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    PRINCPIOS E MTODOS DE CUSTEIO1

    1 - CUSTEIO POR ABSORO

    Em Santos, encontra-se que quando se procura custear o produto atribuindo-lhe tambm uma

    parte do custo fixo, isto conhecido como contabilidade de custos pelo mtodo decusteamento por absoro ou integral. Consiste na apropriao de todos os custos deproduo aos produtos, de forma direta ou indireta atravs de rateios.Segundo o Decreto-lei 1598/77, devero integrar o custo dos bens ou servios vendidos:a) O custo de aquisio de matrias-primas e quaisquer outros bens ou servios aplicados ou

    consumidos na produo;b) O custo de pessoal aplicado na produo, inclusive de superviso direta, manuteno e

    guarda das instalaes de produo;c) Os custos de locao, manuteno e reparo e os encargos de depreciao dos bens

    aplicados na produo;d) Os encargos de amortizao diretamente relacionados com a produo;e) Os encargos de exausto dos recursos naturais utilizados na produo.

    CRC-SP,8: O Custeio por Absoro ou Integral aceito pelo I.R. e por este motivo tem sido omais utilizado na contabilidade financeira. Caso o sistema de custos no esteja integrado coma contabilidade a empresa avaliar os estoques de produtos acabados com 70% do maiorpreo de venda no perodo-base e os estoques de produtos em processamento com 56% domaior preo de venda no perodo-base ou ento uma vez e meia o maior custo das matrias-primas adquiridas no perodo-base.

    CRC-SP,6: Existe a integrao Custos x Contabilidade Financeira quando os valoresapropriados por Custos esto inseridos na Contabilidade; quando a apropriao feita basedos princpios fundamentais de contabilidade; e quando os valores de custo de cada produtoesto apoiados em registros, clculos e mapas que evidenciam claramente a transposio desua origem (contabilidade) ao seu fim (produtos acabados ou em transformao).

    1.1 - PROBLEMAS DO CUSTEIO POR ABSORO1. Fixao de preos sem um conhecimento real da margem de contribuio mais efetiva do

    produto vendido.2. Fixao de preos de forma menos eficiente em termos de identificao do mix mais

    adequado de produo e vendas.3. Controle de custos fixos a nvel de produo especfica, atravs da utilizao de critrios

    de rateios.4. Aplicao de conceitos de custo mdio ponderado de materiais e produtos.

    1.2 - RATEIO/ARBITRARIEDADE

    CRC,6: Os critrios de rateio usados para distribuir os gastos entre os departamentos nemsempre so objetivos e podem distorcer os resultados, penalizando alguns produtos embenefcio de outros.

    CRC,8: O mtodo Absoro falho como instrumento gerencial de tomada de deciso porquetem como premissa "ratear" custos fixos, que, apesar de apresentarem lgica, podem levar aalocaes arbitrrias e at enganosas.

    1 Vide artigo na Revista do CRC-SP de autoria de Padoveze...

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    2 - CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES2 (ABC - Activity BasedCosting)

    Nakagawa: O ABC um mtodo de anlise de Custos, que busca "rastrear" os gastos de umaempresa para analisar e monitorar as diversas rotas de consumo dos recursos "diretamente

    identificveis" com suas ATIVIDADES mais relevantes e destas para os produtos ou serviosChing: ABC um mtodo de rastrear os custos de um negcio ou departamento para asatividades realizadas e de verificar como estas atividades esto relacionadas para a geraode receitas e consumo dos recursos. O ABC avalia o valor que cada atividade agrega para aperformance do negcio ou departamento.

    Brimson: Conjunto de tcnicas utilizadas para identificar as atividades significativas de umaempresa e analisar em detalhe seus custos e desempenho.

    Padoveze: Mtodo de custeamento que identifica um conjunto de custos para cada evento outransao (atividade) na organizao que age como um direcionador de custos. Os custosindiretos so ento alocados aos produtos e servios na base do nmero desses eventos ou

    transaes que o produto ou servio tem gerado ou consome como recurso.CRC,8: Segundo seus idealizadores, Cooper e Kaplan, da Harvard BusinessSchool, umaabordagem que analisa o comportamento dos custos por atividade, estabelecendo relaesentre as atividades e o consumo de recursos, independentemente de fronteirasdepartamentais, permitindo a identificao dos fatores que levam a instituio ou empresa aincorrer em custos em seus processos de oferta de produtos e servios e de atendimento amercado e clientes. Utiliza os cost-drivers (geradores de custos) para definio do custounitrio de uma ATIVIDADE. Gerador de custo o evento relacionado a uma ou maisatividades, que provoca sua ocorrncia.

    Shank: Uma fbrica da Schrader Bellows produzia 2300 produtos que eram mostrados comolucrativos pelos sistema de custos da empresa. Apenas 550 produtos provaram ser lucrativos

    depois que se aplicou a abordagem de custeio pelo ABC.

    Objetivo principal doABC melhorar a alocao dos custos e despesas indiretos fixos, atravsda considerao dos CUSTOS DA COMPLEXIDADE.Exemplo: Carros de um modelo x Carros de vrios modelos.

    2.1 - LGICA DE FUNCIONAMENTO DO ABC

    consomem geramPRODUTOS ATIVIDADES CUSTOS

    2.2 - CAMPO DE APLICAO DO ABC3

    IOB - Temtica Contbil, 1/95: O ABC pode no ser conveniente a todas as empresas, sendosua aplicao recomendvel somentes empresas:a) cujos custos indiretos representam parcela significativa dos custos totais.b) que produzem, em um mesmo estabelecimento, produtos e/ou servios muito diversos no

    que se refere aos volumes de produo ou ao processo produtivo.

    2 Vide artigo Os custos invisveis podem matar voc. (Revista Exame,12/03/97, autor: Srikumar S. Rao)

    Vide artigo Uma anlise crtica do sistema ABC... (Temtica contbil IOB, 39/94 aa. Catelli &

    Guerreiro)Vide artigo A B C (Revista Brasileira de Contabilidade RBC no.91, jan/fev.1995 autor. W. Rocha)

    3 Vide artigo Despesas na ponta do lpis (Revista Exame, 10/05/95, autor: Flvio Costa)

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    c) que trabalham com clientela diversificada em termos de volume de encomendas, deespecificaes especiais, de servios adicionais, etc.

    2.3 - COST-DRIVERS(GERADORES DE CUSTOS)

    Padoveze cita exemplos de direcionadores de atividades nos departamentos de servios que

    podem ser usados como critrios de rateio no ABC

    DEPARTAMENTOS DE SERVIOS DIRECIONADORES DE CUSTOS

    Compras Ordens de compra

    Energia Consumo (KW)Capacidade instalada das mqs.

    Almoxarifado M2 ocupado pelo materialQuantidade de itens estocadosVolume manuseado

    Recebimento e expedio Unidades manuseadasQuantidades de embarquesM2 ocupado pelo material

    Manuteno Quantidade de atendimentoHoras-homens trabalhadas

    Pessoal e Recrutamento Nmero de empregados Turnover

    2.4 - EXEMPLO DO ABC

    Atividade: Emisso de Notas Fiscais (faturamento)Custo Total: R$ 10.000,oo (salrios + encargos sociais mensais)Gerador de Custo: nmero de Notas FiscaisVolume do Gerador: 500 (emisses mensais)Taxa da atividade: R$ 20,00 (R$ 10.000,oo : 500)

    2.5 - COMPARAO ABSORO x ABC4

    Informaes bsicas sobre os produtos e o custo de produo:Produtos Qte.produzida Custo Unit. Consumo horas/unidade

    Mat.Direto MOD MquinasA 200 3,00 0,8 0,8B 800 5,00 0,8 0,8C 100 8,00 2,0 2,0D 1000 15,00 2,0 2,0

    CUSTOS TOTAL A B C DMaterial Direto 600 4000 800 15000Mo-de-obra Direta 320 1280 400 4000

    HORAS TOTAIS A B C DMo-de-obra Direta 160 640 200 2000

    4 Vide artigo Custeio Baseado em atividades (ABC) vs. Mtodos Tradicionais... (RBC no.116,

    maro/abril de 1999 aa Capasso e outros)

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    Mquinas 160 640 200 2000

    PREPARAO DE MQUINAS (no. de vezes)20 100 20 60

    COMPRA, RECEBIMENTO E INSPEO DE MAT. DIRETO (no. de vezes)80 200 80 240

    CUSTOS INDIRETOS DE PRODUO TOTAIS- Setores diretos.........................................................R$ 48.000- Setores Indiretos

    > Preparao de mquinas...............................R$ 21.000> Compra e movimentao de materiais.......... R$ 15.000> Inspeo do material......................................R$ 6.000

    A seguir o custeamento pelos dois mtodos.

    ABSOROCUSTOS DIRETOSItens/produtos A B C D TOTAL

    1. Quantidade produzida 200 800 100 1000 2100

    2. Custeio do material diretoTotal 600 4000 800 15000 20400Unitrio 3 5 8 15

    3. Custo da mo-de-obra direta

    Total 320 1280 400 4000 6000Percentual 5,33% 21,33% 6,66% 66,66% 100%Unitrio 1,6 1,6 4,0 4,0

    4.TOTAL CUSTOS DIRETOS 4,6 6,6 12,0 19,0

    RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS (ABSORO)

    5. Custo indireto de produoAlocao com base no custo no custo total da MOD (item 3 acima)Valores 4800 19200 6000 60000 90000Percentual 5,33% 21,33% 6,66% 66,66% 100%

    Quantidade 200 800 100 1000C. Indireto unitrio 24,00 24,00 60,00 60,00

    6. Custo total unitrio 28,60 30,60 72,00 79,00

    A B C

    DISTRIBUIO DOS CUSTOS INDIRETOS POR ATIVIDADEBASES DE RATEIO Produo Prep. Mqs. Compras Inspeo TotalCustos Ind. de Produo R$ 48.000 21.000 15.000 6.000 90.000Direcionadores de Custos> custo Mo-de-obra R$ 6.000

    > No. vezes preparao 200> No. vezes recebimento 600> No. vezes inspeo 600

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    CUSTO UNITRIO IND. R$ 8,00 105,00 25,00 10,00

    CUSTOS DIRETOSIdem pelo absoro A B C D4.TOTAL CUSTOS DIRETOS 4,6 6,6 12,0 19,0

    5.RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS (ABC)Custo indireto de produo> Setores diretos

    a)MOD por produto R$ 2560 10240 3200 32000 48000b) % de Mod 5,33% 21,33% 6,66% 66,66% 100%

    c) Unitrio R$ (a:qtde prod.) 12,80 12,80 32,00 32,00> Setores indiretos

    Preparaoa)- Custo Total alocado 2100 10500 2100 6300 21000b)- no. vezes 20 100 20 60 200c)- Custo Unitrio (a:qtde prod.)10,50 13,13 21,00 6,30

    Compra Movimentaoa)- Custo total alocado 2000 5000 2000 6000 15000b)- no. vezes 80 200 80 240 600c)- Custo Unitrio (a:qtde prod.)10,00 6,25 20,00 6,00

    Inspeoa)- Custo total alocado 800 2000 800 2400 6000b)- no. vezes 80 200 80 240 600c)- Custo Unitrio (a:qtde prod.) 4,00 2,50 8,00 2,40

    SOMA C.IND.UNIT.(c+c+c+c) 37,30 34,68 81,00 46,70

    6.Custo total unitrio (4+5) 41,90 41,28 93,00 65,70

    Compare a diferena de valor dos Custos Indiretos pelos dois custeios:

    Produtos Volume Absoro R$ ABC R$ Diferena R$

    A 200 24,oo 37,30 13,30B 800 24,oo 34,68 10,68C 100 60,00 81,00 21,00D 1000 60,00 46,70 (13,30)

    3 - CUSTEIO DIRETO OU VARIVEL (MARGINAL)

    Santos: o mtodo de custear os produtos ou servios por Margem de Contribuio, obtidapela diferena entre as receitas e seus respectivos custos diretos ou variveis. A sua premissabsica a de que somente os custos claramente identificados com os produtos ou serviosvendidos, chamados de diretos ou variveis, devem ser apropriados. Os demais custos,

    necessrios para manter a capacidade instalada chamados de fixos, devem serdesconsiderados.

    CRC,8: O sistema de custeio direto ou varivel prev uma apropriao de cartergerencial,considerando apenas os custos variveis dos produtos vendidos; os custos fixos ficamseparados e considerados como despesas do perodo.

    CRC,6: Este mtodo considera apenas os custos variveis de produo e de comercializaodo produto ou servio, sejam eles diretos ou indiretos. Todos os demais gastos so transferidospara a apurao do resultado como despesas, sem serem apropriados aos produtosfabricados.

    Nakagawa: Somente os custos variveis de manufatura devem ser atribudos aos produtos. Os

    custos fixos no devem ser custeados aos produtos mas devem ser considerados como custosdo perodo.

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    3.1 - CRTICAS AOS CUSTOS FIXOS

    Para Santos, a nfase dada pelo custeamento varivel advm das seguintes crticas a respeitodos custos fixos:1. Os Custos fixos existem independentemente da fabricao ou no desta ou daquela

    unidade, e acabam presentes no mesmo montante, mesmo que oscilaes (dentro decertos limites) ocorram no volume de produo; so necessrios muito mais para que aempresa possa operar, ter instalada sua capacidade de produo, do que para fabricaruma unidade a mais do produto.

    2. Por no dizerem respeito a este ou quele produto/unidade, so quase sempre distribudos base de critrios de rateio, que contm, em maior ou menor grau, arbitrariedade. Ao seapropriar de uma forma pode se alocar mais custo em um produto do que em outro. Em sealterando o procedimento de distribuio de custos fixos, pode-se fazer de um produtorentvel, um no-rentvel (aparentemente), ou vice-versa.

    3. O valor do custo fixo por unidade depende do volume de produo: aumentando-se ovolume, tm-se um menor custo fixo por unidade, e vice-versa. Para decidir com base emcusto, necessrio associar-se sempre ao custo global o volume tomado como referncia.

    3.2 - DISTINO ENTRE ABSORO E VARIVEL

    COMPONENTES ABSORO VARIVELMatria-prima 1.100 1.100Outros custos diretos/variveis 700 700Custos Fixos/Indiretos 330 ===TOTAL 2.130 1.800Produo do ms 10 un. 10 un.Custo Unitrio 213/un. 180/un.

    Supondo uma Venda de 5 unidades a $ 500 por unidade, o resultado seria:

    DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIOABSORO VARIVEL

    RECEITAS (5 X 500) 2.500 2.500CPV ( 5 X CUSTO UNIT.) -1.065 -900LUCRO BRUTO 1.435 1.600CUSTOS FIXOS ******* -330RESULTADO 1.435 1.270

    Comparando os dois mtodos vemos uma diferena a menor no resultado pelo mtodovarivel, o que resulta num imposto de renda a pagar menor (motivo do veto da legislaofiscal.)

    A diferena deve-se ao fato de que no custeio varivel levou-se diretamente ao resultadogastos de produo (fixos) que no custeio absoro ficaram "estocados" nos produtos novendidos (estoque de 5 peas).

    O custeio varivel pode ser usado contabilmente se sofrer os ajustes necessrios para exibir osvalores do custeio por Absoro.

    A seguir um exerccio que demonstra as diferenas entre Absoro e Varivel.

    4 - U.P. ou U.E.P. (UNIDADE ESFORO DE PRODUO)5

    5 Vide artigo Mtodo das Unidades de Esforo de Produo (UEP) Revista do Conselho Regional de

    Contabilidade do Rio Grande do Sul (RCRCRS), jul. 1999, autor: Rodney WernkeVide artigo Mensurao das atividades empresariais: custeio baseado em atividades x mtodo da

    unidade de esforo de produo (RCRCRS, no. 84, jan/mar. 1996 aa. Beuren & Oliveira)

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    Bornia defende que os custos unitrios dos produtos podem ser resumidos em:

    CUSTOS DAS MATRIAS-PRIMAS CONSUMIDAS+

    CUSTOS DE TRANSFORMAO

    Custos de Transformao dizem respeito aos gastos com mo-de-obra (direta e indireta),energia eltrica utilizada nas mquinas e no ambiente produtivo, depreciao da fbrica, adepreciao das mquinas e equipamentos fabris, manuteno fabril, controle de qualidade,planejamento da produo, etc. Ou seja, tudo que se relaciona com a produo da empresa,exceto as matrias-primas.

    Quanto s matrias-primas consumidas o custeio de cada produto obtido facilmente nas fichatcnica individual dos produtos. Por este motivo o mtodo U.E.P. preocupa-se basicamentecom os Custos de Transformao.

    O problema maior em termos apurao de custos unitrios dos produtos reside na mensuraodos custos de transformao destes.

    O mtodo da UEP atua exclusivamente nesta mensurao, atravs da unificao da produoem uma unidade de medida (chamada UEP) que atuaria como um indexador da produo.

    Como num emprstimo de US$ 100 onde sabe-se que o valor a ser pago no final do prazoser os US$ 100 multiplicado pelo valor do US$ na data do pagamento. A UEP funcionaria nomesmo estilo para cada produto que consumiria como custos de transformao unitrios, porexemplo, 1 UEP para o produto A e 3,5 UEP para o produto B, unificando a produo.

    A unificao da produo, no mtodo UEP, parte do conceito terico de esforo de produo,que representaria todo o esforo despendido no sentido de transformar a matria-prima nosprodutos acabados da empresa.

    Para implantao deste mtodo sero necessrias as fases a seguir relacionadas:

    1 FASE - Diviso da fbrica em Postos Operativos (conjunto de operaes que pode serum posto de trabalho ou uma mquina). Prefere-se coincidir com a mquina para facilitar avisualizao e a determinao de ndices necessrios. Poderiam ser definidos seguindo-se oprprio roteiro do produto na fbrica.Para efeito didtico suponha que a empresa tenha quatro postos operativos, quedenominaremos PO1, PO2, PO3 e PO4.

    2 FASE - Determinar os ndices de custos horrios por posto operativo (Custo/hora porposto), que poderiam abranger:a) MOD- Salrios

    - Encargos Sociais- Encargos Trabalhistas- Benefcios extras

    b) MOI- Salrios- Encargos Sociais- Encargos Trabalhistas- Benefcios extras

    c) Depreciao- Linear ou Vida til

    d) Materiais de Consumo- Insumos consumidos no posto, exceto matria-prima

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    e) Energia Eltrica- Consumo KW/hora x $

    EXEMPLO:

    Supondo nmero de horas a trabalhar mensal de 100 h e os seguintes gastos mensais porposto operativo for:Item de Custo PO1 P02 P03 P04MOD 500 1000 500 300MOI 400 300 1000 1000Depreciao 1000 2000 -- 700E. Eltrica 2100 2700 1500 3000Total 4000 6000 3000 5000O Custo/hora por posto ser:PO1 = $ 40 ($ 4000/100h)PO2 = $ 60 ( $ 6000/100h)PO3 = $ 30 ($ 3000/100h)PO4 = $ 50 ($ 5000/100h)

    3 FASE - Escolha do produto-base (Custo-base ou U.E.P.)

    Serve para amortecer as variaes individuais dos potenciais produtivos. Pode ser um produtorealmente existente, uma combinao de produtos, um produto fictcio ou ainda uma mdia dostempos de passagem dos produtos pelos postos operativos como produto-base.

    Sabendo-se os tempos de passagem do produto-base pelos postos operativos e dos ndices decustos de cada um dos postos operativos (custo/hora), calcula-se o custo do produto-basenaquele instante.

    EXEMPLO:

    Supondo que os tempos de passagem (h) de cada produto nos centros operativos fosse comoa seguir:

    Tempo de passagem pelos Postos Operativos (em Horas)Produto PO1 P02 P03 P04A 0,10 0,10 - 0,20B 0,10 0,05 0,10 -C 0,15 - 0,30 0,30D 0,05 0,05 0,05 0,07Escolhe-se o produto D por ser o mais representativo, passando por todos os postos operativos

    Clculo:

    Posto Operativo P01 P02 P03 P04a)Custo/hora ($) 40 60 30 50multiplicado pelob) Tempo de passagem do produto-base em horas por posto operativo

    0,05h 0,05h 0,05h 0,07higualc) Custo do produto-base ($)

    2,00 3,00 1,50 3,50

    Somando-se o custo do produto-base em cada posto operativo temos $ 10,oo que ser aU.E.P., ou seja

    1 UEP = $ 10,oo

    4 FASE - Clculo dos Potenciais Produtivos (U.E.P./hora) de cada posto

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    Os potenciais produtivos ou U.E.P./hora, so obtidos dividindo os custos/hora dos postos pelocusto do produto-base ou custo-base (U. E. P.)

    EXEMPLO:Como calculado no item anterior 1 UEP = $ 10,oo e como os custos/hora por posto operativoj foram determinados, o clculo do potencial produtivo pode ser feito assim:

    P01 P02 P03 P04Custos/hora ($)por posto

    40 60 30 50dividido porUEP em $ 10 10 10 10igual aoPotencial Produtivo (UEP/hora)

    4 6 3 5

    5 FASE - Equivalentes dos Produtos em UEP (valor em UEP do produto)

    Os produtos, ao passarem pelos postos operativos, absorvem os esforos de produo, deacordo com os tempos de passagem. Assim, se um posto operativo possui capacidade de 50UEP/h e um dado produto despende 0,1 h naquele posto, ele absorve 5 UEP na operao.

    O somatrio dos esforos de produo absorvidos pelo produto em todos os postos operativos o seu equivalente em UEP. Fazendo-se isto para todos os produtos da empresa tm-se todasas informaes da etapa de implantao do mtodo.

    EXEMPLO:Para calcular o equivalente os produtos em UEP, multiplica-se o potencial produtivo do postopelo tempo de passagem do produto neste posto

    Produto A PO1 PO2 PO3 P04 TotalP1 (tempo) 0,10 0,10 - - 0,20xUEP/hora 4 6 3 5=Equivalente em UEP 0,40 0,60 -- 1,00 = 2,00 UEP

    6 FASE - Mensurao da Produo Total em UEP

    Este mtodo transforma a empresa em monoprodutora. A produo da empresa, em UEP, encontrada facilmente multiplicando-se as quantidades produzidas de cada produto pelos

    respectivos equivalentes em UEP.

    EXEMPLO: Supondo a produo em unidades nas quantidades abaixo e sabendo-se seusequivalentes em UEP, conforme abaixoProduto A B C DQuantidade 100 200 300 200xEquival. UEP 2 1 3 1=Total (em UEP) 200 200 900 200

    Temos que a produo total em UEP foi 1500 UEP (200+200+900+200)

    7 FASE - Clculo dos custos de transformao

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    Como o conceito de esforo de produo est ligado transformao da matria-prima emproduto, o custo da matria-prima no trabalho por este mtodo. Preocupa-se apenas com oscustos de transformao.

    Para encontrar o custo de transformao unitrio de cada produto basta dividir os gastos com

    os postos operativos do ms, conforme o item 2 deste, pela produo em UEP do perodo,onde encontra-se o valor unitrio (em $) da UEP no perodo

    Custos de Transformao do perodoFrmula: UEP ($) = ------------------------------------------------------------------

    Produo em UEP

    EXEMPLO: Supondo que os custos de transformao de NOV. seja $ 30.000 e de DEZ. seja $32.800 e as produes de cada perodo tenham sido de 1500 UEPs e 1600 UEPsrespectivamente, teramos:UEP ($) NOV. = $ 30.000 / 1.500 UEP = $ 20,oo/UEPUEP ($) DEZ. = $ 32.800 / 1.600 UEP = $ 20,50/UEP

    Depois, multiplicar este valor pelos equivalentes em UEP de cada produto, para ter o custo detransformao de cada produto.

    Frmula: CTp = UEP ($) x UEPp

    EXEMPLO: Com as UEP ($) acima e as quantidades produzidas de cada produto conformeabaixo:Produo em unidades por msProduto Novembro DezembroA 100 100B 200 180C 300 350

    D 200 170Totais 800 800

    E sabendo que cada produto consome em UEP:A = 2 UEPB = 1 UEPC = 3 UEPD = 1 UEP

    Calcula-se o Custo de transformao de cada unidade dos produtos fabricados.

    EXEMPLO:NOVEMBROProd. UEP do produto x Valor da UEP = Custo Transformao do produtoA = 2 UEP x $ 20,00/UEP = $ 40,ooB = 1 UEP x $ 20,00/UEP = $ 20,ooC = 3 UEP x $ 20,00/UEP = $ 60,ooD = 1 UEP x $ 20,00/UEP = $ 20,oo

    DEZEMBRO

    Prod. UEP do produto x Valor da UEP = Custo Transformao do produtoA = 2 UEP x $ 20,50/UEP = $ 41,oo

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    B = 1 UEP x $ 20,50/UEP = $ 20,5oC = 3 UEP x $ 20,50/UEP = $ 61,5oD = 1 UEP x $ 20,50/UEP = $ 20,5o

    8 FASE - Medidas de Desempenho

    O conhecimento da produo da empresa possibilita o acompanhamento da produo atravsde medidas fsicas de desempenho.

    Estes ndices podem ser determinados para um posto operativo, um setor da empresa ou paratoda fbrica, propiciando um bom acompanhamento do desempenho fabril.

    O mtodo UEP emprega trs ndices para esta finalidade.8.1 - EficinciaRepresenta o nvel de produo alcanado, em comparao com a produo que serianormalmente conseguida no perodo de expediente, aqui denominada de capacidade normal.Frmula: Eficincia = Produo real em UEP : Capacidade normal em UEP

    8.2 - EficciaA eficcia est relacionada excelncia do trabalho, e calculada relacionando-se a produoobtida com a produo que teoricamente se deveria obter no perodo realmente trabalhado(descontando-se as paradas inesperadas), chamadas aqui de capacidade utilizada.Frmula: Eficcia = Produo real em UEP : Capacidade Utilizada em UEP

    8.3 - ProdutividadeA Produtividade horria a produo do perodo dividida por um ou mais insumos. Assimvrios ndices de produtividade podem ser obtidos e analisados.Exemplificando:a) Produtividade por hora trabalhada (Produo real (em UEP) do perodo : Horas trabalhadas)b) Produtividade da mo-de-obra (Produo real (em UEP) do perodo : Custos totais da mo-

    de-obra)

    A seguir exemplo para ilustrao das medidas de desempenho

    Supondo os seguintes dados sobre o desempenho da fbrica por ms:Postos Operativos PO1 PO2 PO3PO4Meses Nov Dez Nov Dez Nov DezNov DezHoras Tericas/ms 200 200 200 200 200 200200 200Horas Reais 100 110 100 110 150 150120 140

    Capac. Terica 800 800 1200 1200 600 6001000 1000Capac. Prtica (utilizada) 400 440 600 660 450 450600 700Produo Real 340 356 180 185 360 448,5620 684,5

    Clculo da EFICINCIA (Produo real em UEP : Capacidade Normal em UEP)Postos Operativos PO1 PO2 PO3PO4Meses Nov Dez Nov Dez Nov DezNov Dez

    Produo Real 340 356 180 185 360 448,5620 684,5dividida por

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    Capac. Terica 800 800 1200 1200 600 6001000 1000igual aEFICINCIA 0,43 0,44 0,15 0,14 0,60 0,750,62 0,68

    Clculo da EFICCIA (Produo real em UEP : Capacidade Utilizada em UEP)Postos Operativos PO1 PO2 PO3PO4Meses Nov Dez Nov Dez Nov DezNov DezProduo Real 340 356 180 185 360 448,5620 684,5dividida porCapac. Prtica (utilizada) 400 440 600 660 450 450600 700igual aEFICCIA 0,85 0,81 0,30 0,25 0,80 1,001,03 0,98

    Clculo da PRODUTIVIDADE/HORA (Produo real em UEP : Horas Trabalhadas)Postos Operativos PO1 PO2 PO3PO4Meses Nov Dez Nov Dez Nov DezNov DezProduo Real 340 356 180 185 360 448,5620 684,5dividida porHoras Reais 100 110 100 110 150 150120 140igual a

    PRODUTIVIDADE/HORA 3,40 3,24 1,80 1,50 2,40 2,995,17 4,89

    Outras aplicaes:a) Definio de mquinas e pessoal necessrio (identifica gargalos produtivos)b) Premiar/identificar melhorias de produtividadec) Viabilidade Econmica de produtos novos.d) Viabilidade Econmica de novos equipamentos/processos.e) Eficcia das horas-extras.