Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

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NECESSIDADES INDIVIDUAIS EM CONTEXTO INSTITUCIONAL Formador: Paulo Vaz UFCD:3548 Évora

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NECESSIDADES INDIVIDUAIS

EM CONTEXTO

INSTITUCIONAL

Formador: Paulo Vaz

UFCD:3548

Évora

Page 2: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Fundamentos Teórico

Cuidados de higiene: cuidados parciais e totais

Higiene geral

Limpeza e desinfecção dos espaços e instalações

Limpeza e desinfecção dos equipamentos emateriais

Page 3: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Medidas de promoção do bem-estar

Limpeza e desinfecção individual e colectiva

Prevenção das úlceras de pressão

Prevenção do risco de acidentes

Prevenção do isolamento e imobilismo da pessoa

idosa

Utilização de meios de primeiros socorros

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Adequação de ementas

Distribuição e fornecimento das refeições

Acompanhamento de refeições

Geriatria - práticas profissionais

Observação participativa do quotidiano

Análise e compreensão das situações observadas

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Higiene é um ramo da

medicina que visa prevenção

da doença

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A noção de higiene não estava presente na

cultura da humanidade há alguns séculos atrás.

Os povos de origem europeia, por exemplo,

não tinham o hábito de asseio que temos nos

nossos dias.

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Nos séculos XIX e XX, a descoberta de que vários

micróbios causam doenças, tornou a higiene

fundamental para a manutenção da saúde.

A higiene pessoal é essencial para o bem-estar físico e

mental, promovendo a saúde e prevenindo a doença.

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Torna-se importante, pois, assegurar a sua

integridade. A idade influencia o estado da pele

tornando-se mais seca, fina e frágil.

Assim, no idoso, banhos demasiado frequentes

podem contribuir para a secura da pele e devem

ser evitados, sendo aconselháveis hidratações

frequentes.

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Para muitos idosos um

banho total três vezes por

semana é o adequado. No

entanto a frequência

óptima depende das

necessidades individuais.

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A descoberta de que vários micróbios causam

doenças, fez com que a higiene se tornasse

fundamental.

A limpeza do corpo, das roupas, dos utensílios e

das habitações, diminuiu sensivelmente o risco de

infecção por fungos, bactérias e vírus.

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Durante o envelhecimento e a doença, a

capacidade de nos auto-cuidarmos diminui e a

carência de cuidados de higiene aumenta, como tal,

o cuidador deve contribuir para conservar a saúde

e o bem-estar do idoso.

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Cuidados de Higiene

Existem várias formas de prestar os cuidados de

higiene ao idoso, todas elas eficazes, respeitando

sempre a sua privacidade. Temos o banho total ou

parcial no leito, no duche ou na banheira.

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Antes de determinar qual o tipo d banho

adequado deve ser avaliado o grau de ajuda

necessário.

Deve, também, atender-se às preferências do idoso

relativamente à hora do dia, produtos a usar,

frequência e tipo de banho.

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A lavagem de todas a partes do corpo é mais fácil

na banheira ou no duche.

No entanto, a segurança é a principal preocupação

e os idosos têm de ter força, mobilidade e

capacidade mental adequadas de forma a serem

prevenidos acidentes.

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É sensato referir que o banho no leito é uma

necessidade humana essencial para a pessoa que

requer repouso absoluto ou com problemas de

mobilidade, como por exemplo quando ocorrem

fracturas.

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HIGIENE

Então, a HIGIENE é um conjunto de meios e regras

que procuram garantir o bem-estar físico e mental,

promovendo a saúde e prevenindo a doença. Na

vida quotidiana, satisfazemos as nossas próprias

necessidades,.

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Desta forma, durante a prestação de cuidados de

higiene adequados ao Idoso e o seu consequente

conforto físico e mental, deverão ser respeitados

alguns aspetos:

1) Proporcionar higiene e conforto, promovendo a

saúde e prevenindo a doença;

2) Avaliar grau de dependência

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3) Favorecer independência/autonomia (nãosubstituir quando o Idoso tem capacidade pararealizar determinada tarefa, incentivar ao auto-cuidado);

4) Observar todo o corpo, avaliando a integridadecutânea;

5) Promover a integridade cutânea (secar todas aspregas cutâneas e espaços interdigitais, aplicarcreme e massajar todo o corpo, etc.);

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6) Promover mobilização passiva e activa;

7) Promover uma relação interpessoal com Idoso e

Família (por exemplo: identificar-se, explicar

procedimento, incentivar a colaborar);

8) Não impor nova rotina, se possível atender à

vontade do Idoso e aos seus hábitos (por exemplo:

hora e frequência do banho);

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9) Verificar condições ambientais (temperatura,iluminação e ventilação);

10) Respeitar privacidade, dignidade e valoresculturais do Idoso;

11) Assegurar as regras de segurança para o Idosoe para o Cuidador (grades e barras de protecção,tapetes antiderrapantes, não deixar o idososozinho, não deixar que tranque a porta, utilizarluvas, atender à ergonomia, etc.);

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13) Atentar ao material invasivo do Idoso (sondanasogástrica, algálias, soros, catéteres, pensos, drenos,etc.);

14) Preparar todo o material anteriormente;

15) Iniciar higiene propriamente dita, pela cabeça emdirecção aos pés, partindo da parte mais limpa para amais suja;

17) Promover trabalho em equipa, integrando o Idosoe Família na mesma;

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A quebra da capacidade individual para promover a sua própria higiene, pode estar associada a

vários factores, tais como:

A. Cansaço fácil, dispneia (falta de ar) ou astenia (fraqueza);

B. Alterações da consciência e mobilidade;

C. Alterações da percepção e sensibilidade;

D. Dor;

E. Indicação médica

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Cuidados Parciais

Os cuidados de higiene parciais, entendem-se como

os cuidados específicos a cada parte do corpo a

ter em conta. Também podem ser chamados

cuidados de higiene parciais à higiene de parte do

corpo, frequentemente a regiões com secreção

abundante e maior carência de higiene (cara,

mãos, axilas e genitais).

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Cabelo

Os cuidados básicos dos cabelos incluem: observar,

lavar, escovar, pentear e cortar. Atender a alguns

aspectos importantes:

1) Reunir o material necessário: luvas, bacia,

caneca, toalhas ou resguardo, produtos de higiene

do Idoso, pente, escova, tesoura, secador, etc.;

2) Se possível lavar cabelo no chuveiro;

3) Observar alterações do couro cabeludo (lesões,

parasitas, etc.);

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5) Respeitar hábitos do Idoso (frequência de

lavagem, no caso da senhoras a ida ao

cabeleireiro, etc.);

6) Massajar couro cabeludo com as pontas dos

dedos;

7) Se possível manter o cabelo do Idoso curto,

cortando se necessário e houver consenso;

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Pele

A pele é o maior órgão do corpo humano,possuindo enumeras funções, entre elas:

Protecção física e imunitária;

Protecção da desidratação;

Regulação da temperatura corporal (por exemplo,sudação);

Funções metabólicas (por exemplo a luz solar fazcom que o organismo produza Vitamina D);

Órgão dos sentidos (tacto).

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Como tal a higiene de toda a superfície corporal éindispensável, tendo em conta alguns detalhes:

Produtos utilizados: em Idosos semi-dependetes,sem alterações da pele pode-se utilizar sabão,sabonete ou gel de banho convencional, no entantoem idosos dependentes deverá ser utilizado sabãohipoalergénico, pois tem menor potencial deprovocar alergias, promove higiene e não carecede passar por água limpa.

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Poder-se-á aplicar cremes ou óleos, dando

preferência ao creme hidratante. Não utilizar pós

(talco), pois impedem os poros da pele de respirar.

Observação: verificar alterações de toda a pele,

desde feridas por traumatismos ou pressão,

alergias, desidratação, alterações da pigmentação,

da temperatura, sensibilidade, etc.

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Orelhas e Ouvidos

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A sujidade nos ouvidos e orelhas pode provocar

ulceração e infecção, pelo que também devem ser

considerados determinados aspectos importantes

na sua higiene:

1. Durante o banho lavar com água e sabão as

orelhas, não esquecendo a parte posterior da

mesma;

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2. Preparar material necessário: luvas, toalhetes,

algodão, cotonetes, etc.;

3. .Utilizar toalhete, algodão ou cotonete, mas sem

introduzir no ouvido, pois pode traumatizar o

tímpano e o objectivo é retirar a sujidade e não

introduzi-la no ouvido;

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4. Observar presença de cerúmen (cera);

5. Observar alterações;

6. Considerar próteses auditivas.

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Olhos (lavagem ocular)

Os olhos devem ser lavados durante o banho, com

água (alguns produtos podem provocar irritação),

no entanto por vezes é necessário promover uma

higiene particular, em caso de excesso de secreção

ocular.

A limpeza dos olhos deve ser realizada com

compressas, utilizando o soro fisiológico. Sendo

necessária uma compressa para cada olho.

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1. Reunir o material necessário: luvas, compressas esoro fisiológico;

2. Com uma compressa embebida em sorofisiológico, passar suavemente no olho de dentropara fora, a fim de limpar todas as secreçõesexistentes;

3. Repetir o procedimento no outro olho, utilizandonova compressa;

4. Observar alterações do olho, considerarconjuntivites e irritações, etc.;

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Boca: prótese, dentes e língua

(higiene oral)

A higiene oral deverá ser realizada idealmente

após cada refeição e sempre que necessário. Os

objectivos da higiene oral centram-se na

necessidade de manter a boca limpa e húmida,

ajudar a conservar os dentes e mucosa oral,

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Prestar atenção especial a Idosos com presença de

sonda nasogástrica ou necessidade de aspiração

de secreções, tendem a apresentar maior

acumulação de sujidade na boca e maior

desidratação da mucosa oral.

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Pelo que é fundamental a higiene cuidada da

mesma. Dever-se-á trocar o adesivo de fixação da

sonda nasogástrica diariamente, após o banho. Se

o Idoso for capaz de se auto-cuidar, deverá ser

realizada supervisão e, se necessário ensino.

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Caso contrário, deverão ser seguidas as seguintes

instruções:

1. Reunir todo o material: luvas, escova de dentes

ou espátula com compressa, pasta dentífrica, anti-

séptico oral, copo, bacia, toalha, resguardos,

palhinha, vaselina ou pomadas.

2. Posicionar o Idoso, de preferência sentado, ou

em decúbito lateral (de lado) se Idoso inconsciente;

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4. Se possível pedir ao Doente para gargarejar

com o líquido previamente preparado (podendo

utilizar a palhinha), relembrando que não pode

deglutir.

5. Embeber a espátula envolvida com compressa ou

escova de dentes na mesma solução preparada

anteriormente;

6. Realizar a limpeza da língua do idoso.

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7. No caso do Idoso possuir prótese dentária, estadeve ser retirada e lavada (água morna), escova epasta de dentes, devendo-se lavar a bocanormalmente como anteriormente foi referido;colocar prótese dentária em locais adequados (nãoembrulhar em lenços ou outro material).

8. Hidratar os lábios do Idoso com vaselina ououtro produto semelhante.

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9. No caso de Idosos semi-dependentes, promover

uma correcta higiene oral, aconselhando escovar os

dentes após as refeições,

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Mãos, Pés e Unhas

Os Idosos costumam apresentar sérios problemas

nas mãos e pés, devido a alterações circulatórias,

deformidades ósseas, diabetes, etc.

Os objectivos principais da sua higiene são:

prevenir a infecção ou inflamação, evitar

traumatismo devido a unhas encravadas, longas ou

ásperas, evitar a cumulação de sujidade, etc.

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Os cuidados a ter em conta são

1. Preparar material necessário: luvas, bacia,

esponja, toalhas, sabão, tesoura ou corta-unhas,

creme, óleo, vaselina, etc.

2. Durante o banho, lavar com água e sabão,

introduzir as mãos e os pés do Idoso na bacia de

água (posteriormente trocar de água), lavando

especialmente as unhas e espaços interdigitais,

assim como ter o cuidado de secar bem os mesmos;

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3. Hidratar com creme, óleos ou aplicar vaselina nos

locais de maior calosidade (por exemplo os

calcanhares);

4. Cuidar das unhas, corta-las ou lima-las se necessário

(cortando de forma recta e não muito próximo da

pele), amolecendo-as previamente em água morna;

5. Observar as alterações dos pés, mãos e unhas,

verificando presença de lesões cutâneas;

6. Não cortar calosidades (pode provocar

hemorragia);

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Cuidados Perineais

A higiene perineal refere-se à limpeza dos genitais

externos e região circundante, que normalmente é

realizada durante o banho.

No entanto, em Idosos dependentes, há

necessidade de realizar os cuidados perineais

várias vezes ao dia.

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Os cuidados perineais são providenciados com a

finalidade de prevenir a infecção, promover a

saúde e conforto.

Devido a existência de vários orifícios no períneo,

esta é uma área vulnerável a entrada de

microrganismos patogénicos.

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1. Reunir material necessário: luvas, bacia,

aparadeira, urinol, dispositivo urinário, saco

colector, esponjas, toalhas, resguardos, cremes,

sabão, fralda, pomadas, etc.;

2. Questionar o Idoso se pretende urinar ou

evacuar antes de proceder a higiene perineal.

Colocar urinol ou aparadeira, se necessário.

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3. Colocar o Idoso em decúbito dorsal (barriga

para cima), se possível com pernas flectidas, lavar

a região de eliminação urinária e posteriormente,

colocar o Idoso de decúbito lateral (de lado) para

proceder a higiene da região de eliminação

intestinal.

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a) Homem: começar a lavar com

movimentos circulares pela pontado

pénis, puxando o prepúcio para baixo

e lavando a glande, posteriormente o

pénis e o escroto (não esquecer de

voltar a colocar o prepúcio na sua

posição normal, nomeadamente em

casode Idoso não circuncisado);

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b) Mulher: lavar da frente para trás (do

meato urinário para orifício vaginal e

posteriormente para a região anal),

prestando atenção à sujidade

acumulada entre os lábios, utilizando

uma mão para afastar os lábios e outra

para lavar; poder-se-á utilizar uma

esponja ou uma caneca de água para

conseguir obter maior eficácia.

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4. Lavar da zona limpa para a zona

suja;

5. Promover a privacidade do Idoso;

6. Observar alterações;

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7. Atender ao Idoso algaliado: que apresenta um risco de infecçãoaumentado, pelo que devem ser tomadas as devidas precauções, tais como:

a. Algaliação deverá ser realizada por Enfermeiro;

b. Manter o saco colector abaixo do nível da bexiga (para a urina não refluir novamente);

c. Não desadaptar saco da algália, excepto se o saco se romper e for necessário substituir;

d. Despejar a urina do saco colector várias vezes ao dia (2 a 3 vezes e sempre que necessário);

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7. Atender

ao Idoso

algaliado:

que

apresenta

um risco de

infecção

aumentado,

pelo que

devem ser

tomadas as

devidas

precauções,

tais como:

e. Observar as características da urina

e a quantidade (urina concentrada,

urina com sangue ou coágulos, etc.);

f. Verificar se a algália ou tubo do saco

colector não fica dobrada ou a

traumatizar alguma parte do corpo do

Idoso;

g. Considerar perdas extra-algália e

Idosos que não usam saco colector;

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8. Ponderar colocação de dispositivo urinário: que é

uma película fina de borracha, que se encaixa no

pénis, semelhante a um preservativo, mas com

orifício na extremidade, para ser conectado ao

saco colector.

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Cuidados totais

Banho no leito = O banho no leito, providencia-

se quando o Idoso é totalmente dependente ou

quando há uma restrição do exercício. Se o Idoso

for semi-dependente e seja necessário o banho no

leito, deve-se providenciar o material e auxilia-lo na

higiene.

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1. Reunir todo o material: luvas, bacia, esponjas,

toalhas, lençóis, pijama, camisa, calças, produtos de

higiene (sabão, cremes, perfumes, etc.),fralda,

cadeirão, material de higiene parcial, tesoura,

compressas, saco para lixos e roupa suja, etc.;

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2. Dobrar a roupa limpa adequadamente e coloca-la

numa cadeira naordem pela qual vai ser utilizada;

3. Respeitar todos os aspectos anteriormente referidos;

4. Identificar-se e explicar procedimento;

5. Desimpedir a área de trabalho e adapta-la ao

procedimento;

6. Lavar as mãos, calçar luvas e avental (mudar de

luvas e lavar as mãossempre que necessário);

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7. Oferecer urinol ou aparadeira;

8. Posicionar o Idoso em decúbito dorsal;

9. Preparar a bacia com água morna;

10. Despir o Idoso, ocultando as áreas do corpo

que não estão a ser higienizadas (se decidir lavar

o cabelo, não deve despir logo o Idoso);cobrir as

partes do corpo limpas com roupa limpa;

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11. Utilizando uma esponja com sabão, lavar a

cara, as orelhas, o pescoço, o tórax, os braços

(começar pelo membro mais afastado), as mãos, as

axilas, a região infra-mamária, o abdómen

(especial atenção ao umbigo),as pernas, os pés.

12. Trocar a água da bacia;

13. Lavar a região perineal (região de eliminação

urinária);

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14. Posicionar o Idoso em decúbito lateral direito ouesquerdo (deacordo com a sua preferência);

15. Lavar a região posterior do corpo: a nuca, as costas, asnádegas, aregião perineal (região de eliminação intestinal);

16. Aplicar pomadas na região perineal, se necessário;

17. Desentalar o lençol de baixo sujo, do seu lado e dobra-lo em direcção aoIdoso;

18. Colocar o lençol de baixo limpo, realizando metade dacama,efectuando já os cantos do seu lado;

19. Colocar resguardos e fralda limpos (se necessário);

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20. Posicionar o Idoso no decúbito lateral oposto,

rolando para o lado em que já tem roupa limpa;

21. Retirar a roupa suja do lado contrário e fazer

a cama desse mesmo lado;

22. Esticar o lençol e resguardo, certificando que

não ficam dobras por baixo do Idoso;

23. Fechar fralda;

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24. Aplicar cremes;

25. Vestir o Idoso;

26. Posicionar o Idoso;

27. Colocar lençol de cima, cobertor e coberta, fazendo os cantos da parte inferior da cama;

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28. Preparar o cadeirão (se realizar levante nãonecessita de proceder ao ponto 26 e 27, antes domesmo);

29. Realizar levante (transferir Idoso paracadeira/cadeirão);

30. Realizar os cuidados de higiene parciaisnecessários;

31. Arrumar e limpar o meio envolvente:

32. Lavar as mãos.

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Banho no chuveiro

O banho no chuveiro pode ser realizado pelo Idoso

semi-dependente e independente. O Idoso pode

deambular até ao WC ou em cadeira de rodas .

Durante o banho pode permanecer sentado em

cadeira (ou outro apoio semelhante) ou apoiado

em barras laterais de segurança (na posição

vertical).

Page 70: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

O princípio básico consiste em respeitar os aspectos

já descritos, somando alguns: não deixar o Idoso

sozinho no WC, nem deixar que ele tranque

aporta, levar todo o material necessário para o

WC, auxiliar o Idoso a lavar-se e secar-se, auxiliar

o Idoso a vestir-se no WC ou colocar um roupão e

vestir posteriormente no quarto.

Page 71: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional
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Banho na banheira

O banho na banheira pode ser realizado por Idosos semi-dependentes e independentes, existem várias ajudas técnicas.

O princípio básico é promover a higiene, de acordo com todos os aspectos que já falamos, sendo que neste caso, a questão de segurança deverá ser reforçada, pois é no banho que ocorrem frequentemente as quedas.

Talvez por esse motivo seja preferido o banho no chuveiro, com auxílio de barras de protecção e com cadeira.

Page 73: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Aspectos importantes na higiene do

idoso

Promover uma relação interpessoal e agradável

com o idoso durante o banho.

Respeitar a sua vontade, privacidade e

integridade.

Retirar todos os objectos das mãos que possam

ferir o idoso

Usar um par de luvas para cada idoso e lavar

SEMPRE as mãos antes e depois de cada higiene,

de forma a evitar infecções.

Page 74: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Começar os cuidados de higiene sempre das partes mais limpas para as partes mais sujas, (da cabeça para os pés)

Observar o corpo e detectar todas as feridas que possam ter

Ter atenção à fragilidade da pele, tanto ao lavar como a secar o corpo.

Ter especial cuidado nos movimentos com idosos dependentes quer seja da cama para a cadeira, ou para o local do chuveiro, devendo desviar-se tudo o que possa magoá-los

Page 75: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Retirar sempre as placas dentárias e lavá-las ou

incentivar o idoso a limpá-las. Estas só devem ser

colocadas depois da limpeza da boca, que nunca

deve ser deixada para trás, mesmo em pessoas

sem dentes, para se evitar infecções

Page 76: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Higiene Geral

Definições Básicas:

Portador: é um indivíduo que carrega um

microorganismo causador de algum tipo de

infecção sem, contudo, apresentar sintomas de

infecção.

Colonização: presença do microorganismo sem

causar resposta imunológica, uma vez que não há

qualquer dano ao organismo humano.

Page 77: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Os agentes infecciosos penetram no corpo humano

através de uma porta de entrada, e localizam-se

em determinados órgãos até serem eliminados

através de uma porta de saída.

Page 78: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

a) Via Digestiva: os agentes penetram através da

boca, pelos alimentos, água, utensílios de cozinha,

ovos de lombrigas, bactérias de diarreia infecciosa,

vírus da hepatite, cistos, amebas e outros, por

exemplo: fórmulas lácteas, mamadeiras e bicos.

Page 79: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

b) Via Respiratória: os agentes infecciosos são inalados através do nariz, penetrando no corpo, portanto, através do processo de respiração. Exemplos: bacilo da tuberculose (TB), vírus da gripe, vírus do sarampo, bactéria da coqueluche e da difteria e outros.

Nos procedimentos invasivos: nebulização, anestesia gasosa, traqueostomia, aspiração traqueal, entubação e assistência ventilatória.

Page 80: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

c) Pele: os agentes infecciosos penetram também

devido ao contacto da pele com o solo ou a água

que os contenham. Exemplos: através da picada de

insectos, agulhas e instrumentos contaminados pela

tricotomia (nos preparos pré operatórios).

Page 81: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

d) Vias Genital e Urinária: os agentes infecciosospenetram através do aparelho geniturinário.Exemplos: Genital (contacto directo com pessoascontaminadas, ex: bactérias da sífilis e dagonorréia, etc.) e Urinário (através deprocedimentos como cateterismo vesical, irrigações).

e) Via ocular: através do contacto de gotículas ouaerossóis infectados com a mucosa ocular.

Page 82: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Modos de Transmissão de Infecção

Contacto: ocorre contacto do hospedeiro com a

fonte que pode ser:

Indirecto: mãos-material-paciente.

Directo: mãos-paciente.

Page 83: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Aéreo: Maneira de transmissão mais comum em

infecções virais. Ocorre pela disseminação de

núcleos de gotículas oronasais ressecadas (tosse,

espirro) e matérias particuladas (poeira,

descamação de pele, pus, etc) que permanecem

suspensos no ar por longos períodos.

Ex.: rubéola, varicela, sarampo, meningite.

Page 84: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Vectores: Insectos e roedores (ratos) que carregam

em suas patas microorganismos. Não existem

trabalhos conclusivos que comprovem a ligação da

IH com insectos e roedores, mas a associação deste

modo de transmissão é relacionada a limpeza

hospitalar

Page 85: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Veículo Comum: ocorre a transmissão do agente

infeccioso da fonte a vários hospedeiros através de

um veículo comum. Ex: alimentos, sangue e

hemoderivados, fluidos intravenosos e drogas, mãos

Page 86: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Limpeza e Desinfeção dos Espaços e

Instalações

A Higienização: objectivos e etapas

Durante o processo de fabrico de alimentos,

verifica-se a acumulação dum conjunto de materiais

indesejáveis, entre os quais restos de alimentos,

corpos estranhos, substâncias químicas do processo,

e microrganismos.

Page 87: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Esta situação pode resultar do processo de

produção normal, como é o caso da adesão de

restos de alimentos às superfícies de trabalho, ou

de anomalias no processo, como por exemplo, as

resultantes de contaminação por deficiente

manutenção dos equipamentos ou de contaminação

ambiental

Page 88: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

A higienização deverá, assim, assegurar a

eliminação das sujidades visíveis e não visíveis e a

destruição de microrganismos patogénicos e de

deterioração até níveis que não coloquem em causa

a saúde dos consumidores e a qualidade do

produto.

Page 89: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Higienização

=

Limpeza (L) + Desinfecção (L+D)

Page 90: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

O processo de limpeza consiste essencialmente na

eliminação de restos de alimentos e outras

partículas que ficam sobre as superfícies enquanto

que a desinfecção consiste na destruição ou

remoção dos microrganismos.

Page 91: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional
Page 92: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

A Limpeza

A Limpeza, tal como referido anteriormente,

consiste essencialmente na eliminação de restos de

alimentos e outras partículas. Este processo pode

ser concretizado através de uma acção física (ex.:

varrer, escovar, etc.), química (utilização de

detergentes) ou mecânica (bombas de água de

alta pressão, etc.) sobre uma determinada

superfície

Page 93: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Desinfeção

A seguir à limpeza, a desinfecção é usada para

reduzir o número de microrganismos viáveis, por

remoção ou destruição e para prevenir o

crescimento microbiano durante o período de

produção.

Page 94: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Este processo pode ser alcançado mediante a

aplicação de agentes ou processos (químicos ou

físicos) a uma superfície limpa. A desinfecção é

especialmente requerida em superfícies húmidas, as

quais oferecem condições favoráveis ao crescimento

de microrganismos.

Page 95: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Tipos de Desinfecção

Existem essencialmente 3 tipos de desinfecção:

desinfecção por calor, desinfecção por radiação e

desinfecção química.

Page 96: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

TIPOS DE LIMPEZA

Numa instituição serão realizadas limpezas e

desinfecções de acordo com as necessidades das

áreas específicas.

a) Limpeza diária: É aquela realizada

diariamente utilizando água, sabão e fricção

mecânica, após a retirada do lixo.

Page 97: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

b) Limpeza concorrente: É aquela realizada nas dependências, durante a ocupação dos pacientes.

Deve-se: - retirar o lixo e resíduos em saco plástico, recolher jornais e revistas;

- recolher a roupa suja em saco plástico e encaminhá-la para lavandaria;

- retirar o pó dos móveis com pano húmido. Secar com pano seco e limpo;

- limpar o banheiro;

- organizar a unidade.

Page 98: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Limpeza terminal

É aquela realizada após alta do paciente,transferência, óbito. Utiliza-se água, sabão edesinfectante.

Compreende a limpeza de superfícies horizontais,verticais e a desinfecção do mobiliário.

O uso de soluções desinfectantes é restrito aomobiliário, mesas auxiliares, colchões, macas, focos,bancadas, etc..., o seu uso é desnecessário em pisos,paredes e tectos.

Page 99: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Limpeza e Desinfecção dos

Equipamentos e Materiais

É fundamental que o profissional responsável pelo reutilização de materiais esteja habilitado a definir criteriosamente a que processo submeter cada tipo de artigo.

Falhas dessas indicações implicam graves riscos para os pacientes, assim como para os profissionais que entram em contacto com os artigos e superfícies e para o meio ambiente.

Page 100: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Classificação dos equipamentos e

Materiais

Artigos Críticos = São os objectos que entram em

contacto com o sistema vascular ou com tecidos estéreis.

Estes artigos devem ser esterilizados .

Artigos Não Críticos = Artigos que entram em contacto

apenas com a pele íntegra. Podem ser submetidos à

desinfecção de baixo nível

Page 101: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Artigos Semi-críticos = São aqueles artigos queentram em contacto com membranas mucosasintactas ou com pele lesada. É recomendado queartigos semi-críticos sejam submetidos àdesinfecção de alto nível. Estes materiais depreferência devem sofrer enxagúe com águaestéril e secagem com ar comprimido. A maioriados artigos de fisioterapia respiratória sãoclassificados como semi-críticos.

Page 102: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

3Medidas de Promoção de Bem-estar

Page 103: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Para muitos autores, entre eles Paúl e Fonseca

(2005), em Portugal só no momento actual é que a

problemática da velhice começa a ganhar

relevante impacto social, na medida em que nos

estamos a deparar com fortes baixas de

natalidade e de mortalidade, verificando-se um

aumento significativo do número de idosos no

conjunto da população total do país.

Page 104: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Esta problemática coloca questões específicas que

influenciam, quer o bem-estar físico, quer o bem-estar

psicológico, a nível das condições de vida dos idosos na

actualidade.

A institucionalização tem um impacte na qualidade de

vida das pessoas dado que provoca alterações nas

rotinas diárias (higiene e alimentação e outros) e pode

comprometer alguns aspectos relevantes da vida tais

como a prática de actividades lúdicas e de lazer.

Page 105: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Estas promovem a estimulação física, sensorial e socio

emocional, de forma a alcançar um bem-estar

biopsicossocial do idoso, sendo por demais importante

a sua manutenção à medida que a idade avança.

Conhecer o impacte da institucionalização, sobre cada

um destes aspectos, possibilita planear e implementar

acções e direccionar estratégias no suporte social que

levam a prevenção e promoção da saúde, resultando

na melhoria da qualidade de vida.

Page 106: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

QUALIDADE DE VIDA

A qualidade de vida tornou-se um objectivo

prioritário dos cuidados de saúde, tanto a nível da

prevenção de doenças, obtenção de cura ou alívio

dos sintomas bem como, o prolongamento da vida

humana o que tem ganho grande importância na

pesquisa clínica, tendo em vista o resultado da

doença e o tratamento

Page 107: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

DEFINIÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA

RELACIONADA COM A SAÚDE

A qualidade de vida relacionada com a Saúde é

uma parte da qualidade de vida geral do

indivíduo, e pode ser definida como constituída

pelos componentes da qualidade de vida de um

indivíduo relacionada com a saúde, doença e

terapêutica.

Page 108: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Devem ser incluídos os seguintes

aspectos

sintomas produzidos pela doença ou tratamento;

- funcionalidade física;

- aspectos psicológicos;

- aspectos sociais;

- aspectos familiares;

- aspectos laborais;

- económicos.

Page 109: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Limpeza e desinfecção individual e

colectiva

higiene e a ordem são elementos que concorrem

decisivamente para a sensação de bem-estar,

segurança e conforto dos profissionais, pacientes e

familiares.

O aparecimento de infecções no ambiente institucional

pode estar relacionado ao uso de técnicas de limpezas

inadequadas, descontaminação de superfícies e de

instrumentos incorrectos e manuseio do lixo sem

protecção adequada.

Page 110: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Devido ao uso incorrecto das práticas e rotinas de

trabalho se faz necessário estabelecer o

aperfeiçoamento de técnicas eficazes de controle e

prevenção as infecções hospitalares que vão gerar

garantias de protecção ao trabalhador durante a

execução de suas tarefas

Page 111: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Os cuidadores de instituições de apoio

ao idoso devem:

Manter perfeita higiene pessoal (banho diário,cabelos limpos, penteados e presos, unhas limpas eaparadas);

Usar uniforme limpo;

Usar equipamento de protecção individual (EPI)quando recomendado;

Lavar as mãos com água e sabão após o uso dosanitário, antes da alimentação, ao iniciar eterminar as actividades.

Page 112: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Lavagem das mãos

Técnica de Lavagem Correta das Mãos:

Abrir a torneira.

Molhar as mãos e aplicar o sabão de preferência

líquido.

Friccionar as mãos com sabão durante 15 segundos.

Enxaguar as mãos.

Enxugar as mãos com papel toalha.

Fechar a torneira com o papel toalha já utilizado.

Page 113: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional
Page 114: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Retirar anéis, pulseiras e relógios;

Lavar todas as superfícies, o dorso, a região palmar, entre os dedos e ao redor das unhas;

Para completar: lavar os antebraços;

Secar com papel toalha.

Page 115: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Prevenção das úlceras de pressão

As úlceras de pressão são feridas que resultam da

irritação da pele e em consequência da falta de

irrigação sanguínea nesse local, conduzindo à

morte dos tecidos.

Page 116: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

As úlceras pressão podem ocorrer por um excesso

de pressão ou fricção numa determinada região da

pele contra uma saliência óssea, podendo muitas

vezes encontrar-se dissimuladas por baixo de

calosidades.

Page 117: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Geralmente começa por ser apenas um ponto

vermelho na pele que não reverte com o alívio da

pressão ou então uma pequena “bolha” de água

que evoluem rapidamente para feridas graves, se

não se actuar desde cedo.

Page 118: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Locais onde é mais frequente

surgirem úlceras de pressão:

Page 119: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Pessoas que não conseguem se movimentar e ficamacamadas ou sentadas por muito tempo na mesmaposição podem apresentar feridas conhecidas porúlcera de pressão.

Se a pessoa não tem controle da urina e fezes etem dificuldades para ter uma boa alimentação oproblema pode se agravar no entanto certasmedidas podem ser usadas para diminuir oproblema:

Page 120: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

1. A pele deverá ser limpa no momento que sesujar. Evite água quente e use um sabão suave paranão causar irritação ou ressecamento da pele. Apele seca deve ser tratada com cremes hidratantesde uso comum.

2. Evite massagens nas regiões de proeminênciasósseas se observar avermelhamento, manchas roxasou bolhas pois isto indica o início da escara e amassagem vai causar mais danos.

Page 121: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

3. Se a pessoa não tem controle da urina use

fraldas descartáveis ou absorventes e troque a

roupa assim que possível. O uso de pomadas como

oxido de zinco também ajuda a formar uma

barreira contra a humidade.

Page 122: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

4. O uso de um posicionamento adequado e uso de

técnicas corretas para transferência da cama para

cadeira e mudança de decúbito podem diminuir as

feridas causadas por fricção. A pessoa nunca deve

ser arrastada contra o colchão.

Page 123: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

5. As pessoas que não estão se alimentando bem

precisam receber uma complementação alimentar

para que não fique com deficiências que podem

levar a pele a ficar mais frágil.

Page 124: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

6. A mudança de posição ou decúbito deve ser

feita pelo menos a cada duas horas.

7. Travesseiros ou almofadas de espuma devem ser

usadas para manter as proeminências ósseas (como

os joelhos) longe de contacto directo um com o

outro. Os calcanhares devem ser mantidos

levantados da cama usando um travesseiro.

Page 125: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

8. Quando a pessoa ficar na posição lateral deve-

se evitar a posição directamente sobre o fémur.

9. A cabeceira da cama não deve ficar muito

tempo na posição elevada para não aumentar a

pressão nas nádegas, o que leva ao

desenvolvimento da úlcera de pressão.

Page 126: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

10. Se a pessoa ficar sentada em cadeira de rodasou poltrona use uma almofada de ar, água ou gelmas nunca use aquelas almofadas que tem umorifício no meio (roda d´água) pois elas favorecemo aumento da pressão e a presença da ferida.

11. Use aparelhos como o trapézio, ou o forro dacama para movimentar (ao invés de puxar ouarrastar).

Page 127: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

12. Use um colchão especial que reduz a pressão

como colchão de ar ou colchão d’água.

13. Evite que a pessoa fique sentada

ininterruptamente em qualquer cadeira ou cadeira

de rodas. Os indivíduos que são capazes, devem

ser ensinados a levantar o seu peso a cada quinze

minutos.

Page 128: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

14. Diariamente deve-se examinar a pele da

pessoa que pode ter escaras para observar.

15. Para tratamento da úlcera é preciso uma

avaliação do profissional do estágio da ferida

porém em todos os casos lave somente com soro

fisiológico ou água, não use sabão, sabonete,

álcool, mertiolate, mercúrio cromo , iodo (povidine).

Page 129: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Prevenção do risco de acidentes

As quedas são a principal causa de acidentes nos

idosos, ocorrem maioritariamente em casa e são

responsáveis por 70% das mortes acidentais .

As quedas nos idosos podem provocar uma série de

danos físicos, como traumatismos de tecidos moles e

fracturas ósseas, declínio funcional e muitas vezes a

morte.

Page 130: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Principais causas de quedas dos

idosos em casa

Atualmente compreende-se a etiologia dos

acidentes como as interacções entre o Homem e o

Ambiente, podendo existir factores de risco

inerentes a cada um.

Page 131: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Existem factores extrínsecos, que se referem ao próprio

ambiente casa/instituição, como móveis, tapetes,

degraus, corrimões mal colocados e, ainda, os pisos

lisos e escorregadios.

Os factores de risco intrínsecos ao idoso incluem

aspectos relacionados com o envelhecimento, doenças

crónico-degenerativas e comportamentos adoptados

pelos idosos, que muitas vezes sobrestimam as suas

capacidades acrescendo o risco de queda.

Page 132: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Ou seja, deve-se adaptar ao meio às próprias

incapacidades que o envelhecimento acarreta,

nomeadamente as incapacidades de locomoção,

isto para que alguns riscos sejam diminuídos

consideravelmente.

Page 133: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Prevenção do isolamento e

imobilismo da pessoa idosa

Pode surgir uma diminuição da capacidade

funcional, comprometendo a saúde e a qualidade

de vida do idoso. É normalmente acompanhado por

uma série de modificações nos diferentes sistemas

do organismo.

Page 134: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Podemos

então

considerar as

seguintes

modificações,

a onde pode

provocar o

isolamento e

o imobilismo:

Alterações das amplitudes

articulares

Diminuição da força muscular

Alterações da coordenação

Défices no equilíbrio

Dores generalizadas

Diminuição acuidade visual e

auditiva

Alteração de humor

Page 135: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

ABORDAGEM MULTIDIMENSIONAL

Page 136: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Uma das medidas para fazer face ao imobilismo e ao

isolamento é a actividade física e/ou o exercício físico.

A actividade física regular é altamente benéfica para

redução da imobilidade no idoso, pois contribui para a

sua maior autonomia e independência. Proporciona

uma melhor qualidade de vida influenciando de modo

positivo as actividades da vida diária, assim como,

outras intervenções lúdicas.

Page 137: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Utilização de meios de primeiros

socorros

Queimaduras

Por contacto com fogo, objectos quentes, água fervente ou vapor;

Page 138: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

O cuidador DEVE:

a. se as roupas estiverem em chamas, evitar que apessoa corra;

b. se necessário, colocar a pessoa no chão, cobrindo-acom cobertor, tapete ou casaco, ou fazê-la rolar nochão; •

c. secar o local delicadamente com um pano limpo ouchumaços de gaze;

d. cobrir o ferimento com compressas de gaze;

e. manter a região queimada mais elevada do que oresto do corpo, para diminuir o inchaço; dar bastantelíquido para a pessoa ingerir se estiver consciente.

Page 139: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

O cuidador NÃO DEVE:

a. tocar a área afectada com as mãos;

b. nunca furar as bolhas;

c. tentar retirar pedaços de roupa grudados na pele. Se necessários recorte em volta da roupa que esta sobre a região afectada;

d. usar manteiga, pomada, creme dental ou qualquer outro produto doméstico sobre a queimadura;

e. cobrir a queimadura com algodão;

f. usar gelo ou água gelada para resfriar a região.

Page 140: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Contacto com substâncias químicas.

a. retirar as roupas da vítima tendo o cuidado de não queimar as próprias mãos;

b. lavar o local com água corrente por 10 minutos, enxugar delicadamente e cobrir com curativo limpo e seco;

c. procurar ajuda médica imediata.

Page 141: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Corpo estranho nos Olhos

a. não deixe a vítima esfregar ou apertar os olhos;

b. pingue algumas gotas de soro fisiológico ou deágua morna no olho atingido;

c. se isso não resolver, cubra os 2 olhos comcompressas de gaze, sem apertar;

d. se o objecto estiver dentro do olho, não tenteretirá-lo;

e. cubra os 2 olhos;

Page 142: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Corpo estranho na Deglutição

a. nunca tente puxar os objectos da garganta ou

abrir a boca para examinar o seu interior;

b. deixe a pessoa tossir com força;

c. este é o recurso mais eficiente quando não há

asfixia;

d. se a pessoa não consegue tossir com força, falar

ou chorar, é sinal de que o objecto está obstruindo

as vias respiratórias, o que significa que há asfixia;

Page 143: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Quando existe asfixia:

deve posicionar-se de pé, ao lado e ligeiramente atrás davítima;

a cabeça da pessoa deve estar mais baixa que o peito;

em seguida, dê 4 pancadas fortes no meio das costas,rapidamente com a mão fechada; a sua outra mão deveser colocada sobre o peito do paciente;

se o paciente continuar asfixiado, fique de pé, atrás, comseus braços ao redor da cintura da pessoa. coloque a suamão fechada com o polegar para dentro, contra o abdomeda vítima, ligeiramente acima do umbigo e abaixo do limitedas costelas; agarre firmemente seu pulso com a outra mãoe exerça um rápido puxão para cima; repita, se necessário,4 vezes numa sequência rápida;

Page 144: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional
Page 145: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Envenenamento

Você pode provocar vómitos:

se a vítima estiver consciente;

apenas nos casos de ingestão de medicamentos,

plantas, comida estragada, álcool, bebidas

alcoólicas.

Page 146: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Você NÃO deve provocar vómitos:

se a vítima estiver inconsciente;

se a substância ingerida for corrosiva ou derivadade petróleo como removedor, gasolina, querosene,polidores, ceras, graxas, soda cáustica, águasanitária, etc.

Observação: a indução ao vómito é feita através da ingestão de uma colher de sopa de óleo de cozinha e um copo de água, ou estimulando a

garganta com o dedo.

Page 147: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Convulsões

O cuidador deve observar os seguintes sinais:

a. perda súbita de consciência,

b. salivação excessiva;

c. movimentação brusca e involuntária dos músculos;

d. enrijamento da mandíbula, travando os dentes;

e. pode apresentar cianose dos lábios eextremidades devido à dificuldade de respiração

f. pode ocorrer relaxamento dos esfíncteres comperda de urina e fezes.

Page 148: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Afastar a vítima de lugar que ofereça perigo, como

fogo, piscina etc;

retirar objectos pessoais e aqueles que estiverem

ao seu redor que possam feri-la, como óculos,

gargantilhas, pedras etc; •

proteger a cabeça, deixando-a agitar-se à

vontade;

Page 149: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

proteger a língua, colocando uma trouxinha de pano (não forçar se os dentes estiverem travados);

retirar próteses quando houver;

afrouxar as roupas, se necessário;

observar a respiração durante e após a crise convulsiva;

procurar socorro médico.

Observação:. Não se deve deitar água ou oferecer algo para cheirar durante a crise.

Page 150: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional
Page 151: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Paragem Cardiorrespiratória

a. Observar se o paciente está consciente, perguntando seestá tudo bem.

b. Tentar palpar pulso em artérias, principalmente ascarótidas, que se situam ao lado da traqueia no pescoço(localizar inicialmente a cartilagem tireóide, tambémconhecida como maça-de-adão, e depois moverlateralmente os dedos, até conseguir palpar o pulsocarotidiano).

c. Observar a ausência de movimentos respiratórios,olhando para o peito se há ou não movimento do tórax;

d. Observar ainda se unhas e lábios estão roxos, pupilasdilatadas e fixas, e manchas arroxeadas em todo o corpo.

Page 152: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

O que fazer quando uma pessoa está

em parada cardíaca?

Deve-se proceder às manobras iniciais deressuscitação cardíaca denominadas de SuporteBásico de Vida. Lembre-se que você deve agirrapidamente, pois o cérebro suporta somente até 4minutos sem oxigenação adequada.

Inicialmente, você deve colocar a vítima de costasem local plano e duro (no chão, por exemplo) einiciar, imediatamente, enquanto providencia aequipe de Resgate, as 3 etapas do Suporte Básicode Vida:

Page 153: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

1. Abertura de vias aéreas

a primeira manobra a ser executada no suporte

básico de vida.

ajoelhe-se próximo à cabeça da vítima.

coloque uma mão no queixo e outra na testa da

vítima, estendendo a cabeça.

Page 154: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

nos pacientes com suspeita de traumatismo da coluna cervical (vítima de afogamento, choque eléctrico, acidentes), esta manobra não deverá ser executada pelo risco de lesão da medula espinhal.

Nesta situação:

- realizada apenas a abertura da boca, sem a extensão da cabeça.

- durante todo o procedimento, uma mão deverá ficar situada sempre no queixo para manter as vias aéreas livres.

Page 155: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

2. Ventilação

- Use o polegar e o indicador da mão que estava sobre atesta para fechar o nariz da vítima e impedir que o arescape.

- Inspire profundamente e coloque a “boquilha” na boca davitima.

- Sopre o ar dentro da boca da vítima, sem deixar escaparo ar.

- Caso não seja palpado pulso carotidiano, deverá seriniciada a massagem cardíaca externa:

você deverá estar situado de joelhos, junto ao tórax dopaciente.

Page 156: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

o local correto da aplicação da massagem cardíacaexterna é encontrado palpando-se o encontro das ultimascostelas no centro do peito, até encontrar o esterno (ossocentral do tórax); neste local, são colocados dois dedostransversos e, acima deste ponto, uma das mãos éposicionada sobre o esterno e a outra sobre esta; os dedosnão deverão estar em contacto com o tórax.

o cuidador, com os braços estendidos, deverá produzir umadepressão do esterno. A compressão do esterno éocasionada pelo peso do movimento do tórax do socorrista.

Page 157: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional
Page 158: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Adequação de ementas / Distribuição

e fornecimento das refeições /

Acompanhamento de refeições

Page 159: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

A nutrição, a saúde e o envelhecimento estão

relacionados entre si, por isso o envelhecimento

saudável está relacionado à manutenção de um

estado nutricional adequado e à alimentação

equilibrada .

Page 160: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Planejar as refeições e utilizar medidas corretas

durante o preparo dos alimentos pode contribuir

para a satisfação com a alimentação, evitando

riscos de acidentes e danos à saúde,

principalmente para quem já se encontra em

idade mais avançada, e, ao mesmo tempo,

permite atender aos princípios de uma

alimentação saudável.

Page 161: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Cuidados na compra dos alimentos

No momento da compra, ao observar os produtos, deve-

se escolher aqueles:

• De procedência segura;

• Que apresentem características próprias nos aspectos

de aparência, cor, cheiro e textura;

• Que estejam dentro do prazo de validade;

• Com embalagens não danificadas;

• Sem sinais de degelo, como cristais de gelo ou água

dentro da embalagem (para produtos congelados);

Page 162: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Estar atento às outras informações do rótulo do

alimento é também um procedimento indicado

para:

• Identificar produtos específicos

para este grupo populacional;

• Conhecer melhor a composição

nutricional dos produtos;

• Identificar os seus ingredientes;

• Obter informação quanto à

forma de conservação;

• Preparar o alimento

adequadamente;

•Aprender novas receitas;

• Utilizar os serviços de

atendimento ao consumidor –

SAC;

• Comparar produtos similares,

de diferentes marcas;

• Fazer a melhor escolha de

acordo com orçamento

disponível

Page 163: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Cuidados no preparo das refeições

O ambiente onde as refeições são preparadas

precisa estar limpo, incluindo a superfície de

trabalho, os utensílios que serão utilizados e os

equipamentos. A área de preparo deve estar livre

de objectos desnecessários, como os decorativos.

Page 164: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

A organização, nesse momento, pode garantir

espaço adequado para o manuseio dos alimentos,

diminuir esforço físico e mental e evitar acidentes.

Page 165: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Ao preparar as refeições, algumas medidas

especiais são necessárias para atender aos

princípios de uma alimentação saudável:

• Dar preferência a alimentos menos gordurosos,

optar por leite e derivados com menor teor de

gordura, remover as gorduras visíveis das carnes e

usar óleos vegetais para cozinhar os alimentos;

• Não abusar da adição de açúcar, sal e pimenta,

nem do uso de enlatados, embutidos e doces;

Page 166: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

• Variar os alimentos que compõem o cardápio,

incluindo alimentos regionais e de safra, e a forma

de prepará-los (cozinhar, assar e grelhar, usar

diferentes cortes para frutas, legumes, verduras e

carnes).

É importante também não acrescentar muita água

ao cozimento e evitar que os alimentos

permaneçam cozinhando por muito tempo, o que

poderia levar à perda de nutrientes;

Page 167: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Incentivar preparações com cereais integrais ou o uso de produtos feitos com farinha integral (pães, bolos, etc.). Outros alimentos ricos em fibras (frutas, legumes e verduras) devem ser utilizados no cardápio;

Utilizar receitas que favoreçam o consumo de frutas, legumes e verduras, combinando esses itens, por exemplo, nas saladas;

Planejar as refeições do dia de modo a favorecer o fornecimento adequado de nutrientes ao corpo, manter o peso saudável, por meio de uma alimentação acessível e segura.

Page 168: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Quando a pessoa idosa apresentar limitações para

mastigar e engolir, a forma de preparo, a

consistência, a textura, o tamanho dos alimentos e a

quantidade que é levada à boca devem ser

adaptados ao grau de limitação apresentado.

Page 169: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Nesses casos, moer, ralar, picar em pedaços

menores podem ser alternativas viáveis para

facilitar o planeamento das refeições e o consumo,

evitando a recusa da refeição e complicações como

engasgo, aspiração ou asfixia durante a ingestão

dos alimentos.

Page 170: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Medidas associadas ao consumo das

refeições

A atenção a essas medidas visa deixar a pessoa

idosa mais disposta para alimentar-se com prazer.

A maioria dessas medidas não requer investimento

financeiro, depende mais da disposição das

pessoas em realizar algumas mudanças que podem

fazer a diferença para toda a família ou para os

moradores de uma instituição de longa

permanência.

Page 171: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Por exemplo: optimizar os recursos existentes como

móveis, utensílios de mesa e de cozinha, elementos

de decoração, dentro de um planeamento

adequado da alimentação para a pessoa idosa.

Page 172: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

O ambiente onde a refeição é

consumida deve:

• Estar limpo;

• Ser arejado;

• Apresentar boa luminosidade;

• Ter mobiliário resistente e adequado: mesa com

cantos arredondados, de preferência, cadeira com

dois braços, sendo a altura da mesa compatível

com a altura das cadeiras e da pessoa idosa;

• Ter espaço livre para a circulação das pessoas.

Page 173: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Distribuir a alimentação diária em

cinco ou seis refeições:

Durante o dia, três refeições básicas devem ser

feitas: desjejum, almoço e jantar, intercaladas com

dois ou três pequenos lanches: colação (lanche leve

pela manhã), lanche da tarde e ceia (lanche

nocturno leve).

Esta distribuição estimula o funcionamento do

intestino e evita que se coma fora de hora.

Page 174: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

É importante estabelecer horários regulares para

as refeições, com intervalos para atender às

peculiaridades da fisiologia digestiva da pessoa

idosa, considerando que sua digestão é mais lenta.

O ajuste dos horários de refeição contribui para

garantir o fornecimento de nutrientes e energia,

maior conforto e apetite para a pessoa idosa.

Page 175: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Orientações para auxiliar a

autonomia da Pessoa Idosa

Na montagem da mesa da refeição deve-se evitaro excesso de estímulo visual para não desviar aorientação e a percepção visual da pessoa idosade sua alimentação, facilitando a sua participaçãoactiva no ato de alimentar-se.

Essa montagem deve ser adaptada na medida emque forem detectadas limitações que dificultam aautonomia da pessoa idosa, de forma a incentivaro seu convívio à mesa.

Page 176: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Promover o contraste, pois quando há contraste de

cor entre talheres, prato e toalha de mesa, a

pessoa idosa terá mais facilidade para identificar

esses utensílios, conferindo-lhe maior autonomia no

ato de comer .

Page 177: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Geriatria

Práticas Profissionais

Observação participativa do quotidiano

A observação participante, que muitas vezes é

também designada por trabalho de campo,

caracteriza-se pela inserção do observador no

grupo observado .

Page 178: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

A observação-participação tanto pode ser uma

participação distanciada e ligeira, como uma

participação mais profunda e mais integrada. A

observação participativa acaba por ser os registos

feitos diariamente aquando um cuidado prestado à

pessoa idosa.

Page 179: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Os registos do cuidador têm como finalidade descrever asituação de um utente e quais os cuidados que lhe foramprestados.

Os registo escritos que indicam o trabalho efectuado, nomeadamente:

Os problemas solucionados pela equipa de enfermagem;

Comportamentos específicos do utente;

Quais as intervenções que foram prestadas ao utente;

As repostas dos utentes a intervenções;

As observações do cuidador.

Page 180: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Devemos ter presente que: A qualidade de vida do

utente, presente e futura, depende, sem grande

medida, deste factor: os registos do cuidador,

muitas vezes esquecidos, são fundamentais na

qualidade de assistência ao utente.

Page 181: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Importância dos registos por parte do

cuidador

Em contexto institucional os registos são importantes

não apenas por uma mas por várias razões em

conjunto. Importância dos registos do cuidador na

qualidade dos cuidados prestados:

Contribuem para proporcionar conhecimento

sobre anteriores intervenções de outros cuidadores,

independentemente do local onde o utente foi

assistido.

Page 182: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Ajuda no estabelecimento do diagnóstico médico e

de enfermagem aquando uma patologia ou

circunstância súbita.

Auxilia a compreender a conduta do utente.

Obter uma visão da evolução física e mental do

utente, após hora/dia ou semana/mês...

Fundamenta decisões e intervenções do cuidador.

Individualiza os cuidados

Page 183: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Assegura a continuidade dos cuidados e a

identificação das necessidades do utente.

Avalia os cuidados e o consequente impacto na

evolução do paciente através da comparação dos

registos sequenciais.

Determina as responsabilidades – porque

permite avaliar a qualidade dos cuidados prestad

Page 184: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Como elaborar registos

Escrever sempre com letra legível, e se a

instituição não emitir directrizes em contrário,

escrever com caneta de tinta preta, visto ser mais

legível em fotocópias ou microfilme.

Registar as ocorrências por ordem cronológica.

Registar observações tendo sempre por base a

isenção de julgamentos ou conclusões sem bases

concretas.

Page 185: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Escrever todas as informações de forma precisa, concisa e clara.

Devem constar a data e hora de todas as observações.

Devemos evitar o uso de abreviaturas que não sejam compreensíveis quer pelos outros enfermeiros quer pelos outros profissionais de saúde.

Após a admissão devemos fazer, logo que possível, todos os registos inerentes a esse facto.

Registar a medicação que se administrou e, se não administrou, justificando qual o motivo.

Page 186: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Nunca escrever antecipadamente, nem deixar

registos importantes para o final do turno.

Registar claramente qualquer ocorrência

adversa ou medidas tomadas pelo cuidador e

respectiva resposta do utente.

Registar todos os tratamentos e sempre que e

sempre que se preste assistência aos doentes.

Page 187: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Análise e compreensão das situações

observadas

Os registos fornecem um leque de dados preciosos

para a continuidade do processo, e como meio de

comunicação que são apresentam os conhecimentos

pertinentes através de uma forma lógica e explícita

que permitem avaliar a qualidade dos cuidados

prestados.

Page 188: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Existem dez finalidades essenciais dos registos para

a compreensão das situações observadas:

Comunicar.

Determinar responsabilidades.

Colher dados.

Individualizar os cuidados.

Integrar diversos aspectos do utente.

Page 189: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Assegurar a continuidade dos cuidados.

Avaliar o utente para novas intervenções / modificações de cuidados.

Permitir uma protecção legal.

Para que a intervenção não sofra quebras na sua qualidade com o passar dos turnos e dos dias é imperioso que o cuidador desenvolva um sistema de registos que contemple todas as fases do seu processo de atendimento ao utente e família

Page 190: Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

Referências Bibliográficas

Berger, Louise (1995) – Cuidados de enfermagem em gerontologia. In Berger, Louise; MAILLOUX-POIRIER, Danielle – Pessoas idosas: uma abordagem global: processo de enfermagem por necessidades Lisboa: Lusodidacta, 1995. ISBN 972-95399-8-7. p. 11-19.

Jerónimo, L. (2008, Janeiro). Velhice e envelhecimento: da antiguidade aos nossos dias. Cidade Solidária, pp.30-33.

Manual Merk - Biblioteca Médica (Edição online para a familia). Consultado a 20 de Outubro de 2012.

Zimerman, G. (2000). Velhice: aspectos biopsicossociais. São Paulo: ARTMED.