O CICLO PDCA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO NA EDUCAÇÃO … · 2016. 3. 25. · O CICLO PDCA COMO...

O CICLO PDCA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Maig Hora Montel

(UFF)

Resumo: A reciclagem reduz a quantidade de lixo, liberando um espaço precioso nos aterros sanitários. Reduz também o consumo de energia necessário à fabricação de novos componentes, ajudando, portanto, a reduzir a poluição e a diminuir a exploração de recursos naturais. Torna-se evidente a importância de modificar os atuais padrões de produção, consumo e, principalmente a gestão de resíduos. Este trabalho tem como objetivo geral medir os resultados de uma organização, discutindo suas principais questões atuais e, propor a utilização do Ciclo PDCA como ferramenta para gestão na Educação Ambiental. A pesquisa é do tipo descritiva e a metodologia utilizada fundamenta-se em estudo e análise de literatura especializada, e em estudos integrados da relação sociedade, cultura e meio ambiente. Além de vasta revisão da literatura em artigos, manuais, apostilas, livros, dissertações e legislações pertinentes ao tema aqui abordado. Obtêm-se resultados satisfatórios tais como: diminuição da produção de resíduos, geração de renda, estímulo da preservação e conservação dos recursos naturais e, geração de conhecimento que efetivamente contribui para sustentabilidade do meio em vivemos.

Palavras-chaves: Resíduos Sólidos, Reciclagem, Meio Ambiente e Educação Ambiental

ISSN 1984-9354

X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014

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1-Formulação da situação problema

A geração e o acúmulo de resíduos, assim como o seu destino final, constituem atualmente um

dos piores problemas ambientais. Os aterros sanitários não têm mais capacidade para tantos

resíduos e os sistemas de coleta tradicionais começam a entrar em colapso. A destinação do lixo é

um problema constante em quase todos os municípios. Os "lixões" continuam sendo os destinos

da maior parte dos resíduos urbanos produzidos no país, com graves conseqüências para saúde,

meio ambiente e, conseqüentemente para a qualidade de vida da população.

Mesmo nas cidades que implantaram aterros sanitários, o rápido esgotamento de sua vida útil

mantém evidente o problema desses resíduos. A situação exige soluções para a destinação final do

lixo. Dessa forma, entendemos que reduzir o desperdício, reciclando e reutilizando o material

descartável, é uma das maneiras de se contribuir para economizar energia e poupar os recursos

naturais e, conseqüentemente, preservar o meio ambiente.

A reciclagem, como um dos aspectos de proteção ambiental, reduz o consumo de matérias-primas

não renováveis, diminuindo a depredação dos recursos naturais e desafogando os aterros

sanitários das grandes cidades.

Hoje, mais do que nunca, tornou-se fundamental a mudança de hábitos e das formas viciadas de

produção, pois não há mais como ignorar os limites de capacidade de suporte do planeta, já

gravemente comprometidos pelas ações antrópicas. E, é nesse contexto que a educação ambiental,

principalmente no âmbito escolar, tem papel importante, pois transmite conhecimentos e

informações que contribui para a formação de cidadãos mais conscientes da problemática

ambiental, o que implica em mudanças de atitudes e, motivação para agir em prol do meio

ambiente.

2-Objetivo

Este trabalho tem como objetivo geral, medir os resultados da Verde Art’s utilizando o Ciclo PDCA,

como ferramenta de gestão na Educação Ambiental. E, para tal abordaremos os seguintes

processos:

Identificação de causas prováveis de problemas organizacionais, monitorando seus processos;


3

Apresentação dos principais conceitos de educação ambiental e desenvolvimento

sustentável;

Apresentação da classificação dos tipos de resíduos;

Identificação das práticas de educação ambiental adotadas pelas escolas, objeto desse

estudo.

3-Método

Para realização desta pesquisa foi utilizado vasta leitura sobre o meio ambiente e, foram

selecionados para o trabalho autores consagrados que melhor explicam o tema em questão. A

pesquisa é do tipo descritiva e a metodologia fundamenta-se no estudo e análise de literatura

especializada e em estudos integrados da relação sociedade, cultura e meio ambiente, fornecendo

subsídios adequados para o seu desenvolvimento.

Como fonte de informação, realiza-se uma revisão da literatura em artigos, periódicos, manuais, apostilas, livros e

dissertações, além de legislação pertinente à pesquisa com intuito de compreender os aspectos relacionados ao

gerenciamento dos resíduos sólidos, aqui definidos.

Foram realizadas visitas nos estabelecimentos escolares no Município de São Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro, a

fim de fazer um levantamento bibliográfico e organizar dados para análise e discussão da problemática sócio-

ambiental da comunidade escolar e local.

4- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1- Histórico da Educação Ambiental

1968 – Em Roma, um grupo de cientistas e empresários reúnem-se com o objetivo de tentar

encontrar novos caminhos para a questão do desenvolvimento econômico. Esse grupo ficou

conhecido como Clube de Roma e as propostas resultantes desse encontro foram publicadas em

livro que causou polêmicas, intitulado: Limites do Crescimento. Entre os assuntos abordados, a

necessidade de informar melhor os cidadãos sobre a questão ambiental, foi considerada

fundamental como parte da estratégia de preservação dos recursos naturais.


4

1972 – Em Estocolmo, Suécia, acontece o primeiro encontro mundial sobre o tema “ambiente

humano,” reunindo representantes de 113 países, inclusive do Brasil. As conclusões da

Conferência da ONU sobre Ambiente Humano foram publicadas em um documento com dezenas

de recomendações, entre elas a de que se deve educar o cidadão para a solução dos problemas

ambientais.

1975 – Em Belgrado, a UNESCO realiza a primeira reunião mundial de especialistas em

educação, biologia, geografia, história, entre outros, dedicada especificamente à Educação

Ambiental. Essa reunião deu origem ao documento conhecido como “Carta de Belgrado”, na qual

podemos ler:

Devem ser lançadas as bases para um programa mundial de educação ambiental que possa tornar possível

o desenvolvimento de novos conhecimentos e habilidades, valores e atitudes, visando à melhoria da

qualidade ambiental e, efetivamente, a elevação da qualidade de vida para as gerações futuras.

1977– Em Tbilisi, na Geórgia, acontece a Primeira Conferência Intergovernamental sobre

Educação Ambiental, promovida pela UNESCO e pelo Programa da ONU para o Ambiente

(PNUMA). O documento final denominado “Declaração de Tbilisi” constituiu um ponto de

partida para implantação de Programas Nacionais de Educação Ambiental. No Brasil, escolas e

entidades adotam programas, algumas universidades criam cursos de pós-graduação.

A Educação Ambiental tem sido muito discutida em nível mundial e local, resultando em

documentos relevantes para a visibilidade da questão. A Conferência de Tbilisi (1977) a defini

como:

Um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência de seu meio ambiente

e adquirem o conhecimento, os valores, as habilidades, as experiências e a determinação que os tornam

aptos a agir - individual e coletivamente - a resolver os problemas ambientais.

Por ocasião da Rio/92 foram produzidos três documentos importantes para a validação da

Educação Ambiental no âmbito internacional: Agenda 21 (elaborada pelos chefes de estado), o

Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis Responsabilidade Global

(elaborado pelo Fórum Global, realizado paralelamente por ONGs de todo o mundo) e a Carta

Brasileira de Educação Ambiental (elaborada pela coordenação do MEC).

No Brasil, a Lei 9.795 de 27/04/99, dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política

Nacional de Educação Ambiental, que é definida como:


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Processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,

habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do

povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Os princípios básicos são: enfoque humanista e participativo; concepção do meio ambiente em

sua totalidade; pluralidade de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva inter, multi e

transdisciplinaridade; vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;

garantia de continuidade e permanência do processo educativo; abordagem articulada das

questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; reconhecimento e respeito à pluralidade

e a diversidade individual e cultural.

1988 – A Constituição Brasileira contempla a Educação Ambiental com ênfase e amplitude:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum e essencial à sadia

qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para

as presentes e futuras gerações..

1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: (...) VI – Promover a Educação

Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio

ambiente....

1992 – PNUMA (CNUMAD), mais conhecida como Rio-92, dezenas de países analisaram e

debateram propostas de educação ambiental. No Fórum Global, paralelo à conferência oficial, foi

aprovado o “Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis”. Já no capítulo 36 do

documento oficial da ONU, a AGENDA 21 e a Educação Ambiental estão presentes, como

resultado de tenaz e persistente história. Nesta conferência foi também formalizada a Carta

Brasileira para Educação Ambiental, como resultado de uma ampla discussão organizada pelo

MEC.

1997 – Comemorou-se os 20 anos da conferência de Tbilisi, na qual se reconheceu o ensino

formal como um dos eixos centrais da Educação Ambiental, ficando mais destacado o papel do

professor nesse contexto e da escola que passou a ser considerada um centro de formação em

Educação Ambiental.

Na década de 1990, houve um grande avanço legislativo na área ambiental, com a aprovação de

várias leis como a dos Crimes Ambientais (Lei n.º 9.605 de 12/02/98) e a da Política Nacional de


6

Educação Ambiental: Lei n.º 9.795 de 27/04/99, regulamentada pelo Decreto Nº. 4.281, de 25 de

junho de 2002.

Embora a Educação Ambiental seja definida nestes documentos como um processo dinâmico

integrativo, transformador, participativo, abrangente, globalizador, permanente e

contextualizador, há um aspecto que é praticamente escamoteado nestas definições. Trata-se de

conceber a Educação como um instrumento no processo de gestão ambiental, postulando-se a

necessidade de criação de espaços democráticos de exercício do poder de gestão. Tal concepção

implicaria em se desenvolver formas de compartilhamento com as populações locais, envolvidas

nas questões ambientais, de informações necessárias à compreensão da complexidade dessas

questões. Neste sentido, ainda nos deparamos com um discurso fragmentado e uma visão

compartimentada sobre os potenciais transformadores de um processo educativo da sociedade que

possa ser utilizado como instrumento viabilizador da gestão ambiental, que muitas vezes

inviabiliza essa construção. A educação ambiental busca um novo ideário comportamental, tanto

no âmbito individual, quanto coletivo. Deve gerar conhecimento e, necessariamente, criar valores,

numa integração entre pais, estudantes, professores e comunidade. Mas o que são esses valores? È

essencial que os alunos e professores possam vivenciar esses valores. Podemos citar exemplos. A

vontade de melhorar a qualidade da vida humana é um valor importante. A solidariedade também.

O respeito à vida é um valor básico. Seu exercício impede, por exemplo, que alguém concorde

com a exploração e a degradação da vida humana ou a degradação dos ecossistemas naturais, ali

vivem milhares de espécies, todas com direito à vida. A natureza é essencial para as gerações

atuais e futuras. Esse é outro valor vital, que o homem precisa conhecer e adquirir.

A educação Ambiental, formal (em nível escolar) e informal (práticas educativas que envolvam a

comunidade na preservação do meio ambiente), como preceitua a Lei n° 9.795, de 27 de abril de

1999, deve ser conduzida desde a infância, e ter continuidade pela vida inteira, fortalecendo o elo

entre o ser humano e o meio ambiente em que vive, desenvolvendo valores e responsabilidade

ambiental desde cedo. É preciso que as pessoas tomem conhecimento (e reconheçam) da

existência de uma interdependência vital, entre as espécies que integram o ambiente. Os

princípios básicos são: enfoque humanista e participativo; concepção do meio ambiente em sua

totalidade; pluralidade de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva inter, multi e

transdisciplinaridade; vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;

garantia de continuidade e permanência do processo educativo; abordagem articulada das

questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; reconhecimento e respeito à pluralidade

e a diversidade individual e cultural.


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Temos vivenciado por toda parte a discussão da temática ambiental, através da proliferação de

encontros, cursos, seminários e também várias conferências realizadas a nível nacional e

internacional. Muita coisa vem acontecendo na área da Educação Ambiental, tanto no ensino

formal, como nos diversos segmentos da sociedade, com maiores esforços por parte dos órgãos

públicos e organizações não-governamentais em sensibilizar para ajudar a formar uma

consciência ambiental nos cidadãos, visando promover o desenvolvimento sustentável. Empresas

de todos os portes vem se esforçando para produzir melhor, dentro de padrões menos agressivos

ao meio ambiente e tem havido cada vez mais investimentos em campanhas de esclarecimento

para a sociedade. Mas, resultados positivos mesmos, só serão possíveis na medida em que cada

um de nós, resolvermos assumir novos valores em relação ao estilo de vida e consumo praticados

até então e, adotarmos atitudes mais éticas e conscientes com relação a nós mesmos e ao meio

ambiente: daí a importância e necessidade da Educação Ambiental na base da formação, das

atuais e das futuras gerações.

As discussões sobre questões ambientais, inseridas no conceito de “Desenvolvimento

Sustentável”, ganham intensidade no atual cenário social, refletindo uma tendência onde os

diversos atores, tais como: empresas, comunidades, ONG’s, associações comunitárias, governo e

universidades, passam a contribuir de forma multidisciplinar com propostas que visam a

sustentabilidade. Segundo Mota (2000), este é um processo de mudança que começa com o

despertar da compreensão das questões ambientais e da necessidade de sua gestão.

4.2- O Ciclo PDCA


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Figura 1 – Ciclo PDCA

Fonte: Adaptado FNQ(2008)

O Ciclo PDCA foi idealizado por Shewharte na década de 30, e mais tarde aplicado por Deming

no uso de estatísticas e métodos de amostragem. Nasceu no escopo da tecnologia TQC (Total

Quality Control) como uma ferramenta que melhor representava o ciclo de gerenciamento de uma

atividade com 4 abordagens, a saber:

1-PLAN (PLANEJAR) - Identificação e definição das atividades necessárias específicas para que

os objetivos do projeto sejam atingidos na organização, elaborando uma forma adequada de

executá-las considerando-se as restrições existentes;

2- DO (EXECUTAR) - Mobilização e aplicação dos recursos (humanos, materiais, entre outros), da

organização patrocinadora do projeto, em suas atividades para viabilizar o alcance dos objetivos;

3- CHECK (VERIFICAR) - Ações de acompanhamento e de análise de tendências durante a

execução, que visam conduzir as atividades na forma estabelecida pelo planejamento, prevenindo

eventuais desvios. A ação de acompanhamento consiste em coletar e consolidar os dados que

refletem a execução das atividades realizadas tanto com recursos próprios como de terceiros. A

ação de análise dos dados obtidos visa produzir um retrato da situação, comparando o previsto

com o realizado, para identificar as causas dos eventuais desvios;

4- ACT (AGIR) - No controle são determinadas as tendências das projeções físico-financeiras e

definidas as ações preventivas e corretivas necessárias. A análise gera informações para a

organização de nível de gerência superior ou realimentar o próprio nível de gerência com ações

corretivas. O controle também possibilita a definição das ações corretivas para o nível de gerência

imediatamente inferior, através da redefinição de objetivos estabelecidos. E, através do


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Brainstorming, tempestade de idéias; discutir, refletir e analisar as causas dos desvios observados

na execução do projeto, e tomar as ações corretivas necessárias para sua melhoria contínua.

4.2.1 - Aplicação do Ciclo PDCA na Verde Art’s

4.2.1.1. PLAN - Processos de Planejamento

Elaborado o planejamento de atividades e materiais didáticos pedagógicos com propostas que

suscita a conservação e preservação dos recursos naturais e, que serão utilizadas no

desenvolvimento do projeto, visando à conscientização do indivíduo para com o meio ambiente.

4.2.1.2 DO - Processos de Execução

Realizado pesquisas e parcerias com a durante o período do projeto integração entre o corpo

docente e discente e troca de saberes entre as diversas disciplinas escolares, durante o período do

projeto com o Colégio Fladimir Herzog. Através de atividades, realizadas com todo segmento

escolar, extras-classe, tais como: palestras, gincanas, vídeos, peças teatrais infantis e oficinas de

reciclagem, abordamos a temática ambiental com a comunidade escolar, objetivando a reflexão

sobre os cuidados com o planeta que forneceram a capacidade de percepção da importância de

conservação do meio ambiente. Um processo de fundamental importância: a ocorrência de

treinamento e capacitação de membros da Verde Art’s.

4.2.1.3. CONTROL - Processos de Controle

Realizado ações de acompanhamento e de análise do projeto, através de supervisão, confecção de

questionários, coleta de dados e realização de pesquisas com a comunidade escolar e local


10

para medição dos resultados obtidos visando conduzir às atividades com a temática ambiental de

forma estabelecida pelo planejamento do projeto objetivando efetivar tais atividades.

4.2.1.4. ACT - Processo de Correção

Realizado treinamento e capacitação dos membros da Organização, capacitação dos docentes da

Instituição. Através do Brainstorming foram discutidos os problemas sócio-ambientais da

comunidade escolar e local, referente á temática dos resíduos sólidos e, apresentado

potencialidades de soluções e de melhoria contínua em todo processo pelos membros da

Organização.

4.2.1.5. Medição, Análise e Melhoria

O Ciclo PDCA como ferramenta de gestão, mostrou-se satisfatório nos seguintes aspectos:

visibilidade de dados até então ocultos, renovação de rotinas utilizadas, maximização dos recursos

humanos existentes e economia dos custos orçamentários.

Deve ser visto com cautela, junto com outros métodos semelhantes de solução de problemas, pois

tende a ser altamente genérico, o que implica em perda de operacionalidade.

A Utilização do Ciclo deve ser feita de forma estruturada e com muita disciplina. Não devendo

suprimir etapas. Sem a utilização de métodos estruturados as equipes podem fracassar na coleta e

análise de dados, na busca de informações ou na formulação de teorias, prejudicando e

complicando todo processo.

Os membros das equipes devem estar habilitados para trabalhar na utilização dessa ferramenta e,

além disso, devem estar preparados para trabalhar em equipe e lidar com as diferenças de ponto

de vista. Deverá haver comunicação e disciplina, sem prejudicar o nível de participação e

envolvimento das pessoas com o trabalho proposto. O Brainstorming é essencial no Ciclo, no

entanto, é comum ocorrer, nas organizações, certos grupos que são designados para cumprir

determinadas tarefas em projetos de melhoria, no qual seus membros não estão treinados para

atuarem como equipe, tendo como resultado as equipes, apesar de comprometidas com o projeto,


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que levantam dados, formulam hipóteses e não sabem o que fazer com eles. Muitas vezes

começam a tomar ações antes de completar o Ciclo, mascarando assim os seus efeitos.

Outro fato comum é o imediatismo da solução sem a análise criteriosa dos dados. As pessoas

menos habilitadas, tomam ações baseadas em inferências não comprovadas, e tiram conclusões

precipitadas ao verem os primeiros dados. E muitas vezes, precipitam-se em agir de forma

preventiva evitando que o problema volte a surgir, sem levar em conta a relação custo benefício

da ação.

Sendo projetado para ser usado de forma dinâmica, o Ciclo PDCA sempre deve ser realizado de

forma rotativa e um novo processo de mudança poderá ser iniciado. Quanto mais “rodado” for o

Ciclo melhor será o resultado no processo de melhoria.

Sua aplicabilidade poderá ser em toda e qualquer organização. No entanto, muitas vezes será

necessária a utilização de outras ferramentas para que sejam atingidas, efetivamente, as soluções

dos problemas da organização.

No caso da Educação Ambiental, vários educadores têm se preocupado com a avaliação de seu

desempenho. Carvalho (1994) entende que a avaliação em EA é assimétrica, quando existente,

sugerindo que ela seja um processo contínuo em todas as etapas de um projeto educacional. Dietz

(1994) tece críticas contundentes sobre diversas variáveis que tem impedido que a EA se

desenvolva com sucesso. Pádua (1994a) atribui a ineficiência dos programas/projeto aos próprios

educadores. Portanto, parece saudável agregar novas visões sobre avaliação de desempenho na

EA.

PDCA DE MELHORIAS SIMPLIFICADO


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PDCA DE MELHORIAS GERÊNCIA/SETOR: No: 01/2010

Maig Montel Data: 14/06/2010

Produto Educação Ambiental

DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

(Resultado indesejado)

A maioria das escolas públicas do Município de São Gonçalo, localizado no RJ, não trabalha efetivamente a Educação

Ambiental.

CARACTERÍSTICAS DO PROBLEMA

(Observação)

Através de várias pesquisas realizadas, foi constatado que a maioria das escolas do município de São Gonçalo não

trabalha a educação ambiental conforme legislação nº 9795/99, que dispõe sobre a Educação Ambiental e a sua Política

Nacional

TEMPESTADES DE IDÉIAS

PORQUE O PROBLEMA OCORRE?

Falta de projeto político pedagógico escolar em Educação Ambiental

Falha na inserção da disciplina na grade escolar

Falta de professores habilitados em Educação Ambiental

4. .Falta de professores capacitados em Educação Ambiental

5. Falta de inter, multi e disciplinaridade em Educação Ambiental

6. Acervo das bibliotecas sem material informativo sobre as questões ambientais

7. Falha no trabalho em equipe

8. Falta de parceria com Órgãos Públicos e Instituições

9. Falta de recursos financeiros

10. Falta de consciência ecológica

CAUSAS PROVÁVEIS MP P I

1. Falta de projeto político pedagógico escolar em Educação Ambiental X

2. Falha na inserção da disciplina na grade escolar X

3. Falta de professores habilitados em Educação Ambiental X

4. Falta de agentes multiplicadores em Educação Ambiental X

5. Falha de inter, multi e disciplinaridade em Educação Ambiental X


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6. Acervo das bibliotecas sem material informativo sobre as questões

ambientais

X

7. Falha no trabalho em equipe X

8. Falta de parceria com Órgãos Públicos e Instituições X

9. Falta de recursos financeiros X

10. Falta de consciência das questões ambientais X

AÇÕES PRIORIZADAS AI FI B$

TREINAMENTO X

PARCERIA X

GESTÃO X

AGRUPAMENTO FINAL FAMÍLIAS

TREINAMENTO

1. Falta de consciência das questões ambientais

2. Falha no trabalho em equipe

3. Falta de professores habilitados em Educação Ambiental

4. Falta de agentes multiplicadores em Educação Ambiental

5. Falha de inter, multi disciplinaridade em Educação Ambiental

PARCERIA

1. Falta de parceria com Órgãos Públicos e Instituições

2. Falta de recursos financeiros

3. Acervo das bibliotecas sem material informativo sobre as questões ambientais

GESTÃO

1. Falta de projeto político pedagógico escolar em Educação Ambiental

2. Falha na inserção da disciplina na grade escolar


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PLANO DE AÇÃO/EXECUÇÃO

O QUE? UEM?

QUANDO? COMO? QUANTO?

Prev. Real.

apacitação e qualificação de docentes e demais

gentes multiplicadores

Escolas,

secretaria de

educação, etc.

1 meses antes

da

implantação

do projeto

Através de cursos,

palestras, Workshops,

seminários

____ ____

stabelecer Parcerias Instituição

Escolar e/ou

Verdeart’s

1 ano antes da

implantação

do projeto

Através de Projetos ____ ____

olicitação de Recursos Financeiro Instituição

Escolar e/ou

Verdeart’s

1 ano antes da

implantação

do projeto

Através de Editais de

Órgãos Públicos de

fomento e demais

Instituições

____ ____

mplantação do Projeto Político pedagógico da

scola em Educação Ambiental

Gestor da

Unidade

Escolar

No início do

ano letivo

Através de solicitação

junto à Secretaria de

Educação Regional

____ ____

apacitação e treinamento com a equipe da

Verdeart’s

Coordenador do

projeto

1 ano antes da

implantação

do projeto

Através de cursos,

palestras, treinamento,

\\\orkshops, atividades

lúdicas

____ ____

VERIFICAÇÃO

Através de relatório das atividades sugeridas pelo projeto, semanalmente, realizam-ze reuniões com os responsáveis pelo

ano de Ação e com a equipe gestora da Verdeart’s, para verificação das ações e da efetividade na utilização do Ciclo

DCA.

Verificou-se que a programação cumpriu-se dentro do prazo determinado. Percebeu-se, no entanto, que alguns docentes

ão se comprometeram efetivamente com o projeto, pois não possuíam capacitação em educação ambiental. Pela sua

aracterística interdisciplinar a EA não é facilmente entendida pelos educadores que tendem a relacioná-la com algumas

ções específicas em EA. Propomos a capacitação de docentes e de toda equipe da Verdeart’s, Instituição responsável pela

mplementação do projeto nas escolas.


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6-Resultados

O trabalho com o tema “Meio Ambiente” nas escolas, contribuiu para que os alunos e a

comunidade local, ao final , sejam capazes de:

Conhecer e compreender, de modo integrado e sistêmico, as noções básicas relacionadas

ao meio ambiente;

Adotar posturas na escola, em casa e na comunidade que os levem a interações

construtivas justas e ambientalmente sustentáveis;

Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo crítico,

reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo reativo e propositivo para

garantir um meio ambiente saudável e, conseqüentemente, qualidade de vida;

Perceber, em diversos fenômenos naturais, encadeamentos e relações de causa-efeito que

condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo (histórico), utilizando essa percepção para

posicionar-se criticamente diante das condições ambientais de seu meio;

Compreender a necessidade e dominar alguns procedimentos de conservação e manejo dos

recursos naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia-a-dia;


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Perceber, apreciar e valorizar a diversidade natural e sócio-cultural adotando posturas de

respeito aos diversos aspectos e formas do patrimônio natural, étnico e cultural;

Identificar-se como parte integrante da natureza, percebendo os processos pessoais como

elementos fundamentais para uma atuação criativa, responsável e respeitosa em relação ao meio

ambiente.

7-Conclusões

A organização seriada da escola e a fragmentação do currículo escolar determinam acentuada

eficácia para o sistema de ensino. Além disso, exceto para o caso das séries iniciais de

escolaridade, os profissionais do magistério são formados segundo essa mesma concepção. Assim,

parece haver um equilíbrio no sistema. Todavia, para os professores e seus alunos, as coisas não

parecem tão fáceis. Ao longo de um ano letivo, cumprem extenso programa, previamente

determinado; realizam múltiplas atividades de ensino; corrigem inúmeras provas e exercícios. No

entanto, como dito anteriormente, a Educação Ambiental deve ter um caráter interdisciplinar e

perfil pluridimensional. Sua prática implica na revisão necessária da concepção de nossas escolas,

sua organização e funcionamento, bem como a formação dos professores e do currículo nelas

desenvolvido. Neste trabalho sugere-se que a Educação Ambiental se constitua em eixo

articulador do currículo ou tema transversal na prática pedagógica das atividades escolares.

Sabemos que é um processo lento, contínuo e coletivo. Acreditamos na pesquisa, pois ela envolve

muitos processos de transformação e de mudanças de atitudes. O conhecimento tem presença

garantida em qualquer projeção que se faça do futuro. E, é por isso há um consenso de que o

desenvolvimento de um país está condicionado à qualidade da sua educação;

Uma das formas mais simples e prática de evitar-se o desperdício dos resíduos é através da

reciclagem. Hoje o Brasil recicla vários materiais, dentre eles: plástico, papel, papelão, vidro,

alumínio entre outros.

Através das oficinas de reciclagem e reaproveitamento produziram-se novos produtos e com isso,

geração de renda na comunidade local e escolar;

Nas atividades realizadas pelo projeto nas escolas, percebe-se a necessidade de introduzir a

Educação Ambiental nos diversos segmentos, pois sensibiliza e forma futuros cidadãos. Além de

possibilitar conhecimentos e habilidades capazes de promover a sustentabilidade e melhorar a

qualidade de vida, desperta a necessidade de preservar o meio ambiente e conservar os recursos

naturais;


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As organizações necessitam de uma ferramenta de gestão para gerir tal atividade. Ao aplicar o

Ciclo PDCA para desenvolver o planejamento e o controle dessa atividade, obtêm-se resultados

satisfatórios. Visto que essa ferramenta promove o aprendizado contínuo dos processos, ela

repercute positivamente na tomada de decisão, pois favorece a obtenção de informações oportunas

e confiáveis durante todo o projeto.

Através do Ciclo pode-se vislumbrar o desempenho e, avaliar os processos da organização.

No entanto, a proposta deve ser aplicada em empresas consideradas maduras (PRICE e CHEN,

1993)

Embora a educação ambiental, em si, seja uma forma de gestão, sozinha, ela não conseguirá aferir

com exatidão o resultado de suas ações.

8- Referências Bibliográficas

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