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Publicação Bimestral da AMIRP Associação Mineira dos Reformadores de Pneus Ano I – Nº 4 – Maio/Junho 2008 No momento da compra exija qualidade Pneus e frotas – Profissionalize o borracheiro – Pág. 24 Conexão – Conquiste o cliente – Pág. 20 AMIRP em ação – Entrevista com Harvey Brodsky – Pág. 6

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Publicação Bimestral da AMIRPAssociação Mineira dos Reformadores de Pneus Ano I – Nº 4 – Maio/Junho 2008

No momento da compra

exija qualidade

Pneus e frotas – Profi ssionalizeo borracheiro – Pág. 24

Conexão – Conquisteo cliente – Pág. 20

AMIRP em ação – Entrevista comHarvey Brodsky – Pág. 6

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Somos realmente orgulhosos pelo fato do segmento de reforma de pneus no Brasil ser o segundo maior no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Determinação e competência são razões que podem explicar esse segundo lugar no ranking mundial, em um setor que ainda tem muito o que conquistar e o que contribuir. E uma coisa é certa: o empresário da reforma não pode parar de querer crescer!

A opção por seguir o caminho de maneira plena, correta e sustentável não é coisa de outro mundo ou restrita aos norte-americanos. Mas, para a caminhada fluir continuamente é preciso ter nos pensamentos e ações os princípios básicos da vida, como ética, integridade, respeito às pessoas, às leis e regulamentos, responsabilidade, amor ao trabalho, esforço, investimento, pontualidade, desejo de superação e vontade de crescer. Entre tantas vírgulas, apenas o necessário. Atitudes que são desenvolvidas no decorrer de nossas vidas e devem ser praticadas. O reformador tem que se mexer para oferecer sempre o melhor, atento, principalmente, à regra número um: preservar o nível de qualidade dos pneus que reformam.

Qualidade implica na segurança não só do indivíduo, como em esfera global, do meio ambiente. Assuntos que devem ser levados a sério. E para isso, estamos trabalhando. A AMIRP orienta e, com especial atenção, disponibiliza consultorias especializadas para assessorar os reformadores sócios no processo de adquirir as certificações de qualidade.

A matéria de capa da 4ª edição da Pneus & Cia. vem para contribuir com essa consultoria. Ela irá auxiliar você, leitor, e, principalmente, os que são empresários ou usuários da reforma de pneus a selecionarem serviços e produtos de qualidade, comprovados não só pelas certificações, como por inúmeras outras situações.

Essa edição o deixará a par das principais ações da associação nesses últimos dois meses. Reuniões importantes e projetos a serem realizados. Há também uma entrevista exclusiva com o americano Harvey Brodsky, diretor gerente do TRIB, (Bureau de Informações sobre Reforma de Pneus) e palestrante conhecido na indústria pneumática. Ele deixou um importante conselho para o crescimento do setor: deve haver uma boa e contínua campanha de divulgação. É nesse sentido que a Pneus & Cia. trabalha para ser essa ferramenta de apoio ao segmento.

A opinião de especialistas em relação à importância do bom relacionamento com os clientes, que são a razão de ser da atividade empresarial; a necessidade de capacitação dos profissionais relacionados ao segmento de reforma (como o borracheiro) e as possibilidades da arte de transformação no pneu também poderão ser conferidas. É a integração de informação, conhecimento, entretenimento e reflexão.

Boa leitura!

Diretoria AMIRP

QUALIFICANDOO SETOR

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ia.EDITORIALEXPEDIENTE

Diretoria AMIRP

PresidentePaulo César Pereira Bitarães

Vice-presidenteRogério de Matos

Diretor de ComunicaçãoMarcelo Hildeu de Souza Lara

Diretor FinanceiroFernando Antônio Magalhães

Diretor TécnicoMiguel Pires Matos

Conselheiro FiscalJúlio Vicente da Cruz Neto

Staff Executivo

Gerente ExecutivoEduardo de Oliveira Martins

Revista Pneus & Cia.

Diretora ResponsávelLuciana Laborne – Reg.: MTb. 12657/MG

EditoresLuciana Laborne e Mariana [email protected]

ColaboradoresFlávio Martins, José Geraldo de Souza,Kátia Matos e Pércio Schneider

Revisão FinalDébora Santana

Arte e EditoraçãoIn Foco Brasil (31) 3226-8463www.infocobrasil.com

ImpressãoGráfica e Editora Del Rey (31) 3369-9400www.grdelrey.com.br

Tiragem3.000 exemplares

Os informes publicitários aqui veiculados sãode responsabilidade exclusiva dos anunciantes,inclusive, com relação à veracidade.

Os textos editoriais não têm vinculação com osmateriais publicitários.

As opiniões expressas nos artigos assinadossão de responsabilidade dos autores.

É proibida a reprodução total ou parcial de textose de ilustrações integrantes da edição impressaou virtual, sem a prévia autorização dos editores.

Pneus & Cia. Ano I – Nº 4 – Maio/Junho 2008Órgão Informativo da AMIRP

AMIRP

Av. João César de Oliveira, 452 • Sala 15 • EldoradoCEP 32310-000 • Contagem • MG • Tel: (31) 3356-3342 [email protected] • www.amirp.com.br

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10EstratégiaCertificação e competitividade

11LogísticaLogística é coisa séria!

8AMIRP em açãoReuniões em destaque

22Valores & valoresE o talento?

26Fazendo a diferençaArco e flecha pela igualdade

30Viver bemEspelho, espelho meu...

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AMIRP EM AÇÃOEntrevista com Harvey Brodsky

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CAPAQualidade em foco

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CONEXÃOUma boa relação com os clientes

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PNEUS E FROTASProfissionalize o borracheiro

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15CenárioVerde que te quero

12EcoatividadeArte em pneus

28 ReformadoresGuia dos reformadores de Minas Gerais

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.AMIRP EM AÇÃO

“PERSISTÊNCIA QUEBRARESISTÊNCIA”

por Luciana Laborne

A AMIRP marcou presença na 8ª edição da Recau-fair – PneuShow, maior evento de negócios da

América Latina para o segmento de produtos, serviços e tecnologias para a reforma de pneus. Com cerca de 150 estandes, a feira contou com uma grande estru-tura para atender a toda demanda de fornecedores e compradores, sejam eles reformadores, transportado-ras ou lojistas. Em estande próprio, a AMIRP recebeu inúmeras visitas, encontros que proporcionaram uma vasta troca de informações e conhecimento.

Harvey Brodsky, diretor gerente do Tire Retread In-formation Bureau (TRIB – Bureau de Informações sobre Reforma de Pneus), foi uma das gratificantes presenças no espaço da AMIRP. Apresentador de um programa de rádio para caminhoneiros, Brodsky fala dos benefícios da reforma de pneus para mais de 240 mil ouvintes de todo os Estados Unidos. E, com a experiência de quem está envolvido na indústria de pneus desde o início dos anos 70, explica, em

entrevista à Pneus & Cia., a veracidade do ditado “Persistência quebra resistência”.

Pneus & Cia.: Como é visto o setor de reforma de pneus nos Estados Unidos?

Brodsky: O segmento é cada vez mais respeitado no país. As principais razões são: ser ambientalmen-te correto e a qualidade do produto, que evoluiu muito e reflete, diretamente, no fortalecimento do setor. Há 20 anos, o pneu reformado era razoável e não era tão bom quanto o pneu novo. Mas, há cerca de 15 anos, surgiram novas tecnologias, como as técnicas de inspeção não-destrutivas (o raio-x e a xerografia), o que permite a análise dos produtos com mais profundidade.

A tecnologia possibilitou ao analista ter os olhos do Superman, ou seja, enxergar através do material, de-tectar o que não era possível apenas numa observa-ção a olho nú. E isso faz toda a diferença para o setor, já que com os recursos a qualidade de uma reforma pode ser tão boa ou até melhor do que a de um pneu novo. Tanto que, nos Estados Unidos, não há mais uma diferença gritante na relação da produção de pneus novos e reformados. Atualmente, consideran-do o mercado total, metade dos pneus são novos e a outra metade reformados.

Pneus & Cia.: Nos EUA existem alguma lei que o go-verno oriente a população para utilizar o pneu refor-mado nas frotas?

Brodsky: Existe uma ordem executiva presiden-cial do Bill Clinton, a 13-149, que obriga deter-minadas frotas públicas a usarem pneus reforma-dos. Os estados americanos estão, cada vez mais, orientando e fazendo uso de reforma nas frotas públicas, justamente porque é mais econômica e ambientalmente correto.

E nós, que trabalhamos na área, também devemos assumir a nossa parte nessa promoção do uso da re-forma. O que fazemos e o resultado que conquista-mos não é fruto de um dia para o outro. É um proces-so de anos e que deve que ser contínuo e persistente. Se pararmos, vamos perder o benefício do momento, voltaremos novamente à inércia e para recomeçar será preciso partir do zero.

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Pneus & Cia.: Você acredita ser uma tendência na-tural, no mercado da reforma, as grandes empresas ocuparem o lugar das pequenas reformadoras de pneus?

Brodsky: A resposta é sim e não. O que acontece, atualmente, ainda se encaixa num processo. Por exemplo, equipamentos, como xerografia e outros, são bem caros e nem sempre os pequenos reforma-dores podem e querem fazer esses investimentos. Com isso, as grandes empresas estão comprando as reformadoras menores e independentes – o que acarreta a consolidação da indústria. Assim, hoje, tem menos reformadores na América do Norte do que ti-nha no passado. No entanto, antes, os reformadores produziam de 20 a 25 pneus por dia, e, agora, com a consolidação, pode-se produzir em torno de 400 pneus por dia.

Pneus & Cia.: No Brasil, grande parte da indústria de reforma é formada por empresas familiares. Como despertar a atenção do reformador quanto à importância de se profissionalizar?

Brodsky: Nenhum empresário está em um negócio para perder dinheiro. É preciso ter um compromisso extremamente forte, fundamental e crítico com a qualidade, portanto, é necessário se profissionalizar. Além disso, tem que ter borracha no sangue. Não teria sentido se preparar, investir e ven-der algo que não é realmente bom. Seria uma perda de tempo.

Pneus & Cia.: O que é necessário para fixar a ima-gem positiva, de indústria verde, do segmento de re-forma de pneus no Brasil?

Brodsky: Acredito que o setor deve fazer o que fazemos nos Estados Unidos: uma boa e contínua campanha de divulgação. Nós temos um ditado: “persistência quebra resistência”. É simples, mas não é fácil. Trabalhamos em um fluxo contínuo de

artigos e informações que chega a mais de três mi-lhões de caminhoneiros. É preciso sim, um grande movimento para conscientizar os clientes sobre os benefícios. Mais do que divulgar, é necessário de-fender o segmento. Tem que educar o cliente para utilizar a reforma. O trabalho é junto ao consumidor final. Se há algum acidente, o caminhoneiro vai sa-ber o que causou e não ter uma idéia errada. Isso é uma prevenção contra o setor de reforma. É im-portante a união dos reformadores para que, jun-tos, publiquem artigos e informações referentes à reforma pneumática que esclareçam a qualidade e as vantagens do segmento.

Pneus & Cia.: Faça de conta que está ao vivo na rádio, mas agora, a mensagem que você vai deixar é para os ouvintes e caminhoneiros brasileiros.

Brodsky: Eu sei como é difícil o traba-lho dos caminhoneiros. Não se pode fazer muito em relação ao salário e ao preço do combustível, mas, seja inteligente caminhoneiro! Pode-se fazer algo importante em relação aos pneus. O pneu reformado oferece

uma qualidade tão boa quanto a de um novo, mas com uma grande diferença: o preço é bem menor. Sem contar que, além da economia, tem-se o bene-fício ambiental.

Harvey Brodsky é um palestrante conhecido na in-dústria de pneus. Atuante em discussões de frotas governamentais e ambientais, apresenta em suas especificidades um diferencial que considera fun-damental: usa pneu reformado em seu carro pesso-al por mais de 30 anos. “Se eu sou gerente de um escritório que defende a reforma, devo ser consis-tente. Mesmo que nos Estados Unidos reforma-se pouco passeio – o grande volume está em cami-nhões e ônibus – utilizo a reforma em meu carro de passeio e nos últimos anos não tive problema”, revela Brodsky.

A qualidade deuma reforma pode ser tão boa ou até

melhor do que a deum pneu novo

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Semad

No dia 30 de maio, a diretoria da AMIRP se reuniu na Secretaria do Meio Ambiente, em Belo Horizon-te, com o deputado estadual Ademir Lucas e o se-cretário adjunto da Semad (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), Shelley de Souza Carneiro. Com o intuito de buscar parceria com a Semad, a AMIRP apresentou o seg-mento de reforma de pneus e sua importância no contexto ambiental e socioeconômico.

A parceria consiste em adequar as empresas do setor de Minas às exigências ambientais, para que todo o segmento de reforma do estado seja indús-tria verde. Entre os objetivos estão criar ecopontos para a destinação de pneus inservíveis e promover campanhas preventivas, tais como:

• TWI (Tread Wear Indicators) – Veículos automoto-res em território nacional não podem circular com pneus abaixo de 1,6 mm.

• Capacitação dos empresários do setor de reforma. • Prevenção da dengue.

Compreendida a importância dos assuntos pauta-dos, o secretário Shelley Carneiro, que já trabalhou em áreas relacionadas a pneumáticos, sugeriu que a AMIRP elabore um projeto, para que, junto à Se-cretária do Meio Ambiente, as propostas apresen-tadas sejam colocadas em prática.

Sebrae

No dia 11 de junho o encontro da diretoria da AMIRP e do deputado estadual Ademir Lucas foi com o consultor na área tributária do Sebrae, Sebastião Moreira Santos. Para dar continuidade ao projeto com a Semad, a busca pela parceria do Sebrae tem por objetivo capacitar o empre-sário da reforma de pneus em todo o estado de Minas Gerais.

Entendida a relevância dos trabalhos propos-tos, o consultor encaminhará o projeto para o diretor regional e também para a diretoria do Sebrae; com reunião de retorno já planejada. “Esse é um macro-projeto e, para ser desenvol-vido, será necessária a criação de um Geor (Ges-tão Estratégica Orientada para Resultado) para auxiliar todo o segmento. É uma idéia inovadora que deve ser levada em frente”, comenta Sebas-tião Santos.

O projeto que vai abranger todo setor de re-forma, incluindo a capacitação dos borracheiros e dos carcaceiros, tem o apoio fundamental do deputado Ademir Lucas, presença garantida nos encontros de apresentação do segmento de re-forma de pneus. “É uma idéia tão revolucionária que de Minas vai para o Brasil”, resume Ademir Lucas a essência da proposta.

REUNIÕES EM DESTAQUE

EM BUSCA DE PARCERIAS

Da esquerda para a direita: Miguel Matos, Rogério de Matos, Ademir Lucas (deputado estadual), Shelley Carneiro (secret. adjunto da Semad), Paulo Bitarães, Marcelo Lara, Iranelson Coelho e Eduardo Martins

Da esquerda para a direita: Eduardo Martins, Paulo Bitarães, Sebastião Santos (consultor do Sebrae), Marcelo Lara, Rogério de Matos, Ademir Lucas (deputado estadual)

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No dia 19 de junho a AMIRP convidou associações e sindicatos estaduais do segmento de reforma de pneus para se reunirem na Aresp (Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo). Divulgar o setor de reforma e discutir estraté-gias para garantir e manter a sobrevivência do setor, de maneira profissional, foram os temas debatidos no encontro. Entre os presentes estavam representantes da Aresp, Arparaná (Associação dos Reformadores do Estado do Paraná), Sindbor PR (Sindicato das Indús-trias de Artefatos de Borrachas do Estado do Paraná), AGR (Associação dos Reformadores de Pneus do Es-tado do Rio Grande do Sul), Arperj (Associação dos Reformadores de Pneus do Estado do Rio de Janeiro), Sindibores (Sindicato dos Reformadores de Pneus do Espírito Santo), ABCT (Associação Brasileira dos Con-cessionários Tipler) e Assoban (Associação Brasileira dos Concessionários Bandag).

Com o intuito de discutir o planejamento da associa-ção mineira e o tema importação de carcaças, a AMIRP convidou todos os reformadores de pneus do estado de Minas Gerais para uma reunião em sua sede, em Con-tagem, no dia 29 de abril. Com cerca de 20 presentes, a associação apresentou um plano de contas, que escla-rece suas despesas e receitas, desde a sua criação (de-zembro de 2005).

Para tomar novas frentes, a associação contextualizou o atual cenário do segmento de reforma e discutiu idéias e ações para orientar e posicionar seu trabalho em defe-sa do interesse comum dos reformadores mineiros. Um dos assuntos pautados foi a importação de carcaças.

As justificativas se diversificaram, mas a opinião de todos os presentes foi unânime: contra a im-portação de carcaça. Algumas das alegações feitas foram: “Analisando com mais cautela, sou contra. Não existe uma associação para monitorar o pneu reformado”. “Não que eu seja contra, mas acredi-to que são casos particulares de quem importa”. “Importação não pode ser utilizada em nome de todo um setor, existem outras campanhas que vão beneficiar todo segmento. Já que matéria prima tem a vontade, é preciso montar campanhas que mostrem que essa tem qualidade e assim esclarecer os benefícios ao consumidor”.

ASSOCIAÇÕES E SINDICATOS

IMPORTAÇÃO DE CARCAÇAS E PLANEJAMENTO AMIRP

Representantes das associações e dos sindicatos estaduais do segmento de reforma de pneus

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O mundo dos negócios tem hoje cada vez mais a qua-

lidade como pré-requisito para a realização das transações. A qualidade de um produto ou serviço pode ser referenciada por quem utiliza ou por tercei-ros. Mas, com base em que cri-tério se diz que aquele produto ou serviço tem qualidade? Cri-térios subjetivos? Critérios não declarados? Critérios pessoais?

Muitas vezes a qualidade tem uma marcação deta-lhada por meio de critérios explícitos e formalizados. Um desses critérios é utilizado pelo estabelecimento de normas. As normas definem critérios e padrões a serem obedecidos pelas empresas. Padrões e crité-rios que por si só deverão gerar benefícios para elas e para a sociedade.

E para dizer, formalmente, que uma empresa possui um sistema de qua-lidade, existe o processo de certifica-ção. O papel da certificação é atestar que a organização atende a todas as exigências da norma aplicável, opera com base em critérios amplamente aceitos e tem um sistema de qualida-de que lhe permite melhorar continu-amente os seus produtos e reduzir os índices de defeitos.

A concessão de certificados tem como pré-requisito a implantação do sistema de qualidade e a realização de auditorias para verificar se a organização atende aos requisitos especificados. E essas são realizadas por auditores credenciados por um organismo oficial tam-bém habilitado. É preciso considerar que um sistema da qualidade certificado é auditado periodicamente, o que garante à empresa um acompanhamento téc-nico de alto nível do seu desenvolvimento.

Mas é preciso lembrar que, para ter o certificado, a empresa precisa implantar um bom sistema de qua-lidade. Um não anda sem o outro, sistema de qua-lidade e certificado, ambos são fortes elementos na promoção da empresa e no atendimento a requisitos documentais dos clientes institucionais. Em 2005, o CB-25 (Comitê Brasileiro 25), da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) realizou

uma pesquisa com empresas certificadas pela IS0 9001:2000. Os resultados do trabalho levaram à con-clusão de que a implantação do sistema de qualidade gerou para as empresas:

– Melhoria da organização interna.– Melhoria da competitividade.– Melhoria do controle do processo.– Aumento da confiança dos clientes.– Diminuição de custos.– Aumento da padronização interna.– Capacitação de funcionários.– Redução de desperdícios.– Acesso a novos nichos.– Melhoria contínua.– Aumento da qualidade.

Ao final, a pesquisa realizada pelo CB-25 concluiu que para 81% das empresas houve melhoria no de-sempenho e competitividade. E indicou também que a aceitação e a credibilidade das empresas pelos clien-

tes aumentou para 93% delas.

A vantagem mais evidente da implan-tação do sistema da qualidade e da certificação é a conquista da confiança de seu mercado. Esse aspecto não se restringe apenas aos atuais clientes, mas a todos aqueles que estão procu-rando um fornecedor de determinado produto ou serviço. Qual será, então, a escolha quando concorrem uma orga-

nização que tem o seu sistema de qualidade certificado e outra que não o tem? A certificação gera um diferencial para as empresas e dá ao cliente a certeza de estar usufruindo de produ-tos e serviços de qualidade.

Com tudo, resta a consciência de que a implantação do sistema de qualidade e a respectiva certificação têm sido excelentes investimentos para todas as em-presas, e que aquelas que não os implantarem perde-rão em muito a competitividade e o “bonde da histó-ria”, podendo, até mesmo, sair do mercado.

Flávio Martins é administrador de empresa e consultor.E-mail: [email protected]: www.flaviomartins.com.br

CERTIFICAÇÃO ECOMPETITIVIDADE

A certificaçãogera um diferencial para as empresas

ESTRATÉGIA

Flávio Martins

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Um bom empreendedor procura sempre novas soluções para que sua empresa cresça

continuamente e se destaque no mercado. Um passo fundamental para isso: a logística. Segundo defini-ção do Ibralog (Instituto Brasileiro de Logística), ela se enquadra como sendo “o conjunto de processos que garantem o fluxo de produtos, serviços e infor-mações, com a agilidade necessária, com a qualidade desejada e ao menor custo, da origem ao destino pre-tendido”. O planejamento da logística vai de acordo com o perfil e a necessidade de cada empresa, seja ela de pequeno porte ou uma multinacional.

O diretor presidente do Instituto, Nyssio Ferreira Luz, fala sobre a relação entre logística e crescimento em uma empresa.

Pneus & Cia.: Qual a importância da logística dentro das operações de uma empresa?

Nyssio: A área da logística que trata das competên-cias das operações de empresas é conhecida como Logística Empresarial. No contexto de empresas que transacionam mercadorias, ela é aplicável às fábricas, empresas comerciais, distribuidoras, en-tre outras. Ela também se aplica às empresas que transacionam serviços, porém com algumas especificidades. Por suas características, ela é de fundamental importância para as empresas e pos-sui a seguinte subdivisão:

• Logística de Suprimentos: se refere às operações dos fluxos de entrada das empresas, contemplando as ati-vidades, como planejamento, progra-mação, gestão de estoques, compras e o transporte de mercadorias. • Logística Interna: se refere às operações dos fluxos internos das empresas, tais como transporte interno, movimentação e armazenagem de mercadorias e se-leção de pedidos.• Logística de Distribuição: se refere às operações dos fluxos de saída das empresas, compreendendo as atividades de planejamento, transporte e controle das operações relacionadas à entrega de mercadorias aos clientes. • Logística Reversa: se refere às operações dos fluxos reversos, compreendendo as atividades de planeja-mento, transporte e controle das operações de re-torno, geralmente ligadas ao retorno de embalagens, disposição de produtos perigosos em locais adequa-dos, entre outros.

Pneus & Cia.: Até que ponto a logística (ou a falta dela) interfere no crescimento de uma empresa?

Nyssio: A logística é fundamental para a sobrevivência e para a competitivida-de das empresas em geral. As organi-zações precisam entender seu posicio-namento em suas respectivas cadeias de suprimento e avaliar as suas reais contribuições no sentido de agregar valor a seus clientes e fornecedores. Se a empresa possui logística eficiente, consegue efetuar suas operações com menores custos, oferecer níveis de ser-

viço adequados às demandas de seus clientes.

Pneus & Cia.: Como buscar a excelência nos negócios por meio da logística?

Nyssio: Através da participação em eventos do seg-mento e da capacitação dos profissionais que atuam direta e indiretamente às operações logísticas. De-vemos também ter a visão de que as competências logísticas de uma empresa estão ligadas às suas es-tratégias de atuação. Assim, as empresas líderes em seus setores incorporam as competências logísticas em níveis hierárquicos mais elevados. Não existe possibilidade de uma empresa alcançar níveis de excelência em negócios sem que suas competências logísticas também sejam excelentes.

LOGÍSTICA É COISA SÉRIA!

LOGÍSTICA

A logística éfundamental para asobrevivência e para

a competitividade

por Stéphanie Carvalho

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Diretor presidente doIbralog – Nyssio Ferreira Luz

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ARTE PARCEIRA DOMEIO AMBIENTE

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.ECOATIVIDADE

por Luciana Laborne

Não é por acaso que dizem que para ser criativo, é preciso começar. Não é um dom e sim fruto do de-senvolvimento contínuo da sensibilidade e da busca por informações. Assim, exatamente nessa linha, a editoria de ecoatividade será apresentada.

O trabalho de criação começou no ano de 2001 quando Daniel Beato, desenhista industrial, idealizou um projeto para aplicar o conceito de reaproveita-mento de materiais. A proposta, fortemente engajada às iniciativas de responsabilidade sócio ambien-tal, foi, em 2006, legitimada como a ONG Arte em Pneus.

Por meio da coleta de pneus jogados no meio ambiente, a ONG transfor-ma o material inservível em obras de arte funcional. A família Arte em Pneus, que ainda não possui ecopon-tos abertos ao público, administra cinco locais onde

existem equipes cuidando dos materiais coletados. Já são cerca de 1.500 pneus estocados e mais de uma tonelada de material guardado, entre mangueiras e correias de borracha, para complementar na produ-ção dos produtos. “Recebemos todos os materiais de doações. Em alguns casos conseguimos que esse material seja entregue para nós, em outros buscamos

recursos para ir coletá-lo”, explica Daniel Arenas, ecodesigner coorde-nador da ONG.

Se a opção for por originalidade, a transformação dos materiais inserví-veis (pneus, correias automotivas e mangueiras) merece a atenção espe-cial do consumidor. Como resultado desse processo de reaproveitamento, os ecomóveis e as ecojóias são arti-

gos, não só de destaque ambiental, como de inova-ção no momento de decorar um ambiente ou adquirir um acessório.

As inúmeraspossibilidades a

partir da reciclagem de materiais cativou

muitas pessoas

Com técnicas que possibilitam a transformação de materiais inservíveis,a arte cumpre o seu papel ambiental. Faz o vilão do meio ambiente ser

visto como realmente é: o mocinho do reaproveitamento.

Foto: ONG Arte em Pneus

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E a criatividade não pára por aí. A diversidade dos produtos se estende na produção de brinquedos, ecominiaturas, chaveiros, kit reciclagem e uma li-nha de objetos para pet shop. Alternativas que são decorrentes do conhecimento, do estudo e do de-senvolvimento das técnicas da arte do reaproveita-mento, feitas para quem gosta de arte e é a favor do meio ambiente. “Criar e confeccionar brinque-dos com materiais reutilizados, para uso e desenvol-vimento da cultura das crianças, só nos estimulou mais a desenvolver as técnicas da transformação, já que são nas gerações futuras que devemos investir e acompanhar para ajudar na salvação da natureza”, exemplifica Daniel Arenas.

Nesses quase oito anos de envolvimento com o pro-jeto, a busca pelo aprimoramento do trabalho de-senvolvido pela família Arte em Pneus é, também, motivada com a aceitação do público. Segundo o ecodesigner coordenador, o trabalho de conscien-tização, referente às questões sociais e ambientais que envolvem o reaproveitamento de pneus velhos, acontece, não só na participação em eventos, ex-posições, palestras e mídia espontânea, mas prin-cipalmente no impacto dos produtos nas pessoas. “As inúmeras possibilidades a partir da reciclagem de materiais cativou muitas pessoas e, após uma fil-tragem natural de interesses, começamos a formar nossa equipe e agregar valor em diferentes setores que podemos atender”.

Com a participação de cooperadores, apoiadores, voluntários e parceiros, a idéia da ONG é repassa-da para todo Brasil. Nos diversos multiplicadores

espalhados pelo país, cerca de 160 pessoas já são capacitadas. “Passamos pelo interior de São Paulo e capital, Rio Grande do Sul, Bahia, Tocantins, entre outros, e temos muita procura para formar novos núcleos de produção”, informa Arenas. Os núcleos de desenvolvimento de produtos, localizados na ca-pital paulista, sede da ONG, exploram as condições e ferramentas regionais e, assim, potencializam os mesmos.

O trabalho da organização, que é desenvolvido com o intuito de capacitar e reinserir socialmente jovens, oferece, a esses, oportunidade de emprego e renda, acesso a arte, cultura e a cidadania ativa. Para Arenas, o trabalho artesanal ajuda os jovens a não optar por saídas injustas e ofensivas a sociedade. É uma forma de aprenderem a desenvolver a criatividade a partir dos resíduos sólidos gerados pela população. A família Arte em Pneus possui em sua escala produ-tiva uma remuneração padrão para a mão-de-obra empregada e para as outras diversas situações que os jovens podem se envolver na ONG, como partici-par de eventos, serem ecoeducadores, palestrar etc. Mas para ocorrer, efetivamente, todas essas ações de capacitação é necessário investimento financeiro e de tempo de pessoas interessadas em fazer o núcleo Arte em Pneus funcionar e buscar a própria sustenta-bilidade. “Precisamos do investimento de empresas que queiram realmente fazer parte de nossa causa e que sintam prazer em ajudar a mãe natureza. Temos fé na atitude individual das pessoas e acreditamos que a natureza renascerá através das mãos dos ho-mens”, finaliza Arenas.

Foto: ONG Arte em Pneus

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O aumento da consciência ambiental aliada à bus-ca pelo crescimento sustentável gera uma série

de oportunidades que as empresas devem estar aten-tas e aproveitar.

É exatamente o que já tem feito um grupo delas, cuja estratégia alinha gestão de vanguarda e processos ecologicamente corretos. E os resultados falam por si, pois eles têm demonstrado que há, sim, uma relação direta entre zelo ambiental e o retorno positivo para as marcas e suas vendas.

Como exemplo, a Goóc, que cresceu 500%* desde a sua fundação, em 2004. A empresa trabalha com a reutilização de materiais como a borracha reciclada de pneus na produção de calçados e a criação de roupas e acessórios, a partir de jeans e lonas trata-dos e reaproveitados.

Cita-se, agora no setor de cosméticos, a Natura, que cresce ano a ano e cujas práticas também se apóiam na sustentabilidade. Informações como essas podem auxiliar quanto ao caminho a seguir, pois o cuidado com o meio ambiente aponta essa nova orientação como alternativa saudável para a atividade empresarial.

Se isso representa boas oportunidades para algumas empresas, para outras, que já estão inseridas neste contexto, elas podem ser ainda melhores. É o caso do segmento de reforma de pneus.

O Brasil é o 2º mercado mundial de reforma e, pelo bom momento que atravessa, oferece todas as condi-ções para quem sabe, pode e quer investir.

Quando se fala em investimento, neste caso, deve-se ressaltar a busca por soluções inovadoras e também pela ruptura com o passado e com as dificuldades do momento. O resultado pode ser tão inesperado como simples. Quem limita sua estratégia ao preço, ou se intimida mediante as mágicas promocionais do concorrente, deixa de lado outros recursos eficazes, que realmente podem mudar a face do negócio. Se outros segmentos se adaptam e sobrevivem, com o setor de reforma não deverá ser diferente. O obstá-culo a superar pode não ser o mercado, mas sim o não uso da inovação.

A hora é esta. Portanto, em função da economia de petróleo, do número de empregos gerados e dos múl-tiplos benefícios para o meio ambiente, compete ao setor se posicionar diante dos fatos e se mobilizar. Uni-dos são mais fortes para demonstrar a competência e a importância da reforma e, assim, assumir o papel de destaque que lhe cabe neste novo e promissor cenário de possibilidades. E para isso ocorrer falta o reforma-dor descobrir a força que tem e valorizar o que faz.

*Fonte: Maquinário Assessoria de Comunicação.

J. Geraldo de SouzaE-mail: [email protected]

VERDE QUE TE QUERO

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CAPA16

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No momento de adquirir ou reformar um produto é comum questionamentos do tipo: Quem procurar? Aonde ir? Diante de tantas opções, como escolher a melhor mercadoria? Dúvidas que são freqüentes no dia-a-dia dos consumidores e que merecem uma atenção especial. É preciso que nós, compradores, tenhamos um comportamento mais orientado, so-bretudo, quando se refere à aquisição de produtos atrelados com saúde, segurança ou que possuam valor mais elevado.

Segundo Fábio Petruceli Bastos, professor, consultor e analista do Sebrae-MG nas áreas de marketing, vendas e pesquisa de mercado, elementos como imagem da empresa, marca e, principalmente, refe-rência ou indicação são itens essenciais para nortear o consumidor na hora de efetuar uma boa compra.

“As marcas trazem muitos significados percebidos pelo cliente ao escolher um produto. As antigas re-metem à imagem daqueles já testados, aprovados pelo mercado; enquanto as novas devem apostar em qualidade, tecnologia e inovação se quiserem se destacar num segmento já muito explorado”, exem-plifica o professor. Quando se tem publicidade es-pontânea, o conhecido boca-a-boca, há um impacto forte nas vendas das empresas. Para Petruceli, o con-sumidor tende a aferir mais credibilidade e confiança às indicações de alguém que ficou satisfeito com o produto e com a loja do que às propagandas con-vencionais pagas, que representam um eficaz canal para informar e conquistar o consumidor.

Se mesmo assim a dúvida persistir, selecione um estabelecimento comercial e faça o primeiro conta-to. É fundamental. Preste atenção no atendimento, que deve ser de qualidade e de acesso fácil, seja esse diretamente na loja, por telefone ou mesmo pela internet.

Se for pessoalmente, logo ao chegar, veja se o es-tabelecimento dispõe de um espaço para recepção dos clientes e seus veículos. Os funcionários são atenciosos e educados? De preferência, devem es-

tar uniformizados e limpos. Higiene, apesar de ainda não ser regra, é sinal de salubridade e bem-estar. Máquinas sujas e sem manutenção duram menos e sujeira faz mal às pessoas, principalmente ao estado de espírito de um cliente alérgico, ou de uma mãe com crianças. Caso o contato inicial seja por telefo-ne ou pela internet, o que não pode acontecer é o congestionamento. Longas esperas por um retorno na linha ou um e-mail não respondido é motivo para descartar a empresa. Afinal, ”imagem é tudo”, logo uma impressão negativa também é tudo, mas para se perder um cliente. E Petruceli garante: “Organi-zação é a base das empresas de sucesso!”.

Com o orçamento pronto em mãos, verifique a rea-ção do funcionário. Ao invés de agir como um tirador de pedidos, do tipo “apressado”, com interesse de apenas vender mais, o colaborador deve passar as in-formações, esclarecendo todas as dúvidas que você possa ter. Ele deve estar focado no cliente, na com-

QUALIDADE EM PAUTA

por Luciana Laborne

Os cuidados que o consumidor deve ter para escolheruma boa reformadora e, principalmente, fechar um

excelente negócio, de maneira segura.

Fábio Petruceli Bastos – professor, consultor e analista de marketing do Sebrae-MG

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preensão de suas necessidades, na busca de sua sa-tisfação e em efetuar um bom e contínuo negócio.

De acordo com o professor, compete à empresa sa-ber escolher e dimensionar suas capacidades e for-mas de recepção. Para que o comprador não sofra conseqüências, que podem variar desde uma pe-quena dor de cabeça ou uma decepção, o consultor detalha: “O local deve ser seguro, idôneo e não me-nos importante, ter variedade, o que significa pro-porcionar chances de escolha para o consumidor”. O consultor ainda completa: “E claro, oferecer op-ções de pagamentos, garantias, prazos de entrega, promoções, benefícios e o famoso e cada vez mais raro desconto”.

Gato por lebre

É comum presenciar em vários setores da socieda-de o popular dito: cuidado para não levar gato por lebre! O consumidor, quando não possui informa-ções seguras e compreensíveis referente à empresa e seus produtos, pode por impulso comprar algo

do qual irá se arrepender depois. De acordo com Petruceli, isso pode acontecer não apenas quando o comprador se depara com um daqueles “esper-tinhos”, mas também quando a empresa contrata um vendedor que não é preparado e não está apto para avaliar a situação e identificar o que “era” me-lhor para seu cliente. Esse tipo de situação pode en-volver também problemas contratuais, referentes à prestação de serviço, assistência técnica, trocas ou reposições, cumprimento de prazos, garantias, en-tre tantos outros.

O Movimento das Donas de Casa e Consumido-res de Minas Gerais (MDC-MG) representa, há 25 anos, um grupo de consumidoras que é contrário ao dito popular. Muito informadas em relação ao mercado, orientam que, independente do estabe-lecimento que se escolha para efetivar a compra, é preciso ler o rótulo do produto com os dados do fabricante, como endereço e telefone de contato para se prevenirem no caso de eventuais “supre-sinhas”. “O consumidor deve estar sempre atento à qualidade do produto, sua origem, perceber as informações do rótulo (em alguns casos, o valor nutricional)”, diz Lúcia Pacífico, presidente do MDC- MG, que complementa com a dica: “É

O pneu a ser reformado deve conter no mínimo os seguintes dados:

• Identificação do fabricante;• Dimensão do pneu;• Tipo de construção do pneu;• A identificação para o uso da câmara (tube type) ou sem câmara (tubeless);• Índice de carga e índice de velocidade;• Data de fabricação do pneu.

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preciso ficar atento, também, às referências que recebe, já que um produto pode satisfazer as ne-cessidades de determinado consumidor, mas não de um outro mais exigente”.

Guia para reformar pneus

Não adianta. Por mais cuidadoso que você seja, um dia terá que trocar os pneus do seu veículo. E se a opção é por uma alternativa parceira do meio am-biente e com benefícios econômicos, a dúvida se restringe apenas na questão: Onde encontrar a me-lhor reformadora ou estabelecimento que revende pneus reformados?

Há mais de 30 anos inserido na área de pneus e há quatro responsável pelas certificações de pneus reformados na BRTUV, enquanto essa ainda era responsável pelo procedimento, Nestor Popic é es-pecialista no assunto. O processo de certificação expirou em 28 de fevereiro de 2007, e a partir de 1º de março de 2007, a concessão dos registros passou a ser de responsabilidade do Inmetro, atra-vés dos Ipem’s estaduais. Popic acredita que, de um modo geral, o consumidor final vai até uma loja que vende pneus reformados e, quando é possí-vel, se dirige diretamente a uma reformadora. Para ele, o selo do Inmetro é uma garantia que pode ser facilmente identificada e claramente é a mais completa de todas, uma vez que a reformadora já cumpriu todas as etapas da certificação (qualidade) para adquiri-lo.

Vários aspectos devem ser considerados no caso de uma reformadora de pneus. O primeiro, ou o mais importante deles, é a confiabilidade e a con-firmação da tecnologia, dos procedimentos ado-tados no processo de reforma e, com certeza, a citada indicação de pessoas que usam e recomen-dam o produto. Mas não é só isso. “A segurança, o meio ambiente e a saúde devem ser preservados como princípios. A integridade de todos aqueles que estão envolvidos na produção, e de todos

aqueles que os utilizam, são pressupostos técni-cos assegurados nas portarias”, alerta Tadeu José de Medonça, diretor geral do Ipem-MG (Instituto de Pesos e Medidas de Minas Gerais). E uma das maneiras de ter esse controle é verificar se o re-formador possui registros de qualificação e treina-mento dos funcionários que realizam o serviço de reforma de pneus.

Além disso, o reformador deve manter procedi-mentos escritos e instruções operacionais atuali-zadas em local de fácil acesso. Assim, o processo de reforma de pneus fica com o atendimento as-segurado para inspeção de recebimento, limpeza, exame de classificação, raspagem, escareação, re-paração, aplicação de cola, aplicação de banda de rodagem, aplicação de antiquebra (quando aplicá-vel), vulcanização e inspeção final.

O reformador deve estabelecer procedimento de controle de cada equipamento e instrumento de medição utilizado na reforma de pneus. Deverão ser mantidos registros deste controle, contendo no mínimo identificação, periodicidade de manu-tenção e calibração; e os registros de suas reali-zações. E observe se a unidade reformadora de pneus possui um procedimento de tratamento efi-caz e eficiente de reclamação, crítica ou sugestão de seus clientes ou partes interessadas.

Lembre-se de checar se o estabelecimento não é clandestino e, por meio do CNPJ, confira se a em-presa não possui processos no Procon local. Ao término do serviço, a indústria de reforma e/ou revendedores dos pneus deverá fornecer a nota fiscal do pneu reformado. No mais, uma pesqui-sa de preços também é bem-vinda, assim como verificar se a loja/distribuidora e ou reformadora tem por hábito informar a seus clientes sobre os selos de qualidade, uma vez que não são todas as empresas que os possuem e eles são obrigatórios e atestam a qualidade que o consumidor, por vezes leigo, não consegue reconhecer por si só.

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Empresário da reforma, fique atento! Usuário da reforma, verifique!

A certificação de uma reformadora de pneus é um passo fundamental para adquirir diferencial de credi-bilidade e de qualidade da empresa.

As empresas prestadoras do serviço de reforma de pneus destinados a automóveis, camionetas, caminhonetes e seus rebocados foram, até o dia 28 de fevereiro de 2007, certificadas pelos Orga-nismos de Certificação de Produtos (OCP). Desde o dia 1º de março de 2007, essas empresas pas-

saram a ser registradas junto ao Inmetro, através dos Ipem’s estaduais.

Os certificados concedidos pelo OPC continuam va-lendo até a data do vencimento. Após esse vencimen-to, essas empresas deverão solicitar o novo registro junto ao representante do Ipem de seu estado.

Etapas do registro

• Análise da documentação prevista no regulamento de avaliação da conformidade do serviço de re-forma de pneus destinados a automóveis, camio-

ESPAÇO DO REFORMADOR

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netas, caminhonetes e seus rebocados, aprovado pela Portaria do Inmetro nº. 252/2006.

• Verificação de acompanhamento na infra-estru-tura da unidade reformadora de pneus. Averigua-ção que tem por objetivo constatar se as condi-ções técnicas de produtos e serviços atendem aos requisitos do regulamento, e identificar amostras de pneus a serem ensaiadas em laboratórios acre-ditados pelo Inmetro. O custo referente ao enca-minhamento das amostras e também o custo dos ensaios é de responsabilidade da unidade refor-madora de pneus.

• A validade do registro da unidade reformadora de pneus é de 24 meses. Registro que é exclusivo para a unidade reformadora de pneus onde foi realizada a operação de verificação de acompa-nhamento. Não é extensivo a outras unidades ou filiais ou outros endereços comerciais da unidade reformadora de pneus.

• Durante a vigência do registro serão realizadas duas operações de verificação de acompanhamen-to na infra-estrutura da empresa, sem aviso prévio,

para verificação do atendimento dos requisitos de segurança no serviço de reforma de pneus.

• Os requisitos técnicos para o serviço de reforma de pneus destinados a automóveis, camionetas, caminhonetes e seus rebocados são os estabeleci-dos no Regulamento Técnico da Qualidade (RTQ), aprovado pela Portaria Inmetro nº 227, de 21 de setembro de 2006.

A solicitação do registro das empresas localizadas no estado de Minas Gerais deverá ser feita no Ipem da Rua Jacuí, 3921 – Bairro Ipiranga – Cep 31160-190 Belo Horizonte – MG – Tel.: (31) 3429-2501.

SAIBA MAISTWI – Nenhum pneu de veículo automotor pode circular em território nacional com desgaste su-perior a 1,6mm de profundidade dos sulcos. Além de arriscado, é ilegal, segundo a Resolução 558/80 do Contran. Por isso, cada pneu vem com indicadores de desgaste, pequenos ressaltos no fundo dos sulcos, que permitem a observação visual do limite de segurança.

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As empresas do mercado de reforma de pneus enfrentam inúmeros desafios para defender a

boa imagem do setor, preservar o nível de quali-dade dos produtos, entre vários outros pontos. No entanto, não apenas neste segmento, mas em todos no mundo dos negócios, uma das questões mais importantes é a parceria com os que compram os serviços e produtos do estabelecimento. Os clientes são essenciais para o crescimento de qual-quer empresa, por isso, o bom relacionamento com eles é fundamental. “Como em um casamento, o ‘casamento’ empresa-cliente só é possível por meio de uma relação de respeito e ótimo atendimento, com vantagens mútuas”, explica Ari Lima, consul-tor, especialista em marketing e vendas.

Uma boa recepção é o começo. O atendimento tem que ser excelente. Sérgio Almeida, consultor, especialista em atendimento ao cliente, completa: “Mas não é o bastante. Estamos na era do pós-atendimento. É preciso cultivar a relação, encan-tar o cliente, fazer dele um fã”. De acordo com os consultores, o comprador deve sentir que a empre-sa não está interessada somente em seu dinheiro,

mas, principalmente, em ajudá-lo a realizar suas necessidades, atendendo suas expectativas para alcançar sua satisfação.

No atual mercado competitivo, a qualidade e o pre-ço dos produtos e serviços não são mais os únicos fatores que destacam uma empresa das outras. Os especialistas afirmam que o grande diferencial para satisfazer os clientes está diretamente ligado ao atendimento completo e à boa conexão mantida com eles. “O bom relacionamento é o que possibi-litará a continuidade do fornecimento de produtos e serviços e a solução adequada de eventuais pro-blemas”, pontua Ari Lima.

Volte sempre!

O comprador que é conquistado e se satisfaz com o tratamento e com o produto que a empresa oferece volta sempre. “Quando a empresa consegue fide-lizar o cliente, os resultados são vantajosos para as duas partes”, ressalta Ari Lima. O consultor explica que o cliente fiel é beneficiado, pois passa a ter um fornecedor confiável; e a empresa lucra, mantendo

CONQUISTE O CLIENTE

CONEXÃO

por Mariana Conrado

Fundamentais para o desenvolvimento da empresa, consultoresafirmam que deve-se valorizar uma boa relação com o cliente.

Ari Lima é escritor, consultor, palestrante, especialista em estratégias de marketing, marketing pessoal, gestão de carreira e comportamentos organizacionais

Sérgio Almeida é referência nacional no tema “Clientes”. Consultor empresarial, especialista em atendimento ao cliente, palestrante e autor de nove livros publicados

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suas vendas. Além disso, clientes fidelizados fazem indicações, o que gera novos negócios possibilitan-do o crescimento contínuo.

A primeira lição foi dada: conquiste o cliente. “Em 2º lugar, encante o funcionário, o cliente interno, pois ele cria lealdade”, ressalta Sérgio Almeida. Uma boa interação com toda a equipe é indispensável no ambiente empresarial. Proble-mas de relacionamento interno podem atrapa-lhar o trabalho, além de ter reflexos negativos no atendimento, na venda e conseqüentemente no lucro. “Funcionários que não se relacionam bem ficam desmotivados e acabam tratando mal tam-bém os clientes e os fornecedores, o que gera um ciclo vicioso que prejudica toda a organização”, relata Ari Lima.

Sucesso

Se existe fórmula exata para o sucesso empresa-rial, a questão de atender e se relacionar bem com os clientes estaria entre os primeiros tópicos, afi-nal, são eles que garantem o lucro dos negócios. Compreender essa importância é uma questão de sobrevivência. Ao relevar essa conexão, o empre-sário busca o crescimento a longo prazo. Ter rela-ções estáveis e de confiança com o cliente sempre fazem parte dos objetivos estratégicos em empre-sas bem sucedidas.

Sejam eles representantes das empresas de trans-porte, distribuidores, borracheiros ou autônomos, os clientes são parceiros importantes. Deve-se valorizá-los. “Desdobre-se pelo seu cliente. Faça por ele o quase impossível. Encante-o! Abrace esta causa em seu próprio beneficio. Os resul-tados? Esses aparecerão, e rápido”, aconselha Sérgio Almeida.

Um passo à frente

Não se deve esperar que o cliente procure a em-presa em resposta às suas propagandas ou ponto de venda. É essencial ter uma atitude pró-ativa e desenvolver uma série de ações dentro da sua rotina. Veja dicas dos especialistas para conquis-tar e manter uma boa relação com os clientes:

•Prepare toda a equipe, ofereça programas de capacitação e motivação de funcionários.

•Oriente as relações com os clientes por meio de regras básicas, como atenção, interesse, saber elogiar, sorriso e simpatia, cortesia, sinceridade e evitar críticas.

•Agilidade, pontualidade dos serviços, limpeza, pequenas mordomias e pré-disposição são ou-tras atitudes relevantes.

•Ética é fundamental.•Cumpra os compromissos assumidos com os

clientes e, em caso de impossibilidade, avise com antecedência.

•Faça parcerias com outras empresas e profis-sionais de serviços complementares ao seu.

•Desenvolva um sistema de pós-venda para conferir a satisfação dos compradores com os produtos e com o atendimento.

•Incentive os clientes antigos a fazerem reco-mendações, ofereça brindes ou descontos caso eles indiquem novos compradores.

•Mantenha contatos freqüentes com os consu-midores por meio de mensagens, e-mail, cor-respondência e telefone. Cumprimente-o em datas comemorativas, como Natal e aniversá-rio. Isso vai fazer com que o cliente sempre lembre da sua empresa, dos seus produtos e de você.

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“Se posso pagar apenas pelo uso das mãos, por que devo pagar também pelo cérebro?” Essa fra-se, de autor desconhecido, expressa um equívoco no que diz respeito à natureza do trabalho, por ignorar dois de seus principais componentes: o ta-lento e a criatividade.

Uma análise da história da atividade econômica mos-tra o surgimento e a evolução das idéias ao longo dos anos. Pode-se, então, observar os acertos e desacer-tos humanos, deles extraindo valiosas lições para a atualidade. Assim, numa viagem pelo tempo, chega-se a Frederick Winslow Taylor (1856 - 1915), conside-rado o “Pai da Administração Científica”.

Taylor aumentou em muito o desempenho de algu-mas indústrias da época. Inegavelmente deu uma contribuição importante. Contudo, sua orientação mecanicista, por meio do controle rigoroso e inflexí-vel dos processos produtivos, gerou também insatis-fação, estresse e demissões.

Comparando aqueles tempos aos dias atuais, pode se ver o avanço em todas as áreas. Modernizaram-se má-quinas e processos, produtos e servi-ços, estratégias e táticas.

Se naquele período a rigidez e o rigor no controle foram fatores de cresci-mento, agora se vai além, perceben-do que o pensamento criativo e a fle-xibilidade são ainda mais importantes para qualquer negócio. Percepção que tem permitido o surgimento de uma nova mentalidade empresarial – uma postura mais arejada, leve, simples e direta. Ou seja, o velho organograma, com seus vários ní-veis hierárquicos, muita lentidão e blá blá blá, tem se reduzido ao mínimo, ampliando o espaço para as “re-lações horizontais”, em que a comunicação flui com objetividade, confiança e rapidez. E deve ser assim para que se possa agir e reagir neste ambiente com-petitivo e imprevisível da sociedade contemporânea.

Realmente ocorreram grandes transformações em to-dos os setores do trabalho. O que é de se lamentar é que muitos dirigentes não tenham percebido a prin-cipal delas: a mudança dos valores. Transferiu-se o foco dos processos para as pessoas, das mãos para o cérebro. Paga-se pelo conhecimento, pela experiên-cia e, principalmente, pela capacidade em comparti-lhá-los, fazendo com que gerem valor e resultados. O panorama econômico atual é de plena conectividade, interação e aprendizagem, não havendo mais espaço

para a ação isolada, para a retenção do conhecimento como ferramenta de controle e poder sobre as pesso-as. É imprescindível uma nova atitude mental e com-portamental. E a diversidade é adequada para isso, ao possibilitar o contato com o outro que, com suas similaridades e diferenças, tem muito a contribuir e ensinar, e mais ainda a quem trabalha em equipe, por ser tal proposta um exercício de tolerância, respeito e colaboração. A boa ou má convivência vem daí e os números da empresa derivam desta mesma capa-cidade de integração, até porque exprimem mais do que a somatória de seus talentos e não a quantida-de de mãos ali empregadas. Justifica-se, portanto, a atenção que se deve dar aos valores que norteiam a empresa, como diretrizes indispensáveis para o seu bom funcionamento e melhor desempenho.

Se promover o indivíduo, reconhecendo-lhe o esforço e méritos, repercute positivamente no empreendimen-to; ignorá-lo, por outro lado, restringindo-o à qualifi-cação técnica, pode representar a perda de excelentes

oportunidades para todos os envol-vidos. Infelizmente é o que mais tem ocorrido. Ignorância custa caro.

Desconhecer a natureza humana, com suas múltiplas expressões posi-tivas e negativas, torna-se um com-plicador face à demanda por soluções urgentes que o atual contexto requer. É neste quadro de metas e cobranças em excesso que se forma o clima pro-pício ao confronto, às atitudes anti éticas e à retração do talento.

Geralmente os locais conturbados são de pouca produtividade pela baixa sinergia que apresentam. É que em tais ambientes as pessoas se prendem no “andar de baixo”, onde as imperfeições alheias ganham destaque em detrimento de suas vir-tudes. A energia do grupo é desviada para a defesa e o ataque recíproco, com prejuízo para o objetivo comum que se deve alcançar. Eis o lado escuro da personalidade humana causando transtornos e per-das consideráveis. E há de se ter conhecimento e sabedoria para reverter a situação. Este é um dos grandes desafios para a liderança moderna. Deve-se romper com este sistema, no qual o indivíduo em si fica à margem do objetivo, sendo apenas um meio para que se alcance os fins. É uma necessidade ur-gente. Afinal, não usar o potencial humano e tudo aquilo que seu desenvolvimento pode oferecer é um desperdício absurdo de recursos. Que se reflita a res-peito, pois se é fácil controlar e mensurar o trabalho manual, o mesmo não se dá com o intelectual. Pode

E O TALENTO?

VALORES & VALORES

Pode se ‘obrigar’alguém a cumprir

uma função rotineira para qual é pago, mas não se pode

forçá-lo a entregar boas idéias

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se “obrigar” alguém a cumprir uma função rotineira para qual é pago, mas não se pode forçá-lo a entre-gar boas idéias. Isso é uma iniciativa pessoal, livre, espontânea e a ela se chega pelo estímulo e pelo re-conhecimento, nunca pela indiferença e menos ain-da pela opressão. Se ontem pagava-se apenas pelas mãos, hoje o que realmente tem valor é o gesto.

Darwin se notabilizou pela teoria da evolução das es-pécies, na qual defende uma seleção natural das mais fortes, com extinção daquelas mais fracas. Esta regra também se aplica às organizações. Vão se manter de pé somente as instituições cujos valores priorizem o desenvolvimento harmônico tanto de seu pessoal, quanto dos demais públicos ligados a ela.

A Carta de Campos de Jordão, redigida em 1970, é a afirmação dos princípios e objetivos que dão forma à cultura da Promon, empresa do ramo de engenha-ria. Nela constam oito princípios, dos quais, três são imprescindíveis:

• “A Promon é a expressão do valor de seus profis-sionais. Ela é o resultado da conjugação de esfor-ços de indivíduos e vocações afins, com o objetivo de criar condições para sua realização profissional e humana.

• A realização profissional e humana deverá ser pro-porcionada através de:

a) estímulo à criatividade e respeito à dignidade pessoal; b) oportunidade de desenvolvimento e de acesso

para todos, segundo suas qualificações e méritos;

c) integração em comunidade de trabalho coesa e estável;

d) remuneração adequada. • A participação na comunidade implica a disposi-

ção de renunciar a interesses individuais em nome do interesse do grupo.”

A Promon, como qualquer outra organização em-presarial, teve seus momentos de altos e baixos. Todavia, tem alcançado os objetivos a que se pro-pôs sempre se orientando pelos seus valores e pelo crescimento daqueles que ali trabalham. Não por acaso, a empresa também recorreu à diversidade e, há muitos anos, ela tem estado sempre entre as me-lhores empresas para se trabalhar no Brasil, sendo, inclusive, eleita em 2006, pelo Guia Exame – Você S/A*, a empresa da década.

Há inúmeros casos de sucesso conhecidos que ilus-tram essa nova maneira de conduzir os negócios. Em comum, eles apresentam a valorização do talento e da criatividade. E isto se faz preparando pessoas para o uso das mãos, do cérebro… e do coração.

*Fonte: Guia Exame – Você S/A, 150 Melhores em-presas para você trabalhar. São Paulo, Edição Espe-cial, p.282, 2006.

J. Geraldo SouzaE-mail: [email protected]

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Quando a equipe de Pneus & Cia. me pediu para escrever um texto sobre a importância da quali-

ficação profissional do borracheiro, logo me ocorreu o que tenho visto por aí, tanto em reformadoras quanto em transportadoras. Para começar, consultei no site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) os dados existentes referente à função do borracheiro.

De acordo com a descrição no cadastro de profissões do MTE, os borracheiros “realizam manutenção de equipamentos, montagem e desmontagem de pneu e alinhamento. Controlam vida útil e utilização do pneu. Trocam e reformam pneus. Consertam pneus a frio e a quente, reparam câmara de ar e balan-ceiam conjunto de roda e pneu. Prestam socorro a veículos e lavam chassi e peças. Trabalham seguindo normas de segurança, higiene, qualidade e proteção ao meio ambiente”.

Consta também que “para o exercício dessas ocupa-ções requer-se a quarta série do ensino fundamental e curso básico de qualificação profissional em torno de 200 horas-aula. O pleno desempenho das ativi-dades ocorre entre um e dois anos de experiência profissional”. Não há, no entanto, nenhuma indica-ção de entidade ou instituição que ofereça tal curso. Vamos então para a situação prática.

No meu ponto de vista, quarta série é uma esco-laridade muito baixa, principalmente se ele

realizar a atividade de controle de pneus. É recomendável ensino fundamental completo e ainda um entendimento básico ou recursos para entender

a língua estrangeira: a maior parte das informações

existentes na lateral dos pneus está em inglês. O restante está em códigos.

Se sua empresa tem borracharia própria, avalie o conhecimento que seu borracheiro tem a respeito de pneus. Verifique se ele sabe o significado das medi-das, de índice de carga, se sabe como é determinada a pressão correta ou quando um pneu é considerado careca. Certifique-se que o colaborador sabe diferen-ciar pneus radiais e diagonais, com ou sem câmara, como identificar um ou outro, se conhece entre os diversos tipos de consertos existentes, como e quan-do cada um pode e deve ser utilizado.

Se você é reformador, é mais fácil. Leve-o para den-tro da reformadora e mostre a ele as características e diferenças. Coloque-o para trabalhar no setor de escareação e reparo. Se você é transportador, peça auxílio ao reformador que lhe atende. Ambos recor-ram aos fabricantes. Isso tudo, porém, de nada vai adiantar se não fizer a sua parte. Já presenciei mui-tos treinamentos nos quais os borracheiros reclamam da falta de condições adequadas para trabalhar e, quando visito as empresas, constato a veracidade desse fato. Não adianta nada ensinar como devem ser feitas a montagem e desmontagem de pneus, se a ferramenta de trabalho que lhes é fornecida é uma marreta ou, pior ainda, uma picareta. Se não dispõe do conserto correto, de um bom calibrador, de espa-ço adequado.

O investimento no treinamento desse profissional, além de necessário, é rapidamente recuperado, já que muitos pneus são perdidos por causa de con-sertos mal feitos. Isso acontece por falta de conhe-cimento ou uso de reparos inadequados. Lembre-se que os pneus são itens de segurança e que, sem eles, seu negócio não existe, seja você um reformador ou um frotista.

Pércio Schneider é especialista empneus da Pró-Sul.E-mail: [email protected]

BORRACHEIRO PROFISSIONAL DEVE TER QUALIDADE, INVESTIMENTO

E BOAS CONDIÇÕES DE TRABALHO

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Em discurso no plenário do Congresso Nacional, pintou o rosto de preto com pasta de jenipa-

po, em sinal de luto pelo retrocesso na tramitação dos direitos indígenas. A atitude foi captada pela imprensa no ano de 1987 e comoveu a opinião pública. O personagem que veste coragem e per-sistência, hoje, aos 54 anos, nos revela como é difícil, mas gratificante, fazer a diferença.

Índio da tribo dos Botocudos, Ailton Krenak nasceu no Vale do Rio Doce (MG), em 1954. No início do século XX, os Krenak registravam uma população de cinco mil pessoas, número que se reduziu a 600 na década de 1920 e a 130 indivíduos em 1989. “A gente passou um aperto enorme, a ponto de ser considerado um povo ameaçado de extinção”, relembra Ailton. Mas, felizmente, isso não aconte-ceu. Contando com esforços, também do próprio Ailton, os Krenak fecharam o século com 150 pes-soas e atualmente possuem uma população de 11 mil indígenas em Minas Gerais. Motivo de orgulho para o índio botocudo: “Tenho um sentimento de gratidão enorme no coração, pelo fato da gente estar vivo e poder compartilhar memórias e ter perspectiva de alguma tradição futura”.

Com 17 anos, Ailton migrou para o estado do Pa-raná e, aos 18, se alfabetizou e assumiu respon-sabilidades que apenas um homem adulto toma frente. “No começo foi muito doloroso, porque fazer a diferença foi não poder conviver com a minha família na aldeia. Deixei tudo ainda muito jovem e passei a assumir um conselho de tribos, liderando chefias mais velhas do que eu”, conta Ailton que, ainda rapaz, conversou com autori-dades como Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e o príncipe Charles (herdeiro do trono britânico), com o intuito de defender os direitos indígenas. “Além de reis e príncipes de diferentes lugares do

mundo, nos últimos 30 anos da história do Brasil, não teve um presidente com quem eu não con-versei. E não foi para pedir autógrafo para eles. Eu discuti, briguei e debati. Representei as tribos, enquanto eles representavam o Brasil”, esclarece.

Na década de 1980 se dedicou à articulação do movimento indígena. Em 1988 participou da fun-dação da União das Nações Indígenas (UNI), fórum intertribal interessado em estabelecer uma repre-sentação indígena em nível nacional. Em 1989 fez parte do movimento Aliança dos Povos da Floresta, que reunia povos indígenas e seringueiros, visando a proteção da floresta e da população nativa que nela vive. Hoje, o que permanece da Aliança é o programa “Rede povos da floresta”, uma iniciativa que tem como objetivo a inclusão digital nas regi-ões mais remotas do país, como nas florestas.

Nos últimos anos, Ailton se recolheu de volta à Mi-nas Gerais e mais perto do seu povo. Atualmente, coordena a ONG Núcleo de Cultura Indígena, que

ARCO E FLECHAPELA IGUALDADE

FAZENDO A DIFERENÇA

por Luciana Laborne

Ailton Krenak

A idéia já foi descrita na música do Djavan, então, peço licençaao compositor e compartilho com você, leitor, o sentimento dessaentrevista: “Sua ação é válida, meu caro índio”.

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nasceu em 1985, e, desde 1998, realiza o Festival de Dança e Cultura Indígena, idealizado e mantido na Serra do Cipó (MG). Ailton é assessor para assuntos indígenas do governo de Minas Gerais e contribui para a promoção da política pública do estado.

Direitos conquistados

Nesse percurso de trabalho, por mais que valori-zasse o caminho da tradição, Ailton teve que viver no século XXI. Passou a fazer política, conhecer a maneira de negociar na sociedade moderna, demandar as suas questões e, principalmente, aprender a respeitar a diferença e a diversidade que existe no mundo, enxergando o outro.

As experiências vivenciadas fazem Ailton acredi-tar na justiça. Uma delas, inclusive, foi quando ele entrou com uma ação contra um Ato Incons-titucional do presidente Sarney, que havia feito um decreto desmembrando o território Yano-mami em vários pedaços. O ganho dessa ação permitiu que os yanomamis tivessem a terra que eles possuem hoje em Roraima, fronteira do Bra-sil com Venezuela, respeitada em sua integridade e configuração original de florestas. “Me recordo

dessa experiência toda vez que eu desconfio da eficácia de recorrer aos meus direitos. Não acre-dito na justiça por uma fé cega. E sim, porque se você atuar com cidadania e fizer mesmo o seu di-reito ser visto e revisto, você tem a possibilidade de ser beneficiado por um ato de honestidade”, diz Ailton.

Assim como os japoneses, turcos ou árabes, a po-pulação indígena também faz parte do povo bra-sileiro. Vivem em uma democracia e a constituição garante seus direitos de maneira clara, sem qual-quer ambigüidade. “Nossos filhos, se quiserem, podem ir à universidade. Possuem essa oportuni-dade de escolha assegurada”, afirma Ailton que sabe que há uns 10 ou 20 anos isso era impossível, pelo fato de não existir diálogo: “Eu me sinto útil nesse caminho e enquanto eu tiver saúde e inteli-gência, quero contribuir para o crescimento e para o desenvolvimento do meu povo”.

E para compreender que os índios podem viver no lugar que quiserem da história, inclusive no futuro, Ailton finaliza com a frase ensinada por Mahatma Ghandi: “Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã”.

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REFORMADORES

GUIA DOS REFORMADORES DE MINAS GERAIS

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Cia

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ALFENASRECALFENAS AV. JOVINO FERNANDES SALLES, 761 JARDIM BOA ESPERANÇA - TEL.: (35) 3292-6400

ANDRADASRECAUCHUTAGEM ANDRADENSEROD. PINHAL - ANDRADAS - KM 4,7 CONTENDAS - TEL.: (35) 3731-1414

ARAGUARIPNEUBOM – FÁBIO PNEUSAV. VER. GERALDO TEODORO DA SILVA, 79 PARQUES - TEL.: (34) 3242-3456

ARAXÁPNEUARA – PNEUS ARAXÁ LTDA.AV. TANCREDO NEVES, 495 VILA SILVÉRIA - TEL.: (34) 3661-8571

ARCOSRENOVADORA DE PNEUS NOVA ALIANÇA LTDARODOVIA BR 354. KM 476, 1100 VILA CALCITA - TEL.: (37) 3351-1717

BARBACENABQ PNEUS RECAUCHUTADORA E COMÉRCIO LTDA.AV. GOV.BIAS FORTES, 1.629 - B PASSARINHO - TEL.: (32) 3332-2988

BANDA FORTE RECAUCHUTADORAROD. BR 040 KM 697 CAIÇARAS - TEL.: (32) 3331-4740

BELO HORIZONTEJAC PNEUS LTDA.AV. DOM PEDRO II, 5.038 JARDIM MONTANHES - TEL.: (31) 3464-5553

JP PNEUS LTDA.RUA PADRE LOPES CANÇADO, 95 GLALIJÁ - TEL.: (31) 3333-4200

PNEUSOLA PNEUS E PEÇAS S/A.RUA ANTONIO ZANDONA, 144 JARDINÓPOLIS - TEL.: (31) 3361-2522

RENOVADORA DE PNEUS OK S/A.AV. ANTONIO CARLOS, 310 LAGOINHA - TEL.: (31) 3421-1577

PNEUBRASA LTDA.AV. CRISTIANO MACHADO, 1.211 GRAÇA - TEL.: (31) 3423-4578

SILVEIRA & SOUZA RENOV. COM. PNEUS DE MOTOSRUA PEDRO LÚCIO DA SILVA, 88 VENDA NOVA - TEL.: (31) 9217-2256

BETIMAD PNEUS E SERVIÇOS LTDA.RODOVIA FERNÃO DIAS, S/Nº - KM. 424JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 3597-0099

CASA AMARO - REMOLDAGEM DE PNEUS LTDA.RUA TOYOTA, 471 JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 3597-1051 / 3304-1064

RECAUCHUTADORA 10 VIDAS LTDA.RUA GRACYRA RESSE DE GOUVEIA, 20 JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 3597-1335

CAPELINHAPNEUS CAP LTDA.ANEL RODOVIÁRIO, 600 PLANALTO - TEL.: (33) 3516-1512

CONTAGEMARAUJO PNEUS LTDA.RUA TOMAZ JEFFERSON, 356 JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3363-1840

FROTA COMPONENTES AUTOMOTIVOS LTDA.RUA SIMÃO ANTONIO, 300 CINCÃO - TEL.: (31) 3358-0000

FOCUS PNEUSAV. DAS AMÉRICAS, 949 PRESIDENTE KENNEDY - TEL.: (31) 3394-7879

JURANDIR PNEUS LTDA.RUA AUGUSTA GONÇALVES NOGUEIRA, 35 INCONFIDENTES - TEL.: (31) 3333-1555

LUMA PNEUS LTDA.VIA EXPRESSA DE CONTAGEM, 4.800JARDIM MARROCOS - TEL.: (31) 3352-2400

NOVATRAÇÃO MINAS GERAIS S/A.RUA JOSÉ PERMINIO DA SILVA, 80 CINCO - TEL.: (31) 3351-4751

PNEUCON PNEUS CONTAGEM LTDA.RUA DO REGISTRO, 1.715 COLONIAL - TEL.: (31) 3353-9924

PNEUS AMAZONAS LTDA.RUA OSÓRIO DE MORAES, 800 VILA BARRAGINHA - TEL.: (31) 3361-7320

RECAPE PNEUS LTDA.RUA BETA, 120 VILA PARIS - TEL.: (31) 3353-1765

REGIGANT RECUPERADORA DE PNEUS GIGANTES LTDA.RUA RIO ORENOCO, 884 RIACHO DAS PEDRAS - TEL.: (31) 2191-9999

SOMAR RECICLAGEM DE PNEUS LTDA.RUA RIO ELBA, 143 RIACHO DAS PEDRAS - TEL.: (31) 3396-1758

CORONEL FABRICIANOAUTORECAPE LTDA.AV. JOSÉ FRANCISCO DOMINGOS, 114 DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3842-3900

RECAPAGEM RIO DOCE LTDA.AV. PRES. TANCREDO NEVES, 4.010 CALADINHO - TEL.: (31) 3841-9050

DIAMANTINAPNEUSHOPPING LTDA.RUA JOSE ANACLETO ALVES, 158 CAZUZA - TEL.: (38) 3531-2407

DIVINÓPOLISPNEUMAC LTDA.AV. A, Nº 2.388 ORION - TEL.: (37) 3229-1111

RECAMAX MÁXIMA LTDA.ANEL RODOVIÁRIO, S/Nº - KM. 03 RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3216-2000

RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.RUA ANTONIO PEDRO DE ALMEIDA, 2.000 BALNEÁRIO RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3222-6565

FORMIGAAD PNEUS E SERVIÇOS LTDA.AV. BRASIL, 1.151 MANGABEIRAS - TEL.: (37) 3322-1441

RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.ROD. MG 050 , S/Nº - KM. 202, 3VILA SOUZA E SILVA - TEL.: (37) 3322-1239

GOVERNADOR VALADARESRECAPAGEM VALADARES LTDA.RUA EDER DA SILVEIRA, 460 VILA ISA - TEL.: (33) 3278-2160

REFORMADORA BELO VALEAV. RIO BAHIA, 2.615 IPÊ - TEL.: (33) 3278-1508

IGARAPÉRECAPAGEM CAMPOSAV. PERINA WENCESLAU DO PRADO, 699 BAIRRO JK - TEL.: (31) 3534-1552

ITAMARANDIBABODÃO PNEUS E REFORMAS LTDA.TRAVESSA NOVE DE JULHO, 64 SÃO GERALDO - TEL.: (38) 3521-1185

ITAÚ DE MINASITAÚ CAP LTDARUA SENADOR JOSÉ EMIRIO DE MORAES, 51DISTRITO INDUSTRIAL II - TEL.: (35) 3536-3071

JUIZ DE FORAAM COMÉRCIO DE PNEUS LTDA.RUA BRUNO SIMILI, 678 DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32) 2101-1400

RECAUCHUTADORA JUIZ DE FORA LTDARUA FERNANDO LAMARCA, 250 DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32) 2102-5000 / 5042

LAVRASCARLO DEL PRETE - TYRESOLESRODOVIA BR 265 KM 145 ZONA RURAL - TEL.: (35) 3821-8772

LAVRAS RECAPROD. BR 265 KM 147 Nº 2045 AEROPORTO - TEL.: (35) 3821-6308

LUZRECAROL - RECAPAGEM DE PNEUS CAROLINA LTDA.RUA PINHUÍ, 785 MONSENHOR PARREIRAS - TEL.: (37) 3421-3110

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MACHADOREAL CAPRUA DOS CRAVOS, 145 DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (35) 3295-4339

MATIAS BARBOSAPNEUSOLA RECAPAGEM LTDA.OTR CENTRO EMPRESARIAL PARK SUL, 15 – A CENTRO EMPRESARIAL - TEL.: (32) 3273-8622

SOROCABANA PNEUS LTDA.DT EMPRESARIAL PARK SUL, 11 CENTRO EMPRESARIAL - TEL.: (32) 3273-1127

MONTES CLAROSRECAPAGEM SANTA HELENARUA TRES, 40 CENTRO ATACADISTA REGINA PERES - TEL.: (38) 3213-2051

PNEUSOLA AV. DEPUTADO PLINIO RIBEIRO, 853ESPLANADA – TEL.: (38) 3215-7699

MURIAÉL & A COMERCIAL PNEUS LTDA.AV. RIO BAHIA, 5.800 - KM. 706UNIVERSITÁRIO - TEL.: (32) 3722-4042

NANUQUECACIQUE PNEUS LTDARUA ARTHUR FELIPE DOS SANTOS , 40CENTRO - TEL.: (33) 3621-4924

PARÁ DE MINASAUTO RECAPAGEM AVENIDA LTDA.AV. PROF. MELO CANÇADO, 1.729CENTRO - TEL.: (37) 3231-5270

PATOS DE MINASRECALTO PNEUS LTDAAV. JUSCELINO KUBITSCHEK OLIVEIRA, 4000PLANALTO - TEL.: (34) 3823-7979

PATROCINIOAUTOMOTIVA PNEUS LTDA.AV. FARIA PEREIRA, 856MORADA DO SOL - TEL.: (34) 3831-3366

PEDRO LEOPOLDOROLLEX COMÉRCIO DE PNEUS LTDARUA ZICO BARBOSA, 50TEOTÔNIO B. FREITAS - TEL.: (31) 3662-2400

PITANGUISUFER PNEUS E RECAPAGEM LTDARUA JOÃO LOPES CANÇADO, 508CHAPADÃO - TEL.: (37) 3271-4444

POÇOS DE CALDASAD PNEUS E SERVIÇOS LTDA.AV. MANSUR FRAYA, 1.225 JARDIM ELIZABETE - TEL.: (35) 3713-9293

POÇOS CAP LTDAAV. PRESIDENTE WENCESLAU BRAZ, 400/01 CAMPO DO SÉRGIO - TEL.: (35) 3713-1237

PONTE NOVAVULCANIZAÇÃO SOROCABANA PNEUS LTDA.AV. CUSTÓDIO SILVA, 800CENTRO - TEL.: (31) 3817-2566

POUSO ALEGREFRANS MOREIRAROD. BR 459 - KM. 97RIBEIRÃO DAS MORTES - TEL.: (35) 3423-8218

LTR RENOVADORA DE PNEUS LTDAROD. BR 459 - KM. 99RIBEIRÃO DAS MORTES - TEL.: (35) 3422-0882

SABARÁRECAPAGEM E PNEUS PONTENOVENSE LTDAROD. MG 05, 959 - KM. 3,5ALVORADA - TEL.: (31) 3486-1966SÃO JOAO DEL REYMANTIQUEIRA RECAUCHUTADORAAV. 31 DE MARÇO, 1731COLONIA DO MARÇAL - TEL.: (31) 3371-7800

SÃO LOURENÇOBRISA PNEUS LTDARUA EVARISTO DA VEIGA,112CENTRO - TEL.: (35) 3332-8333

SETE LAGOAS

RECAPAGEM CASTELO LTDA.AV. MARECHAL CASTELO BRANCO, 4.001UNIVERSITÁRIO - TEL.: (31) 3773-9099

RECAPAGEM SANTA HELENARUA OTAVIO CAMPELO RIBEIRO, 4.305ELDORADO - TEL.: (31) 2106-6000

RECAPAGEM SÃO BENTO LTDA.RODOVIA BR 040 - KM. 468ELDORADO - TEL.: (31) 3775-1155

RECAPAGEM TRES PODERES LTDA.ROD. BR 040 KM - 471ELDORADO - TEL.: (31) 3773-0039

TIMÓTEOREFORMADORA DE PNEUS CACIQUE LTDA.ROD. BR 381, 2000 - KM. 195NÚCLEO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3847-3154

TORQUE DIESEL LTDABR - 381 - KM 196, 2160CACHOEIRA DO VALE - (31) 3845-4300

UBÁJACAR PNEUS LTDAROD. UBÁ JUIZ DE FORA, KM 86RODOVIA - TEL.: (32) 3539-2800

UBERLÂNDIADPASCHOALAV. ANTONIO THOMAZ FERREIRA DE RESENDE, 3333DISTRITO INDUSTRAL - TEL.: (34) 3213-1020

RECAPAGEM SANTA HELENAAV. FLORIANO PEIXOTO, 4.369CUSTÓDIO PEREIRA – TEL.: (34) 3230-2300

VARGINHATYRESUL RENOVADORA DE PNEUS LTDA.AV. SALUM ASSAD DAVID, 21SANTA LUIZA - TEL.: (35) 3690-5511

VISCONDE DO RIO BRANCORECAUCHUTADORA RIO BRANQUENSE DE PNEUSAV. PERIMETRAL, 145BARRA DOS COUTOS - TEL.: (32) 3551-5017

BELO HORIZONTEGEBOR COMERCIAL LTDA. – ACESSÓRIOSRUA CÁSSIA, 26 – LOJA 01 PRADO - TEL.: (31) 3291-6979

HELIO LUCIOLI NETO – EQUIPAMENTOSAV. ALPHONSUS GUIMARAES, 81 SANTA EFIGENIA - TEL.: (31) 3481-4345

UBERLÂNDIAMATTEUZZI FIX DO BRASIL – EQUIPAMENTOSRUA CEARÁ, 3.100CUSTÓDIO PEREIRA - TEL.: (34) 3213-7218

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Quando crianças, aprende-mos muito sobre vaidade

com as histórias infantis. Nesse aspecto, a vaidade quase sem-pre é associada aos sentimen-tos de maldade e de inveja. Nada tem de virtuosa. Com o advento da ideologia do consu-mo, esse conceito foi se trans-formando. A vaidade veio a ser direito e necessidade para o su-cesso do indivíduo, ganhando

um caráter de marketing pessoal. Evoluiu negativa-mente, girou 360 graus e voltou ao ponto inicial.

Antes, analisemos a vaidade no âmbito do amor-próprio. Sob esse ângulo é um sentimento necessário e positivo: precisamos gostar de nós mesmos e da nossa imagem para apreciar a vida. Descontentes co-nosco, descontentes com o mundo. E também, num grau moderado, ela nos protege da ingratidão, da humilhação e da deslealdade.

Mas, não é só. Um desejo pessoal e singelo torna-se rapidamente propriedade da mídia. E de posse dele, o capitalismo faz de nós seres infinitamente desejan-tes. Vamos saltando de um anseio a outro, sempre insatisfeitos com as coisas materiais e com nossos corpos. Precisamos estar no mesmo patamar ou aci-ma do outro. Tornou-se dever de cada um zelar pela impressão que causa em seu entorno. A importância do olhar alheio substituiu o valor da coisa em si: nada é validado se não tiver como fim absoluto a exibição. Ver as coisas como os outros querem e não como nós queremos faz com que nossa alegria não dependa de nós. Ela se torna refém das opiniões exteriores.

E veio então um novo sinônimo para a vaidade: sta-tus. Há uma frase que define com exatidão este ver-bete usado hoje de forma distorcida: “Status é você comprar o que você não quer, com um dinheiro que você não tem, para mostrar a quem você não gosta, a pessoa que você não é”. Se antes status qualifica-va aquilo que o sujeito era, qual seja, um médico, um advogado, um excelente técnico em reforma de pneus, um trabalhador honesto, hoje ele quantifica o que a pessoa tem. Agindo favoravelmente ao consu-mo, a mídia do capital cuida de exaltar o ego sempre nos informando que a posse de produtos arrojados é a chave da felicidade e que a vaidade é algo de que não podemos prescindir.

Como conseqüência, seja na esfera pessoal, inter-pessoal, social ou do trabalho, as relações sofreram modificações em sua estrutura. Grande parte das

pessoas manifesta-se insatisfeita quanto à aparência e percorre de forma insana as clínicas de estética perse-guindo ideais de beleza nem sempre compatíveis com seu tipo. O corpo se tornou maleável, dócil, pronto para receber a modelagem do dia. Nas relações entre pessoas, parece mais valer aqueles que multiplicam as posses do que os que agregam valores. Socialmente, somos intimados a comparecer portando os aparatos recém-anunciados. E, no âmbito dos negócios ou do emprego, não obstante estejam em alta os ditames do toyotismo, que contêm em seu bojo a idéia do “retor-no do afeto entre o homem e o trabalho”, é notório o emaranhado de comportamentos que percorre as su-tilezas da competição por um cargo e que pode atin-gir elevada carga de deslealdade e desdém para com o outro. A esperteza que produz retorno financeiro tem valor inestimável para quem precisa consumir à exaustão aquilo que há de mais supérfluo e que vai ser exibido imediatamente. Tudo isso sem se dar conta da sua submissão a um modelo ideológico erigido sobre uma política-econômica manipuladora.

O ser humano vem ao longo da história sendo clas-sificado conforme manda o mote capitalista: da de-nominação de cidadãos passamos a ser chamados de consumidores. De consumidores estamos em tran-sição para o codinome de endividados. Nunca per-dendo de vista os apelos do mercado que prega a vaidade sem limites! Narciso viu seu reflexo na água e embevecido com a própria beleza apaixonou-se por sua imagem. Não hesitou. Mergulhou em direção a si mesmo. Narciso morreu. E com a morte a vaidade se foi. Ou se trans-formou num mausoléu.

Kátia Matos é psicóloga.E-mail: [email protected]

ESPELHO, ESPELHO MEU...

VIVER BEM

Kátia Matos

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