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ASFALTO BORRACHA UM CAMINHO PARA OS PNEUS INSERVÍVEIS Fazendo a diferença – Um modo diferente de ler o mundo – Pág. 24 Conexão – Vale a pena apostar nELAS! – Pág. 12 Amirp em ação – Programa Amirp/Fabricantes – Pág. 8 Publicação Bimestral da Amirp Associação Mineira dos Reformadores de Pneus Ano 1 – Nº 9 – Março/Abril 2009

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ASFALTO BORRACHAUM CAMINHO PARA OS PNEUS INSERVÍVEIS

Fazendo a diferença – Um mododiferente de ler o mundo – Pág. 24

Conexão – Vale a penaapostar nELAS! – Pág. 12

Amirp em ação – ProgramaAmirp/Fabricantes – Pág. 8

Publicação Bimestral da AmirpAssociação Mineira dos Reformadores de Pneus Ano 1 – Nº 9 – Março/Abril 2009

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A necessidade de compreender a importância da mudança, no atual contexto, é para todos. De maneira insistente, a Amirp bate na tecla de que os empresários devem abraçar a causa do associativismo. Eles, por sua vez, demandam cada vez mais por ações que promovam a visibilidade positiva do setor. E hoje a Amirp, representante mineira do segmento que tem a palavra “reforma” como primeiro nome, nos fará pensar em mudanças, mas de maneira geral.

Nessa linha, a revista Pneus & Cia. não ficou para trás e logo se posicionou nesse quesito. No caso dela, a adaptação ocorre diante das novas propostas da reforma ortográfica. Na oitava edição da revista já é possível notar alterações nos textos. Desde janeiro deste ano, as letras K, W e Y passaram a fazer parte do alfabeto. O trema, aqueles dois pontinhos que ficavam em cima de palavras como lingüiça, desapareceu. Virou linguiça. Palavras como idéia, jibóia e feiúra também perderam o acento e algumas outras não têm mais o hífen: auto-escola virou autoescola, por exemplo. Mas calma! Temos ainda até 2012 para aprender as novas regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa; um tratado que tem como proposta unificar a escrita dos oito países de língua portuguesa no mundo.

Mudar não é fácil. No caso da publicação Pneus & Cia., é exigido ainda mais atenção e estudo, sem tempo para sentir receio das mudanças recentes. O mesmo pensamento vale para a Amirp, que promove o associativismo para beneficiar o setor. Nesse caminho, deparamo-nos com a necessidade de refletir sobre o caminhar junto, com visão de longo alcance. Para isso, é preciso amenizar vaidades e enaltecer não o nosso próprio eu, mas o setor que atuamos. E estamos em busca. A importância está no difundir ideias e pensamentos, rever ações e atitudes.

E é devido a essa proposta que você irá acompanhar nessa edição a cobertura completa de uma das frentes da associação mineira em busca de parcerias. A reunião realizada em São Paulo (por uma questão de logística), por exemplo, teve como objetivo dar mais um passo em prol de práticas associativistas. Este trabalho partiu do direcionamento para um público-alvo, para verificar uma aceitação inicial, mas certamente se estenderá a todos os envolvidos no setor; porque é a participação geral que fundamenta o nosso trabalho.

Boa leitura!

Paulo César BitarãesPresidente da Amirp

REFORMA GERAL

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ia.EDITORIALEXPEDIENTE

Diretoria AmirpPresidentePaulo César Pereira Bitarães Vice-presidenteRogério de MatosDiretor FinanceiroFernando Antônio MagalhãesDiretor TécnicoMiguel Pires MatosConselheiro FiscalJúlio Vicente da Cruz Neto

Gerente ExecutivoAder de Pádua

Representante Institucional e TécnicoVanderlei Carvalho

Auxiliar AdministrativoTatiane de Faria

Revista Pneus & Cia.Diretora ResponsávelLuciana Laborne – Reg.: MTb. 12657/MGEditoresLuciana Laborne e Mariana [email protected] Melo, Marcus Friedrich von Borstel,Pércio Schneider e Tom CoelhoRevisão FinalGrazielle FerreiraArte e EditoraçãoIn Foco Brasil (31) 3226-8463www.infocobrasil.comImpressãoPampulha Editora Gráfica (31) 3465-5300www.pampulhaeditora.com.brTiragem5.000 exemplaresCapaTrecho entre Ponta Grossa e Curitiba, no ParanáFoto: Mendonça Jr.

Os informes publicitários aqui veiculados sãode responsabilidade exclusiva dos anunciantes,inclusive, com relação à veracidade.

Os textos editoriais não têm vinculação com osmateriais publicitários.

As opiniões expressas nos artigos assinadossão de responsabilidade dos autores.

É proibida a reprodução total ou parcial de textose de ilustrações integrantes da edição impressaou virtual, sem a prévia autorização dos editores.

Pneus & Cia. – Ano 1 – Nº 9 – Mar/Abr 2009Órgão Informativo da Amirp

Amirp

Av. João César de Oliveira, 452 • Sala 15 • EldoradoCEP 32310-000 • Contagem • MG • Tel: (31) 3356-3342 [email protected] • www.amirp.com.br

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22Pneus e Frotas

Logística: a arte de fazercada vez mais, com cada vez menos

21Cenário

Associativismo: uma fórmulapara lucratividade

15EstratégiaEquilíbrio: a chave para o sucesso

10Amirp em açãoReuniões em destaque

27Valores & valoresReflexões

26Viver bemDe qual lado você está?

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AMIRP EM AÇÃOPrograma Amirp/Fabricantes

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CONEXÃOVale a pena apostar nELAS!

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CAPAUm caminho para os pneus inservíveis

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28 ReformadoresGuia dos reformadores de Minas Gerais

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FAZENDO A DIFERENÇABorrachalioteca: um modo diferenciadode ler o mundo

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.MOMENTO DO LEITOR

Adoro a revista da Amirp. Sempre encontro matérias interessantes e diversifica-das. A última edição estava perfeita. Parabéns.

Ariane Rosa DiasBelo Horizonte – MG

A revista Pneus & Cia. está cada vez melhor, principalmente porque ajuda a cons-cientizar os reformadores. A última edição passou mensagens muito úteis. Percebi que, em tempo de crise, é hora de procurar novas estratégias e ser criativo, e tam-bém de rever conceitos e quebrar paradigmas.

Seria bom se outras entidades tivessem essa visão progressista, em vez de manter uma ditadura sobre conceitos retrógrados. A equipe da Amirp realmente está con-tribuindo para o aprimoramento da reforma de pneus. Parabéns.

José Pedro SouzaGuarujá – SP

Hoje compartilhei a revista da Amirp durante uma aula de Redação Jorna-lística, na faculdade em que leciono, e ela foi muito elogiada. Fiquei feliz e queria dar esse retorno à associação. Aliás, a matéria sobre o Roberto Carlos foi muito útil para o trabalho de um aluno.

Luciano Andrade Belo Horizonte – MG

Parabéns à equipe da Amirp pela matéria “Ecopon-to: para o mosquito não pegar carona nos pneus”. O papel social e consciente da Amirp é louvável e digno de uma associação forte e respeitável.

Ricardo Silva Belo Horizonte – MG

Pela primeira vez recebi a revista e achei interessante o fato de existir uma publi-cação dedicada ao segmento de pneus. Parabéns pela iniciativa que contribui para o desenvolvimento necessário desse setor.

Tiago Gomes Uberaba – MG

Este espaço é seu. Está reservado para suas sugestões e opiniões.Fale com a gente: [email protected]

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A UNIÃO FAZ A FORÇA.

A AMIRP é a associação que reúne

o maior número de reformadores de

pneus do Brasil. Resultado do traba-

lho em conjunto e do apoio oferecido

aos associados. Junte-se a nós.

Associe-se você também e faça

parte desse grupo.

AMIRP – União e força para vencer.

(31) 3356-3342

[email protected]

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À convite da Amirp, foi realizado em São Paulo, dia 24 de março, um encontro dos represen-tantes de empresas que fabricam borracha e

pneu. Apresentar os projetos do Programa Amirp/Fabricantes para conquistá-los como parceiros foi o que motivou a diretoria da associação mineira a organizar a reunião na capital paulista. “O Pro-grama tem como principais objetivos viabilizar ne-gócios que ampliem a capacidade de atendimento da associação. Além disso, pretende-se proporcio-nar mais visibilidade para o segmento de pneus, a princípio, com ações em todo o mercado mineiro”, descreve o gerente executivo e autor do Programa Amirp/Fabricantes, Ader de Pádua.

Dentre as propostas estão: o Projeto TWI, que obje-tiva incentivar os agentes de trânsito a instruir sobre a profundidade mínima de segurança dos pneus e capacitá-los a fazer isso de forma adequada e edu-cativa; e o treinamento de custos, que oferecerá co-nhecimento e práticas da administração de finanças

para os empresários do segmento. Outro projeto é o Varejo Forte, que, em parceria com o Sebrae/MG, irá auxiliar o empresário na organização de seu empre-endimento e na elaboração de um modelo empresa-rial, por meio de ferramentas da gestão moderna.

O Programa não conta apenas com serviços de capa-citação técnica e empresarial, consultorias jurídicas, tributárias e de custos, mas também com intensas ações educativas, como a distribuição de manuais e folders para promover a nova imagem do setor na sociedade. Segundo o diretor executivo da Amirp, a pretensão é desenvolver as ações ainda no decorrer deste ano, realizando-as com compromisso ético, prestação de contas mensal e total transparência com os parceiros, para que eles possam acompanhar e avaliar os resultados no segmento.

Para o presidente da Amirp, Paulo Bitarães, o Programa não caminha apenas em sintonia com os interesses dos envolvidos diretamente no setor, mas sim com o de

PROGRAMA AMIRP/FABRICANTESParceira do associativismo, a Amirp apresenta projetos

para fabricantes de pneu e borracha. É o setor de pneusa favor do trabalho de conscientização.

AMIRP EM AÇÃO

por Luciana Laborne

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Diretoria da Amirp apresentapropostas para fabricantesde pneu e borracha

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toda a sociedade: “é a conscientização em nome da economia, da saúde, do meio ambiente e da segurança no trânsito, benefícios de que todos irão usufruir”.

Após a apresentação do Programa, as ressalvas se di-ferenciaram. “Do ponto de vista do projeto em si, de querer congregar as empresas participantes de um mesmo segmento para educá-las e principalmente dar-lhes a mão em uma hora difícil como essa, está perfeito. Mas é preciso avaliar o contexto atual e os impactos que podem ser causados para as marcas que aderirem ao Programa”, afirma Márcio Furlan, res-ponsável pelo marketing da Bridgestone Firestone.

Ronaldo Pilar, gerente regional Borrachas Tipler, acredita que são movimentos como o apresentado pela associação mineira que irão impulsionar o se-tor dos pneumáticos. “Toda e qualquer intenção de aproximar as pessoas e as empresas envolvidas nesta atividade é importante. O projeto TWI, por exem-plo, irá eliminar as dúvidas de órgãos fiscalizadores quanto à correta verificação do resíduo remanescen-te de borracha nos pneus”.

O gerente da Latino América Nova Teck, Marcelo Amorim, ressalta que o projeto é interessante, mas certos cuidados devem ser observados no momen-to da implantação, principalmente ao aplicar os cursos de capacitação e conscientização do agente de trânsito. “O projeto é válido, interessante, e o mercado necessita de mais informações para o uso do pneu. Mas deve-se ficar atento em enfatizar a instrução, e não a fiscalização ou a punição. Se a ideia de fiscalização prevalecer e a ação do proje-to simplesmente for a de colocar um profundíme-tro na mão de um guarda, ele irá começar a emitir multas aos caminhoneiros e a proposta positiva do projeto, de conscientização educativa, irá se distor-cer”, alerta Amorim.

Já Eduardo Sacco, gerente de marketing da Vipal, aponta como positiva a predisposição de todos em contribuir com a proposta de valorizar o setor para o cliente final. Em contraponto, indica alertas que devem ser pensados, em específico no setor de reforma: “temos que divulgar para o consumidor, em forma de associação, a importância de se esco-lher um reformador habilitado, credenciado, com selo Inmetro”.

De acordo com Sacco, é preciso fazer pesquisas para mapear qual o percentual de autônomos e/ou pequenas frotas que ainda utilizam o trabalho de reformadores não qualificados. Ele acredita que a busca de informação com o consumidor final irá alavancar mais participantes para o projeto. “A questão positiva é a iniciativa, mas é preciso cami-nhar para quantificar o ponto de partida. O projeto carece de alguns indicadores e metas iniciais para

ter respostas do que fazer para o pessoal não bus-car reformadores que não são qualificados”.

Para Sérgio Levorin, gerente da unidade de reforma da Pneus Levorin, o Programa só será bem sucedido se houver a adesão geral. “Para o Programa dar certo, tem que haver a participação de todos que trabalham no segmento de pneus, de transportes, ou que estão envolvidos de alguma maneira com o pneu”.

Após as pontuações para o amadurecimento do projeto, vieram as constatações para a necessidade de caminhar junto. “O momento é delicado e to-dos os empreendedores estão muito atentos para a saída de caixa, mas sabemos que é nesse período que devemos nos associar às outras empresas, para juntos encontrarmos alternativas para estimular o desenvolvimento do setor”, pronuncia o gerente de marketing da Vipal, Eduardo Sacco. Márcio Furlan, da Bridgestone Firestone, também acredita ser a união uma alternativa para o con-texto atual: “o associativismo é uma solução muito interessante, porque a associação junta forças de empresas de um mesmo segmento em prol de um único propósito. Acredito que pode ser esse um ponta-pé inicial para uma parceria de sucesso”. Lilian Amatucci, supervisora de marketing da Mo-reflex, destaca os benefícios do associativismo: “ele proporciona participação e influências para o setor, compartilha experiências e gera um aspecto positivo para todos”. Sérgio Levorin ainda acres-centa: “em relação a esse assunto, não pode haver divergências, na reunião foram todos a favor sem nenhum parecer contra. E, se todos almejam o de-senvolvimento do setor, é preciso agir na direção da prática associativista”.

Reunião Amirp em São Paulo

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REUNIÕES MENSAIS AMIRP

MARÇO

Foi realizado, no dia 10 de março, o encontro men-sal dos empresários de reforma de pneus na Amirp. No começo da reunião, os presentes foram informa-dos sobre os serviços feitos pela associação no início deste ano. O esclarecimento é necessário para que o empresário da reforma acompanhe o desenvolvi-mento dos trabalhos propostos pela Amirp.

Entre as propostas, destaca-se o Projeto TWI. Para apresentar a ideia desse projeto, os representantes da Amirp visitaram o Departamento de Estradas de Ro-dagem (DER), a BHTrans e a TransBetim. O retorno foi positivo por parte de todas as organizações citadas.

Foram também apresentados e explicados os principais índices financeiros da economia, para atualizar o co-nhecimento dos empresários. E, no embalo econômico, foi exposta uma tabela inicial de referência de custos da Amirp. A tabela serve como exemplo para auxiliar os empresários que não possuem um planejamento es-truturado a terem uma primeira noção de como fazer a organização dos custos de seus negócios.

Para finalizar, foi feita uma explanação do cenário do segmento de reforma tanto para pneus de passeio como para pneus de carga. E também foram abertas as inscrições dos empresários para o projeto Varejo Forte, do Sebrae-MG, que irá capacitar o empreen-dedor da reforma de pneus.

Os interessados em fazer a inscrição no projeto Va-rejo Forte e/ou em ter acesso à tabela de referência da Amirp devem entrar em contato com a associa-ção pelo telefone (31) 3356-3342 ou pelo e-mail [email protected].

ABRIL

No encontro realizado dia 15 de abril, na sede da associação, a diretoria da Amirp informou as últimas ações da associação e orientou os empresários em relação aos reajustes nos preços a partir dos índices financeiros da economia. O diretor executivo da Amirp, Ader de Pádua, mostrou os trabalhos cumpridos no mês de março. Dentre eles, o destaque foi para a reunião ocorrida em São Paulo, no dia 24/3, para a exposição do Programa Amirp/Fa-bricantes. A proposta foi apresentada também a outros fabricantes, do estado de Minas Gerais. Outra ação comentada foi a realização do primeiro curso do Projeto TWI. De caráter experimental, o consultor técnico da Amirp, Vanderlei Carvalho, mi-nistrou o curso para os agentes de trânsito da Trans-Betim, na prefeitura local. O objetivo é conscientizar os agentes sobre a importância de se verificar as condições de rodagem dos pneus e capacitá-los para tal tarefa, contribuindo, assim, para a segurança no trânsito. Quanto às outras ações em andamento, o executivo da Amirp ressaltou que a diretoria conti-nua com o trabalho de visitar os órgãos fiscalizado-res para solicitar a regulamentação do setor. Na ocasião, Ader fez uma explicação sobre os índi-ces financeiros da economia, ilustrando com uma aplicação de reajuste no preço. A reunião também contou com a presença de representantes do escri-tório de advocacia Mercadante Advogados Asso-ciados, que é parceiro da associação. A advogada tributarista, Roxane Chagas, se dispôs a orientar o empresário da reforma em questões como a recupe-ração de créditos tributários.

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Reunião Amirp de março

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Reunião Amirp de abril

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CURSO TWI PARA AGENTESDA TRANSBETIM

Um curso, de caráter experimental, do Proje-to TWI foi realizado para os agentes de trân-sito da TransBetim, no dia 14 de abril, na sede da prefeitura de Betim.

O objetivo é conscientizar os agentes de trân-sito sobre a importância de se verificar o ín-dice de TWI, e capacitá-los para instruir os motoristas, de forma adequada e educativa, sobre as condições de rodagem dos pneus.

À frente do curso, o consultor técnico da Amirp, Vanderlei Carvalho, constatou a acei-tação dos funcionários. O consultor conta que o interesse dos agentes o motivou ainda mais para realizar o curso em todos os ór-gãos fiscalizadores de trânsito de Minas Ge-rais. “A curiosidade deles foi o diferencial. Entusiasmaram-se quando descobriram as particularidades do pneu, como fazer para prolongar sua durabilidade e a importância da sua funcionalidade para a segurança no trânsito, que muitos renegam a um segundo plano”, declara.

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Curso piloto do Projeto TWI ministrado para os agentes de trânsito da TransBetim

Veículos zero-quilômetro deverão ter air bag até 2014

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que estabelece a obrigatoriedade do uso do air bag, para o condutor e o passageiro do ban-co dianteiro. A exigência será regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que também determinará as especificações téc-nicas do acessório. Até 2014, todos os veículos zero-quilômetro vendidos no Brasil deverão sair da fábrica com o air bag duplo.

Amirp informa

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Elas lutaram, contestaram e foram às ruas reivin-dicar melhores condições de trabalho e o direito ao voto. As manifestações femininas que ocor-

reram na virada do século XX renderam ao mundo o Dia Internacional da Mulher. A comemoração ocorre todo dia 8 de março e não se limita a homenagear as mulheres apenas nessa data. O intuito é remeter, dia após dia, tanto as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, como as discriminações e as violências a que muitas ainda estão sujeitas.

E é nesse cenário, diga-se de passagem, de conside-ráveis transformações, que gradativamente inúmeras mulheres buscam e conquistam respeito à sua dig-nidade pessoal, social e profissional. Na contramão dos moldes tradicionais, elas marcam presença em espaços antes considerados exclusivos para os ho-mens e dão continuidade a um percurso de mudan-ça. De carona nessa trajetória, a Pneus & Cia. busca histórias de mulheres comuns, mas que transportam em suas bagagens lições e aprendizados, e ainda de-monstram força para reformar preconceitos.

Determinação e paciência são virtudes que não fal-tam para a jovem de 24 anos, Ana Paula Amaral. Filha de um mecânico aposentado, ela sempre foi fascinada com o funcionamento dos veículos. Essa paixão já rendeu para sua recente carreira a realiza-ção de dois sonhos: trabalhar em uma autoescola e conseguir a vaga de motorista profissional de cami-nhão em uma transportadora mineira, a Transrefer Transporte e Logística Ltda. “Assim que completei a maioridade, tirei a habilitação ‘B’. Dois meses depois consegui a de moto, já pensando na autoescola em que iria trabalhar futuramente. Amo dar aula, mas precisava de um novo desafio”, relembra Ana.

A jovem motorista, que trabalha há cinco meses na transportadora, anda com os cabelos amarrados para evitar o incômodo do calor e não deixa faltar em sua bolsa batom, protetor solar e um kit higiene. Com tan-tas precauções, demonstra que feminilidade pode ser bem acomodada atrás do volante do caminhão. “Mi-nha vaidade caminha entrelaçada com minha profissão. São aspectos diferentes, que não interferem um no ou-tro. Porque, se tiver que trocar um pneu, eu troco”.

Por mais que ideias, que questionem a força feminina, pareçam ultrapassadas, Ana Paula ainda vivencia situ-ações de preconceito. “Na rua, escuto coisas do tipo: ‘tinha que ser mulher’ ou ‘deveria dirigir fogão’. Mas isso não me abala, continuo a minha batalha. Não de-sisto por causa do que uns e outros falam. Tenho cer-teza de que, assim, imponho o meu respeito”, explica a motorista, que sabe que é o seu próprio desem-penho profissional o responsável por fazer qualquer preconceito cair por terra. “No trabalho, faço questão da opinião e sugestão dos colegas. Uma coisa que eu amo é aprender. Por mais que eu saiba, eu não gosto de falar que já sei. Prefiro falar que entendo, mas que gostaria de saber um pouco mais”, revela Ana.

Com carteira de habilitação nas categorias de “A” a “D”, a pretensão de Ana é conseguir a habilitação na categoria “E”, a única que ainda resta: “meu objetivo é me tornar habilitada para conduzir as carretas. Tenho consciência que a realização de to-dos os meus sonhos foi decorrente do tempo e da paciência. Mas, paciência? Pra mim não falta, ain-da mais porque amo o que faço. E, se pego alguma coisa para fazer, eu vou até o fim”, diz confiante. E caso você se questione: de onde vem tanta cora-gem e determinação para essa jovem mulher? Ela logo esclarece: “para tudo, eu me apego na oração

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Ana Paula Amaral – motorista de caminhão

por Luciana Laborne

VALE A PENA APOSTAR NELAS!

CONEXÃO

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e todos os dias, antes de sair de casa e da empresa com o veículo, rezo e peço a Deus para me iluminar e proteger”.

Quem acompanha o desenvolvimento da motorista também se pronuncia. De acordo com a supervisora geral da transportadora, Nathalie Fernandes, a empre-sa apostou na contratação de Ana Paula, a título de experiência, e atualmente percebe que o investimento na mulher é uma estratégia de marketing positiva para a empresa. “Ter uma mulher conduzindo um caminhão e entregando cargas ainda é uma situação diferente e chama a atenção. Os pontos potenciais dessa estraté-gia estão no relacionamento com o cliente, na educa-ção, na gentileza e na flexibilidade”, enumera.

No embalo, o gerente de frota da Transrefer, Ulis-ses Malagoli, complementa: “a mulher geralmente possui mais jeito de se relacionar. Tanto os clientes como os ajudantes que saem com os motoristas dão o retorno de que comunicar com ela é mais fácil. A entrada da Ana Paula na empresa abriu portas para novas oportunidades a mulheres motoristas”, informa Malagoli.

“Tudo tirado do volante”

A frase que constitui o título acima foi afirmada por Vanda Saviotti, que, repleta de satisfação, enumera os benefícios que o trabalho no volante a propor-cionou: um ônibus escolar ano 88, três vans, quatro lojas para alugar, casa própria e um sítio. Mas, den-tre os produtos adquiridos ao longo de 30 anos de trabalho, é a graduação das duas filhas que a enche de orgulho.

Sua história se resume assim: ano de 1979, casada, sem emprego e com uma paixão, lidar com crianças. Começa então a trabalhar como ajudante do ma-rido, no transporte escolar. “Essa profissão foi um presente. Primeiro porque tenho paixão por crianças e amo lidar com o público, depois porque, mesmo sem ter tido condições de estudar, fui abençoada

pela oportunidade de trabalhar e, ainda por cima, com o que sempre quis”, diz.

Em 1985 Vanda assumiu o volante do ônibus e hoje faz do transporte escolar não só uma forma rentável de empreendimento, mas um meio honesto, alegre e sem-pre seguro de transportar vidas. “Peguei o escolar, levei em frente e fui bem aceita. Comecei com meu esposo e criamos nossas filhas dentro do especial, no bebê con-forto, carregando até banheira”, conta Vanda.

Escolha que, no início, rendeu a Vanda e ao mari-do trabalho de segunda a segunda, sem direito a finais de semana: “quando precisávamos, não po-

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Vanda Saviotti – motorista de ônibus escolar

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díamos escolher, tínhamos que nos sujeitar a toda a demanda de transporte”. Atualmente, transportan-do 55 crianças em seu ônibus, Vanda e sua família já conseguem ter o privilégio de trabalhar apenas de segunda a sexta, no turno da manhã e da tarde. “Agora tenho casa própria, construída em 1992 – até então morava com a minha sogra – e minhas filhas já formadas”.

As filhas de Vanda: Andréia – de 29 anos, formada em pedagogia – e Poliana – de 24, formada em ad-ministração – hoje dão continuidade ao trabalho e ao exemplo dos pais, e transportam os filhos daqueles que já foram levados por sua mãe quando eram crianças.

Nessa família tradicional no transporte escolar de Belo Horizonte, conselhos não faltam para que o amor ao trabalho não se perca no caminhar das gerações. Para Vanda, o regente geral disso é o respeito para com to-dos. “Da faxineira à diretora da escola. No trânsito, a mesma coisa. Respeito e paciência são fundamentais. Nunca ‘encrespar’ com nada e cumprir com todas as obrigações”, especifica Vanda, que ainda ressalta que cordialidade é sempre bem vinda, ainda mais quando se trabalha diretamente com crianças. “No trânsito temos que ser sorridentes, dar passagem para as pes-soas, evitar as confusões. Para crianças, nada passa despercebido. Lidar com elas é uma coisa divina, estão sempre sorrindo, são verdadeiras e espontâneas”.

E, quando a pergunta remete ao preconceito, ela re-lata: “nunca presenciei situações de preconceito com os pais dos meus alunos, apesar de ter sido uma das pioneiras a dirigir ônibus na cidade. No trânsito ainda existe o preconceito quando se deparam com mulhe-res à frente de ônibus. E, por mais que às vezes fique chateada, por minhas crianças, não falo besteiras. Dou um sorriso e as encaminho com Deus”.

Carinho doado, reconhecimento garantido. Assim, Vanda, vez ou outra, é surpreendida com convites dos pais de seus alunos para festas de aniversário, formaturas e até mesmo para representá-los em al-guns eventos no colégio.

Agora, para finalizar esta conversa, peço permissão e abro aspas: “esse ônibus 88, de tantas histórias e que transporta tantos filhos de coração, faz uso de pneu reformado?”. Vanda, sem pestanejar, respon-de: “utilizo a primeira reforma nos pneus porque, além de sair mais em conta, é seguro. Segurança que nem discuto. Se não tivesse certeza disso, não os usaria de forma alguma”.

Se ela usa reforma... esta faz reforma!

Juliana Santos, de 25 anos, casada e mãe de dois fi-lhos, também assumiu uma profissão que há alguns

anos era exclusiva da mão de obra masculina. Alguns ainda podem estranhar, mas, há mais de dois anos, a garota de poucas palavras, mas de ar determina-do, trabalha na produção de uma reformadora de pneus. Responsável por colocar a borracha na late-ral do pneu, Juliana faz do que antes representava para ela uma função diferente a profissão em que almeja seguir carreira: “pretendo aprender todas as atividades do processo e crescer como profissional da reforma de pneus”.

Gerente de produção da reformadora, Raul Pinheiro, acompanha o trabalho da profissional e diz que o cuidado da colaboradora, na fase de acabamento do processo, é fundamental. “Por ser uma etapa mais minuciosa e detalhada, a mulher se torna a melhor opção. É mais sensível e caprichosa para esses traba-lhos e garante para a empresa qualidade no produto final”, afirma Pinheiro.

E, entre histórias comuns, a vida dELAS lança novos capítulos para um cenário registrado por mudanças. Numerosas tarefas e cada vez mais novas funções esboçam diariamente essa história, em que o capí-tulo intitulado “Reconhecimento” poderá ter você, leitor, como personagem principal. Seja no papel de reconhecer abertamente as faces da mulher na so-ciedade ou no papel de ser essa mulher que busca, incessantemente, por autonomia.

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Juliana Santos – auxiliar de recauchutagem

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ia.ESTRATÉGIA

EQUILÍBRIOA CHAVE PARA O SUCESSOPESSOAL E PROFISSIONAL

A pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, em maio de 2007, respondida por mais de

1.000 executivos de 350 empresas, apontou a busca pelo equilíbrio entre vida profissional e familiar como a maior fonte de angústia dos profissionais, indicando ainda que:

• 84% dos executivos estão infelizes no trabalho;• 40% das executivas não têm filhos;• 54% estão insatisfeitos com o tempo dedicado à

vida pessoal;• 35% apontam problemas com o chefe como a crise

mais marcante da vida;• 76% acessam o e-mail profissional fora do horário

de trabalho.

Dentro desse contexto, nota-se como é impraticável dissociar a vida pessoal da profissional, ou seja, não há como, ao adentrar nos domínios da empresa, re-levar problemas familiares e questões financeiras, por exemplo, estabelecendo foco exclusivamente nos in-teresses corporativos. Falar em produtividade e busca por resultados torna-se, assim, mera retórica.

O grande desafio que enfrentamos está em buscar o equilíbrio no que chamo de “Sete Vidas”. Devemos ter cuidados com a saúde física e mental, com ênfase em aspectos como sono reparador, nutrição funcional e prática esportiva regular e prazerosa.

Na vida afetiva, é importante preservar relaciona-mentos interpessoais com pais, irmãos, filhos, amigos e cônjuge. Lembre-se sempre de que seus familiares serão as pessoas com as quais possivelmente você poderá contar nos momentos de incertezas. Lembre-se também de que seus filhos precisam mais de sua

presença do que de seus presentes e de que um relacio-

namento conjugal sólido é lastreado no diálogo, na cumplicidade e no respeito.

A vida profissional compreende o desenvolvimento de competências. Há as competências técnicas (formação e proficiência, metas e planejamento, administração do tempo, negociação, visão sistêmica) e as comportamen-tais (iniciativa, excelência, comprometimento, responsa-bilidade, ousadia, criatividade, determinação, disciplina, paciência, autoconfiança, resiliência). Também há as competências relacionais (comunicação, credibilidade, empatia, persuasão, liderança) e as valorativas (humil-dade, integridade, generosidade, pluralidade, solidarie-dade), além de um conjunto especial de competências que poderíamos chamar de transcendentais (autoconhe-cimento, empreendedorismo, ética e paixão).

A vida cultural transita pelo terreno do desenvolvi-mento de habilidades, do aprendizado contínuo, do lazer e da descoberta do autoconhecimento. A vida social complementa a cultural, abrangendo a respon-sabilidade social, a cidadania e os cuidados com o meio ambiente.

A vida material, por sua vez, diz respeito à importância de se fazer planejamento financeiro, cuidando do or-çamento doméstico e aprendendo a negociar dívidas e aplicar recursos excedentes.

Por fim, a vida espiritual versa sobre expansão da consciência e da espiritualidade – e não religiosidade.

Diante desta multiplicidade de temas e conceitos, faça o teste do espelho e responda: quantas vidas você tem?

Tom Coelho – autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, além de consultor, professor universitário e palestrante E-mail: [email protected]: www.tomcoelho.com.br

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RODOVIAS VOLTAM A SER O DESTINO DOS PNEUS

CAPA16

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UM CAMINHO PARAOS PNEUS INSERVÍVEIS

Mesmo após rodar até o limite, pneus podem retornar para as vias e, o me-lhor, de uma maneira ambientalmente

correta: como asfalto. Isso mesmo. No Brasil já existem trechos de pavimento produzido com o resíduo reciclado dos pneus velhos, o asfalto borracha. Além de amenizar um problema eco-lógico, por dar destino aos pneus sem condi-ções de rodagem, o uso da borracha nas mistu-ras asfálticas melhora a qualidade das estradas e das ruas.

Indiscutivelmente, o pneu é um elemento funda-mental e insubstituível, principalmente em países onde o transporte rodoviário predomina. No Bra-sil, mais de 59 milhões de pneus foram produzidos em 2008, segundo levantamento da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip). Ain-da que o tempo de sua vida útil dure cerca de sete anos, em algum momento ele será inservível. O volume oficial dos produtos descartados não é

registrado, mas sabe-se que a questão da destina-ção final inadequada é alarmante. Os pneus são produtos de degradação lenta e, quando aban-donados em locais impróprios, oferecem riscos à saúde pública e danos ao meio ambiente, pois podem liberar substâncias tóxicas na atmosfera, transformarem-se em criadouros de mosquitos transmissores de doenças, entre outros fatores. A preocupação é evidente e a disposição dos pneus inservíveis é questionada em todo o mundo.

Entretanto, a parte boa da história é que há várias maneiras de reaproveitar os pneus e minimizar os transtornos gerados. O pesquisador, doutor em en-genharia e professor universitário, Luciano Specht, acredita que a solução do problema ambiental este-ja ligada ao consumo em larga escala da borracha, conjugada às diversas alternativas de uso. Dentre elas, o pesquisador destaca a aplicação de pneu-máticos como fonte de energia, combustível de ci-menteiras e, principalmente, como pavimento.

por Mariana Conrado

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Asfalto ecológico

O uso dos pneus na fabricação de asfalto constitui na adição do pó de borracha da reciclagem ao ma-terial de pavimentação. Dessa mistura, compõe-se o asfalto borracha, também denominado como asfalto ecológico, devido às contribuições ao meio ambiente. Specht, que também é especialista em misturas asfálticas com borracha, conta que essa técnica foi desenvolvida nos Estados Unidos na década de 1950 e que ainda hoje a ideia é bem disseminada no país.

No Brasil, a primeira aplicação ocorreu em 2001, por iniciativa do convênio da concessionária de rodovias Univias com a produtora e distribuido-ra Greca Asfaltos e com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Após pesquisas, testes e estudos de laboratório, o segmento ex-perimental do asfalto borracha foi sobreposto em cerca de dois quilômetros da BR 116, no trecho Porto Alegre – Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Segundo o engenheiro Paulo Ruwer, da Univias, o asfalto ecológico é composto de 20% da bor-racha de pneu triturada. Normalmente, para cada quilômetro de pista pavimentada com esse pro-duto, podem ser reaproveitados cerca de 1.000 pneus de carro sem condições de rodagem. Mas, na verdade, “a quantidade de pneus para a exe-cução de um quilômetro desse tipo de pavimen-tação depende de certos fatores, como a espessu-ra da camada de asfalto e a sua largura”, explica o engenheiro.

A concessionária Rodonorte – que foi a segunda empresa a aplicar o asfalto ecológico em sua malha

e a primeira a fazer isso em larga escala no Brasil –, por exemplo, utiliza cerca de 1.200 pneus inserví-veis para revestir um quilômetro de rodovia com o asfalto borracha. “As vantagens desse asfalto vão desde o aspecto ambiental até o técnico. Se não fosse a reciclagem, boa parte desses pneus pode-ria ser depositada em lugares inapropriados. Agora eles ajudam a construir um asfalto ecologicamente correto e de qualidade”, enfatiza o gestor de obras da Rodonorte, Elvio Torres.

Mais que benefícios ambientais

Além de colaborar com o meio ambiente, o uso de pneumáticos como agregado na fabricação de pa-vimento possui outras virtudes também importan-tes. Uma afirmação presente em diversas análises realizadas pelos profissionais da área é: o asfalto borracha proporciona avanços para as rodovias.

O alto volume de tráfego, o excesso de carga por eixo, as temperaturas elevadas e a falta de ma-nutenção são ocorrências comuns nas ruas e es-tradas do Brasil. Essas características contribuem para que as pistas apresentem defeitos como de-formação permanente nas trilhas de roda e trin-camento por fadiga. De acordo com a equipe da Greca Asfalto, em estudo publicado no início de 2009, verificou-se que o asfalto convencional nem sempre consegue atingir as expectativas projeta-das para segmentos que exigem revestimentos de alto desempenho. E, para esses trechos, os técni-cos apontam como alternativa o uso de misturas asfálticas especiais.

Pesquisas comprovaram que o pó da borracha possui aspectos físico-químicos que aprimoram as

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propriedades do ligante do asfalto, o que traz uma série de benefícios. O pesquisador Luciano Specht explica que a melhoria é por causa, principalmente, da elasticidade da borracha e da redução do enve-lhecimento do produto em longo prazo. O estudo da Greca registra que a pavimentação de asfalto ecológico, implantado no segmento experimental (em 2001), teve um comportamento superior, em termos de retardar a reflexão de trincas, compa-rado ao do revestimento construído com ligante tradicional localizado no mesmo trecho.

Os demais testes comparativos acentuam algumas das vantagens técnicas e econômicas do pavimento ecológico. A equipe da Greca ressalta que a pista revestida com asfalto borracha é mais resistente ao desgaste e ao trincamento. Em uma das pesquisas sobre a quantificação da vida útil do asfalto bor-racha realizada pelos parceiros conveniados (Gre-ca, Univias e UFRGS), por meio de um simulador de tráfego, foi observado que o recapeamento em asfalto convencional estava completamente trinca-do após 98 mil ciclos de carga dos caminhões em eixo de 10 tf (tonelada força). Já no recapeamento

com asfalto borracha, a reflexão de trincas só co-meçou após 123 mil ciclos da mesma carga de eixo. A conclusão dos resultados apontou que o reflexo de trincas nos revestimentos do asfalto borracha é de cinco a seis vezes mais lento do que no reca-peamento em concreto asfáltico tradicional. “Re-sumidamente, pode-se afirmar que, a partir desses testes, a camada com borracha duraria pelo menos 25% a mais do que a convencional”, informa o pesquisador Luciano Specht.

Entre outras vantagens do produto ecológico, a equipe da Univias destaca que o asfalto borracha apresenta uma redução do nível de ruído provo-cado pelo atrito pneu/pavimento. E, uma vez que a composição do produto absorve as propriedades elásticas e estabilizadoras da borracha de pneu, o trecho com asfalto ecológico melhora as condi-ções de segurança: o veículo tem mais aderência ao pavimento e freia em menos tempo, diminuin-do, principalmente em dias de chuva, os riscos de derrapagem e de aquaplanagem. Em nota, a equipe conclui que o asfalto borracha apresenta maior segurança; melhor qualidade, diminuindo a

Pós-consumo responsável nosetor de pneumáticos

A disposição final ambientalmente adequada dos pneus inservíveis é regulada pela Resolução 258 do Conama, que institui a responsabilida-de, pelo ciclo completo da mercadoria, ao pro-dutor e ao importador. A legislação estabelece que, para cada quatro pneus novos fabricados ou importados, eles devem dar a destinação fi-nal correta a cinco pneus inservíveis.

Por iniciativa da Reciclanip, entidade criada pela Anip, desde 1999 funciona o Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis. Em março deste ano, o programa bateu recorde: 200 milhões de pneus inservíveis tiveram destinação ambientalmente adequada no Brasil. Segundo a entidade, essa quantidade é suficiente para equi-par duas vezes toda a frota de automóveis do país, que é estimada em 25 milhões de carros. Calcula-se que deixou de ser descartado na natureza apro-ximadamente um milhão de toneladas de pneus.

Em parceria com prefeituras, a Reciclanip possui 374 pontos de coleta em 21 estados no Brasil. Dos ecopontos, os pneus são encaminhados para as empresas de trituração ou de reaproveitamento.

Mais alternativas para oreaproveitamento dos pneus

Os pneus têm várias possibilidades de serem reutilizados. Dentre elas, o pesquisador Lucia-no Specht cita o reaproveitamento para fonte energética, concreto de baixo desempenho, pa-vimentação, muros de gravidade e obras de con-tenção, cobertura de aterros sanitários, absorção de óleos e barreiras contra ruído. O pesquisador diz também que eles podem ainda ser transfor-mados em tapetes automotivos, correias, estofa-dos e outros objetos.

A Reciclanip informa que a maior parte das aplica-ções dos pneus inservíveis vai para as indústrias de cimento, servindo como combustível alternativo de energia (80%). Em segundo lugar, está a fabri-cação de pó de borracha, artefatos, asfalto (15%) e, em seguida, vem a produção de matéria-prima para, por exemplo, solado de sapato, dutos flu-viais, entre outros (5%).ara, por exemplo, solado de sapato, dutos flu-ais, entre outros (5%).

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frequência de restaurações e intervenções na ro-dovia; e ainda maior durabilidade, o que promove economia na pavimentação.

Verdade seja dita

Você deve estar se perguntando: se é ecologica-mente correto e a eficiência é comprovada, o que falta para os municípios e concessionárias expan-direm a aplicação do asfalto borracha nas rodovias brasileiras? Apesar das vantagens fundamentadas, o engenheiro Paulo Ruwer e o especialista Luciano Specht explicam que há barreiras que desencora-jam a utilização em larga escala das misturas as-fálticas modificadas com borracha.

Ruwer não esconde o fato de que, para fabricar o pavimento com borracha, se gasta um teor maior de asfalto na mistura “asfalto/agregado pétreo”, o que gera certa polêmica por esse fato não ser um aspecto ecológico. Além disso, outra questão importante é que o custo inicial de implantação do asfalto borracha é maior do que o asfalto co-

mum. “O preço varia de acordo com a estrutura do asfalto. A título de exemplo, para a aplicação de um quilômetro em uma pista de 7,50m de lar-gura com uma camada de 5cm de espessura, o

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Aplicação de asfalto borracha

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custo do ecológico é da ordem de R$220 mil e do convencional é de R$ 180 mil, ou seja, é cerca de 18% mais caro”, diz o engenheiro, que logo completa: “porém, tal diferença é compensada por sua maior durabilidade”.

O especialista Specht compartilha da mesma opi-nião: “tendo em vista a baixa manutenção que será necessária com o passar dos anos, a relação custo/benefício do asfalto borracha é lucrativa sobre os ligantes convencionais”. Na opinião de Ruwer, o uso desse produto tem crescido no Brasil, mas se não contempla a totalidade dos investimentos em restaurações é porque certamente a comunidade técnica não ignora nenhum aspecto da questão.

Para a utilização em grandes proporções de pavi-mentos feitos com borracha nas rodovias brasilei-ras, Luciano Specht acredita que é preciso investir em equipamentos apropriados, desenvolver mais pesquisas sobre o assunto e também obter um maior incentivo dos gestores públicos. “É necessá-rio se ter normatização dos órgãos oficiais rodoviá-rios para que a técnica seja mais utilizada”, diz. Ele conta que nos EUA existem leis que estabelecem a utilização de um percentual mínimo de borracha reciclada na produção de misturas asfálticas. “Os estados norte-americanos, como a Flórida, Califór-nia e Arizona, têm larga experiência com o uso do pavimento feito com borracha”, detalha.

Busca de incentivo

Segundo o especialista, ainda não há, no Brasil, incentivo oficial para a incorporação da borracha na composição das misturas do asfalto. Em Minas Gerais, o deputado Gustavo Valadares é autor de um projeto de lei que incentiva a fabricação do asfalto ecológico. A proposta de Valadares apro-veitou ideias expostas anteriormente pelo deputa-do Sávio Souza Cruz. O texto prevê que o estado dê preferência à massa asfáltica produzida com borracha de pneus em desuso na recuperação de vias públicas. “O projeto já foi aprovado, em 2008, em 1º turno pelo Plenário da Assembléia Legislativa. Agora aguardamos o parecer em 2º turno da Comissão de Meio Ambiente, para que seja votado definitivamente em Plenário”, diz Gustavo Valadares.

De acordo com o deputado, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) já regulamentou pa-râmetros para a utilização das carcaças de pneus inservíveis como agregado na composição do as-falto, a fim de aumentar o reaproveitamento dos resíduos. Trata-se da Resolução 258, que, no en-tanto, se refere mesmo é à obrigação dos produ-

tores e importadores de pneus oferecerem destino correto ao produto quando não há possibilidade para o uso veicular e nem para os processos de reforma. Para Valadares, são poucas as iniciativas para o asfalto borracha: “talvez porque o tema seja relativamente novo para o nosso país”.

Aos quase oito anos de utilização do asfalto bor-racha, o Brasil possui cerca de 3.000 quilôme-tros de rodovias recapeadas com o pavimento ecológico, segundo estimativa da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfal-tos (Abeda). Em Minas, o asfalto borracha foi aplicado pela primeira vez na capital em obra concluída em 2006.

O segmento revestido foi o do corredor Boulevard Arrudas, em um trecho da linha que liga o centro de Belo Horizonte ao aeroporto de Confins (que é de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais – DER/MG). Segundo a Secretaria de Estado de Trans-portes e Obras Públicas (Setop), foi pavimentado 1,42 km, com pista de 13m de cada lado, totali-zando 37.000m² de aplicação. O Setop informa também que o uso do asfalto ecológico nessa obra foi uma exigência da prefeitura.

Caso a lei mineira proposta por Gustavo Valada-res seja sancionada pelo governador Aécio Neves, será regulada a aplicação prática do revestimento de asfalto borracha no estado. E, com mais incen-tivos, as empresas de todos os setores que atuam, desde a produção à aplicação do asfalto borracha, teriam benefícios na operação, na qualidade das rodovias e, ao mesmo tempo, contribuiriam com a proteção ambiental.

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Boulevard Arrudas, em Belo Horizonte. Primeira apli-cação de asfalto borracha em Minas Gerais.

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CENÁRIO

ASSOCIATIVISMOUMA FÓRMULA PARA LUCRATIVIDADE

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Desde 1996, trabalho com software (tecnologia da informação – TI) para o segmento de refor-ma de pneus. Ao longo desses anos, tenho per-

cebido que os empresários do setor estão entendendo, ainda que pouco a pouco, que se associar é um fator chave para obter e manter a lucratividade. Mais do que isso, o associativismo garante respeito, cumplicidade, pensamento sistêmico, ações conjuntas e planejamen-to de futuro. Não é à toa que as ações da Amirp têm sido destaque no setor em todo Brasil.

Lanço um desafio: façam uma comparação. Empresá-rios que são membros de associações, sindicatos e que têm participação ativa, notoriamente, possuem um re-sultado superior aos dos demais.

Um estudo realizado em 2008, pelo Sebrae-PR, por meio de pesquisas com empresários de diversas áreas e que possuem tempo de empresa diferentes, apontou um fato comum: TODAS as empresas que fecharam/faliram não estavam associadas a nenhum sindicato, tampouco à sua entidade de classe, nem procuraram outras organizações associativistas.

Percebem? Acontece que quando estamos em um grupo de interesse e objetivos em comum, podemos trocar experiências, nos relacionar e discutir o presente e o futuro. Podemos ter uma visão do cenário e, assim, nos preparar melhor para o mercado.

Acredito que muitos empresários têm dúvidas do tipo: “o que ganho me associando?”. Pois aí vai minha opi-nião: ganha-se muito! Mas o resultado e o dinheiro não vêm logo no segundo dia pelo correio. Aliás, os ganhos chegam de diferentes formas e a longo prazo, mas são constantes e duradouros.

Quando a pergunta é do tipo: “e se a minha associa-ção não faz nada para o setor?”, aí noto uma insatisfa-ção decorrente da espera pelo benefício imediato para a empresa. Não é crime nem pecado querer dinheiro e lucro, mas é preciso ter a consciência de que, se o setor vai bem, todos ganham. E você pode contribuir para isso, trabalhe em prol de sua associação.

O setor é carente de líderes guerreiros, de pessoas que tomam a frente de sindicatos, entidades e associações com pensamento e planejamento coletivo; que acredi-tam na união para ganharem hoje e amanhã. O seg-mento precisa daqueles que não pensam no poder do cargo e sim no que podem trazer e fazer para o desen-volvimento do setor e o sucesso de todos.

Não que faltem empreendedores e empresários no setor. Pelo contrário, acredito que esse segmento é um dos que mais empregam pessoas empreendedoras, que começa-ram como funcionários ou em pequenas oficinas e bor-racharias e se tornaram reformadores de pneus.

Deixo, então, o pensamento: associar-se é necessá-rio, relevante e vital para você e sua empresa. Te-nha atitude agora, para não ficar no lado dos que reclamam depois.

Marcus Friedrich von Borstel – presidente do Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação e vice-presidente da Assespro PR

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Na penúltima edição, fiz um breve co-mentário sobre uma fabulosa lição de logística que tive a oportunidade de

presenciar. E, como fiquei devendo à equipe da Pneus & Cia. e a vocês, leitores, vou tratar, nesta publicação, desse assunto, mas por um ângulo diferente.

Primeiro, é preciso conceituar. No dicionário Michaelis, o verbete “logística” tem as seguin-tes definições: 1- aritmética aplicada; 2- álge-bra elementar; 3- lógica simbólica e 4- ciência militar que trata do alojamento, equipamento e transporte de tropas, produção, distribuição, manutenção e transporte de material e de outras atividades não combatentes relacionadas. Mas todos esses conceitos não são suficientes para definir o que hoje é a logística.

Quem estuda o assunto aprende que é na época das Guerras Napoleônicas, do século XIX, que nasceu a logística e que é a partir da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) que ela passou a ser tratada como ciência, quando ocorreu seu maior desenvolvimento pela necessidade de abastecer as frentes de batalha com munição, alimentos, remédios e outros suprimentos.

Ainda hoje, a logística é uma ciência em desen-volvimento, mas erroneamente confundida com transporte. Transporte não é logística. Transpor-te é apenas uma pequena parte da logística, res-ponsável pela movimentação de materiais.

Atualmente, o conceito de logística é bem mais amplo e muitas ações que recebem outras deno-minações são, na realidade, operações logísticas. Por exemplo: quando entramos num grande su-permercado temos à direita o setor de eletrodo-

mésticos. Por que essa é a primeira seção que vemos ao entrar? Simples. Quando vamos fazer compras, se esse setor ficasse no final do espaço do mercado, só iriam até lá as pessoas que efeti-vamente estivessem à procura de algum produto específico, e é sabido que boa parte das compras nesse segmento é feita por impulso. Além dis-so, por não ser possível colocar uma televisão num carrinho já lotado de gêneros alimentícios e materiais de limpeza – pela falta de espaço – isso poderia inibir ainda mais as tais compras por impulso. Marketing? Como estratégia, sim. E também logística, no que se refere à arrumação do local.

Em 1970 se falava muito das técnicas da indús-tria japonesa e boa parte delas era copiada no Brasil. Dentre elas, surgiu o conceito da dispo-sição em forma de “U” nas linhas de produção das indústrias, que diminuíam as distâncias entre um setor e outro, agilizando a produção pela re-dução do tempos, já que os deslocamentos eram menores. Pura logística.

Outra mudança que ocorreu nos últimos 20 anos foi a padronização. Se na montagem de um produto todos os parafusos forem iguais, em qualquer ponto do equipamento, teremos apenas um item como esse no estoque. Cha-mou-se isso de racionalização, mas não deixa de ser logística.

A melhor definição de logística que já vi foi no curso técnico de logística e transporte de cargas que fiz no Sest/Senat: logística é a arte de fazer cada vez mais, com cada vez menos. E isso pode ser aplicado a qualquer atividade, não apenas no transporte. Aliás, logística é algo que qualquer indústria ou empresa necessita e deve ter.

PNEUS E FROTAS

LOGÍSTICA

A ARTE DE FAZER CADA VEZ MAIS,COM CADA VEZ MENOS

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No ano passado fui convidado para apresentar um workshop na NTC & Logística para umas poucas pessoas, mas que representavam gran-des empresas do setor e verdadeiros operadores logísticos. Aos presentes, fiz uma pergunta: por que suas empresas são capazes de oferecer solu-ções logísticas a seus clientes, mas são incapazes de realizar logística internamente?

Após a surpresa inicial, e à medida que fui de-senvolvendo o tema, comecei a ver uma cabe-ça após a outra balançando em sinal afirmativo, numa concordância silenciosa.

O que quero dizer é o seguinte: apesar de toda a capacidade técnica que essas empresas possuem, dentro de seus muros, a logística não é aplicada.

Na edição nº 5 comentei que, quando uma trans-portadora possui borracharia própria, geralmente ela está localizada no ponto mais distante em re-lação à portaria, o que acaba servindo como des-culpa para não realizar a calibragem dos pneus, por causa do difícil acesso. Disse, também, que a calibragem não precisa ser feita na borracharia e sim em algum local onde exista um ponto de ar comprimido e um calibrador, e que a portaria é o único local por onde passam todos os veículos. Instalar o equipamento de calibragem próximo à portaria é logística.

No período de 2002 a 2005, colaborei com a revista Transporte Mundial e, na edição nº 10 (junho/julho 2003), foi publicado um texto com o título “Logística sem estepe não vale”. Todas as empresas, de qualquer ramo de negócios, querem trabalhar com níveis de estoques os mais baixos possíveis e, para que isso aconteça, é de fundamental importância que seus pedidos sejam entregues no momento certo, nas quantidades corretas e em perfeito estado. Naquela edição, comentei que de nada adianta ter um excelente

planejamento e, no meio do caminho, um pneu furar e o estepe não servir para nada além de ocupar espaço. Nesse caso, todo o planejamento feito vai por água abaixo, porque o caminhão não pode seguir viagem pela inadequação de um único componente que, aliás, é item obrigatório, de acordo com a legislação.

Outro absurdo comum é permitir que o setor operacional interfira em outros departamentos da empresa. Aquela velha história de deixar a revisão para depois porque se precisa fazer mais uma viagem é pura falta de logística. Se forem bem planejadas as operações, nelas devem estar incluídas as paradas necessárias para as revisões e manutenções.

Certa vez, ao dar um treinamento numa frota que realizava viagens entre o porto de Santos e o interior do estado, transportando açúcar e soja, os motoristas comentaram que apenas fa-ziam a remonta do óleo do motor, e havia casos de caminhões em que o óleo não era trocado há mais de um ano. E isso numa frota nova, com cerca de 50 caminhões com no máximo três anos de fabricação. Sabem o que aconteceu? Faliu.

Sempre que vejo pintado num caminhão o nome da empresa seguido de “Transportes e Logística Ltda.”, penso que é bem possível que não tenha logística, mas apenas uma pintura bonita. Para ser levado a sério, o nome correto é “Logística e Transportes”. Primeiro o planejamento, depois o transporte.

Assim, se você possui logística, se pretende ofe-recer soluções logísticas aos embarcadores, seus clientes, nada melhor que apresentar um vistoso cartão de visitas: realize logística internamente.

Pércio Schneider – especialista em pneus da Pró-SulE-mail: [email protected]

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Mineiro, de Sabará, Marcos Túlio Damas-cena, de 30 anos, pode ser considerado o personagem inusitado da editoria “Fazen-

do a diferença”. E não é apenas por sua simplicida-de, que ganha voz numa gargalhada contagiante, mas pela sensação de surpresa proporcionada du-rante todo um despretensioso bate-papo. Conside-rado um inovador em iniciativas nada convencionais, Marcos, que é filho de borracheiro e um apaixonado pela leitura, fez da borracharia de seu pai, Joaquim Damasceno, instrumento de incentivo à prática da leitura entre a comunidade.

Para entender melhor, uma breve retrospectiva. Joa-quim Damasceno, borracheiro há 40 anos, montou, há 12, na região metropolitana de Belo Horizonte, Sabará, uma borracharia. Em 2001, seu filho, Mar-cos Túlio Damascena resolve ajudar o pai no ofício. Até aqui, nenhuma novidade que ultrapasse a velha máxima de que “filho de peixe peixinho é”. Mas é

no decorrer do primeiro ano de trabalho de Marcos na borracharia que a história começa a mudar. Ao perceber que a leitura por jornais, comprados por seu pai todas as manhãs, era uma maneira eficaz de promover a interação entre a comunidade e a bor-racharia, já que muitas vezes as pessoas vinham até ao estabelecimento apenas para ler os jornais, ele questionou: “por que não trazer alguns livros para diversificar a leitura dos clientes?”, relembra Mar-cos, que sempre teve em seus sonhos a vontade de trabalhar com as palavras, as histórias e os livros.

Assim, há quase sete anos, Marcos criou uma bi-blioteca num canto do imóvel alugado pelo pai. O espaço, de 200 metros quadrados, passa então a ser o cenário de um convívio harmônico entre pratelei-ras preenchidas por livros, pneus e outras ferramen-tas. Conhecida como Borrachalioteca, o acervo que começou com cerca de 70 livros doados por uma biblioteca pública foi aos poucos ganhando novos

BORRACHALIOTECA: UM MODODIFERENCIADO DE LER O MUNDO

Você já imaginou parar em uma borracharia para trocar os pneus e se deparar com prateleiras repletas de opções de leitura? Em uma cidade histórica de Minas Gerais, essa oportunidade diferente de conhecimento é possível.

FAZENDO A DIFERENÇA

por Luciana Laborne

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Marcos Túlio em uma rodade contação de histórias

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exemplares dos próprios clientes, que se encarrega-vam de trazer as doações. O boca a boca espalhou a informação e a iniciativa não parou de prosperar. Em 2005, a prefeitura local decidiu colaborar e alugou uma loja ao lado.

Atualmente, o acervo possui mais de 10 mil títulos e gêneros diversificados, como revistas em quadrinho, livros didáticos e técnicos, literatura nacional e es-trangeira, revistas semanais, jornais diários etc. Den-tre as ações realizadas, as Tardes Culturais, em que contadores de história reúnem de 20 a 30 pessoas, merecem destaque. Outra iniciativa, implantada no ano passado, foi a inauguração da Borrachalioteca no bairro Cabral, em Belo Horizonte. A sala, intitu-lada “Son Salvador”, em homenagem ao cartunista mineiro, foi presenteada com 1.500 livros tirados da sede de Sabará. “A borracharia não deu para le-var, mas nossa primeira filial foi toda decorada com pneus”, ressalta Damascena.

Com cerca de 220 empréstimos ao mês em Sabará, e 150 no bairro Cabral, o controle de entrada e saída das obras é feito num caderno. Os usuários não são cadastrados e não pagam pelo empréstimo. A devo-lução também não tem data marcada. E para Marcos, esse é o diferencial que o permite ser considerado um facilitador do saber coletivo. “Marcar prazo de de-volução pode desanimar aqueles que não têm muito tempo ou não conseguem ler com rapidez a levarem um exemplar. E o gratificante é ver as pessoas com livros na mão, lendo”.

A iniciativa rendeu a Marcos a conclusão de um sonho: se graduar no curso de Letras (a Faculdade de Sabará lhe proporcionou uma bolsa de estudos de 50% do valor da mensalidade). Mas, mesmo com o título de bacharel em Letras, o percussor do projeto não abre mão de dar continuidade à tradição e permanece se dedicando à borracharia do pai: “por isso, ir para as salas de aula fica mais complicado. Mas visitar as escolas levando o pro-jeto será minha prioridade”.

Próximas pautas

Ideias não param de fervilhar na mente desse aman-te da leitura. E os planos para a Borrachalioteca são inúmeros. Cursos gratuitos de espanhol, português, interpretação de texto, técnicas de redação e oficina de xadrez são algumas das propostas do projeto que esbarram em problemas financeiros.

Construir uma sede definitiva para a Borrachalio-teca, no terreno cedido pela Arquidiocese de Belo Horizonte, em que não precise pagar aluguel, e levá-la para outros bairros são questões que, para serem colocadas em prática, necessitam da cola-

boração de parceiros, voluntários, da lei de incen-tivo e do fundo estadual de cultura. Um exemplo da proposta da biblioteca itinerante é o projeto “Borrachalioteca sobre rodas”, apresentado para o Ministério da Educação (Mec), que pretende levar aos bairros, nos finais de semana, livros e encontros programados com contação de histórias, cinema de animação, música e oficina de cordel. Na linha de deslocar a Borrachalioteca, Marcos ainda sugere levá-la para as salas de espera: “a ideia é fazer cai-xinhas recheadas de leituras rápidas. Porque assim, a espera em bancos e consultórios seria um pouco menos desconfortável”.

Registrando história

Mais do que armazenar e fornecer emprésti-mos de livros, o objetivo de Marcos é despertar nas pessoas o gosto pela leitura, registrar em sua história o benefício do outro. “A leitura é um meio indispensável de conhecimento: é o prazer que constrói. Hoje, os profissionais das escolas próximas falam que os alunos que fre-quentam a borrachalioteca são diferenciados, porque leem de tudo. São os que mais argu-mentam nas redações... e eu? Só me orgulho disso”, afirma o “borrachaliotecário”, que acredita que a maior recompensa de seu traba-lho é acompanhar a formação dos novos leito-res em cidadãos mais conscientes.

E se o pai de Marcos foi, a princípio, resisten-te às ideias do filho, achando que o jornal que comprava diariamente para os clientes da borra-charia já era mais do que suficiente, atualmente, sente orgulho dos novos rumos do projeto de leitura. A Borrachalioteca ultrapassou as fron-teiras da cidade histórica e, dia após dia, ganha reconhecimento em todo o Brasil.

No ano de 2007, Marcos Túlio conquistou, em Brasília, o prêmio Viva Leitura – uma iniciativa que conta com apoio e realização dos ministé-rios da educação (Mec), da cultura (MinC), en-tre outras entidades educacionais. O trabalho de Marcos foi premiado na categoria bibliote-cas públicas, privadas e comunitárias. Depois, a Borrachalioteca teve sua história relatada em rede nacional. “O mais surpreendente foi ser convidado pela equipe do Globo Repórter, para participar do programa ‘Segredo do Sucesso’. Fiquei receoso e espantado, mas depois com-preendi a justificativa inicial da produtora de que o sucesso não está atrelado a ter uma Fer-rari na garagem e sim a fazer aquilo de que realmente gosta”, finaliza satisfeito Marcos.

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Acredito que em sua vida, assim como na minha, não seja novidade esse tipo de questionamento. Há sempre dois lados.

Bom ou mau, certo ou errado etc. Não raras vezes surge a dualidade com uma pitada de chantagem emocional: de qual lado você está? Do meu ou do deles? Como é cruel a ideia de gostar mais ou me-nos de alguém dependendo da sua opinião sobre um assunto qualquer.

Mesmo não havendo essa chantagem descarada, os lados e os grupos falam alto em nosso cotidia-no. Acabamos unindo-nos às pessoas com quem compartilhamos algumas opiniões aparentemente semelhantes. A partir daí é comum que os indiví-duos comecem a suprimir opiniões discrepantes do grupo, pois um fantasma de censura e rejeição passa a estar presente. Infelizmente, as pessoas que não reprimem seus pontos de vista são mais raras do que eu gostaria. Há poucas pessoas dispostas a conviver com opiniões diversas. Alguns preferem calar-se e engolir pronto o que o meio oferece. Outros optam por não dar sua opinião, mas coagir o outro a en-goli-la. Definitivamente não há interação saudável nessa disputa.

Esses partidos se cristalizam, parece que nossa men-te foi bem condicionada a pensar em dualidades sempre distantes e separadas. Precisa haver mesmo um oito e um oitenta? Não podem existir inúme-ras possibilidades? Talvez seja mais difícil nomear, mas eu continuo achando que excesso de rótulo é prejudicial ao bem-estar. Outra manifestação desses antagonismos forçados no nosso cotidiano é quan-

do há algo errado. Quando surge um problema ou acontece uma coisa ruim, parece que a humanidade se divide em dois grupos: aqueles que fazem parte do problema e os que o solucionam.

O medo de ser enquadrado como parte do problema muitas vezes faz com que algumas pessoas desen-volvam ferramentas e mecanismos para fugir desse estigma. Alguns se tornam campeões em resolver problemas, uma vez que existe o mito de que quem resolve as coisas erradas não pode ser o causador delas. Outros viram exímios acusadores, verdadeiros dedos indicadores numa inquisição sem fim. Há ain-da quem reclame, como se essas queixas lhe puses-sem na posição oposta ao problema. Assim, como em diversas outras situações, vamos nos habituando a usar desculpas, atalhos, rotas alternativas... tudo para não lidar com os fatos.

No fim das contas, e daí se você prefere isso ou aquilo? E daí se você não prefere nenhum dos dois ou ainda prefere um pouco de cada? Qual o proble-ma de hoje querer um e amanhã outro? Talvez haja algum empecilho para você, então tudo bem. Pode ser que não haja e que você nunca tenha pensado sobre isso... quem sabe até hoje tenha escolhido um lado só porque aprendeu que tem que escolher um e excluir o outro. Quer saber? Faça uma respiração profunda e enxergue o universo de possibilidades à sua frente.

Caio Melo – instrutor do Método DeRoseE-mail: [email protected]

VIVER BEM26

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DE QUAL LADO VOCÊ ESTÁ?

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VALORES & VALORES

“A persistência é o caminho do êxito.”

Charles Chaplin

“Lembrete: se procurar bem, você acaba encontrando não aexplicação (duvidosa) da vida, mas a poesia (inexplicável) da vida.”

Carlos Drummond de Andrade

“Disciplina não é somente impor e seguir regras rígidas. É, sobretudo,obter o envolvimento de todos numa mesma dinâmica de trabalho.”

Bernardinho

“Somos feitos de carne, mas temos que viver comose fôssemos feitos de ferro.”

Sigmund Freud

“Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar.”

Abraham Lincoln

“Se você quiser liderar, você deve primeiro servir.”

Jesus Cristo

“Não temas desistir do bom para buscar o melhor.”

Kenny Rogers

“Uma geração planta uma árvore; e a seguinte terá sombra.”

Provérbio Chinês

“A velocidade é irrelevante quando se vai na direção errada.”

Mahatma Gandhi

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