Observatório Covid-19 2930 O · 2020. 8. 3. · boletim observatório covid-19 de 12 a 25 de...

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BOLETIM Observatório Covid-19 de 12 a 25 de julho de 2020 SEMANAS EPIDEMIOLÓGICAS RR RR AP AP AM AM AC AC PA PA MT MT RO RO TO TO MA MA CE CE RN RN PB PB PE PE AL AL SE SE BA BA MG MG DF DF GO GO MS MS SP SP PR PR SC SC RS RS RJ RJ ES ES PI PI -1,7% -3.5% -1,2% -4,5% -0,2% 0,1% 1,1% 2,3% 3,4% 1,8% 0,6% 4,1% 2,4% 0,2% -1,9% 7,4% -0,9% 0,6% 0,9% 9,2% 2,7% 5,0% 7,5% 7,1% -2,6% -1,1% 0,2% -1,4% -0,3% -4,7% -0,4% -4,8% 0,0% -0,1% 0,1% -2,5% -2,6% -1,9% 1,5% 1,0% 2,3% -0,6% 0,5% 1,1% -2,7% -0,4% 8,4% 1,8% 0,3% 0,1% 1,1% 1,5% 2,2% 6,6% 3,6% 3,3% 3,0% -0,6% 0,7% -1,1% 6,4% 4,4% 3,6% 5,9% TENDÊNCIAS DE INCIDÊNCIA COVID-19 Crescimento médio diário do número de casos (%) nas duas últimas semanas TENDÊNCIAS DE MORTALIDADE COVID-19 Crescimento médio diário do número de óbitos (%) nas duas últimas semanas e O Boletim Observatório Fiocruz O Covid-19, relativo às semanas epidemiológicas 29 (12 a 18 de julho) e 30 (19 a 25 de julho), traz um panorama geral do cenário epidemiológico com indicadores-chave para monitoramento da situação nos estados e regiões. Estes indicadores estão relacionados à incidência e mortalidade de Covid-19, incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e disponibilidade de leitos, a partir de avaliação baseada em diretrizes do documento da OMS WHO/2019- nCoV/Adjusting PH measures/2020.1. e iniciativas de cientistas em disponibilizar indicadores que subsidiem tomadas de decisões (covidexitstrategy.org). O cálculo de incidências semanais de Covid-19 é feito por médias das últimas duas semanas e a incidência de SRAG por média móvel das últimas três semanas. As tendências são avaliadas pelo crescimento médio diário nas últimas duas semanas. Os níveis de atividade de SRAG são avaliados por padrões históricos detalhados nos documentos do InfoGripe (info.gripe.fiocruz.br). Mais detalhes sobre indicadores de Covid-19 estão disponíveis no Monitora-Covid19 (bigdata-Covid19.icict.fiocruz.br). O indicador de disponibilidade de leitos de UTI Covid-19 para adultos considera a totalidade de leitos (código 51) existentes, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) em 27 de julho, e estimativas populacionais do IBGE para 2019. A taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos é marcadora do risco de colapso na capacidade do Sistema de Saúde atender pacientes com Covid-19 graves, frente à possibilidade de aumento de casos. Os números apresen- tados são, predominantemente, relativos aos leitos do SUS e, exceto pelo Estado do Rio de Janeiro, foram obtidos direta ou indiretamente dos sites das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) no dia 27 de julho. Vale mencionar que seria impor- tante também ter as quantidades de testes disponíveis por estados e quantidades de testes usa- dos/processados, mas estes números não têm sido disponibilizados pelos estados e munícipios de forma rotineira. As maiores taxas de incidência de Covid-19 na última semana epidemiológica (19 a 25 de julho) foram observadas nos estados de Rondônia, Roraima, Amapá, Sergipe, Mato Grosso e no Distrito Federal. A permanência da transmissão do vírus na Amazônia, que vinha mantendo uma pequena tendência de redução, é preocupante. Esses estados também registraram as maiores taxas de mortalidade na semana. Roraima, Rondônia e Amapá, além de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, apresentaram forte tendência de aumento no número de óbitos. Nas últimas semanas houve uma grande flutuação no número de casos registrados, com aumentos localizados (picos) ou mudanças de tendência no número de casos em diversos estados - o que pode ser consequência tanto da flexibilização do isolamento e da interioriza- ção da pandemia, quanto do aumento do número testes realizados. Os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, reverteram na última semana a tendência de queda de casos, o que deve ser investigado e acompanhado com atenção. É preciso de dados complementares, tais como o número de testes realizados, e do fortalecimento do sistema de vigilância em saúde. 29 30 Tendências da incidência e da mortalidade por COVID-19 20 30 40 50 60 70 80 90 Os mapas têm como objetivo apontar tendências na incidência de casos e de mortalidade nas últimas duas semanas epidemioló- gicas. O valor acima de 5% indica uma situação de alerta máximo; variação entre a -5 e +5% indica estabilidade e manutenção do alerta e menor que -5% indica redução, mesmo que temporária, da transmissão. 10 0 1 2 3 INCIDÊNCIA MORTALIDADE REGIÃO NORTE REGIÃO NORTE REGIÃO SUL REGIÃO SUL REGIÃO SUDESTE REGIÃO SUDESTE REGIÃO CENTRO- OESTE REGIÃO CENTRO- OESTE REGIÃO NORDESTE REGIÃO NORDESTE RO AC AM RR AP TO PI PB BA PA MG AL ES RJ SP RN PE MA PR CE SE SC RS MS MT GO DF TAXAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE (CASOS POR 100.000 HAB.)

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BOLETIM

Observatório Covid-19de 12 a 25 de julho de 2020

SEMANAS EPIDEMIOLÓGICAS

RR RRAP AP

AM AM

AC AC

PA PA

MT MT

RO RO

TO TO

MA MACE CERN RN

PB PB

PE PE

AL AL

SE SE

BA BA

MG MG

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GO GO

MS MS

SP SP

PR PR

SC SC

RS RS

RJ RJ

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PI PI

-1,7% -3.5%

-1,2% -4,5%

-0,2%0,1% 1,1%

2,3%

3,4%1,8% 0,6%

4,1%

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2,2% 6,6%

3,6% 3,3%

3,0% -0,6%

0,7% -1,1%

6,4% 4,4%

3,6% 5,9%

TENDÊNCIAS DE INCIDÊNCIA COVID-19Crescimento médio diário do número de casos (%)

nas duas últimas semanas

TENDÊNCIAS DE MORTALIDADE COVID-19Crescimento médio diário do número de óbitos (%)

nas duas últimas semanas

e

O Boletim Observatório Fiocruz

OCovid-19, relativo às semanas epidemiológicas 29 (12 a 18 de

julho) e 30 (19 a 25 de julho), traz um p a n o r a m a g e r a l d o c e n á r i o epidemiológico com indicadores-chave para monitoramento da situação nos estados e regiões. Estes indicadores estão relacionados à incidência e mortalidade de Covid-19, incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e disponibilidade de leitos, a partir de avaliação baseada em diretrizes do documento da OMS WHO/2019-nCoV/Adjusting PH measures/2020.1. e iniciativas de cientistas em disponibilizar indicadores que subsidiem tomadas de decisões (covidexitstrategy.org).

O cálculo de incidências semanais de

Covid-19 é feito por médias das últimas duas semanas e a incidência de SRAG por média móvel das últimas três semanas. As tendências são avaliadas pelo crescimento médio diário nas últimas duas semanas. Os níveis de atividade de SRAG são avaliados por padrões históricos detalhados nos d o c u m e n t o s d o I n f o G r i p e (info.gripe.fiocruz.br). Mais detalhes sobre indicadores de Covid-19 estão disponíveis no Monitora-Covid19 (bigdata-Covid19.icict.fiocruz.br).

O indicador de disponibilidade de leitos de UTI Covid-19 para adultos considera a totalidade de leitos (código 51) existentes, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) em 27 de julho, e estimativas

populacionais do IBGE para 2019. A taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos é marcadora do risco de colapso na capacidade do Sistema de Saúde atender pacientes com Covid-19 graves, frente à possibi l idade de aumento de casos. Os números apresen-tados são, predominantemente, relativos aos leitos do SUS e, exceto pelo Estado do Rio de Janeiro, foram obtidos direta ou indiretamente dos sites das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) no dia 27 de julho. Vale mencionar que seria impor-tante também ter as quantidades de testes disponíveis por estados e q u a n t i d a d e s d e t e s t e s u s a-dos/processados, mas estes números não têm sido disponibilizados pelos estados e munícipios de forma rotineira.

As maiores taxas de incidência de Covid-19 na última semana epidemiológica (19 a 25 de julho) foram observadas nos estados de Rondônia, Roraima, Amapá, Sergipe, Mato Grosso e no Distrito Federal. A permanência da transmissão do vírus na Amazônia, que vinha mantendo uma pequena tendência de redução, é preocupante. Esses estados também registraram as maiores taxas de mortalidade na semana.

Roraima, Rondônia e Amapá, além de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, apresentaram forte tendência de aumento no número de óbitos.

Nas últimas semanas houve uma grande flutuação no número de casos registrados, com aumentos localizados (picos) ou mudanças de tendência no número de casos em diversos estados - o que pode ser consequência tanto da flexibilização do isolamento e da interioriza-

ção da pandemia, quanto do aumento do número testes realizados. Os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, reverteram na última semana a tendência de queda de casos, o que deve ser investigado e acompanhado com atenção. É preciso de dados complementares, tais como o número de testes realizados, e do fortalecimento do sistema de vigilância em saúde.

29 30

Tendências da incidência e da mortalidade por COVID-19

20 30 40 50 60 70 80 90

Os mapas têm como objetivo apontar tendências na incidência de casos e de mortalidade nas últimas duas semanas epidemioló-gicas. O valor acima de 5% indica uma situação de alerta máximo; variação entre a -5 e +5% indica estabilidade e manutenção do alerta e menor que -5% indica redução, mesmo que temporária, da transmissão.

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INCIDÊNCIA

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TAXAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE (CASOS POR 100.000 HAB.)

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BOLETIM Observatório Covid-19 de 12 a 25 dejulho de 202030SEMANAS

EPIDEMIOLÓGICAS P. 229

TAXA DE INCIDÊNCIA SRAG (casos por 100.000 hab)

NÍVEL SRAG POR MÉDIA MÓVEL

e

RR AP

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MT

ROTO

MA CE RN

PB

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SEBA

MG

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MG

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MSSP

PR

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ES

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MUITO ALTA

ALTA

MODERADA

BAIXA

REFERÊNCIA

Níveis de atividade e incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG)

O monitoramento das SRAG tem servido de alerta para a pandemia por Covid-19. Níveis de atividades muito alta já indicam situação de alerta para todo país, como demonstra o mapa. Em relação às unidades da Federação, destacam-se no quadro abaixo, com incidência acima de 10 casos por 100 mil habitantes, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Paraná. Em particular, nota-se que no Distrito Federal o número de casos está acima de 20 por 100 mil habitantes.

Leitos de UTI para COVID19Segundo registros do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

no período de 13 a 27 de julho, houve uma pequena queda na disponibilidade de leitos de UTI Covid-19 para adultos por 10 mil habitantes no Pará e Maranhão e um incremento em Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, possivel-mente refletindo a redução e aumento de casos, respectivamente.

As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 de Rondônia, Maranhão, e Distrito Federal foram calculadas a partir de dados de regiões dos estados (Rondônia e Maranhão) e de hospitais (Distrito Federal) divulgados nos sites das SES. Exceto pelo Rio de Janeiro, único estado que não disponibiliza o dado, as demais foram obtidas diretamente das SES.

A taxa do Paraná inclui leitos públicos e privados e as taxas de Minas Gerais e Santa Catarina e incluem o conjunto de leitos de UTI do SUS e não somente os leitos de UTI Covid-19. No caso do Rio de Janeiro, optou-se por apresentar a taxa relativa à capital, obtida no site da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Foi observada entre o dia 13 e 27 de julho uma melhora do quadro vigente no Rio Grande do Norte e, especialmente, na Bahia, que saiu da zona de alerta mais grave. Rondônia manteve-se na zona de alerta intermediário, mas com crescimento preocupante de 74,2% para 79,2%.

Houve também um incremento na taxa de ocupação de leitos de UTI na cidade do Rio de Janeiro. Santa Catarina entrou na zona de alerta grave, juntando-se a Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, que ainda permanecem com taxas muito críticas.

TAXA DE OCUPAÇÃO (%) DE LEITOS DE UTI COVID-19 PARA ADULTOS (13/07/2020)

LEITOS DE UTI-ADULTO COVID-19/10.000 HAB

RONDÔNIA

ACRE

AMAZONAS

RORAIMA

PARÁ

AMAPÁ

TOCANTINS

MARANHÃO

PIAUÍ

CEARÁ

RIO GRANDE DO NORTE

PARAÍBA

PERNAMBUCO

ALAGOAS

SERGIPE

BAHIA

MINAS GERAIS

ESPÍRITO SANTO

RIO DE JANEIRO

SÃO PAULO

PARANÁ

SANTA CATARINA

RIO GRANDE DO SUL

MATO GROSSO DO SUL

MATO GROSSO

GOIÁS

DISTRITO FEDERAL

BRASIL

NORTE

RONDÔNIA

ACRE

AMAZONAS

RORAIMA

PARÁ

AMAPÁ

TOCANTINS

NORDESTE

MARANHÃO

PIAUÍ

CEARÁ

RIO GRANDE DO NORTE

PARAÍBA

PERNAMBUCO

ALAGOAS

SERGIPE

BAHIA

SUDESTE

MINAS GERAIS

ESPÍRITO SANTO

RIO DE JANEIRO

SÃO PAULO

SUL

PARANÁ

SANTA CATARINA

RIO GRANDE DO SUL

CENTRO-OESTE

MATO GROSSO DO SUL

MATO GROSSO

GOIÁS

DISTRITO FEDERAL

RONDÔNIA

ACRE

AMAZONAS

RORAIMA

PARÁ

AMAPÁ

TOCANTINS

79,2

56,7

34,8

70,8

56,3

29,2

64,0

0,9

0,7

0,6

0,3

0,6

0,5

0,4

0,5

1,0

0,9

1,2

0,6

1,3

0,8

0,7

0,8

0,9

1,5

1,2

1,1

0,7

1,0

0,7

0,9

0,9

0,7

0,9

10,2

6,2

9,9

6,0

5,5

3,8

9,8

7,9

6,5

7,3

2,9

8,6

8,9

4,9

6,4

6,7

18,4

12,3

4,9

11,8

11,7

2,7

8,1

14,0

9,7

10,2

9,3

9,8

11,2

14,7

4,8

7,1

22,2

MATO GROSSO DO SUL

MATO GROSSO

GOIÁS

DISTRITO FEDERAL

53,9

90,1

82,8

80,8

MARANHÃO

PIAUÍ

CEARÁ

RIO GRANDE DO NORTE

PARAÍBA

PERNAMBUCO

ALAGOAS

SERGIPE

BAHIA

NORTENORDESTE

CENTRO-OESTE

SUDESTE

51,3

67,9

71,3

64,4

47,0

75,0

62,0

76,6

75,0

SC

RS

PARANÁ

SANTA CATARINA

RIO GRANDE DO SUL

MINAS GERAIS

ESPÍRITO SANTO

RIO DE JANEIRO

SÃO PAULO

67,1

73,3

71,0

65,742,3

84,5

75,7

SUL

As taxas de ocupação de leitos de UTI de Minas Gerais e Santa Catarina incluem o conjunto de leitos de UTI do SUS e não somente os leitos de UTI Covid-19. A taxa do Paraná inclui leitos públicos e privados. Para o Rio de Janeiro, identificou-se somente a taxa referente à capital.