LICAO08NAOMATARAS

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Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais Pastor Presidente: Aílton José Alves Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524 LIÇÃO 08 - NÃO MATARÁS - 1º TRIMESTRE 2015 (Êx 20.13; Nm 35.16-25) INTRODUÇÃO Veremos nesta lição que é Deus quem dá ao homem o fôlego de vida e somente Ele tem o direito legal de pôr fim à ela. Estudaremos que o sexto mandamento: "Não matarás" (Êx 20.13), apesar de proibir o homicídio, não proibia a pena capital, visto que a própria lei estipulava a pena de morte (Gn 9.6). Ainda analisaremos sobre as cidades de refúgio que foram indicadas como cidades de asilo para o homicida (Nm 35.6,7), uma espécie de refugio e abrigo, para alguém que tivesse acidentalmente ou involuntariamente matado outro homem e por fim, verificaremos diversos tipos de homicídios condenados pela Bíblia Sagrada. I – O SEXTO MANDAMENTO O dicionário da língua portuguesa diz que matar é: “assassinar; tirar a vida de alguém; provocar a morte de, suicidar-se; tirar a própria vida”. Ao tirar a vida de alguém, o homicida está infringindo a lei dos homens e agindo diretamente contra o autor da vida que é o próprio Deus. A Bíblia nos diz que o crime de assassinato podia ser expiado por uma das duas maneiras estabelecidas na legislação mosaica. A primeira, no caso de homicídio doloso (com intenção de matar), em que uma vida é expiada por outra (Nm 35.31), o assassino deveria ser morto, ou seja, era "vida por vida" (Êx 21.23). A segunda diz respeito ao homicídio culposo (sem intenção de matar), a busca de proteção em uma das cidades de refúgio. A expiação, nesse caso, é a morte do sacerdote da cidade (Nm 35.25) (RICHARDS, 2005, p. 64). II - O SEXTO MANDAMENTO E O DOADOR DA VIDA É Deus quem dá ao homem o fôlego de vida e somente Ele tem o direito legal de pôr fim à vida. A vida é um dom de Deus e ninguém tem o direito de tirá-la (Gn 9.6). Somente Deus, que criou o homem à sua imagem, tem o direito de pôr fim à vida humana (Gn 1.26,27; Dt 32.39), e como dádiva de Deus, só ele tem autoridade para tomá-la. Pelo fato de sermos feitos à imagem de Deus, o homicídio é um ataque contra Deus (Gn 1.26, 27; 9.6). Proteger a vida é responsabilidade de todos os membros da sociedade e não só das autoridades públicas (Rm 13). O povo de Israel tinha permissão de se defender (Êx 22.2), e a lei fazia concessões para mortes acidentais (homicídio culposo), mas o homicídio doloso era uma ofensa capital (Êx 21.12-14) (WIERSBE, 2010, vol. I, p. 291). III - O SEXTO MANDAMENTO E A PUNIÇÃO CAPITAL O sexto mandamento: "Não matarás" (Êx 20.13), apesar de proibir o homicídio, não proibia a pena capital, visto que a própria lei estipulava a pena de morte. Deus disse claramente a Noé: “Quem derramar o sangue do homem, pelo homem será derramado o seu próprio sangue, pois à imagem de Deus fez ele o homem” (Gn 9.6). Mesmo antes de ter dado um código de leis a Israel, Deus permitiu a pena capital (HOFF, 1995, p. 61 – acréscimo nosso). A palavra hebraica usada na proibição deste mandamento não é a palavra usual para matar harag”. A palavra usada é o termo específico para assassinar ratsach”. Uma tradução mais adequada deste mandamento seria: "Não assassinarás" (GEISLER, 1999, p. 51). A proibição do sexto mandamento é não assassinar. O lei mosaica proíbe o homicídio premeditado, o assassinato violento de um inimigo pessoal (Êx 21.12; Lv 24.17). O termo refere-se também a homicídio culposo, aquele em que não há intenção de matar (Dt 4.42; Js 20.3). Crimes que exigiram punição capital incluíram homicídio premeditado (Êx 20.13; Gn. 9.6); violência contra os pais (Êx 21.15); sequestro (Êx 21.16; Dt 24.7); abuso verbal contra os pais (Êx 21.17). Tal desrespeito era considerado uma forma de homicídio dos pais, embora não matasse literalmente. Em alguns casos, a punição capital podia ser evitada mediante negociação com os parentes da vitima. Eram eles quem decidiam que multa seria exigida. Provavelmente tais multas eram pesadas (Êx 21.30) (CHAMPLIN, 2001, vol. I, pp. 392-393) IV - O SEXTO MANDAMENTO E AS CIDADES DE REFÚGIO Entre as 48 cidades dadas aos levitas em Israel, seis, por ordem de Deus, foram indicadas como cidades de refúgio, ou asilo, para o 'homicida' (Nm 35.6,7). Estas cidades como o próprio nome classifica, era uma espécie de refugio e abrigo, para alguém que tivesse acidentalmente ou involuntariamente matado outro homem, então o “homicida” podia fugir e assim evitar uma vingança de algum familiar da pessoa morta. A lei fazia uma distinção entre homicídio premeditado (doloso) e homicídio acidental (culposo). Se alguém matasse uma pessoa acidentalmente, poderia refugiar-se no altar de Deus (1Rs 2.29) até que os anciãos tivessem tempo de estudar a questão. Uma vez que Israel assentou-se em sua terra, foram separadas seis cidades de refúgio para onde esses homicidas podiam fugir e receber proteção até que a questão fosse investigada (Nm 35; Dt 19; Js 20). Israel não tinha uma força policial organizada; esperava-se que a família da vítima cuidasse para que se fizesse justiça. No entanto, no calor da fúria, era possível que estivessem mais interessados em vingança do que em justiça, de modo que a lei interferia para proteger o acusado até se provar que era culpado (WIERSBE, 2010, vol. I, p. 294). “A lei dava o direito ao "vingador do sangue" (Nm 35.19,21b), “goel”, em hebraico, "redentor, remidor, vingador", de matar o assassino onde quer que o encontrasse. Vingar o sangue era, no Oriente Médio, uma questão de honra da família (Êx 21.24; Lv 24.20; Dt 19.21).

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  • Igreja Evanglica Assembleia de Deus Recife / PESuperintendncia das Escolas Bblicas Dominicais

    Pastor Presidente: Alton Jos AlvesAv. Cruz Cabug, 29 Santo Amaro CEP. 50040 000 Fone: 3084 1524

    LIO 08 - NO MATARS - 1 TRIMESTRE 2015 (x 20.13; Nm 35.16-25)

    INTRODUOVeremos nesta lio que Deus quem d ao homem o flego de vida e somente Ele tem o direito legal de pr fim

    ela. Estudaremos que o sexto mandamento: "No matars" (x 20.13), apesar de proibir o homicdio, no proibia apena capital, visto que a prpria lei estipulava a pena de morte (Gn 9.6). Ainda analisaremos sobre as cidades de refgioque foram indicadas como cidades de asilo para o homicida (Nm 35.6,7), uma espcie de refugio e abrigo, para algumque tivesse acidentalmente ou involuntariamente matado outro homem e por fim, verificaremos diversos tipos dehomicdios condenados pela Bblia Sagrada.

    I O SEXTO MANDAMENTOO dicionrio da lngua portuguesa diz que matar : assassinar; tirar a vida de algum; provocar a morte de,

    suicidar-se; tirar a prpria vida. Ao tirar a vida de algum, o homicida est infringindo a lei dos homens e agindodiretamente contra o autor da vida que o prprio Deus. A Bblia nos diz que o crime de assassinato podia ser expiadopor uma das duas maneiras estabelecidas na legislao mosaica. A primeira, no caso de homicdio doloso (com intenode matar), em que uma vida expiada por outra (Nm 35.31), o assassino deveria ser morto, ou seja, era "vida por vida"(x 21.23). A segunda diz respeito ao homicdio culposo (sem inteno de matar), a busca de proteo em uma dascidades de refgio. A expiao, nesse caso, a morte do sacerdote da cidade (Nm 35.25) (RICHARDS, 2005, p. 64).

    II - O SEXTO MANDAMENTO E O DOADOR DA VIDA Deus quem d ao homem o flego de vida e somente Ele tem o direito legal de pr fim vida. A vida um dom

    de Deus e ningum tem o direito de tir-la (Gn 9.6). Somente Deus, que criou o homem sua imagem, tem o direito depr fim vida humana (Gn 1.26,27; Dt 32.39), e como ddiva de Deus, s ele tem autoridade para tom-la. Pelo fato desermos feitos imagem de Deus, o homicdio um ataque contra Deus (Gn 1.26, 27; 9.6). Proteger a vida responsabilidade de todos os membros da sociedade e no s das autoridades pblicas (Rm 13). O povo de Israel tinhapermisso de se defender (x 22.2), e a lei fazia concesses para mortes acidentais (homicdio culposo), mas o homicdiodoloso era uma ofensa capital (x 21.12-14) (WIERSBE, 2010, vol. I, p. 291).

    III - O SEXTO MANDAMENTO E A PUNIO CAPITALO sexto mandamento: "No matars" (x 20.13), apesar de proibir o homicdio, no proibia a pena capital, visto

    que a prpria lei estipulava a pena de morte. Deus disse claramente a No: Quem derramar o sangue do homem, pelohomem ser derramado o seu prprio sangue, pois imagem de Deus fez ele o homem (Gn 9.6). Mesmo antes de terdado um cdigo de leis a Israel, Deus permitiu a pena capital (HOFF, 1995, p. 61 acrscimo nosso). A palavra hebraicausada na proibio deste mandamento no a palavra usual para matar harag. A palavra usada o termo especficopara assassinar ratsach. Uma traduo mais adequada deste mandamento seria: "No assassinars" (GEISLER, 1999,p. 51). A proibio do sexto mandamento no assassinar. O lei mosaica probe o homicdio premeditado, o assassinatoviolento de um inimigo pessoal (x 21.12; Lv 24.17). O termo refere-se tambm a homicdio culposo, aquele em que noh inteno de matar (Dt 4.42; Js 20.3). Crimes que exigiram punio capital incluram homicdio premeditado (x 20.13;Gn. 9.6); violncia contra os pais (x 21.15); sequestro (x 21.16; Dt 24.7); abuso verbal contra os pais (x 21.17). Taldesrespeito era considerado uma forma de homicdio dos pais, embora no matasse literalmente. Em alguns casos, apunio capital podia ser evitada mediante negociao com os parentes da vitima. Eram eles quem decidiam que multaseria exigida. Provavelmente tais multas eram pesadas (x 21.30) (CHAMPLIN, 2001, vol. I, pp. 392-393)

    IV - O SEXTO MANDAMENTO E AS CIDADES DE REFGIOEntre as 48 cidades dadas aos levitas em Israel, seis, por ordem de Deus, foram indicadas como cidades de

    refgio, ou asilo, para o 'homicida' (Nm 35.6,7). Estas cidades como o prprio nome classifica, era uma espcie de refugioe abrigo, para algum que tivesse acidentalmente ou involuntariamente matado outro homem, ento o homicida podiafugir e assim evitar uma vingana de algum familiar da pessoa morta. A lei fazia uma distino entre homicdiopremeditado (doloso) e homicdio acidental (culposo). Se algum matasse uma pessoa acidentalmente, poderia refugiar-seno altar de Deus (1Rs 2.29) at que os ancios tivessem tempo de estudar a questo. Uma vez que Israel assentou-se emsua terra, foram separadas seis cidades de refgio para onde esses homicidas podiam fugir e receber proteo at que aquesto fosse investigada (Nm 35; Dt 19; Js 20). Israel no tinha uma fora policial organizada; esperava-se que a famliada vtima cuidasse para que se fizesse justia. No entanto, no calor da fria, era possvel que estivessem mais interessadosem vingana do que em justia, de modo que a lei interferia para proteger o acusado at se provar que era culpado(WIERSBE, 2010, vol. I, p. 294). A lei dava o direito ao "vingador do sangue" (Nm 35.19,21b), goel, em hebraico,"redentor, remidor, vingador", de matar o assassino onde quer que o encontrasse. Vingar o sangue era, no Oriente Mdio,uma questo de honra da famlia (x 21.24; Lv 24.20; Dt 19.21).

  • V - O SEXTO MANDAMENTO E A EUTANSIA OU MORTE ASSISTIDAAqueles que advogam esta prtica afirmam estar ajudando as pessoas com doenas terminais, ou aqueles que

    esto em extrema dor. Alguns pases ao redor do mundo j legalizaram o suicdio assistido por mdico. No entanto, todavida pertence a Deus, e apenas ele tem o direito de tom-la (Dt 32.39; Jo 1.21). Deus o doador da vida (J 12.10), logo Ele quem controla a entrada do homem nesta terra (Gn 2.7; Sl 139.13-16; J 33.4). E uma vez que Deus controla aentrada do homem na vida, lgico que Deus controla tambm a sada do Homem desta vida. Ele quem estabelece oslimites em que nenhum homem pode atravessar, (Sl 104.29). Nenhum homem tem o direito de deliberadamente ouintencionalmente acabar com a sua vida, ou a de outra pessoa.

    VI - O SEXTO MANDAMENTO E A PRTICA DO ABORTO De acordo com a Bblia, a vida comea no momento da concepo (Sl 139.13-16; Jr 1.5, Lc 1.41). No entanto,

    muitos parecem ver o ser humano em gestao como algo que pode ser descartado segundo a convenincia. Os defensoresdo aborto afirmam que a me tem o direito de escolher. O aborto um assassinato porque ele termina com uma vidahumana, algo que pertence somente ao Deus Todo Poderoso (Gn 2.7; Sl 139.13-16; J 33.4). Deus considera o no-nascido como um perfeito ser humano. H inmeros ensinamentos nas Escrituras que deixam muitssimo clara qual aviso de Deus sobre o aborto. xodo 21.22-25 d a mesma pena a algum que comete um homicdio e para quem causa amorte de um beb no tero. Isto indica claramente que Deus considera o feto no tero como um ser humano tanto quantoum adulto.

    6.1 O aborto no Antigo Testamento. No AT a Bblia se utiliza das mesmas palavras hebraicas para descrever os aindano nascidos (infantes). A expresso yeled usada normalmente para se referir a uma criana. Mas, em xodo 21.22, utilizada para se referir a um filho no ventre. Em Gnesis 25.22 a palavra yeladim (filhos) usada para se referir aosfilhos de Rebeca que se empurravam enquanto ainda no ventre materno. Em J 3.3, J usa a palavra geber paradescrever sua concepo. Mas a palavra geber um substantivo hebraico normalmente utilizado para traduzir a ideia deum "homem", um "macho" ou ainda um "marido". Em J 3.11-16, J equipara a criana ainda no nascida com reis,conselheiros e prncipes. Todos esses textos bblicos e muitos outros indicam que Deus no faz distino entre vida empotencial e vida real, ou em delinear estgios do ser, ou seja, entre uma criana ainda no nascida no ventre materno emqualquer que seja o estgio e um recm-nascido ou uma criana. As Escrituras pressupem reiteradamente a continuidadede uma pessoa, desde a concepo at o ser adulto.

    6.2 O aborto no Novo Testamento. No NT o grego se utiliza, tambm, das mesmas palavras para descrever crianasainda no nascidas, o que indica uma continuidade desde a concepo fase de criana, e da at a idade adulta. A palavragrega brephos empregada com frequncia para os recm-nascidos, para os bebs e para as crianas mais velhas (Lc2.12,16; 18.15; 1 Pd 2.2). Em Atos 7.19, brephos refere-se s crianas mortas por ordem de Fara. Mas em Lucas1.41,44 a mesma palavra empregada referindo-se a Joo Batista, enquanto ainda no havia nascido, estando no ventre desua me. O escritor bblico tambm nos informa que Joo Batista foi cheio do Esprito Santo enquanto ainda seencontrava no ventre materno, indicando, com isso, o inconfundvel ser (Lc 1.15). Mesmo trs meses antes de nascer,Joo conseguia fazer um miraculoso reconhecimento de Jesus, j presente no ventre de Maria (Lc 1.44). Com base nisso,encontramos a palavra grega huios significando filho (Lc 1.36), descrevendo a existncia de Joo Batista no ventrematerno seis meses antes de seu nascimento.

    VII - O SEXTO MANDAMENTO E A PRTICA DAS CLULAS TRONCOO prprio Deus se relaciona com pessoas ainda no nascidas (Sl 139.16). O autor se utiliza da palavra golem,

    traduzida como "substncia", para descrever-se a si mesmo enquanto ainda no ventre materno. Ele se utiliza desse termopara se referir ao cuidado pessoal de Deus por ele mesmo durante a primeira parte de seu estado embrionrio (desde anidao at as primeiras semanas de vida), o estado antes do feto estar fisicamente "formado" numa miniatura de serhumano. Sabemos hoje que o embrio "informe" durante apenas quatro ou cinco semanas. Em outras palavras, mesmona fase de gestao da "substncia ainda informe" (0-4 semanas), Deus diz que Ele se importa com a criana e a estmoldando (Sl 78.5-6; 139.13-16; J 31.15; J 10.8,11). Esses versculos e outros (Jr 1.5; Gl 1.15,16; Is 49.1,5)demonstram que Deus enxerga os que ainda no nasceram e se encontram no ventre materno como pessoas.

    CONCLUSOConclumos que somente Deus, que criou o homem sua imagem, tem o direito de pr fim vida humana (Gn

    1.26,27; Dt 32.39), e como ddiva de Deus, s ele tem autoridade para tom-la. Pelo fato de sermos feitos imagem deDeus, o homicdio um ataque contra Deus e o prximo (Gn 1.26, 27; 9.6).

    REFERNCIAS CHAMPLIN, R. N. Enciclopdia de Bblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS. GEISLER, Norman L. Manual popular de dvidas, enigmas e contradies da Bblia. VIDA RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bblia. CPAD. STAMPS, Donald C. Bblia de Estudo Pentecostal. CPAD. HOFF, Paul. O Pentateuco. VIDA. VINE, W.E, et al. Dicionrio Vine: o significado exegtico e expositivo das palavras do AT e do NT. CPAD.

  • Matar no exerccio da guerra ou legitima defesa. Ao longo da histria do homem cado, sempre existiu as guerras, asnaes tiveram que defender suas fronteiras, comunidades mais fracas contra inimigos agressivos e desumanos. MesmoDeus, em vrios momentos, ordenou ao seu povo a partir para o campo de batalha (Ec 3.8). Com isto podemos dizer queaqueles que matam em uma guerra podem no ser considerados assassinos; pois, se uma pessoa luta para defender suavida, sua famlia, sua comunidade, a prpria Bblia respalda sua defesa. Ou seja, quando a morte ocorre no mbito dalegitima defesa no pode ser classificada como homicdio culposo.

    Suicdio ou auto assassinato. O sexto mandamento probe o tirar a prpria vida, pois esta lei contra os destruidores desi mesmo. Nenhum homem tem o direito de tirar sua prpria vida, pois a bondade de Deus que d a vida, (J 10.12, At17.28). O matar a si prprio tambm contrrio ao amor de um homem a si mesmo (CHAMPLIN, 2001, vol. I, pp. 392-393). Chamamos suicida aquele que tira sua prpria vida, matando-se. Esta uma forma egosta e pecaminosa de deixar omundo (J 14.5). Assim como nenhum homem tem o direito de matar a outro homem, ningum tambm tem o direito detirar a sua prpria vida. Quando uma pessoa recorre ao suicdio, ele esta recusando a graa de Deus. H pelo menos cincocasos de suicdio registrados na Bblia, e nenhum deles conta com a aprovao de Deus: Abimeleque (Jz 9.50-56); Saul(1Sm 31.1-6); Zinri (1Rs 16.18-19); Aitofel (2Sm 17.23), e Judas (Mt 27.3-10). Cada um deles teveram uma mortetrgica, e nenhum contou com a aprovao de Deus. O suicdio um ataque imagem de Deus no homem (Gn 1.27) euma tentativa de usurpar a soberania de Deus sobre a vida humana.

    O assassinato culposo quando uma pessoa mata outra, mas sem esta inteno (Nm 35.22-25). Devemos entender, quenem sempre quando uma pessoa mata outra ela esta cometendo um assassinato. Assassinato pode ser definido como atomada premeditada e intencional de outra vida humana. Uma morte, nem sempre pode ser classificada como umhomicdio. Era o crime involuntrio e acidental, razo pela qual o autor no devia morrer, e a lei estabeleceu oprocedimento a ser seguido para livrar o ru da pena de morte. Ele precisava se refugiar numa das cidades de refgio atprovar que o homicdio fora acidental (Dt 19.4-6). A outra maneira de escapar das mos do vingador do sangue eraagarrar-se nas pontas do altar (x 21.12-14; 1 Rs 1.50, 51). Esses dois recursos equivalem ao habeas corpus concedidoatualmente.

    O assassinato doloso quando h inteno de matar (Nm 35.16-21). Aqui so dadas instrues especficas acerca doprocedimento jurdico sobre o homicdio doloso. Se algum ferir de morte seu prximo, "com instrumento de ferro" (v.16), "com pedra mo" (v. 17) ou ainda "com instrumento de madeira" (v.17), ou por qualquer outra forma (vv.20,21), ea pessoa golpeada morrer, o autor da ao considerado homicida e deve ser julgado por isso.