Manual Formação de Diretores

download Manual Formação de Diretores

of 19

Transcript of Manual Formação de Diretores

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    1/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    ÍNDICE

    INTRODUÇÃOI - Liderança e gestão de equipas – a unção da direção

    1. Alguns fundamentos teóricos2. O papel do/a diretor/a de escola no atual sistema educativo do país3. Diferentes tipos de liderança e suas implicações na gestão da escola. !ontri"utos para o planeamento da rede escolar 

    II - !unç"es na gestão#organi$ação da instituição1. O pro#eto educativo da escola2. A definição do $egulamento interno da %scola3. A gestão de $ecursos. As instalações&. A din'mica institucional interna(. A gestão de conflitos). A gestão financeira

    *. A organi+ação de centros de recursos educativos a nível localIII - % gestão pedag&gi'a1. O pro#eto curricular da turma2. A organi+ação dos ,or-rios e a organi+ação das turmas3. O tra"al,o de euipa e a articulação entre níveis de ensino4. A formação de docentes e pessoal não docente

    I(- % unção da direção na pro)oção de u)a es'o*a saud+,e*1. a0de e ,igiene na escola2. A alimentação das crianças3. Os ,ortos escolares

    ( – % 'o)uni'ação 'o) a 'o)unidade1. A escola a"erta s famílias e comunidade

    2. Apoio organi+ação de associações de pais3. Articulação com outras instituições

    (I – % deinição de u) proeto edu'ati,o integrador1. A escola promotora de igualdade de oportunidades e participação de todas as crianças2. A inclusão de crianças com necessidades educativas especiais

    (II – Re*e.ão ina*

    Índi'e de /uadrosÍndi'e de !igurasReer0n'ias 1i2*iogr+i'as3E14R%!I%Legis*ação Consu*tada

    %NE5O61. odelo de ormação2. Documento de apoio organi+ação de !entros de $ecursos3. 4uestion-rio usado para recol,a de dados #unto das famílias. 4uestion-rio usado para recol,a de dados #unto de docentes&. 4uestion-rio usado para recol,a de testemun,os de diretores de escolas

    1

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    2/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    INTRODUÇÃO

    %ste do'u)ento oi 'onstru7do incluindo componentes teóricas e pr-ticas para apoiar o tra"al,o reali+ado pelosdiretores e diretoras das escolas do ensino "-sico. 5esse sentido optou6se por uma )etodo*ogia de ação-or)ação paragarantir ue as diferentes situações a"ordadas deem resposta s dificuldades sentidas pelos diretores e diretoras nas suasescolas.

    A sua construção e organi+ação resulta de pesuisas teóricas e da recol,a de testemun,os #unto de familiares7docentes7 diretores e diretoras de escolas7 ue apresentaram as suas d0vidas7 dificuldades7 pro"lemas e sugestões.A organi$ação deste do'u)ento foi feita de forma a reunir informações ue apoiem a definição do peri* gera*

    de 'o)pet0n'ias  que de,e 'ara'teri$ar o tra2a*8o de or)ação a desen,o*,er 'o) os diretores e diretoras dases'o*as do ensino 2+si'o a nível nacional7 de forma a ue estes possam desenvolver de forma mais efica+ a diversidadede tarefas ue l,es são e8igidas. 5esse sentido o documento est- organi+ado em diferentes capítulos9: ;iderança e gestão de euipas7 considerando a função direção7 refletindo o papel do/a diretor/a de escola no atual

    sistema educativo do país7 analisando diferentes tipos de liderança e as suas implicações na gestão da escola.: unções na gestão a nível da organi+ação da instituição7 a"rangendo o estudo do pro#eto educativo da escola7 a

    gestão de recursos materiais e ,umanos< a gestão e o cuidar das instalações7 considerando o espaço e8terior einterior< a din'mica institucional interna e ainda a gestão de conflitos tendo em conta os princípios "-sicos demediação<

    : A gestão pedagógica7 considerando a definição do pro#eto curricular de turma7 a organi+ação dos ,or-rios< aorgani+ação das turmas7 o tra"al,o de planificação e a avaliação7 o tra"al,o de euipa e a articulação entre níveis deensino e ainda a auto6formação dos/as docentes e pessoal não docente<

    : A função da direção na promoção de uma escola saud-vel

    7 refletindo a sa0de e ,igiene na escola7 a alimentação dascrianças7 a gestão das cantinas e os ,ortos escolares<

    : A comunicação com a comunidade7 refletindo a escola a"erta s famílias e comunidade incluindo o apoio organi+ação de associações de pais e ainda a articulação com outras instituições da comunidade e com outrasinstituições nacionais<

    : A definição de um pro#eto educativo integrador ue tome em consideração uma maior igualdade de oportunidades para todas as crianças e ue integre as crianças com necessidades educativas especiais.

    =endo em conta esta organi+ação e a metodologia seguida para a recol,a dos dados apresentados7 > importante dar algumas indicações relativamente or)a de 'o)o este do'u)ento pode ser *ido.

    %m cada um dos capítulos são apresentados dados recol,idos nos serviços e escolas do ensino "-sico. %stes dadosdi+em respeito aos normativos/legislação em vigor< e8emplos de pro#etos #- reali+ados ou em fase de desenvolvimento7assim como diferentes testemun,os de familiares7 docentes e diretores/as recol,idos em algumas escolas ?em ane8o sãoapresentados os modelos de uestion-rios utili+ados ue podem ser utili+ados como instrumentos de avaliação7 ou auto6avaliação do tra"al,o@. oram tam">m recol,idos outros testemun,os durante o decorrer das reuniões de tra"al,o e nasvisitas a escolas.

    ara cada capítulo começamos pela definição teórica de conceitos7 fundamentos7 princípios de orientação e7 paracada uma das tem-ticas7 são apresentadas diferentes sugestões7 e8emplos dos testemun,os recol,idos7 a par dee8ercícios e situações ue promovam o uestionamento e a procura de novas ideias e soluções7 tendo em conta arealidade específica de cada escola e os normativos em vigor.

    I9 LIDER%NÇ% E 4E6TÃO DE E/UI:%6 – % !UNÇÃO DIREÇÃO

    ;9 %*guns unda)entos te&ri'os

    B Em educação, a mudança é fácil de propor, difícil de implementar e extraordinariamente difícil de sustentar. ?C@ A melhoria sustentável depende de uma liderança de sucesso.AndE Fargreaves e Dean inG7 2HH)9 11712

    O conceito de *iderança7 analisado de acordo com a especificidade do conte8to sociocultural7 tem ue ser considerado na sua comple8idade7 tendo em conta as diferentes vari-veis ue l,e estão associadas. %8istem muitas

    definições e muitos estilos de liderança7 ue tIm su"#acentes uma determinada conceção de escola7 das suasfunções e do papel ue deve ser assumido pelos seus líderes.

    Jm tra"al,o de referIncia a considerar uando falamos de liderança > o estudo de Kurt ;eLin ?1M3*@ uediferencia trIs estilos de liderança9

    − o autorit+rio N caracteri+ado pelas decisões serem e8clusivamente tomadas por uem tem estatuto e poder para o fa+er<

    − o de)o'r+ti'o N caracteri+ado pela tomada de decisão "aseada no di-logo e na negociação<

    − o per)issi,o N caracteri+ado pela cedIncia da tomada de decisão.

     5o caso da liderança dos esta"elecimentos educativos cada ve+ mais se defende ue a liderança deve ser assumida por órgãos eleitos7 num estilo democr-tico7 em ue se valori+a o di-logo e a capacidade de negociação.

    !ada ve+ mais se defende a import'ncia da liderança na promoção da ualidade de funcionamento das escolas.as tam">m cada ve+ mais se defende ue a liderança não pode ser assumida de forma autorit-ria e isolada.!omo refere Fargreaves e inG ?2HH)9 3263@ uando falamos de liderança > importante considerar a

    import'ncia de nos referenciarmos a um tipo de *iderança sustent+,e*7 ue7 em educação7 deve ser considerada deacordo com os seguintes princípios9

    − a proundidade7 ou se#a a sua relev'ncia7 a forma como esta se orienta para a aprendi+agem e sucesso

    educativo<

    − a dura2i*idade ou a forma como esta perdura<

    − a a)p*itude ou a forma como se dissemina<

    − a ustiça considerando o seu contri"uto para a mel,oria do am"iente<

    2

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    3/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    − a di,ersidade ou a forma como esta > promovida e valori+ada<

    − a disponi2i*idade de re'ursos tendo em conta a forma como estes são renta"ili+ados<

    − a 'onser,ação  ou se#a a forma como > fomentada a valori+ação do passado numa perspetiva de

    desenvolvimento virada para o futuro.

    %stes princípios de liderança7 ue os autores indicam podem articular6se de formas diversas7 dando origem a

    diferentes tipos de liderança.e para alguns autores fa+ sentido diferenciar *iderança e gestão7 falando de liderança relativamente direção das escolas7 para outros autores esta diferenciação > desvalori+ada sendo a gestão considerada como umcaso particular de liderança ?edro ala7 2H129 1)@.

    ara ue um/a diretor/a se#a um "om líder > necess-rio ue re0na con,ecimentos e competIncias deliderança7 pedagogia7 gestão7 conta"ilidade7 administração e ualidades pessoais. %ntre as ualidades pessoais

     podemos destacar7 por e8emplo7 a capacidade de sa"er confiar e gerar confiança7 sa"er delegar competIncias7sa"er ouvir7 sa"er criar um am"iente motivador na escola.

    A direção das escolas > um assunto comple8o ue e8ige con,ecimentos de v-rias -reas. O/A diretor/a > antesde mais um líder. Ao tentar criar um clima de comunicação e de participação o líder influencia e orienta para amudança promotora de uma mel,oria educativa. As competIncias organi+acionais e os con,ecimentos de gestão econta"ilidade a#udam7 mas7 a liderança da escola e8ige muito mais do ue esses con,ecimentos. ;iderar e8ige um

    sa"er capa+ de traçar uma visão de escola7 antecipar resultados7 mo"ili+ar euipas7 entusiasmar os intervenientes emotivar as pessoas.

     5esta perspetiva a capacidade de liderança N como capacidade de gestão de pessoas N não > conce"ida deforma isolada7 mas como capacidade de mo"ili+ação da participação e cola"oração de docentes7 alunos/as efamílias7 ue de forma mais ou menos direta podem contri"uir para a mel,oria da vida na escola.

    %ti,idade ;

    De seguida apresentamos testemun,os de docentes ue tra"al,am em escolas do ensino "-sico de ão=om>9

    - As competências e as qualidades que um líder deve ter são conhecimentos, competências deliderança, peda!o!ia, !estão, conta"ilidade, administração, qualidade pessoal, sa"er confiar e !erar confiança, sa"er dele!ar a confiança, criar um am"iente motivador na escola, sa"er ouvir, sa"er criar etc.

    - # líder é o !uia, é quem inspira, é quem dá confiança, portanto quem serve.

    - $uitos líderes colocados nas escolas têm a flexi"ilidade necessária% &m'a professor'a queapresenta uma ideia diferente não corre o risco de ser perse!uido pelo diretor%

    1@ !omente estes testemun,os7 fundamentando a sua opinião7 considerando as características ue deveter o diretor ou diretora de um esta"elecimento educativo.

    2@ DI e8emplos de 3 comportamentos ue nunca deverão caracteri+ar o desempen,o de um líder educativo.

    4JAD$O 1 N Atividade 1

    !omo referem Fargreaves e inG ?2HH)@ Ba liderança escolar sustentável é orientada para a aprendi(a!em?2HH)9 322@ numa perspetiva integradora em ue > recon,ecida a responsa"ilidade con#unta de todos e todas osue participam na comunidade educativa. =am">m neste sentido Poão ormosin,o e Poauim ac,ado ?2HHM@falam do modelo das Equipas Educativas ue sugere a organi+ação da escola como comunidade educativa comcapacidade para se autodesenvolver e encontrar respostas diversificadas adeuadas sua especificidade. De acordocom este modelo9 B)ada equipa contri"ui para o desenvolvimento da escola no seu todo, fa(endo dela umaor!ani(ação aprendente *+ inscrevendo no seu desenvolvimento o desenvolvimento profissional dos professorese a melhoria do serviço p"lico prestado ?2HHM9 11M@.

    u"#acente a estas ideias encontra formas específicas de conce"er a escola e as suas funçes. ara mel,or enuadrar a uestão da liderança escolar e as suas características > importante começarmos por estudar as v-riasfunções ue caracteri+am ?ou podem caracteri+ar@ as instituições educativas.

    ara António 5óvoa ?1MM2@ podem ser diferenciadas tr0s +reas de inter,enção nas instituiç"es edu'ati,as9 A +rea es'o*ar 6 integrando as decisões ligadas ao esta"elecimento de ensino e ao seu pro#eto educativo7

    envolvendo a forma como > conce"ida a participação dos pais e de outros agentes educativos dacomunidade na definição e desenvolvimento deste pro#eto<

    A +rea pedag&gi'a N compreendendo o tra"al,o desenvolvido dentro da sala de aula7 integrando a relação

    esta"elecida entre o/a professor/a e os/as alunos/as e todo o tra"al,o de gestão curricular< A +rea proissiona* N compreendendo as uestões mais diretamente relacionadas com o desenvolvimento

     profissional dos/as docentes7 correspondendo possi"ilidade das instituições educativas se poderemorgani+ar como espaços de formação e produção de sa"eres7 geridos pelos próprios profissionais

    =endo em conta estas diferentes -reas de intervenção7 de seguida > analisado de forma mais detal,ada o papel e funções do diretor ou diretora9

    %ti,idade <

    %numere 3 atividades ue o diretor ou diretora da escola pode desenvolver para cada uma das -reasde intervenção dos esta"elecimentos educativos atr-s definidas96 -rea escolar 6 -rea pedagógica

    3

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    4/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    6 -rea profissional

      4JAD$O 2 N Atividade 2

    ara al>m do diretor ou diretora da escola7 para garantir o "om funcionamento dos esta"elecimentoseducativos > importante a criação de *ideranças inter)=dias. O o"#etivo das lideranças interm>dias >

     proporcionar coordenação e orientação escola e incentivar a cola"oração de todos. %stas euipas co"rem -reascomo o grupo disciplinar7 a coordenação do consel,o de turma7 a adaptação curricular e as relações com osencarregados de educação.

    A seleção dos professores ou professoras ue podem desempen,ar este tipo de lideranças interm>dias deveter em conta os seguintes crit>rios ?$amiro arues7 2HH3@9

    − Di,ersidade. Assegurar ue todos se sintam representados.

    − Te)po. Dar um cr>dito de ,oras aos líderes interm>dios.

    − Credi2i*idade. =er a confiança dos restantes professores/as.

    − %2ertura. =er a mente a"erta inovação e mudança. 

    − Co)uni'ação. a"er comunicar com os colegas.

    − Entusias)o pe*a es'o*a9 %star motivados e entusiasmados com o pro#eto educativo da escola.

    %ti,idade >1@ DI uma definição de líder interm>dio tendo em conta possíveis atividades a

    desempen,ar 2@ %numere e8emplos de 3 características9

    - ue o líder interm>dio deve ter - ue o líder interm>dio não deve ter 

      4JAD$O 3 N Atividade 3

     5o caso da rede escolar e8istente na $epu"lica Democr-tica de ão =om> e ríncipe como e8emplo delíderes interm>dios podemos encontrar os respons+,eis de '*asse  ou os de*egados de dis'ip*ina  ue podemdesempen,ar um papel importante na gestão da escola. as para al>m de pensarmos nas características ue devemser assumidas por estes líderes temos tam">m ue pensar nas condições ue devem ser concedidas para ue estes

     possam desenvolver as funções ue l,es são atri"uídas. A este nível ,- algumas mudanças ue podem ser feitas pelo diretor ou diretora da escola para conseguir um "om desempen,o9 por e8emplo uma redução do n0mero dealunos7 ou uma redução do n0mero de ,oras letivas.

     

    %ti,idade ?

    Apresente um "om e8emplo das ualidades de um líder interm>dio N como por e8emplo umrespons-vel de classe ou um delegado de disciplina 6 com uem ten,a tra"al,ado.

      4JAD$O N Atividade

    definido ue9

    B ?C@ /. Em cada esta"elecimento ou !rupo de esta"elecimentos de educação e ensino a administração e !estão orientam-se por princípios de democraticidade e de participação de todos os implicados no processoeducativo, tendo em atenção as características específica de cada nível de educação e ensino.0. 1a administração e !estão dos esta"elecimentos de educação e ensino devem prevalecer critérios denature(a peda!2!ica e científica so"re critérios de nature(a administrativa.3.  A direção de cada estabelecimento ou grupo de estabelecimentos dos ensinos básico e secundário é assegurada por órgãos próprios, para os quais são democraticamente eleitos os representantes  de

     professores, alunos Sapenas para o ensino secund-rioT e pessoal não docente, e apoiada por 2r!ãosconsultivos e por serviços especiali(ados, num e noutro caso, se!undo modalidades a re!ulamentar paracada nível de ensino ?...@.

    osteriormente7 no atual regime de administração e gestão dos esta"elecimentos p0"licos da educação pr>6escolar e do ensino "-sico ?Decreto n.R2/2H1H@ foi definido ?Artigo 13R@7 ue são &rgãos de direção@ad)inistração e gestão dos agrupa)entos de es'o*as e das es'o*as não agrupadas 9

    4 - o 5iretor6- o 7u"diretor ou 7ecretário 5ocente6- o 8esponsável de escola, 9ardim e creche6- o )onselho técnico :; ciclo < responsável de classe6 =; ciclo < 5ele!ado de disciplina'área disciplinar6- o )onselho de direção polos escolares *reunião entre os responsáveis de escolas de cada polo.

     5este mesmo Decreto6lei são e8plicitadas as definições de cada um destes órgãos ?Artigos 1R a1(R@7 princípios a seguir para o seu provimento e recrutamento ?Artigos *R e MR@7 assim como as suas competIncias?Artigos 1)R a 23R@. De seguida passamos a analisar de forma mais detal,ada o ue est- definido relativamente aodiretor ou diretora de escola ou de agrupamentos de escola.

    odem ser diretores/as os/as docentes com formação pedagógica de nível superior ?licenciatura ou "ac,arelato@ e com mais de & anos de e8periIncia docente ou ainda com formação pedagógica de nível m>dio e ummínimo de 1& anos de serviço. %stes são7 geralmente7 nomeados em comissão de serviço pelo inist>rio da%ducação.

    $elativamente s funções7 compete ao Diretor ou Diretora9

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    5/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    B:. >elar pelo cumprimento das normas le!ais e da política educacional definidas pelo $inistério da Educação, )ultura e ?ormação6=. Asse!urar o cumprimento do calendário escolar6/. 5esi!nar os dele!ados de classe *s, de disciplina ou áreas disciplinares e os diretores de turma60. >elar pela conservação do patrim2nio a seu car!o63. @residir aos conselhos técnicos e acompanhar e orientar as preparaçes metodol2!icas6. Bncentivar a frequência dos alunos, acionando medidas que possam minimi(ar o a"andono escolar e levar 

    C recuperação dos alunos de menor rendimento6D. Bmplementar, 9unto C comunidade educativa, normas de !estão participativa com o"servncia Cs nomasle!ais6F. Esclarecer a comunidade educativa so"re as finalidades, o"9etivos e "enefícios a que se prope aassociação de apoio C escola6G. Bnformar os pais e encarre!ados de educação so"re a frequência e rendimento dos alunos6:H. >elar pela se!urança dos alunos que frequentam o esta"elecimento de ensino6::. >elar pelo cumprimento do seu plano de tra"alho e da 5ireção do Ensino Iásico6:=. @restar informaçes C 5ireção de Ensino Iásico e aos seus superiores hierárquicos6:/. @romover o processo inte!rador e articulador das açes peda!2!icas e didáticas de acordo com asdiretri(es de política educacional do $inistério da Educação, em vi!or6:0. Bncrementar e participar com os professores na ela"oração e avaliação do pro9eto educativo da escola edo esta"elecimento6

    :3. Estar atento Cs relaçes entre o corpo docente, discente, assim como as relaçes entre a escola e acomunidade6:. #rientar os serviços técnicos e administrativos da instituição para uma melhor avaliação do processoeducacional, oferecendo su"sídios e a!ili(ando estraté!ias mais efica(es, propostas pelo conselho técnico,o"9etivando a melhoria do processo de ensino'aprendi(a!em6:D. )riar espaços de recreação, participação e exercício de cidadania6:F. @articipar em açes de formação e outras estraté!ias de atuali(ação, visando a sua formação contínua6:G. #ferecer ao corpo docente e aos demais funcionários, orientaçes e su"sídios a respeito dodesenvolvimento socio educativo6=H. 8eali(ar visitas técnicas e de apoio aos professores'as6=:. Avaliar o desempenho dos professores'as e dos'as auxiliares educativos'as6==. 5isponi"ili(ar-se para atuar como or!ani(ador'a e orientador'a dos tra"alhos de !rupo, incentivando a

     participação de todos e a9udando a enfrentar desafios colocados pelas atividades pro!ramadas6=/. #r!ani(ar e coordenar os serviços das avaliaçes6=0. Estudar e conhecer profundamente todos os materiais e documentos emitidos pelo Joverno que tenhamincidência na escola6=3. Ela"orar relat2rios concernentes ao funcionamento escolar6=. Jarantir o equipamento e a literatura peda!2!ica6=D. @residir aos conselhos e direção, técnico e todas outras reunies que por ele forem or!ani(adas6=F. Kelar pelo uso do uniforme escolar6=G. Kelar pelo cumprimento do horário na sua instituição6/H. Ela"orar a estatística de acordo com situaçes pontuais e com a devida periodicidade6/:. )ontrolar re!ularmente os planos de aulas6/=. 8epresentar a escola6//. Exercer o poder disciplinar em relação aos alunos'as6/0. @lanear e asse!urar a execução das atividades no domínio da ação social escolar, em conformidade comas linhas orientadoras definidas pela direção do ensino6/3. Exercer o poder hierárquico em relação ao pessoal docente e não docente6/. @romover e apoiar iniciativas de nature(a formativa e cultural6/D. 5esi!nar os'as responsáveis de escola que compem o polo escola6/F. Executar outras tarefas para as quais forem solicitados.L

    Apesar do enuadramento legislativo em vigor7 na pr-tica nem sempre estão reunidas as condições para o poder concreti+ar. Alguns constrangimentos começam por se verificar ao nível da dificuldade em encontrar docentes com formação e e8periIncia necess-ria para poderem assumir o cargo de diretor ou diretora de escola.Outros constrangimentos condicionam a possi"ilidade dos diretores ou diretoras e8ecutarem em plenitude asfunções ue l,es competem.

    erifica6se ainda7 de acordo com os testemun,os reunidos7 um grande descon,ecimento da legislação emvigor. 5este conte8to7 pensar em espaços de informação/formação para uem e8erce funções de liderançaeducativa > uma prioridade do sistema educativo.

    O papel determinante ue a direção pode ter na implementação de inovações e na promoção de um maior desenvolvimento da ualidade de funcionamento das escolas torna priorit-ria a aposta na sua formação e no apoioao tra"al,o ue reali+am.

    %ti,idade A

    1@ =endo em conta o Decreto 2/2H1H caracteri+e as funções e formas de recrutamento dos seguintesórgãos de gestão96 u"diretor ou ecret-rio Docente<6 $espons-vel de escola7 #ardim e crec,e<

    6 !onsel,o t>cnico9 1R ciclo N respons-vel de classe< 2R ciclo N Delegado de disciplina/-readisciplinar<6 !onsel,o de direção9 polos escolares.

    2) =endo em conta as competIncias do Diretor ou Diretora de escola definidas no Decreto nR 2/2H1Hidentifiue96 as 3 mais relevantes7 e8plicitando o poruI da sua escol,a<6 as 3 mais difíceis de desempen,ar7 e8plicitando o poruI da sua escol,a.

    3@ !omo avalia o seu con,ecimento so"re a legislação em vigorU !omo fa+ para ultrapassar as lacunasde con,ecimento ue temU

    4JAD$O & N Atividade &

    &

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    6/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    >9 Dierentes tipos de *iderança e suas i)p*i'aç"es na gestão da es'o*a

    !omo #- foi atr-s referido e8istem diferentes estilos de liderança 6 mais ou menos autorit-ria7 ou mais oumenos li"eral 6 sendo muitos os estudos ue tIm vindo a ser desenvolvidos nesta -rea7 nomeadamente no seio dasorgani+ações educacionais. uitas destas pesuisas procuram analisar ual o i)pa'to dos esti*os de *iderança nofuncionamento das instituições e nos resultados conseguidos por estas.

     5as 0ltimas d>cadas muitos dos estudos reali+ados tIm tido a preocupação de não se centrareme8clusivamente nas características do líder7 avaliando tam">m como estes promovem ?ou não@ as formas de

     participação dos outros docentes e parceiros educativos na gestão institucional.!om esta preocupação podemos diferenciar dois tipos de Bcomportamento de liderança transacional e

    transformacional. #s líderes transacionais  determinam o que os su"ordinados precisam para reali(ar seus pr2prios o"9etivos e os o"9etivos da or!ani(ação. Em contraste, os líderes transformacionais 4motivam-nos a fa(er *...L7 fomentando a procura de novas soluções e ideias ?Qento7 2HH*92@. 1

    A forma como os líderes conseguem gerir tensões e promover a motivação surge como um elemento c,avena promoção da ualidade7 o ue tem implicado a necessidade de uma nova atenção so"re o estudo do climae8istente nas organi+ações e so"re a forma como este > condicionado pelos estilos de liderança ?DaE7 2HH1@.

    F- uma forte relação entre a motivação dos/as professores/as e o '*i)a de es'o*a. e o clima > negativo ec,eio de tensão os/as professores/as caem mais facilmente na e8austão. A ansiedade e o  stress andam de mãosdadas com uma "ai8a motivação e um clima escolar negativo.

    Jm am"iente ue favoreça o "em estar de todos > promotor do desenvolvimento dos profissionais uetra"al,am na organi+ação e > um fator importante na promoção de uma cultura de responsa"ilidade e e8igIncia.

    O papel do diretor ou diretora na promoção deste am"iente > crucial7 o ue passa pela sua capacidade deouvir os diferentes parceiros educativos e pela sua capacidade em valori+ar as lideranças interm>dias7 incentivandoos/as docentes a participarem no processo de tomada de decisões. Jm "om clima organi+acional implica ue osdiferentes intervenientes se#am ouvidos e ten,am espaço efetivo de participação.

    odemos definir clima de escola de v-rias maneiras.O clima > sinónimo da personalidade coletiva da escola e revela a sua identidade. V uma atmosfera

    carateri+ada pelas interações pessoais7 sociais e profissionais ue envolvem os indivíduos de uma escola.Dos testemun,os recol,idos alguns docentes inuiridos evidenciam a falta de comunicação entre eles e a

    direção7 aspeto ue dificulta a e8istIncia de um "om entendimento.

    odemos identificar oito indicadores de clima de escola ?arues7 2HH3@9

    − $espeito. =odos os mem"ros da escola devem ser tratados com respeito e ser considerados pessoas de

    valor.

    − !uidar. =odos devem preocupar6se com todos7 cada um deve interessar6se pelo "em6estar do outro.

    − oral elevado. =odos se sentem "em com o ue acontece na escola7 e8iste um sentimento positivo acerca

    das tarefas assumidas e todos confiam uns nos outros.

    − Oportunidade para fornecer ideias e sugestões. =odos devem poder dar sugestões para mel,orar a escola e

    o diretor ou a diretora deve prestar6l,es atenção.

    − !rescimento acad>mico e pessoal continuado. F- elevadas e8petativas na escola relativamente

    necessidade de criar oportunidades de formação e aprendi+agem.− $econ,ece6se a todos a possi"ilidade de desenvolvimento profissional.

    − Apreço pela inovação. A escola manifesta interesse pela inovação e est- a"erta mudança.

    − !oesão. F- um espírito de euipa e todos partil,am a mesma visão educativa e o mesmo pro#eto de escola.

    − !onfiança. Os indivíduos confiam uns nos outros7 e8iste frontalidade nas interações e8istentes.

      %ti,idade B

    Destes indicadores uais > ue são mais difíceis de implementar nas escolas de ão =om> e ríncipe.oruIU

    4JAD$O ( N Atividade (

    4uase todos os estudos confirmam ue as atitudes dos/as professores/as e o apoio do diretor ou da diretoraconstituem a c,ave para a criação de um clima positivo. 5um clima avaliado como  positivo predominam atitudesde recon,ecimento7 apoio7 encora#amento7 #ustiça e euidade ?arues7 2HH3@.

      %ti,idade

    6 ;eia atentamente alguns testemun,os recol,idos #unto de docentes de escolas e diferencie osindicadores ue pensa poderem contri"uir para fomentar um clima positivo na escola dos uecontri"uem para a e8istIncia de um clima negativo7 fundamentando as suas escol,as.

    # clima de escola é uma atmosfera caracteri(ada pelas relaçes pessoais, sociais e profissionais que

    envolvem os indivíduos de uma escola.

    Mem que haver um clima positivo de motivação entre os professores e as professoras6 tem que haver orespeito, a moral e oportunidades de fornecer ideias e su!estes.

     Em muitas escolas não é fácil tra"alhar porque os'as professores'as têm medo de falar 

    #'A diretor'a deve promover a criação de lideranças intermédias e incentivar os professores e as professoras nas tomadas de decises.

    1 %studos desenvolvidos por Qernard Qass ?1M*&@ e Avolio ?1MMM@(

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    7/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    #'A diretor'a circula pela escola6 Kisita C sala de aulas.

    #'A diretor'a responsa"ili(a os docentes pelo mau am"iente da escola

    #'A diretor'a passa muito tempo fechado no !a"inete

    #'A diretor'a comunica com os'as professores'as por escrito

    #'A diretor'a é um exemplo de dedicação e entusiasmo.

     As reunies são "em or!ani(adas e decorrem em am"iente fraterno e informal.

    4JAD$O ) N Atividade )

    Estrat=gias para )e*8orar o '*i)a da es'o*a 5um estudo com uma amostra de 23H escolas "-sicas7 em Wndiana7 nos %JA7 foi possível identificar uatro

    escolas com climas mais positivos e uatro escolas com climas menos positivos ?X,itaGer7 1MMM@. O estudoidentificou oito diferenças entre os/as diretores/as capa+es de fomentar climas mais positivos e os/as diretores/ascom climas menos positivos nas escolas9

    : $esponsa"ilidade pelo clima. Os/as diretores/as das escolas mais positivas viam6se como os respons-veis peloclima da escola. Os/As diretores/as das escolas menos positivas consideravam ue a responsa"ilidade era docorpo docente.

    : isi"ilidade. Os professores e as professoras das escolas mais positivas consideravam ue o facto de o/adiretor/a circular pela escola7 partil,ar os espaços dos docentes e ser visto com freuIncia na sala de

     professores era um fator importante de promoção de um clima positivo. Os/As professores/as das escolasmenos positivas di+iam ue o/a diretor/a estava sempre fec,ado no ga"inete e ningu>m o via com os

     professores e professoras.: !on,ecimento dos/as docentes dentro e fora da escola. Os/As diretores/as das escolas mais positivas

     preocupavam6se em sa"er como eram as vidas dos professores e professoras uer dentro uer fora da escola7oferecendo6se para a#udar os colegas sempre ue estes se confrontavam com algum pro"lema.

    : !omunicação regular. Os/As diretores/as das escolas mais positivas comunicavam diariamente com os/as

    docentes e fa+iam6no uer pessoalmente uer por escrito. Os/as diretores/as das escolas menos positivas sócomunicavam com os docentes por escrito para dar ordens ou para apontar esclarecimentos.

    : $euniões produtivas. As escolas mais positivas tin,am mais reuniões7 mas as reuniões demoravam poucotempo e decorriam em am"iente informal e fraternal. As escolas menos positivas tin,am poucas reuniões masas reuniões demoravam muito tempo.

    : !on,ecimento das necessidades dos professores e professoras. As escolas mais positivas tin,am programas dedesenvolvimento profissional para o corpo docente visando a satisfação das necessidades de formaçãosentidas. As escolas menos positivas não prestavam atenção ao desenvolvimento profissional dos/as docentes.

    : %8istIncia de "ons modelos. As escolas mais positivas dispun,am de professores e professoras de elevadacategoria ue funcionavam como modelos para os outros. Os/As diretores/as dessas escolas procuravamfuncionar como e8emplos de dedicação e entusiasmo. As escolas menos positivas não dispun,am de taismodelos e7 ao inv>s7 eram vítimas de um sentimento negativo de desconfiança entre o/a diretor/a e docentes.

    : Am"iente físico acol,edor. As escolas mais positivas tin,am um am"iente físico are#ado7 espaçoso7 limpo ecuidado. As escolas menos positivas tin,am pouca preocupação com a limpe+a e ualidade do am"iente físico.

    %ti,idade

    ense em estrat>gias ue #- viu serem implementadas em escolas de ão =om> e ríncipe paramel,orar o clima da escola. Descreva algumas dessas estrat>gias.

    4JAD$O * N Atividade *

    ?9 Contri2utos para o p*anea)ento da rede es'o*ar

     5o Artigo 3).R da ;ei de Qases do istema %ducativo da $ep0"lica Democr-tica de ão =om> e ríncipe?;ei 2 de 2HH3@ > e8plicitado ue Bcompete ao Estado criar uma rede de esta"elecimentos p"licos de educação eensino que cu"ra as necessidades de toda a população sendo referido ue o B planeamento da rede deesta"elecimentos escolares deve contri"uir para a eliminação de desi!ualdades e assimetrias locais e re!ionais, por forma a asse!urar a i!ualdade de oportunidades de educação e ensino a todas as crianças e 9ovens.

    !om esta finalidade no Artigo &HR > referenciado ue as Bestatísticas da educação são instrumento fundamental para a avaliação e o planeamento do sistema educativo devendo ser or!ani(adas de modo a !arantir a sua reali(ação em tempo oportuno e de forma universal .7 devendo para isso ser esta"elecidas normas eentidades respons-veis pela Brecolha, tratamento e difusão das estatísticas.

     5o atual panorama educativo do país os diretores e diretoras das escolas tIm um papel crucial na gestão da

    rede escolar7 sendo os principais respons-veis pelo fornecimento dos dados em ue o inist>rio se "aseia para o planeamento do desenvolvimento uantitativo da rede institucional e8istente.

    %sta responsa"ilidade est- tam">m contemplada no Decreto n.R2/2H1H7 Artigo 1)R7 em algumas das principais competIncias previstas para os diretores ou diretoras de escolas7 nomeadamente9

      B:.>elar pelo cumprimento das normas le!ais e da política educacional definidas pelo $inistério da Educação, )ultura e ?ormação ?C@<:=. @restar informaçes C 5ireção de Ensino Iásico e aos seus superiores hierárquicos ?C@<=3. Ela"orar relat2rios concernentes ao funcionamento escolar ?C@</H. Ela"orar a estatística de acordo com situaçes pontuais e com a devida periodicidade ?C@.

    )

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    8/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

     5os testemun,os recol,idos a maioria dos diretores/as e tam">m alguns docentes inuiridos afirmamresponder aos pedidos de dados estatísticos solicitados pelo inist>rio7 preenc,endo os formul-rios solicitados.4uando sentem dificuldades nesta tarefa os/as diretores/as referem ue procuram esclarecimentos #unto da Direçãode %statística ou da Direção de %ducação Q-sica. Os familiares inuiridos referem estar contentes com a redeinstitucional e8istente7 sendo f-cil inscrever os fil,os em escolas da +ona de residIncia.

     5a pr-tica temos7 no entanto7 con,ecimento de algumas situações pro"lem-ticas ue derivam da forma pouco rigorosa como esta função7 tão importante7 > por ve+es e8ecutada por alguns diretores e diretoras ue tImimplicações graves na gestão da rede institucional.

    A falta de informação relativamente legislação em vigor7 começando pelo con,ecimento mais preciso dassuas funções7 > uma uestão ue7 como #- foi referido7 > colocada por diretores e docentes carecendo de umaatenção mais cuidada.

    %ti,idade

    6 Wndiue o con,ecimento ue tem7 relativamente ao seu papel7 ao nível do planeamento da rede escolarU6 4ue formul-rios são necess-rios preenc,erU !omo recol,e os dados necess-riosU6 DI um e8emplo de erros ue podem verificar6se no desenvolvimento da rede escolar uando os diretoresou diretoras fornecem dados pouco precisosU6 A referIncia ue alguns docentes fa+em so"re o descon,ecimento da legislação em vigor7 relativamentes funções a desempen,ar7 parece derivar de um pro"lema de comunicação no seio da comunidadeeducativa. !omo ultrapassar esta uestãoU

    4JAD$O M N Atividade M

    6U4E6TÃO DE LEITUR%FQ%5=O7 A ?2HH*@. %stilos de liderança dos líderes escolares da $egião Autónoma da adeira. Wn !O=A7 P.7

     5%=O6%5D%7 A. Y %5=J$A7 A. ?Org.@.  Actas do K 7imp2sio so"re #r!ani(ação e Jestão Escolar -Mra"alho 5ocente e #r!ani(açes Educativas ?pp.1&61&)@. Aveiro9 Jniversidade de Aveiro in,ttp9//,dl.,andle.net/1HHH.13/&& 

    II - !UNÇGE6 N% 4E6TÃO#OR4%NIH%ÇÃO D% IN6TITUIÇÃO

    ;9 O :roeto edu'ati,o da es'o*a

    A escola como instituição tem de ter um pro#eto.%ste pro#eto deve ser construído e partil,ado com todos os intervenientes ue fa+em parte da vida da escola9

    diretores e diretoras7 docentes7 pessoal au8iliar7 encarregados de educação7 alunos e alunas. 4uando ,- acordoso"re o ue > o "em comum e so"re os o"#etivos e meios para os alcançar7 a comunidade educativa fica maiscoesa.

    u"#acente a ualuer pro#eto educativo est- sempre um sistema de crenças pedagógicas7 ue deve ser definido de forma clara e coerente. O diretor7 ou a diretora7 deve sa"er o ue uer7 para onde uer ir e como l-

     pode c,egar.A definição e desenvolvimento do pro#eto educativo7 dos seus o"#etivos e orientações7 deve estender6se atodos os intervenientes com particular atenção e responsa"ilidade para os líderes pedagógicos interm>dios7 como

     por e8emplo os/as respons-veis de classe ou delegados/as de disciplina.

     

    %ti,idade ;

    Z $as há diretores que não sa"em o que querem e onde devem che!ar por falta de formação ou deexperiência, ou porque se isolam e não ouvem a comunidade educativa que lideram, desculpando-secom a falta de orientaçes do $inistério, sendo incapa(es de definir o pro9eto educativo da sua escola.[

    4uest"es a 'onsiderar na deinição do proeto edu'ati,oF: 4uais são as finalidades da educaçãoU: %m ue > ue esta escola > diferente das outrasU: O ue > ue podemos fa+er para mel,orar as respostas educativasU: 4uem est- disposto a contri"uir para fa+er as mel,oriasU: 4uanto tempo > ue dispomos para concreti+ar as mel,orias necess-riasU: 4uais são os recursos de ue precisamos para concreti+ar estas mel,oriasU: O ue > ue preciso fa+er para ue os alunos e alunas gostem da comunidade em ue est- inserida a

    escolaU: 4ue pro#etos devo desenvolver para ue as crianças gostem e cuidem da sua escolaU: !omo levar as crianças a aplicar o ue aprenderam na escola na sua comunidadeU: 4ue programa e8traescolar a escola pode oferecerU

    : 4uais os recursos de ue precisamos para concreti+ar estas mel,oriasU  4JAD$O 1H N Atividade 1H

    O pro#eto educativo de escola deve passar pela acentuação dauilo ue a distingue das outras escolas7consoante a sua especificidade e -reas em ue tem mel,ores potencialidades. or e8emplo7 a escola A podedistinguir6se por oferecer um e8celente programa de ciIncias e matem-tica. Outra escola pode distinguir6se por oferecer um e8celente programa de artes.

    O corpo docente deve ser encora#ado a criar um sistema de crenças ue se encai8e no pro#eto educativo daescola. A mel,or forma de o conseguirmos > atrav>s da promoção de contactos freuentes entre o diretor ou adiretora e os professores.

    *

    http://hdl.handle.net/10400.13/55http://hdl.handle.net/10400.13/55

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    9/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    !ada professor ou professora tem o seu sistema de crenças. Wntegrar os diferentes sistemas de crenças numavisão de escola coerente e glo"al não > tarefa f-cil. Jma visão de escola > uma esp>cie de imaginação moral ue

     permite s pessoas ue dela fa+em parte não apenas sa"erem como a escola >7 mas tam">m estarem de acordoso"re auilo ue uerem ue ela se#a. !om esta informação7 começam a criar uma visão ue proporciona umsentido para os contri"utos ue cada um pode dar. V preciso tempo7 muito tra"al,o e muita reunião para ue essavisão de escola se consolide e se possa transformar num pro#eto ue agrade a todos.

      %ti,idade ;;

    1@ Apresente um "om e8emplo de diretor ou diretora ue defina o pro#eto educativo da suaescola envolvendo todos os intervenientes da comunidade escolar.

    2@ Apresente sugestões para ultrapassar as dificuldades mais freuentemente sentidas a nívelda definição do pro#eto educativo.

    4JAD$O 11 N Atividade 11

    O pro#eto educativo > um documento7 ela"orado pelo/a diretor/a com a a#uda dos restantes órgãos da escola7onde consta a missão da escola7 os o"#etivos educativos e curriculares7 a caracteri+ação dos recurso ,umanos emateriais e os dispositivos de monitori+ação e avaliação dos processos e resultados.

    O pro#eto educativo de escola > um documento ue nunca est- concluído visto carecer de atuali+ação regular.A escola > uma instituição din'mica7 a"erta mudança e7 por isso7 o pro#eto educativo muda medida ue a escolainova e altera procedimentos.

    e#amos de seguida um roteiro de procedimentos para guiar o processo de ela"oração do pro#eto educativode escola9

    %8plicitação da missão daescola

     

    Diagnóstico da situaçãoda escola

     

    ro"lemas a resolver

    O ue am"icionamos

    fa+er 

     

    $a+ões ue nos levam aoro#eto

     

    %strat>gias a desenvolver

    4ue recursos vamosmo"ili+ar 

     

    Avaliação do processo eresultados

    4JAD$O 12 N \uião para a definição do ro#eto %ducativo

    Outro documento ue facilita o processo de construção do pro#eto educativo de escola9

     Onde estamosU 6 An-lise de conte8to

    4uem somosU 6 5otas de identidade

     O ue pretendemosU 6 O"#etivos

     De ue meios dispomosU 6 ;istagem de recursos

     !omo vamos fa+erU 6 lano de ação

     !omo vamos avaliarU 6 revisão de processos de avaliação

    4JAD$O 13 6 \uião para apoiar a definição do pro#eto educativo ? Adaptado de ;eite71MM*@

    %8emplo de um outro guião de apoio para a definição do pro#eto educativo9

     4uemsomosU

    !aracteri+ação do conte8to!aracteri+ação da escola!aracteri+ação dos/as alunos/as!aracteri+ação dos/as docentes!aracteri+ação dos restantes atores da comunidade educativa

     4ueescolaueremosserU

    Definir as lin,as orientadores das intervenções educativas tendo em vista amissão da escola

     O ueueremosmudarU

     Wdentificar as mudanças e indicar as -reas onde > preciso mudar 

     !omofa+erU  Analisar programas e identificar articulações curriculares possíveis.Articular atitudes dos professores e professoras face aos alunos. Articular padrões de desempen,o de docentes e alunos/as. Wnstituir tempos de planificação em con#unto e de articulação de estrat>gias.

     !omoavaliarU

     Wdentificar pr-ticas de avaliação formativa e de autorregulação dasaprendi+agens

    4JAD$O 1 6 \uião para apoiar a definição do pro#eto educativo ? Adaptado de ;eite7 2HH1@

    M

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    10/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

      %ti,idade ;<

    1) %numere trIs ra+ões ue #ustifiuem a e8istIncia do ro#eto %ducativo de %scola.2) 4uais as finalidades do ro#eto %ducativo de %scolaU

    4JAD$O 1& N Atividade 12

    assessorado por uma euipa de docentes da sua confiança. O $egulamentoWnterno da %scola deve ser revisto regularmente de modo a integrar as alterações introdu+idas nas funções eserviços da escola e sempre respeitando a legislação em vigor.

    %*guns aspetos que o Regu*a)ento Interno da Es'o*a de,e in'*uirF1. Oferta %ducativa da %scola9 níveis de escolaridade ue a"range.=urmas< ,or-rio de funcionamento das aulas e de outras atividades e8istentes.!lu"es de leitura< salas de apoio ao estudo< apoio a crianças com necessidades educativas específicas<atividades desportivas< outros pro#etos.2. !omposição e funcionamento dos ]rgãos de Administração e gestão da %scola!ompetIncias específicas dos órgãos de administração7 definição de regulamentos específicos para agestão do seu funcionamento e da sua eleição.3. arcerias9 o"#etivos e entidades participantes

    Acordos feitos com a autaruia< com !lu"es Desportivos para a cedIncia de espaços<com o !entro de a0de no 'm"ito da educação para a sa0de< com instituições/empresas locais para areali+ação de visitas de estudo7 para possíveis apoios a nível de oferta de materiais7 patrocínios7 etc.rotocolos com instituições de formação profissional7 ou outros espaços educativos para a reali+ação deest-gios7 semin-rios7 visitas7 outras atividades con#untas.. !omposição e funcionamento de outros erviços e Atividades da %scolaAssociação de pais/encarregados de educação< Qi"liotecas/!entro de $ecursos.erviços de Administração %scolar ?ecretaria@

    4JAD$O 1( N %8emplo de aspetos ue o $egulamento Wnterno de %scola deve incluir 

      %ti,idade ;>

    1) 4ual o papel do diretor ou da diretora na construção do $egulamento Wnterno da %scolaU2@ or ue ra+ão o $egulamento Wnterno da %scola deve ser revisto com regularidadeU

      4JAD$O 1) N Atividade 13

    >9% 4estão de Re'ursos

    A capacidade de gestão dos recursos materiais e ,umanos > uma função fundamental a e8ercer pelosdiretores e diretoras das escolas. % aui podemos diferenciar dois tipos de gestão9 a nível uantitativo e ualitativo7

     para al>m da necessidade de precisarmos de analisar diferenciadamente a gestão dos recursos materiais e ,umanos.

    Re'ursos )ateriaisF- um mínimo de recursos materiais necess-rios para se conseguir garantir a ualidade do processo de

    ensino e aprendi+agem. A própria ;ei de Qases do istema %ducativo ?;ei 2/2HH3@ salienta este aspeto referindouais os recursos B privile!iados ue devem e8istir na escola. Definindo como recursos educativos B todos osmeios materiais utili(ados para conveniente reali(ação da atividade educativa.7 como recursos educativosB privile!iados são considerados9 os manuais escolares< as "i"liotecas e mediatecas escolares< os euipamentos

    1H

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    11/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    la"oratoriais e oficinais< os euipamentos para a educação física7 ,igiene e desporto escolar< os euipamentos paraa educação musical e pl-stica< os centros de recursos educativos ?Artigo HR@.

     5este sentido tem ,avido v-rios pro#etos ue entre outros aspetos visam euipar as escolas7 ou mel,orar osseus recursos e euipamentos.

    as mesmo uando os meios são escassos ,- alternativas a ue a comunidade educativa pode recorrer como apoio das famílias e das instituições locais.

    Os recursos naturais7 a reciclagem de materiais de desperdício são alguns e8emplos de alternativas ue ocorpo docente tem ao seu dispor para a construção de materiais pedagógicos ou para o desenvolvimento deatividades em algumas -reas disciplinares7 como por e8emplo na e8pressão pl-stica7 na matem-tica7 etc.

    A promoção de um espirito de partil,a entre as crianças e famílias para ue os alunos e alunas maiscarenciados não dei8em de ter acesso a materiais necess-rios para acompan,ar os tra"al,os em curso7 > outra

     possi"ilidade ue deve ser assumida pela escola ue se deve constituir cada ve+ mais como espaço de formação pessoal e social das crianças e #ovens numa perspetiva de educação para a cidadania.

     5o ro#eto %ducativo7 consoante a realidade de cada instituição e de cada grupo de alunos7 estas uestõesdevem estar previstas e ser coordenadas pela direção com o apoio do corpo docente e estudantes escol,idos pelodiretor ou diretora para apoiarem esta tarefa.

    as para al>m de recorrer a estas estrat>gias7 ,- ue sa"er gerir os materiais fornecidos pelo inist>rio7 ou7 por e8emplo7 conseguidos atrav>s de pro#etos. !omo fa+er uando estes são poucosU ec,ar no ga"inete e não

    serem usados por ningu>m ou organi+ar um espaço comum em ue estes possam ser acessíveis a todos7 medianteregras e mecanismos de controlo previamente definidosUOs livros e manuais ue são ,a"itualmente oferecidos s escolas são mais uteis se estiverem organi+ados

    num centro de documentação organi+ado7 coordenado por um grupo de docentes e alunos mais vel,os7 com regras "em estipuladas.

    as ,- recursos e euipamentos ue são indispens-veis e8istir.or e8emplo9 todos os alunos e alunas tIm ue ter manuais. 4uando estes começam a faltar a informação

    tem ue c,egar rapidamente aos serviços do inist>rio e como recurso tIm ue ser pensadas alternativas ?recorrer a empr>stimos de outras escolas< fotocópias< outros manuais ue se possam adaptar7 etc.@. O mesmo em relação aoeuipamento9 todas as crianças tIm ue ter onde se sentar e escrever durante as aulas.

    %m muitas escolas7 consoante o dinamismo dos diretores ou diretoras7 estas uestões são minimi+adas7 ou pelo contr-rio não são feitas tentativas para ultrapassar estas dificuldades e as aulas dei8am de funcionar 

    normalmente.as como > dito no início7 não "asta ,aver materiais7 manuais7 carteiras N a sua ualidade > fundamental.

    or e8emplo ,aver alunos a tra"al,ar com pedaços de manuais7 com fol,as rasgadas > um mau e8emplo e nãoa#uda a aprendi+agem.

     5ão "asta pensar na uantidade dos materiais mas tam">m na sua ualidade e na conservação da suaualidade.

    or e8emplo7 > importante ue os manuais e cadernos se#am forrados e ue7 uando c,ove7 se#am guardadosem arm-rios fec,ados7 o ue constitui uma estrat>gia ue pode contri"uir para mel,or conservar estes recursos.

    O arran#o das carteiras ue se estragam7 > outro e8emplo.a+ parte da gestão da escola a organi+ação anual de in,ent+rios de todos os re'ursos e8istentes7 no início

    do ano devendo ser #ustificadas as faltas dos ue desaparecem ou ue se estragam.

      %ti,idade ;?

    1@ !omo pode o diretor ou diretora da escola organi+ar um invent-rio dos recursos materiais disponíveisno início do anoU ropon,a o e8emplo de uma possível estrutura.

    2@ Apresente dois "ons e8emplos de escolas em ue os/as diretores/as tIm uma "oa gestão dos recursosmateriais.

    3@ !omo devem ser envolvidos os/as docentes7 alunos/as e famílias para uma "oa gestão dos recursosmateriaisU

      4JAD$O 1* N Atividade 1

    Re'ursos Ju)anosA gestão dos recursos ,umanos est- muito dependente dos normativos definidos pelo inist>rio. 5o entanto7

    ,- uma margem de mano"ra ue > sempre competIncia da gestão da escola e ue deve estar prevista no ro#eto%ducativo e no $egulamento.

    $elativamente aos do'entes temos ue começar por considerar a forma como > feita a sua colocação7 o papelue os diretores e diretoras podem ter neste processo. !omo na maioria dos casos este procedimento > feito a níveldos serviços centrais7 fouemo6nos no ue compete diretamente s direções das escolas. urge como importanteanalisar a forma como > feita a distri"uição dos/as docentes pelas turmas7 como > ue nesta distri"uição >considerada a sua e8periIncia e formação. Os professores e professoras mais e8perientes e com mais formaçãoficam com os grupos mais difíceis e e8igentesU V possível garantir6se a continuidade dos docentes com as mesmasturmasU

    er- ue os respons-veis de classe e delegados de disciplinas podem organi+ar apoios para os alunos ealunas ue tIm mais dificuldadesU er- possível organi+ar um tra"al,o de euipa entre docentes das mesmasclasses de forma a ue os ue tIm mais vontade em certas -reas possam apoiar colegas de outras turmasU

    As reuniões de planificação ocupam um lugar privilegiado no sistema e podem ser espaços em ue estasuestões são discutidas e planeadas7 sempre com a supervisão da direção da escola e de acordo com a legislaçãoem vigor. A preparação destas reuniões como espaço de troca de sa"eres e de formação > fundamental.

    %7 como #- sucede em muitos casos7 esta rede de intera#uda pode funcionar entre escolas da mesma +ona7 uere0nem uin+enalmente. or e8emplo9 os docentes talve+ possam preparar temas e e8emplos de pro#etos detra"al,o reali+ados com os alunos para apresentar aos colegas.

    %stas uestões tIm a ver com a gestão pedagógica N ue ser- desenvolvida mais adiante N mas tam">m coma forma como os diretores/diretoras das escolas fa+em a gestão dos seus recursos ,umanos. %7 se "em ue a

    11

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    12/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    decisão final se#a do diretor ou da diretora7 para ue tudo corra "em ele tem ue reunir e ouvir o corpo docente para garantir ue as suas decisões são adeuadas realidade e para ue todos se sintam envolvidos na vida daescola.

    4uanto ao pessoal não do'ente ue tra"al,a na escola a primeira uestão a considerar > se as suas funçõesestão claramente definidas. De ualuer forma7 a vida da escola não > estanue e pode ,aver uma articulação entreas v-rias -reas de atividades de forma a renta"ili+ar o tra"al,o reali+ado. % uem tem a função de supervisionar eapoiar o tra"al,o reali+ado pelos não docentes nas suas v-rias -reasU O diretor7 ou diretora7 provavelmente podedelegar esta função noutros colegas de forma a ue e8ista um acompan,amento e vigil'ncia do tra"al,o feito.

    aralelamente > importante fa+er um diagnóstico das principais dificuldades e desenvolver estrat>gias deapoio e formação para ue estas se#am ultrapassadas. O apoio formativo ao pessoal não docente pode incidir so"rev-rios domínios7 consoante as necessidades e funções e8ercidas9 a relação com as crianças e famílias< so"re,-"itos de ,igiene e sa0de7 so"re alimentação7 etc. A direção da escola tem ue estar atenta a todos os aspetos davida da escola e supervisionar o ue se passa9 o tra"al,o das cantinas7 a limpe+a da escola7 os cuidados com oespaço e8terior7 etc.

    e o :roeto Edu'ati,o da escola deve prever o tra"al,o de formação a desenvolver7 o Regu*a)ento daEs'o*a tam">m deve prever as formas de atuar uando falta algum docente ou não docente de forma a ue os

    alunos e alunas não se#am pre#udicados nem o funcionamento da instituição se#a afetado.

      %ti,idade ;A

    IndiqueF1@ Jm e8emplo de uma "oa distri"uição do corpo docente pelas turmas ?tendo em conta a sua

    e8periIncia7 formação7 etc.@2@ Jm e8emplo de uma reunião de planificação rica do ponto de vista das aprendi+agens ue

     proporcionou. Aspetos ue podem ser mel,orados nestas reuniõesU

    3@ O ue o diretor ou a diretora devem fa+er uando os docentes faltamU

    @ !omo pode ser feita uma gestão do corpo docente de forma a ue alguns possam dar apoio s

    crianças com mais dificuldadesU

    &@ %8emplos positivos de formas de supervisão do tra"al,o do pessoal não docente nas escolasU  4JAD$O 1M N Atividade 1&

    ?9%s Insta*aç"es

    !uidar do espaço N interior e e8terior N da escola > um desafio ue deve estar tam">m previsto no ro#eto%ducativo e tam">m no $egulamento da %scola. =al como a gestão dos recursos7 a gestão dos espaços >fundamental para o "om funcionamento da escola.

    uitas ve+es a falta de meios tra+ grandes dificuldades a este tra"al,o mas ,- sempre a possi"ilidade deserem pensadas estrat>gias alternativas9 pedir o apoio da comunidade para manter a pintura das paredes cuidada ou

     para garantir a ventilação e luminosidade adeuada7 etc.O arran#o do espaço e8terior > tão importante como o arran#o do espaço interior. %m muitas escolas as

    atividades de educação física7 por e8emplo7 não se reali+am porue o espaço não est- cuidado. as se cal,ar ,- peuenas mudanças ue podem ser pensadas de forma a ue tudo funcione mel,or.

    % a ualidade de funcionamento7 se começa pela construção e conseuente manutenção7 tam">m se relacionacom a organi+ação9 os espaços definidos para as salas de aula7 os espaços para os adultos reunirem e tra"al,arem7os espaços para os órgãos de gestão7 os espaços de arrumos dos materiais7 os espaços de leitura7 etc. %sta

     planificação começa pela escol,a e gestão dos espaços. 5os testemun,os recol,idos7 as uestões relativas s insuficiIncias de recursos e falta de condições do

    espaço são das mais salientadas por todos os inuiridos. as são so"retudo os familiares ue c,amam a atenção para a necessidade da escola ter tam">m espaços de la+er ?interiores e e8teriores@ onde as crianças se sintam "em.

    %sta perceção das famílias > muito importante9 a escola tem ue ser um espaço onde crianças e adultos ?pessoaldocente7 pessoal não docente7 famílias@ se sintam "em7 pois se isto não acontece a escola não > sentida como umespaço seu7 não ,avendo necessidade de o cuidar e estimar.

     5o pro#eto Escolas ami!as das )rianças promovido pela J5W!% ?2H11@ em diversos países7 a preocupaçãocom a gestão dos espaços7 dos euipamentos e dos recursos7 no geral7 aparece sempre como uma das principais

     prioridades. Ora ve#amos algumas das sugestões apresentadas.

    B Estrutura - # edifício deverá ser estruturalmente estável, C prova de á!ua e em conformidadecom as condiçes am"ientais locais, confortável para as condiçes climáticas, de fácil saída emcaso de emer!ência e "em inte!rado no contexto am"iental e cultural.Gabinetes administrativos - &m espaço separado para o pessoal docente'administrativo permitirá privacidade a alunos'as e professores'as e maximi(ará o uso do espaço de salas de aula, permitindo ao pessoal tra"alhar em separado dos estudantes. 8ecomenda-se que as salas de aulae os !a"inetes administrativos este9am pr2ximos para se poder monitori(ar as atividades dosalunos e alunas e criar Nse!urança por via de transparênciaO. gua segura -  5everá haver á!ua fresca para "e"er disponível para os estudantes dentro daescola, "em como adequadas infraestruturas de canali(ação que permitam a distri"uição de á!ua se!ura. 7e tal não for possível, deverá incluir-se um furo'poço no recinto escolar. Bsto poderá ser aumentado com um sistema de aprovisionamento de á!uas pluviais no telhado, como for apropriado. !nstalaç"es de #igiene -  5everá ser proporcionado um espaço separado com á!ua e sa"ão ououtro a!ente de limpe(a para as crianças lavarem as mãos. $anitários - 5everão estar disponíveis casas de "anho ou latrinas separadas para rapari!as e

    12

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    13/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    rapa(es. A privacidade, limpe(a e se!urança são importantes aspetos a considerar ao planificarem-se os locais e ao fa(er-se o pro9eto das instalaçes. %u&, ar, sol, poeira, claridade, refle'o, #umidade, barul#o e c#eiros -  As salas de aulanecessitam de circulação de ar fresco para evitar aquecimento e excessiva humidade. @ara !arantir lu( adequada, um mínimo de =HP da área ocupada pela sala de aula deverá ser área de 9anela. Q necessário que ha9a eletricidade ou outra forma de ener!ia para proporcionar lu( e fa(er funcionar o equipamento. As salas de aula têm de estar suficientemente prote!idas de lu( solar direta, lu( ofuscante *lu( direta e reflexo *lu( indireta. As escolas não devem ficar locali(adas perto de fontes de ruído excessivo *+ excessiva poluição ou cheiros *+. 1ão sendo possível, devem pro9etar-se as medidas que serão necessárias para minimi(ar o impacto destes pro"lemas.(or - #s materiais e aca"amentos deverão ser de cores claras, naturais, dos pr2prios materiais, selecionadas em harmonia com realces de tons quentes naturais *vermelhos, laran9as, castanhos,ocres e cor de linho' caqui, "ranco-su9o ditados por preferências locais, culturais. @or exemplo, para aca"amento em madeira pode utili(ar-se verni( claro para preservar a "ele(a natural e ocarácter quente do material. #u podem utili(ar-se realces vivos em cantos de 9o!os, terraços,corredores e mo"iliário. #s espaços de aprendi(a!em deverão ser de cor clara e tranquili(ante,ao invés de som"rios, fastidiosos ou escuros *+. )isposiç"es relativas a segurança - 5evem fa(er parte do processo de ela"oração do pro9eto e ser inseridos no pro!rama da escola planos de prevenção de incêndio e de evacuação de emer!ência. 1ão se devem utili(ar materiais inflamáveis para efeitos estruturais, a menos que tratados para

    resistirem ao fo!o. #s materiais de construção não devem ter componentes ou elementos que possam ser peri!osos para as crianças. Merminada a construção, todos os espaços da escoladeverão estar livres de qualquer resíduo fluido, s2lido e !asoso. As escolas não devem ficar locali(adas perto de fá"ricas ou outros peri!os. )isposiç"es relativas a sa*de -  1o mínimo, as escolas devem ter um Rit de primeiros socorros ouum !a"inete médico para emer!ências "ásicas ou acidentes. A proximidade de uma clínica permite ao pessoal de sade fa(er visitas peri2dicas C escola e que as crianças se9am levadas paraa clínica para tratamento de pro"lemas de sade. Esta proximidade é respeitada em muitos paísesem vias desenvolvimento 9untando esta"elecimentos de prestação de serviços sociais no mesmolocal *+. +aisagem - #s pátios das escolas formam uma unidade inte!rada, holística, com os edifícios daescola e os seus utili(adores, mas na planificação de escolas convencionais são muitas ve(esne!li!enciados. Q fundamental que existam árvores para filtrar o sol, poeiras e "arulho, e para

    em"ele(ar a escola. Srvores, ar"ustos e flores indí!enas deverão ser plantadas no recinto escolar, 9untamente com plantas comestíveis cu9a produção e conservação se pretenda ensinar Cs crianças. As árvores têm ainda um efeito ameni(ador e calmante no am"iente de aprendi(a!em e seusutili(adores. @lanificar a paisa!em escolar é uma "oa forma de envolver as crianças nareali(ação de uma escola ami!a da criança. Espaços fle'íveis - #s espaços flexíveis aumentam a participação das crianças na aula e permitem aos'Cs professores'as proporcionar um am"iente mais dinmico para a aprendi(a!emem si. Além disso, proporcionam oportunidades para atividades de !rupo, áreas para pro9etosmanuais e fácil acesso a espaços a"ertos. As salas de aula individuais ou outras instalaçes quecriam entre estruturas, espaços ao ar livre, dão aos estudantes a oportunidade de andar por áreasa"ertas quando transitam entre as salas de aula. Estas devem ser de fácil acesso para todas ascrianças. 5everão ser providenciadas rampas e entradas para crianças com menos mo"ilidade. iblioteca escolar e centro de recursos - *+ a "i"lioteca e centro de recursos pode ter al!umali!ação com a comunidade local. #nde viável, e em conformidade com a prática escolar, estasinstalaçes deverão ser locali(adas e pro9etadas de forma que a comunidade possa ter acesso. Emoutros casos, pessoas qualificadas e entendidas na comunidade podem ser consideradas recursosde aprendi(a!em em matéria de cultura, hist2ria e artesanato local. $anitários -  @ara os'as professores'as, é necessário que ha9a instalaçes separadas para homense mulheres. @ara os'as alunos'as, sanitários separados para rapa(es e rapari!as dentro ou pertodas salas de aula são o arran9o mais prático e se!uro. Essas instalaçes podem ser conce"idas elocali(adas de forma a poderem ser partilhadas por con9untos de salas de aula com vista a prote!erem-se as crianças mais pequenas *+.(o&in#a - #s espaços para a preparação de refeiçes escolares deverão ser pro9etados e munidosde equipamento e mo"iliário que !arantam que a comida se mantenha fresca e prote!ida demoscas e outras pra!as que deteriorem a qualidade dos alimentos.

    Wn J5W!% ?2H119 )@

      4JAD$O 2H N ugestões do pro#eto %scolas Amigas das !rianças so"re instalações educativas ?J5W!%7 2H11@

      %ti,idade ;B

    1@ Das v-rias sugestões apresentadas uais as ue destaca como sendo mais importantestendo em conta as escolas de ão =om> e ríncipeU

    2@ 4uais as principais dificuldades para p r̂ em pr-tica estas sugestõesU !omo ultrapassar estas dificuldadesU

      4JAD$O 21 N Atividade 1(

    A9% dinK)i'a institu'iona* interna

    O diretor7 ou diretora estão no centro de tudo o ue se passa na escola. as como temos vindo a refletir não podem ser e8cessivamente centrali+adores. elo contr-rio devem ouvir os diferentes representantes da comunidadeeducativa ue lideram. Jm clima positivo de escola7 em ue a informação circula e onde se#a f-cil comunicar7 >fundamental para criar um am"iente de "om entendimento propício ao tra"al,o de euipa e conseuentemente auma mel,or ualidade de funcionamento.

    13

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    14/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    Jma "oa liderança educativa depende de v-rios fatores. Analisando alguns destes fatores7 $amiro arues?2HH3@ refere algumas estrat>gias ue podem ser seguidas pelo diretor ou diretora de escola9

    - 6er :ontua*9 para e8igir pontualidade aos outros7 o/a diretor/a tem de ser pontual.- oti,ar equipas organi$ando )e)orandos se)anaisF para apoiar o tra"al,o de organi+ação a redação

    de te8tos curtos onde se esta"elecem o"#etivos de curto pra+o7 semanais7 avaliando lacunas7 definindoestrat>gias para as ultrapassar.

    - Organi$ar 'a*end+rios 'o) os p*anos se)anais para ai.ar na es'o*aF  para ela"orar e distri"uir tarefasa@ para ue todos ten,am consciIncia das tarefas ue tIm a seu cargo< "@ para todos sa"erem o ue vaiacontecer na escola na semana seguinte< c@ para evitar a reali+ação de reuniões demoradas< d@ para ue osintervenientes ten,am mais tempo para preparar as atividades.

    %is um e8emplo de um memorando semanal9 A reunião dos professores na cmara municipal está marcada para as :HH. @revê-se que a reunião dureuma hora. 7erão discutidas medidas de apoio do município para melhoria do funcionamento da cantina. 1a quarta-feira, pelas :3HH, haverá uma reunião dos responsáveis da :T classe, na sala 5, para tratar de pro"lemas de or!ani(ação de apoio ao estudo a alunos com mais dificuldades.

    O memorando semanal pode ser usado como um instrumento de desenvolvimento profissional. Wsto pode ser conseguido se o diretor ane8ar artigos so"re pedagogia e did-tica. or e8emplo9

     Anexa-se c2pia de um arti!o. Q um ensaio so"re o papel dos diretores de turma no com"ate ao insucessoescolar. Aconselha-se a sua leitura para posterior discussão na reunião de diretores de turma.

    Outra forma de usar o memorando como instrumento de desenvolvimento profissional > atrav>s da estrat>gia plantar sementes. %m ve+ de ser o/a diretor/a a avançar com ideias7 pode di+er ue a ideia nasceu entre algunsdocentes7 sendo necess-rio agora alarg-6la a todos. Desta forma7 o/a diretor/a põe em pr-tica a tese de ue aliderança > a arte de p^r os outros a fa+erem coisas ue tu ueres ue eles façam e dar a entender ue eles ueremfa+I6las. or e8emplo7 o/a diretor/a pode colocar no memorando a seguinte ideia9

    #ntem, entrei numa sala de aula da 5ilma e pude verificar que o método de ensino da leitura que está ausar funciona muito "em. Jostaria de a convidar a apresentar o método na reunião de planificação.

    %ti,idade ;

    1@ O memorando semanal pode ser um instrumento de desenvolvimento profissional dos professores.oruIU

    2@ O memorando semanal pode ser uma forma de organi+ar mel,or a escola. oruIU3@ 4ualuer atividade a reali+ar7 para ter I8ito deve preceder de uma planificação. DI e8emplos de outras

    estrat>gias de planificação a ue o/a diretor/a possa recorrer.@ DI um e8emplo de uma estrat>gia ue o/a diretor/a possa desenvolver a nível da organi+ação do

    tra"al,o e ue simultaneamente apoie o desenvolvimento/aprendi+agem dos docentes

    4JAD$O 22 N Atividade 1)

     !a$er das reuni"es de tra2a*8o )o)entos de or)ação e re*e.ão pedag&gi'a

    empre ue ,- reuniões de tra"al,o7 o diretor ou a diretora ou o representante de outros órgãos de gestão daescola podem distri"uir te8tos de nature+a pedagógica e did-tica7 apresentando6o7 no princípio da reunião7 daseguinte forma9

     Uem"ram-se de eu, há duas semanas atrás, ter dito que !ostaria que os nossos e professoras começassem a fa(er vistas de estudo% Iom, conse!ui encontrar um texto so"re o assunto e pensei em distri"uí-lo porqueme parece "em escrito e muito interessante. Jostaria que levassem o arti!o para casa e o lessem.

    Jm líder influencia e motiva pessoas. O diretor ou a diretora tem de criar um círculo de influIncia7 composto por docentes e encarregados de educação7 a partir do ual alarga a sua influIncia a toda a escola.

    F- v-rias formas de criar e e8pandir o círculo de influIncias9 elogiar o tra"al,o dos mel,ores professores/as7

    colocar6se ao lado dos/as professores/as com dificuldades7 arran#ando forma de os a#udar7 partil,ando os I8itoso"tidos com toda a escola e evitando dar a entender ue os sucessos se devem apenas direção da escola.

    O círculo de influIncia > um grupo informal de aconsel,amento do diretor/diretora. erve tam">m de ponteentre ele ou ela e os restantes professores e professoras.

    Jm "om líder tem por tr-s de si um forte círculo de influIncia.

      Estrat=gias para 'ondução de reuni"esAs reuniões podem ser efica+es e estimulantes ou a"orrecidas e in0teis. 4uando as reuniões são efica+es7

    os/as professores/as costumam ac,-6las interessantes e raramente se uei8am do seu n0mero.F- algumas sugestões ue se podem fa+er acerca deste tópico.A primeira > ue o coordenador ou a coordenadora da da reunião deve prepar-6la muito "em e com

    antecedIncia. A segunda > ue a reunião deve ser curta. A terceira > ue a agenda de tra"al,o não deve ser e8tensa. A uarta > ue o/a coordenador/a deve impedir ue as intervenções se afastem da ordem detra"al,os.!omo ela"orar a ordem de tra"al,osUA mel,or forma de ela"orar a agenda > recol,er informação dos líderes educativos interm>dios9 respons-veis

    de classe7 delegados de disciplina.Arran#e uma cai8a para sugestões e coloue6a na sala de professores. ode perguntar7 periodicamente7 aos

    docentes7 estudantes e pais uais são os pro"lemas escolares ue uerem ver discutidos e resolvidos. A partir desseinu>rito informal7 o/a diretor/a fica com uma lista de tópicos para futuras reuniões. A reunião não deve demorar mais de duas ,oras e a ordem de tra"al,os deve ser curta.

    !omo fa+er uma reunião produtivaU

    1

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    15/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    Distri"ua a agenda da reunião com antecedIncia.A agenda deve incluir os assuntos a serem tratados7 o local7 o dia e a ,ora de início e de conclusão. O

    coordenador da reunião deve assegurar ue todos ten,am direito palavra mas deve tam">m velar para ueningu>m se afaste da ordem de tra"al,os.

    !omeçar e terminar a reunião com uma nota positiva costuma dar resultado. ostre entusiasmo e evite usar  palavras agressivas. %vite terminar a reunião em tom pessimista. !uide do espaço. !ertifiue6se de ue o localescol,ido tem espaço e lu+ suficiente. O taman,o da sala deve ser proporcional ao n0mero de pessoas presentes nareunião. 5ão faça reuniões com muita gente em espaços peuenos nem reuniões com pouca gente em espaçosgrandes. F- reuniões ue correm mal porue7 por ve+es7 os participantes apostam no confronto. 4uando ,-confronto7 o coordenador tem de agir7 manter a ordem e fa+er o ue for preciso para ue a reunião c,egue ao fim ese cumpra a ordem de tra"al,os. O"ten,a Zfeed"acG[ das reuniões. F- v-rias formas de o"ter Zfeed"acG[9 cai8asde sugestões7 conversas informais e uestion-rios. !om a recol,a das opiniões o diretor ou a diretora demonstramaos professores e professoras ue valori+am as suas ideias7 evidenciam capacidade de ouvir os outros e deesta"elecer consensos.

    %ti,idade ;

    6 Wndiue os cuidados a ter na ela"oração da ordem de tra"al,os.6 %numere algumas estrat>gias para condu+ir "em uma reunião.4JAD$O 23 N Atividade 1*

    Criando u) '*i)a de es'o*a a,or+,e* M aprendi$age)O diretor ou diretora deve divulgar as coisas "oas ue acontecem na escola. %ssa divulgação pode ser feita

    com o recurso ao memorando das se8tas6feiras7 nas reuniões de tra"al,o7 por Ze6mail[ ou em conversas informaiscom os docentes.

    Outra forma de criar um clima de escola favor-vel aprendi+agem > elogiar o tra"al,o "em feito pelos/asdocentes.

    4@er!untei ontem a dois alunos o que é que eles mais !ostavam na escola e eles disseram que era adisponi"ilidade que os professores e as professoras têm para lhes retirarem dvidasL.

    Ou este e8emplo94#s nossos a!radecimentos a todos os professores e professoras que participaram na or!ani(ação da festa.

    Mivemos um excelente espetáculo, que foi apreciado por todos. $uito o"ri!ado a todos por terem cola"orado numacontecimento muito importante para a vida da escolaL.

    %m v>spera de uma pausa letiva ou f>rias7 ,- toda a vantagem em divulgar uma opinião positiva so"re otra"al,o dos professores9

    4As férias são um período interessante para refletirmos so"re as nossas vidas, avaliarmos o tipo de profissional que temos sido e compararmos o que temos sido com o que queremos ser. A direção da escola sa"e que os'as professores'as têm dedicado lon!as horas a melhorar a escola e nunca é demais a!radecer essa dedicação. #"ri!ado a todos'as por terem contri"uído para que a escola se9a ho9e melhor do que eraontem.L

      %ti,idade ;1@ Wndiue7 numa frase curta7 o ue > ue o/a diretor/a pode fa+er para mel,orar o clima da escola.2@ %numere estrat>gias para fa+er das reuniões de tra"al,o momentos de refle8ão e formação

     pedagógica.4JAD$O 2 N Atividade 1M

    De todas as -reas da escola condicionantes do clima escolar e da motivação dos/as professores/as7 as sa*asde au*as  constituem as -reas mais importantes porue estão diretamente relacionadas com a ualidade dasaprendi+agens.

    ara entusiasmar docentes e estudantes > importante ue estas se#am acol,edoras7 o ue passa pela formacomo se procura promover a mel,oria das condições físicas7 e do incentivo dado para ue estas se#am cuidadas.

    or e8emplo7 as paredes podem ser espaços para e8por os tra"al,os das crianças< estas devem ser motivadas para cuidarem da sua sala7 tornando6a um espaço agrad-vel onde gostem de estar.

    V mais f-cil ter estudantes e docentes em escolas cuidadas7 ou uando estes sentem ue a direção da escolase preocupa em fa+er tudo para ue a escola e as salas de aula se#am espaços cuidados. O am"iente onde as

     pessoas tra"al,am tem uma enorme influIncia na sua motivação. 4uando os alunos e alunas verificam ue ,- umesforço con#unto para conservar e cuidar da escola7 eles tendem a respeitar mais o euipamento e materiais. 5umaescola limpa a tendIncia > para ue ela se#a mantida limpa.

    9% gestão de 'on*itos

    _es0s Pares ?2HH2@ identifica trIs tipos de teorias ue podem estar su"#acentes definição de conflito9 Basque se centram ou dão preferência C dimensão estrutural da or!ani(ação, as que se centram ou dão preferênciaCs condutas dos indivíduos e as que com"inam as duas perspetivas ?2HH29 2@.

    !om "ase no primeiro tipo de a"ordagem7 o autor su"lin,a incompati"ilidades relacionadas com uestões pessoais e estruturais7 enuanto ue de acordo com a segunda a"ordagem o conflito > encarado como Bum fen2meno dinmico, dialético ?C@ um processo social  com características evolutivas ?idem7 p. 3@. !onsiderandoa terceira e 0ltima a"ordagem7 Pares ?2HH2@ su"lin,a a necessidade de diferenciar  falsos conflitos de verdadeirosconflitos.

    1&

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    16/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    egundo o autor7 os verdadeiros conflitos tIm origem em divergIncias de diferentes tipos7 nomeadamente deordem ideológica7 não sendo resultado de simples erros de perceção. O conflito como dilema pessoal/profissional

     pode surgir7 por e8emplo7 como um conflito de valores ?os valores do docente versus os valores do aluno< osvalores veiculados pela escola versus os valores veiculados pela famíliaC@.

     5o entanto7 como refere Pares ?2HH29 1)@7 na sociedade em geral e na escola7 continua a predominar uma perspetiva muito tradicional do conflito7 sendo este confundido com a sua visão mais negativa7 como sendoindese#-vel7 sinónimo de violIncia e disfunção7 não sendo valori+ado o seu significado positivo7 como um fator 

    ue naturalmente emerge no nosso uotidiano.A necessidade de conce"er os conflitos de forma diferenciada e7 acima de tudo7 de forma positiva e

     pedagógica7 > fundamental como recurso para o aprofundamento democr-tico< como o"#etivo educativo7 em simesmo7 no sentido de desenvolver as nossas competIncias para o enfrentarmos de forma positiva.

     5ão se pode conce"er o processo educativo fora do conflito.Os verdadeiros conflitos ue assumem aspetos negativos surgem ,a"itualmente uando o clima de escola

    não > facilitador da comunicação entre adultos e crianças< crianças entre si< adultos entre si. ais do ue temer osconflitos7 como foi referenciado7 > importante pensarmos nos seus aspetos positivos7 como promotores dedesenvolvimento e aprendi+agem7 e relativamente aos seus aspetos mais negativos7 uando se trata de conflitosviolentos7 temos ue estar preparados para os enfrentar e resolver.

    %8istindo o $egulamento de %scola7 toda a comunidade est- informada so"re as regras e so"re asimplicações destas não serem cumpridas7 o ue > um fator facilitador para o tra"al,o desenvolvido pela direção da

    escola.Devido ao aumento da conflitualidade nas escolas7 nos 0ltimos anos7 tIm vindo a ser promovidos programas

    específicos para a resolução de conflitos. %stes programas7 na sua generalidadeBdão a conhecer, aos alunos e alunas, qual a dinmica do poder e providenciam uma compreensão "ásicaacerca da nature(a do conflito e do papel da cultura na forma como o resolvemos. As finalidades destes pro!ramas são *Vones, =HH0

    :. )riação de am"ientes de aprendi(a!em se!uros os pro!ramas que enfati(am estes o"9etivos incidemna diminuição da violência, redução dos conflitos entre estudantes, particularmente dos conflitos inter- !rupais "aseados nas diferenças étnicas e raciais6 ao mesmo tempo, procuram redu(ir o nmero de suspenses, o a"sentismo e o a"andono escolar, frequentemente relacionados com am"ientes deaprendi(a!em inse!uros.

    =. @romoção de am"ientes de aprendi(a!em construtivos, isto é, promoção de um am"iente positivo na

     sala de aula, cu9a !estão efica( dos comportamentos potencie a disciplina e, simultaneamente, o respeito eafeto, necessários para que crianças e 9ovens se sintam confiantes na partilha de ideias e sentimentos.

    /. 5esenvolvimento pessoal e social dos'as aluno'as, incluindo a aprendi(a!em de competências deresolução de pro"lemas6 o treino das aptides para reconhecer e lidar com as emoçes6 a identificação eredução das orientaçes a!ressivas e atri"uiçes hostis6 a utili(ação de estraté!ias construtivas face aoconflito nas escolas, no contexto familiar e comunitário.

    0. 5esenvolvimento de uma perspetiva construtiva do conflito pretende estimular-se a 9ustiça social nacomunidade, responsa"ili(ando os seus elementos não apenas pelos pro"lemas que nela emer!em, mastam"ém pelo sucesso das respostas sociais por eles !eradas. Este princípio, de confronto eresponsa"ili(ação pelo conflito, tradu( a implementação dos meios de resolução alternativa de conflitos?C@ orgado7 !.< Oliveira7 W. ?2HHM9 )6*@

     5as 0ltimas d>cadas o conceito de ediação e os procedimentos ue o carateri+am foram Bimportados paradentro dos conte8tos educativos. ode definir6se ediação como um processo de negociação em ue ,- aintervenção de um terceiro elemento neutro e imparcial ue vai servir de mediador na resolução do conflito.

    B A mediação, enquanto meio construtivo de resolução de conflitos oferece, pelo que proporciona aosenvolvidos no conflito, um espaço ideal para desenvolver ?C@  a capacidade  de respeito mtuo,comunicação assertiva e efica(, compreensão da visão do outro e aceitação da diferente perceção darealidade. Mratando-se de um meio de resolução de conflitos, não liti!ioso e "aseado no consenso, é propício ao desenvolvimento de soluçes criativas, preservando a relação entre as partes em conflito. Aqui,tra"alha-se a cooperação *para resolver um pro"lema comum, o respeito, a identidade e o reconhecimentodo outro enquanto pessoa e ser total. @or outro lado, a presença de um terceiro neutral, isto é, sem poder 

     para impor uma solução, confere ao processo um carácter peda!2!ico, dado que as partes mantêm a suacapacidade de atuação e aprendi(a!em, com vista C o"tenção de um acordo. 5aí que se trate de um processo ativo, não s2 para o mediador mas, i!ualmente, para os prota!onistas do conflito. orgado7 !.<Oliveira7 W. ?2HHM9*@

    O recorrer mediação pode ser feito de forma formal7 ou informal7 de acordo com o grau de gravidade dosconflitos. 5a literatura pedagógica ,- diferentes e8emplos de programas ue tIm vindo a ser pensados para apoiar a resolução de conflitos nas escolas.

    V no entanto importante nunca esuecer ue os conflitos fa+em parte do dia a dia das instituições e ue nocaso da escola devem ser7 primeiro ue tudo7 encarados numa perspetiva pedagógica pela comunidade educativa7como fator de desenvolvimento e aprendi+agem.

    %ti,idade gias ue permitam ultrapass-6los

    4JAD$O 2& N Atividade 2H

    1(

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    17/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    B9 % gestão inan'eira

    A gestão financeira > talve+ uma das mais -ridas tarefas dos diretores e diretoras de escolas.%m primeiro lugar tIm ue ter um "om con,ecimento dos normativos do inist>rio da %ducação

    relativamente s ta8as a co"rar relativamente ao apoio escolar7 matriculas e apoio cantina.Os encarregados de educação e toda a comunidade educativa deve estar claramente informada so"re estes

    normativos ue no geral são atuali+ados anualmente.

    Os casos das famílias carenciadas ue não tIm possi"ilidade de comparticipar7 devem ser identificadoscuidadosamente7 devendo a direção da escola7 con#untamente com os respons-veis do inist>rio da %ducação pensar em possíveis estrat>gias para ultrapassar estas dificuldades.

    As contas da escola devem estar devidamente organi+adas e preparadas para poderem ser consultadassempre ue necess-rio9 a identificação das receitas< a identificação das despesas7 assentes num livro de registoorgani+ado em ue este#a frente de cada valor o n0mero do documento ?fatura7 reci"o7 etc@ ue o fundamenta.

    =oda esta documentação deve estar organi+ada desde o inicio do ano e este tra"al,o deve ser feito periodicamente de forma a ue o livro das contas da escola este#a sempre atuali+ado.

    as a gestão financeira não passa só por esta parte de organi+ação.F- todo um con#unto de estrat>gias criativas a ue o diretor/diretora em con#unto com a sua comunidade

    escolar pode pensar para a angariação de fundos7 donativos7 para mel,orar as condições de vida da escola.

    =odas as ver"as ue entram na escola e todas as despesas feitas devem ser devidamente autori+adas pelo/adiretor/a e devem ficar registadas e fundamentadas de forma transparente no livro de contas da escola.

      %ti,idade m usados por outroselementos da comunidade em ue a escola est- inserida.

    odemos falar de !entros de $ecursos a nível da escola7 ou a nível local7 para poderem servir mais do ueuma escola da mesma +ona.

    F- no entanto algumas uestões ue o"rigatoriamente tIm ue estar sempre su"#acentes organi+ação destescentros9 uais as suas finalidades ?utentes7 articulação com outros espaços da escola ou da comunidade7 etc.@< uala sua organi+ação N em termos de espaço7 mat>rias7 euipamentos7 etc. ?de acordo com as finalidades@< e8istir um/a respons-vel pela coordenação e gestão do seu funcionamento< uma inventariação e catalogação de todos osdocumentos e materiais e8istentes< um regulamento ue defina as normas de funcionamento e manutenção do

    centro.De acordo com as finalidades previstas > importante refletir estrat>gias de divulgação/dinami+ação do centro

    de recursos ?por e8emplo9 apresentação de livros< apresentação de escritores e ilustradores< dinami+ação de temasa partir de livros ou da reali+ação de e8posições< amostras de tra"al,os de alunos/as e docentes7 etc.@. %stasestrat>gias devem complementar o tra"al,o reali+ado nas aulas e devem ser pensadas com docentes e estudantescom a finalidade de os motivar para utili+arem o centro como espaço de formação e simultaneamente seresponsa"ili+arem pela sua manutenção.

    %m %ne.o são apresentadas mais informações relativamente organi+ação e gestão de centros de recursoseducativos.

      %ti,idade via carateri+ação da classe7 nomeadamente a identificação das

    1)

    http://www.anq.gov.pt/http://www.anq.gov.pt/

  • 8/21/2019 Manual Formação de Diretores

    18/50

    [Escreva aqui] 

    PROJETO RIQUEB Formação de Diretores

    necessidades de formação7 os o"#etivos de longo7 m>dio e curto pra+o7 de acordo com o programa em vigor e aindaos meios e metodologias necess-rias para atingir os o"#etivos.

    O ro#eto !urricular de =urma > ela"orado no início do ano letivo e não pode perder de vista o ro#eto%ducativo de %scola7 tendo sempre em conta o currículo nacional7 este > a garantia de ue e8iste uma gestão

     pedagógica adeuada s características específicas da turma.De acordo com as características de cada turma o ro#eto !urricular assume uma forma particular7

    correspondendo a uma apropriação do currículo face a situações reais relativas aos alunos ue a constituem7tornando possível a diferenciação pedagógica.

     O ro#eto !urricular de =urma pode e deve ser definido a nível da escola7 com os respons-veis de classe oude -rea. artindo de uma lin,a de atuação comum de acordo com o tra"al,o de euipa de todos os/as docentes7 emtudo o ue diga respeito planificação e e8ecução do ensino7 este pro#eto permite e8plicitar os crit>rios de atuaçãoe os modos e instrumentos de avaliação a privilegiar. O pro#eto curricular de turma > um documento ue ser-o"#eto de reformulação ao longo do ano7 de acordo com as necessidades sentidas.

      %ti,idade

    1) Diga em ue consiste o ro#eto !urricular de =urma e uais as suas finalidadesU

    2@ or ue ra+ão > necess-rio ue o ro#eto !urricular de =urma este#a articulado com o ro#eto%ducativo de %scolaU3@ O ro#eto !urricular de =urma deve ser o"#eto de reformulação ao longo do ano letivo. oruIU

    4JAD$O 2* N Ativi