Observatório Comunitário
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OBSERVATRIO
COMUNITRIO
HUAYRN RIBEIRO
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OBSERVATRIO COMUNITRIO
Uma coletnea de artigos e crnicas de autoria de Huayrn Ribeiropublicados no Campinarte Dicas e Fatos, informativo comunitrio em circu-lao no municpio de Duque de Caxias - RJ
Capa - Huayrn Ribeiro / Foto de Ilustrao
2012
Esta obra foi composta nas oficinas do Campinarte Dicas e Fatos emNova Campinas - Duque de Caxias - RJ.
Edio e coordenao: Huayrn Ribeiro
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A figura do Observador Comunitrio aparecepela primeira vez na capa da edio de Outubro de 1997
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ATIVIDADES DE HUAYRN RIBEIRO
Huayrn Ribeiro nasceu no dia 18 de fevereiro de 1958 na Pe-nha Circular (Zona da Leopoldina) no antigo Estado da Guanabara.
No dia 27 de setembro de 1996 lana o primeiro guia comercialde Nova Campinas (Terceiro Distrito) em Duque de Caxias - CAM-PINARTE D A DICA.
Em 1997, com o crescimento dessa iniciativa e atendento pe-didos, o guia foi transformado no jornal Campinarte D a Dica quea partir de outubro do mesmo ano passa a se chamar CAMPINAR-TE DICAS E FATOS.
Foi em meio a esse crescimento e transformaes que surgiu afigura do Observador Comunitrio.
Suas poderosas lentes captaram (e continuam captando) ima-gens, sons e tudo mais que envolve nossas comunidades.
Nessa primeira edio alguns artigos que foram publicados aolongo desses anos no Campinarte Dicas e Fatos assinados pelo seufundador...
Huayrn Ribeiro
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TEXTOS, ARTIGOS E CRNICAS
PRESENTE DO PASSADO SEM FUTUROLDER COMUNITRIOCIDADO, VOC NO FOI DERROTADOJOAQUIM! JOAQUIM! JOAQUIM!A REALIDADE QUE NINGUM GOSTA DE NDIO!!!!NADA NA VIDA PARA SER TEMIDOAS MOEDAS MGICAS DO REIBASTA DESSA FALSA DEMOCRACIA!O ESTADO PEDE DESCULPAS E O POVO TEM QUE ACEITAR ASSIM QUE O POVO DANANO CONHEO NADA MAIS RESISTENTE QUE O POVOREPBLICA COM "JEITINHO" DE MONARQUIASALVE ANTIPATIA!O SONHO ROUBADOCOISA DE CRIANA... CAD? CAD?
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PRESENTE DO PASSADO SEM FUTURO
OBSERVATRIO COMUNITRIO - 6
Eu trabalho
Tu recebes
Ele gasta
Ns pagamos
Vs enriqueceis
Eles... continuam no poder
Eu voto
Tu s eleito
Ele toma posse
Ns nos ferramos
Vs sonegais
Eles... continuam no poder
Eu apanho
Tu bates
Ele rebate
Ns camos
Vs pisais
Eles... continuam no poder
Eu paro
Tu miras
Ele atira
Ns morremos
Vs filmais
Eles... continuam no poder
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O7 - OBSERVATRIO COMUNITRIO
LDER COMUNITRIO
O Campinarte no considera lder comunitrio aquele que se intitulacom tal o verdadeiro lder comunitrio tem que ser reconhecido pelasua comunidade como LDER.
O Campinarte no considera lder comunitrio aquele que veste a camisa de umpartido poltico; o Campinarte no considera lder comunitrio aquele que se lanacandidato ou apia (vereador, deputado, etc.).
O verdadeiro papel do lder comunitrio orientar e organizar a sua comunida-de em relao aos seus deveres e direitos. Caso contrrio esse pseudolder passa aser uma figura nociva para a sua comunidade.
Ningum pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. Quando algum quese apresenta como lder comunitrio age dessa forma no lhe resta alternativa seno a de abandonar as causas comunitrias.
Quando algum que se apresenta como lder age dessa forma, na verdade jassumiu o papel de Judas. A tendncia natural a comunidade ficar a deriva, semrumo. O pior que a comunidade s vai perceber isso quando for tarde demais.
Quando um lder comunitrio se vende, no lhe resta outro papel se no o detrair a sua comunidade.
As comunidades precisam sim de bons vereadores; bons deputados estaduais,federais, de bons senadores, precisam sim de um bom governador, um bom pre-sidente cada qual honrando o seu cargo; as comunidades precisam sim de de-mocracia plena.
S teremos bons polticos se tivermos bons lderes comunitrios.A ausncia do bom e verdadeiro lder comunitrio significa sinal aberto para os
oportunistas e enganadores.A ausncia do bom e verdadeiro lder significa condenar uma comunidade a
perambular sem honra, sem dignidade.E como dizia Gonzaguinha: sem a sua honra se morre se mata, no
d pra ser feliz.
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AA desinformao foi a responsvel pela deseducao que levou indisciplina,
desorganizao, desdoutrinao, desconstruo de uma sociedade inteira.No estou falando da derrota de um simples cidado e sim de uma so-
ciedade inteira.Cidado, voc no foi derrotado.A desinformao foi a responsvel pelo extermnio da tica, da moral, da serieda-
de e da honestidade de uma sociedade inteira.No estou falando da derrota de um simples cidado e sim de uma so-
ciedade inteira.A desinformao foi a responsvel pelo no cumprimento das leis, que levou
corrupo, que levou violncia, que levou morte, que levou impunidade eque elevou uma sociedade inteira categoria de criminosos.
Formamos uma sociedade de criminosos.Cidado, voc no foi derrotado.Fomos derrotados pelas nossas prprias ambies, pelas nossas mesquinhari-
as, pelo prazer de provocar (direta ou indiretamente) a infelicidade dos outros,fomos derrotados pela nossa prpria crueldade, pelos nossos preconceitos e dis-criminaes, pelas nossas crenas em tantos deuses e doutrinas e pelas nossasdevoes e f cega em tantas ideologias.
Fomos derrotados pelas nossas prprias oraes, nossas evocaes, nossasdepresses, fomos derrotados pelos nossos prprios fantasmas e pelos nossosprprios demnios.
Fomos derrotados por nossas prprias mentes pequenas.Fomos derrotados pela nossa prpria promiscuidade, pela nossa imo-
ralidade legalizada e por nossas perverses institucionalizadas.Cidado, voc no foi derrotado.Fomos derrotados pelo ar que nunca aprendemos a respirar...Fomos derrotados pela comida que nunca aprendemos a mastigar...Fomos derrotados pela gua que nunca aprendemos a beber...Fomos derrotados pelas crianas que nunca aprendemos a criar...Fomos derrotados pelos idosos que nunca aprendemos a respeitar...Fomos derrotados, homens e mulheres, porque nunca aprendemos o significa-
do da palavra amor.Cidado, voc no foi derrotado.No estou falando da derrota de um simples cidado, e sim de uma
sociedade inteira.
CIDADO, VOC NO FOI DERROTADO
OBSERVATRIO COMUNITRIO - 8
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H9 - OBSERVATRIO COMUNITRIO
Hoje dia 21 de Abril e eu gostariade escrever alguma coisa sobre umcerto Joaquim, no necessariamenteo Tiradentes, mas, um certo Joaquimque simbolizasse todos os Joaquins,Joss, Silvas e Xavieres (seria assimmesmo, Xavieres? Se no for, por fa-vor, me corrijam).
Eu gostaria de escrever sobre umcerto Joaquim que no se prendesses opinies da multido. Um Joaquimque viva a sua vida de acordo com asluzes que lhe chegam do alto porquea multido julga o lado exterior, o nti-mo s Deus conhece.
Eu gostaria de escrever sobre umcerto Joaquim que tivesse uma perso-nalidade prpria sabedor que de nadavaler o conhecimento de todas as cin-cias do mundo, de tudo que est fora dens, se no conhecermos a ns mesmos.
Um certo Joaquim cuja a vida sejacercada de amor e que no tenha pre-veno contra seus semelhantes.
Eu gostaria de escrever sobre um certo Joaquim que fosse capaz de vencer asbarreiras da separao, de aproximar criaturas, de solidificar amizades.
Eu gostaria de escrever sobre um certo Joaquim desperto para as verdadessuperiores que no se iluda com as conquistas fceis, com os prazeres transitrios,com as sensaes efmeras.
Um certo Joaquim que busque intensamente as coisas slidas e duradouras,espalhando alegria e otimismo, bondade e amor, que so as bases firmes e eternasda felicidade que jamais termina.
Joaquim! Joaquim! Joaquim!Que coisa, onde andar esse Joaquim?
JOAQUIM! JOAQUIM! JOAQUIM!
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NA REALIDADE QUE NINGUM GOSTA DE NDIO!!!!
OBSERVATRIO COMUNITRIO - 10
Ningum odeia mais os ndiosque povo brasileiro...
Ningum odeia mais os ndios que ogoverno brasileiro...
Ningum odeia mais os ndios que amdia brasileira...
Ningum odeia mais os ndios queas denominaes religiosas brasileiras edo exterior - eu disse todas...
Ningum odeia mais os ndios queas Ong's, associaes e fundaes bra-sileiras e do exterior....
O Brasil em relao ao cuidado comos ndios a maior farsa do mundo...
O ndio o inimigo til nmero 1 dosinteresses nacionais e internacionais, spor isso so mantidos "vivos"...
O capital nacional e o capital es-trangeiro, infelizmente (pra eles)
tem que engolir os ndios porque precisam deles para explorar, roubar,desviar, internacionalizar nossas riquezas...
J perdemos nosso territrio, faz tempo...J perdemos nossos ndios, faz tempo...J perdemos a vergonha, faz tempo...
J perdemos a moral, faz tempo...J perdemos a tica, faz tempo...
J perdemos a seriedade, faz tempo...J perdemos a honestidade, faz tempo...
J perdemos o respeito, faz tempo.No somos um povo, somos um amontoado de carneirinhos submissos, coni-
ventes e acomodados com essa tal de democracia recheada de assistencialismo,esmola e corrupo de toda ordem...
E Deus no tem nada com isso... Graas a Tup!
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M11- OBSERVATRIO COMUNITRIO
NADA NA VIDA PARA SER TEMIDO
Muitas pessoas tm medo de falar, de andar, de reclamar. Uns tm medo de sairde casa, outros tm medo de ficar em casa. O medo anda por a a solta. Tambmpudera: com tanta bala perdida, tanta violncia, tantas agresses, assaltos... Claroque o povo anda com medo e o medo anda com o povo. O pior que muitaspessoas andam reprimindo todo esse medo e a conseqncia do medo reprimido a grande autodestruio. O medo um cido que bombeado na atmosfera dealgum. Ele causa asfixia mental, moral e espiritual, e algumas vezes morte; mortepara a energia e todo crescimento. Ns no deveramos deixar que nossos medosnos impedissem de ter nossas esperanas. Quando se cede com medo do mal,sente-se j o mal do medo. Ns precisamos entender uma coisa: quase sempreprefervel perder pela fora a perder somente pelo medo da fora. A melhor manei-ra de espantar o medo enfrentando a situao de frente, encarando o medode frente. A felicidade maior do ser humano libertar-se do medo. Precisamosconfiar que o outro lado de todo medo a liberdade. nisso que temos queacreditar. Faa a coisa que receia e a morte do medo ser certa. Um dos grandessegredos dessa vida aprender a dominar o medo de cada dia.
E outro grande segredo que nada na vida para ser temido. Masapenas para ser entendido.
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EAS MOEDAS MGICAS DO REI
OBSERVATRIO COMUNITRIO - 12
Era uma vez um lugar muito distante. Um lugar que fica muito, mas muitolonge mesmo.
Nesse lugar (que faz lembrar um samba enredo de Carnavais do passado),tudo era fantasia, tudo era iluso, quanta alegria que fascinao. Tudo parecia real,tudo. Tudo parecia felicidade, tudo.
O rei desse lugar era ao mesmo tempo um grande mago que ao invs de umavarinha de condo, para realizar os seus truques ele se utilizava de outro instru-mento to poderoso ou mais, as suas moedas mgicas.
Esse grande rei conseguia tudo o que ele queria com as suas moedas mgicas.Se, por exemplo, o povo comeasse a reclamar que estava com fome o rei pega-va uma de suas moedas mgicas e logo, logo, todas as emissoras de televiso,jornais, revistas publicavam que o povo estava comendo mais e melhor e o povoenfeitiado por essa magia mesmo desnutrido, fraco, debilitado parava de recla-mar e antes de morrer de fome aclamava: Viva o Rei! Viva o Rei!
O mesmo acontecia na sade. Bastava o povo comear a reclamar dasfilas nos hospitais, da falta de mdicos e do alto ndice de pacientesinfectados por isso ou aquilo o rei mais que depressa pegava uma desuas moedas mgicas e os institutos de pesquisas de l e (como sempre)toda a grande mdia apresentava dados favorveis a poltica de sade dorei e o povo enfeitiado por essa magia mesmo desnutrido, fraco,infectado, doente, debilitado parava de reclamar e antes de morrer peloscorredores desses mesmos hospitais aclamava: Viva o Rei! Viva o Rei!
Nesse lugar muito distante. Um lugar que fica muito, mas muito longe mesmo.Nesse lugar (que faz lembrar um samba enredo de Carnavais do passado), tudoera fantasia, tudo era iluso, quanta alegria que fascinao. Tudo parecia real,tudo. Tudo parecia felicidade, tudo.
O rei que tambm era um grande mago, graas as suas moedas mgicas noteve grandes dificuldades para seduzir e enfeitiar uma boa parte do segmentoreligioso que movidos por uma ambio desvairada tornara-se cmplice dessetirano que em troca exigia apenas que (esses lderes) mantivessem suas ovelhassob total controle.
E essas ovelhas submissas a esses lderes enfeitiados pelo grande monarca esuas moedas mgicas mesmo desnutridas, fracas, infectadas, doentes, debilitadas,desinformadas, deseducadas por uma doutrina s avessas que pregava a acomo-dao e o conformismo conscientemente aclamavam: Viva o Rei! Viva o Rei!
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13 - OBSERVATRIO COMUNITRIO
Esse grande monarca conseguiu ma-ravilhas graas as suas moedas mgicas.Agiu da mesma forma na educao, nasegurana, transportes, etc.
O seu reino aos olhos do mundo erarealmente o pas das maravilhas.
Esse pas no tinha dvida exter-na e nem tinha dvida interna, gra-as s moedas mgicas. Viva o Rei!Viva o Rei!
O povo desse reino encantadoacreditava (mesmo) que o seu reibondoso e generoso emprestava di-nheiro ao FMI para ajudar a outrasnaes que necessitassem de ajuda,graas s moedas mgicas. Viva oRei! Viva o Rei!
Esse pas era soberano e seu ter-ritrio no era entregue a especula-o do empresariado, graas s mo-
edas mgicas: Viva o Rei! Viva o Rei!Esse pas no era explorado por Organizaes interessadas em internacionalizar
suas florestas e sua biodiversidade, graas s moedas mgicas: Viva o Rei! Viva o Rei!Nesse pas maravilhoso todas as estradas (de norte a sul) mais pareciam um
tapete, graas s moedas mgicas: Viva o Rei! Viva o Rei!Tudo parecia real, tudo. Tudo parecia felicidade, tudo.Era uma vez um lugar muito distante. Um lugar que fica muito, mas
muito longe mesmo.Nesse lugar (que faz lembrar um samba enredo de Carnavais do pas-
sado), tudo era fantasia, tudo era iluso, quanta alegria que fascinao...Graas a um Rei e suas moedas mgicas Viva o Rei!
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ABASTA DESSA FALSA DEMOCRACIA!
A grande mdia com seus boletins (des) informativos e propagandasenganosas est fazendo a festa cobrindo e encobrindo aes do terro-rista Estado Brasileiro que coloca contra a populao o trfico de dro-gas, a milcia, a polcia e as foras armadas.
Chegamos a essa situao graas a conivncia de falsas lideranas co-munitrias que pela bagatela de trinta dinheiros venderam suas comuni-dades ou em troca de uma colocao na prefeitura ou no governo esta-dual e at mesmo uma boquinha no governo federal. Muitos foram alm:lanaram suas prprias candidaturas vereador, deputado estadual, fe-deral e at a senador, acredite se quiser.
O Estado pulverizou Brasil a fora uma penca de ONGs, Fun-daes, Associaes e Igrejas transformando-as em verdadei-ras usinas de obras sociais de fachada porque na realidade sservem para lavagem de dinheiro.
O Estado ainda tem um pouco de fora porque de tempos em tempostemos eleies, com certeza, uma das maiores farsas brasileiras.
Est mais que provado que esse sistema est falido, est podre, nofunciona, pelo menos para o eleitor. Essa farsa chamada eleies s be-neficia aquele que eleito. O voto s serve para quem eleito.
O Estado criminoso, cruel e desumano promove (sempre depois deeleito) uma srie de desservios contra aqueles que o colocaram no po-der: fecham hospitais, escolas que no instruem, transportes que nochegam, desemprego, falta de saneamento bsico e tudo mais que pos-sa desestabilizar a populao, tudo que possa tirar a tranqilidade doeleitor que s tratado com cidado em poca de eleio.
O que temos que questionar esse sistema eleitoral que no funcio-na, vejam: o legislativo no passa de um cabo eleitoral de luxo do exe-cutivo e mais quem legisla o executivo que trata a populao comomarionetes cujos cordes so esses parlamentares que tambm nopassam de bonecos nas mos de prefeitos, governadores e at mes-mo do presidente (a) da repblica.
O Estado conta com uma poderosa rede de cmplices para traba-lhar e manter esse sistema de coisas. No tivemos um registro de qual-quer tipo de ao criminal durante a ltima campanha eleitoral. Isso
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no mnimo muito estranho.O Estado conta com uma poderosa rede de cmplices: grandes em-
presas nacionais e internacionais, a grande mdia, ONGs, Fundaes, As-sociaes, Igrejas, trfico de drogas, a milcia, polcia e as foras arma-das... Tudo contra o povo.
Tudo contra um povo que trabalhador, tudo contra um povo que ordeiro, tudo contra um povo que faz de tudo para andar conforme a lei.
Ateno: um dia essa massa vai se revoltar... Um dia essa massa vaireagir... Um dia essa massa vai cobrar... Um dia essa massa vai querer oque seu de fato e de direito... Um dia essa massa vai dizer no a essesistema... Um dia essa massa vai gritar: BASTA DESSA FALSA DEMOCRA-CIA!... E esse dia parece no estar muito longe.
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O ESTADO PEDE DESCULPAS E O POVO TEM QUE ACEITAR
OBSERVATRIO COMUNITRIO - 16
O Estado desinforma e pede desculpas...O Estado deseduca e pede desculpas...O Estado desemprega e pede desculpas...O Estado debilita e pede desculpas...O Estado deprime e pede desculpas...O Estado oprime e pede desculpas...O Estado abusa e pede desculpas...O Estado negligencia e pede desculpas...O Estado corrompe e pede desculpas...O Estado frauda e pede desculpas...O Estado prostitui e pede desculpas...O Estado estupra e pede desculpas...O Estado rouba e pede desculpas...O Estado trafica drogas e pede desculpas...O Estado prende e pede desculpas...O Estado tortura e pede desculpas...O Estado humilha e pede desculpas...O Estado condena e pede desculpas...O Estado mata e pede desculpas...E o povodesinformado, deseducado, desempregado, debilitado, deprimido, oprimido,
abusado, negligenciado, corrompido, fraudado, prostitudo, estuprado, roubado,drogado, preso, torturado, humilhado, condenado e morto tem que ACEITAR.
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17 - OBSERVATRIO COMUNITRIO
ASSIM QUE O POVO DANA
Uma rua aqui uma criana aliUma igreja l e o sexo acolE a mdia no meio...Uma criana aqui um traficante aliUm poltico l uma igreja acolE o sexo no meio...O sexo aqui uma ONG aliUm traficante l e a milcia acolE a igreja no meio...Um traficante aqui a milcia aliA polcia l a criana acolE o poltico no meio...Um poltico aqui um traficante aliA mdia l e a polcia acolE uma fundao no meio...Uma ONG aqui uma associao aliUma criana l a mdia acolE o traficante no meio...Uma fundao aqui um poltico aliUma ONG l uma igreja acolE a milcia no meio...Uma ONG uma associaoUma fundao uma igrejaUm poltico a mdiaO traficante a milciaA polcia o sexoE uma criana no meio...Morta...
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NNO CONHEO NADA MAIS RESISTENTE QUE O POVO
No conheo nada nesse mundo mais resistente que o povo. No acredito quehaja no universo alguma coisa mais resistente que o povo.
O povo no quebra (enverga), mas no quebra, o povo resiste.O povo submetido a todas as modalidades de perverses com requintes de
crueldades e continua ali, firme e forte, resistindo.O povo empurrado morro acima para despencar morro abaixo nas primeiras
chuvas e em meio aos cacos e trapos coberto de lama e de barro o povo ressurgeintacto, ileso, inteiro, para desespero de seus algozes.
O povo (penso eu) imortal. O povo no quebra (enverga), mas no quebra,o povo resiste.
O povo empurrado ladeira abaixo para ser mandado para o andar de cima etentam de tudo para extermin-lo: susto, bala e vcio, mas no adianta porque opovo resiste.
No conheo nada mais resistente que esse tal de povo que na verdade toresistente quanto teimoso.
Com o povo ningum pode: nem trombada de trem e nem catinga de bode(no sei de onde tiraram esse ditado), mas faz sentido.
O povo resiste (inclusive) s vrias tentativas de envenenamentos seja na ali-mentao ou na gua e at mesmo no ar que respira, o povo imortal.
Acidentes de trnsito, barcas, trens e avies o povo tira de letra.Assim como nem s de po vive o povo, tambm nem s com armas luta
ele, alis, a principal arma do povo a sua infinita sabedoria na arte da sobre-vivncia. O povo enfrenta sozinho com a cara e a coragem o Estado muitobem armado com o seu exrcito (O exrcito o partido que o povo paga earma contra si mesmo) assim como a polcia, a milcia e o trfico de drogasque mais uma extenso do Estado que tem o povo como o seu inimigo(til) nmero 1. E mesmo assim o povo no tomba, o povo resiste, o povono quebra (enverga), mas no quebra.
O povo vive constantemente em perigo porque perigoso estar certo quandoo governo est errado.
O povo enverga, mas no quebra. No acredito que haja no universo algumacoisa mais resistente que o povo.OBSERVATRIO COMUNITRIO - 18
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A19 - OBSERVATRIO COMUNITRIO
A nossa Repblica tem a cara, o jeito e os trejeitos da velha Monarquia...At o gerente do pas em seus devaneios etlicos age como se fosse o
Rei do Brasil...Tem at os bobos da corte (o povo)...O Brasil tem rei pra tudo: Rei do Futebol, Rei da Jovem Guarda, o Rei dos
Pastis...E rainha?A Rainha de Bateria, a Rainha das Padarias, a Rainha das Quadras, a Rainha
disso, a Rainha daquilo...A nossa Repblica tem a cara, o jeito e os trejeitos da velha Monarquia...At o gerente do pas em seus devaneios etlicos age como se fosse o
Rei do Brasil...Tem at os bobos da corte (o povo)...Tem o Rei da Coca, o Rei da Cocada Branca, o Rei da Cocada Preta...No poderiam faltar os castelos, certo?Castelo dos Sonhos, Castelo Encantado, Castelo de Cartas...A nossa Repblica tem a cara, o jeito e os trejeitos da velha Monarquia...Tem rei, rainha, bobos e castelos para todos os gostos...At o gerente do pas em seus devaneios etlicos age como se fosse o
Rei do Brasil...O Brasil tem rei pra tudo: o Rei das Tintas, o Rei Momo, o Rei da Baixada
Fluminense...Pensando bem, o Brasil na verdade (na prtica), tem uma Monarquia disfarada
de Repblica...Uma monarquia com algumas adaptaes republicanas. Com certeza, deve ser
para no dar na pinta...Mas que no Brasil a Repblica tem um jeitinho de Monarquia... Isso tem!Tem at os bobos da corte (o povo)...At o gerente do pas em seus devaneios etlicos age como se fosse o
Rei do Brasil...
REPBLICA COM "JEITINHO" DE MONARQUIA
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ESALVE ANTIPATIA!
OBSERVATRIO COMUNITRIO - 20
Eu vejo com muita simpatia a profisso de artista. Eu sonhava em ser artista.Se houvesse uma simpatia que eu pudesse fazer para me transformar num gran-de arista, minha nossa! Seria maravilhoso! Gosto do Bem Jor quando sada asimpatia: Salve simpatia!
Se bem que tem artista por a precisando mesmo de uma simpatia para setornar simptico. Nem todos os artistas so simpticos.
Na verdade o que eu no vejo com muita simpatia so as simpatias. Se elasfuncionassem mesmo...
Simpatia no a mesma coisa que beleza, embora seja uma beleza ser bonito esimptico. Seria juntar a fome com a vontade de comer (no sei por que eu noacho esse dito popular muito simptico).
Por ironia do destino, eu que sonhava ser artista (e um artista simptico) acabeime tornando uma pessoa antiptica porque sempre trabalhei tentando fazer acoisa certa. Sempre trabalhei tentando de todas as formas seguir as regras, ler asbulas, observar os estatutos, cumprir as leis e pagar os meus impostos como todoe qualquer bom cidado. Procurei (e procuro) andar no que eu chamo de cami-nho da verdade. Infelizmente acabei descobrindo que para o atual sistema emque vivo no existe nada mais antiptico. E justo eu que sonhava em ser umartista (e um artista simptico).
Ser simptico e agradvel implica necessariamente em ver ouvir e ca-lar. Sou simptico quando olho e no vejo as mazelas os desmandos adeseducao o desservio.
Sou simptico quando escuto e no ouo as baixarias dos polticos ou da progra-mao da televiso ou das msicas que tocam nas rdios e outras aberraespelas ruas. Sou simptico quando consinto com certos conceitos de modernidadeque ditam, por exemplo, que vale tudo para se alcanar certo objetivo.
Sou simptico quando pego a tica e a moral e mando as favas. Sou simpticoquando dou o meu jeitinho.
Sou simptico quando promovo ou apoio essa inverso de valores. Sou simp-tico se no for muito inteligente, culto e principalmente se no tiver bom gosto.Sou simptico a partir do momento que passe a desvalorizar o ser humano acomear (evidentemente) por mim.
Perdoe-me Bem Jor, mas vou saudar a antipatia.Salve antipatia!
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21 - OBSERVATRIO COMUNITRIO
Prefiro saudar a todos os antipticos que botam a boca no trombone, que nose calam diante das injustias e trabalham por um mundo melhor.
Salve antipatia!Salve todos os antipticos que primam pela famlia pelos bons hbitos e pelos
bons costumes.Salve antipatia!Salve os antipticos trabalhadores que com seus salrios miserveis tentam
levar uma vida digna e honrada.Salve antipatia!E sado todos os antipticos que entendem que s atravs da educao
faremos uma grande nao. Sado principalmente aquele antiptico que disse:todo pas que se prope fazer da educao um meio de comrcio no sepode esperar nada dele.
Tem gente por a precisando mesmo de uma simpatia para se tor-nar simptico. O que eu no vejo com muita simpatia so as simpatias.Se elas funcionassem mesmo...
Salve antipatia!
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UO SONHO ROUBADO
OBSERVATRIO COMUNITRIO - 22
Um menino corria e chorava copiosamente. Entre soluos e lgrimas ele dizia -roubaram o meu sonho, roubaram o meu sonho!.
Um homem que passava no se conteve de curiosidade e perguntou para omenino - Roubaram o que de voc? O menino respondeu - Roubaram o meusonho, moo, roubaram o meu sonho!
Mas como assim, roubaram o seu sonho? Insistiu o homem.O menino - Moo, pelo amor de Deus, o senhor ainda no entendeu? Rouba-
ram o meu sonho! O meu soooonho! Entendeu agora?Muito bem! O que que tinha nesse seu sonho? Perguntou o homem. O meni-
no prontamente respondeu - tinha uma praa e nessa praa um coreto e nocoreto uma banda. Na praa tinha tambm muitos bancos e muitos casais denamorados. Tinha o moo da pipoca eu me lembro que tinha tambm um jardimcom muitas flores que os namorados arrancavam para dar para as suas namora-das. Eu brincava com as outras crianas no balano, mas agora eu no tenhomais nada, moo. Roubaram o meu sonho e tudo isso estava nele. E agora? Osenhor por acaso no viu o meu sonho por a?
O homem ficou meditando naquelas palavras e aps alguns instantes olhoupara um lado e para o outro e o menino j havia desaparecido. Ele pensando emvoz alta disse - ser que quem roubou o sonho voltou e roubou tambm o meni-no e eu nem percebi?
Estou comeando achar essa cidade muito perigosa.
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S23 - OBSERVATRIO COMUNITRIO
COISA DE CRIANA... CAD? CAD?
Seu vereador... Seu prefeito... Seu deputado... Seu governador... Seusenador... Seu presidente...
Cad o dinheiro que seria gasto no saneamento bsico?Foi gasto na campanha eleitoral, menino!Cad o dinheiro que seria gasto na sade?Foi gasto na campanha eleitoral, menino!Cad o dinheiro que seria gasto na educao?Foi gasto na campanha eleitoral, menino!Cad o dinheiro que seria gasto nas contenes de encostas?Foi gasto na campanha Eleitoral, menino!Cad o dinheiro que seria gasto na preveno das enchentes?Foi gasto na campanha Eleitoraaaal, menino!Cad o dinheiro que seria gasto com a limpeza e dragagem dos rios?Foi gasto na campanha Eleitoraaaaal, menino!Cad a estrada que passava aqui?Foi encoberta pelo rio, menino!E a casa que ficava ali?Est debaixo dgua, menino!
Seu vereador... Seu prefeito... Seu deputado... Seu governador... Seusenador... Seu presidente... E a famlia que morava nela?
Que garoto chato! Faz cada pergunta... Eu sei l...!
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OBSERVATRIO
COMUNITRIO
HUAYRN RIBEIRO