Logística Aula 10

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Centro Universitário Planalto do Distrito Federal - UNIPLAN

COMPETÊNCIA LOGÍSTICA

Uma forma conveniente para entender o que é Competência Logística é desenvol-

ver uma estrutura analítica integrada que defina e relacione conceitos-chaves. Essa estru-tura é útil para relacionar os aspectos mais básicos da logística com a estratégia da em-presa. É importante que as pessoas ligadas ao trabalho cotidiano de logística possuam o entendimento básico do modo como suas funções específicas se encaixam no todo. É igualmente importante que os executivos envolvidos na logística vislumbrem de que ma-neira um desempenho logístico excepcional ou competitivamente superior pode tornar-se a base da estratégia da empresa. 1. HIERARQUIA DA INTEGRAÇÃO LOGÍSTICA 1.1 Processos universalmente adotados e posicionamento estratégico.

A maneira como uma empresa decide competir envolve quatro processos essenci-ais: criação de valor para o cliente, planejamento, controle e continuidade. As empresas devem executar todos os processos universalmente adotados para o crescimento e a so-brevivência a longo prazo. 1.2 Competências

Áreas de desempenho essenciais para a consecução dos processos universalmen-te adotados. É necessária uma ampla variedade de competências para a sobrevivência a longo prazo. Normalmente uma empresa se sobressai em algumas competências, que são chamadas competências centrais. 1.3 Ciclo de atividades

Estrutura operacional para a execução da logística. Estrutura que integra os aspec-tos espaciais e temporais das operações logísticas que vinculam o suprimento, o apoio à manufatura e a distribuição física. 1.4 Função

Áreas tradicionais de especialização logística essenciais para o alto desempenho operacional. Devem ser vistas como partes integrantes da competência logística e não como áreas de desempenho independentes. 1.5 Trabalho básico

Tarefas específicas que devem ser executadas dentro das funções, de modo a sa-tisfazer às exigências logísticas.

A integração logística ocorre desde as tarefas mais básicas até sua relação com a estratégia empresarial.

As tarefas básicas consistem em atividades específicas que são essenciais para o desempenho logístico. A abrangência dessas atividades vai desde o recebimento de pe-didos até a condução de um caminhão, abarcando até mesmo as atividades sob respon-sabilidade do diretor de logística. Devido à natureza da logística, as tarefas básicas envol-vem grande número de pessoas. A dispersão geográfica das operações logísticas faz com que a maior parte do trabalho essencial seja executada sem supervisão direta.

Dentro da grande variedade de atividades logísticas, são necessárias inúmeras ta-refas especializadas. Cada uma dessas tarefas é um alvo em potencial para a padroniza-

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ção, a simplificação ou a possível eliminação, ao serem reprojetadas as operações logís-ticas.

Geralmente, a execução e o gerenciamento do trabalho logístico têm sido organi-zados em torno de áreas funcionais clássicas. Por exemplo, a contratação, a execução e a administração do transporte têm sido tarefas tipicamente desempenhadas por um de-partamento de tráfego. O resultado tem sido que atividades específicas, como o transpor-te, são freqüentemente administradas como um fim em si mesmas, em vez de serem tra-tadas como meios que contribuem para alcançar metas de desempenho logístico. A es-sência da integração é proporcionar a excelência funcional, de modo que ela possa pres-tar a máxima contribuição para a competência de todo o processo logístico. Nesse senti-do, o desafio dos executivos de logística é evitar a “mentalidade de silo”, ou visão estreita, normalmente inerente à orientação funcional. O papel da alta administração logística é a coordenação interfuncional. Como tal, as áreas funcionais de logística são vista correta-mente como recursos a serem integrados.

2. PONTOS CENTRAIS DA LOGÍSTICA

2.1 Visão integrada e sistêmica de todos os processos da Empresa.

A ausência deste conceito faz com que cada área/departamento da empresa pense e trabalhe de forma isolada. Isto gera conflitos internos por poder e faz com que os maiores concorrentes de uma empresa estejam dentro dela mesma.

2.2 Rápida movimentação

Fazer com que as "coisas" (materiais e informações) se movimentem o mais rápido possível, conseguindo assim otimizar os investimentos em ativos (estoques).

2.3 Enxergar toda a cadeia de suprimentos como parte importante do seu processo.

Seus Fornecedores, Colaboradores, Comunidade e Clientes são como elos de uma corrente e estão intimamente interligados. Por isso, devemos sempre avaliar se suas ne-cessidades e expectativas estão sendo plenamente atendidas.

2.4 Planejar

O Planejamento (Estratégico, Tático e Operacional) e a constante Avaliação de De-sempenho, por meio de indicadores, são ferramentas gerenciais essenciais para o desen-volvimento de um bom sistema logístico.

2.5 Usar tecnologia

Usar sistemas de informação que forneçam suporte às decisões que precisam ser ca-da vez mais velozes e em um ambiente de incertezas e competição muito grande.

2.6 Saudável relação Fornecedor – Consumidor

O aumento da colaboração entre Fornecedor e Consumidor através do compartilha-mento de informações relevantes para o nível de serviço desejado.

3. CADEIA LOGÍSTICA

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Em meados da década de 90 já se falava no Brasil das mudanças, da Globalização e de uma série enorme de sistemas e técnicas de administração de materiais e da produ-ção. Não se imaginava, porém, nem de longe, a velocidade que seria imprimida com o passar dos anos e que chegaria nos termos atuais as necessidades e as complexidades de abastecimento logístico em um país de dimensões continentais como o nosso.

A Internet viabilizou o e-commerce e é uma realidade insofismável. Apesar de es-tarmos apenas engatinhando no B2B (Business-to-Business, transações entre Empresas) e no B2C (Business-to-Consumer, transações entre empresas e consumidores finais), se comparados com os volumes financeiros da velha economia. Porém o potencial de cres-cimento é realmente impressionante. Hoje a informação move-se muito mais rápido do que o material, provocando maior gargalo na distribuição e logística.

O Marketspace nome dado ao espaço dos negócios via Internet (os canais de dis-

tribuição são puramente logísticos) já começa a preocupar as empresas, pois incomodam e de certa forma concorre com os tradicionais canais de venda chamados de Marketplace. O grande desafio é a integração dos dois espaços.

A disponibilização de produtos e serviços a nível nacional e seguramente mundial

põem em cheque os sistemas logísticos. Até então quando se lançava um livro, CD ou outro produto qualquer, a sua curva de introdução e aceitação era lenta. Mesmo que se tornasse rapidamente em um estrondoso sucesso de venda e chegasse a faltar, você era informado ao ir a loja ou ponto de venda. Quantos quebravam a inércia para sair de sua casa, andar centenas de metros ou pegar seu automóvel na garagem e ir até uma Loja ou Shopping Center, às vezes a quilômetros, minutos ou por volta de uma hora de distância.

Hoje a que distância o comprador ou o consumidor está do Marketspace? Pode-

mos afirmar que está a apenas a um “click” de distância! Tudo muito rápido, como ficam as previsões? As previsões que já são consideradas quase impossíveis de se acertar, apesar das técnicas existentes, imagine agora! As demandas podem com o e-commerce, ir provocando gargalos e irritação nos clientes e consumidores, explodir de modo ainda mais impressionante, temos casos significativos a nível internacional (Amazon) e nacional (Submarino, Americanas e Livraria Cultura).

O e-Procurement, processo cíclico que se inicia com a requisição de compra e ter-

mina com o pagamento do fornecedor, já é uma nova tendência. Inclui compras, transpor-te, armazenagem e recebimento de materiais.

e-business, e-commerce, e-Procurement são as novas ferramentas de trabalho ho-

je disponíveis, substituem as antigas e tradicionais formas de administrar materiais? Podem até deslocar de um grande cliente para os seus fornecedores ou sub-

fornecedores algumas destas funções, mas a maioria delas, em alguma fase ou em algum grupo de produtos ou de materiais, com certeza ainda serão utilizadas. Pode-se afirmar sem nenhum receio que é de grande importância se conhecer os fundamentos da Admi-nistração de Materiais, Negociação e Compras complementadas evidentemente pelos novos sistemas, técnicas e programas (software) conhecidos e hoje disponíveis.

O que então o usuário espera do prestador de serviços na Logística?

“Otimizar Suprimento para satisfazer a Demanda e entregar um valor superior ao Consumidor”.

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A logística deve se esforçar em busca da eficiência e da eficácia e medir os resul-tados através de três tipos de medidas de desempenho:

- Baseadas em Custos, orientam a performance financeira. - Baseadas na Qualidade, examinam quão bem os produtos ou serviços atendem

as necessidades dos clientes. - Baseadas em Tempo, concentram-se na rapidez em responder às influências ex-

ternas, desde os pedidos dos clientes até o atendimento nas datas prometidas.

Todas estas novas formas de comércio somadas as tradicionais formas de comér-cio levam a uma necessária e ágil mudança de operarmos os Sistemas Logísticos. O que realmente fazer? Como fazer? Como agir num mundo cada vez mais globalizado e competitivo? Pode-se afirmar que para atingirmos a competitividade necessária neste ambiente integrado do Marktetplace e do Marketspace precisamos mudar os atuais Para-digmas das Organizações de para:

� De Funções para Processos � De Lucro para Lucratividade � De Produtos para Clientes � De Transações para Relacionamentos � De Estoque para Informação

5. OS 10 MANDAMENTOS DA LOGÍSTICA CLASSE MUNDIAL

1. Logística e DISCIPLINA caminham conjuntamente. Não é a toa que a sua origem está intimamente ligada às guerras e ao desenvolvimento das forças armadas. Estabeleça ro-tinas e padronize os processos.

2. Aquilo que não é medido não pode ser melhorado. Desenvolva alguns POUCOS indi-cadores de desempenho principalmente aqueles relacionados à gestão do pedido do Cli-ente, performance na entrega, avarias e custos operacionais.

3. Tecnologia é essencial para se alcançar desempenho de classe mundial. Não se renda facilmente ao luxo, ao supérfluo ou aos modismos. Foque naquilo que realmente traga resultados financeiros e benefícios aos seus Clientes, internos e externos. 4. As pessoas se constituem no principal diferencial das empresas na execução de suas atividades logísticas. É essencial que nas empresas a gestão do capital humano concen-tre grande parte de seu foco na atração, identificação, retenção e no desenvolvimento de talentos na área de logística.

5. Seja transparente. Permita que seus Clientes e parceiros tenham VISIBILIDADE total de seu processo logístico. Esteja aberto a críticas e seja pró-ativo e rápido nas mudanças necessárias. 6. Foque no seu Cliente e nos Clientes do seu Cliente. Ao transpor essa barreira você efetivamente se antecipará às suas necessidades e expectativas e seguramente estará à frente de seus concorrentes.

7. Atue nas EXPECTATIVAS de seus Clientes e não apenas no atendimento das suas necessidades. Essa é a condição básica para a fidelização do Cliente.

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8. Observe atentamente os seus concorrentes e não hesite em copiá-los. Faça também um constante benchmarking com empresas de outros setores e com empresas de outros países. 9. Seja ENXUTO. Tenha a redução de custos como uma obsessão. Apenas tenha cuida-do para não comprometer o nível de serviço e o atendimento aos seus Clientes. 10. Por fim, NÃO complique. Logística é sinônimo de bom senso. Seja simples, objetivo e tenha sempre os pés no chão.

Referências BOWERSOX, D. J; CLOSS, D. J. Logística empresarial: o processo de integração da ca-deia de suprimento. São Paulo. Atlas, 2001.

Fonte: http://www.guiadelogistica.com.br/