7/25/2019 Oamorentreagente-ViniciusdeMoraes

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O AMOR ENTRE A GENTE

Por

BRUNO COSENTINO

Aluno do Curso de Doutorado em Literatura Brasileira

(Programa de Vernulas!

Tra"al#o a$resentado ao $ro%essor S&rgio 'esteira

no urso )Estudo monogr%io de autores*

+digo LEV ,-./

0auldade de Letras da U0R11 semestre de 2015

No li2roPerformance, recepo, leitura Paul 3umt#or de%ende a ideia de 4ue na origem

da esrita est o or$o/ O te5to seria $ortanto um meio no 4ual a inter2en67o or$oral so" a

%orma de uma o$era67o 2oal 8 %oi %i5ada em palavras/ Para ele no entro dessa 4uest7o est

a no67o de $er%ormane/ Di9 ele:

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; $r+$rio da situa67o oral 4ue transmiss7o e ree$67o a< onstituam um ato =nio de$artii$a67o o$resen6a esta gerando $ra9er/ Esse ato =nio & a $er%ormane/ (///! Na situa67o deleitura (///! ela & uma 2is7o de segundo grau: o sentido 2isual do leitor ser2e>l#e $ara deodi%iar o4ue %oi odi%iado na esrita o$era67o di%erente da 2is7o omum (in%ormadora!/ ? deerto

2isualidade nos dois asos@ em am"os o ner2o +$tio %uniona@ mas a o$era67o mental & muitodi%erente/

Continua:

A di%eren6a essenial entre os dois modelos de omunia67o 4ue elas reali9am reside em 4ue emsitua67o de oralidade $ura se mant&m de momento a momento uma unidade muito %orte da ordemda $ere$67o/ Todas as %un6es desta (ou2ido 2ista tato! a intele67o a emo67o se a#ammisturadas simultaneamente em ogo de maneira dramtia 4ue 2em da $resen6a omum doemissor da 2o9 e do ree$tor auditi2o no seio de um om$le5o soiol+gio e irunstanial =nio/A situa67o de $ura esritura>leitura (situa67o e5trema e 4ue $aree #oe ada 2e9 menos

om$reens

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entre emissor e ou2inte um outro nmusial!/

Ter o or$o omo $ro$ulsor da ria67o $o&tia signi%ia di9er 4ue ela se torna menos

inteletual e mais sensual uma 2e9 a"erta aos ino sentidos no tem$o e no es$a6o 8 essa & a

1)eu n7o 4ueria me re$etir omo $oeta e a an67o deu>me uma grande a"ertura (///!*

2)Era uma insatis%a67o min#a 2eri%iar 4ue a $oesia em li2ro atingia um n=mero t7o redu9ido de $essoas/ A4uele $e4uenoretngulo do li2ro & limitador do $onto de 2ista de omunia67o/ Edi6es de M mil e5em$lares n7o re$resentam muito em"ora eun7o $ossa me 4uei5ar sou um $oeta 4ue 2ende "em*/

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gHnese da $er%ormane/ Assim a urgHnia de real em Viniius se d on2oando o $r+$rio or$o

a67o (tanto soialmente omo riati2amente! e ao mesmo tem$o em 4ue se a"re s sensa6es a

materialidade da $ala2rasom gan#a rele2nia a"rindo es$a6os $ara um e5se somente o"ra musial (ou

sea ao uni2erso da $rodu67o de $resen6a musial! $ode>se notar di%eren6as laras $ara

om$arar somente dois e5em$los entre as $rimeiras $arerias om Tom 1o"im do l"um Orfeu

da Conceioe as $arerias om Baden Poell dGOs afro-sambas8 & "om notar 4ue essas

an6es %oram om$ostas a $artir de um m=tuo enantamento tanto de Baden 4uanto de Viniius

$elos "atu4ues de andom"l&@ & signi%iati2a a a$ro5ima67o de Viniius om a religi7o de

origem a%riana 2isto 4ue a religiosidade ad4uirida em sua %orma67o antes de ser negada %oi

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desloada $ara entre outras 9onas de mist&rio uma religi7o ritualse a an67o )Se todos %ossem iguais a 2oH*:

Vai tua 2idaTeu amin#o & de $a9 e amorA tua 2ida; uma linda an67o de amorA"re os teus "ra6os e antaA =ltima es$eran6aA es$eran6a di2inaDe amar em $a9

Se todos %ossemIguais a 2oHue mara2il#a 2i2erUma an67o $elo ar

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Uma mul#er a antarUma idade a antar a sorrir a antar a $edirA "ele9a de amarComo o sol omo a %lor omo a lu9Amar sem mentir nem so%rer

E5istiria a 2erdadeVerdade 4ue ningu&m 2HSe todos %ossem no mundo iguais a 2oH/

Est re$leta de reursos lmusiais (arater

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Vou me asar om o meu lindo amorNo %undo do marVou me asar om o meu lindo amorNo %undo do mar

N#em n#em n#em; onda 4ue 2aiN#em n#em n#em; onda 4ue 2emN#em n#em n#em; a 2ida 4ue 2aiN#em n#em n#emN7o 2olta ningu&m

Jenina "onita 4ue %oi $ara o marJenina "onita 4ue %oi $ara o marDorme meu "em

ue 2oH tam"&m & IemanDorme meu "emue 2oH tam"&m & Ieman

De $ronto $ode>se notar as onomato$&ias )N#em n#em n#em* $ontuando a an67o do

in

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? uma 2ol=$ia 4uase ruel no F2ai 2ai 2ai 2aiG 4ue anteede o re%r7o de )Canto de Ossan#a*/Essa re$eti67o %or6osa insistente tranada em uma =nia nota em tudo di%ere da "ossa do )2ai 2ai2ai 2ai 2ai* de )S+ dan6o sam"a* %eita om 1o"im onde as $ala2ras seguem um %luidomo2imento desendente desre2endo um $ouso maio/ Os )2aiGs* do FCanto de Ossan#aG%unionam antes omo um em$urr7o na dire67o dos 2er"os )amar* )so%rer* e )#orar* 2er"osseundados $or 2o9es %emininas 4ue um$rem um $a$el semel#ante ao dos oros da trag&dia grega:

antar o destino dos #omens/ Alegria triste9a $ra9er so%rimento amor dor 2ida e morte: tudo 2emunto/

Ainda $ara o ensa

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REFERNCIAS BIBLIOGFICAS

'UJBREC?T ?ans Ulri#/ Produo de presena o 4ue o sentido n7o onsegue transmitir/Rio de 1aneiro: Contra$onto: Ed/PUC>Rio K../

COSTA Paulo da/ Da $oesia an67o: notas so"re o Viniius de Joraes letrista/ In: JORAESViniius de/!ivro de letras"S7o Paulo: Com$an#ia das letras K.M/

WWWWWWWW/ #inicius de $oraes - %ncontros/ CAJPOS Simone@ CO?N S&rgio (OR'/!/ Rio de1aneiro: Beo do A9ougue K..X/

SONTA' Susan/ Contra a interpretao" Porto Alegra: LYPJ Z,X/

3UJT?OR Paul/&ntroduo ' poesia oral/ Belo ?ori9onte: Editora U0J' K../

WWWWWWWW/Performance, recepo, leitura/ S7o Paulo: Cosa Nai%[ K.-/