mento de relações nãosó com a Rússia, mascom todos os países so-riaiistas»,

Também o Sr. -Jo-nErmírio de «Morais, Di-retor da Federação dasIndústrias de São Paulo,declarou à imprensa queas relações com a URSS«já deviam ter sido rea-larias liá muito tempo.Não é .justo que os Ms-lados Unidos, pais líderdo mundo da políticaeconômico-financeira daAmérica Latina, tenharelações com h URSSe os países como o Pra-sil sejam impedidos decomerciar com os sovié-ticos».

A Direção da Federa-ção do Comércio de SãoPaulo, por outro lado.comunicou íi imprensaque enviou tini oficio anItamarati dando •euapoio a qualquer ini< ia-Uva tomada por este Mi-nistério no sentido de se-fem restabelecidas asrelações com a UniãoSoviética f os países so-cialistas com os quais oBrasil ainda não man-¦ cm relações.

ffoü» 0e «um

RAIMUNDO NONATO

/'

Jànlo Quadros * hóspede- de Salazar e a imprensa(t.i ditadura portuguesa passa a se dedicar ao en-deusamento do fenômeno sul americano. Sou .-sorri-so aberto», seu «olhar compreensivo e quase doce-.-,foram notados por um agudo repórter do «DiárioIlustrado*, de Lisboa. Jânio, depois de exposto as-sim à curiosidade' de certos setores lisboetas, reco.lheu-se, para descançar, à Quinta de Gondarém. Hásempre um comendador disposto a receber numaquinta, viajantes 'Io tipo de Jânio. Lacerda, depoistia aventura do Tamai.daró -, também acabou r«-cebldo numa quinta. • • *

7) fato curioso da passagem d. Jânio por P.oHu-gal parece ter sido a declaração á respeito cio -sur-gimento de novas nações», entre a.s quais mencionouo Egito e a Índia, que na verdade figuram entre aamais velhas do mundo. Dizer isso na terra de Vas-co da Gama o ile outros descobridores de verdade imuilo forte! Quanto teria tirado Jânio ora f-lisiória,nos ginásios do Mato Grosso '.'

• * ,<ímii mais de unia denúncia, partida, d» mais de

um setor, o sr. André Malraux já foi apresentadoaos brasileiros como emissário do general De Gaulleincumbido de exercer pressão junto ao governo dosr. Kubitschek. no sentido de que tomemos posicáona ONU em favor dos sanguinários colonialistasfranceses e contra o povo da ¦•-«rgélia qu« luta pormia independência.

Malraux fé/, visitas protocolarea * Cornara t «oSenado A fim de recebê-lo. postou.*-» na.s escadariasdo 1'alácio Tiradenics o deputado Raimundo Padi-lha que o Livro A/.ul norte-americano denuncioucomo quinta-coluna. Enquanto que no Monroe o sr.Malraux foi recebido pelo sr. Filinto MUller, cujasligações eom a Alemanha de Hitler. antes de nossaentrada na guerra contra o Eixo, eram notórias,

Afinal de contas, nrio há diferenças essenciaisentre a politica de Hitler e a cios colonialistas fran-ceses. Quanto aos métodos de violência, são exata-mente os mesmos.

Malraux. Padllha e Filinto, certamente. *e en-lenderam (com intérpretes) às mil maravilhai». Ovisitante abandonou o passado ue combatente t_-publicano da Espanha, aliandcwie á política do ban.dltismo dos ¦•paras . Padilha s Filinto, hoje, spre-sentam -o como democratas.

¦- •- m

Ü grande -chie, da visit-j. dc Malraux at> Senadob>l o discurso d,, sr. Afonso Arinos, em francês, zko¦osso sangue, na vossa ação, n0 vosso pensamento.tia vossa vida sr, Ministro, nós sentimos a força « *presença constante de vosso país-, disse Arinos

Náo se sabe que presença 0 sr. Arinos encontra-ria se'realmente submetesse Malraux a um examede sangue. Quanto á sua ação e pensamento atual»,nada têm a ver com sua própria acan e pensamentode um passado que traiu, trindo o que há d_ maisglorioso na história da França.

Page 4: OOM PALAVfcfVE MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO ......MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO BARRARÁ CARESTIA OOM PALAVfcfVE (REPORTAGEM NA 11.« PAGINA) ANO I — Rio, Semana de 28 de agosto a 3 de

PÁGINA 4-= NOVOS RUMOS 28 - 8 a 3 - 9 - 1959:

0 MUNDO QUE EU VIENEIDA

CRBANÇASHoje, como ontem e no passa-

do, andam ns jornais cheios de másnotícias sobre nossas crianças. Fo-tos contam que, mima instituiçãopró-infáncia, foram encontradosmeninos e meninas dormindo numbanheiro, sobre o frio lajedo, en-quantu as camas, em dormitórios,mantinham alvos lençóis e bons col-chôes só para os visitantes verem.Não há escolas, dizem os matiiti-nos e vespertinos. Uma revista pu-blica grande reportagem sobre pri-soes de menores encontrados aquie ali. esmolando uns, prostituídasoutras, outros presos porque come-tiani «atos imorais». Tudo isso en-che de melancolia este meu velhocoração. Os anos passam, a vidacorre e o problema da criança bra-sileira continua sem solução, pro-blema que £ agitado incessante-mente pelos jornais onde sempreaparecem juizes de menores "le-clarando isto e aquilo, propondomedidas que afinal dão numa só:internamento no SAM, liquidaçãoda criança, prisão, espancamento,fome e desga*aça.

Eu vi crianças felizes: tragonos olhos, no coração, gravado pa-

ra sempre em mim, as criançasfelizes da Tchecoslováquia, daURSS, da China. Conto uma his-tória: conheci em Praga um meni-nozinho chamado João (traduzi lo-go seu nome), Sua mãe era minhaintérprete, a segunda que merecidos tchecos na minha segunda via-gem à Tchecoslováquia. Con ver-sávamos e perguntei-lhe, através damamães, se ali não havia mendigo.Perguntou: — Mendigo, o que éisso? Expliquei-lhe a tristeza dasmãos estendidas pedindo esmolas.F.le olhou para mim com grande es-panto e disse à mãe: — Essa mu-Iher sabe cada coisa ...

Talvez porque eu tenha vistotantas e tantas crianças felizes nomundo socialista, esteja agora mui-to mais triste e amargurada com odestino dos pequeninos brasileiros.Quando os governos cuidarão delessem cadeia, sem SAM?

Como é bonito e bom vê-los en-chendo jardins, escolas, freqüen-tando museus, tendo seus paláciosque (Mes próprios dirigem. Feliz-menie há muitas crianças felizes nomundo.

FESTIVAL CINEMATOGRÁFICO D E MOSCOU

TEATRO«ANJO DE PEDRA>

II!<l1

Parece que <!!ess_ vez o Teatro Brasileiro de Co- fimédia superou definitivamente a crise que vinha .atravessando ha* dois anos. Nesse período vimos %«coisas» terríveis: peças de gosto duvidoso inter- fpietadas por autista.: bisonhos, montagens deíicien-

''¦'¦te*, direções discutíveis, tudo se compreende em f-face das inúmeras e valiosas deserções ocorridas. £Tais deserções e mais um incêndio minaram, eco- iinôirica e artisticamente, um conjunto ao qual, ine- •gàvelmente, muito deve o desenvolvimento do tea- útro no Brasil. O espetáculo que assistimos ontem é %algo de que nos podemos orgulhar. Êle dá a medi- $"' I

Marina Vladi • DawnAdams são vistas na folodurante uma recepção noParque Gorky. Oi mosco-vitas puderam ver e aplau-dir as atrizes t cineastasque ali compareceram pa-ra abrilhantar o FestivalInternacional c*2 Cinema

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\.ítá Wft dH-^ll^®SiÍf___PfeSííw^ *l'-J

II

IIII[

II•*.

da do nível a que já vai atingindo o teatro em suasvárias atividades. Cenografia de Bela Paes Leme,impressionantemente bela e funcional- Cria o climanecessário à peça. Interpretação correta de todo oconjunto, havendo a destacar: Natália Timberg, semfavor un>a de nossas maiores artistas, atualmente, eLeonardo Villar idem. Apenas Suzana Negri nã0 nosconvenceu no papel da Sra. Winemiller. Deu-nos aimpressão de estar todo o tempo «brincando de fin.gir de doida». O guarda-roupa a cargo de KalmaMurtinho reflete como sempre o gosto e a serieda-de com que essa moça se dedica á sua profissão. Omesmo, quanto à direção de Geraldo Queiroz. Dáalegria e confiança no futuro de nosso teatro veri-ficarmos o senso de responsabilidade com que traba-lh.?._es:a gente moça, sem o velho vezo da improvi-za*;ão, conscientes de que o estudo, o trabalho e apesquisa constante são imprescindíveis ao aperfei-çoamento dos meios de expressão. Quanto ao tex-to, retrata, de maneira mais sincera e comovente,o drama da jovem neurótica e frustrada, sem in-fdncia e sem juventude, aprisionada entre um paisevero e sem ternura — austero pastor protestante— e a mãe doente mental, carga demasiado pesadapara seus ombros jovens, vê fugir a mocidade tendodeixado escapar o momento de realizar o amor pelocompanheiro de infância, contra cujo cinismo demenino criado salto, se chocava seu purltanismoexagerado. Tennessee Williams, dramaturgo ameri-cano, nascido em 1914, pôs muito de autobiográ-fico «essa peça.

*NOS BASTIDORES

O QCE VALE E A AMIZADE

IúComenta se mm slegriu as iiltimas noticias aus-piriosas: dpflnitivamentp assentada a vinda do Tea-trn de Arena de José Renato — de Sfto Paulo — para iestrear o nosso arena, a ser inaugurado no próxi- 4mo mês.,. O teatro comporta 300 espectadores, é fjmuito confortável p está situado no conjunto comer- ^ciai da Rua Siqueira Campos — Copacabana. Com Úo Teatro de Arena, teremos oportunidade de tomar icontato com os «novíssimos» de São Paulo.' Trata-se úde um grupo de jovens verdadeiramente renovado- pres em iodos os sentidos. O movimento iniciado por áeles há 4 anos. .«p não nos enganamos, possibilitou ^o surgimento dp jovens autores — Oduvaldo Viana '0Filho, f.iantrancesco Guarnieri e outros, preocupados Aem criar um teatro que reflita a nossa realidade,nossos costumes p nossos problemas. Voltarei a falar mais detalhadamente sobre as realizações e pro.pósitos desses jovens, dignos de estimulo e atenção.Além dos espetáculos, haverá o Seminário de Dra-maturgia.

Já no dia 2 teremos também a oportunidade dever «Gimba», de G, Guarnieri, pela Cia. Maria DeliaCosta. Inaugura-se uma nova companhia de espe-tràculos musicados em um teatro novo (o nov. Tea-tro Jardell, E Maria Clara Machado avisa que seuelenco levará até às populações de bairros ebios, os espetáculos montados no Tablado.

No mais continuamos recomendando a• DE CABRAL A JK», de autoria de J. MalaNunes e José Mauro, em cena no Teatro João Caetano.

No domingo, próximo passado, iniciou.se no JoãoCaetano o Festival de Teatro Infantil, realização doServiço Nacional de Teatro. Espetáculos às 10 horasda manhã. Sobre ele falaremos mais tardeseus filhos.

(•_;subúr- ^irevista %

Max <í

Levem

I¦ío BEATRIZ BANDEIRA \:

A UM RIO QUE AVANÇA.(Conclusão da 3" página.

remessa de lucros dascompanhias estrangeiras,a votação de leis que dis-ciplinem o» investimentos,estrangeiros, a ampliaçãodo comércio exterior e a

reforma agrária, queportaria em criaçãoum mercado ir.-.erno,se indispensável à

im-de

ba-pro-

dução de nossa indústria,que assim poderia expan-dir-se vigorosamente.

MOSCOU, uma dasmaiores cidades do

mundo, ceiUro para on-de convergem as aten-ções de! milhões de pes-soas, viveu durante aprimeira quinzena deagosto uma nova e tre-pidante experiência —o 1 Festival Cinemato-gráfico Internacional. Acidade engalanou-se pa-ra receber os cineastasde 42 países, fotografiasde filmes e artistas fo-ram colocadas por todaparte. O enorme Paláciodos Esportes foi con ver-tido numa imensa salade projeção com capaci-dade para 17.000 espec-tadores. No teatro doKremlin, especialmenteadaptado, foram feitasas projeções oficiais. Ca-da espectador ao entrarna sala recebe um foneindividual (funcionandoem ondas curtas) quelhe permitirá ouvir atradução dos diálogosem qualquer uma destas5 línguas: francês, in-glês, alemão, espanhol erusso.

Realizado sob o lema— Pelo humanismo naarte cinematográfica, pe-Ia paz e a amizade entreos povos — o FestivalCinemato gráfico deMoscou reuniu artistasfamosos como — Giu-lietta Massina, MarinaVladi, Christian-Jacque,Nicole Courcel, DawnAdams, e Abel Gance.Pela primeira vez umfilme de Brigitte Bardotfoi apresentado naUnião Soviética, obtendoestrondoso sucesso. Osjornalistas, artistas e di-retores cumpriram ex-tensos programas depasseios, recepções e na-turalmente uma visitaaos monumentais estú-'dios da Mosfilm.

Entre os filmes maisimportantes apresenta-dos podem ser citados:O Diário de Anne Frankde George Stevens (U.S.A.), «Room at the top»de Jack Claiton (Grã-Bretanha), HiroshimaMeu Amor de Alain

R e s n a i s (F r a n ç a)',«D.jalsaghar» de Satya-jit Ray (índia), A NovaHistória de Um.VelhoSoldado (China), etc

BB ESTRÉIA VITO-RIOSAMENTE

«Babette s'en va-t'enguerre» (Babete vai pa-ra a guerra) foi a pri-meira película de Bri-gitte Bardot apresenta-da na URSS, apesar dagrande popularidade deBB. Conta a história en-graçada de uma garotaingênua, surpreendidapela guerra, engajadade modo equívoco nasForças Francesas Li-vres. Mais tarde sua se.-melhança com a ex-amante de um oficialalemão a colocará a ser-viço dos nazistas. Babeteapesar de tudo, desven-cilha-se das complica-ções em que se meteprovocando os risos ge-rais. Para o público so-viético foi a descobertade um gênero novo e nãolhe regatearam os aplau-sos, principalmente osjovens.

0 DESTINO DE UMHOMEM

Dirigido e interpreta-do por um dos mais fa-mosos atores soviéticos(Serguei Bondartchuk),O Destino de Um Ho-mem arrebatou o princi-pai prêmio da competi-ção. A história dramáti-ca de um homem que vêa guerra levar ao seu lare à sua família toda sor-te de sofrimentos, co-moveu pelo seu impres-sionante realismo. Bon-dartchuk, estreando co-mo diretor, transpôs com

fidelidade o romance deMikhail Cholokov o quelhe valeu os mais entu-siásticos aplausos.

UM FILME CHINÊS

A Nova História deUm Velho Soldado narraas dificuldades enfren-tadas por um velho sol-dado do exército popu-lar encarregado de criaruma cooperativa agríco-Ia numa região de terraspouco férteis. A cinema-tografia chinesa apesarde nova e de contar ain-da com poucos cenaris-•tas e x p e r i mentados,procura com fitas comoesta explorar as técnicasdo colorido e da tela lar-ga.O INTERCÂMBIO AR-

TÍSTICO E 0 QUEVALE

Christian-J a c q u e. odiretor de Fanfan Ia Tu-lipe e Se Todos os Ho-mens do Mundo, membrodo Júri do Festival etambém realizador de«Babette sen va-t'enguerre» foi um dos quemais se entusiasmaramcom a acolhida e os fil-mes vistos. Viajante ir-requieto, conhecendo aAmérica e a Ásia, resu-miu nestas palavras sim-pies a satisfação de vi-sitar Moscou em tal oca-sião:

«E' uma maneira bemagradável de travar co-nhecimento com outrospovos através da trocade filmes. Quando aspessoas não se conhe-cem não podem seamar. Se, ao contrário,há um mútuo conheci-mento tudo se tornamais fácil».

CINEMA

BRASIL PARA TURISTA VER:

ORFEU DO CARNAVAL

fontes maispassistas e pastoras.

RESPOSTA À0 LEITORPedro da Fonseca Ribeiro (DF) — Recebemos e agrade-cemos sua colaboração sôbr$ o filme alemão Monpti.Infelizmente o caráter da .eçdo cinematográfica impediusua publicação. Temos Que atender aos leitores de todo

o Brasil, especialmente do Rio e São Paulo, por isso sópodemos focalizar filmes que estáo sendo exibidos nasemana em .ue o jornal circula ou qut o serão em. breve,

ORFEU DO CARNAVAL começou sua carreira através doDrasil mostrando, pela primeira ve?., o samba em suas

auras com o desfile rias grandes Escolas, seusAlém dn ritmo frenético do carnaval

hâ a beleza' da Cidade Maravilhosa, o esfusiante espeta-cuia de cores das fantasias e das evoluções dos porta-estandartes. Tambím, esta é a primeira tentativa de in-corporar a contribuição do neero ao carnaval e à músicagenuinamente brasileira.

Quando falamos de ORFEU, numa reportagem focali-zaiirio o festival cinomatocrAfico de Carmes, procuramostrririuzir a opinião da critica francesa l unânime cm res-saltar-lhe os méritos) refletindo o entusiasmo pela des-coberta do ritmo fremente do samba. Muito mais peio des-1 um bra men to de cores e a cadência alucinante'da musicaé que ORFEU ganhou a Palma rie Ouro. Para o estran-peiro esta é uma visão inesquecível rie um pais estranho,cheio rie sol, rie homens e mulheres delirantes com "a ilu-são do carnaval", no dizer do poeta Vinícius de Morais.Justamente esto fascínio pelo exótico foi o responsável, emgrande parte, pela consagração do filme rie Mareei Camus.

Para nós, despido ria auréola de exotismo. ORFEU DOCARNAVAL resume-se no drama poético da leger.da gregatransposta para as monos cariocas e atualizaria de 20 sé-culos. Trata-se, pois, de determinar em que grau a fitaconsegue o objetivo rie comover e encantar,

Hã um ciima quase constante rie lirismo na narrativa,uma preocupação plástica acentuada cm explorar a riquezade cftres dos desfiles carnavalescos, uma banda sonora deexcepcional beleza melódica. Apesar disto, a idéia de Vi-nicius de Morais não foi plenamente realizada. ORFEUDO CARNAVAL como o poeta concebeu, o roteirista Jac-quês V-ot cenarizou e o diretor Camus realizou modificou-se muito. A introdução do sobrenatural, a morte devida-mente caracterizada, num morro carioca, destruiu a uni-dade temática, pois, seus personagens são todos autênticose palpáveis — a começar por Orfeu que é condutor de bon-de. Assim, alguns dos melhores momentos da história sáoperturbados pela presença indébita desta morte fantasiadaem dia de terça-feira gorda. Na própria legenda gregaEuridic. é perseguida por Aristeu e nâo pelo espectro ima-torial da morte.

Orfeu e Eurídice vivem sua felicidade em breves mo-mentos, no barraco tosco, na festa do morro ou contem-plnndo o pôr-do-sol, excelentes como cinema. A figura deSerafina, a mulata Irrequieta e amiga, é a de maior desta-que pela sinceridade da intérprete Léa Garcia. Mira. sam-blsta exuberante de requebros, confere a Lourdes dc OU-veira credenciais de atriz. Bre no Mello no papel titulo dátudo o que pode dnr um ator não profissional numa cria-ção tão complexa. Marpessa Dawn, embora estrangeira, temexcelente presença. Os garotos Jorge dos Santos (Bene-dito) e Aurino Cassiano iZecai muito bons, especialmenteo primeiro, o amigo fiel que presente no ar o cheiro datragédia. Na cena final quando os dois moleques vâopara a borda do morro, de violão "fazer o sol nascer" dãoum fecho particularmente feliz ao filme.

O diretor Mareei Cnmus apesar da barreira da línguaconseguiu fazer de ORFEU DO CARNAVAL um filmebrasileiro. Não se inibindo com a preocupação rie mostrarcoisas bonitas, mostrou o morro e a poesia rie sua gentesimples. L" bem verdade que falhou na intenção rie darvida à. tranériia, sucumblnrio diante da exaltação do car-naval, féz mais um documentário da festa. Camus assi-milou tão bem os seus meses dp Brasil que os defeitosdo seu filme são os comuns ao cinema nacional — recita-tivo dos atores, falta de uniriide de certas seqüências (tãogratuitas ermo a da macumba).

Um destaque para o trahalho do fotógrafo Jean Bour-goin, que a despeito das variações cromáticas do eastman-color, nos dá imagens de um colorido excelente.

Para encerrar, não poderíamos omitir como um dosmaiores atrativos rie ORFEU*DO CARNAVAL as duas can-ções — Felicidade e Canção do Mar — de Antônio CarlosJobltn e Vinícius ri" Morais ia primeira) de Luiz Bonfá eAntônio Maria (a segundai. Estas duas páginas musicaissão a própria alma do carioca falando em termos de músicae poesia.

I GENNYSON AZEVEDO ,*. ¦¦¦¦¦¦_¦¦¦• |

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Page 5: OOM PALAVfcfVE MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO ......MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO BARRARÁ CARESTIA OOM PALAVfcfVE (REPORTAGEM NA 11.« PAGINA) ANO I — Rio, Semana de 28 de agosto a 3 de

28 - 8 a 3 - 9 - 1959-ssssssssgg»;. r -*.<.•..•, .*-.-: NOVOS RUMOS PÁGINA 5

IIHSTIMIS1F ífDISPENSA EM MASSA!

CINS AMEAÇAM 'ZmmmVÓÍm. liss-'ÍÉt-»'-st

'tÉkhí;:'*SM^, ISfW SISS- Érs»'^•<"' SJtfc,. *¦ M p M HfiS -^fit

-pUM-mjgp iCorrcsnondóncia ppra Rua Sõo Josc, 50

O Sindicato (In luriiislriadc Fiacíto fi Tecelagem (IoRio dc JílllOÍÍ'0 PIlVlOU lllilofício ao Sindicato (Io.** Tra-haIhadores Têxteis dcsiaCapilal, afirmando, -rmmolas palavras, que níioreconhece o d irei In dc kit*\ »¦ e que qualquer l ra balliador (|tir recorrer a r^sscrecurso para fazer \ alei osspii» direitos serii punidocom suspensa.) ou domis-sã" sumária.

Paia rosponder au ali-surdo .• Ilegal nlliniatcidos patrões ns opoinriosrounil-so-âo (lia JK. à.s liShoras, mi sede do seu Sin-dicalo, (|tiaiiiln ii referidooficio será (leh.-ii ido em a-senihléia geral. Dirigentesde oulros siiidicalus operários deverão comparecei:. essa importante reunião,já (pie se Mata da disctis«.fio do direito dc greve,assunto em lõnii. dn t|tial•e mobilizam Iodos n» tia-balhadores du Pais,

PORQUE O DESESPEROPATRONAL

IV.mIp (|iif foi decrelacloo iiovo salário niiiiimo que(.» larefeiros da indúslriad.- liarão e tecelagem, nãosí. nesta ( apitai mas emlodo o Brasil, \éni lidandopelo rea justailienlu das Ia •bolas de pagamento, cujospreços baixos não Mips per-inilPin alean(.'ar nem mes»mn o salário mínimo re-gioii.il,

Para *• ler uma Idéiada atual Sllll(l(,'á0, (los la-lefeiros é siificienic assi-halai (pie eles recebiamniileiiurmeiiie, em iiiédiii,ã.õiill cruzeiros, enquanto(pie ns cleinais llahalliado-ie-» nâo qualificados recehiaiu o miiiiino de 11.800.Hoje. ns iiã" qualificadosrecebem o mínimo de CrSli.llllfJ.IIU e o.- leeelôos e dem..is larefeiros, porque nãoliveram as tabelas leajus-i:ula»i, continuam a rece-lin os mesmos 5.300 cru-zeiros. r -'ÍVs- vé/.ps- menos.

('"iilfll essa situação <¦(pie o.s trabalhadores, lide-lados pelo seu Sindicato.,vém lulauiio desde lanei-io, rei\ indica ml" dos pa ¦Irôes a concessão do aomeiilo (le .')7,Síl por ceulu(pie |ni (Lu,., pelo t iov éi im.airavés dn salário mínimo.-nos ii alia lhadores não qualilicados. Tendo como baseo aumento ".' 'My,

que nspatrões ha v i.uu cuticeduloanici im iiicic. os tarefei-ms pleiteiam mais L'2.SH'..(pie corresponde á dite-iiMn-a originada pelo sala-no minimn,

i is ilirigcnles sindicais\ém prOcuiando resolvei aquestão ami.siii-.ame nl c,Mas. daria a intransigéu-cia patronal, a luta em aisumas fábi icas, i onio ricor-leu nestes úilhlios dias na

Ksperaiiea tem assumi-do proporções; mai-» enér-(*icas, chegando até a paralisação. ConUa esses la-tos é que -e insurge o Sin-dicalo d.- Indúslria.. en-vianrio oficio «o Sindicato

Negando o direito de greve, o Sindi- '\' ,¦¦¦¦¦¦•¦. r . „ immmmi . ... Ilir|tl('l*il0 .jU(ll(*Íill, flll(|lll'I(>Scato aos patrões (DF) envia ultima- - '"•> mnis <i. mto ao Sindicato dos Têxteis — Ab- ' r.,!.',i,rií,Vsmiii ,1,, dassurda e ilegal tentativa de impe- '/ '." i,s ';' ís,d l:i

¦»JW""* ¦•»•¦"•»»¦ »-fc" *••-• ¦¦¦¦!*"«- ,|(. ,Ij|||(.]|-()i íiIpiu r|(> siglll-dir a luta por aumento de salários .••¦•' »"•" ^i"" i"'

do» Trabalhadores e às e

¦ o ila 1 '(insliltii(;fi(j . K

deral, que assegura aosiiaballiadoies o direiio de

às em nos. e à lolalidiiiie dos Ira- gieve, ippiesenla aindapie.-a» lèxleis, icleiimlo-se lialhailoies das seções mini ilesc.-i.ei ada lenl.ili-a- paralisações e a»»i:ia gírias*, na hipótese, coiiirá- «.;, dp'|mpedii a hua (pielaudo, 'teMiialmenie: ¦ Ca- ,,,,. penalidades que jri s.iecelões vèni realizando»o .as paralisai/lies. s(. ,-e- .Ia suspensão por leni| m lodo o pais. visando apilam ser.ui aplicados aos delenninado à demissão conquista uc melhores >n-responsáveis, se conheci- .sumária dos empi-egados IA rios.

WHl mmmy^2isW/'iM'^ ssfl bssssk-^ÍHbsssI P*^I^bsssssssssssV^^H s^"-'>^^^B^Kf -'—BífH HS^-wiv h« ess? ^mamswKBimme ¦ Tmi ssssm ¦»¦ jéslrssssssssssssV

m-c^mm ssssssm .^Bv^l M -«ssK^-^bsI Hu^-^K4M sssssm ¦ IssB W ±fSMBSSSSSSSSSSSk > mUlém- T^H K jK:."*BSSSSSSf»K 1* %^BSSSSS& ^Bb#*h. ^à\WWttl^mmm. <' ^BBBsf Y'^ftl^B BSsK-V JbSSSsE '^^BSSSSSSSSS%lL'>' tísSSSsI BSSSSSSSSsÉsSSSsW j^BWsF- ^M

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••ssssv-ta^^^M^H»^''^ ^.'-flR '' ^^^

^sassssssssssssf^ '' "'*^£ x*í5^!mbsKbsssI

SALVADOR

HÁ TRÊS MESESCAPFESP

NAO PAGA

SAIA MXlli. r.alii.i - Do.(.'<>IT('S|!0!l(lcillc I — ( (Hi-

liiiua (Icscspcradiiia a si-Inação de cc*-iitf*ims (le iiptiseiilados e pensicinisla.s (!.'C\I'I'T'.M'. i|iic lni in.iis .lt-

Ires iiicsc» nau receliein "•seus lienel ici(i<: nesta (! u

pilai, (< liiili.dli.nlin |()»él,iii/ il..» Santos une nu»si 1 i nili) lilliu» i- ntju .ílm-scnliuloria hu livada cmCiS I 1'iu.lK). csl., n»iiai".

(lande desde IV)."j(ri u c\v-.

parlio du sen prin csmi,

sem (pie .tlc a^ui.i o le.

nua iniisceiiidii. \ iuilie-

ii,H,-.m uns aposentados e

111111I11 eriinde e craves

acouleciiiicntiis pi «d.-i à«i

ocorrei a ipialiuier um-

nieiihi se a I )ircloria da

( .li V. 1 ll.ln llllll.ll iiii-i lü l.l ¦•

iiiiedialu.s \ Lsatulii a alen

dei o» lialialli.idiiii"» c sna.s

latuílias.

AMAPÁ

MAISTRÊS

SINDICATOSMacapá - Território do

Aniiipn «Dt. CorriispondcnlfiMais três .Sindicatos acabamcc .se: Ipunlizadiis nesta Capi-tal, (11:11 o ctiipossiuiieiito de»ii,i. diretorísx, ocorrido no;j: .li. ipio ii,i lllís, Sau pies nsSindicatos d o** ISsiivndorcsue» TrnbiilliHriurc.» nu Indu.»-iria de Con-lriicfio Civil, v(in» TriibailuKiorcs nu Indiis-¦' ;i (ie 1'niiilli.!. im e ('..11:'.'.-tiiria.

I' .ii" illlpul Inlil '. (|UC (i ¦-

monstra o dcviido espiritoil. caiiiprceusào (i«'» Irabii-lhadores em lônio na luiuij. !.(.- suns ,'c:i uniu aii'"'-. êil ii' .is rim" ,«s rir rentes üeopinião ae r.on»i(»!!iiraiii er 'iv-;i; uirnin in lõdii' a- en-iiclncii s i hapas iiiiieu» para

' oiicurrer ao nle 'o Oui ro:i"u iiuooiiaiii' c (pie, cm-uma nii 1 lia vendi» oposição.i» rleigões ¦¦ í possr d.«« di-reiorias Iriinsrorrrriun emmeio a criindc eniiisianno

Outras caiesorlii' prufi» • -

uii:i s, ¦ .1 rc >s (piais n i!n»b.iiieiirios, em itcuados no i i -r '•(¦ ¦ :•'.:.n i -,:i ir nanasninlorisla- esti , c n Ia - il°uruaiiiziti.'!!!! dr » us sindii n-

t OS

Giupo de opereirios têxteis

em palestra na sede dt teu

Sindicato, por ocasião da úl-

tinia assembléia ali tealiiada

EMTODO

Contrato de trabalho() 1 nui 1 ali. H pi nzo in, p.11 iilii 1 -

ln. ('iihiuIo prol rofjndo poi mais ile uma\i'/ nu .-o llvei lil.iaiàu -ll|i,-| |n| ll lp! I-tio am.,». Ii.iiisfoiiiui-se atitoiiiáticiinicii-tt« cin .untiiiiii poi prazo iiiilcti'1 niiiiHil"í fica sujeito «•¦ n.urnas aplicAveij a ',-'te I 1 lue.-nii, ¦(¦ 'i.i Ila llípõlest? lio '"11-tiiiiiai 11 eiupi(¦¦> nle 1 inballiitndri depoisUc expirado o eniitriitn a priizo, (pinkpiei.|U(» .""Ia a iluiaráii ue-ii> Ncnluini e «\-.ilui «la.s eliiusulas contrai nais eslipu-lailas eni des " ói dn com » lei, Saliente-<e 1)111* as 1 uiuln "'•« do cont.rnlo se eoiis-tlliiem, '"in 11 cqüèili ia, nas lelacõcí ..ia-iias »utii« enipiegado » enipiegadoi' As-sim, o empregado (pi* passa a exercer(leleriiiiiiadii função iIiiiiiiiii> um Inpso detempo pondetiivcl, podp considerai ''.--«'eneaigo coniü inlciíiaiite de seu conira-tn, alnrln (|iif tivPr»5t> -iiiu ailiiiitiíln para(111I10 Nem pode lambem o l raballiailnicui. 1--«- a executai certo serviço ipe-vinha usei ulaiidn há Hlguns ânus. soba alegacAo de que imi".< outra er., a sua(mii-àii. I'"i.« a observAiicia de certa ."ii-(liefin dc linhalliO. cnnvpitendo..se em usoiliaiin. eositiiiie. gera obiigaijAo, e 11A0mais pode .»ci alterada pela voniad» ex-ellisiva 'lt> uma 'Ias parles Me.»mo a li-beralidade, sc concedida 'le maneira h <bltual, anii.» a fi". pode s» tornai con-

tialual A própria atiotaeAo eonsigiiHiIa

lia eajleira prufissionaj cede anip tais«iiiiiuõp«. (piaiiiln r.iu mais condigam

iiim elas.

Contribuição sindicalMllitri se tem (lis. lll ido na illl.íl I' 11

,!n Tiabalho sóhie » legitimidade «!.i

clAusiila, inseiida cm acordo inteisdndi-

• i-h!. eslipiilamlo n ileseoiito, nos salários

• lin enipiegailos, paia ronstnicAo «le se-

d» Me Sindicato', (>• liibimai.-i tém enteit-

dido válida a cláusula ipiaurin o descon-

T.-» Incide sóbia n .«alárip it".' emprega-

il,,, associado.» ,<,, Siiulicahi Todavia,

niiando *e tenta 'ie trabnlhadores 11A0 fi-

liadnii au óigãn sindical, a legalidade '¦'-,

cláusula nfto iam. lem sido negada, eom

Iihsc em (pie «einlo a associai,^., a Sin-

dicalo nina fa« uldade, nán t possível..lu igar alguém .1 1 01111 ibuii pai a mu

ÓI gít.i i|p 1 Ia ¦ -'¦ n uue liftri l"-!; 'Ml. e

Contribuição previ-denciária lll''2,;;:'!r!;!.-'.'In a u . nipicgado sujeito ao •!' seulito '

1111..1 ' "t. It.-al 'i'"t inaila "• '

guio Miciiil. K-:-'i .jlirigiiçâo .1'- 1 •' ";.'''

Ms cola.» an I11..I1I11I0. o ipic .- l.-Uu 1:me. ... gllllllc au Veli' M", 1 oiiipelr •." i ll

|u egndol Xu 1 .1 11 ue ali ..-" nn 1 e> •¦ I:meiiiu. deve ,, inteies.--,olo reelniiiarlu mi llislil .tu, mas ''-sa ninis-au. ,-i :

gor, nfto pode prejuníi :ir o a-.-'"' '¦¦'

pol.ple 1, llislitiltn lem, por l"-:. a "li:.-

giii;ão .!•• exercei fiscalizai;!')!) e dillRèn-, mi m coin Mii' ,, ile débitos 1U11 empre-

gailolCfi faltosos l'm- onlio lado, o em

preglliloi une ao invé.s ile iIi-Iíiimi .'ln "i.;ão .ie pi evidencia a.- emiti ibuiçiVH ipi'ilesi ontii do einpl egado para esse fin.1. embolsa, está coineieiiilo nuia apro-

I>t 1:n ..., e Slljeita-sp m lespollilei clílinaliuenie |)oi ''---'' ;i!" ''•• muito era."1,, ,1 falta 'le lecolIiiiiieiHo das colas con.-litiui iiiiubéni di scunipi iniento «lu . ",;' 1.

I (,, ile 11 iibiilllo pi :.i empresa. n.« j 1/. •

trabalhistas, em geial náo eotisuleraiii.''-.-,• atu eniiiii justii causa paia i')iii|niento .1" ' mi! 1 alo, |.(>r pai !••' '¦" einpn

gailn Xm.s spcieilade.s por colas dc les

ponsabilidade limitnila, exeic. ::i!o ativi-'!*tii(. cfiinon iíiriii, 1( sórifi rujn t;.pllHÍna,, seja supei im a 1: mia mil ii nzeiiosé m.-.-u' i.ulo obrigalóiio 'in Jiistlliito do.»Comei eiíll ins

Culpa recíprocaSe ,, en.pi egai nii '¦: teu para - ¦•'

dispensa, e nau .sõineilte " empregai!"!, aLu autoriza a .IiiMm.m a inandar pagarapenas » metade da iii'lein/.ai;â') (pa se-1 im devii1;! pela 1 cs. i.-ãn injusta. 1'arais.-u. frize-Se. <• pieciso .'pie haja <'¦'¦ ;¦¦'''le lllllba.s il.s peites .\'e-<e ra.u, ,v::« > :reg 111. .. .11.-¦ i a ,1 1 nii 11.le min »ej eabi • .

.. pagamento do aviso pievio ncdi ile f> -

1 ias piopon lonai."

Dano em serviçot >( ni 1 i-Milu (IriHtt -"Mit >i'iviit) favarin.*5

mui 1I1/M1 Mu ile instrunieillns. penla 'ie:; p; i ;»iini i«i-:, *"¦!' • ;i C.?oiisulÍ<I;ti^i\ti |i;i!;I..-I. .lu Tiabalho autoriza o enipiegadorn efelnai 1, ilesconto coi 1 .•spoinletile lins-il.ii -., ij.i einpiegail 1 • 'I' ¦•'!•' oue .«--a

possihilidaile lenha snlo acoiilailn mi na11. ..! iôiii im .ie iloln '1" empi esiiilo ' '

ai ni ¦!,, uai m esse fim. pai m un<=, I1.1 -l"-¦>, e.seiito eiKpiiilIlo paia outrin pude.-ei lamliéin mal ci resultante do .".*-

I lume.

INTENSIFICADAS AS MANIFESTAÇÕES

ÊM:&t%W>* *.r ê

— Desemos nos prepa-lar para .1 i»\ entuillidaiÍPile unia gre\ e naciona I..caso alé .'! ile outubro nãolenha sido regulamenta-Uu n direito de greve, com.-. emenda aprcseiilada pe-i.i (omissão He Ksluilus 'Ini'oiifeiência .•sindical Nacional, t|iie assegma anssindicalos u cornando dnsmos inieulos gres islãs, ileclarou a leporlageiu " si-.Hércules Correia, secieiârio il.. Sindicato dn»- Té.\leis il" Dislrilo [«"(•deral.]'.»:e Sindicato, segundo in-lm uiuu u sen secretai in. |ácli\ mu ,1" Senado ma 1» Heseis mil assinai mas (pi 11 mha lhadores solicitando aapio\ ai.iio. ale ,'( dc uniu

EM DEFESA DO DIREITO DE GRET^Resoluções das entidades nacionaisdos bancários, marítimos e estiva-dores — Palestras e debates no Es-pírito Santo — Vai ser realizado

um grande comício em Vitória

..j

OS PATRÕES PODEM PAGAR MAISELSON COSTA

¦ Os bulancus de ftluunia? empresas, referentes mi. ano Sideriirmcii Maune.sini-.m; '_' "'.i'..' " '.'11de l.iãfl. apresenia.ni liicros enormes. As viditagens cun.se- Miigucsiiii s a .... ::,;.i " '' 'T-\ '

landas pelo" industriais, apenas aquelas coniessadaf i- pu- Cia Ferro Brasileiro .... Iü'i !'tblicadas em ..eus balanços, desmoralizam a tática putroual Cunenlo llau . . H"'2 87(pie propaga a sua precariedade liiiaiicelra e que procura Cia TelelViniea Mina.» Oe-colocar o auiuemo de salários como causa da alta du raif ?.-'líl " <nCIHto de lida. Ci;,. C'e(h'o e Cachoeira

Cilaremos o exemplo de varias industrias, iiuncii'ás .têxtil. : IMti 7(1

paulistas:K :í'í:í nulhóes :-:.'.'ii.'« milhões

Ra.i Paulo Capilal p Lucros liipil- ¦'•"' i 2 ', - ea-reservas nu» lüSfl pual e reservas 1

Voioramim p Cia Brasi-lena de Alumínio (Rr- Podemos extrair do balanço dn fia Sideniririea B('l*jo-mirio de Morais 1 R mn iiulhôes :i'.:u milhõrs Mineira aieiin.» miiiieros (pie comprovam o falo nc que o

Adm Indiislria-Contercio aiiiiienio de -a!.mu.» iullui na diiiiiuiiicno nn- lucros e naue I.aiimiacán de Melai*. na alia tle preços (Ias mercadoria.» Iv-sa Cia coii-seciiiutPiRiiatarii lí.ãllá :-t!_' ,1'. um lucro liquido de CM HII.IAO K t'1'.M MILIICiKS

Mataraz/o 7 ()!M .")'!¦( C cru.'."ii'o». enquanto paimu de »al..nn- mais 011 menu»laitlil 11 ::ini 1(11 a impnili.iiciM n" li!" nuliin"» ue cru/eu o» 1 to repn ilaCui. Doca» (íe Sanlns ... :i7f) .! ':.' I"'. . :-.) reine " no Iü«t tal 1' .-iKiiiflca que -e .1 CaMoinho Siinllsl :: :>;.'i " -íM :.'' :-. p.' n cmci ''--''•- ma> o.» -alario: i"- -ei:.- liahnlha-

i.uie... lilllOii ll-liil UCI lllcrl) iKplKio C ¦'¦'ll IlUlIlue.» ue i l 11 -

„'!' ii21 imlhues :i le'. milliois /'-'.los. -em uleiai. cm absoluto '¦- preços .i. seu., produto»'Hl | ;: ', . cm- listamos ru» ba eaurlo nos dados icoiilessadosi ne uma

[i.t.-.l e re erva mdu.-lria |l"»:i(la, onde |{ei-.iluieiile e nienoi a la.Mi de In-in s em relr.cãu a" capital e reservas Mas a C a. lielsio-

Mira"- Gerais: > i '"'it atuc.cu :'!'. nc- a laxa dc lucros, sendo lambemc- .¦• nel": cie é a ii". e-i empri .1 que em Minas Gerais

Cia Siderai gira Bclsu- adn'-t " - ti.:a de eic.iln movei rie salário?.Mineira S '.:.'l iiulhões 1 lua iinl!iõe.*i r- e e:;:uiie. embora siitrrl-eial. vem coníiiiiiai a» atu-

Indústria <• Comercio de iiiaenes (ie oue os patrões pocleni p,:-r inai-s, dep"nrlrndii

Minério' < Belhlehem dr que o prolclanario lu'-\ oiaam/.-da e iuee--.nl-mr-me

Plee] ' ülll '• 37(1 pela melhoria ue sr.:^ ronritcòes (ie vida.

-————— i il i i n i i

hni. (Ia I.el Oi fl.Miii ?i Uar'ie\ idéncia Social e da lei

que regulamenta .. tliieiio(le jre\e.

CAMPANHA DOSBANCÁRIOS

l-.'m reunião i aet.u airealizada nesia Capilal dc17 a :.'tl do correu le lesol\ ei am os ba lu a l ius inlen-

sil ii ,ii a sua pai licipaçàona lula comum rie iodos oçlrabalhariores pela apn>\aç;'.u (laqueles projeto-

A reunião, (pie lni pmmin ida pela ('i i.VTKt' ' "iledei mi.-,;i" ,\a. ional ri"5riabalharioics om Kinpié»as ile i 'r^Clil" i resoheiiainda recomendai a indusOS simlli ;. iii- ile b;i m .i i!"-'riu pais que incluam emsuas próximas assembléias, os riois itens a.-ima. no sentido de pi-nuim\ ei a ma ll ifest ai,'án d.i cm

pm íu;.u. en\ ia lido men a«¦eus aos senadores rie seus

Kslarios.

MARÍTIMOS NA LUTA

Também os irahalhadules maiiliiiios, orieuiario"

[.rn sua Kecleração, . onl;miam (|e-.cn\ nl\ emln emlodo .. um t maiii-e iações

pela aptov ,u-;,u rios dois

piojelos A piopó i'" " si,Tliatiiiialui'2" liayo. presi-de jie ii,. r eriei n(;âri Na. :nnal rios Maiiiii-iios, riechiinu à nos>a rcporla-jem queijii.iuii' au (liieiln rie «"ie¦ r. ,•-1,. e|e i«\pi ("..,' mei ie,¦ - se«{ii! a(lu ua C.ui^l U uiçái.l-eri.ual

- Ti lia -¦' ¦ " le»eelllnU, a •'« lia» lie II'.. Huni uia.s 1111 • a»'C"inem "

pleno e-.ei i-irin .|''--r- illlflIo. sem p«-«i mil il i enhum.-idúvida ou chicana. ¦ o/no

por 'e\eiiip'iii a iiiili/.acán

co decreio .' "7" Pm i uiiiesmo, íc-(.í\ eiiios uuii'.mini- a lóilas a^ enliria..es «ii,o , ¦ i|u pais a fim• ir lrnh ¦"'-. pela imediaia res nl iiueni a«,'ã'' ri" fli.. po i.i- . i e\ p ma nfmrioa nci c...' • ,.. \ i^iláncia p.<13 I; ' .1 | |«j nill. ijnc «e '. c

nha a n-sti llljjil aquilo (pie frios, ciuisii in.ío ch 11, fc-na Ciuisiiluicâo é «.anuiu- lovi.irios. c-iiva. ariuuiarin*do rie n iiueita completa. res, icMci-, ic|o«iafi.sia<-,

panilii :iç m, I lepois ria pa-ASSEMBLÉIAS DOS u-.-tia houve aitimadr. rir-

ESTIVADORES ',:"" !'^:' '' ''",' I".1,,1""-

I"ii::ac.ii pata o dia Jl uaflepioseiilanies de e.«il sede da Kericiai.-ím rios Tra»

\ adores de lodo o pais. halhailoics nas Inriúsiriastleiiuidos iic.-ia capilal pa rio K-lari... Nesíios richales:a ira lar ri" aunienio sala ev iilca nm-sc ,i necossida*liai qne vém reclamando rie ile (inc a CNTI envie oUe.dc janeiro lainhéiii ie mais Incvc pu-.»r,c! um rio.

'I\ eram miensilica i a i nualilpanllH pela ici;i:I, i|e| inil i\ o ,i piisjçán do pi

i a.;ão rio (liteilo tle íi\ c>, c, lei mi iarin cm.(¦VOin-PlUlfl IU.iO. I.r--''' -t",

i nio. uue iõ.i.is as ,i s.si-ui -

hléjay da calegotia se ma- Ataúju. ; presenleu

ji-ios. i) picsiricnte il.i Ke»dei ."-.''ii. »!'. ('lauriionor

fe.siem iunlo a..» senailo um esi !.i: ilo -."leu!"« solieil a mio lhes a une- ,i« ativiriarii - :.'. (|rson\n|.diaia vola«,'ào cia malcria. vida» nu K'.i,:iIo n a ama.

i .'¦ u jii' lu ..!'-. »i'!.,liln:i'» o

licpiit.iil".- <- -1>ii ilo-.ant.mi-NO ESPÍRITOSANTO

VITÓRIA 'I'" coriespm,:,-m,." i k irahalhad «dn Kstado . slã.n ícali •ando

mna ampla campanha pu

FM CACHORRODE ITAPEMIRIM

Nu iluiiuiiC". '.'.'' i a sed»ila |li'!i".',-c ;.i i|i« Cichoeirn

•l 'UH,i,.'>:nin' '[¦'- lei-"- '"" «íe |:...!-.c:.'.it!-iui -rio Sniilíci-¦ âni. íi ria l'rcv iriencia S«. |-"i«i',o\ tarins. ;".'i!i-ia! e ii" iJlteilo rie llicve. /,,,,. ,, ull! , onceun.K' m

i onriu/iila a luta p C I , i ' 11 t (ll.ul I m.l ilelom-l, .'D«ei Kerlerai.ào dn-. Traba- ,!,. dn i^r-iucs siurii. a'is |'„|lhadores nas Inriúslrias ri" ,|e Vilóiia expres.-iiinonidK C" Kspirilo Saiilo. iá »•'(' ;,,,!.-, c--c u, í;<l;iv.i .mr-efetuaram \aiia» niôe». pu^ia (ic Ti Imn Sndic c Ma.

11:• ii• ,-iis em li-iin- U-- mu .,,„ i ,\\\,. (.'atoiMis s,., ;|.. ,nicipios. .-:-'.'i cm piepara- ;,,|lr, ,. 'r,.M,iiim,-ii

ria i-'.-". uni graiulp cpmicio pa ilei.iç.iu; Alç i ('mima sc

ia o dia 7 ile s(-ienil)ii) na iieiMiui i.ln S;:ii!¦•'.••'• > rioiprincipal pra..-a de Vitória l-m m\ iái ;u» il.-i V'|.«u:a Mi-pai" " '|iia: I.) luiaiii .mi- !,i«. Maiium Saciai:.i Sc-«.iílarins o»- «ei;.ii|ui es ,\|| iiei.i Iii Sim' rins r,,,i.lm \V- \.: Viana h.u~; Vilemai llilii-iin \',.s..lelleisou Al-":..: e rilll" iiaeli.-». I' . ».|.|.•;,".¦ Uu .-;,-¦-les sindicais rie l.i.l.i " I-.-- iiic.no Ius Vlni.u i-ias ,|ai-.' ' o- I .i ce ' l'ic--:i|e'!ii- do

PALESTRAS E DESATTSii. ;i" .;.• '.i.iíi 'o í'o S-i .|.

I lm'uii! »c mi illa „'.' •:.' i( ( ,,. ,,,.. oiienle, na -crie i|u Simh Aulmiln imi', ,<.-i,»¦•,,-, alo (Ius ConuutoK-» rie d,, oo .-'..o dn. l-'e::o\i,i.Ven ulns Roriov lãrio»». cm Miis ila ,.i opopi e ';,i.uiipuitaiiie debate -ohie i,";:,, . ',,,,-,, , ,•,, (-,,;,.-,.i.ir>¦¦mi1- * a»» im». i a pm l.cvioiml Cm.». !'ivo ria¦ ¦¦: . i d" (In i;c: le sindica i

'.\'i'l

i:-.l"-!.u Morena icprc-cu- ,\ icuiiiao fi"latlrio n Cm; -elliu C':''...;.. pelo ,r'e,i i

I 1)1 ui' .'. " i!.i -( N"l I Pa ! ' ile Viu ,..i":. P;a. ipa: .im «ie--a !eiini,',o "»'u(li ;,, Con ,o i'«pie-onlanien du-- -üaiica ( ,,, ii,,mio_Ius .in» 2'- ¦' I''" . ''a ¦ ;;.-. g

|i.|.s\.i\ ir-rle iio

Page 6: OOM PALAVfcfVE MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO ......MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO BARRARÁ CARESTIA OOM PALAVfcfVE (REPORTAGEM NA 11.« PAGINA) ANO I — Rio, Semana de 28 de agosto a 3 de

PAGINA 6 NOVOS RUMOS «28-U-4-5—9—-1-959-

Deputado armando Santana Sobre o Reatamento.0 deputado Fernando Santana (PTB

da Bahia) pronunciou na última sema-na, na Câmara Federal, um importantediscurso mostrnnc/o a necessidade daimediata reformulação da nossa poli-tica exterior, detendo-st particularmen-te no restabelecimento de nossas rola-çóes c/lp/omci/icas e comerciais com os

poises socialistas. Damos abaixo o textodo discurso pronunciado pelo tr., Fer-nando Santana:

FALTA APENAS UM ATODE CORAGEM DO GOVERNO

V Sít. FERNANDO SANTANA — Senhor Prendeu-I". iinss.i 1'iuh atingiu :i nm cindo dc deseuvoliintentoipie e.\Ijf« iln Iodos nós algumas perguntas: — Quais i>snossos nbjetivoK pnra o futuro dn Navio? Quais a» inalo-rc* preocupações quo devem lor oa homens públicos danlnaliiliulc, visando crinr cundiçôef, de estabilidade paran Pnlg? Desejamos crescer, progredir ou retanlar-no» nnleiiipo is na História'.' Desejamos criar condições da efe-livn proKie.Ssn parn o povo brasileiro? Desejamos quenossos pnrviiiiloirós tenlinm escola1*, hospitais, naúde oudesejamos que n Naçfto tt retard» eni »eti (leseniohi-mentir.'

K' clicuailn o niiuiifiitn du a.tsuniirinos iier.-inie a Mis-loria Kruvé responsabilidade: a dn decidirmos- por um tu-lm o progressista do Pais ou colahorarmoN pnra que Metutu lenha ésse desenvolvimento que o povo reclama, quen N it çfto exige.

listou absolutamente convencido dn que um dos n*prelos da vida brasileira que hoje mereço de tintos nós amáxima atenção 6 aquele que nn refere às nossa» rela-ções com o mundo exterior. O Brasil, na atual situação.v> poderá garantir de fato n segurança nacional, só po-dflrii subsistir a» começarmos hoje a defender posições,sc iiiicinrmim iniciliiitnnieiite nm trabalho dn esclareci-mento de tôdi» a Naçfto, que vtse, antes de ludo, demons-irar qun a normalização da* relações do Brasil «om to-dns os povos do mundo nfto é apenas ideal político dnalguma» facções, nfto 6 apenas o desejo de um setiu dn-populaçfto, nfto f< apenas o ponto do vista de uma correu-le política, mas necessidade imperiosa, diante da qual nftopodemos recuar, diante da qual qualquer vacila çâo poderálevar-nos a dias realmente tenebrosos.

Sr Presidente, quando na penúltima reiniiflo dn Cn-inile (íos 21. em Washington, o Sr. Augusto FredericoSclimidt levantou o problema da possibilidade das rela-cães do Brasil com os países do 1-este. especialmente eomn I nifto Soviética n a China, êle nfto agiu, ao contrário do¦pie disseram jornais do Rio de Janeiro, como ameaça ant*listados Unidos, como chantagem para obter mais dõla-res, justiça se lhe faça. Quando o Sr. Schmldt abriu aperspectiva da* relações do Brasil com o l.fisle europeu.c',i. o lê/, como uma conseqüência lógica de raciocínio bn-sendo em projeções econômicas da mais. alta qualidade-•{iinndo o Sr. Schmldt abriu essa perspectiva, nfto o fé/.pnra impi»r ao» Estado» Unidos maior auxilio em dólaresim Brasil, mas como «ma atitude irrecon ivel da Naçãobrasileira. Isto se explica. O nosso Tais tem uma taxa decrescimento anual do 2,5% na sua população e, em J!)«SH,«Icaiiçarsl a 100 milhões do habitantes. Então, paríl quenessa época, em I0H0, consigamos dar ao nosso Pai» iminível dn vida equivalente a 400 dólares «per capita», luinecessidade inadiável de crescer o produto nacional bruloiiimia taxa de 4,5% no miiiinio e as Inversões atingiremao nível de 1".G%, o que nào tens ocorrido nos últimos 10anos ua vida econômica de nosso Pais. E' uma necessida-de indeclinável, pois do C,ontT*rto estaremos criando pés-flmas condlçCe» de vida para o futuro de nossa Pátria.

Se tivermos capacidade de aumentar o produto na-cional em 4,5% anualmente, se tivermos capacidade deinverter l",G% desse produto nacional bruto, M> tivermoscapacidade de, através do medidas seletivas do crédito,conseguir evitar os impactos da inflação num desenvolvi-mento como ésse. de tipo forçado: c além do mais. pu-(lermos ampliar os nossos mercados, então. Sr. Presiden-ic c senhores Deputados, conseguiremos atingir, em lflXO..ssii renda «per capita» de 400 dólares, que é realment»renda muito pequena,

Sc tomarmos as mesmas condições do inundo itual •projetarmos pnra os principais países que hoje dominamii politiea mundial essa mesma progressão até o ano del!IK0, vamos ler ns seguintes conclusões: o« Kstadog Uni-dus, em J980, alcançarão amn renda «per capita» de S.8I1dólares: o Mercado Comum Europeu, constituído da Ale-manha, França, Bélgica. Luxemburgo o países dn Bcne-ln\. atingirá uma renda «per cnplta» de 1.514 dólares: aInhto Soviética, segundo os mesmo» dados colhidos nes-mis irojeçóes do Itamarati, alcançará uma renda «percapita» de 5.000 dólares. Nesse» totais bruto», os Ksta-dns Unidos alcançarão um» renda nacional bruta de »'>Sbilhões (lo dólareg; a Unlfto Soviética, 1 trilhão e 500 bl-Ihões. Os demais países também elevarão snbítanciiilmen-te a renda nacional bruta até 1980.

Por ésse» dados, Sr. Presidente, chegamos à segnln-t„ conclusão: enquanto no Brasil so projeta o nos-n de-senvolvimento pnra atingir apenas o índice de 400 dó-lares tper capitas, esses países mais desenvolvidos terSonessa mesma época: 3.811 dólares, os Estados Unido". 6.000dólares, a União Soviética. 1.51.4 dólares, a Europa Ool-dental, ti assim sucessivamente.

Kntfto, Srs Deputados, esse nosso objetivo mínimode 400 dólares- em 1980 torna-se realmente muito modesto,muito simples, mas só será alcançado, mesmo assim, senós. desde hoje, começarmos a lutar intransigentemente,

para que essas medidas dependentes dn «inverno se)->mImediatamente tomadas. „,i..„i.

O SK DAGOBEKTO RALES — > «ssa Evidênciaestá produzindo magnífico discurso e quer,, liomenageá-In oferecendo modesta contribuição. Acredito que a» ex-t,anulações econômicas citadas por V Ex'„ que resul-.

inm no cálculo da renda .per capita, e. da renda brutadesceu paisea-mencionados, não estilo levando em contaum fator Importantíssimo, que é necessário frisar. Os pai-Lês mais adiantados, como os Estados 1 nidos, a Rússia,„ Inglaterra e a França terão dificuldades muito gran-des no futuro, quando suas reservas minerais, jà pesada-mente afetadas, estarão a pique de se esgotar. V íah.

deve ai analisando um caso particular, apenas ter em

consideração que no presente ritmo dc consumo def petro-leo da nação americana, que atinge, se não me falha a

memória, à cerca de 3 bilhões do barris por ano. lia erao esgotamento das suas reservas petroiife-

no momento alcançam ns 300 bilhões de barris,industrializados terão, obrt-

ritmo de desclivol-lançar mão das

subdesenvolvidos No e.sbft-

assim temo» quc exigir uniesloiço nacional dobrado,pois, admitindo essa baixa tn\a de desenvolvimento ou rieacumulação de produtos biuto.» »eremo* foiçados Iam-bém a elevar o nosso comer-cio exterior: para ê?aosimples objetivo de 400 dó-lares per capita geremos obregados também a elevar onosso comércio exterior, pe-lo menos, ao nível rie 4.5 bi-Ihões de dólares.

O Sr. Sérgio MagalhãesAnte» que V, Exa. passt

a outro tema, desejo fixar'bem a conclusão a que «liegnuios em face dos dadosapresentados por V. Exa. To-doa esses paíse» hoje adiim-lados, que possuem já gran-rie quantidade da capital, es-tão empenhados em elevar nrenda per capita nas proporçóes indicadas nas estalísti-eus agora reveladas. Conclui-mos que não poderão a» navoes subdesenvolvidas contar(..in qualquer ajuda par» efelivar o nosso desenvolvimentoeconômico, dada a verdadeiracorrida desses paises, no sentido de melhorarem cada vez.mais o nível da vida de suas

populações. Desejo fixar es-ta conclusão (|ite tiro do dis-curso de V. f.xa.: precisamoscuidar, «im. do nosso desenvolvimento econõniieo, mascom base no» nossos própriosrecursos « não com estímulo»paia alrair capiUl estrangei-,„, a rim de colaborar *'»nosso desenvolvimento.

O .^lí. FERNANDO SAN-TANA —- Agradeço * --par-te d» V. Exa. • gostaria u»Hlar palavras de dúvidaconstantes neste documento,ipie considero da mais nHnimportância, lido •"• "a-sliington pelo si*- AugustoFrederico Schmidt. Ele mes-nio vacila (|uanto à excelència do capital estrangeiro *diz que, diante dos fatos, <h-anta da experiência dos po-vos latino-americanos, nãosabe mesmo «• $«*» cap1'»'» proveitoso.

Isso realmente nos revelamie o desenvolvimento (,uTais vai depender muito nia^de nós mesmo» do ,ue_ rie.qualquer ajuda estrangeira.

Voltando ao tema do co-menio exterior. verifica-seque se todas ns condições fo-rem satisfeita*, náo só nossntido das inversões Uo pio-riuto nacional bruto, comotambém de um mínimo deimportação equivalente a 1%ilésse ínesiiio produto nacio-nal, mesmo assim, inclusivecom auxílio (le capital es-trangeiro, vamos ter neces-sitlade de elevar o comércioexterior do Brasil rie ....1.400.000.000 de dólares, queo foi cm 1937, para um nívelniiniiiio de 4 c meio a Ti bi-Ihões de dólares em 1Í)S0.

O Sr. Celso Brant — Ain-•la há dias. em uni congres-so internacional em llogotá,o representante rios EstadosUnidos disse nlgo que.mere-ce ser meditado por nós. PI'mie nos Estados

"Unidos tam-bém liá regiões subdesenvnl-v irias e. em igualdade de con-riições os capitalistas ameri-canos preferem naturalmentefir/er investimentos em suaprópria terra. Eles só se in-teressam verdadeiramentepor aplicar seus capitais em.situarão rie espoliação. Nâolui dúvida de que não po-demos contar com capitais es*tiangeiros para o desenvolvi-mento do Brasil. A nossu.História demonstra que aqui"--,les que para cá vêm, dizendouue nos vejn ajudar, ile falo

prejudicam nosso desenvolvi-mento. Jlá o caso típico riaenergia elétrica, que tem re-presentado o maior obstá-culo, quando na mão de ca-pitais estrangeiros, para odesenvolvimento do Brasil.No setor propriamente dou-

t niiário e ideológico, seriainleresasnte lembrai' as pa-lavras de t.eorge Washing-Imi, ao entregar • segundojjovêmo ria nação americ.a-na. Dizia êln quo nenhum|inV8, recebendo rie outro po-«o ajuda financeira, deixa ri»pagar depois essa ajuda compedaços ò> sua soberania.

O SK. FERNANDO SAN*-TANA — Agradeço » apar-ta rie V. Exa. Gostaria, emresposta a esta dúvida le-

v mil ária pelo nobre colega,du citar alguns elementosqut conseguimos reunir daspublicações feitas pela Supe-i-iiiteiiilêiicia ria «Moeda • d»Crédito.

Nesta sliite»» do» Inveell-mentos estrangeiro» no Bra-sil, especialmente no que con-reme a capitais particulares

¦ aqui não entram os cha-niadoi capitais públicos, ouantes, aqueles qua vêm aoHrasil através de emprésti-moj de governo a governo;estão inferidos apenas essescapitais particulares que seinvertem aqui em indústriaso ni exploração Ue serviçosetc. — temos que, entre 1947e. I9Ô8. o ingresso efetivo rie«•apitai» particulares estran-geiros no Brasil foi de 498milhões do dólares: o rein-vestimento — isto é, rendasriêssa capital reinvestido^ noPaís, nesse mesmo período

foi da ordem de ti-5 mi-Ihões ile dólares, e o» lucrose dividendos remetidos paiao exterior, no mesmo lapsode tempo, atingiram a 1 bi-llião a 33 milhões de dólare».

Ora, para uma entrada ele-uva <le 498 milhõeB, houveuma rentabilidade de 1 bilhãoc 058 milhões, sendo quedestes, 555 milhões foramreinvestidos e 1 bilhSo e Mmilhões exportados ein for-ma de lucros. Esto é um qua-dro sintético (los resultadosrio capital estrangeiro apli-cado no Brasil nos últimosdo7.o anos.

O sr. Sérgio Magalhães —Permita ainda V. Kxa. Ültj-itiamente, têm sido feitas vá-rias publicações na imprensadesta Capital mostrando ocontrário do que V. Exa. afir-ma, isto é, mostrando dadossegundo os quais haveria, emvez desse déficit no movi-mento rie capitais, um gran-da saldo, que estimam emtorno de 8UÜ.000.000 de dó-lares. Mas nessa saldo, aoqual chegam através das es-tatísticas da própria SUMOC,consideram o reinvestimentocomo sendo capital novo en-irado, capital estrangeiro en-trado no Brasil, quando re-investimento na realidade écapital nacional a não podeser computado como nova.»entradas rie capitais. Aindamais, incluem os emprésti-mos tomados pelo Governobrasileiro, a fim de fazer ia-ce a esse ônus, a esse pesona balança de pagamentos.Tais empréstimos tornadospara poder fazer fl|ce a es-sa» dificuldades, elesconsideram também comocapital entrado, e somam,todos esses capitais, capitaisemprestados com capitaisparticulares, para e n t ã oapresentar um saldo fui-so, fictício e querer invalidara.» medidas em andamentoiieslu Ca.sa para disciplina (Iomovimento de capitais,

prestam aos grandes lucros e pelasas da Portaria 135 e o ágio cambút)

razoes expostas,

Inrçosníuenteras (pie\s*iitt, esses países altamente"aiàriàiiieiite. para prosseguir nessevimento que osleiltiun presentemente, dercci-vns minerai*. (Ins paises

"""'"'' '"

CONQUISTAR NOVOS MERCADOSO SR. FERNANDO SANTANA — Muito agra-

formações do iiobr» Deputado Sérgio Ma-

«itiiaçilo, V, Kx deve perceber o-* rumos delenms sido vitimas * cujoço dosa

uma politiea mundial ria qualdesdobramento estamos presenciando.

QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIAn SR. FERNANDO SAN

TANA O aparte da ¦ ¦Kxa. esclarece sobretudo qua(/problema ria segurança ua-cional para o futuro torna-serealmente muito importantee leremog foito umn justa política de segurança nacionalna medida em oue tentarmosdesenvolver c ampliar nossosi'pciii sos econõniieo; </ fiuancrlros. A inienençãn]'.y\. vem demonstraiiiie-i vez que a luta PF„Mi nh infiitp di' Hrasil e.ti-*!, rim >".""-c l'a'-,c- ci'

ie \<e

o (le-ni

Vmérica Latina, é questãoil- sobrevivência, questão ri"vida ou rie morte, porque oulutamos para crescer, desen-volver e progredir, ou-entãoseremos tragados, fatalme.n-te, pelo poder dos mai? for-tes que nos cercam e nos do-minam.

Srs. deputados, o problemari» expansão do nosso comei,-in i. o ponto rie estrangulanieiiin c nossa ei ouoniia.porque -a iodas aquela* con-ilicnen ligeiramente aponta(ja-. forem satisfeitas, mesmo

déco as ligalliães,

O Sr. Carmelo D'Agoslino Há unia confusãoua inlerprelatjão, eni nossa lerra, sobre entrada doscapitais estrangeiros. Nós os discutimos no sentido decomo devam eles explorar as coisas econômicas donosso Pais. através de seus investimentos, quandovêm preconcebidamente investidos, visando grandeslucros, tal se depreende da Portaria 135 da SUMOC.essa que fêz com que se instalassem as fábricas deautomóveis em nosso país. Os lucros que essa por-tavia permite ao capital estrangeiro investido, entrenós, não são de colaboração aos nossos esforços pro-dutorés. Não, nobres Deputados, eles vêm com o dedoposto naquilo que é a certeza, da grande vantagem,como vimos de verificar nos balanços de suas emprè-sas. 0 que as anima a vir ao nosso país, são tambémos ágios cambiais boje incorporados aos impostos dealfândega. Não vêem os nobres colega* que preferemo.< capitalistas estrangeiros investir os seus capitaisrm explorações industriais? Ruis são estas que se

O SR. FERNANDO SANTANA — Enquanto V.Exa. se alonga, vou perdendo * chance de terminar omeu discurso.

O Sr. Carmelo D/Agostinlm — Vou terminar.Peço-lhe desculpas,

. Supomos siprtplòriamente qual deva ser a vanla-gem de um capital estrangeiro. Pois bem, não deve-mos admitir que procurem o nosso País pelos nossosbelos olhos, senão pela certeza de grandes rendimen-tos, acima do que pudessem prejudicá-los, com a re-messa de dividendos ao câmbio livre.

O SR. FERNANDO SANTANA Mas. Srs.Deputado*, agradecendo au nobre colega o aparte,gostaria de retomar aquele raciocínio ...

0 Sr. Carmelo D'Agostino — Peço outra vezdesculpas.

0 SR. FERNANDO SANTANA —.'.-. reporto-me aos problemas do comércio exterior. Knláo, comodizíamos, se todas aquelas condicionais fossem rea-lizadas, nós, independentemente de tudo islo, teria-mos que considerar o comércio exterior como um dosaspectos fundamentais para o desenvolvimento doPaís. Isso porque, com todo o auxílio que pudéssemosobter do estrangeiro, islo é, na base de 3 biliões dedólares até o ano de 19G7, quando, então, se poderáconcluir que esses recursos darão maior impulso aonosso desenvolvimento, mesmo nestas condições, tere-mos que elevar o nível do comércio exterior do nossoPais de um bilião e 400 milhões de dólares para 4,5a 5 biliões. no mínimo, em 1980.

Esla é uma verdade irrespondível. Sem éste pes-suposto do comércio exterior não é possível de modoalgum projetar-se, nem conceber-se o desenvolvimentodo nosso País, porque aí é que estará a fonte segurapara as importações que necessitamos, bem comodesses bens de capitais indispensáveis ao nosso desen-volvimento que atingirá, fatalmente, u elevada quan-lia de 3,5 biliões de dólares no ano de 1980. Isso, re-iluzindo ao extremo limite as importações, subslilti-indo-se ao máximo as importações que pudermos evi-tar através da manufatura dentro de nossa pátria.

Se tudo islo fôr feito. Srs. Deputados, teremosde qualquer maneira de elevar o comércio exteriordo Brasil na escala de 1 bilião e 400 milhões no anode 1957 para, aproximadamente. 5 biliões em 1980.Pergunta-se, então: — Teremos capacidade de reali-zar ésse esforço desesperado no sentido da exporta-ção? Creio que teremos capacidade de realizar ésseesforço, porque nações menores do qtie o Brasil, comoa Polônia, estão fazendo esforços muito maiores queesse e alcançando seus objetivos anualmente.

Mas, para que alcancemos ésse objetivo no co-mércio exterior, é indispensável que analisemos asituação do mundo e como èle se encontra. Os merca-dos tradicionais de nosso País. islo é, os Estados Uni-dos, o Mercado Comum Europeu e o mercado do Com-monwelth, cada dia, quando não se retraem,Tedüzem oseu poder de compra de nossos produtos. Verifica-seque, com a criação do Mercado Comum Europeu, mui-tas de nossas matérias-primas perderam a colocaçãona Europa. Observamos que a taxa de crescimento denossa exportação para os Estados Unidos é relativa-mente muito baixa e nada nos permite acreditar queapenas ésse mercado seja suficiente para absorveras necessidades da exportação. O mercado do Com-monwelth, como todos sabem, fecha-se cada dia maise procura viver dentro de suas próprias fronteiras.Então, o que nos sobra no momento desses mercados?Sobram-nos apenas esses países com os quais aindanão alcançamos, com os quais ainda não temos rela-ções comerciais e diplomáticas. Temos que conquistaresses mercados sob pena de perecermos porque, em-bora estejamos já na era dos sputinik ou já no iníciode uma nova vida interplanetária, não podemos basearo destino de nossa pátria na esperança de conquistarmercados fora do nosso mundo, que conosco possamcomerciar. Não podemos ainda viver na base dessa hi-pótese da futura humanidade interplanetária. Temosde viver dentro deste mundo inelástico, que é o mundode hoje, assim como são inelásticos os mercados paraos quais temos de mandar nossos produtos. Este mun-do. a Terra, é inelástico: e o que nos resta, mercados mesmo, alguns deles apenas,que ainda não conquistamos, são os países socialistas «ntM os quais o Brasil, mie-do Leste europeu ou da Asta, assim como o.s paísessubdesenvolvidos do Oriente.

E' para essas Nações que lemos de voltar nos-sas vistas, a fim de conquistar mercados; ou conquis-íamos mercados, ou pereceremos, porque o desenvol-vimento da nossa pátria está estritamente ligado aodesenvolvimento do comércio exterior. Essa verdadenão é dita apenas pela corrente nacionalista; e afir-mada por teóricos, os mais conservadores do País. .aexemplo do sr. Roberto Campos. Em artigo recente,em «O Globo.», no suplemento de quinta-feira passada,há um trabalho de S. S„ mostrando que, ou marcha-mos para exportar, ou, então, teremos de retrogradar.

O Sr. Eloy Dutra — Além do Sr. Roberto Cam-pos, outros eminentes homens, absolutamente conser-vadores, como o Sr. Assis Chateaubriand. Enquantoaqui no Brasil discutimos o caso das ostras, o sexodos anjos e a Emenda dos Conselheiros, os países cha-mados desenvolvidos tratam de ampliar o seu comer-cio com os países da Cortina de Ferro, esquemati-zando-o, evidentemente, dentro dos planos que lhesconvenham. Apenas alguns países dos chamados sub-desenvolvidos, entre os quais o Brasil, teimam, apre-sentando razões quase pueris, ent não reatar essas re-lações. V. Exa. esta fazendo discurso 'qui esclarece

perfeitamente a questftf»do comércio com os paísesrl,i Cortina de I"'P"'0' «"•quanto outros paises tra-tam de ampliá-lo e pio-curam essas relações, nosaqui ficamos divididos emués áreas: aqueles Q".*não a»'desejam por moti-vos talvez inconfessáveis:aqueles que as desejamardentemente e creio «j amaioria do povo brasileiro;p uma terceira dasse, quetemos de respeitar — ados que tém motivos ien-"iosos, aqueles que acieditam em milagres deSanta Teie/.inlia do Menino Jesus, como D. llelderCâmara, o Marechal Lott eoutros assim. Mas aquelesque sabem estarmos a çn*minlio de um verdadeiroabismo em nosso .sistemacomercial e teimam em •

náo querer reatar relações(;on1 os países da Cortinade Ferro só podem obede-t.cr a intuitos e motivos

profundamente , iIlfe!10.'oe;'subalternos. M«Ho ^'"0J'

do a V. Exa.

REATARRELAÇÕESCOM O LESTE

O SR. FERNANDO SAN-

TANA - O aparte do nome

colega Eloy Dutra esclarec.

perfeitamente a questão, _ANação inteira está disposta

aN ir *ss4 passo, no sentidodr teu desenvolvimento. Ra

vas, digamos, pequenas Ira-

t.óe. dêst. Pais i Aue »•

opõem à política de «pan-So S. Política, comercialagressiva de conquista de no-

vos mercados.V Exa. Uve t* -ela idc'*

<j, trazer ao debate o nome

do Sr. assü Chateaubrland.Rendamos, nesta oportunlda-de uma homenagem a »•

Exa pela atitude desassom-brada que vem tomando, ao

reclamar da nossas autonda-des o reatamento das rela-i-ões comerciais, mostrando,através do rádio, da telcvisão f da imprensa, qu» *st«

problema transcende do re-lativo a diferenças de regi-me.i políticos ti» um pais pa-va outro.

O Sr. F.lof Dutra — Per-mita-mi V. Exa.. novamente,pequeno complemento ao meuaparte. Hoje mesmo, em ''O

Globo", no artigo de fundo,vemos: o feijão a quase 60cruzeiros. E nós o Importare-mos dos Estados Unidos. Ve-ia V. Esa. como a íalta d»integrarão do Bre/il no sivtema comercial do mundonos leva, até, a criar, íutii-ramente, um novo truste, otruste do "beans". do feijão,que vamos buscar nos Esta-dos Unidos. Isso * verdadei-ramente fenomenal: nós, bra-bueiros, que somos, afinal dascontas, os maiores plantado-res feijão de todas as corei-— branco, mulatinho. preto— passamos a importi-lo dosKstados Unidos! Eu gostariaque V. Exa. tomasse em con-siderarão ésse artigo dt "OGlobo-', que constitui umalerta para essa falta de in-tegração do comércio do Bra-iii dentro do sistema univer-sal a que todos os paises obe-decem, menos os chamadossubdesenvolTidos e, assim

li/mente.O SR. PRESIDENTE - -

iXeiva Moreira, 2." Secreta-r:o) -— Eu pediria ao nobreorador concluísse o discurso,que sni tempo esti esgotado.

O SR. FERNANDO SAN-TANA — Sr. Presidente, «o-licito rie V. Exa. um poucode paciência, se possível.

O SR. PRESIDENTE — Oproblema não é de paciên-cia: há outro orador inseri-to, que deseja fazer uso dapalavra.

O SR. PERNAHOQ. SAN-TANA — Vou concluir, Sr.~Presidente.

O Sr. Assis Chateaubriand,quebrando um labu, deixoua Cidade de Bonn da auto-móvel e, atravessando pan»da Alemanha Ocidental • &Alemanha Oriental, penetrouna Tcheco-Eslováquia. Contaéle, em artigo publicado nosjornais d* sua cadeia, qu»foi necessária uma iesiãti-n-cia quase de «elvagem, por.

(Conclui na v pfcjuu. 'J

Page 7: OOM PALAVfcfVE MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO ......MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO BARRARÁ CARESTIA OOM PALAVfcfVE (REPORTAGEM NA 11.« PAGINA) ANO I — Rio, Semana de 28 de agosto a 3 de

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rWmmmmmmWKSSJÈ^-' i , 28 - 8 i 3 - 9 - 1959^ -r=^^-^...- ^JS{!^..lIu^^ ^^ PAGINA 7

fm nono edição anterior, abrimos nossas co/u-nas ao debate sobre o destino do Distrito Federal

após a mudança da Capital da República para Bra-. silia. Como se sabe, dividem-se as opiniões entre a

formação do Estado da Guanabara a a fusão com eEstado do Rio. Publicando, hoje, as opiniões que nos

enviaram o escritor Astrojildo Pereira e o sr. Manoel*<l, de Oliveira, reafirmamos o apelo feito ao$ feitores

'nteressados para que se manifestem sobre o assunto.

Cidade Ho Rio De JaneiroCapital DoEstado Do Rio De Janeiro

\STROjlLDO PEREIRA

Nessa questão do des-lino a sei- dado à cidadedo Rio de Janeiro após amudança da Capital Fe-fleral para Brasília, asmelhores e mais convin-rentes razões — de oi-dera geográfica e

h i s t ó v i c a, ou da or-(lem politica e econômi-ca. ou ainda de ordemcultural e sentimental— mililam todas a favorda reintegração do atualterritório do Distrito Fe-deral ao território do Es-lado do Rio de Janeiro,com o qual sempre for-mou uma unidade natu-i al e indissolúvel. Rio deJaneiro cidade e Rio de•laneiro província ou Es-lado — o próprio nomeestá dizendo — são umae a mesma coisa: ÍHudoRio de Janeiro. Note-se,aliás, que «Distrito Fe-deral» não é toponímico,porém mera designaçãoadministrativa, que liojeostá aqui e amanhã esta-rã em Brasília.

O tal «Estado da Gua-nabara» é uma infelizinvenção dos constituiu-tes de 1891, que os cons-tituintes de 1934 e de ..1946 repetiram tolamen-le. Seria unia cabeça semcorpo, criação artificial,monstruosa e inviável.Nem é difícil prever que.o Rio. capital do minús-culo Estado da Guana-

bara, acabaria lambempor amesquinhar-se emcidade igualmente arli-ficial, cidade só de fa-citada e sem futuro, ré-duzida talvez a simplescentro de turismo e,quem sabe, de jogatina ebatota, uma espécie de.Mônaco sul-americana.

Os adversários da re-integração apegam-seprincipalmente ao pro-blema da «autonomia» ea algumas razões de or-dem administrativa e fi"nanceira.

Com a mudança daCapital para Brasília,haverá, sem dúvida, di-ficuldades administrati-vas e financeiras, masserão dificuldades resul-tantes da mudança, sejanual fôr o destino que acidade venha a tomar.Serão dificuldades que oEstado da Guanabara te-ria também de enfrentar— e eu estou convenci-do que o Rio de JaneiroEstado e cidade unidosestará em melhores con-dições de enfrentá-las —precisamente em virtudedo acréscimo de poten-cialidade demográfica,econômica e politica queresultará dessa unidade.Qualquer pessoa de bomsenso compreenderá is-so facilmente.

(.) princípio da «auto-nomia» está sendo utili-

DO DIREITO DE GREVEMuitos homens existem que, sensíveis à belezii exterior

dns coisas, lém os corações fechado." aos direitos dos sr-inrllianles. V, carregam n vida, como se fosse num rinr,na Inpela do rnsaco. KAcíI lhes serln, no rninnin. com-proender as necessidades c os anseios tio* que não pus-suem um casaco decente, porque muitos caminhos podemcon(lu7.lf-nog íi compreensão das lutas sociais: o tio co-iihecinieniii, o rio raciocínio e nlí o da liomlnde. IVnsonisso, nesses homens, na vida transformada rm flor u iiiivirJn arrastada como fardo, mnlradi/.onrio a harmonia uni-versai, ã leitura (Ia crônica rie Ali Iltghl, na qual In/, res-trirôes ao direito de jfrcvp.

(» cronista teme qut! o projeto ,i.'i aprovado na 1'iiiiinin,«admitindo como legal a greve rio solidariedade-", vá muitohm .e. Mas se esse muito longe significa umn furmn ilnIma pela realiza ,ão de anseios justos, pela satisfagão dnsexigências rio cada dia tic vestir, tic morar, de educaros flürosT-rtu pTnduy.l'i'-seiii—liH-milliai.-3j)-r^_piu;_íll!etemc-_lo? A solidariedade, entre os homens que sofrem e quelêm consciência tlôsse «ofrimento, causa, assim, tanto re-ceio aos que medem as dores da coletividade pelos seuspontos-de-vista pessoais? Ora, essa coletividade tic. quefnlo, a classe operíria, nil" tem tribunais, nem polícias,nem cardeais, só possuí, mesmo, a força tle suas mftos,quando se enconíra puni desligar as máquinas. )'.' vimvilude i|io» nesse dln nfio haverá h iguaria desejada nnsmesas «emprn ftwiax, nem n flor para n Inpela d<> casaco,nem a coluna para a ilefes dos poderosos. Mas, pa-ciência...

Ihiiíinu" olio horav.' de irnluilho. um homem reparter-.>rn ns seus 1'onipanhei'lns íi* Injustiças. ,|S sncrifícios, aspreocupações: o presente e o futuro. Reparte n cnnsai.'on« Ungem de vulin paia ci*n, lomo jíl linha repartido, navinda, de madrugada, o atraso rjn nem. Uc noite repailen difiro rio filho, as quelxns da mulher, v (le-conffttio dolar. Sn liorn da luin contra tudo Isso,'poderia deixar d»repartir a solidariedade? Nfio creio <iue a solidariedadecm si atemorize o cronisia, mas a sua resultante: a uni-rlsde. R essa unidade feiia, muitas vezes com o risco riaprópria viria, realmente, jiorterit ir mais longe- do que vãons Inferisse» privados tic êertos grupos e di» seus poria-t"/.es. Da classe operária nào *e pode dizei- o ijhb dizialago, no «Otelo» :

«Hás de ver muito servidor submissoque, encantado com a própria servidão,coiiíome a sua vida como os asuos»en'em au rionn: n liôco rie forrageill».

PELA FORMAÇÃO DOESTADO DA GUANABARA

MANOEL N. DE OLIVEIRA

RADIO! TV

zado cuino argumentocentral da resistência aidéia da volta do terri-tórío do atual DistritoFederal ao Estado doRio. Mas ésse é um ar-gumento que não resi.s-te ao mais simples ra-ciocínio. A reintegraçãoda cidade ao Estado efeita capital do Estadonão implica em qualquerespécie de diminuição oumutilação da sua atilo-nomia. A cidade do Riode Janeir o, capitaldo Estado do Riode Janeiro, terá seus di-reitos de autonomia pie-namente a s s egurados,como acontece com ' asdemais capitais dos de-mais Estados. Comoacontece igualmente comtodas as cidades e mu-nicípios brasileiros. Nin-guém poderá afirmar,a sério, que o Rio terámais completa autono-mia como capital do Es-tado da Guanabara doque como capital do Es-tado do Rio de Janeiro.

Tenham paciência: és-se argumento não valenada.

Foi l.oin que NOVOSRUMOS abrisse o debatesobre essa questão, quoestá interessando larga-mente à opinião pública.Vamos ver o que dirãooutros, seja a favor, sejacontra a reintegração. E'claro que poderei voltarao assunto, si sustentai'um ponto-de-vista que ameu ver se fundamentanão apenas no comuminteresse da região doRio de Janeiro, mas nointeresse geral do País.

ConferênciaInternacional

de Arquitetosem Varsóvia

A Associaçfto Polonesa rieArquitetos, juntamente com

_a Academia Polonesa rieCiências.

~ preparam- uma- -

Conferência Internacional rieArquitetos, a ser realizadaem Varsóvia, com início pre-visto liara 8 de outubro pró-ximo e duração de três dias.A Conferência tratará espe-cialmenle do lema "O Uc-senvolvimento da CidadeModerna e os Problemas do?Blocos de Velhos Edifícios tleValor Histórico".

O Instituto de História riaArquitetura e PlanejamentoUrbano, da Academia cieCiências ri,< Polônia, patroei-liará outra conferência inte: -nacional rie arquitetos, na ca-pitai polonesa, entre ns dias15 e 17 também rie outubro.Os participantes de ambas asconferências terSo a onorlu-nídade de. no intervalo en-tre elas visitarem as cidadesric CraoJvlã, GSa risle;" Puzmm-e Toriiii.

Aiendendo o convite aosleitores, venho apresentaro meu ponlo-de-vista sobren questão do estatuto ju-ridico a ser dado à cidadedo Rio de Janeiro, após amudança da Capital Fe-cleral para Brasília.

Nào pretendo tecer con-liderações oe ordem ju ri-dica.

Quero deu minha opi-niào apenas como moro-dor do Distrito Federal hániois de 1 '> anos.

Qual a melhor das duassoluções para a populaçãocarioca: voltar a cidade aintegrar-se no Estado doRio de Janeiro, ou consli-tuir-se num Estado autôno-mo da União, o Estado daGuanabara?

Parece-me que ninguém

poderá responder a esia

pergunta com segurança,mesmo se tiver examinadodetidamente Iodos os ai-

peclos positivos e negati-vos que puaer ler desço-berto ou previsto numa an-lecipação do futuro. E'

que a mulliplicidada dosaspecto» que a nova estru-tura jurídica apresentaráe o seu próprio desenvolvi-mento posterior, em qual-quer das duai loluçõei quefôr adotada, não permitemuma antecipação subjetivade qual O melhor delas

para a população carioca'Que faier então?

Optar decididamentepela formação do Estadoda Guanaba-ai porque aexperiência vivida pelo po-vo carioca dentro da pró-pria realidade do novo Es-tado é o único meio, real-mente, que lhe irá possibi-tirar saber se a soluçãoadotada foi ou não con-veniente. Se a conclusãofôr pela negativa, poderáentão pleileor calmamentea incorporação do Estadoda Guanabara ao Estadodo Rio. Será um trabalhofeito com Ioda a calma,com o participação ativadas duas populações, sema tutela aluai de algunsfigurões políticos muitossuspeitos.

Por outio lado, como obom senso de qualquer um

pode perceber — e esiaé a razão principal — se-ró muito móis fácil ao po-^o cprioca pleitear, maistarde, a anexação ao Es-tado do Rio, se a autono-mia estadual lhe decepcio-nar, do que pleitear a «de-sanexação, se a integra-

ção se revelar, posterior-mente, de todo desagrada-vei, inconveniente • in-tolerável.

lutemos pela formaçãoe autonomia do Estado da

Guanabara1

0 HUMORISMO NO RÁDIOK' costume, ontie as camadas intelectualizadas,

naiar o humorltínui radiofônico eom o mesmo dos.pr6/.o, h m6ama alérgica Intolerância com que sp tra-ia a novela. Para essas pessoas, humorlsmp de rádioé sinônimo de pornografia hertílana — Imorallcla-rie agressiva que nós ataca dentro de nossa própriaessa, ao simples girar de um botftn. E se ó verdadeque a (juasé totalidade dessas pessoas Jamais se «leuao trabalho de pesar ponídínclosimônto os seusconceitos em relação á essa èêpécie de humor, tam-hém nfto à mentira que elas pôtóucm boa parcelade rai'âo. A èxploraçôo do liuinossexuallsmo comorecurso de comicidade. por exemplo, tal como ouvi.mos a semana passada em dois programas ( Balan-

i,u mas nüo cal* e -Uma nova história de AntônioMaria-1 é inadmissível por pessoas de caráter bem[unnadú. No primeiro desses programas, encontra-mos Wellington Botelho e no Wgundo Altivo Diniz,dois excelentes comediantes, prestando-se ao papelrepulsivo do encarnar Invertidos sexuais. Bem sabe-mos que pouca culpa lhes cabe. Sfto intérpretes e.até certo ponto (o limite da dignidade humana)obrigados a viver o£ papéis que lhes sào distribui-dos. Responsabilidade bem maior, quase total, cabeaos produtores e diretores de «broadcastlng*. E épreciso (|»e alguma reação ?e faca sentir, do contra-rio, qualquer dia desses, n30 nos causará surpresaouvir a voz roliça de Jorge Cúri anunciar: <Enquan-to isso no apartamento da prostituta Magaly..;>.

• V »

Seria, entretanto, um erro e clamarosa injustiçaUilgar todo o humorlsmo radiofônico por esses doistristes exemplos. Nesta terra tão pobre de humor,a verdade é que o Rádio, malgrado todos os exces.so«i toda a mediocridade, toda a irresponsabilidade(fenômenos que são. em sua maioria, apenas refle-xos dc um desagregamento social), mesmo assim, oRádio produziu entre nó. certo tipo de humorlsmoque seria Injusto condenar a priori, sem um examecomparativo. Sim, porque que mais temos nós namatéria? Na literatura, onde está o nosso MarkTwain? No Teatro onde o nosso Shaw? O jomalis-.mo nos deu Vão Gogó e ficamos por ai.

Jo entanto,

homens como Max Nunes e Haroldo Barbosa, ve*

por outra, redimem o humonsmo radiofônico de mui-

tos dos seus pecados. # ^ $

RADIO AMERICANO COME ESPINAFRE

A notícia vem dos Estados Unidos eé um toquede alerta para os nossos homens de radio e de tele-

Jisào&S pesquisa realizada pela «Sindllnger

ànd Company» (espécie de IBOPE americano), os ou-

vintes de rádio, em território estadunidense, sao.

atualmente, mais numerosos que °-VsP°ct«floroe.Vc'eTV. Levando-se em conta que 0 numero de apare,

lhofl de televisão existente nos Estados Unidos; JáHpnfxima bastante rio dc rádios (o que n**"»""

tece no Brasil) e que há ^is anos que o numero de

telespectadores superava o de ™d»«vWe8 «ve

mo, concluir que, ou a TV americana esta em deca.

dência, ou o rádio de tio Sam comeu espinafre e re-

solveu enfrentar valentemente a sua jovem rival

Pelo que sabemos, a verdade abrange s di s h po

teses e constitui uma lição para os <telemen> • «ra-

diomen> uipiniquins.

:PERO VAZ :

Falta Apenas Um Atoe Coragem Do Governo

ANA MONTENEGRO :

Jfeass

ASSINE :!"NOVOS :I RUMOS" !i

itoiuliisftn da 6." página)nt:, dezenas de amigos, da-(iiiéles falsos amigos, daquè-íes amigos de má morte, co-mo ns chamou, queriam im-pedi lo cie íazer essa viagem,inclusive dizendo-lhe que, *¦?¦Ientasse transpor as frontei-ras entre a Alemanha Oci-dental e a Alemanha Orlen-tal, seria preso « iria criaro mais terrível caso na poli-tica internacional dos dias dehoje. O Sr. AsMs Chatcau-biiand, porem, sem passapor-te visado, sem dar atençãoaos pregoeiros da má morte,atravessou a Alemanha Oci-

dental e penetrou na Alemã-nha Oriental, chegando aPraga, onde, não só nada so[reu, mas íot recebido da ma-neira mais gentil, mais cor-dial possível, conforme teveoportunidade de referir-se emvários dos seus artigos.

O .Sr. Saldanha. Denl - -Posso dar testemunho. Quan-do dp minha viagem a Ber-lim Ocidental, vlíitei iam-bem Berlim Oriental, lá en-trando em companhia de duaspessoas flêTTHtiürmHdade-aJe*-mã, dentro as quais umamoça, Náo fui perturbado,não encontrei guarda algum,náo me íol exigido qualquerdocumento. Depois de passarii dia todo na AlemanhaOriental, regressei à Alemã-nua Ocidental, sem que qual-(juer autoridade me pedisse!,in documento

O SR. FERNANDO SANTANA • l.-so revela que bs

i mimadas cortinas existemspchas ua. guerra fria, quifelizmente tende a esfriar-seainda mais nesse fato auspi-cioso uo ponto de vista glo-bal, do ponto da vista uni-versai, que e o entendimento

_fi.U9_.jioje jnarcha acelerada-iuente entre os Estados Uni-uns e a União Soviética, atra-ics da visita dos seus ho-tnens mais importantes, comoNixon e Krusehiõv.

E n t k o, verificamos, Srs,Deputados, que a tendênciacio mundo não e para a guer-ra, absolutamente, mas paran equilíbrio, paia o entendi-menin. paru a (onvpniíncupacifica • nos, brasileiros, si-

i uadoi iieil» P»n« do conti-nente sul-americano, temo»que dar o exemplo, seguindoaquelas disposições qu* nósmeamos aprovamos, na últi-ma Assembléia das NaçõesUnidas, quando presidiu anossa delegaç&o o ilustre Em-baisador Oswaldo Aranha.

Na última moção aprovadapela Assembléia Geral dasNações Unidas, recomendava-se que todos os países parti-clpantes da ONU normalizas-sem suas relações díplomáti-cas e comerciai!. E na basedesta resolução, aceita lnclu-sive pelo Governo brasileiro.é que o Sr, Oswaldo Aranhadeu, no ano passado, aquelacélebr, entrevista propondoque o Brasil reatasse lmedia-tamente suas relações com ,todos os povos do mundo, in-clusive com os povos doOriente europeu, porque as-sim determinava a resoluç-àoda própria Organização dasNações Unidas.

Sr». Deputados, lemos deesfriar a cabeça e tentar ob-ter o máximo possível dasvantagens que o mundo ofe-rece ao nosso Pálsr paranjue—¦éle se desenvolva realmente.

Se as nossas autoridades,ke os nossos homens públ;-cos, se os nossos homens tlecomércio e de negócios estãoabsolutamente convencidos tianecessidade imperiosa de ex-pansão comercial do Brasilpor meio das trocas com to-nos os paises, que impede aoBrasil essa murcha definitivapara sua emancipaçAo, paraa afirmação de sua soberanin'.'

O .Sr. Camelo DAgostmo¦ ¦ í o receio da influênciado regime comunista sobre onosso regime democrático. 8o resultado do acovaríamen-'to, da dúvida de s„ sobreporao nosso regime o regime co-munista.

O SR. FERNANDO SAN-TANA — Esse argumento nàopode prevalecer. Nações, mui-lo menos poderosas — «e *s-sim podemos classificar o Bra-sil, neste mundo de fracos - ¦

n Argentirm, o México, oUruguai. * Indoné6Í», o» K«-lados Malaio», » Índia, o Bgi-

io, * Síria, todo* estes, pai-ses muito menores, muito me-nos poderosos, digamos, mui-to menos capazes de se defrn-der do que o Brasil, mantémrelações com todos os outrospovos e nâo se sabe até hojeque essas relações tenham

contribuído para a modificação do sistema político dessas nações. Como. entáo, Depulado Carmelo d'Agostino, fepode levantar problemas de"infiltração"?

O Sr, Carmelo d AgoslinoMas eu estou com V. Exa.. ,também condeno ésse receio.

O SR. FERNANDO SAN-TANA — Esse argumento d<t"infiltração da ideologia comunista" * apenas um argu-mento policial, um argu-mento constantemente mampulado no DOPS, através deseus diretores, que fazem maispolítica exterior do que o próprio Ministério das Relaçôe*Exteriores. (Muito bem.) Istoé uma verdadeira fuga das res.ponsabllidades. Knquanto o

Ministério das Relações En-tenorés sempre sft manteveem silêncio, aa organizaçõespoliciais _íaziam programas derádio condenando"

'*&'"'relações"

do Brasil com outros paises.Estamos absolutamente con-

vencidos de que nada nos fal-ta para dar ésse passo, nem aconvicção absoluta do Oo-vérno de que tal passo é ln-dispensável, nem a fé. digamos, por simples indução, dopovo, na sua totalidade, poique todos aqueles que témcontado com as massas po-pulares, no interior já nãodigo nesta Capital, sabem qu?há no covaçio do brasileiro areclamação permanente nosontido de que o Brasil r«ate suas relações comerciais «diplomáticas com todos os povos.

Isao CóU na consciência po-polar, que náo teve nenhumaexplicação cientifica sobre onosso comercio exterior, nem*óbre os nossos escalões dedesenvolvimento. Mas o povo,com íua alma. o povo. que trealmente a Nação, náo n<>cessita, de discussões, nem prucisa d,, explicações científic*.«. "Èle sente na. sua>própria

carne que isto é uma neces-cidade e reclama, como se ti-vesse ciência absoluta da ne-cessldede desse reatamento,dessa ampliação daa nossas re-laçócs com todos os povos. Náofalta. pois. Srs. Deputadoe,nem a consciência nacional,nem a consciência do Govêr-no. nem a. consciência dos ór-íftos competentes do nosso

comércio exterior, nem a cons-ciência do Ministério das Re-laçócs Exteriores. Todos estãoabsolutamente convencidos deque é uma necessidade Impe-riosa a reformulação da nos-sa política exterior. ,Uui.'obcin). Falta apenas um ato,um simples ato de coracent.que reclamamos do Sr. Pre-sidente da República, nestaoportunidade. (Wi/iío bem;muito bem. Palmas).

SINDICATOEM

BRASÍLIAVencendo a résistòncl*

de alguns parlamentares •de inúmeras firmas em-preiteiras, as trabalhado-

Tes " ~â'fí~ 'Brás ilia- -consegui-—ram transformar a sua As-sociação cm Sindicato. Anova entidade, a primeirano gênero existente emBrasília, conta com .'J.100associados o foi reconheci-da pelo Ministério do Tra-halho no dia 24 ultimo,com a denominação de Sin-dicato dos Trabalhador**na Indústria de ConstruçãoCivil p do Mobiliário daLuisiània, Planaltina e For-mos a.

A Diretoria provisória dr»primeiro Sindicato de Bra-<ili». composta dos sr*.Heitor Silva, prosidentí1;Benedito Bispo dos Santo:-,1» Secretário; Marcos Fábio,tesoureiro, iá está pleitean"do a instalação de umaJunta de Conciliação e Jul-camento para Brasília.Uma campanha pela con-fausta de um aumento sa-larial de 50 por cento tam-hém vai ser iniciada pejonovo óigáo tiof. trabalhado-

Page 8: OOM PALAVfcfVE MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO ......MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO BARRARÁ CARESTIA OOM PALAVfcfVE (REPORTAGEM NA 11.« PAGINA) ANO I — Rio, Semana de 28 de agosto a 3 de

-PAGINA I - novos mWos -,-,-.28 - 8 a 3 - 9 19:9,,.

»M.'.V. •.".•.•.•^W•^rf,.'.•JVV

Tarefa Histórica Do Movimento Operário Internacional:D# 14 » J7 de julho último, realizou-»*

m jttM-itavao (AÚmanha Ocidente!) • VIi%t\x¥mnç ck )«iA«ntoional So«tlii.«.

É*gw»o<fo fifffltcntAot* imta ori«nt»eftoYisMidoa eoen89.lt tôdni ai forçai qut que-nm vefúm«.it« lutar pela pa*. pelo» hiteré»-$tt$ do* trabalhador»»'., o Partido CoiiuinUlada União Soviética ailiigill ao Congressonina mensagem na qual disse:

-O Comitê Central do Partido Comu-nlsia da Imito Soviética considera necH."»-wrio dirigir-se ao.* delegados dos PartidosSocialistas representado* tio C-otigressii daInternacional Socialista,

Reconhecemos que wm alguns proble-mas importante? existem divergências eu-ire os Partidos Socialistas, de um Indo. enossos camaradas em muita,- partes dumundo, de outro lado,

Mas, atualmente, todos os destaca-mentos do movimento operário tiilernacional lem tuna tarefa histórica comum: nàopermitir uma nova guerra de extermínio vresponder à.« (enlaliava de ataque da rea-(,ào. Saudámos iodos os esforços sincerosdaqueles líderes políticos que se manifestamem defesa da paz. da democracia e do so-cialismo. que aspiram ao estabelecimentoda pa/. e da justiça social na Lerra • « portermo às calamidades e desgraças impostaspelo imperialismo a Ijumanidade. Reconheremos respeiiosanienle os esforços realiza-dos por rniiitos membros do? Partidos So-rialista.». ao protestarem conlra a tirania *a» sclvageria? do colonialismo.

Não ciiiisideraiiios que assim iiiiervlíim» em vossos assunios inlertios. Susleu-(amos o ponto-de-vista de que o socialismofinalmente triunfará em iodos o.» países,através dos caminhos e rias formas que cor-respondam a cada país isoladamente, as«uas parlicitai idades nacionais e históricas<> às suas i radicões,

IK) PERMITIR Uimm DE EXTERMIIIIO

CARTA DO PARTIDO COMUNISTA DA URSS AO VI

CONGRESSO DA INTERNACIONAL SOCIALISTA

Dirigimo-. os . - -1;. caria purqne, nâiíulisUnie a lula siislénlada ditraule mui-

tos anos, a hiinianidade ainda suporia tloi-vmales: a ameaça de guerra e a fome, lanloipianio vós, nós sabemos que a fome e amiséria já poderiam ler »iiln liquidadas se,i ameaça de guerra e o pesn insuporlaveldas despesas militares ileir\:i--eni de exislir.K a vós nos dinjiinio.s |iarri qne i'iini,edai>atenção a ès|p problema e rnroulreis o ra-miiilio e os meios rle assegurar Uma ele'i\a coexisléncia enlre os paises, cujas tormas de governo diferem uns dns outros e,desta maneira, inrulir novas esperanças aretiletias tle milhões ile pessoas de lodo oI niverso,

Alnalnienle, a aspirarão a uma paz so-lida c o mais profundo anseio da liuinani-'ladr'. Ivsperatilos qne lhe i om edais ;< de\ !ii;i;ii ei ira H

SILÊNCIO DOSSOCIALISTAS

it VI Congresso da luleniarional So-rialista nào só não não discutiu a caria 'I(|Pariidn Comunista da Cniáo Soviélira, masnem sequer a lomòll etn consideração, oclll-

liitulii a iiiesino dos parliripanles do 'on-gresso, rumo dos membros dos partidos so-rial-deiiioi-ralas,

Durante os trabalhos do l'ongresso so-rialisla, um rorrespondenle rio jornal.|'i;i\ila iliiivin.se ;uis lideres socialistas(llleiilniuer, líevau, Scliniidl e Okada e lhespei jílliiliill:

- Cimil \i'.-s;i impressão sobre a rarla,ii, ('omite; Central do Partido Comunistada I nia" So\ iél ira V

Todos eles responderam qile nada sa-liiam ii;i rarla. O rorrcspondonie de Prav-dn deu ;i conhecei' o lexlu da missiva allevan e a Okada. Ilevau disse considera Ia

de grande interesse e Okada are.nti.iou aiH-ii-ssiiliiile de participarem ronjunlaiiien-le socialistas e comunistas na luta pela paz.

Prav da • considerou • unia al ilude ir-i'-.»|i'iii.»;'i\el a dus dirigentes do Congresso¦•in relação ao apelo dns lideres do PartidoCoiniiiiistii da lniiiii Soviética, chegando aocultar a carta aus parliripanles rio ( miV l'l-SS||

Salienla ainda o órgàu -In PCI S qnesemelhante posição nào corresponde aus in-

len-sses iliii lrabalhadores social-democra-t a.» .

SERIAM UMA FORÇAINVENCÍVEL

Argumenta ainda Pravdii (pie se co-iiiunistas e sociülislas unissem .-uas forças,-im âmbito iirindial (-(instituiriam uma I1"-lónciji invencível anle as inveslidas ria ren

ção, No movimento operário internacionalaluam duas forças principais: os Partidosi- unistas e os social-democralas. Segun-do dados oficiais, a Infcrnacional Socialistacongrega cerca de II milhões de pessoas;soli a influência dos socialistas se cucou-iram Sindicatos que englobam ¦"••"> milhões,1,, membros. Por sua ve/.. os Partidos Co-miini.sias lotalizam :''-"- milhões de mem-l,i-ns, isto e, Ires vezes mais do (pie ns so-rial-deinocralas. Sob a direção dos comu-nistas se eiiroiilraiu sindicatos (pie arregi-nienlam % milhões' de filiados. Os eomuiiis-ias lideram u poderoso campo dos paisessocialistas, fortaleza da causa da paz o do

progresso social, Na França e na llália nsriiiiiiinisias rniidiizeiii a maioria da classeoperai ia. K as forças dus partidos comu-uislas e seus aliados rrosreni dia a (ba.

Mntretanlo, os sorial-ilémocralas, (piedepois da Segunda Olterra Mundial ctua-lieravaiu governos rle -- paises, ou delesfaziam parle, atualmente participam de go-vemos em apenas 8 países, Cai o número devotos dus socialistas nos pleitos eleitoraise diminui conslantenieiiie o número dos lt-liados ila maioria dns Partidos soeial-demo-cralas,

Pravda • conclui reafirmando a neces--idade de'se unirem os esforços de Iodos...» destacamentos da classe operária, riomovimento operário, pois tudo favorece es-Ia unidade. K sobretudo o atual desanuviaincuto ila tensão internacional, quando ospartidos operários — lanlo os comunistasconto os socialistas podem ler uni papeldecisivo na solução rios problemas inter-nacionais pendentes.

CONVOCADO O IXCONGRESSO DO

PC ITALIANONum Pleno realizado há

pouco pele. Comu* Central riuPartido Comunista Italiano:o; discutida a convocação rlnIX Congresso do PartidoApresentou uni Informe a res-peito o camaradii Tofiliaiu

Anunciando qu» u Coiiítc.»-.ii i.f-1'.i lugar no pei iodo coin-preendido entre fim (ie no-vembro e romècn de iaueirorie intiO Tosllfllri desilUdilque o Partido Ceiiiuinsl.» It.iPuno 'cm aurjia tomo objc1;-vn conquistar » maioria riaclasse operaria e dai niassc5

¦ i aballiudoras • íorlale, i-mento cia uniãfl ii exisle.iiifcom as grande." massa* ramponestis; o estabelecimentone amplo? contudo? ' om nu-vo» grupo.» de camadas medias das cidades t do camp ih íim rie ter a possibilidadecie dpiei a ofensiva ria reiiçáo,frear o processo de deRCne-leseèiu ia ilem.. 1 dn socieda-d» italiana e 'c ir imeriri-imnente 0'Cnininlio du renn-vacão. democrática da eleti-vac.iu da Consi iiuicão, ria etlifieacão rin sociedade miciiiIis-tBO circulo? dit igente.- dis-

r,r- Tosjliaili renunciaram* renunciain a reforma? ra-dicais prevista? pela Cnnsti-tuiçiio Nos domínios oa in-.-v.-iria e ri.,' finMic.iv.» assimcoiiio no comercio exienoirxtnbelei eu-.se e i onlinusi 3exi.Mu o (loininio ou sraiicie(•apitai monopolista privadoü progresso teenim conau iunao a uma redução ria iiiien-..inscie do Iraballio. ma? a di-liiliuiicfio do? «peiario? quetrnualh.nii Aspeclo.i negiill-

vos dessa evolurao eCviHÔml-ca assumira in uni carãfí-i?iiida niai? «guio devido i>enacáo do Mercado Comumna Europa

A» recente." l-rere» rie mas-.,15 prosseguiu Toeliwitlaa- quais participai sm ml-Ihõe? de trabalhado! e.v rie-iiHiiistraram coim» e gt ande orie.-.coiiletilanienlo entre »ciii-se operât ia. in.,- ao me-mo tempo leVílirim « suacapacidade coiubaiiva t ..-.(-u valor JiiKiaMifme • omos operário? entraram em -^irve diversas categoria." rieluncionárioí nmo por exein-pio, (e banca rio? piiquan'--piii localidade? rurai? se ve-.:!.i-Biaiii incliiBsdas expio-.oe? resulianie? da? pesada?

. ondicòp? ne •'.! -lem ia do.-produlore? pequeno? e me-dio?

Passando » «nali-e dn si-liiAcão po.uir-p 'loglialli dis-se om» n> autoridades cleri-,-iii.i iHiinii! Iri.solenleiiienle,i-.i;m: a- inai? imporlante.-ii-onquis.ias tio Poder civil Oacordo d') ü»Yérno clericiii

, om ns uionarqui.-las de di-¦ eiiH e com oi fa.sclhlns q"p oapoiam i om seu? ' mos '¦ omais evidenli sinal dessa cie-.,..,.. f...i i.m n rtacionai ia

•\o mesmo l'ii:0" '1'oíliaii;

• alieiilou o rre.v-imeiito daiipo icão a e«ia hnlií1 reacio-i m ia p acrescentou qne o -*"¦-lo dé.-se inoTimelilú dependeem ül-ande p»:;e dc <ere.ui.em ic.o; o? iirtconceiiü? an-licoinuinsta? e ».< disi-riiiil-imcóes qur slt íruias dn.' au-in- '.oa'.1".1 ciei ieni

Tueliitiii r-:-ve--i- en ve-

it^il^i^i^MBMiWBili^aHHHHHMHHHH^HMaManaiilkWMa^mmmt m^^SsmSmWm2Bv9n V&xSvmnnWÊl^B^m mm^

tmw ff™*T™^' LCTKjMMBpHn BPBjiiLiiSi BlotíiiT^l. rrTiF '^^.1

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fl PB* ^fl mi$mV&%*M}iÍM l^ls^tíhMtsSsWtW^mm mmm^m.^. < .' * ^K^ HJE& .'—j^fll^^^fl ^^^^^i^^^r^^^^^^^i^^^Bi flJt.'''Jgr'i%-r?H

HH»I '-"TS1 ^¦r* ^^^1 BftnBfl ¦tt^g!i|£Kji|i^£^g|^ug^ú^^l mW'-- i^mmméi>'-\^i -;;/*«mmmjmm\\a\^t^sm\ ^V^ mit-.m\ :'^mmwK^?mmm mwUmÈ mm?*^-«*2£mmmur '¦•¦¦%&&£i&wmm ^H»

BfV "*í\-i,-¦¦. 'vioWi^ '*ÜiiH flln ^Hu ^^ft !^B ^^K^^HiairlLH m^^ m^^mm^mM mmm\ Árm^m^^t m^mt'm^m\\ m^mí

fl B>.. .'¦'s-H Bi^flWI mmÊItmmWS^. wbjM

*¦ ;Sffí?[|^H P-%' " ,^%flbiaHHHBriüi WmmmmmmWf^'i''V1'f'mm\ H»i'.V KJ^HRiÍMBSi^fl-4P**^^T| feg^^-r - -. ^^^^fl BW"***''"'^ ^^^_- i <d^Sr^ Srtfl fl^2-^-MMMMM^^^MMMMMMMMW^^^BBP^B^^^L^tW^

rTTTNF F TTT3QC Acaba tle visitar Moscou unia delegação «oveiliamenlal da República da (íuinc. 1'orma-UUillil- L UjIOO (ja |K.|u Picsidenle da Assembléia Nacional da (íuiné. membro do Birò Político e do Se-

crelariado (Io Partido Democrático da (íuinc. Diallo Sailulaie. do Ministro das Obras Públicas Ismail Tine e do Se-

cretário-geral do governo Jean Fagare-Tuankara. Chegando à capital soviética a 11 de agosto, a delegação foi re-cebida pelo Vice-Presidente do Conselho de Ministros da URSS, Mikoian. conlerenciando sóbre assuntos de inte-tosse dos dois países. Na loto (TASS) um aspecto da visita da delegação governamental da Guiné ao Kremlin

EM PERIGO A VIDA DE HELOU

Conspiração...M om liisan ria 11.' paijin^ i

já n,-in liHVerá cij|iclie.íie»psin a reppli(,-ãci rln iiiíló! io episódio inlcrv i- i iniii-ia de que foi '¦ il imii a(iiiaienialô, em 1 Rõ-1 Qiiuisqtini que seja mi ns ninio-.dos aeouleciiiieiiiiis o eiin A que ii |»)v o ' iiliiinui-onlará nau snnu-ule i-umn inleetiii solir.liirieil.iilerins |ifi\ os II iii.iij.» Uri ( nnt inenie, nia? iiiniljé unr. dos pov.i» rle todos osf|ii;idrantes (iü lerra. Re»ppiloKainenle. .foine Campe/afto, llider da bancadarln PR', .lustino Qtiinlann

i lidei da bancada riu PTKAiioslo Jaejer. iIíí.Ipi riahancaria do PSD- além ticrlpzesseis outros parlíinientsrpc cios meru'ionado« paitiri/* «• man» do PSR. dntST • dn PI..

euiria na ini|nriBiicia "» i'"-claclp o;i» lima- dr esquerdaO Partido (.'•«uiiisla di.»-.» promincia-?í pelo e.slii-beleciruento èt unidade no'p.ieno du? leões sindicais Knei e.ssario lambeu) esiiibele-cer laco." a mai? e.slreito? rip1-oinpreeusáo mútua ' cuia-boraçáo enirt os pai tido.- dnclasse operãri». t.»to e. u Par-tido r'uin,ii:;!*f. i- ii Pm lido.S(*.iaIr lo

Iraiou n» leftitici-.i • lidermui .'n iftliiuiír de que

'O"" oe pt111 k- en. evl ei lul' dalinliii '- poi *in, da neie.-silivulp (if l(*(wl*at O Pí.!'lHlti

eu? tnclodoi nr oi üuni -.ie »of ii' ividade. «nr .-."-ao obje "nc debaiir no IX CuiiRre o

Ao conciuir «em trabalho?< Pleno do !"('! eleceu cia"(•oniissóe? ur.!* chefiada poiro'4ÍiatJi par» elabora: a«l'eses política» do IV. Contresso e a mina dLrisida pm

1 iuri 1 i'iüc.0 incarresada rippiepaisi ri in/oiiue rio ronit-•é Central st Consres»n rioPCI,

.1 POL1I IA |IE XASSIXJKTOi: Ali XO IM Ili PISOU EM CIMA

Mo aproximadamente

dois meies foi pièto «m

Düinosco pelo policio de

Ncissei o Secietono do Pcn

lido Comunista do Libano,

farjollcili Heiou.

Helou foi raptado um

Damasco u 2 d« junho,depois lançado o prisãode Mezzu, onde foi sub-

nitflido a loituicis bcnlja

ras.CARTA DE BAGDACHE

Nuino tuita dcigido no-,

comunistas pelo diriçj«nle

r oinuiti Ia da Siiia, K liai ed

bagdoclre, desloca-se o

perigo em oue se encon-

lia a vida de Farjcillaii

Helou. A '.oito clp Bcigclu

c 11 e diz

O rom ai orla Foi |riII o n

Heiou • membro do Pm ti-

do Comunisla ha 28 anos.

Foi eieilu pena o Coinit*

Central íio 22 anos e, na

quuüdade de inembio do

o ii o Político t do S e c i e -

lanado cio f unido Comu-nislci na Suia i no liba-õõ, ãttseiiipénliOU um pou-1 decisivo no desenvol,-iiiieiilo do movimento toiir u nista nos doii poises,em mn oiganuaçcio, seu

leíoicamento c sua dire--;<.o poiítir a Éle foi piêsoom 193 ó t, depois, eml'39 Nas prisões, diantedos tribunais imperiolistas,ele foi sempie um inoclé

Io de mi il 11 a li I e ten ar e coa-o- o

O cam ai ada Forja II aliHelou e um niarxisla-leiii-nista sinceio', um escritorde talento e um dirigenl»infatigável, dolodo demodcsiio. E a personalidade coinunijia que de-.ftu10 Ue iikhci populriiiclcideç do mais profundo amorno libano, devido o suo-,

qualidades ri» combalenleonda/ contra o inipericilis-

mo « pela independência

nacional

A carta d« Bagdacti*

aa escenla:

Pai alelaineiile ao am

pio movimenlo de opiniãono libano. desenvolve-se

um movimento de ampla

solidariedade no liaqut t

em outros paises árabes

paia salvai a vida de Fai-

jallali Helou e poi sua li-

beitacoo. . . Eoi nome do

Comitê Cenlral do Partido

Comunisla ao_Siria eu vos

peco, queriaos camaradas,

que nos estendais vossa

mao fraternal, a mao da

u|uda e da solidaiiedade

paia salvcn a vicl a e a li

beidode de nosso queiidocamarada Farjallah He-

lou, um dos mais eininentes militantes do inovinien-

lo comunisla em todo mun-

do aiabe

Um amplo movim»nlo

de soliclanedode interna

cional é o única foi mo ra

nn; d» delei o bio.co dos

carrascos .

SOLIDARIEDADE DO PC

FRANCÊS

Em nome do Pailido Co-munista Francês, Waldtcl-.

Rocliel e Fiancoii Bi 11 ou x

enviaram ao Coinil* Cen-tiol do PC do Líbano uma

caria en'i qu* dizem.• Pedimos que meiisa

gens e lelegiamas sejam

enviado) uigtnlementt ot

autoridades da RAÜ, ie-

clamando o libeitacao ime

diala de Faijallali Helou.

Espetamos de todo o

coracáo que nosso cama-ia d a ainda esteja vivo e

que Iodos nos empenhe

mos esloicos para salvai

lhe a vida e a I i b e i d a d e .

SUBMETIDO A TORTURASAs a u t o ii d a d e s da Re

publica Aiobe Unida con

tinuain a desconhecei oh

cialiiienie a prisão de He

louNo entanto, noticias

chegadas de Doma:-co in

formam do valoioso resis-téncia do diligente comunlt'-i libanês ru torluios a

que tem vido submetido na

EltMINO

policio da RAU. Os maii

barboios métodos de »u-

plicio foiam aplicados con-tra éle, suplícios veidadei-

lamente medievais. Oi po-liciais de Nasser chegaramu iii|etai ar nos intestinosde Helou o uni policial pu-lava sobie o apatelho di-

gestivo de Helou F.m con-seqüência, ocotieu umafotlissima Hemorragia.

Desde então, aguarda-se ansiosamente novai no-ticias sobie o estado deHelou.

A 2r< de |ulho ultimo,uma delegação de peiso-nahdodei libanesas visitouo Presidente da República,solicllaiido-lhe sua enétgi-ca inleiveti(ão junto aiauioridadei da RAU emfavoi de Helou. O Piesi-dente piomeleu tomai ainiedidai necessoiiai.

Fsciitoiei, poetai • •mais alta autoridade reli-

giosa do Líbano (doi »a-tolicos maroniIas) piome-leram inlervii em favoi d»diligente comunista nt*vo» loiluiodo pelos autoii.dad»v dn R»publira AtnbeUnida.

Page 9: OOM PALAVfcfVE MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO ......MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO BARRARÁ CARESTIA OOM PALAVfcfVE (REPORTAGEM NA 11.« PAGINA) ANO I — Rio, Semana de 28 de agosto a 3 de

28 - 8 a 3 - 9 - 1959= PAGINA

WÊ^m^^^^^MÈMM

Inversões e FinanciamentosResposta ao leitor Hermano Santana (Parto Ale-

gre — RGS);

Pergunta o leitor qual a diferença existente en-tro financiamentos e Inversões estrangeiras e porque os financiamentos devem ser preferidos às in-rersões.

Liga-se a questão ao_ reeurqps necessáriospara o desenvolvimento econômico do pais. E' neces-sário aqui assinalar, de inicio, que o desenvolvi-mento deve basear-se, antes de tudo, nos recursosinternos do pais, quer através de um aproveitamen-to amplo e planifieado das possibilidades nacionais,quer através da proteção às iniciativas de emprê-sas realmente brasileiras, tanto estatais como pri«vadas.

Isto não quer dizer, no entanto, que se deva dls-pensar a ajuda estrangeira. Esta ajuda i útil •pode acelerar nosso desenvolvimento, desde que sejarecebida através de financiamentos — isto é, de ca-pitai de empréstimo —, e não dc inversões dire-tas que, como provam os fatos e ai próprias estatis-ticas oficiais, são uma verdadeira bomba de sucçãocontra a economia nacional, resultando na trans-ferência de parcelas cada vez maiores da rendanacional para o exterior (particularmente os EstadosUnidos) e resultando numa descapitalização inces-sante do pais.

Os financiamento! criam para o pal_ que os re-cebe, o compromisso apenas de reembolsá-los, acres-cidos dos juros pré-estabelecidos. nos prazos prevls.tos no instante em que se contrata o crédito. Umavez saldado o compromi-sso.as iniciativas dôle re-sultantes incorporam-se à riqueza nacional, produ-zindo renda que não é drendda para fora do palse serve, as3lm, de fato, ao desenvolvimento inde-pendente da nação. E' o que não acontece com as in-versões diretas, que funcionam sempre como umafonte de lucros, cada dia maiores, para os investi-dores estrangeiros, em detrimento dos interesses na-clonais.

Dal decorre também que os próprios financia-mentos deixam de ser desejáveis se se destinam aempresas estrangeirai, uma vei que, em tais casos,concorrem apenas para aumentar a força de trus-tes imperialistas e, portanto, para tomar maior aespoliação do pais.

Os financiamentos externos úteis ao pais sâoos que se destinam a empresas nacionais e princi-palmente aqueles que sâo feitos de governo a go-vêrno, pasta aplicação sob a forma de capitalismo deEstado nos setores b_slcos da economia. '¦<vvp •

Os financiamentos devem ser buscados emqualquer parte do mundo, inclusive nos paises so-cialistas, obedecendo sua escolha ao critério da au-sência de imposições políticas e às melhores condi-ções no que se refere a juros, prazos de amortiza-ção e assistência técnica. Isto mostra, por sua vez,que não podem ser admitidas barreiras nesse ter-reno, isto é, que não devem ser circunscritas apenasa alguns paises as negociações orientadas no sen-tido da obtenção de financiamentos. Até porque,como demonstram inúmeros financiamentos conce-didos nos últimos tempos pela União Soviética a dl-versos países, os créditos cedidos pela URSS não sóexcluem quaisquer imposições de caráter político,mas estabelecem condições de Juro e de prazo in-coTiparàvelmente mais vantajosas do que as con-cedidas por qualquer pals capitalista, em parti-cular os Estados Unidos.

MOVIMENTO SS BB a

.....

Apareceu há algum fem-

po nas bancas de jornaise nas livrarias uma revistaintitulada «Movimento So-cialista». E como os títulosnem sempre traduzem oconteúdo, é necessário es-clarecer-se de que espéciede socialismo se trata*

As pretensões da revls-ta não são nada modes-tas: propõe-se a realizar«algo essencial que estáfaltando ao proletariadobrasileiro: um órgão quedesenvolva e aprimoresua consciência de cias-se», Mas confessa que«não se liga nem respon-de pela orientação de

qualquer organização ou

grupo existentes no Brasil.E multo menos se vinculaa grupos, partidos ou cor-rentes existentes no estran-

geiro».

São, portanto, antes detudo, uns socialistas «sui

generis»! estão no ar. E

pelos materiais publicadosna revista percebe-se per-feitamente que estão forado espaço e do tempo.

Discutem I n i e ialmenteconceitos de «estreiteza» e«amplitude» no movimentooperário marxista. Dizem

que «por estreiteza passoua entender-se a decisão demanter, vigilante e rigoro-somente, as posições declasse do proletariado...»(p. 2). Mas logo a seguiracrescentam: «Somos par-tidários da amplitude» (p.3). Quer dizer: não ten-clonam manter «vigilante

ii -o rigorosamente» a* poíl-ções de classe do proleta-riado. ..

E, de fato, esses moçosdo «Movimento Socialista»não sabem ao certo o quequerem.

Uma coisa, porém, dei-xam claro: nada queremcom o comunismo e ali-mentam ódio de morte àUnião Soviética.

Internacionalmente, con-sHeram que os partidoscomunistas estão subordi-nados à URSS, ao Partido

Para trásRui Face

Comunista da União Sovié-tica. E quanto à URSS, ne-Ia só vêem o que chamamde «stalinismo», que nãodefinem, mas que está pre-sente em todos os artigos,em notas fi transcrições,lançado assim o termo co-mo expressando algo quedeve ser repudiado, con-denado, odiado. Repetemmaquinalmente o que nosúltimos tempos é um «leit-motiv» da reação mundial,umo nova modalidade ver-bal de anti-sovietismo, ser-vindo à velha tentativa daburguesia de desacreditara União Soviética e, atra-vés dela, o socialismo e ocomunismo.

Isolado* do mundo, coma pretensão de ficai entredois fogos — o das dog-mátfcos e o dos revisionis-tas — os rapazes do «Mo-vimento Socialista», se ne-

gam a URSS e a constru-

ção do socialismo na URSS,não pecam tampouco porfalta do dogmatismo. Edaí para cair em posiçõesque na prática favorecemaos inimigos do socialismoa distância é mínima. As-sim, por exemplo, ao abor-darem a luta antiimperia-lista opinam textualmente:

«O imperialismo só pode-rá ser vencido em escalamundial e por um proleta-riado com consciência declasse», (p. 53). Em ou-trás palavras: não vale a

pena combater o imperia-lismo num determinado

país, digamos o Brasil,uma. ve? que — na opi-nião da revista — aindafalta consciência de classeao nosso proletariado. Eentão fazem uma grandedescoberta: que o antiim-

perialismo da burguesiabrasileira «tem um limitenatural na autoconserva-

ção da sociedade burgue-sa». (p. 53). E como temesse limite, não merece ne-nhum apoio, é simplesmen-te desprezível, a lula an-

tiimperialista deveria serentão monopólio exclusivoda classe operária.

Al está a «amplil-de»

da revista. Essa «amplitu-de» leva-a a combater omovimento n a c ionalista,confundindo-o eom nacio-nallsmo- burguês. Que nes-se movimento existem fôr-

ç a s nacionalistas-burgue-tas, só um ingênuo pode-ria negá-lo. Mas por issoum partido operário revo-lucionário deve ignorá-lo?

Não será mais justo quenele participe, procure in-fluenciá-lo e, se possível,lhe assuma a direção?

Ninguém afirma que nonosso case assim aconte-cera. Mas seria magníficose acontecesse.

Os rapazes da revista,

que andaram lendo artigosde Lênin sobre a questãonacional (inclusive sua po-lêmica com Rosa Luxem-burgo), passaram por ai-to um trecho que Lênin re-corda, em relação ao mo-vimento democrático-bur-guês da Irlanda, que«Marx aconselhava aosoperários ingleses que oapoiem, que lhe imprimamum impulso revolucionário,

que o levem a termo no in-terêsse de sua própria li-berdade» ('-Sobre o direi-.Io à autodeterminaçãodas Nações», 1914).

Aliás, êste é um ensina-mento de que se encontraimpregnada toda a doutri-na marxista: a revoluçãodemocrático-burguesa inte-ressa também ao proleta-riado.

- - Mas os rapares do «mo-vimento socialista» acham

que isso é. .. «paz so-

ciai». EL. como eles são «ul- ,tra-revolucionários», a úni-

ca alternativa «real» paravencer o subdesenvolvi-mento é «o desenvolvi-mento socialista das fôr-

ças produtivas da Américalaf.na» (p. 6)- Quandolôda uma experiência his-

tórica mostra que a bur-

guesia também sabe im-

p.lsionar a; forças produ-t"yas, mesmo na épocaaluai do capitalismo mono-

polista.

Daí as conclusões nãosó exageradas como iníoi-lamente errôneas ao tra-tar a revistu do problemasde ordem piática em nos-so país. Para ela a Pelro-brás não serve porque éapenas «um semimonopó-lio» (p. 7). A encampaçãoda Companhia de EnergiaElétrica do Rio Grande doSul (CEERG) não satisfaz,

porque só vale o «contro-le operário» sobro a em-

presa encampada.

Quer dizer, esses moços

querem um socialismo caí-do do céu, feito de umasó peça, inteiriço. E entãoexclamam pa tétícos:«Quando o proletariado élevado a defender tesesburguesas isto prova queestá politicamente acéfaloe que sua pretensa van-

guarda o est atraindo» (p.

9). A reforma agrária, nin-

guém ignora, é uma medi-da do revolução democrá-tico-burguesa, E então seum partido comunista dáseu apoio a semelhaniemedida — está traindo aclasse operária!

Esta a lógica dos mo-

ços do «Movimento Sócia-lista», que tanto gostamde citar o «Manifesto doPartido Comunista». Maso «Manifesto» não é res-

ponsável por isso. Convémlembrar a propósito, queno prefácio da edição ale-mn de 1890 do Manifesto,Engels menciona o fato de

que Marx, ao redigir o Pro-

grama da Primeira Interna- •

cional (1864) «já não

podia partV dos princíniosdo Manifesto de 19-18».«Devia (a I.C.) — acroí-centa Engels — ter um

programa que não fechas-se a porta às tarde-unionsinglesas, aos proudhonia-nos fmncpçcs belgas, ila-lianos e espanhóis e aoslassalleancs alemães»(Marx e Engels, Obras Os-colidas, ». I., ed- russa).

Como esta atitude eítádistante do dogmatismo —

mais do que isso, ignorân-cia da realidade nacionale universal — demonstra-

ca pelos colcbcradces da«Movimenlo Socialista»'

Etfamos certos, ao ter*minar a leitura deito pri-meiro número da revista,itue se u;*.*i trabalhador empenhado i-ibnesramontu ;.

procurar um caminho «d':classe» através dessa piblicação, nela encontramapenas o vácuo, a desori-entação mais completa, r.ausência absoluta de qua!quer caminho ou mesnvdo alguma vereda qucoriente em sua luta.

Querem rs chamar ater-

ção para a completa ae-s.ncic rie boa fé polo m»-nos de alguns colaborado-res d'.' «Movimenlo Socralista:» nos suas polemicaiBasta citar um exemp'.:bastante significativo: utlizando palavras de Pre-tes em que êste se refer-à «tendência inerenteburguesia de aumentar .exploração da classe opt'rúria», um dos colaboredores da revista deturpei

grossoiramento esta frase,reduzindo-a à «tendênci.ida burguesia de explore;'a classe operária» (p.12). Isto dá bem a med.-da da honestidade co.it

que argumentam contra oicomunistas.

E, finalmente, um últimoreparo. Já assinalamos o«u I t ra-revolucionarismoídos moços de «MovimentoSociulista». Devemos acres-contar que se trata de pe»-soas bem poslas, com bensempregos em empresas ca-

pítallítcis, 1 n c I usive em

grandes jornais burguesasreacionários. Sua posição óo mais cômoda que se pos-sa imaginar. São uns «re-velucionários fntransigen-tes» mas cautelosos: usam

pseudônimos, não porqueexista no país uma situa-

ção quo os forco a tal, mas

para não perderem os gor-dos vencimentos que lhesdão tanto ânimo comba-• ivn.

HISTàMA DO À.OVIA.IWTO OPf&AftJO XXVII!

"A comuna furgiu ae mo-do espontâneo, ninguém apreparou conscientemente esegundo um plano" (Lênin,"Em memória da Comuna").Foi, de início, um movimen-to úe massas extremamentemesclado e indefinido. A êleaderiram tanto os patriotas,desejosos cie recomeçar e le-var a bom termo a guerracom a Alemanha, como os pe-quenc-burgueses, a cujas por-tas batia a ruína, e mesmo osburgueses republicanos, re-ceoíos de que a reacionáriaAssembléia Nacional restabe-lecesse a monarquia. Mas opapel principal e dia após diamais determinante foi de-sempenhado pelos trabalha-«ores i principalmente pelagrande massa dos artesãos deParis», entre os quais se ha-viam difundido multo nos úl-timos anos as idéias socialis-tas, a influência da Interna-cional.

Vitoriosa a insurreição, oComitê Central da Quar-da Nacional declarou que seconsiderava um poder provi-sório, vigente até às eleiçõespara a Comuna, que passoulogo a preparar. "Das elei-ções depende o futuro", — as-sim afirmava em sua procla-mação "A população de Pa-•li". O povo devia aguarda-ias cuidando pacificamentedos seus afazeres, ao passojue o Comitê tratava de ne-jociar um acordo com os ve-¦eadores e deputados burgue-es da capital.

Mas a burguesia não per-Ua tempo. Já nos dias se-

Eintes à sua derrubada em

ris começaram aa primei»

A COMUNA DE PARISPRIMEIRO ESTADO PROLETAR!

ras atividades contra-revolu-cionárias por ela insufladas.Para reprimi-las, o ComitêCentral confiou o comandomilitar a três blan*ui_tas, en-tre os quais o valorofo Du«vai, operário íundldor. Aomesm0 tempo o Comitê res-tabeleceu o pagamento chisdiárias da Guarda Nacional,repôs em vigor a moratóriados aluguéis e dívidas ordenoua restituição a seus donos, ln-dependentemente de paga-mento, das ferramentas e ou-tros utensílios depositados co-m0 garantia de empréstimosnos Bancos e casas de penhor.

As eleições realizaram-se a 26 d'e março, por su-fráglo universal, com a parti-tlcipação entusiástica da imen-sa maioria da população tra-balhadora de Paris. Forameleitos 85 membros para aComuna; 25 operários (sendoque 13 da Internacional), 43empregados e profissionais 11-berais (mé-lcos, jornalistas,advogados, professores, etc.ie 17 burgueses que logo depoisrenunciaram aos s|us manda-tos (nas eleições suplementa-res, que por esse motivo serealizaram, o número de ope-rários subiu para 30 e o to-tal de membros da Interna-clonal eleitos passou a 25).Embora em minoria, os ope-rários eram a força dirigen-te da Comuna, pois o poder

político era de fato represen-tado pelo proletariado arma-d_ da Guarda Nacional.

No dia 28 a Comuna foiproclamada oficialmente, pe-rante Inumerável massa hu-mana. Troaram os canhões,o povo cantava. Era, disseuma testemunha do grandeato, como se tivesse "'im sócoração e uma só voz". En-tretanto, a Comuna era pcll-ticamente heterogênea. Nelafiguravam os dirigentes ope-rários e revolucionários emgeral mais destacados cias lu-tas anteriores, que esposavamdiferentes tendências: Varlin,encadernador, e o ouriveshúngaro Frankel, amigos deMarx, ambos da Internado-nal, que eram a princípioproudhonistas de esquerda elivraram-se de suas Ilusõesanarquistas no curso da lu-ta; Flourens e Duval, queeram blanqulstas, etc. Ocombativo Blanquí, eleito em-bora por esmagadora maioriapelos distritos operários deParis, não pôde ocupar o seuposto: fora mais uma vez prê-so, às vésperas do 18 de mar-ço, e jaziam num cárcere.

A maioria da Comuna eraconstituída de democratas-jacobinos 13b» e blanquisras(12). A maioria era compostade prou-honlanos e de ou-tros setores anarquistas (20),Os demais não tinham par»

tido. Quanto aos membros daComuna filiados à Interna-cional, náo formavam umafração única, estavam disper-sos pelas várias correntesexistentes. ,

Essa situação privava aComuna dum programa cia-ro e bem definido. Mas a ln-fluência generalizaria riasidéias sociali.-tas e o senti-mento proletário de classerie muitos dos seus membrosrealizaram o seu papel e as-sim muitas medidas justas,do ponto-de-vista do progra-ma revolucionário cio prole-tariado, foram tomarias, Defato a rlasse operária nãopode dominar politicamentesem quebrar as próprias ca-deins. E aí está por que omovimento da Comuna teveque tomar Inevitavelmenteum colorido socialista, istoé, teve que começar a er.ve-redar para a derrocada dodomínio da burguesia, rio do-mlnlo d0 capital, para a des-truição das próprias bases doregime social vigente" (Lê-nin, obra citada i, A Comuna,concebida na revolução, nu-tria-xe da Iniciativa direta dasmassas populares. O segredoú& sua fôrçr, estava em que,em sua essência, era o go-vêrno da classe operária-

A velha máquina doEstado foi posta abaixo. Sur-glu em seu lugar a Comuna,

entidade colegiaaa em que osantigos poderes legislativo,executivo e judiciário apare-ciam concentrados num sópoder. Para a direção dj to-cios os assuntos do Estadocriaram-se 10 comissões, —militar, de relações exterlo-res, de JusMça, ci0 trabalho,etc, — à trente de cada umadas quais estava um membroda Comuna. O trabalho dasComissões era coordenado pe-lo Comitê Executivo riu Co-muna, composto cie 1 mem-bros. Todos os enrgos erampreenchidos por eleição pordeterminado prazo e os elei-tores podiam a qualquer nm-mento revogar o mandato doeleito e substituí-lo por outrapessoa. Nenhum membro daComuna podia receber mnlsque os salário.-, normais desoperários e de modo nenhumc seu salário poderia ser su-perior a 6000 francos anuais.

O exército permanente foidissolvido, subítituindo-se pe-lo povo armado, pela GuardaNacional formada de traba-lhadores. A igreja foi separa-ria rio Estado e a escola foiseparada da igreja. Foi prol-bid0 o trabalho noturno naspadarias. Foi derrocado o sis-lema de multas e descontossóbre os salários dos opera-tios. Baixou-se um decretoexproprianri'0 todas as fábn-cas, usinas e oficinas abando-nadas ou fechadas pelos pa-trôes u entregando-as aos cpe»rários para que fosse recome-cada a produção.

O povo 'inha uma gran-de participação na ativlda-,de da Comuna, apolava-a è

ajudava-a por todas as for-mas, criticava os seus erros,combatia suas varilações. su-geria medidas revoluciona-rias que. uma vez aceitas, eu-trava logo a pôr em prática.Nas assembléias e comícios,a que acorriam milhares e ml-lhares de operários e a gente

pobre, discutlam-se os proble-mas políticos mais lmportan-tes. Os membros da Comunacompareciam a estas e ou-trás reuniões e ai prestavamcontas do que estava sendefeito, ficando ao mesmo tem-po a par (ias questões qu(preocupavam as massas,

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PÁGINA 10 NOVOS RUMOS ***** 28 - 8 a 3 - 9 - 1959 ••««—•¦

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Kfl ^k - ^fl?B Bsfl ¦¦ fl BF %é>áM&ÈÈÉíÊ*^^mw^Àm Hflk. *^^M fll flf«.t' *^M flfl' Ifl fevia t r'-«Jt& -Jf b.W

Na conferência de Sérgio Magalhães:

MANIFESTAÇÃO BE APOIO¦r

AP aflSf AQE/TAÍi FJfWir NACIONALISTA

Em cima, o dep Sérgio Magalhães quando pronunciava «sua conferência; embaixo, as:

peito da numerosa assistência que lotou completamente o salão do Clube Militar

Husea DeMeta Do

uVorosCai'vã o

3iereadoit:.Xaeional

•fiasca/m» anualmente cer-M. ile 20 milhões (ie dólarestm Importações (ie carvão: enâo obstante nossa notória es-casses de divisas, estamosmmeacacio.s de ter-que aumen-tar- íiotsas importações dessecombu.":i"el. Uni rápido exa,-me do mercado nacional detarvão parmíte prever quecontinuarão a u m enian-do grandemente a; neeessida-tdes brasileiras de carvão me-talítrgico, em viriude da ona-i;áo dc novas usinas sirierur-gicas e da ampliação de Vol-t» Redonda,

O carvão bruto de SantaCatarina e o único, no Brasil,que pode ser utilizado na la-bricac.ão do coque metaldrgi-co. Mas apenas uma tração dn1/3 pocie ser coquei ficada, res-tarido trações idênticas de. car-v&o-de-vapor e de reiugo pi-ritoro. Como vemos, quantonvrior tór a solicitação do co-que metalúrgico, maior será aquantidade disponível d» car-v&o-de-vapor, p.ira o qual omercado interno esta em iran-co declínio.

O CARVÃO CATARINENSE E A SIDERURGIAGrosso modo

flirei' q in a r,i'.'inacional r. hoje.novos mercado." -

poderíamosi do carvãoa busca depura o car-

vão-de-vapor --. uíim ve/ quea utilização do carvão meta-lúrgtco catarinense sem oaproveitamento da part? cor-respondeu:? (ie carvão-de-va-por resultaria excessivamenteonerosa. Ademais, o acúmulode estoques de carvso-de-va-por no li. G. ao Sul e em Sta.Catarina chego i a ?a> 'líve! a-wa Coniiuiâo Exscutiva rio Pis-no do Carvão Nacional (CE-PGAN ¦ — ór<r.io qii° tem des-de 1933 a missão de planejar• coordenar a produção e oeonsunío do carvão nacional~- loi obrigada, há algum tem-po. a aconselhar a contençãoda produção.

A crise que ameaça o car-vão nacional 5<ivou os Sindica-tos cie Trabalhadores r.a ln-dústria. da Extração do Car-rão de Santa Catarina, emconjunto rom o Sindicato Na-«nonal da Indústria aa E.'.t-ra-çáo do Carvão (patronali. ainiciar uma campanha que vi-es, principalmente, o aumentodo consumo de cAr.iio-de-va-por em todo o Br.is!'..

A primeira medida, propôs-ta paia aumentar lal consu-mo é obrigar * Usina Elétricade Pirutininga, cia Ligl-t rir S.Paulo, a consumir carvão-de-vapor nacional ao Invés ooóleo aip;°! importado. A su-í^tao não constitui novidade,

Os Trab?!bdores...-(Conclusão oaYI.' píiçina)l'FB, para tomar conheci-'íicnto do resultado '!.'.•'demarches que vinham -epio c-- andd entro a aclmi-.n;.*ir«'i';;'"i (In P.êrle Voiro-\iáiin p o- lidere* sindi-(«ii.0. com xi7'!!*; ,i uma fo-1' çâo para o prqlilema *a]•!:,.ii.

O-i forrovlárioi do Di?tri-to Federa!. E!?la'lo cio Kio,Minas rjerah e SSo Paulofilão com a atenção vol-fada para esta Capital, ouilb poderá ser decidida adeflagração da greve.

t o próprio e::-prcsiriente daC1CPCAN, Gal. Pinto (ia Vei-pa, em discurso pronunciado a3 de julho passado, quandotransmitiu seu cargo ao Eng.Aníbal Alves Bastos, salien-tou a necessidade de "aumen-

tar nos.*o potencial energéticocom base no carvão, ao invésde se utilizar combustível li-quido importado em grandenumero de usinas antieconó-nuca'*, movidas com motores••d;esel" e não atendendo à so-luçSo nacional". Na ocasi&o,o Geii. Pinto da Veiga desta-cou entre aquelas "usinas an-tieeonômicar." a de Piratniiu-ga, em São Paulo.

A segunda medida proposta« a aceleração da instalaçãodas usinas termelétricas .iaprojetadas e da ampliação oasexistentes. A campanha dosifiibalhadores de Santa Cata-nna visa, igualmente, chamara atenção da opinião públicapara o problema do carvão na-cional que. apesar de sua im-

portância para a criação da,indústria de b»se no Brasil,continua sendo tema po>-co(i.scutido e praticamente des-conhecido pelo público em ge-ral. e mesmo por grande par-te dos economistas.

CARVÃO: GERADOR DlELETRICIDADE

u» lato. o mercado capaz -deabsorver os excedem es atuaise potenciais dc carvão-de-va-por é o setor de eletricidade.Nas ferrovias existe uma nas-cente retração do consumo decarvão, em virtude da "diese-

li/ação". No setor hidrovlano,nos tipos de barco que em-proçam carvão, também náohá perspectiva nem mesmo demanutenção do atual consu-mo.

A* usinas termoelétricas,alem de aumentarem o poten-e',al'elétrico á disposição da in-dústria e da população, permi-I rão a eletrificação rias ferro-via* tios Estados carvoeiros(Rio Grande do Sul, Para-nã e Santa Catarina 1 peloaproveitamento da matéria-prima local. Conforme estudosfeitos pela CEPCAN. a insta-laeão dessas usinas apresentavantagens econômicas tantoemento á localização, comoquanto ao prazo dc instalaçãoe ao custo.

:,'o Pio Grande do Sul Jàf' ncionam. com base no car-vão. a Usina de S. Jerònimo.'co governo do Estado) e a,Csitiíi Pór^o Alegre -parti-cular), cada uma rom potòn-cia rie 20.000 kilowattó. Deviamentrar em funcionamento, am-ca éste ano. as usinas de Char-ci i",iiias Iparticular com for-te financlameilto do BNDEi

- potência de M.000 kw. «consumo, dt 250.000-tem—thrcarvão - e Candlota (Go-v-rno Federali — potência rie20.000 ktc. e consumo de car-vão oe nn.000 ton, Contudo, oatraso no término desses em-p/o.^ndimcntos, ao que tudoindica, obrigará a manutençãoria produção de carvão'gaú-cho, oue jn ultrapassouRSOOílO wn. em 1953, ao níveldos atuais «00.000 tor.-*

Ko Paraná., a produção e re-[ativamente pequena 182.000ton. pm 19571. sendo quase in-teiramente absorvida na-s fer-rmias. Conturlo, é de grandeimportância para a economiaparanaense * instalação da

üsiny 'i erroeiètrica de Figuei-ia que eiita sendo construídaoeio Governo Federal em con-junto con. o Estadual, c con-sumira 90.000 ton, de carvão.

ATRASO NA META DOCARVÃO

o carvão catarinense e in-diibitávelmente o mais impor-tante. tanto pelo volume daprodução, atualmente mantidaem menos de 1 milhão e 300mil ton., como pela possibili-dade que apresenta de produ-cão do coque metalúrgico paranossa siderurgia. A procura,do- carvão metalúrgico será.ein 1961, segundo projeção dsCEPCAN. de 850.000 ton., M*sun distribuídas:

Companhia Siderúrgica Na*nonal (* i 420.000 t.: UsinasSiderúrgicas de Minas Gerai.*135.000 t.: Companhia Siderúr-gica Paulista. 125.000 t,: Com-panhia cie Gás, (10.000 t,; Mi-neraçáo Geral do Brasil50.000 t.: Ferro c- Aço de Vi-toria. 35.000 t.', Usina Barba-rá. 25.000 t. Total 850.000 t,

«Sendo a fração do carvãometalúrgico, como já disse-mos, rie 30'; e. no máximo40"- do total, a demanda de850.000 ton. rxiEiria o bene-ficiamerito de 2.650.000 ton. decarvão bruto, do que resulta-ria. também, um mínimo de7W.0O0 ton. de carvão-de-va-por. a serem aproveitadas, so-bretudo. em usina* ternielétn-cas. Em Sta. Catarina soexiste em funcionamento, porenquanto, uma pequena usinada Companhia Siderúrgica Na-cional (27.000 kw.>, que, ca«ufosse acelerada sua expansão,consumiria, em 1961, 100.000ton. de carvão. O consumoprevisto para as ferrovias, nomesmo ano, é de 210.000 ton,t a grande Usina Termelctn-ca de Capivari (100.000 kw.i.cuja conclusão íóra marcadapara 1960, já deveria estarconsumindo, éste ano. 132.000ton. Contudo, sabe-se que suaconstrução está em grandeatraso.

Também a pequena UsinaTermelétrica que a COSIPApretendia instalar em Sta. Ca-farina 'para iniciar em lflfilconsumindo 76.000 ton. de car-vão), ao que parece, está enor*memente dtra.sada. Mesmo queos empreendimentos citado*estivessem em bom aiidamen-to e. de fato, pudessem estarfuncionando em I9R1. aindarestaria um excesso de 220.000ton. de oarviio-de-vapor, pm?qup as usinas da C«SN. cia CO-SIPA, a de Capivari e a,* fer-rovias totalizariam um consu-mo de apenas 518.000 tou. rir -se carvão.

O empreendimento idealiza-do pela CEPCAN. a Usina Ele-tro-siderúrgica -de Santa Ca-

— tariíía (SÍDESC), permitiria oaproveitamento desse exce-dente de carvão-de-vapor, aomesmo tempo em que atende-ria ás npce«Mdades de aço daregião sul do pais. A eletro-siderurgia foi a melhor fórmu-Ia encontrada para utili?.aimaior quantidade (Jr coquemetalúrgico nacional e man-ter ao mesmo tempo, o eqm-liíirio entre os consumos decairão metalúrgico e de vaporContudo, apesar de ia ter sidoenviada ao Congresso mensa-gem do Presidente da Repu-blica a respeito dêaee empre.-endimer.to, sua construção nao

fót sequer iniciada

Se a.s providências para u.«-menio do consumo de carvão-de-vapor continuam sendorealizadas no ritmo atual, ve-remos a COSIP. a USIMINASe todas as outras siderurgiasem construção iniciando suasatividades com consumo deca não metalúrgico importado,contribuindo para aumentarainda mai* o desequilíbrio danossa balança de pagamento»e para o agravamento das con-dições de vida dos trabalhado-reu sulinos. Os estoque»acumulados d» carv*o-de-va-por poderão provocar até mes-mo uma redução da poreen-tn gem de carvão nacional uti-t^ado em Volta Redonda, e umretrocesso nas atividades car-voeiras, com grave prejuízopura a economia e pnra os tra-balhadores mineiros dos Esta-dos do Sul.

i-i''i Na cifra que cabe a V.Redonda náo está incluída.evidentemente, sua nova ex-pansão projetada, uma vez qu*este é o sim consumo atuai.

Transformou -te num -loi acontecimentos políticos ds maioi significação, na,semana que passou, a conferência pro-nunciada, quintá-leira última no ClubeMilitar, pelo deputado Sérgio Magalhães.Além de contribuir para o csclareclmen-to, sobre o problema dos capitais estran.geiros, das várias centenas de oficiaisdas Forças Armadas, que lotavam com-pletamente as dependências do Clube, aconferência prestou-se para uma eloqüen-te manifestação de apoio e solidariedadeà ação da Frente Parlamentar Naciona-lista e, em particular, do deputado Sér-jio Magalhães,

£' ú« te ressaltai que nâo upenaii oti-ciais do Exército compareceram a con-ierência; contavam-se várias dezenas derepresentantes da Marinha « da Aero-náutica na platéia. Os Almirantes Pauloda Cunha Rodrigues e Pedro Paulo deAraújo, também presentes, foram convidados para sentar-se à Mesa, pelo Prési-dente do Clube, General Justino Alves deBastos, e aceitarem o convite, Foi nota-da a presença de mais de uma dezena doGenerais da ativa do Exército, e um dê.les representava o Ministro da Guerra-A Mesa. também, foram convidados osGenerais Constant Beviláqua e Horta Bar-bosa; éste último, que teve destacadaatuação na luta pelo monopólio estataldo petróleo, desde o seu início, foi efusi-vãmente homenageado pela assistência.

O conlerencistc foi saudaao pelo General Alve» d« Bastos, que não poupouelogios à figura do homem público e pa-tríota der Deputad« Sérgio Magalhães, ereafirmou a inequívoca posição. nacionalista do Clube Militar.

O Deputado Sérgio Magalhães propôs.se demonstrar três pontos relacionadoscom o argumento básico usado para jus-tificar a política de atração de capitaisestrangeiros no Brasil, qual seja, o deque os capitais estrangeiros vêm atenderà carência de capitais existente no Pais.Os três pontos eram:

1) a falsidade do argumento; o con-lerencista demonstrou-a com abuhdáncia de dados, provando que a principalfonie de recursos das empresas estrangei-ras no Brasil é a poupança interna bra-sileira;

2) os prejuízos que o aceitação oficialde tal argumento tem causado oo País: oconstante desequilíbrio do balanço de pa-gamentos com o exterior, e a drenagempara o estrangeiro de uma parte substan-ciai dos recursos que, em outras circuns-tdneias. seriam disponíveis para um programa de desenvolvimento econômico na-cional; e

3) as medidas necessárias nara neu.tralizar a ação nefasta da política atual.

baseada em tal argumento; neste pontoa Deputado Sérgio Magalhães exoôs oteor dos 28 projetos de lei que entregouà Câmara dos Deputados, com o objetivode dar nova regulamentação e controlesobre os capitais estrangeiros no País-

Expondo de maneira que, ao fim daconferência, seria chamada pelo GeneralAlves de Bastos de «magistral», por suasimplicidade, clareza e objetividade, oconferencista atingiu em cheio os seusobjetivos, o que foi demonstrado pola as-sistência, que o aplaudiu de pé. durantelongo tempo, e com indescritível entu-siasmo, quando encerrou sua exposição.

RESPONSABILIDADE DA SUMOCE "VIDRO PLANO"

Particularmente significativa foi, tam-bem, a presença do novo Diretor da SU-MOC, Sr. Marcos de Sousa Dantas. Foiêle o primeiro a cumprimentar o conte-rencista, a quem foi aplaudir, pessoal-mente, quando êle descia da tribuna, pe-los conceitos que emitira, responsabili-zando as passadas administrações da SU*MOC por grande parte da política entre,g uísta oficial até aqui adotada em rela*

ção aos capitais estrangeiros.

Durante a conferência, foram recolhi-das, na platéia, 195 assinaturas de oü-ciais para um telegrama de congratula-ções e apoio à Frente Parlamentar Nacio-nalista, por sua atuação no caso do in-quérito sobre o truste do vidro plano, noqual está envolvido, como «testa-de-ferro»da «Pittsburg Gla3s Co.», o atual Minis-tro da Fazenda, Sebastião Paes de Almei*da. A menção feita pelo deputado Sér*gio Magalhães, nos debates que se segui-ram à conferência, a ésse inquérito tem-bém foi ocasião para uma manifestaçãomaciça • entusiasta da assistência, emapoio aos deputados que resistiram àpressão do governo • não retiraram suasassinaturas do requerimento para o in-quérito.

A exposição do conferencista foi rep<?tidamente interrompida pelos aplauso»da assistência, que exprimia assim o seuapoio aos conceitos do orador. Assim,foi, por exemplo, na cairacterliação donovo Embaixador norte-americano, Moor<Cabot, como instrumento dos trustes im.perialistas, e na veemente condenação daatitude desse Embaixador, intervindo no*negócios internos do Brasil, caracteriza-ção e condenação efusivamente apoiada*pelos aplausos da assistência. A criticaao atual Ministério, «onde atuam repre-sentantes diretos dos trustes intetnacio-nais», foi. igualmente endossada, emaplausos, por *óda a assistência.

Plano Carvalho Pinto Nãoé Planejamento Econômico

sao paulo «D», Sucursal)— Reall/ou-se sexta-feira úl*tima uma reunião no Sindi-cato dos Metalúrgicos paraestudar o PIojio de AçãoGovernamental do sr. Carva-lho Pinto. Na ocasião o sr.«tone Albertino Rodrigues ex-pós o relatório do Departa-n.ento Intersindical de Esta-tística e Estudos Sócio-Econò-micos, preparado especial-mente para a reunião.

Disse Inicialmente o tr.Rodrtgueu que o plano go-vernameiital não ô de mocto

•slf.uni um planejamento eco- •r.ômlco destinado a promoveri, desenvolvimento da regiãot cio pais. Trata-se de merai cciistribuição administrativaden recursos orçamentáriostem. entretanto, discriminara sua aplicação e o funciona-mento rio próprio plano,

HARMONIZAÇÃO ENÀO AÇÃO EFETIVA

O plano cie ação do go-remador, disse o técnico,pune cia premissa de qiwideve npeiiíw; harmonizar os_interesses econômicos emtóao. e não ciar combate vi-goroso a favor da iniciativanacional e contra a pressãouo* monopólios estrangeiros.A seguir o sr. Albertino Ro-drigues analisou aspecto»particulares do plano.

No «cioi da agricultura,dif*-e ii Estado não demons-Ira preocupação em desenvol-"i". a policultura, preferindodestinai grandes verbas paraii i cnovnçáo dos oaíeelros. Aestrutura dessa planificaçfio-» bn*ei» na monocultura doafé e no latifúndio".

DESEMPREGOCriticou o relator (ia De-

APENAS ADMINISTRAIS VO - CRÍ-TICAS DO DEPARTAMENTO IN-TERSINDICAL DE ESTATÍSTBCAE ESTUDOS SÓCIO-ECONÔMICOSparlamento Intersindical olato úe que o plano, emboraparta de premissas acertadasquanto ao problema do de-semprêgo, não aponta ne-nhuma solução concreu*.Lembrou, então, como exem-

çio qi.n •>» fuudoa da CaixaBconômlca Estadual e doslAPs poderiam ser uttlixadosna eoiuítruçáo de habitações1'it-ra os operários, ponto quefoi esquecido pelo Plano dosr, Carvalho Pinto. Com Isso

i.iinentaria eoiisicieia.VKln.Bi,-'e o emprego de mão-de-obrana construção civil,

Depois de apontar algu-mas deficiênciet na parta

cie abastecimento do plano, osr, José Albertino Rodriguescriticou o tato de que otransporte fluvial, bem mai*barato, poderia ser mai« bemaproveitado, bastando parai.iso regulariisar n,*- bacias doTietê, Paraíba, Paranapane*ma « Pardo.

-* ^ <i>-• a^P ^^B ^f'^S> 'tSP" jVm?< mT. * a?"Cl'' 'ffi-. ?^*'*™>." mmiZJmsW '¦•$• 'ffiSmmtlt'^^ "9~m, 'mwflt^i^B^^Ê^Smmm m^mr^Êmm^^níwfw nVHffTriHHB"&J»?4^B^^^H. <'-ÀmmmLíA^. Summ>lmmm\.:y ¦>'• Ta* AtiFílsKiMÍldHiBBI'*^MmÊmmmmW%inmWrS^^^^TB^m *^Bí- m^KSmmmtLmmxSSmMmiíâii^mM mms^mmmSm^-%'.-mmmm ^mm^,vv&<'m^i?*fjt7Twmmm ^mwK-'• J^MwwwiúOoy.j•.mW^^^^^^^^^^mjfxeAu..-.-..s9mamsúuLjc4ií'K.-.-¦'.¦¦.-..¦ o&v, -mwmmmmyy^/MM.jnKiyâ^^mú!SSStsBcf . 'mwm^mmspmrt^^mmmssorty-^ • • -- ,/.^ "Mm mMM* •SBtKt&ÊmxW^mx mm^^-l: i*>ry- *W ..¦ -, * émm^^mMmwàmWW^^I^m^ I^h V^fW1"^*:.íÜS

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HOMENAGENS PÓSTUMAS A ESTÓCEL DE MORAIS — Conduxldog por uma co.missão composta de conhecidos nomes do movimento comunista, entre os quaisOrestes Timbauba. Francisco Gomes, Ag ostinho de Oliveira, fotom trasladados doCemitério São João Batista, nesta Capital, para o cemitério de Santos (S. Paulo), osrestos mortais do líder operário e ex-dtp utado comunista Estócel de Morais, fale-cido no Rio em 1953. Em São Paulo, aos que conduziam a urna funerárl*, incoi-poraram-se diversos amigos e correligionários do saudoso parlamentar, entre êle*ds srs. Vilanova Artigos, Armando Mazzo, Aristóteles Ferreira, Lázaro Moreira, alémda viúva de Estócel de Morais, d. Rosália Domingos de Moraes e da vereadora Ma-tilde de Carvalho. Ao ato de sepultamen to, num sarcófago do cemitério santista,(foto), compareceram cerca de 300 pessoas, amigos e companheiros de trabalho doex-deputado, nomes conhecidos no movimento operário em Santos, como o ex*.deputado Osvaldo Pacheco. Na ocasião, falaram Orestes Timbauba e Osvaldo Pa*checo. Outra homenagem a Estócel de Morais foi prestada com o «mplacamentede uma roa santista, à qual fot dada o nome do combativo IMet proletária.

Page 11: OOM PALAVfcfVE MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO ......MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO BARRARÁ CARESTIA OOM PALAVfcfVE (REPORTAGEM NA 11.« PAGINA) ANO I — Rio, Semana de 28 de agosto a 3 de

PAGINA U: NOVOS RUMOS •28 - 8 a ! - 9 - 1959'

PALAVRAS E MEIAS MEDIDASARESTIA NAO SERÁ BARRADA

Finalmente, depois de trêsanos a meio em que se revê-lou dedicado benfeltor dos ex-ploradores do povo, o cel. Fie-derico Mlndello deixou a CO-FAP. Antes de sair, porém,regalou os monopolizadores doleite (CCPI,, no Hio, VIGOR,em São Paulo, etc) com umaumento Ilegal cito produto,uma vez que foi concedidopor sete votos apenas, quan-do a lei que prorrogou a CO-FAP exige que as decisões se-Jam tomadas pelo menos poroito votos.

Assumindo a presidência doórgão "controlador de preços",o general Ururai Magalhãesrhanifestou-.se violentamentecontrário ao aumento da car-ne e prometeu garantir o abas-teclmento dentro de uma se-mana, seni aumento do preço.O caso do leite, entretanto,foi dado por encerrado. Quan-to ao feijão, embora o gene-ral Ururai seja contrario àsua Importação dos EE.UU.que vem onerar nossa situa-çáo cambial, já c< / "cam achegar ao Brasil partidas doproduto provenientes dos ex-cedentes americanos.¦ Parece, desse modo-, queo Governo acredita que poderesolver o problema da altacrescente do custo de vida commedidas de última hora e semcorrigir a politica que é aprincipal causa das enormesdificuldades com que luta o

nosso povo; a política cam-bial entreguista e a política deproteção aos monopólios e in-termediárlos que dominam omercado de gêneros de pri-meira necessidade.

O PORQUÊDA CARESTIAE não se diga que o Govêr-

no não conhece as causas dacarestia de vida, Se não bas-tassem todas as denúnciasformuladas pelos trabalhado-res, parlamentares e outros sn-tores. agora é o novo presldon-te da SUMOC que vem esrla-recer a questão. Em seu dis-curso de posse, o sr. Marcosrie Souza Dantas apontou co-mo principal fator Inflacioná-rio a lei de tarifas, que redu*alu o número de categoriaspara a importação e exporta-ção, numa clara referência á"reforma cambial a presta-ções", que vem se operandodesde aquela data.

Para comprovar que um dosprincipais fatores de carestiaé a politica cambial de pro-teçãn aos trustes estrangei-ros, mais acentuadamente rea-lizada durante a gestão doentreguista Lucas Lopes noMinistério da Fazenda, desdejulho do ano passado bastaolhar os quadros que se se-guem. elaborados com dadosdo SEPT.

Média mensal de aumentodo custo de vida:

1." Semestre 1D58RTO1,3'c

S. P.1.276

H H,I O %

2" Semestre 1S58 ....Janeiro — Abril 1059

l,2f05,275

I 1,7*I õ '

ALKMIN - LUCAS

Setembro 1957-Junho 1958Julho 1958 Abril 1959 ....

Como vemos, no Rio, em SãoPaulo e em Belo Horizonte,como nos outros centros, a si-tuação 6 uma só, com peque-nas variações. Em São Pau-

P.tOna "„

23 %

S. P. B. H.I 9 'r | 0,67o

I 25.5% ! 25 %lo, no segundo semestre doano passado, a política cam-blal de Lopes & Cia. funcio-nou como uma bomba de re-tardamento, que estourou no

Conspiração Anti-Cuba EncontraRepulsa no Brasil

Discurso do deputado Lício Hauer na CâmaraAnunciando a realização

de um ato público de so-lidariedade ao povo cuba-nn. o deputado Licio Hauer,ria tribuna da Câmara,pronunciou oportuno dis-curso. Após conclamar opovo e os parlamentaresbrasileiros a se associaremao movimento de solida-riodade aquele pais irmão,o deputado carioca denun-ciou as maquinações queestão sendo feitas pelostrustes norte-americanos eseus espoletas — o.s rema-¦descontos ditadores latino-americanos — para frus-trar as aspirações de eman-cipaçâo econômica do povocubano. Reportando-se aacontecimentos recentes, apublicações aparecidas nosEstados Unidos, LicioHauer alertou a r :>ini"iopública para o fato rie queos monopólios norte-ameri-canos, servindo-so do go*vérno de Washington, pro-pararam uma nova Guate-mala. sob a invocação dosmesmos e desmoralizadospretextos.TELEGRAMA DEPARLAMENTARESGAÚCHOS

Em relação com asameaças que pesam sobre

a independência e a inte-gridade territorial de Cuba,foi enviado o seguinte te-legrama ao Embaixadordn Cuba nesta Capital:*Os abaixo assinados, de-pulados ã Assembléia Le-gislativa do Hio Granderio Sul, expressam, a V.Excia. a mais alta admira-ção e simpatia pela lio-róica luta -ic seu povo cmprol da completa emanei-pação econômica e politicade Cuba. As notáveis con-quistas da Revolução Cuba-na. dentre as quais ros-saltam a derrocada do re-gimp terrorista dp Fulgén-cin Batista, a intervençãodisciplinadora do Estadocom relação ao capital cs-tranfjeiro c á reforma agra-ria. lançam ao desesperoos grupos monopolistas es-trangeiros para os quais oideal seria a perpetuaçãodo atraso econômico dospovos latino-americanos edo oprobinso sistema deespoliação a que tém sidosujeitos por parte dos mo-nopólios alienígenas. Esta-mos convencidos, entretan-to, de que nos dias atuais

(Ccmciwi na 8a. paginai

SE ATÉ SEUS MEMBROS APONTAM AS CAUSAS,POR QUE O GOVERNO NAO AGE? — POLÍTICA AFAVOR DOS TRUSTES E CONTRA O POVO — TRA-BALHADORES: VÍTIMAS E NAO CAUSADORES DO

AUMENTO DE PREÇOS

PAULO DE LUCCA

inicio deste ano, acelerandoem 4 vezes o aumento docusto de vida. No segundoquadro, num periodo igual dedez meses, a carestia foi duasvezes maior no Rio, quasetrês vezes em São Paulo equase cinqüenta vezes maiorem Belo. Horizonte, onde noprimeiro semestre de 1958 ti-nha chegado a haver uma cer-ta diminuição no custo devida.

NEGOCISMO

Outro fator, menor que oprimeiro, mas ainda multoimportante, é o fato de que oGoverno n&o se decidiu a darverdadeiro combate aos in-termediárlos e monopólios queexplcram os pequenos produ-tores e os consumidores. Bomexemplo foi fornecido pelosexportadores, setor quase in-tpirainpnte dominado pelostrustes estrangeiros, do RioGrande dn Sul, Contando cer-to com a reforma cambialque colocaria a soja para ex-portação no câmbio livre, ma-nobraram com a alta do pro-riutn. para dominar o mer-

cado e compensar a peque-na elevação no mercado ln-terno com polpudos lucros naexportação. Como a reformanfto velo, procuram agora pres-slonar o Governo no sentidode forçar a passagem da sojapara o cambio livre.

Uma solução para esse casoseria a incentlvação do pe-queno e do médio produtorrural, mediante assistênciatécnica e financeira, e a com-pra por parte do Estado dire-tamente do produtor e a dls-tribulção pelo próprio Esta-do. Os planos do Governo nes-te sentido, como a rede de si-los e armazéns, â modifica-çfio da política de crédito agrl-cola, o aperfeiçoamento dostransportes, etc, ficaram nopapel, entregues a guarda do"Ilustre economista" DaniloNunes, ex-chefe dos tiras doDOPS e atual presidente daComissão Coordenadora doAbastecimento,

TRABALHADORES.VITIMAS E NÀOCAUSADORESPara alguns técnicos, outro

fator de Inflação e de Inten-

siflcaçfto da corrida dos pre-ços é o que eles chamam de"níveis multo altos" de sala-rio mínimo, de "demagogiasalarial", etc. A ílm da mos-trar que os trabalhadores têmque exigir aumento de sala-rios em vista da elevação docusto de vida, e náo vlce-ver-sa, citaremos alguns dados ob-tidos pelos inquéritos eco-nômlcos do IBGE (InstitutoBrasileiro de Geografia e Es-tatística).

Em primeiro lugar, verifica-se que, nos três últimos ano*_a única parcela dos custos dojprodutos industriais que sofreuredução proporcionalmente ío-ram os salários. As matérias-primas subiram multo pouco,e as despesas com combus-tivels e energia elétrica, gra-ças a. política cambial e fl-nancelra antlnacional de Lo-pes -St Cia., subiram verti*?!-nosamente,-Ou, em números,temos o seguinte: Para cadacem cruzeiros de gastos, ossalários passaram de Cr ....11,90 para Cr$ 11,30. as mate-rlas-prlmas de CrS 4(5.80 aCrS 47.20, os combustíveis deCr$ 13.8C pnra Cr$ 21,50 e a

ACHA-SE À VENDA NAS BANCAS E LIVRARIASO NÚMERO 4 DA REVISTA

PROBLEMAS DA PAZ ....E DO SOCIALISMO

Contém, entre outrai coisas, as seguintesmatérias:_- O militarismo alemão e as possibilidades

de refreá-lo — O. BaumanO desenvolvimento da democracia internano PCUS — V. ChuraievAlguns problemas da guerra e da pai e a

posição da Internacional Socialista —

H. PollittAcerca do "socialismo" social-democrata

na Suécia — F. Lager

Crítica de livros e revistas, cartas e notas

sobre o movimento operário internacional

Refletindo a Inquietaçãoe a revolta dos trabalhado-ros faço a elevação brutaldo custo dn vida, dezenasdo sindicatos profissionais,representando mais domeio milhão do operáriosdesta Capital, se encontramempenhados na luta poraumento de salários, comouma forma concreta rie ali-vi.ir um pouco os efeitos daenréstia.

Entre as categorias emlula encontra-se ;i do.s e>.tivadoros (õO min, cujosrepresentantes estão reuni-dos lie-la Capital desde odia 17 'iltimo, reclamandorins autoridades a conces-são do roajustamonto sala-r,nl de 27r-'r, esperado hamnis rie três meses, masdependendo ainda do Mi-nistérin da Viação.

O retardamento ria me-lhoria salarial está cau-sando grande descontenta-mento entre os estivadores,j.lineipalmenle do interior,que ameaçam deflagaruma greve a qualquer mo-monto. Nesse sentido, olider Jovelino Ferreira, re-presentante dos sindicatosrio Rio Grande rio Sul e Pe-inins, rieclnrou à reporta-gem que essas entidadesderam um prazo até zerohoia rio dia 2G último paraque fosse concedido o au*mento, caso contrário tra-tariam de deflagrar o mo-vimento grevista. Dirigen-tes ria Federação Nacionaldos Estivadores, por outrolado, vôm procurandoapressar os entendimentosjunto às autoridades.

BANCÁRIOSQUEREM 45%Representantes de 130

mil bancários reuniram-senesta Capital e resolveraminiciar a campanha por-157r rie aumento e pelainstituição rio salário pro-fissional. Nesta sexta-fei-ra, dia 28, serão realizadasassembléias, em vários sin-riicntos para discutir a exe-cução do plano aprovado>e!a reunião nacional pro-.novida pela CONTEC.

CONSTRUÇÃO CIVILE ALFAIATESTanto os trabalhadores na

indústria rie construção ei-vil, cerca rie 120 mil, comons alfaiates e costureiros,35 mil, resolveram, atravésde seus sindicatos, instau-lar o dissídio coletivo vi-sando a conquista do au-mento salarial, Os alfaia;tes lutam cot 50%, en-*

quanto os trabalhadoresem construção civil piei-leiam um aumento máxl-mo rie 45^ e um mínimode 25'%. Ambas as quês-toes estão em vias de solu-ção.

PADEIROSEM ENTENDIMENTOS

O pedido rie 50% de au-mento feito pelos 20 milpadeiros desta Capitalcontinua sendo objeto deentendimentos: entre os sin-dieatos de empregados e deempregadores. A opiniãodos lideres sindicais é deque em breves dias seráfirmado o novo acArdo en-tre as duas partes.

AERONAUTAS TTESTUDAMPara discutir sóbre o pe-

dido rie aumento de 30 a407r formulado pelos aero-nautns. e estabelecer asbases ria padronização sa-larial entre os empregadosrie todas as empresas denavegação aérea, já estáem pleno funcionamento acomissão pnritária forma-rin pelos representantesdos Ministérios, da Aero-náutica e rio Trabalho, doDAC, e rios Sindicatos Na-cional dos Aeronautas eNacional das Empresas Ae-roviárias. ¦

ELETRICISTASOs eletricistas e bombel-

ros hidráulicos desta Capi-tnl vêm lutando pelo au-mento rie 40% com um mi-nimo rie Cr$ 2.2nn,00, a pnr-tir rie 1 de agosto, e pelainstituição 'do salário pro-fissional, que deverá sercalculado na base de 40-V,sóbre o mínimo ria região,ou seja, no i aso rio DistritoFederal, salário profissional rie 8.-100,00 cruzeiros.

HOTELEIROS AINRASEM RESPOSTA

O Sindicato rios Proptio-lírio:- rie Hotéis ainda nãorespondeu an pedido rie aumento rie 4i|r'r formulai!*)peln Sindicato ,los Trabalhadores. O ultimo acór.losalarial expirou em lfi-dejuiho. e os hoteleiros vêm.'mando para estabelecer onovo ajuste i» partir daque-ln data.

VITÓRIA DOSMETALÚRGICOS

Os trahalnadores meta-lúrgieos do Distrito Fe(ieràl, cerca dc 70 mil, aca-t>am da conquistai impor,*

tante vitória, alcançandoum aumento salarial dá2St"'>, a pailir de 1 de agôs-to corrente. O acordo foifrmado no dia 20 últimonesta Capital, entre repre-sentantes de empregados íne empregadores.

MOINHOS DERAMAUMENTO

Através de entendlmen-tos diretos entre os sindi*catos dos empregados e dosempregadores na indústriade moagem de trigo, ficouestabelecido um aumenlosalarial de 32'x-, a seremcalculados sobre os salarios de 1958. O novo acór-do terá a duração de umano e entrou em vigor nodia 10 do corrente.ASSEMBLÉIA DOSFERROVIÁRIOS

No próximo dia 31, às19 horas, o.s ferroviários daCentral rio Brasil voltarãoa reunir-se na sede da

(Conclui na 10.» pá-flna).rsjwjvj-jwvw^r -V".

energia de Cr$T,20 a Cr$8,50. número de operários empre*Em segundo lugar, consi- gados, e o salário real médio,

derando agora a evolução do isto é, o que o operário podesalário médio na Indústria comprar com seu salário,brasileira, o valor da produção pode ser elaborado, de acôr-por operário, isto é, o valor da do com os dados do IBGE, aprodução total dividido pelo seguinte quadro:

- -it

| Va lor da produ- | Salário real |Salário médio l| ç& o por operário | médio

1955 100 100 100 I1966 . 128 I 131 I 881967 155 |' 201 | 98 |

Vemos assim que, de 1955a 1957,o salário médio aumen-tou em pouco mats da me-tade, o valor da produção poroperário dobrou, e o salárioreal médio dos operários ln-dustriais sofreu diminuição.Donde se conclui que os tra-balhftdores sáo vítimas da ca-

réstia e que • Governo sequer realmente acabar comela, tem que bater em outrasportas, principalmente na po-lltlca cambial entreguista, nosmonopólios e nos intermedia-rios ligados aos latifundiários,que controlam o mercado deprodutos agropecuários.

HOMENAGENS À MEMÓRIADE GETÚLIO

OS TRABALHADORES NÃO CONCORDAMEM CARREGAR 0 PESO DA CARESTIA

Estivadores, bancários, alfaiates, padeir os, aeronautas, eletricistas, ferroviários,empregados em hotéis e na construção e ivil lutam por aumento de salários —

Vitoriosos os metalúrgicos e os empregados em moinhos

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Como sucede todos os anos, 0 24 de agosto loiobjeto de comemorações populares, nesta Capital. Dl-ante do busto do ex-presidente, colocado na Praça Ma»rechal Floriano (foto) pelo povo carioca horas depois deVargas ter sido levado ao suicídio, reuniram-se milha-res de pessoas, durante todo o dia e a noite. No palanquearmado, ao qual foi hasteada uma bandeira nacional,diversos oradores dirigiram-se à assistência semprerenovada, destacando os aspectos mais marcantes daobra de Getúlio Vargas, seu amor ao Brasil e a poli-tica que desejou levar à prática de emancipação eco-nômlca do pais. Também na Câmara dos Deputados,24 de agosto foi objeto de duas comemorações, uma dasquais previamente programada. Os deputados Rui Ramos,Gabriel Hermes e Henrique de Ia Rocque foram os ora-dores da primeira comemoração, que teve cunho aceiutuadamente nacionalista. Exaltou o sr. Rui Ramos omérito de Getúlio ao denunciar à Nação, em termosconcretos, em números quo fc.lam por st mesmos, aespoliação a que é o Brasil submetido pelos trustesestrangeiros que aqui operam. A comemoração nãoprogramada constituiu-se dos discursos dos deputadosBarbosa Lima Sobrinho e Osvaldo Filho sobre o pro-blema da reavaliação do ativo das empresas conces-sionárias dos serviços de eletricidade. Não apenas osoradores, como diversos aparteantes — entre eles osdeputados Sérgio Magalhães, Gabriel Passos, Tempe-rani Pereira e Bocaiúva — denunciaram o caráter colo»nialisia da Light, Bond & Share e suas subsidiárias,apontando, ao mesmo tempo, a conduta criminosade tais empresas, ultimamente revelada, atreves dadescoberta de escritas falsas, utilização de advogadosadministrativos, etc, sendo nominalmente citados osentreguistas Roberto Campos, Eugênio Gudln e Gar-rido Torres. O movimento que se process-a na Câmara»assinalaram os oradores, visa a desmontar essa má»

quina Infernal dos trustes, quelio Vargas ao suicídio.

acabou levando Getú.

CARTA DO SERTÃFavela do «Canta Galo»,

Meu cumpade Zé Maria:Cá no Rio de JanéroTudo ormenta dia a dia,

Um quilo de fejão pretoCusta cinqüenta cruzêrolCinco cruzêros um ovo!O povo matando o povoNesse País brasilêro.

O Congresso vota às leiO povo num arrespeita.Repartição federáSeguem a merma receita,Ispilorando sem dóA gente qui tá sujeita.

ZÉPRAXEDI -O Poeta Vaquêro

Essa sumana passadaEu dici mais FrorisbelaE fumo vê as vidraçaMais Donato fio dela,

No froco dns avinidaDispôs da premera isquinaParo fio, mãe e pai,Pra vê cinema a retai:Coisa lindra! dente fina!

Vi no vido do apareiO niversaro dum gatoQuanto cume pititosoPraquele bicho do mato!Ctirria água, meu cumpade,Da boquinha do Donato.

Pagam três e oitucentosNo salaro de seis mi.Dispôs do novo ordenadoTudo danou-se a subi.A carne Vai s'acabá...Eu num sei mermo o qui háNo cumerço do Brasi.

As nossas arturidadesPerdero a força que tinha.Custa quihentòs cruzêroU'a franga de galinha.

Um bolo cum quato velaNo meio da prataria.As moça bejando o gatoNa maio das ali gr ia!(Mais vale sê gato nol>eDe que sê fio de pobe).Meu sintimento dizia.

Benção pru meu afiadoE pra vocês meu abraço.O cumpade sofredô:Manezin dos Anastaço.

fVVWWiVIMMMMMAMI-T'

Page 12: OOM PALAVfcfVE MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO ......MEIAS MEDIDAS GOVERNO NÃO BARRARÁ CARESTIA OOM PALAVfcfVE (REPORTAGEM NA 11.« PAGINA) ANO I — Rio, Semana de 28 de agosto a 3 de

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CIENTISTAS SOVIÉTICOSPFfRFÇÇAM Depois de uma ,8'llDUnrjOOjtilU mana no Brasil, em

São Paulo e no Rio, regressaram à Europa os cinco

cientistas soviéticos que participaram do Congres-

so Internacional de Fisiologia realizado em Buenos

Aires. Os cientistas soviéticos encontraram enlie

nós a mais calorosa acolhida, sobretudo nos meios

médicos. Obteve grande sucesso uma palestra querealizaram no Ministério da Educação sôbre os pro-

gressos da Fisiologia na União Soviética. Nessa

oportunidade despertou particular atenção um fil-

me com que ilustraram sua exposição. A ampla

sala do Ministério ficou replela de médicos e estu-

dantes, todos demonstrando vivo interesse. Recep-

cionados em várias residências, cumprindo um am-

pio programa de visitas a lugares pitorescos do

Rio, os cientistas soviéticos participaram, finalmen-

le, na ABI, de um simpósio, que teve igual exilo.

Os médicos soviéticos deixaram no Brasil, tanto no

Rio como em São Paulo, um grande círculo de ami-

zades que contribuirão para o estreitamento das

relações culturais entre o Brasil e a URSS. Medi-

cos brasileiros foram convidados a visitar a União

Soviética a fim de conhecerem os ramos da ciên-

cia em que são especializados. Na foto, os cien-

tislas soviéticos ao embarcarem de volta ao seu

país, no aeroporto do Galeão.

0 sr. An;',é

Malraux já i.ii

QUE DIZ À ISSO 0SR. MALRAUX?

um homem que lutou .pela liberdade. Prcíen-deu encarnar em suas obras o humanismo, fran-cês. Hoje, o Ministro da Cultura do governo do

general De Gciulle nào só assiste impassível aoscrimes praticado.» peios colonizadores franceses naArgélia, como se toma conivente com esses cri-mes. Em nosso numero anterior 111011101110? algunsaspectos da guerra colonial na Aigéiia. Hoje, po-demos acrescentar alguns dados impressionantes.Um milhão de argelinos se encontram atualmente cmcampos de concentração. Milhares deles passarempor câmaras de torturas, tribunais militares e ou-tros foram sumariamente fuzilados. A terrível reo-lidade dos campos de concentrarão da Argéliaapenas começa a ser conhecida uo mundo. Astropas coloniais francesas isolam-nos a sete cha-ves: sob armas e cercas e'elriíicadas. Um sa-ret-dole francês, o reverendo Rodhain, que visitou aArgélia, disse: -eu mesmo eslive lá... E descobrique se trota de uni mühào de serei liumonos,sobretudo mulheres e crianças... A grande maioriadeles, especialmente as criança-, padecem fome.Eu vi. E o provo-;. Outros testemunhos já surgirame foram perseguidos pelas autor,'.iades franceses.Alleg foi um dos que sofreram os suplícios da po-lícia colonial na Argélia. Seu livro foi apreendido,mas o testemunho ficou. Depois veio La Gangrè-ne,\ de jovens argelinos, hoje mundialmente co-

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"NOITES DE MOSCOU" NODD K OTT O Conjunto Farroupilha, consa-DllAolL grado intérprete de músicas na-cionais e estrangeiras, integrou a caravana de ar-tistas brasileiros que no ano passado divulgou com

grande êxito nossa música popular na União Sovié-tica e na China Popular. Acaba agora o Conjunto

, Farroupilha de gravar em discos Columbia a me-lodia "Noites de Moscou", que tanto sucessovem obtendo no rádio e na televisão do Rio e deSâo Paulo. Também Jorge Goulart tem aprese-sentado "Noites de Moscou" em nosso rádio. Agravação é feita parte em português e parte emrusso, sendo o arranjo e a letra em português deautoria de Inah Bangel, esposa do compositor emaestro Tasso Bangel. Na foto, os componentesdo Conjunto Farroupilha, Tasso Bangel, Inah Ban-gel, Danilo Castro e sua espora Estrela D'alva deCastro, ao lado de Jorge Goulart e Nora Ney, ni

Praça Vermelha de Moscou.

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