Junho de 2020 - TCE-ES · Orçamento | Painel de Controle -TCEES A Lei Orçamentária Anual (LOA)...

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Junho de 2020 Publicação: 22/07/2020

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Junho de 2020

Publicação: 22/07/2020

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Apresentação

Com o objetivo de destacar os principais resultados da gestão dos recursos públicos doEstado, de modo a permitir, por meio de variáveis de controle e de análises sistêmicassobre os aspectos relevantes, o acompanhamento tempestivo, bem como a tomada deações preventivas pelos gestores públicos, o Tribunal de Contas do Estado do EspíritoSanto disponibiliza mensalmente este instrumento informativo de cunho gerencial.

Desenvolvido com dados das plataformas CidadES (informações fiscais e econômicas doEstado e dos municípios capixabas, produzido pelo próprio TCEES) e Sigefes (gestão dasfinanças públicas do Estado, utilizado pelo Governo Estadual), este Painel de Controledestaca e compara os principais indicadores e resultados da gestão dos recursos públicosestaduais. Constitui-se em um instrumento de controle e acompanhamento mensal dasfinanças públicas do Estado, nele compreendido o Poder Executivo e os demais poderesdessa unidade federativa.

O Painel de Controle contempla a execução orçamentária do Estado; a avaliação documprimento de limites e metas; dados previdenciários e, ainda, outros aspectosrelacionados à governança estadual.

Os principais destinatários das informações apresentadas no Painel de Controle são osgestores públicos, imprensa, analistas e cientistas de dados, órgãos públicos, organizaçõesnão governamentais (ONGs), acadêmicos, pesquisadores e cidadãos em geral.

Tendo em vista a evolução da pandemia causada pelo Covid-19 e as incertezasdecorrentes no cenário econômico e fiscal, paralelamente a este Painel de Controle, oTribunal de Contas disponibiliza também os chamados Boletins Extraordinários, comnovos cenários para receitas, despesas e com dados sobre a margem fiscal do Estado,trazendo ainda informações e projeções de cenários para os municípios capixabas.

Mais dados e informações sobre receitas, despesas, endividamento, metas fiscais, saúde,educação, gastos com pessoal, prestação de contas, fiscalização, Índice de Efetividade daGestão Estadual - IEGE, podem ser obtidos no link a seguir: https://cidades.tce.es.gov.br.

Sumário

Finanças do Estado

Panorama

econômicoAssuntos

gerais

Institucional Identidade

organizacional

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Finanças do Estado

Painel de Controle - TCEES

Junho de 2020

Finanças do Estado 3

Orçamento

Gestão fiscal

Gestão previdenciária

ReceitaMetas de

arrecadação

Composição

da receita

Arrecadação

própria em

destaque

Comparativo

da despesa

liquidada

Composição

da despesa

liquidadaDespesa

RCL e

RCL ajustada

Resultado

primário e

nominal X

meta da LDO

Aplicação de recursos na

remuneração

dos profissionais

do magistério

Aplicação de recursos em

manutenção e

desenvolvimento

do ensino (MDE)

Limites de

despesa

com pessoal

Participação dos

royalties na RCL

Resultado

previdenciário

Saldo das

aplicações

financeiras

dos fundos

Avaliação

atuarial

Panorama econômico Assuntos gerais

Aplicação de recursos em

ações de serviços

públicos de saúde

Sumário

Resultado

orçamentário

Despesa

liquidada por

poder/órgão

Dívida

consolidada

Líquida (DCL)

Operações de

crédito e

garantias

concedidas

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Orçamento |

Painel de Controle - TCEES

A Lei Orçamentária Anual (LOA) do Estado do Espírito Santo, para o exercíciode 2020, atualizada pela abertura de créditos adicionais, estimou as receitasem R$ 19.808,60 milhões, evidenciando, desta forma, um acréscimo de7,83% em relação ao montante de arrecadação previsto para o ano anterior.

A receita arrecadada no mês de junho, de R$ 1.572,45 milhões, representouum acréscimo de 10,82%, quando comparada ao mesmo mês do anoanterior. Porém, desconsiderando os ingressos de recursos da ajudafinanceira da União* para o enfrentamento do Coronavírus, neste mês nomontante de R$ 281,58 milhões, a receita passa a evidenciar uma queda de9,02%.

A receita arrecadada até o mês de junho atingiu o montante de R$ 8.808,19milhões, evidenciando um decréscimo de 10,24% quando comparada àarrecadação acumulada até o mesmo mês do exercício anterior. Contudo,desconsiderando os ingressos de recursos da ajuda financeira da União* parao enfrentamento do Coronavírus, nesse primeiro semestre, no montante deR$ 374,87 milhões, e por outro lado, desconsiderando também que nessemesmo período do ano anterior, o Estado recebeu de forma retroativa, duasparcelas iniciais de compensação financeira de royalties do Acordo doParque das Baleias no montante de R$ 771,08 milhões, que influencioudiretamente aquela arrecadação, o decréscimo passa a ser de 6,74%.

A média mensal de receitas arrecadadas até o mês de junho correspondeua R$ 1.635,57 milhões em 2019 e a R$ 1.468,03 milhões em 2020.Excluindo as receitas não recorrentes nos dois períodos a média mensalpassaria a ser de R$ 1.507,06 milhões em 2019 e R$ 1.405,55 milhões em2020.

receita

4

Gráfico 01 | fonte: Sigefes e CidadES

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Junho de 2020

18

.36

9,5

3

1.4

18

,90

9.8

13

,45

1.6

35

,57

19

.80

8,6

0

1.5

72

,45

8.8

08

,19

1.4

68

,03

Previsão orçamentáriaanual atualizada

Receita arrecadada(em junho)

Receita arrecadada(até junho)

Média mensalarrecadada

Receita total (em R$ milhões) 2019

2020

*Nota - ajuda financeira da União:• Apoio Financeiro para Complementação do FPE – MP nº 938/2020: R$15.408.854,09 (abr), R$ 7.863.867,69 (maio) e R$ 37.582.309,39 (jun), totalizando R$ 60.855.031,17.• Auxílio Financeiro da Lei Complementar Federal 173/2020: R$ 226.270.726,63 (jun).• Transferência de recursos para o custeio das ações e serviços públicos de saúde no enfrentamento do coronavírus - Covid-19, com a abertura de Créditos Extraordinários: R$ 8,277.314,00 (mar), R$ 56.199.058,44 (abr), R$

5.538.140,88 (maio), e R$ 17.728.767,51 (jun), totalizando R$ 87.743.280,83.

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Orçamento |

Painel de Controle - TCEES

metas de arrecadação

Em cumprimento ao disposto nos artigos 8º, caput (tratada programação financeira e do cronograma de execuçãomensal de desembolso), e 9º (trata da limitação deempenho e movimentação financeira) da LRF, o PoderExecutivo publicou o Decreto 4.566-R, que dispõe sobre aProgramação Orçamentária e Financeira. O Decreto esta-belece o cronograma mensal de desembolso para o exer-cício de 2020, trazendo o desdobramento das receitas emmetas mensais de arrecadação.

Em decorrência dessa programação, serão comparados osvalores da receita mensal efetivamente realizada, com aprogramação mensal de arrecadação da receita estabele-cida no referido Decreto.

A representação gráfica demonstra que em junho de2020, a receita arrecadada superou em 2,67% a receitaprevista para o período. Contudo, excluindo os reflexosda ajuda financeira da União em junho/2020, de R$281,58 milhões, observa-se uma arrecadação de R$1.290,87 milhões, portanto 15,71% abaixo do esperado.

Destaca-se que, em consonância com o art. 9º da LRF, seao final de um bimestre for verificado que a realização dareceita poderá não comportar o cumprimento das metasde resultado primário ou nominal estabelecidas na LDO,deverá ser realizada limitação de empenho e movi-mentação financeira.*

5

Gráfico 02 | fonte: Sigefes e CidadES

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

*Nota: Com o reconhecimento do estado de calamidade pública no Estado do Espírito Santo, por meio do Decreto Legislativo nº 01, de 27 de marçode 2020, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), estão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação deempenho prevista no art. 9º, conforme dispõe o art. 65, inciso II, da própria LRF. Bem como, está suspensa a contagem dos prazos de reconduçãoaos limites legais com despesas de pessoal e dívida consolidada líquida, enquanto perdurar a situação de calamidade pública.

Junho de 2020

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Previsto 1.478,0 1.936,9 1.382,7 1.532,9 1.925,5 1.531,5 1.476,9 1.888,5 1.525,8 1.537,9 1.921,5 1.610,6

Realizado 1.411,4 1.578,2 1.356,1 1.490,2 1.399,6 1.572,4

Desempenho das metas de arrecadação em 2020 - receita total (em R$ milhões)

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Orçamento |

Painel de Controle - TCEES

composição da receita

A arrecadação EM junho de 2020 esteve constituída por:

• Arrecadação própria do Estado (50,89%)

• Transferências da União (37,34%)

• Outras receitas* (11,27%)

• Operações de crédito (0,33%)

6

A arrecadação acumulada ATÉ junho de 2020 esteve representada por:

• Arrecadação própria do Estado (53,36%)

• Transferências da União (31,84%)

• Outras receitas* (13,17%)

• Operações de crédito (1,62%)

Gráfico 03 | fonte: CidadESGráfico 03A | fonte: CidadES

* “Outras receitas”: grupo de receitas constituído por receitas correntes intraorçamentárias.

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Junho de 2020

Arrecadação própria do Estado

(50,89%)R$ 800,18 M

Transferências da União

(37,34%)R$ 587,09 M

Operações de crédito

(0,50%)R$ 7,93 MOutras receitas

(11,27%)R$ 177,25 M

Composição da receita arrecadada(EM junho - em R$ milhões)

Arrecadação própria do Estado (53,36%)

R$ 4.700,07 M

Transferências da União (31,84%)

R$ 2.804,76 M

Operações de crédito (1,62%)

R$ 142,98 M Outras receitas

(13,17%)R$ 1.160,38 M

Composição da receita arrecadada(ATÉ junho - em R$ milhões)

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Orçamento |

Painel de Controle - TCEES

arrecadação própria em destaque

A arrecadação de Imposto sobre Circulação deMercadorias e Serviços – ICMS acumulada até junho de2020, de R$ 3.197 milhões, comparada à arrecadaçãorealizada no mesmo período de 2019, registrou umdecréscimo de 3,66%. Da mesma forma, a arrecadaçãoem junho de 2020, R$ 511 milhões, representou umdecréscimo de 9,47%, quando comparada à arrecadaçãodo mesmo mês do ano anterior.

A receita de compensações financeiras (Cota-parte derecursos hídricos, minerais e royalties), arrecadada atéjunho de 2020, comparada à ocorrida no mesmo períodode 2019, registrou decréscimo de 45,08%. A receita em2019, foi influenciada pelo recebimento retroativo dacompensação financeira dos royalties da unificação doparque das Baleias, referente a 1ª parcela à vista de R$614.329.447,61, contabilizada em 23/04/2019; somada àsua complementação de R$ 156.746.328,40, contabilizadaem 29/05/2019, totalizando R$ 771.075.776,07.

Desconsiderando os recebimentos retroativos em 2019, oacumulado seria de R$ 812 milhões naquele ano,resultando em uma variação positiva de 7,02%.

7

Gráfico 04 | fonte: Sigefes Gráfico 04A | fonte: Sigefes

Gráfico 04C | fonte: SigefesGráfico 04B | fonte: Sigefes

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Junho de 2020

Nota: As Participações Especiais dos Royalties do Petróleo ocorrem trimestralmente a cada ano, sendo o repasse efetivado bimestralmente após a apuração. Em virtude disso, as arrecadações registradas em abril,maio, agosto e novembro de 2019 apresentam as maiores oscilações (positivas), como se observa no gráfico 04B.

3.318 3.197

2019 2020

Arrecadação de ICMS até junho de 2020(em R$ milhões)

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2019 570 569 518 551 546 564 543 593 543 558 600 572

2020 661 532 563 526 404 511

Arrecadação de ICMS - 2019 e 2020(em R$ milhões)

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2019 58 339 53 653 409 71 74 426 63 65 357 64

2020 68 327 72 64 303 35

Receita de compensação financeira - 2019 e 2020(em R$ milhões)

1.583

869

2019 2020

Receita de compensação financeiraaté junho de 2020 (em R$ milhões)

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Orçamento |

Painel de Controle - TCEES

despesa

As despesas empenhadas no mês dejunho de 2020 registraram um acrés-cimo de 13,14% quando comparadas àsdo mesmo mês de 2019. De igual modo,as despesas empenhadas até junho de2020, comparadas àquelas do mesmoperíodo de 2019, registraram um acrés-cimo de 9,04%.

As despesas liquidadas no mês de junhode 2020 registraram um acréscimo de3,97% quando comparadas às do mesmomês de 2019. Da mesma forma, as des-pesas liquidadas até junho de 2020,comparadas àquelas do mesmo períodode 2019, registraram um acréscimo de5,65%.

As despesas pagas no mês de junho de2020 registraram um acréscimo de3,05% quando comparadas às do mesmomês de 2019. Da mesma forma, as des-pesas pagas até junho de 2020,comparadas àquelas do mesmo períodode 2019, registraram um acréscimo de5,83%.

8

Gráfico 05 | fonte: CidadES

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Junho de 20204

12

,82

14

.17

9,8

1

1.3

29

,06

7.4

92

,38

1.3

42

,72

7.3

25

,46

46

7,0

7

15

.46

2,3

4

1.3

81

,78

7.9

15

,55

1.3

83

,64

7.7

52

,49

Despesa empenhada(em junho)

Despesa empenhada(até junho)

Despesa liquidada(em junho)

Despesa liquidada(até junho)

Despesa paga(em junho)

Despesa paga(até junho)

Despesa empenhada, liquidada e paga(em R$ milhões) 2019

2020

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Orçamento |

Painel de Controle - TCEES

composição da despesa liquidada

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Em relação às funções de governo, as figuras destacam as despesas com maior percentual de execução emjunho/2020, bem como aquelas de maior representatividade no decorrer do ano (acumuladas até o mês).

De acordo com os dados da execução orçamentária, as principais despesas por função estiveram assim distribuídas:

Gráfico 06A | fonte: CidadESGráfico 06 | fonte: CidadES

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Junho de 2020

Educação (12,21%)R$ 168,76

Saúde (22,04%)R$ 304,58

Segurança Pública (9,02%) R$ 124,59

Encargos Especiais (9,25%)R$ 127,75

Previdência (14,96%) R$ 206,74

Outras (32,52%)R$ 449,36

Maiores despesas por funçãoEM junho de 2020 (em R$ milhões)

Educação (12,67%)R$ 1.002,91

Saúde (19,38%)R$ 1.533,66

Segurança Pública (11,14%)R$ 881,53

Encargos Especiais (9,20%)R$ 727,95

Previdência (16,84%)R$ 1.332,85

Outras (30,78%)R$ 2.436,64

Maiores despesas por funçãoATÉ junho de 2020 (em R$ milhões)

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Orçamento |

Painel de Controle - TCEES

comparativo da despesa liquidada – funções de governo em destaque

10Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Em termos acumulados, com exceção das despesas

liquidadas nas funções segurança pública e previdência

social, as quais decresceram nominalmente 17,59% e 8,72%,

respectivamente, até junho de 2020, quando comparadas às

do mesmo período do ano anterior; constatou-se acréscimo

nominal das despesas liquidadas nas funções educação

(0,20%) e, com destaque, acréscimo das despesas liquidadas

na função saúde (22,45% em termos nominais).

Em análise às despesas liquidadas por funções de governo,

constatou-se que em junho de 2020 ocorreu decréscimo

nominal das despesas nas funções educação (12,26%),

previdência social (16,28%) e segurança pública (31,40%),

quando comparadas às apresentadas no mesmo mês do ano

anterior. Contudo, registrou-se acréscimo nominal das

despesas liquidadas na função saúde (47,51%).

Gráfico 07A | fonte: CidadES e https://transparencia.es.gov.br/DespesaGráfico 07 | fonte: CidadES e https://transparencia.es.gov.br/Despesa

Junho de 2020

192,35

246,93

206,48181,62168,76

206,74

304,58

124,59

Educação Previdência Social Saúde Segurança Pública

Despesa liquidada por função de Governo(comparativo DE junho - em R$ milhões)

jun/19

jun/20

1.000,94

1.460,131.252,45

1.069,651.002,91

1.332,851.533,66

881,53

Educação Previdência Social Saúde Segurança Pública

Despesa liquidada por função de Governo(comparativo - acumulado ATÉ junho - em R$ milhões)

até jun/19

até jun/20

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Orçamento |

Painel de Controle - TCEES

despesa liquidada por poder/órgão – Poder Executivo

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Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Os gráficos em destaque apresentam as

despesas orçamentárias e intraorçamentá-

rias liquidadas (executadas) pelo Poder

Executivo no período de janeiro a junho

de 2020, classificadas exclusivamente,

para efeito de análise, em quatro grandes

grupos de fontes de recursos: “ordinários,

saúde, educação e demais fontes”. Quan-

to aos dois primeiros grupos, “recursos

ordinários e saúde”, em linhas gerais,

observa-se que a despesa com “pessoal e

encargos sociais”, que representa o maior

volume de gastos nestes grupos, vem

mantendo praticamente a mesma trajeto-

ria de dispêndio ao longo do período, com

decréscimo em junho de 3,15% no grupo

de recursos ordinários e acréscimo de

4,45% no grupo de recursos vinculados à

saúde, quando comparados a maio.

Gráfico 08A| Sigefes

Gráfico 08 | fonte: Sigefes

Despesa liquidada por fonte e natureza

Nota: Dívidas, constitui-se de Juros e Encargos da Dívida + Amortização da Dívida + Refinanciamento; e investimentos, constitui-se de Inversões Financeiras e Amortização da Dívida.

jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020mai/20 jun/20

Pessoal e encargos sociais 295.354,21 285.187,86 294.269,61 291.086,24 298.651,14 289.240,23

Outras despesas correntes 20.547,27 53.959,23 81.967,69 78.563,20 63.021,98 62.009,64

Dívidas 12.245,83 1.879,27 10.566,60 3.834,43 10.595,32 72.018,50

Investimentos 39.385,32 41.070,45 67.366,50 50.182,10 68.205,75 44.945,24

Recursos ordinários (em R$ milhares)

jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020mai/20 jun/20

Pessoal e encargos sociais 44.293,72 49.858,35 45.843,47 45.984,12 48.226,07 50.374,25

Outras despesas correntes 60.762,54 116.425,84 175.187,88 162.693,77 157.647,41 213.367,18

Investimentos 0,00 0,00 2.890,00 17.862,27 14.520,80 15.218,83

Recursos vinculados à saúde (em R$ milhares)

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despesa liquidada por poder/órgão – Poder Executivo

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Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Quanto às despesas orçamentárias e

intraorçamentárias liquidadas (execu-

tadas) pelo Poder Executivo, no

período de janeiro a junho de 2020,

classificadas nos grupos, “educação” e

“demais fontes”, em linhas gerais,

observa-se que a despesa com

“pessoal e encargos sociais”, que

representa o maior volume de gastos

nestes grupos, vem mantendo pratica-

mente a mesma trajetória de dis-

pêndio ao longo do período, com

acréscimos em junho de 0,51% (fonte

“educação”) e de 0,75% (“demais

fontes”), quando comparados a maio.

Gráfico 08C | fonte: Sigefes

Gráfico 08B | fonte: Sigefes

Despesa liquidada por fonte e natureza

Nota: Dívidas, constitui-se de Juros e Encargos da Dívida + Amortização da Dívida + Refinanciamento; e investimentos, constitui-se de Inversões Financeiras e Amortização da Dívida.

jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020mai/20 jun/20

Pessoal e encargos sociais 125.693,82 128.423,22 147.125,86 133.697,76 131.940,04 132.611,29

Outras despesas correntes 4.461,45 19.004,64 54.323,69 25.696,42 16.576,25 20.456,49

Investimentos 433,50 2.221,22 7.349,47 5.929,50 4.756,64 6.786,57

Recursos vinculados à educação (em R$ milhares)

jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020mai/20 jun/20

Pessoal e encargos sociais 259.047,95 257.072,19 213.368,66 203.999,71 204.724,98 206.255,36

Outras despesas correntes 39.911,22 67.257,11 93.314,41 113.325,88 72.282,12 47.548,61

Dívidas 55.177,66 49.991,53 45.467,90 48.105,56 36.244,55 1.522,24

Investimentos 3.779,29 13.982,05 54.454,77 46.332,31 97.998,59 68.740,29

Recursos vinculados às demais fontes (em R$ milhares)

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Orçamento |

Painel de Controle - TCEES

despesa liquidada por poder/órgão – Assembleia Legislativa e TCEES

13Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

O gráfico em destaque apresenta as despesas orçamentárias eintraorçamentárias liquidadas (executadas) pelo Tribunal de Contas noperíodo de janeiro a junho de 2020, classificadas na fonte de recursosordinários. Em linhas gerais, observa-se que a despesa registrada como“pessoal e encargos sociais”, que representa o maior volume de gastos,vem mantendo praticamente a mesma trajetória de dispêndio ao longo doperíodo, com decréscimo de 0,02% em junho quando comparado a maio.

Gráfico 09A | fonte: Sigefes

O gráfico em destaque apresenta as despesas orçamentárias eintraorçamentárias liquidadas (executadas) pela Assembleia Legislativa noperíodo de janeiro a junho de 2020, classificadas na fonte de recursosordinários. Em linhas gerais, observa-se que a despesa registrada como“pessoal e encargos sociais”, que representa o maior volume de gastos, vemmantendo praticamente a mesma trajetória de dispêndio ao longo doperíodo, com decréscimo de 2,40% em junho quando comparada a maio.

Gráfico 09 | fonte: Sigefes

Despesa liquidada por fonte e natureza

Junho de 2020

jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020 mai/2020 jun/2020

Pessoal e encargos sociais 14.335,51 15.582,80 15.821,54 14.710,81 15.229,01 14.863,13

Outras despesas correntes 2.361,54 3.073,74 2.968,75 3.464,65 3.249,12 2.994,32

Investimentos 0,00 8,10 0,00 0,00 0,00 105,32

Assembleia Legislativa (em R$ milhares)

jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020 mai/2020 jun/2020

Pessoal e encargos sociais 11.751,02 11.761,20 11.714,92 11.154,55 11.322,62 11.320,53

Outras despesas correntes 558,56 1.453,80 1.740,10 1.614,29 1.949,81 989,21

Investimentos 0,00 9,60 40,17 54,02 0,00 14,69

TCEES (em R$ milhares)

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Orçamento |

Painel de Controle - TCEES

despesa liquidada por poder/órgão – TJES, MPES e Defensoria Pública

14Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Os gráficos em destaque apresentam as despesas orçamentárias eintraorçamentárias liquidadas (executadas) pelo TJES, MPES e DefensoriaPública no período de janeiro a junho de 2020, classificadas por fontes derecursos. Em linhas gerais, observa-se que a despesa registrada como “pessoale encargos sociais”, que representa o maior volume de gastos, vem mantendopraticamente a mesma trajetória de dispêndio ao longo do período, compequenos acréscimos em junho, de 0,25% e 1,71% no TJES e DefensoriaPública, respectivamente, e acréscimo considerável de 53,22%, no MPES,quando comparados a maio.

Gráfico 10A | Sigefes

Gráfico 10B | fonte: Sigefes

Gráfico 10* | fonte: Sigefes

*Nota: O gráfico 10 (TJES) apresenta a despesa orçamentária e intraorçamentária liquidada no período,acrescentada do Aporte Financeiro Extraorçamentário, na linha da despesa com pessoal e encargos sociais, feito aoIPAJM mensalmente, totalizando no período de janeiro a junho o montante de R$ 95.246.698,81.

Despesa liquidada por fonte e natureza

Junho de 2020

jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020 mai/2020 jun/2020

Pessoal e encargos sociais + aporte (RO) 88.676,62 79.427,15 78.857,02 77.071,18 76.286,69 76.476,26

Outras despesas correntes (RO) 9.404,44 11.296,80 11.697,55 11.614,32 11.075,22 10.987,02

Outras despesas correntes (FUNEPJ) 685,73 6.839,28 11.072,20 8.748,92 7.045,58 7.976,00

Investimentos (FUNEPJ) 0,00 98,63 1.180,55 28,21 217,19 255,05

TJES (Recursos Ordinários e FUNEPJ - em R$ milhares)

jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020mai/20 jun/20

Pessoal e encargos sociais (RO) 26.862,38 24.688,79 24.670,87 23.161,25 21.283,20 32.611,40

Outras despesas correntes (RO) 2.113,32 5.177,14 6.442,73 4.521,43 4.125,08 4.472,15

Outras despesas correntes (Funemp) 662,73 672,00 810,09 884,50 159,25 85,47

Investimentos (RO + Funemp) 0,00 2,97 87,77 130,56 83,03 57,35

MPES (Recursos Ordinários e Funemp - em R$ milhares)

jan/2020 fev/2020 mar/2020 abr/2020mai/20 jun/20

Pessoal e encargos sociais (RO) 3.472,26 3.429,12 3.518,06 3.357,92 3.164,49 3.218,63

Outras despesas correntes (RO) 457,10 1.027,34 997,74 968,20 370,95 372,71

Outras despesas correntes (FADESPES) 533,19 914,75 1.468,37 366,99 832,50 604,50

Defensoria Pública (Recursos Ordinários e FADESPES - em R$ milhares)

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Orçamento |

Painel de Controle - TCEES

resultado orçamentário

15

O Estado do Espírito Santo arrecadou R$ 8.808,19 milhões eexecutou despesas no montante de R$ 7915,55 milhões atéjunho/2020. Com isso, o resultado orçamentário no período foisuperavitário em R$ 892,64 milhões.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o qual,também, apresentou superávit (R$ 2.321,07 milhões), houveuma variação nominal negativa de aproximadamente 61,54%.

A variação negativa pode ser creditada, em parte, ao aumentodas despesas liquidadas (variação de 5,65% em relação aomesmo período antecedente) e à queda na arrecadação em2020, que apesar dos ingressos de recursos do apoio da União aoenfrentamento do Coronavírus no montante de R$ 374,87milhões*, não atingiu o mesmo patamar verificado no primeirosemestre de 2019. Período em que o Estado recebeu de formaretroativa duas parcelas iniciais de compensação financeira deroyalties do Acordo do Parque das Baleias no montante de R$771.08 milhões, que influenciou diretamente o superávitorçamentário alcançado naquele período de 2019.

De toda forma, mesmo excluindo os reflexos da compensaçãofinanceira recebida antecipadamente naquele período de 2019 etambém da ajuda financeira da União em 2020, a variaçãopermaneceria negativa, mas em torno de 66,60%.

Gráfico 11 | fonte: CidadES

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Junho de 2020

9.8

13

,45

7.4

92

,38

2.3

21

,07

8.8

08

,19

7.9

15

,55

89

2,6

4

Receitas realizadas Despesas liquidadas Resultado orçamentário

Resultado orçamentário(em R$ milhões)

até jun/19

até jun/20

*Nota - ajuda financeira da União:• Apoio Financeiro para Complementação do FPE – MP nº 938/2020: R$15.408.854,09 (abr), R$ 7.863.867,69 (maio) e R$ 37.582.309,39 (jun), totalizando R$ 60.855.031,17.• Auxílio Financeiro da Lei Complementar Federal 173/2020: R$ 226.270.726,63 (jun).• Transferência de recursos para o custeio das ações e serviços públicos de saúde no enfrentamento do coronavírus - Covid-19, com a abertura de Créditos Extraordinários: R$ 8,277.314,00 (mar), R$ 56.199.058,44 (abr), R$ 5.538.140,88

(maio), e R$ 17.728.767,51 (jun), totalizando R$ 87.743.280,83.

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Gestão fiscal |

Painel de Controle - TCEES

RCL e RCL ajustada (últimos 12 meses)

16

Evolução da Receita Corrente Líquida (RCL) apurada nos últimos 12 meses

O principal objetivo da RCL é servir de parâmetro para o montante da reserva de contingênciae para os limites da despesa total com pessoal, da dívida consolidada líquida, das operaçõesde crédito, do serviço da dívida, das operações de crédito por antecipação de receitaorçamentária e das garantias do ente da Federação.

Para efeito de apuração da RCL, considera-se as receitas arrecadadas e as deduções no mêsde referência e nos onze meses anteriores.

A Receita Corrente Líquida é o somatório das receitas de impostos, taxas e contribuições demelhoria, de contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços,transferências correntes e outras receitas correntes do ente da Federação, deduzidos algunsitens explicitados pela própria LRF.

Para os limites da despesa total com pessoal, o Estado utiliza a referida Receita CorrenteLíquida, porém de forma Ajustada.

Receita Corrente Líquida Ajustada dos últimos 12 meses

A RCL Ajustada dos últimos doze meses inclui o mês de referência, após aexclusão dos valores de transferências obrigatórias da União ao Estado,relativas às emendas individuais e de bancada, em atenção ao disposto no §1º , art. 166-A da CRFB e o § 16, art. 166 da CRFB, respectivamente. A RCLAjustada é o parâmetro para a verificação do cumprimento do limite dadespesa com pessoal, quando observado a existência de transferênciasobrigatórias da União ao Estado, relativas às emendas individuais, comoocorre no Estado.

Gráfico 12A | fonte: CidadESGráfico 12 | fonte: Sigefes

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Nota1 – RCL e RCL ajustada alteradas nos meses de dez/19, jan e fev/20, em função da reclassificação da receita com royalties, do Acordo do Parque das Baleias.

Junho de 2020

jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20

Evolução da RCL - últimos 12 meses(em R$ milhões)

jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20

Evolução da RCL ajustada - últimos 12 meses(em R$ milhões)

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12

,49

%

12

,54

%

12

,34

%

12

,15

%

11

,92

%

16

,62

%

16

,68

%

16

,75

%

16

,77

%

13

,57

%

12

,82

%

14

.49

6

14

.60

9

14

.67

6

14

.70

1

14

.69

4

15

.83

3

15

.83

3

15

.69

7

15

.78

9

15

.17

2

14

.77

6

14

.95

7

jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20

Impacto dos royalties + PE (%) na RCL (últimos 12 meses - em R$ milhões)

RCL

Royalties sobre a RCL

Painel de Controle - TCEES

participação dos royalties na RCL

17

O gráfico destaca o impacto dareceita com Royalties e Participa-ções Especiais, que são recursosfinitos, na composição da ReceitaCorrente Líquida nos últimos 12meses.

Observa-se que no exercício de 2019,considerado o período da amostra(julho a dezembro de 2019), o mêsde dezembro teve o maior impactodessas receitas em relação aosdemais meses (16,62% da RCL).

Em junho de 2020, as referidasreceitas alcançaram o montante de12,82% da RCL.

Gráfico 13 | fonte: Sigefes

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

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Painel de Controle - TCEES

limites de despesa com pessoal

18

A despesa total com pessoal compreende osomatório dos gastos do Ente da Federaçãocom ativos, inativos e pensionistas (despesabruta com pessoal), deduzidos alguns itensexplicitados pela LRF.

A despesa total com pessoal dos PoderesEstaduais Executivo, Judiciário e Legislativo,incluindo o Tribunal de Contas e o Minis-tério Público Estadual, é apurada somando-se a realizada no mês em referência com asdos onze imediatamente anteriores, a e-xemplo do que ocorre no cálculo da RCL.

A despesa com pessoal ativo, inativo epensionista de cada um dos Poderes eórgãos com autonomia administrativa, or-çamentária e financeira, em cada períodode apuração, não poderá exceder percen-tuais da Receita Corrente Líquida Ajustada– RCL previstos na LRF, conforme os limitesmáximos estabelecidos. (*)

RCL ajustada em junho de 2020:R$ 14.876.050.070,01

Limites da despesa com pessoal em relação RCL Ajustada (em percentual)

DESPESA COM PESSOALALERTA

90% do limite legal

PRUDENCIAL

95% do limite legalLEGAL

Ente Consolidado 54,00% 57,00% 60,00%

Poder Executivo 44,10% 46,55% 49,00%

Poder Judiciário 5,40% 5,70% 6,00%

Ministério Público 1,80% 1,90% 2,00%

Assembleia Legislativa 1,53% 1,62% 1,70%

Tribunal de Contas 1,17% 1,24% 1,30%

Tabela 01 | fonte: LRF

Gestão fiscal |

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

(*) Nota 2: Com o reconhecimento do estado de calamidade pública no Estado do Espírito Santo, por meio do Decreto Legislativo nº 01, de 27 de março de 2020, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), estão dispensadoso atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho prevista no art. 9º, conforme dispõe o art. 65, inciso II, da própria LRF. Bem como, está suspensa a contagem dos prazos de recondução aos limites legais com despesas de pessoal edívida consolidada líquida, enquanto perdurar a situação de calamidade pública.

Junho de 2020

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Painel de Controle - TCEES

limites de despesa com pessoal

19

O gasto com pessoal Consolidado representa a despesa total compessoal dos Poderes Estaduais Executivo, Judiciário e Legislativo,incluindo o Tribunal de Contas e o Ministério Público Estadual,apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dosonze imediatamente anteriores. As despesas com pessoalconsolidadas, até junho de 2020, atingiram o montante de R$7.507.679.563,93, representando 50,47% da RCL, obedecendo aolimite máximo estabelecido pela LRF, que é de 60% da RCL.

No caso do Consolidado, de acordo com a LRF as despesas compessoal no Estado não podem ultrapassar 60% da Receita CorrenteLíquida Ajustada (incisos II do art. 19 da LRF). Caso esses gastosatinjam 57% da Receita Corrente Líquida Ajustada, o Estado entrano Limite Prudencial (parágrafo único do art.22 da LRF). Caso essesgastos atinjam 54% da Receita Corrente Líquida Ajustada oTribunal de Contas emitirá parecer de alerta. (inciso II do § 1º doart. 59 da LRF).

CONSOLIDADOdespesa com pessoal R$ 7,51B

Limite da LRF

Gráfico 14 | fonte: CidadES

Gráfico 14A | fonte: Sigefes

Gráfico 14B | fonte: CidadES

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário 19

Nota 1 - Índice de correção utilizado para atualizar os valores apresentados nos gráficos com evolução histórica - IPCA/IBGE.

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

100,00%

-

1.000,00

2.000,00

3.000,00

4.000,00

5.000,00

6.000,00

7.000,00

8.000,00

9.000,00

10.000,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Despesa com pessoal - Ente consolidado últimos 10 anos Valor corrigido pelo IPCA (em R$ milhões)

% da RCL

7.263,92 7.284,06 7.295,53 7.315,83 7.320,51 7.279,77 7.312,58 7.345,42 7.406,75 7.430,82 7.467,20 7.507,68

50,11% 49,86% 49,71% 49,77% 49,82%

46,05% 46,40% 47,02% 47,13%

49,22%50,81% 50,47%

43,00%

45,00%

47,00%

49,00%

51,00%

53,00%

55,00%

57,00%

59,00%

5.000,00

5.500,00

6.000,00

6.500,00

7.000,00

7.500,00

jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20

Despesa com pessoal - Consolidado (Ente) - últimos 12 meses(em R$ milhões e % da RCL ajustada) Consolidado (valor) Consolidado (%)

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Painel de Controle - TCEES

limites de despesa com pessoal

20

A despesa total com pessoal do Poder Executivo Estadual, incluídoDefensoria Pública Estadual, (órgão autônomo para o qual não foiainda estabelecido em lei limite de despesa com pessoal) atingiu,em maio de 2020, o patamar de R$ 5.931.731.170,85, e repre-sentou 39,87% da RCL, obedecendo ao limite máximo estabele-cido pela LRF para este poder, que é de 49% da RCL.

Em relação ao Poder Executivo, a LRF estabeleceu que as despesascom pessoal não podem ultrapassar 49% da Receita CorrenteLíquida Ajustada (incisos II do art. 20 da LRF). Caso esses gastosatinjam 46,55% da Receita Corrente Líquida Ajustada o PoderExecutivo entra no Limite Prudencial (parágrafo único do art.22 daLRF) e se tiver atingido 44,10% da Receita Corrente LíquidaAjustada o Tribunal de Contas emitirá parecer de alerta (inciso IIdo § 1º do art. 59 da LRF).

PODER EXECUTIVOdespesa com pessoal R$ 5,93B

Limite da LRF

Gráfico 15 | fonte: CidadES

Gráfico 15A | fonte: Sigefes

Gráfico 15B | fonte: CidadES

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Nota 1 - Índice de correção utilizado para atualizar os valores apresentados nos gráficos com evolução histórica - IPCA/IBGE.

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

100,00%

-

1.000,00

2.000,00

3.000,00

4.000,00

5.000,00

6.000,00

7.000,00

8.000,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Despesa com pessoal - Poder Executivo últimos 10 anos Valor corrigido pelo IPCA (em R$ milhões)

% da RCL

39,81% 39,57% 39,40% 39,40% 39,36%

36,34% 36,60%37,11% 37,22%

38,89%

40,18% 39,87%

5.769,995.780,51 5.782,35

5.792,24 5.783,97

5.745,53

5.768,62

5.797,02

5.849,665.871,61

5.904,48

5.931,73

5.650,00

5.700,00

5.750,00

5.800,00

5.850,00

5.900,00

5.950,00

jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20

34,00%

36,00%

38,00%

40,00%

42,00%

44,00%

46,00%

48,00%

50,00%

Despesa com pessoal - Poder Executivo - últimos 12 meses(em R$ milhões e % da RCL ajustada)

Poder Executivo (%) Poder Executivo (valor)

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Painel de Controle - TCEES

limites de despesa com pessoal

21

No Poder Judiciário, a despesa com pessoal alcançou o patamarde R$ 808.361.605,30, que representou 5,43% da RCL, obede-cendo o limite legal de 6%, mas ultrapassando o limite dealerta.

De acordo com a LRF as despesas com pessoal do PoderJudiciário não podem ultrapassar 6% da Receita CorrenteLíquida Ajustada (incisos II do art. 20 da LRF). Caso esses gastosatinjam 5,70% da Receita Corrente Líquida Ajustada o PoderJudiciário entra no Limite Prudencial (parágrafo único do art.22da LRF), e se for o caso de atingirem 5,40% da Receita CorrenteLíquida Ajustada o Tribunal de Contas emitirá parecer de alerta(inciso II do § 1º do art. 59 da LRF).

PODER JUDICIÁRIOdespesa com pessoal R$ 808,36M

Limite da LRF

Gráfico 16 | fonte: CidadES

Gráfico 16A | fonte: Sigefes

Gráfico 16B | fonte: CidadES

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Nota 1 - Índice de correção utilizado para atualizar os valores apresentados nos gráficos com evolução histórica - IPCA/IBGE.

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

14,00%

16,00%

18,00%

20,00%

-

200,00

400,00

600,00

800,00

1.000,00

1.200,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Despesa com pessoal - Poder Judiciário últimos 10 anos Valor corrigido pelo IPCA (em R$ milhões)

% da RCL

768,39 774,65 781,09 786,73 792,71 790,31 795,93 800,00 804,35 805,78 807,41 808,36

5,30% 5,30% 5,32% 5,35% 5,39%5,00% 5,05% 5,12% 5,12% 5,34% 5,49% 5,43%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

7,00%

8,00%

9,00%

10,00%

650,00

670,00

690,00

710,00

730,00

750,00

770,00

790,00

810,00

jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20

Despesa com pessoal - Poder Judiciário - últimos 12 meses(em R$ milhões e % da RCL ajustada)

Poder Judiciário (valor) Poder Judiciário (%)

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161,87160,77 160,02 159,55 159,48

158,40 158,70 158,06 158,83 158,95 159,25 159,50

1,12% 1,10% 1,09% 1,09% 1,09%

1,00% 1,01% 1,01% 1,01%1,05%

1,08% 1,07%

0,98%

1,08%

1,18%

1,28%

1,38%

145,00

150,00

155,00

160,00

165,00

jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20

Despesa com pessoal - Ales - últimos 12 meses(em R$ milhões e % da RCL ajustada)

ALES (valor) ALES (%)

Painel de Controle - TCEES

limites de despesa com pessoal

22

Na Assembleia Legislativa, a despesa com pessoal atingiu opatamar de R$ 159.499.660,70, que representou 1,07% da RCL,obedecendo ao limite estabelecido pela LRF, de 1,70% da RCL.

De acordo com a LRF as despesas com pessoal da AssembleiaLegislativa não podem ultrapassar 1,70% da Receita CorrenteLíquida Ajustada (incisos II do art. 20 da LRF). Caso esses gastosatinjam 1,62% da Receita Corrente Líquida Ajustada a AssembleiaLegislativa entra no Limite Prudencial (parágrafo único do art.22 daLRF), e se tiver atingido 1,53% da Receita Corrente Líquida Ajustadao Tribunal de Contas emitirá parecer de alerta (inciso II do § 1º doart. 59 da LRF).

ASSEMBLEIA LEGISLATIVAdespesa com pessoal R$ 159,50M

Limite da LRF

Gráfico 17 | fonte: CidadES

Gráfico 17A | fonte: Sigefes

Gráfico 17B | fonte: CidadES

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Nota 1 - Índice de correção utilizado para atualizar os valores apresentados nos gráficos com evolução histórica - IPCA/IBGE.

0,00%

0,50%

1,00%

1,50%

2,00%

2,50%

3,00%

3,50%

4,00%

-

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Despesa com pessoal - Ales últimos 10 anos Valor corrigido pelo IPCA (em R$ milhões)

% da RCL

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Painel de Controle - TCEES

limites de despesa com pessoal

23

No Ministério Púbico Estadual, a despesa com pessoalatingiu o patamar de R$ 266.856.679,63, o que representou1,79% da RCL, obedecendo ao limite máximo estabelecido(2% da RCL).

De acordo com a LRF as despesas com pessoal do MinistérioPúblico não podem ultrapassar 2% da Receita CorrenteLíquida Ajustada (incisos II do art. 20 da LRF). Caso essesgastos atinjam 1,90% da Receita Corrente Líquida Ajustada oMinistério Público entra no Limite Prudencial (parágrafoúnico do art.22 da LRF) e caso atinjam 1,80% da ReceitaCorrente Líquida Ajustada o Tribunal de Contas emitiráparecer de alerta (inciso II do § 1º do art. 59 da LRF).

MINISTÉRIO PÚBLICOdespesa com pessoal R$ 266,86M

Limite da LRF

Gráfico 18 | fonte: CidadES

Gráfico 18A | fonte: Sigefes

Gráfico 18B | fonte: CidadES

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Nota 1 - Índice de correção utilizado para atualizar os valores apresentados nos gráficos com evolução histórica - IPCA/IBGE.

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

-

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Despesa com pessoal - MPES últimos 10 anos Valor corrigido pelo IPCA (em R$ milhões)

% da RCL

242,13 244,34 246,39 248,69253,37 252,06 254,31 254,29

256,96 257,02 256,50

266,86

1,67% 1,67% 1,68% 1,69%1,72%

1,59%1,61%

1,63% 1,64%

1,70%

1,75%1,79%

1,57%

1,67%

1,77%

1,87%

1,97%

210,00

220,00

230,00

240,00

250,00

260,00

270,00

jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20

Despesa com pessoal - MPES - últimos 12 meses(em R$ milhões e % da RCL ajustada)

MPES (Valor) MPES (%)

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Painel de Controle - TCEES

limites de despesa com pessoal

24

No Tribunal de Contas, a despesa com pessoal atingiu opatamar de R$ 116.164.656,51, o que representou 0,78% daRCL, obedecendo ao limite estabelecido de 1,30% da RCL.

De acordo com a LRF as despesas com pessoal do Tribunal deContas não podem ultrapassar 1,30% da Receita CorrenteLíquida Ajustada (incisos II do art. 20 da LRF). Caso esses gastosatinjam 1,235% da Receita Corrente Líquida Ajustada oTribunal de Contas entra no Limite Prudencial (parágrafo únicodo art.22 da LRF). No caso de esses gastos atingirem 1,170% daReceita Corrente Líquida Ajustada o Tribunal de Contas emitiráparecer de alerta (inciso II do § 1º do art. 59 da LRF).

TRIBUNAL DE CONTASdespesa com pessoal R$ 116,16 M

Limite da LRF

Gráfico 19 | fonte: CidadES

Gráfico 19B | fonte: CidadES

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Nota 1 - Índice de correção utilizado para atualizar os valores apresentados nos gráficos com evolução histórica - IPCA/IBGE.

Gráfico 19A | fonte: Sigefes

0,00%

0,50%

1,00%

1,50%

2,00%

-

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

140,00

160,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Despesa com pessoal - TCEES últimos 10 anos Valor corrigido pelo IPCA (em R$ milhões)

% da RCL

113,54 113,77 114,11 114,06 114,78 114,44 114,90 115,49 116,05 116,12 115,95 116,16

0,78% 0,78% 0,78% 0,78% 0,78%

0,72%0,73%

0,74% 0,74%

0,77%0,79%

0,78%

0,68%

0,73%

0,78%

0,83%

0,88%

100,00

102,00

104,00

106,00

108,00

110,00

112,00

114,00

116,00

118,00

jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20

Despesa com pessoal - TCEES - últimos 12 meses(em R$ milhões e % da RCL ajustada)

TCEES (valor) TCEES (%)

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Painel de Controle - TCEES

limites de despesa com pessoal

25

DEFENSORIA PÚBLICA

despesa com pessoal R$ 40,86M

A Defensoria Pública atingiu o patamar deR$ 40.857.095,76, ressaltando que a des-pesa com pessoal deste órgão está incluídano cômputo do limite estabelecido pela LRFpara Poder Executivo.

O gráfico 20A, apresenta um histórico dadespesa com pessoal da Defensoria Públicado Estado, nos últimos 4 anos, evidencian-do que de 2016 a 2019 ocorreu uma redu-ção de aproximadamente 11,79%.

Gráfico 20 | fonte: Sigefes

Gráfico 20A | fonte: CidadES

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Nota1- Índice de correção utilizado para atualizar os valores apresentados nos gráficos com evolução histórica - IPCA/IBGE.

2016 2017 2018 2019

Despesa com pessoal - Defensoria Pública últimos 4 anos(corrigido pelo IPCA - em R$ milhões)

40,95

40,66 40,7340,59 40,62

40,23

40,4740,60

40,74 40,81 40,86 40,86

39,80

40,00

40,20

40,40

40,60

40,80

41,00

41,20

jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20

Despesa com pessoal - Defensoria Pública - últimos 12 meses(em R$ milhões)

Defensoria Pública (valor)

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2,89%

4,25%

3,80%

5,71%

-1,87%

2,46%

12,24%

Variação % nominal de 2019 para 2020

Painel de Controle - TCEES

comparativo da despesa com pessoal

26

Comparando a despesa com pessoal apurada em junho/2020 com a dejunho/2019, observa-se que em valores nominais houve um acréscimo de2,89% na RCL, acompanhado por acréscimos na despesa com pessoal em todosos Poderes e Órgãos, à exceção da Assembleia Legislativa que apresentou umaredução nominal de 1,87%. Comparando os percentuais de despesa compessoal (calculados com base na RCL), obtidos em junho/2020 e junho/2019,observa-se que houve evolução nos percentuais de um período para o outroem todos os Poderes e Órgãos, com exceção do TCEES que manteve opercentual e da Ales que apresentou decréscimo de 0,05% nas despesas compessoal em relação à RCL.

Gráfico 21 | fonte: CidadES e Sigefes

Tabela 02 | fonte: Sigefes

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Junho de 2019 Junho de 2020 Variação nominal

(%)

Variação em % da RCL

em R$ % em R$ %

De

spe

sa c

om

pe

sso

al MP 237.755.107,98 1,64% 266.856.679,63 1,79% 12,24% 0,15%

TCEES 113.377.274,93 0,78% 116.164.656,51 0,78% 2,46% 0,00%

Ales 162.533.599,63 1,12% 159.499.660,70 1,07% -1,87% -0,05%

TJ 764.731.201,30 5,29% 808.361.605,30 5,43% 5,71% 0,14%

Poder Executivo 5.714.499.158,13 39,52% 5.931.731.170,85 39,87% 3,80% 0,35%

Ente 7.201.270.567,35 49,81% 7.507.679.563,93 50,47% 4,25% 0,50%

RCL ajustada 14.458.174.582,39 14.876.050.070,01 2,89% -

14.458,17

7.201,27

5.714,50

764,73

162,53

113,38

237,75

14.876,05

7.507,68

5.931,73

808,36

159,50

116,16

266,86

RCL ajustada

Ente

Poder Executivo

TJ

Ales

TCEES

MP

Comparativo da despesa com pessoal - junho/19 e junho/20(em R$ milhões)

jun/20 jun/19

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Painel de Controle - TCEES

cenários da despesa com pessoal

27

Considerando redução dos royaltiesRoyalties em conjugação a regra atual do cômputo do aporte: incidência de 15% nos meses de julho adezembro de 2019 e de 25% nos meses de janeiro a junho de 2020.

As receitas de compensação financeira oriundas da produção de petróleo estãoclassificadas no grupo de transferências correntes, compondo a base de cálculo daReceita Corrente Líquida (RCL). Como se trata de recursos de alta volatilidade e denatureza transitória, a planilha em destaque (1ª simulação) aponta quais seriam ospercentuais de despesa total com pessoal, por poder e órgão, considerando ahipótese de redução gradual desse tipo de receita de compensação financeira,acrescido do aporte de recursos para cobertura do déficit financeiro do RegimePróprio de Previdência Social (RPPS), na proporcionalidade da regra de transição(incidência de 15% nos meses de julho a dezembro de 2019 e de 25% de janeiro ajunho de 2020) estabelecida pela Instrução Normativa 041/2017.

Neste caso é possível observar que:• O Tribunal de Justiça atingiria o limite de alerta, ainda que não houvesse qualquer

redução na receita de compensação financeira (royalties); o limite prudencial, nahipótese de uma redução mínima de 40%, e ultrapassaria o limite legal, nahipótese de uma redução mínima de 75% na referida receita;

• O Ministério Público atingiria o limite de alerta, na hipótese de uma reduçãomínima na receita de compensação financeira (royalties) de 40%; o limiteprudencial, na hipótese de uma redução mínima de 55%, e ultrapassaria o limitelegal, na hipótese de uma redução de 80% na referida receita;

• O Ente (Consolidado) atingiria o limite de alerta, na hipótese de uma reduçãomínima na receita de compensação financeira (royalties) de 55% e o limiteprudencial, na hipótese de uma redução mínima de 90%.

• O Poder Executivo atingiria o limite de alerta, na hipótese de uma redução de 75%na receita de compensação financeira (royalties) ;

• A Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas, mesmo na hipótese de reduçãointegral (100%) da receita de compensação financeira (royalties), permaneceriamcom percentuais de despesa com pessoal abaixo dos limites estabelecidos.

Tabela 03 | fonte: Sigefes

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Cenários do percentual da despesa com pessoal considerando redução dos royalties – junho de 2020

Redução dos Royalties

(Cenários)

Ente(Consolidado)

Executivo TJ MP Ales TC

0%50,468% 39,874%

5,434%limite de alerta 1,794% 1,072% 0,781%

-40%53,212% 42,042%

5,729%limite prudencial

1,891%limite de alerta 1,130% 0,823%

-55% 54,319%limite de alerta 42,917%

5,849%limite prudencial

1,931%limite prudencial 1,154% 0,840%

-75%55,870%

limite de alerta44,142%

limite de alerta6,016%

limite legal1,986%

limite prudencial 1,187% 0,864%

-80%56,271%

limite de alerta44,459%

limite de alerta6,059%

limite legal2,000%

limite legal 1,195% 0,871%

-90%57,092%

limite prudencial45,107%

limite de alerta6,147%

limite legal2,029%

limite legal 1,213% 0,883%

-100%57,936%

limite prudencial45,775%

limite de alerta6,238%

limite legal2,059%

limite legal 1,231% 0,896%

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Painel de Controle - TCEES

cenários da despesa com pessoal

28

Considerando redução dos royalties + aporte de 25%Royalties em conjugação com o cômputo do aporte de 25%, percentual mínimo a prevalecer nos doze meses de 2020. Esta 2ª simulação considera a hipótese de redução gradual da receita

de compensação financeira (Royalties) em conjugação com o cômputodo aporte de recursos para cobertura do déficit financeiro do RegimePróprio de Previdência Social (RPPS), na proporcionalidade da regra detransição (incidência de 25%, percentual mínimo a prevalecer nos dozemeses de 2020) estabelecida pela Instrução Normativa 041/2017.

Neste caso é possível observar que:• O Tribunal de Justiça atingiria o limite de alerta, ainda que não

houvesse qualquer redução na receita de compensação financeira(royalties), o limite prudencial, na hipótese de uma redução mínimade 30% nas referidas receitas, e ultrapassaria o limite legal, nahipótese de uma redução mínima de 70%;

• O Ministério Público atingiria o limite de alerta, ainda que nãohouvesse qualquer redução na receita de compensação financeira(royalties), e o limite prudencial, na hipótese de redução mínima de40% da referida receita de compensação financeira, e ultrapassaria olimite legal, na hipótese de uma redução de 75% na referida receita;

• O Ente (Consolidado) atingiria o limite de alerta, com uma reduçãomínima na receita de compensação financeira de 55% e o limiteprudencial, na hipótese de uma redução mínima de 90%.

• O Poder Executivo atingiria o limite de alerta, na hipótese de umaredução mínima na receita de compensação financeira (royalties) de75%;

• A Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas, mesmo nahipótese de redução integral (100%) da receita de compensaçãofinanceira (royalties), permaneceriam com percentuais de despesacom pessoal abaixo dos limites estabelecidos.

Tabela 04 | fonte: Sigefes | Nota: O Ente (Consolidado) e o Poder Executivo já computam integralmente o aporte para o déficit financeiro do RPPS

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Cenários do percentual da despesa com pessoal considerando redução dos royalties + aporte de 25% - junho de 2020

Redução dos Royalties

(Cenários)

Ente(Consolidado)

Executivo TJ MP Ales TC

0%50,468% 39,874%

5,488%limite de alerta

1,809%limite de alerta 1,084% 0,791%

-30%52,498% 41,478%

5,708%limite prudencial

1,882%limite de alerta 1,128% 0,823%

-40%53,212% 42,042%

5,786%limite prudencial

1,907%limite prudencial 1,143% 0,834%

-55%54,319%

limite de alerta 42,917%5,906%

limite prudencial1,947%

limite prudencial 1,167% 0,851%

-70%55,474%

limite de alerta 43,829%6,032%

limite legal1,989%

limite prudencial 1,192% 0,870%

-75%55,870%

limite de alerta44,142%

limite de alerta6,075%

limite legal2,003%

limite legal 1,200% 0,876%

-90%57,092%

limite prudencial45,107%

limite de alerta6,208%

limite legal2,047%

limite legal 1,227% 0,895%

-100%57,936%

limite prudencial45,775%

limite de alerta6,300%

limite legal2,077%

limite legal 1,245% 0,908%

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Painel de Controle - TCEES

cenários da despesa com pessoal

29

Considerando redução dos royalties + aporte integral

Royalties em conjugação com o cômputo integral (100%) do aporte, percentual a prevalecer no exercício de 2025. Esta 3ª simulação considera a hipótese de redução gradual dareceita de compensação financeira (royalties) em conjugação com ocômputo integral (100%) do aporte de recursos para cobertura dodéficit financeiro do RPPS dos respectivos Poderes e Órgãos,situação prevista para ocorrer a partir de 2025, de acordo com aregra de transição estabelecida pela Instrução Normativa 041/2017,que ora se antecipa.

Neste caso é possível observar que:• O Tribunal de Justiça ultrapassaria o limite legal de despesa com

pessoal, ainda que não houvesse redução de receita decompensação financeira (royalties);

• O Ministério Público ultrapassaria o limite legal de despesa compessoal, ainda que não houvesse redução de receita decompensação financeira (royalties);

• O Ente (Consolidado) atingiria o limite de alerta, na hipótese deuma redução mínima na receita de compensação financeira de55% e o limite prudencial, na hipótese de uma redução mínimade 90%.

• O Poder Executivo atingiria o limite de alerta, na hipótese de umaredução mínima na receita de compensação financeira (royalties)de 75%;

• A Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas, mesmo nahipótese de redução integral (100%) da receita de compensaçãofinanceira (royalties), permaneceriam com percentuais dedespesa com pessoal abaixo dos limites estabelecidos.

Tabela 05 | fonte: Sigefes | Nota: O Ente (Consolidado) e o Poder Executivo já computam integralmente o aporte para o déficit financeiro do RPPS

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Cenários do percentual da despesa com pessoal considerando redução dos royalties + aporte integral – junho de 2020

Redução dos Royalties (Cenários)

Ente(Consolidado)

Executivo TJ MP Ales TC

0%50,468% 39,874%

6,371%limite legal

2,026%limite legal 1,256% 0,941%

-55% 54,319%limite de alerta 42,917%

6,857%limite legal

2,180%limite legal 1,352% 1,013%

-75% 55,870%limite de alerta

44,142%limite de alerta

7,053%limite legal

2,242%limite legal 1,390% 1,042%

-90% 57,092%limite prudencial

45,107%limite de alerta

7,207%limite legal

2,291%limite legal 1,421% 1,065%

-100% 57,936%limite prudencial

45,775%limite de alerta

7,314%limite legal

2,325%limite legal 1,442% 1,081%

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Painel de Controle - TCEES

aplicação de recursos em manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE)

30

A verificação quanto ao cumprimento do limite mínimo deaplicação dos recursos em manutenção e desenvolvimento doensino (MDE), no montante de 25% das receitas resultantes deimpostos, incluídas as transferências constitucionais é anual.

Contudo, apenas para fins de acompanhamento, o gráfico 22,destaca os valores e respectivos percentuais, relativos ao acu-mulado de recursos aplicados no Ensino até o mês de refe-rência.

Nesse caso, observa-se que o Estado aplicou até junho omontante de R$ 1.461,32 milhões no Ensino, o que correspon-deu a 26,71% das receitas resultantes de impostos, incluídasas transferências constitucionais.

O gráfico 22A apresenta a evolução histórica da aplicação emmanutenção e desenvolvimento do ensino, realizada peloEstado nos últimos dez anos.

Em análise aos dados do período de 2010 a 2019, observa-seuma redução na aplicação entre os exercícios de 2010 e 2016,com exceção do exercício de 2014, no qual foi verificado umacréscimo em relação ao biênio anterior. Nos exercícios de2017 e 2018, observaram-se sucessivos acréscimos, contudo,em 2019, houve redução no percentual de aplicação. Éimportante destacar que no período apresentado na amostra(últimos dez anos), sempre houve o cumprimento aopercentual mínimo exigido constitucionalmente.

Gráfico 22 | fonte: CidadES

Gráfico 22A | fonte: Relatórios de prestação de contas do governador

Gestão fiscal |

Nota: Índice de correção utilizado para atualizar os valores apresentados nos gráficos com evolução histórica - IPCA/IBGE.

Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

23,06%

23,37%

25,59%26,02%

26,54% 26,71%

243,71

473,69

752,21

1.005,91

1.224,25

1.461,32

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1.000,00

1.200,00

1.400,00

1.600,00

jan/20 até fev/20 até mar/20 até abr/20 até mai/20 até jun/20

20,00%

22,00%

24,00%

26,00%

28,00%

30,00%

Aplicação de recursos no ensinoacumulado até junho/20

(em R$ milhões e % da receita)

Aplicação %

Montante aplicado

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

3.000,00

3.500,00

4.000,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Evolução da aplicação de recursos em MDE(últimos 10 anos - em R$ milhões e % da receita)

Valor aplicado em educação (corrigido pelo IPCA)

Aplicação %

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Painel de Controle - TCEES

aplicação de recursos na remuneração dos profissionais do magistério

31

Assim como ocorre com a aplicação dos recursos na manutenção edesenvolvimento do ensino, a verificação quanto ao cumprimento deaplicação do limite mínimo de 60% dos recursos recebidos peloEstado relativos ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento daEducação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação –FUNDEB, na remuneração dos profissionais do magistério daeducação básica em efetivo exercício, também se dá anualmente.

Contudo, apenas para fins de acompanhamento, o gráfico 23 destacaos valores e respectivos percentuais, relativos ao acumulado derecursos aplicados na remuneração dos profissionais do magistério daeducação básica até o mês de referência. Neste caso, observa-se queaté junho de 2020, o Estado aplicou R$ 299,42 milhões naremuneração dos profissionais do Magistério da Educação Básica,correspondente a 61,60% dos recursos relativos ao Fundeb.

O gráfico 23A apresenta a evolução histórica da aplicação de recursosna remuneração dos profissionais do magistério realizada peloGoverno do Estado nos últimos dez anos.

Em análise aos dados do período de 2010 a 2017, observa-se, comexceções pontuais, uma redução em termos nominais e reais quantoà aplicação desses recursos. Nos exercícios de 2018 e 2019,comparativamente ao exercício de 2017, constata-se um acréscimodas aplicações em remuneração dos profissionais do Magistério daEducação Básica. É importante destacar que no período apresentadona amostra (últimos dez anos), sempre houve o cumprimento aopercentual mínimo exigido constitucionalmente.

Gráfico 23A | fonte: Relatórios de prestação de contas do governador

Gestão fiscal |

Nota: Índice de correção utilizado para atualizar os valores apresentados nos gráficos com evolução histórica - IPCA/IBGE.

Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Gráfico 23 | fonte: CidadES

0,00%10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%60,00%70,00%80,00%90,00%100,00%

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Aplicação de recursos na remuneração dos profissionais do magistério (60%)(em R$ milhões e % da receita do Fundeb)

Valor aplicado (corrigido pelo IPCA)

Aplicação %

44,10

94,19

148,39

199,53

249,27

299,42

51,58%

53,59%56,58%

58,64%60,90% 61,60%

45,00%

50,00%

55,00%

60,00%

65,00%

70,00%

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

jan/20 até fev/20 até mar/20 até abr/20 até mai/20 até jun/20

Aplicação de recursos no magistério - acumulado até junho/20(em R$ milhões e % da receita do Fundeb)

Montante aplicado

Aplicação %

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Painel de Controle - TCEES

aplicação de recursos em ações de serviços públicos de saúde

32

A verificação quanto ao cumprimento do limite mínimo de aplicaçãodos 12% das receitas resultantes de impostos, incluídas as transferên-cias constitucionais, em ações e serviços públicos de Saúde é anual.

No entanto, apenas para fins de acompanhamento, o gráfico 24apresenta os valores e respectivos percentuais, relativos ao acumu-lado de recursos aplicados em ações e serviços públicos de saúde atéo mês de referência. Neste caso, observa-se que o Estado aplicou R$845,65 milhões em Saúde, correspondente a 15,45% das receitasresultantes de impostos, incluídas as transferências constitucionais.

O gráfico 24A mostra a evolução histórica da aplicação em ações eserviços públicos de Saúde pelo Governo do Estado nos últimos dezanos.

Em análise aos dados do período de 2010 a 2014, observa-se umacontínua evolução nos montantes de aplicação (valores corrigidospelo IPCA), contudo, no biênio 2015/2016, constata-se que os mon-tantes aplicados decresceram em comparação ao exercício de 2014,interrompendo a tendência anteriormente verificada. No biênio se-guinte (2017/2018), observa-se, novamente, um incremento das apli-cações de recursos em Saúde, contudo, em 2019, o montante apli-cado (corrigido pelo IPCA) decresceu 1,56% quando comparado aoexercício anterior. É importante destacar que no período apresentadona amostra (últimos dez anos), sempre houve o cumprimento aopercentual mínimo exigido constitucionalmente.

Gráfico 24Fonte: CidadES

Gráfico 24A | fonte: Relatórios de prestação de contas do governador

Gestão fiscal |

Nota: Índice de correção utilizado para atualizar os valores apresentados nos gráficos com evolução histórica - IPCA/IBGE.

Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

0,00%5,00%10,00%15,00%20,00%25,00%30,00%35,00%40,00%45,00%50,00%

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Aplicação em saúde(últimos 10 anos - em R$ milhões e % da receita)

Valor aplicado em saúde (corrigido pelo IPCA)

Aplicação %

102,12

264,75

449,50

657,43 661,31

845,65

9,66%

13,06%15,29% 17,00%

14,34% 15,45%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

45,00%

50,00%

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

800,00

900,00

jan/20 até fev/20 até mar/20 até abr/20 até mai/20 até jun/20

Acompanhamento da aplicação em saúdeacumulado até junho/20

(em R$ milhões e % da receita)

Valor aplicado em saúde

Aplicação %

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Painel de Controle - TCEES

resultado primário e nominal X meta da LDO

33

O Resultado Primário é conceituado pela diferença entre Receitas Primárias eDespesas Primárias do Estado. Em caso de diferença positiva, tem-se um superávitprimário; caso a diferença seja negativa, tem-se um déficit primário.

As Receitas Primárias correspondem às receitas orçamentárias que efetivamentediminuam o montante da Dívida Consolidada Líquida, ou seja, que aumentem asdisponibilidades de caixa do ente sem um equivalente aumento no montante desua dívida consolidada.

As despesas primárias correspondem às despesas orçamentárias que diminuam oestoque das disponibilidades de caixa e haveres financeiros, sem uma contrapartidaem forma de diminuição equivalente no estoque da dívida consolidada.

Superávits primários representam esforço fiscal no sentido de diminuição da DívidaConsolidada Líquida. Em contrapartida, déficits primários têm como implicação oaumento da Dívida Consolidada Líquida.

O Resultado Nominal representa a variação da Dívida Consolidada Líquidaem dado período e pode ser obtido a partir do Resultado Primário por meioda soma da conta de juros (juros ativos menos juros passivos).

Até o mês junho/2020, observou-se um Resultado Primário superavitáriode R$ 591.416.703,51, apresentando desempenho dentro do parâmetroestabelecido para o ano no Anexo de Metas Fiscais da LDO 2020.

Quanto ao Resultado Nominal, observou-se que o resultado acumulado atémaio de 2020 foi superavitário em R$ 841.628.709,53, indicando umadiminuição da Dívida Consolidada Líquida, estando dentro do parâmetroestabelecido para o ano no Anexo de Metas Fiscais da LDO 2020.

Gráfico 25 | fonte: CidadES

Gráfico 25A | fonte: CidadES

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

-646,21

591,42

Resultado primário (em R$ milhões) Meta anual

Realizado até junho/20

-922,59

841,63

Resultado nominal (em R$ milhões) Meta anualRealizado até junho/20

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Painel de Controle - TCEES

dívida consolidada líquida (DCL) - limites

34

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Evolução histórica – apuração quadrimestral

5,00%10,00%15,00%20,00%25,00%30,00%35,00%40,00%45,00%50,00%

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

1Q-16 2Q-16 3Q16 1Q-17 2Q-17 3Q-17 1Q-18 2Q-18 3Q-18 1Q-19 2Q-19 3Q-19 1Q-20

Dívida Consolidada Líquida - DCL(em R$ milhões e % da RCL)

Valor (atualizado IPCA*)

% da RCL

Gráfico 25B | fonte: CidadES

A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF elegeu ocontrole do endividamento público como um dosprincipais focos de uma gestão fiscal responsável eadotou a Receita Corrente Líquida – RCL comoparâmetro para aferição dos seus limites. Em regra,os limites do endividamento são apurados ao finalde cada quadrimestre.

Segue em destaque uma série histórica desde 2016dos resultados apurados da Dívida ConsolidadaLíquida, Operações de Crédito e GarantiasConcedidas.

Dívida Consolidada Líquida - DCL

A Dívida Pública, de uma forma geral, consiste na dívida contraída pelos governos para o financiamento do seu déficit orçamentário e para outras operaçõescom finalidades específicas, definidas em lei. A Dívida Consolidada Líquida é apurada descontando-se da Dívida Consolidada Bruta a disponibilidade de caixa eos demais haveres financeiros. O limite de endividamento definido para os estados é de 200% da RCL, apurados a cada quadrimestre.

A representação gráfica mostra que o Estado do Espírito Santo tem apresentado no período avaliado percentuais sempre abaixo desse limite legal, tendo nosegundo quadrimestre de 2018 o percentual mais baixo da série (9,45% da RCL), e o mais elevado, no terceiro quadrimestre de 2016 (26,41% da RCL).Seguindo a trajetória de baixa, o primeiro quadrimestre de 2020, comparativamente ao quadrimestre anterior, apontou um percentual ainda menor, ou seja,13,46% da RCL, equivalendo a R$2,04 bilhões.

Nota: Somente os valores de 2016 a 2019 foram atualizados pelo IPCA.

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Painel de Controle - TCEES

operações de crédito e garantias concedidas

35

Gestão fiscal | Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Evolução histórica – apuração quadrimestral

2733

43 4347

52 51 53 55 53 55 55 52

0,00%

0,20%

0,40%

0,60%

0,80%

1,00%

1,20%

1,40%

0

10

20

30

40

50

60

70

1Q-16 2Q-16 3Q16 1Q-17 2Q-17 3Q-17 1Q-18 2Q-18 3Q-18 1Q-19 2Q-19 3Q-19 1Q-20

Garantias Concedidas(em R$ milhões e % da RCL)

Valor (atualizado IPCA*) % da RCL

Gráfico 25D | fonte: CidadES

Gráfico 25C | fonte: CidadES

0,68%

2,13%

2,49%

0,20%0,44%

0,73%

0,19% 0,19%0,45%

0,97%

1,44%

2,18%

0,86%

96

296

350

2661

99

26 27

66

143

220

361

130

2122232425262728292102112122132142152162172182192202212222232242252262272282292302312322332342352362372382

0,00%

0,50%

1,00%

1,50%

2,00%

2,50%

3,00%

1Q-16 2Q-16 3Q16 1Q-17 2Q-17 3Q-17 1Q-18 2Q-18 3Q-18 1Q-19 2Q-19 3Q-19 1Q-20

Operações de Crédito(em R$ milhões e % da RCL)

% da RCL Valor (atualizado IPCA*)

Limites com Operações de Crédito e Garantias Concedidas

Segundo a LRF, Operação de Crédito é o compromisso financeiroassumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceitede título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado devalores provenientes da venda a termo de bens e serviços,arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusivecom o uso de derivativos financeiros. Por outro lado, Garantia é ocompromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratualassumida pelo ente da Federação por ocasião da realização deoperações de crédito (por exemplo, fianças e avais concedidos).

As representações gráficas demonstram que assim como ocorrecom a Dívida Consolidada Líquida, as Operações de Crédito eGarantias Concedidas também apresentam percentuais abaixo deseus respectivos limites legais.

No período em destaque o percentual mais elevado de OperaçõesCrédito ocorreu no terceiro quadrimestre de 2016 (2,49% da RCL),enquanto que 0,38% da RCL, foi o maior percentual alcançado pelasGarantias Concedidas, atingido no terceiro quadrimestre de 2017 eprimeiro e segundo quadrimestre de 2018. Em 2020, ressalta-se aqueda observada no percentual das Operações de Crédito, que saiude 2,18% da RCL, ao final de 2019, para 0,86% da RCL, ao final doprimeiro quadrimestre deste ano.

Nota: Operações de Crédito - limite de 16% da RCL - art. 30, § 3º, da LRF c/c o artigo 7º, incisoI, da Resolução 43/2001do Senado Federal; e Garantias e Contragarantias – limite de 22% daRCL - art. 40, caput e § 1º, da LRF c/c o artigo 9º,da Resolução 43/2001 do Senado Federal.

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Gestão previdenciária |

Painel de Controle - TCEES

resultado previdenciário – acumulado até junho de 2020

36

Gráfico 26 Fonte: Sigefes

Gráfico 26AFonte: Sigefes

Com o advento da LC nº 282/2004, foram criados osFundos Financeiro e Previdenciário que sedestinam, respectivamente, ao pagamento dosbenefícios previdenciários aos servidores quetenham ingressado no serviço público estadual eaos aposentados e pensionistas que já recebambenefícios previdenciários do Estado, até a data depublicação da referida Lei, e ao pagamento dosbenefícios previdenciários aos servidores titularesde cargo efetivo que ingressaram ou que venham aingressar no serviço público estadual a partir dapublicação dessa lei.

Além disso, por meio da recente Lei Complementar943 de 16/03/2020, foi criado o Fundo de ProteçãoSocial dos Militares – FPS*.

Os gráficos destacam que em função do grandevolume de despesas previdenciárias frente àsreceitas auferidas até o mês de maio/2020, o FundoFinanceiro apresentou um resultado deficitário deR$ 1.075.293.828,88 e o Fundo de Proteção Socialdos Militares apresentou um resultado deficitáriode R$ 216.998.697,19. Por outro lado, o FundoPrevidenciário alcançou um superávit de R$201.330.244,09.

Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Gráfico 26B Fonte: Sigefes

*Nota 2: Fundo de Proteção Social dos Militares - FPS, criado pela Lei Complementar 943/2020, de 16/03/2020.

201.330.244,09

39.316.051,59

240.646.295,68

Resultado(superavit)

Despesas

Receitas

Fundo previdenciário

-1.075.293.828,88

1.263.444.408,86

188.150.579,98

Resultado(déficit)

Despesas

Receitas

Fundo financeiro

-216.998.697,19

261.091.562,03

44.092.864,84

Resultado(déficit)

Despesas

Receitas

Fundo de Proteção Social dos Militares

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Gestão previdenciária |

Painel de Controle - TCEES

saldo das aplicações financeiras dos Fundos

37

O Estado por meio dos Fundos Financeiros ePrevidenciário realizou aplicações financeiras nomercado, que resultaram nos seguintes saldos:

• Fundo de Prot. Social Militares: R$ 35.450.128,58

• Fundo Financeiro R$ 95.225.248,24

• Fundo Previdenciário R$ 4.746.249.800,49

Gráfico 27 | fonte: Sigefes

Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

4.746,25

95,23

35,45

FundoPrevidenciário

Fundo Financeiro

Fundo de ProteçãoSocial dos Militares

Aplicações financeiras dos fundos até junho de 2020 (em R$ milhões)

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2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Resultado atuarial do Fundo Previdenciário (superávit)(atualizado pelo IPCA - em R$ milhões)

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Resultado Atuarial do Fundo Financeiro (déficit)(atualizado pelo IPCA - em R$ milhões)

Gestão previdenciária |

Painel de Controle - TCEES

avaliação atuarial – evolução anual do resultado

38

A avaliação atuarial constitui-se em estudotécnico desenvolvido pelo atuário, baseadonas características biométricas, demográ-ficas e econômicas da população analisada,com o objetivo principal de estabelecer, deforma suficiente e adequada, os recursosnecessários para a garantia dos pagamen-tos dos benefícios previstos pelo plano.

O mais recente relatório de avaliaçãoatuarial de 24/03/2020 (data da avaliação:31/12/2019, data-base do cadastro:30/09/2019), disponibilizado ao TCEES,registra déficit no Fundo Financeiro daordem de R$ 37.385.690.221,56, esuperávit no Fundo Previdenciário de R$1.232.182.681,00.

Observando a evolução anual do resultadoatuarial dos Fundos, verifica-se umaredução expressiva do déficit atuarial doFundo Financeiro, ocorrida principalmentepela taxa de juros real que passou de 0%,em 2018, para 5,86%, em 2019, permitidapela nova legislação previdenciária, contri-buindo para essa redução de 56,76% doresultado atuarial (gráfico 28).

Gráfico 28Fonte: Demonstrativos de Resultado da Avaliação Atuarial - DRAA dos exercícios de 2004 a 2014 e Avaliações Atuariais dos exercícios de 2015 a 2019.

Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Gráfico 28AFonte: Demonstrativos de Resultado da Avaliação Atuarial - DRAA dos exercícios de 2004 a 2014 e Avaliações Atuariais dos exercícios de 2015 a 2019.

Evolução (%) 24,01% 5,13% 894,66% 3,14% 12,45% 95,22% -8,16% -24,92% 43,13% 49,61% -2,86% 8,07% 7,56% -56,76%- -

Evolução (%) 257,53% -20,33% -79,51% 2664,57% 17,53% 74,46% 57,66% -39,90% 45,29% 56,96% 27,91% -27,92% 20,76% 2,46%-

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Panorama econômico

Painel de Controle - TCEES

Sumário

Junho de 2020

39Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos gerais

RESUMO1

O mês de junho apresentou resultados mais esclarecedores em relação aos efeitos da pandemia de Covid-19 no país e no mundo secomparado aos primeiros meses do ano. Os efeitos e os impactos da pandemia do Covid-19 sobre a economia capixaba, brasileira emundial se revelaram de forma mais clara à medida que a divulgação de novos dados mensais foram acontecendo. Os efeitospercebidos não são positivos.

Houve queda em todos os setores de atividades, no Brasil e no Espírito Santo. A queda da produção industrial ficou muito maisconcentrada em bens de capital e bens duráveis, sendo que esses últimos claramente responderam à forte redução de demandapor esses produtos refletida nos dados do varejo. O cenário do Ibre/FGV é de queda de 6,4% do PIB em 2020.

Panorama internacional

A medida que a velocidade e efeitos da evolução da pandemia de Covid-19 vão se tornando mais claros, o nível de incerteza dos agentes econômicos apresenta gradual redução. Os impactos da pandemia do Covid-19 sobre a economia capixaba, brasileira e mundial se revelaram de forma mais clara à medida que a divulgação de novos dados mensais foram acontecendo. Até aqui, os efeitos percebidos na economia continuam no terreno negativo.

1 - Fontes: Boletim Macro Ibre/FGV de junho/2020, Relatórios Focus de junho/2020, Boletim Econômico do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do EspíritoSanto (Ideies) de junho/2020, IBGE, Ata 231º do Copom, site do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal e Sigefes(Sistema Integrado de Gestão das Finanças Públicas do Espírito Santo.

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Panorama econômico Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Na União Europeia as fronteiras entre os países já foram quase totalmente reabertas. A França iniciou a reabertura de restaurantes e a volta às aulas (95 dias após o 25º caso), enquanto a Itália deu prosseguimento às suas flexibilizações com volta de praticamente todas as atividades (113 dias após o 25º caso). Um dos casos que recebeu mais destaque foi o da Nova Zelândia, que em 8 de junho (81 dias após o 25º caso) anunciou a erradicação da Covid-19 em seu território e avançou para a última fase do plano de reabertura, com retorno sem restrições ao trabalho, às escolas, aos locais públicos e às viagens domésticas.

No entanto, os movimentos de retomada das atividades já suscitam o reaparecimento de novos casos e o temor por novas ondas de contágios em alguns países. Na Europa, novos focos recentes fizeram os governos da Alemanha, da Bélgica e da Grécia determinarem novas quarentenas pontuais.

Os fortes estímulos monetários e fiscais iniciados em março têm contribuído para evitar uma recessão mais profunda e prolongada. Porém, o processo de recuperação será muito heterogêneo entre os países, refletindo tanto as variadas condições anteriores à crise como as diferentes formas pelas quais eles têm enfrentado a pandemia, em termos de saúde pública e volume de estímulos.

Na América Latina, na Índia e no Oriente Médio, a economia deverá seguir sofrendo com a pandemia, que ainda é bem preocupan-te. O número de novos casos de Covid-19 continua subindo, sem sinais de estabilização. Mesmo assim, o processo de flexibilização gradual das medidas de distanciamento social está em curso em vários países e o risco de reabertura prematura existe, podendo ser necessário um novo período de fechamento em algumas regiões. A economia brasileira está passando, com certa defasagem, pelo mesmo processo experimentado pelos países desenvolvidos.

Setor externo brasileiro

De janeiro a maio de 2020, as exportações brasileiras totalizaram US$ 84,5 bilhões e tiveram queda de -7,2% em relação aos cinco primeiros meses de 2019. As exportações de maio retraíram -12,9% em relação ao mesmo período de 2019. Este mês reforçou uma

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Panorama econômico Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

tendência observada para 2020 de crescimento das exportações brasileiras de commo-dities do setor agropecuário para a Ásia e de redução do volume de bens exportados para os outros mercados de destino.

As importações brasileiras de janeiro a maio caíram -2,5% em relação ao mesmo pe-ríodo do ano passado. A redução das importações em 2020 foi menor do que a obser-vada para as exportações (-7,2%), o que pressionou negativamente o saldo da balança comercial, que apesar de positivo em US$ 15,6 bilhões, registrou queda de -23,3% em relação ao acumulado de janeiro a maio de 2019.

Segundo o Ideies, tem contribuído para esses resultados as incertezas no cenário exter-no que estão contraindo o comércio mundial e a forte desvalorização do real.

Setor externo capixaba

No Espírito Santo, as exportações em maio alcançaram US$ 398,0 milhões, o que repre-senta uma queda de -32,6% em relação ao mesmo mês de 2019.

O valor das exportações no acumulado de janeiro a maio passou de US$ 3,0 bilhões em 2019 para US$ 2,3 bilhões neste ano, redução de 24,5%. Mesmo com o aumento de 45,4% das exportações para a China nesse período, a queda de 15,8% para os Estados Unidos e as reduções em outros mercados de destino tiveram um impacto significativo no valor total.

As importações do Espírito Santo em maio somaram US$ 764,0 milhões, aumento de 34,0% em relação ao mesmo mês de 2019. No acumulado de janeiro a maio de 2020, as importações tiveram uma alta de 13,2% em relação ao ano anterior, mesmo com uma redução significativa do volume (-26,5%).

Balança Comercial do Espírito Santo Valor (em bilhões de US$) acumulado de janeiro a maio

Gráfico 29 | fonte: Funcex e Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Elaboração: Ideies/ Findes

3,24

1,761,49

3,17

2,09

1,08

3,04

2,41

0,63

2,29

2,72

-0,43

Exportação Importação Saldo

2017

2018

2019

2020

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Panorama econômico Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Com esse aumento das importações e queda das exportações em maio, a deterioração do saldo da balança comercial do Espírito Santo no ano de 2020 alcançou um déficit de US$ 430,1 milhões.

A retração das exportações capixabas em 2020 é resultado de quedas em todos os grupos de produtos. O minério de ferro, principal produto da pauta, teve uma forte contração do valor (-40,8%). Os óleos brutos de petróleo acumulam queda de -49,4%. O café, apesar do aumento do volume exportado, registrou queda de -5,9% no valor.

ATIVIDADE ECONÔMICANo Brasil, as medidas financeiras de enfrentamento à pandemia mostram que até ju-nho a União desembolsou 43,5% do total de R$ 404,18 bilhões que deverão ser destina-dos ao combate da doença e aos seus impactos econômicos. Segundo o monitoramen-to do Tesouro Nacional2 os principais dispêndios se deram com o Auxílio Emergencial (R$ 95,53 bilhões), com o auxílio a estados e municípios (R$ 21,64 bilhões) e com a concessão de financiamento para pagamento de folha salarial das empresas (R$ 17,00 bilhões).

A última projeção Focus em 26/6/2019 para o PIB de 2020 fechou em -6,54%. Em 19/6/2020, a expectativa mais otimista para o PIB deste ano era de -3,83% e a mais pessimista era de -11,00%, enquanto a mediana era de -6.50%.

2 - Confira o monitoramento atualizado em: www.tesourotransparente.gov.br/visualizacao/painel-de-monitoramentos-dos-gastos-com-covid-19.

Gráfico 30 | fonte: Bacen – Relatório Focus. Elaboração: Ideies/Findes

*A linha azul representa a mediana agregada das projeções do Focus, enquanto a área hachurada representa valores máximos e mínimos

Projeção PIB/2020 – Variação (%) anual*

-6,50

-12,0

-10,0

-8,0

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

02/0

1/20

1914

/01/

2019

24/0

1/20

1905

/02/

2019

15/0

2/20

1927

/02/

2019

13/0

3/20

1925

/03/

2019

04/0

4/20

1916

/04/

2019

29/0

4/20

1910

/05/

2019

22/0

5/20

1903

/06/

2019

13/0

6/20

1926

/06/

2019

08/0

7/20

1918

/07/

2019

30/0

7/20

1909

/08/

2019

21/0

8/20

1902

/09/

2019

12/0

9/20

1924

/09/

2019

04/1

0/20

1916

/10/

2019

28/1

0/20

1907

/11/

2019

20/1

1/20

1902

/12/

2019

12/1

2/20

1924

/12/

2019

07/0

1/20

2017

/01/

2020

29/0

1/20

2010

/02/

2020

20/0

2/20

2005

/03/

2020

17/0

3/20

2026

/03/

2020

07/0

4/20

2020

/04/

2020

04/0

5/20

2014

/05/

2020

26/0

5/20

2005

/06/

2020

18/0

6/20

20

-3,83

-11,00

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Panorama econômico Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

O índice de atividade econômica, mensurado pelo IBC-BR do Banco Central, registrou forte queda mensal de -9,7% no país entre março e abril, primeiro mês em que os efei-tos econômicos da pandemia de Covid-19 foram sentidos por completo. Na compara-ção contra abril de 2019 a queda foi de -15,1% e no acumulado em 12 meses a atividade econômica brasileira, medida pelo indicador, tem alta de 0,52%.

No Espírito Santo, o IBCR-ES também apresentou resultados negativos em todas as com-parações. Houve queda mensal de 6,8% na passagem de março para abril e de 11,6% na comparação contra abril de 2019. Nos quatro primeiros meses de 2020 a queda do indicador foi de 4,9%, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Já no acumulado em 12 meses, a atividade econômica capixaba apresentou recuo de 3,4%.

Segundo o Ideies, o impacto na economia no mês de abril se deu em todos os setores produtivos e de maneira muito significativa, tanto no Brasil quanto no Espírito Santo. Segundo as pesquisas mensais do IBGE, a indústria, o comércio e os serviços tiveram resultados negativos no país e no estado nas comparações de abril de 2020 contra o mês anterior e contra abril de 2019. O resultado acumulado nos quatro primeiros me-ses do ano também é negativo em todos os setores, em relação ao mesmo período do ano passado.

Indicadores Econômicos (variações %)

Tabela 06 | fonte: IBGE e Banco Central do Brasil. Elaboração: Ideies/Findes.

1 - Valores com ajuste sazonal.

2 - Comércio Varejista Ampliado, que abrange os segmentos Veículos, Motos e Peças; Material para Construção e Varejo Registro

Indicadores MensaisAbr 2020

Mar 2020¹Abr 2020Abr 2020

Acumulada no ano

Acumulada em 12 meses

Índice de atividade econômica (IBC-BR) -9,7 -15,1 -4,2 -0,5Índice de atividade econômica regional ES -6,8 -11,6 -4,9 -3,4Produção Física da Indústria (PIM-PF) Brasil -18,8 -27,2 -8,2 -2,9Produção Física da Indústria (PIM-PF) ES -16,7 -23,9 -15,9 -17,6Volume de vendas do comércio (PMC) Brasil -16,8 -16,8 -3,0 0,7Volume de vendas do comércio (PMC) ES -17,9 -17,8 -2,9 1,3Volume de vendas do comércio varejista ampliado² - Brasil -17,5 -27,1 -6,9 0,8

Volume de vendas do comércio varejista ampliado² - ES -23,4 -28,0 -3,8 1,9

Volume de vendas de serviço (PMS) - Brasil -11,7 -17,2 -4,5 -0,6Volume de vendas de serviço (PMS) - ES -4,4 -14,3 -5,3 0,5

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Panorama econômico Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Indicadores de atividade econômica – 1º trimestre 2020

PIB trimestral – Variação (%) contra trimestre anterior (com ajuste sazonal)

Os dados referentes a abril confirmaram as expectativas por um aumento dos impactos da pandemia que já haviam sido mostrados no resultado do PIB brasileiro do primeiro trimestre. Divulgado no fim de maio, o PIB do país teve queda de -1,5% em comparação ao último trimestre de 2019.

Para o Espírito Santo foi divulgado em 4 de junho o cálculo da estimativa da atividade econômica do Estado no primeiro trimestre, mensurado pelo IAE-Findes3, que apresen-tou queda de 0,8% na comparação contra o trimestre anterior.

Já na comparação contra o primeiro trimestre de 2019 o desempenho capixaba foi infe-rior ao do Brasil, com quedas de -2,0% e de -0,3%, respectivamente. No acumulado dos últimos quatro trimestres, o estado apresenta uma retração de -2,6% na sua atividade econômica, enquanto no país o PIB ainda acumula um crescimento de 0,9%.

Na comparação de abril de 2020 contra o mesmo mês de 2019, a produção da indús-tria nacional retraiu -27,2%, recorde de queda na série histórica na variação mês com o mesmo mês do ano anterior. Todas as categorias econômicas registraram redução de produção, destacando-se a retração de -85,0% nos bens de consumo duráveis e de -52,5% nos bens de capital.

Ao todo, 22 dos 26 ramos pesquisados sofreram redução na variação interanual no país. Com destaque para: veículos automotores, reboques e carrocerias (-92,1%); máquinas e equipamentos (-41,3%); bebidas (-50,7%); e confecção de artigos do vestuário e aces-sórios (-64,9%).

3 - O IAE-Findes é um Indicador de Atividade Econômica do Espírito Santo, que busca reproduzir os cálculos sobre a atividade econômica do estado a partir das metodologias do IBGE para o PIB oficial. O IAE-Findes consiste em uma estimativa trimestral, com abertura setorial, da evolução do PIB capixaba para o período analisado.

Gráfico 31 | fonte: IBGE; Ideies/ Findes. Elaboração: Ideies/ Findes

Tabela 07| fonte: Ideies/Findes e IBGE. Elaboração: Ideies/Findes

*Valores com ajuste sazonal

Indicadores Trimestrais

1º trim. 20204º trim. 2019 ¹

1º trim. 20201º trim. 2019

Últimos 4 trim. 4 trim. anteriores

Acumulada ao longo do ano

IAE-Findes (%) -0,8 -2,0 -2,6 -2,0PIB Brasil (%) -1,5 -0,3 0,9 -0,3

0,2

1,9

-0,8

-1,3

0,4

3,3

-1,2

-1,4

-0,5 -0,4

-1,0

0,3

-0,8

1,7

0,5

0,0 0,

2

0,8

0,1

0,4

-0,1

0,2

0,5

0,5

0,4

-1,5

2017.I II III IV 2018.I II III IV 2019.I II III IV 2020.I

IAE-Findes PIB BR

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Panorama econômico Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Na passagem de março para a abril, a indústria nacional retraiu -18,8%, menor variação percentual mês contra mês imediatamente anterior desde o início da série histórica em 2002.

No Espírito Santo, a indústria na passagem de março para abril de 2020 retraiu -16,7%, 7º maior recuo entre as localidades pesqui-sadas. Com esse resultado, o índice da produção industrial do estado atingiu o menor patamar da série história da PIM-PF iniciada em 2002. Segundo o Ideies, a indústria capixaba já estava em uma trajetória de declínio desde 2019, registrando alguns meses de crescimento pontual. A crise provocada pelo Covid-19 aprofundou ainda mais a redução da produção nesse setor.

Na relação abril de 2020 contra abril de 2019, a produção da indústria geral no Espírito Santo caiu -23,9%, 16º queda consecutiva nessa base de comparação interanual.

De acordo com o Ideies, além das medidas de distanciamento social adotados no estado, 4 das 5 atividades pesquisadas pela PIM-PF no estado4 tiveram seu desempenho influenciado pela demanda mundial por commodities. Isso ocorre porque parte relevante da produção industrial capixaba está direcionada ao mercado externo.

Nessa base de comparação, a indústria extrativa retraiu -20,8%, puxada pela menor produção de minério de ferro pelotizado, óleos brutos de petróleo e gás natural. A produção dessas commodities foram impactadas pela queda da demanda mundial, o que refletiu nos preços internacionais desses produtos em abril. A indústria de transformação caiu -26,3% na relação de abril deste ano com o mesmo mês de 2019. Entre as atividades desse setor, apenas a fabricação de celulose, papel e produtos de papel registrou cresci-mento de 11,5%.

A maior queda interanual ocorreu na metalurgia (-36,0%), resultado que já traz os impactos da redução da operação no alto-forno nº 3 da planta Tubarão da ArcelorMittal no Espírito Santo. A perda de dinamismo nessa atividade está relacionada com a contração na demanda mundial por aço, reflexo dos impactos do Covid-19.

O Ibre/FGV espera uma recuperação muito gradual no segundo semestre, o que deve levar a uma queda do PIB de 6,4% no ano, com efeitos devastadores no mercado de trabalho, com aumento expressivo da taxa de desemprego (18,7% na média do ano) e redução

4 - A exceção é a fabricação de produtos alimentícios que tem a maior parte da produção voltada para o abastecimento do mercado doméstico.

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Panorama econômico Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

sem precedentes da massa ampliada de rendimentos (contração de 9%), já considerando todas as políticas adotadas para amenizar a queda de renda das famílias brasileiras.

Chama atenção a heterogeneidade do choque atual entre as atividades de cada setor. A queda da produção industrial ficou muito mais concentrada em bens de capital e bens duráveis, que claramente responderam à forte redução de demanda por esses produtos refletida nos resultados do varejo. Vestuário, móveis, eletrodomésticos e veículos lideraram a queda nas vendas. No lado dos servi-ços, destaca-se a segunda queda consecutiva muito intensa dos serviços prestados às famílias, cuja participação no PIB é considera-velmente maior do que na pesquisa mensal do IBGE.

Mercado de crédito

Dados do Banco Central (BC) mostram que, desde o início da pandemia, as concessões de crédito acumuladas por semana – da sema-na 11 à semana 23 (9 de março a 5 de junho de 2020), alcançaram R$ 617,7 bilhões, crescimento de 22,1% contra o mesmo período do ano anterior. As concessões para as empresas totalizaram R$ 441,1 bilhões e para as famílias R$ 176,6 bilhões, alta de 29,4% e 7%, respectivamente. Das concessões totais, 71,4% foram destinadas às empresas.

O mercado de crédito no Espírito Santo totalizou R$ 55,2 bilhões em abril, retração de 0,1% em comparação com março, devido à queda do crédito com famílias (-2,3%). A carteira de crédito com empresas alcançou R$ 24,0 bilhões, alta mensal de 2,8%.

Expectativas de empresários e consumidores

Depois de despencar para os menores níveis históricos em abril, os índices de confiança no pais subiram em maio e avançaram de forma mais expressiva na prévia de junho, puxados pela melhora das expectativas. Com os dados da prévia de junho, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) teria recuperado, no bimestre maio-junho, 60% das perdas observadas em março e abril, e o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), 43%. A recuperação ocorre a partir da melhora das expectativas que, assim como os índices agrega-dos, também avançaram de forma mais consistente entre as empresas que entre consumidores.

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Panorama econômico Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Na prévia de junho foi registrado também um aumento um pouco mais expressivo dos indicadores de situação atual (ISA) dos empresários e uma primeira alta do ISA dos consumidores. Esse resultado sinaliza que a flexibilização das medidas restritivas de isolamento em muitos estados pode estar contribuindo para uma melhora da percep-ção de empresas sobre o momento presente e reduzindo o pessimismo com relação à evolução dos negócios nos próximos meses, ainda que persista um quadro de grandes incertezas.

O nível de expectativa do empresário industrial sobre a economia, medido pelo ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) no Espírito Santo aumentou de 7,0 pon-tos na passagem de maio para junho, resultado um pouco melhor que o do Brasil (+6,5 pontos). Mas, apesar dessa melhora, ao permanecer abaixo da linha dos 50 pontos o indicador continua revelando um pessimismo dos industriais frente à economia e às expectativas para os próximos seis meses.

Mercado de trabalho

A análise dos dados recentes da PNAD Contínua e do Caged revelam grande impacto da pandemia sobre o mercado de trabalho. A taxa de desemprego da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do trimestre terminado em abril de 2020 registrou o nível de 12,6%, mantendo-se estável em relação ao mesmo trimestre móvel do ano anterior. No trimestre terminado em abril, a taxa de desocupação registrou pe-queno aumento em relação ao trimestre findo um mês antes, de 0,4 ponto percentual, mas a queda interanual da População Ocupada foi de 3,4% – chegando a 9,3% na PNAD Contínua mensalizada de abril. O Caged, por sua vez, registrou saldo negativo de mais de 1 milhão de empregos entre março e abril, levando o volume de empregos formais

Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), Espírito Santo e Brasil

Gráfico 32 | fonte: Findes/ Ideies, CNI. Elaboração: Ideies/ Findes

Índice: 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança dos empresários.

42,241,2

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun

2018 2019 2020

Espírito Santo Brasil Linha divisória

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Panorama econômico Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

no setor privado a um nível pior do que o do início da recuperação de 2018 – com nova queda projetada de 720 mil empregos em maio.

Inflação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,26% em junho, se-gundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Houve alta após dois me-ses de deflação (queda nos preços): - 0,31% em abril e - 0,38% em maio. Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, os maiores preços dos combustíveis e de alimentos, além de medicamentos, foram os principais responsáveis pela aceleração do IPCA.

O IPCA na Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) foi de +0,56% em junho na comparação com maio, acima da média nacional. As elevações mais expressivas ocor-reram nos grupos Artigos de residência (+2,30%) e Habitação (+1,58%).

Política Monetária

No mês de junho, a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) deliberou, por unanimidade, por uma redução de 0,75 p.p. na Selic, o que estabelece uma nova mínima histórica para a taxa básica de juros do país, aos 2,25% a.a. Em nota5, o Comitê ressaltou o cenário externo desafiador para economias emer-gentes, em razão dos efeitos da pandemia do Covid-19 sobre a desaceleração do cres-cimento global.

5 - Nota completa do Copom: https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/17095/nota.

Evolução da Selic, IPCA, acumulado de 12 meses de Juros Reais

Gráfico 33 | fonte: Banco Central do Brasil; IBGE; LCA. Elaboração: Ideies/Findes

2,25

0,04

1,88

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

jul/

17

ago/

17

set/

17

out/

17

nov/

17

dez/

17

jan/

18

fev/

18

mar

/18

abr/

18

mai

/18

jun/

18

jul/

18

ago/

18

set/

18

out/

18

nov/

18

dez/

18

jan/

19

fev/

19

mar

/19

abr/

19

mai

/19

jun/

19

jul/

19

ago/

19

set/

19

out/

19

nov/

19

dez/

19

jan/

20

fev/

20

mar

/20

abr/

20

mai

/20

jun/

20

Selic Juros reais IPCA acum. 12 meses

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49

Panorama econômico Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Para o cenário interno, o Copom apontou que a queda do PIB no primeiro trimestre foi a maior desde 2015, tendo refletido apenas os efeitos iniciais da pandemia, que deverão ser ainda mais fortes no segundo trimestre, como sugerem os indicadores recentes de atividade econômica. Além disso, as diversas medidas de inflação se encontram abaixo dos níveis compatíveis com o cumprimento das atuais metas de inflação. O Comitê apontou que, neste momento, a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo mone-tário extraordinariamente elevado, mas reconhece que o espaço remanescente para eventual ajuste futuro é pequeno e, se ocorrer, deverá ser residual.

Petróleo

De acordo com os dados da ANP, a extração de petróleo e gás natural (P&G) do Espírito Santo aumentou 11,4% na passagem de abril para maio. Esse crescimento ocorreu, principalmente, pelo aumento da extração em Jubarte após um período de interrupção das atividades na plataforma P-58, que opera nesse campo, por causa do contágio por Covid-19 em uma parcela da tripulação.

Na passagem de abril para maio os preços6 do petróleo voltaram a subir, o Brent passou de US$ 19,3 para US$ 37,7 (variação de 94,8%) e o WTI foi de US$ 19,6 para US$ 35,5 (variação de 81,4%).

6 - O petróleo Brent se refere a cotação do barril no mercado global, enquanto o WTI (West Texas Intermediate) é a cotação do barril no mercado norte americano.

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50

Panorama econômico Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Panorama FiscalBrasil

A queda da atividade econômica durante o período da pandemia segue afetando a arrecadação do país. Segundo a Receita Federal, as quedas tanto no acumulado do ano quanto no desempenho de maio têm ligação, principalmente, com os diferimentos (adiamentos) dos prazos de pagamento de tributos, com destaque para o Cofins e PIS/Pasep e para as receitas previdenciárias referentes ao Simples Nacional e à Contribui-ção Previdenciária Patronal.

De janeiro a maio deste ano, a arrecadação federal totalizou R$ 577,20 bilhões, valor que apresenta uma queda de 11,9% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. Considerando apenas o mês de maio, a arrecadação federal somou R$ 77,41 bilhões, um decréscimo real de -32,9% em relação ao mesmo mês do ano passa-do e de -23,2% em relação a abril.

A pior arrecadação dos últimos dez anos, junto com uma possível retomada mais lenta da economia, deverá agravar mais os resultados primários futuros da União.

O enfrentamento da pandemia pelo governo federal, mediante medidas de socorro financeiro à população, às empresas e aos entes subnacionais, comprometeu o resulta-do primário do governo central. Nas receitas, pagamentos de diversos tributos tiveram prazos prorrogados, totalizando queda da arrecadação da ordem de R$ 110 bilhões no curto prazo.

Arrecadação das Receitas Federais de janeiro a maio

em R$ bilhões (a preços de maio de 2020)

Gráfico 34 | fonte: Ministério da Economia – Receita Federal. Elaboração: Ideies/ Findes

531,

21

496,

74 561,

84 621,

91

658,

16

663,

97

665,

31

645,

71

598,

16

600,

28 647,

14

655,

39

577,

20

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

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51

Panorama econômico Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Os maiores impactos sobre o resultado primário se concentram, porém, nas despesas, onde são da ordem de R$ 399 bilhões. Des-tacam-se o auxílio emergencial, os repasses a estados e municípios, gastos para a manutenção do emprego e com linhas de crédito para empresas, além dos gastos com saúde.

Finanças públicas do ES

A arrecadação estadual voltou a crescer em junho, impulsionada pela Ajuda da União para combater os efeitos da pandemia, regis-trando R$ 1.572,4 milhões. O aumento da receita total arrecadada no mês foi de 10,82% em relação a junho de 2019.

Registra-se que o ingresso de recursos federais, decorrentes da ajuda federal, totalizou R$ 281,6 milhões (R$ 226,3 milhões referente ao programa federativo, R$ 37,6 milhões de recomposição do FPE, e R$ 17,7 milhões de Transferência extraordinária ao SUS - Co-vid19). Sem essa ajuda, a receita teria uma queda de 9,02% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

As despesas continuam a trajetória de alta, embora tenham desacelerado em junho. As despesas liquidadas no mês cresceram 3,97% em relação ao mesmo mês do ano anterior, alcançando R$ 1.381,78 milhões. No acumulado do ano, as despesas liquidadas cresce-ram 5,65%, ligeiramente abaixo dos 6,01% observado em maio.

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Assuntos gerais |

Painel de Controle - TCEES

Junho de 2020

52Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Em foco: mudanças na previdência do Estado

Histórico recente

Para se adequar à reforma da previdência aprovada pelo Congresso Nacional por meio daEmenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019, o Estado aprovou asseguintes Leis Complementares Estaduais:

• LCE nº 931, de 3 de dezembro de 2019, que aumentou a alíquota de contribuiçãoprevidenciária dos segurados do ES-Previdência de 11% para 14%

• LCE nº 938, de 9 de janeiro de 2020, que reorganizou o Regime Próprio de PrevidênciaSocial dos Servidores (RPPS) do Estado do Espírito Santo, legalmente designado pelasigla ES-Previdência.

Além disso, para se adequar à legislação federal, o Estado, por meio da LCE nº 943, de 13de março de 2020, criou o Sistema de Proteção Social dos Militares. O reflexo foi a saídados militares (Polícia Militar e Corpo de Bombeiros) do ES-Previdência (Fundos Financeiroe Previdenciário) e a criação do Fundo de Proteção Social dos Militares, sob a gestão doIPAJM, com a finalidade de manter os benefícios de inatividade dos militares e daspensões militares.

Impacto das mudanças previdenciárias na execução orçamentária e financeira do Estado em 2020

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53

assuntos gerais | Em foco: mudanças na previdência do Estado Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

20.885

14.719

6.166

Ativos antes LCE 943 Ativos depois LCE 943 Diferença (militares naativa que saíram do FP)

Plano Previdenciário

Esse novo fundo será custeado com as contribuições pagas pelos militares e seus pensio-nistas e recursos do Tesouro, sem a contribuição patronal do Estado. Os Militares estaduais ativos arcarão com a contribuição de 9,5% a contar de 1º de janeiro de 2020, contra uma alíquota de 14% dos segurados civis. Além disso, houve a criação de regras de passagem a reserva com integralidade e paridade e ampliação do rol de beneficiários da pensão militar

Em 27 de março de 2020, na tentativa de obter recursos adicionais para enfrentar a crise causada pela pandemia do Covid-19, o Estado editou a LCE nº 945. Em suma, essa lei reduziu o valor da contribuição patronal mensal compulsória dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e demais órgãos autônomos, do percentual de 22% para 14%.

Principais impactos na composição do ES-Previdência A LC Estadual nº 943/2020, ao instituir o Fundo de Proteção Social para os Militares, a partir de março de 2020, alterou a composição das massas dos Fundos Previdenciário e Financeiro. Os impactos podem ser assim resumidos:

Prejuízo na capitalização do Fundo Previdenciário

De uma forma resumida:

• O Plano Previdenciário perderá 6.166 segurados ativos, ou 29,52% do total da base. Ou seja, aproximadamente 30% do esforço para capitalização do ES-Previ-dência foi retirado da previdência estadual, considerando que o Fundo Previden-ciário será o plano de benefícios permanente do Estado ao fim do Fundo Financei-ro - em extinção.

Impactos na quantidade de segurados ativos do Plano Previdenciário

Gráfico 35 |fonte: IPAJM (Base de dados encaminhada para o atuário. Data base setembro/2019).

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assuntos gerais | Em foco: mudanças na previdência do Estado Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

O impacto da saída dos ativos é grande para o Fundo Previdenciário, tendo em vista que esses servidores contribuem durante sua vida laboral para o sistema a fim de que os recursos sejam capitalizados e que sejam formadas reservas suficientes para o paga-mento dos benefícios no futuro.

Considerando o total de segurados do Fundo Previdenciário (incluindo inativos e pen-sionistas), haverá uma perda de 6.337 segurados, ou 28,33% do total.

Gráfico 36 | fonte: IPAJM (Base de dados encaminhada para o atuário. Data base setembro/2019). Gráfico 36A | fonte: IPAJM (Base de dados encaminhada para o atuário. Data base setembro/2019).

22.366

16.029

6.337

Total antes LCE Total após LCE Diferença (total demilitares que saíram do

FP)

Previdenciário

52.278

41.236

11.042

Total antes LCE Total após LCE Diferença (total demilitares que saíram do

FF)

Financeiro

Prejuízo no esforço para transição para um regime equilibrado

De forma semelhante, ao se retirar os militares do Fundo Financeiro, haveria um im-portante impacto negativo para as finanças do Estado. Isso porque o Fundo Financeiro é considerado o custo de transição para um regime capitalizado. Assim, trata-se de um plano fechado e em extinção com aportes financeiros do Tesouro Estadual e o pa-gamento do seu último benefício representaria a passagem para um plano saudável e capitalizado, sem a necessidade de aportes das finanças do Estado.

O Fundo Financeiro perdeu 11.042 segurados, ou 21,12% do total.

Impactos na quantidade de segurados do Plano Previdenciário

Impactos na quantidade de segurados do Plano Financeiro

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assuntos gerais | Em foco: mudanças na previdência do Estado Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Do total do impacto, o Fundo Financeiro perdeu 29,27% dos servidores ativos, que con-tribuíram ao Fundo e consequentemente reduzia o valor do aporte do Estado para co-bertura da insuficiência financeira.

O ES-Previdência, no agregado, terá uma perda total de 17.379 vínculos, ou 23% do total de segurados.

O ES-Previdência, que antes possuía 33.055 vínculos ativos, passou a ter 23.381 (70,73% do total anterior), relativo aos vínculos civis, diante da redução de 9.674 servidores (29,27% do total anterior), relativos aos segurados militares. Esses militares da ativa ingressarão em um fundo de repartição simples, com contribuição previdenciária mais baixa que os servidores civis, sem a contribuição patronal, e, ao ingressarem na reserva, terão seus proventos arcados com recursos do Tesouro Estadual.

Sintetizando, tem-se os seguintes impactos no quantitativo de segurados:

Gráfico 37 | fonte: IPAJM (Base de dados encaminhada para o atuário. Data base setembro/2019).Gráfico 37A | fonte: IPAJM (Base de dados encaminhada para o atuário. Data base setembro/2019).

74.644

57.265

17.379

Total antes LCE Total após LCE Diferença (total de militaresque saíram do ES-Prev)

Impactos no total de segurados do ES-PrevidênciaImpactos na quantidade de segurados do ES-Previdência

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assuntos gerais | Em foco: mudanças na previdência do Estado Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Impactos orçamentários e financeiros nos Fundos com a criação do Fundo dos Militares

Aumento na necessidade de aporte no Fundo Financeiro em relação aos servidores civis

Com a criação do Fundo dos Militares, estima-se uma queda de arrecadação da re-ceita de contribuição previdenciária do Fundo Financeiro da ordem de R$ 9.468.167/mês, ou 24,36%. As despesas com benefícios previdenciários do fundo reduziram R$ 41.674.958, ou 18,29%. Já o déficit do Fundo reduziu R$ 32.206.791/mês ou 17,04%.

Assim, conclui-se:

• Queda na arrecadação do Fundo Financeiro foi proporcionalmente superior que a queda das despesas com benefícios pela saída dos militares;

• Aumento proporcional do aporte do Poder Executivo para a cobertura das insufi-ciências financeiras dos segurados civis.

Ou seja, se o Estado já fazia um importante esforço para cobrir o déficit desse fundo, a saída dos militares agrava de maneira proporcional o déficit em relação aos segurados civis. Isso tem explicação tendo em vista a característica da carreira militar. Conforme visto, o Fundo Financeiro perdeu 29,27% dos segurados ativos, que contribuíam para o plano e reduziam o valor do aporte. Assim, a saída dos militares foi prejudicial ao Fundo.

Gráfico 38 | fonte: Balancete contábil de verificação mensal dos meses de fevereiro e março de 2020/ UG: 600210 - Fundo Financeiro.

38.8

62.8

38

227.

841.

153

-188

.978

.315

29.3

94.6

71

186.

166.

195

-156

.771

.524

Receita de Contribuições Despesa com benefíciosprevidenciários

Impactos no Fundo Financeiro

Com militares Sem militares

Resultado previdenciárioajustado

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assuntos gerais | Em foco: mudanças na previdência do Estado Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Perda no ritmo de capitalização do Fundo Previdenciário

Com a criação do Fundo dos Militares, estima-se uma queda de arrecadação da receita de contribuição previdenciária do Fundo Previdenciário da ordem de R$ 7.230.073/mês, ou 21,37%. As despesas com benefícios previdenciários do fundo reduziram R$ 375.612, ou 5,72%. Já o superávit do Fundo reduziu R$ 6.854.461/mês ou 25,14%.

A queda na arrecadação do Fundo Previdenciário foi proporcionalmente superior que a queda das despesas com benefícios pela saída dos militares, ocasionando, na prática, uma redução na capitalização do plano. O Fundo Previdenciário perdeu 29,52% dos segurados ativos, que contribuíam para o plano e auxiliavam de forma importante na capitalização do plano. Assim, a saída dos militares também foi prejudicial ao Fundo.

Gráfico 39 | fonte: Balancete contábil de verificação mensal dos meses de fevereiro e março de 2020/ UG: 600211 - Fundo Previdenciário.

33.8

26.5

76

6.56

5.88

8

27.2

60.6

88

26.5

96.5

02

6.19

0.27

5 20.4

06.2

27

Receita deContribuições

Despesa com benefíciosprevidenciários

Resultadoprevidenciário ajustado

Impactos no Fundo Previdenciário

Com militares Sem militares

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assuntos gerais | Em foco: mudanças na previdência do Estado Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Impactos orçamentários e financeiros nos Fundosdecorrentes das alterações de alíquotasO Estado editou as LCE 931/2019 e 945/2020 que alterou a alíquota de contribuição previdenciária dos segurados de 11% para 14% e reduziu a alíquota patronal de 22% para 14%. Assim, a alíquota total (patronal e segurado) passou de 33% para 28% após as leis complementares.

Apesar da queda de 5% na base total de contribuição, os efeitos são diferentes para os fundos, considerando as diferenças existentes nas bases de cálculo de contribuição para os servidores ativos e inativos e pensionistas. Abaixo será informado os impactos dessas leis nos referidos fundos.

Aumento da necessidade de aporte no Fundo Financeiro

A receita de contribuições dos segurados passou a ser superior à receita de contri-buição patronal para o Fundo Financeiro. A receita de contribuição patronal reduziu 35,94%, e a contribuição dos segurados aumentou 29,27%, representando uma queda de arrecadação de R$ 1.919.333/mês, ou uma queda de 6,53% na arrecadação total da receita de contribuições dos segurados civis.

Com a queda de arrecadação das contribuições, naturalmente haverá uma necessidade maior de aporte ao Fundo Financeiro, que será coberto com recursos do Tesouro.

16.1

39.3

73

13.2

55.2

98

29.3

94.6

71

10.3

39.6

22 17.1

35.7

16

27.4

75.3

38

Contribuições patronaisao RPPS

Contribuições dosegurado ao RPPS

Receita de contribuições -Total

Impacto das alterações das alíquotas no Fundo Financeiro

Antes das LC Após LC

Gráfico 40 | fonte: Balancete contábil de verificação mensal de março e abril de 2020/ UG: 600210 - Fundo Financeiro.

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59

assuntos gerais | Em foco: mudanças na previdência do Estado Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Gráfico 40A | fonte: Balancete contábil de verificação mensal de março e abril de 2020/UG: 600211 - Fundo Previdenciário.

17.6

53.0

44

8.94

3.45

9

26.5

96.5

02

11.0

64.4

22

11.2

07.7

51 22

.272

.173

Contribuições Patronaisao RPPS

Contribuições doSegurado ao RPPS

Receita deContribuições - Total

Impacto das alterações das alíquotas no Fundo Previdenciário

Antes das LC Após LCRedução no ritmo de capitalização do Fundo Previdenciário

A receita de contribuição patronal reduziu 37,32%, e a contribuição dos segurados aumen-tou 25,32%, representando uma queda de arrecadação de R$ 4.324.329/mês, ou uma queda de 16,26% na arrecadação total da receita de contribuições dos segurados civis.

Com a queda de arrecadação das contribuições, naturalmente haverá um reflexo nega-tivo na capitalização do Fundo Previdenciário, necessário para a garantia de recursos suficientes para o pagamento dos benefícios futuros.

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assuntos gerais | Em foco: mudanças na previdência do Estado Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Impactos orçamentários e financeiros consolidados no ES-Previdência decorrentes das LCE 931/2019, 943/2020 e 945/2020

Considerando o impacto trazido pela criação do Fundo de Proteção Social dos Militares, e ainda, pelas alterações nas alíquotas de contribuição previdenciária do ente e segura-do, tem-se a seguinte estimativa de impacto nos fundos.

Aumento da necessidade de aporte para os servidores civis do Fundo Financeiro

No consolidado, ou seja, considerando todas as alterações ocorridas no sistema pre-videnciário, verifica-se uma redução de 32,67% na receita total de contribuições do Fundo Financeiro, ou uma queda de R$ 13.154.736 na base mensal. As despesas previ-denciárias do Fundo reduziram 22,16% ou R$ 50.691.974 na base mensal, e o resultado previdenciário consolidado (déficit) reduziu 19,91%, ocasionando uma redução da ne-cessidade de aporte do Fundo de aproximadamente R$ 37,5 milhões/mês.

Contudo, pode-se concluir que mesmo com a redução do déficit do Fundo Financeiro pela saída dos militares, o impacto foi prejudicial para o fundo, com maior queda na ar-recadação relativamente ao percentual de queda nas despesas pela saída dos militares. Assim, pode-se afirmar que o Estado terá que aportar um valor maior para os segurados civis, diante da expressiva queda de arrecadação no fundo. Gráfico 41 | fonte: Balancete contábil de verificação mensal de janeiro e maio de 2020/ UG: 600210 - Fundo Financeiro.

40.2

61.0

16

228.

790.

456

-188

.529

.441

27.1

06.2

79

178.

098.

483

-150

.992

.203

Receita de Contribuições Despesa com benefíciosprevidenciários

Impactos consolidados no FF

Antes das LC Após LC

Resultado previdenciárioajustado

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61

assuntos gerais | Em foco: mudanças na previdência do Estado Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Queda na arrecadação do Fundo Previdenciário com prejuízo para sua capitalização

No consolidado, ou seja, considerando todas as alterações ocorridas no sistema previ-denciário, verifica-se uma redução de 33,98% na receita total de contribuições do Fundo Previdenciário, ou uma queda de R$ 11.398.678 na base mensal. As despesas previden-ciárias do Fundo reduziram 13,56% ou R$ 903.093 na base mensal, e o resultado previ-denciário consolidado (superávit) reduziu 39,03%, ocasionando uma redução de novos ingressos para capitalização do Fundo de aproximadamente R$ 10,5 milhões/mês.

Pode-se concluir que o impacto foi prejudicial para o fundo, face a maior queda na arrecadação relativamente ao percentual de queda nas despesas pela saída dos mili-tares. Assim, pode-se afirmar haverá um prejuízo ao ritmo de capitalização do Fundo Previdenciário.

Gráfico 42 | fonte: Balancete contábil de verificação mensal de janeiro e maio de 2020/ UG: 600211 - Fundo Previdenciário.

33.5

49.9

51

6.65

9.96

3

26.8

89.9

88

22.1

51.2

73

5.75

6.87

0 16.3

94.4

02

Receita deContribuições

Despesa com benefíciosprevidenciários

Resultadoprevidenciário ajustado

Impactos consolidados no FPAntes das LC Após LC

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assuntos gerais | Em foco: mudanças na previdência do Estado Junho de 2020Painel de Controle - TCEES

Impactos orçamentários e financeiros no Fundo de Prote-ção Social dos Militares: aumento na despesa com benefí-cios dos militaresAs contribuições ao Fundo são insuficientes para arcar com os benefícios dos militares. De março (mês de criação do Fundo) a maio de 2020, houve uma insuficiência apurada de R$ 144.762.974.

Para esse fundo, chama-se a atenção que 55,66% do total de militares estão na ati-va, que irão se aposentar com regras mais benéficas se comparados aos servidores civis, como integralidade e paridade. Além disso, foram criadas regras mais vantajosas e abrangentes de pensão para os militares, diferente das regras mais restritivas atuais aplicadas aos servidores civis.

Com isso, haverá um importante aumento da despesa com esse fundo nos próximos anos, com a necessidade de aporte do Tesouro pela insuficiência financeira do fundo, com trajetória ainda desconhecida.

8.36

4.50

0

10.4

75.8

54

19.3

28.1

64

38.1

68.5

18

60.7

31.6

55

61.1

99.1

77

61.0

00.6

60

182.

931.

492

-52.

367.

155

-50.

723.

323

-41.

672.

496

-144

.762

.974

Março Abril Maio Total

Resultado Ajustado do Fundo do Proteção dos Militares - março a maio

Receita de Contribuições Despesa com benefícios previdenciários Resultado previdenciário ajustado

Gráfico 43

Fonte: Balancete contábil de verificação mensal de março a maio de 2020 / UG 600212 - Fundo de Proteção Social dos Militares

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ConclusõesEstudo preliminar1 do Núcleo de Controle Externo de Fiscalização de Previdência e Pessoal (NPPREV) do TCE-ES, apontou importan-tes riscos na previdência estadual com as alterações da legislação previdenciária capixaba:

• A redução na capitalização do Fundo Previdenciário ocasionado pelas alterações das alíquotas de contribuição previdenciária;

• O Fundo de Proteção Social dos Militares criou um regime de repartição simples permanente, decisão política que resulta na necessidade de cobertura de insuficiências financeiras durante toda a sua vigência, ora indefinida.

• O aumento no aporte previdenciário do Fundo Financeiro e do novo Fundo de Proteção Social dos Militares. O Estado está prio-rizando um sistema de repartição simples em contraponto ao sistema de capitalização, saudável para o equilíbrio da previdência.

• A expectativa de importante aumento com as despesas decorrentes da criação do Fundo de Proteção Social dos Militares, tendo em vista que foram instituídas regras benéficas se comparadas aos servidores civis, como integralidade e paridade, e, ainda, regras de pensão mais abrangentes.

• O Estado está desconsiderando a necessidade de um planejamento governamental de longo prazo2 para as finanças do Estado, tendo em vista o comportamento progressivo e agressivo do sistema de repartição simples ao longo dos anos.

O estudo do NPPREV/TCE-ES permite concluir que as mudanças realizadas no sistema previdenciário, consideradas em seu conjunto, ampliam os riscos futuros para a sustentabilidade fiscal do Tesouro Estadual. Cabe destacar que alterações importantes, como a re-dução da alíquota patronal, foram realizadas sem estudos atuariais que a suportassem.

1 - Objetivos: 1) analisar as principais alterações trazidas pelas Leis Complementares Estaduais nº 931/2019, 938/2020, 943/2020 e 945/2020, e seus impactos para o ES-Previdência; 2) estimar os principais impactos financeiros e orçamentários para o Estado decorrentes dessas leis complementares.2 - A análise do NPPREV/TCE-ES verificou a ausência de estudos detalhados que demonstrassem a viabilidade orçamentária, financeira e atuarial dos projetos de leis complementares, que podem inclusive aumentar a despesa do Estado, em contraponto ao que dispõe a Lei de Responsabilidade Fiscal.

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A criação do Fundo de Proteção Social dos Militares interrompeu e pôs a perder um esforço de 16 anos (2004-2020) de capitalização do fundo previdenciário, no que diz respeito a garantia futura das aposentarias desses servidores. Em suma, as mudanças trazem um benefício financeiro no curto prazo, ao diminuir o dispêndio do Tesouro com contribuições previdenciárias patronais, em con-trapartida a maiores despesas futuras, principalmente com aposentadoria e pensões dos militares, além de aumentar os riscos à sustentabilidade do sistema previdenciário.

É importante destacar que o nível atual das taxas de juros reais está próximo de zero, e mesmo as taxas de médio e longo prazo estão significativamente abaixo da meta atuarial fixada para o Fundo Previdenciário. Este fato, em adição aos até aqui desconhecidos efei-tos atuariais das alterações legais realizadas, recomenda evitar qualquer nova alteração que venha aumentar as despesas ou reduzir as receitas do Fundo Previdenciário.

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Assuntos gerais |

Painel de Controle - TCEES

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Nota 1 - Índice de correção utilizadoneste Painel de Controle paraatualizar os valores apresentadosnos gráficos de despesa compessoal, aplicação no ensino e emsaúde - evolução histórica dosúltimos anos - IPCA/IBGE.

Tabela 08Fonte: www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/corrigirPorIndice.

do?method=corrigirPorIndice

Junho de 2020

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos geraisSumário

Nota 2 - A Emenda Constitucional EC 103, de 12 dedezembro de 2019, instituiu a competênciaprivativa da União para editar normas gerais sobreinatividades e pensões das Polícias Militares eCorpos de Bombeiros Militares. Nesta esteira,editou-se a Lei Federal 13.954, de 16 de dezembrode 2019, que, dentre outras providências, dispôsacerca do Sistema de Proteção Social dos Militares.

Com isso, o Estado do Espírito Santo promoveuadaptações na legislação local, modificando a Lei3.196/1978 e as Leis Complementares 282/2004 e711/2013 por meio da Lei Complementar LC 943,aprovada pela Assembleia Legislativa em11/03/2020, aplicável aos integrantes da PolíciaMilitar e do Corpo de Bombeiros Militar,remunerados por soldo ou subsídio. Com oadvento da referida lei foi criado o Fundo deProteção Social dos Militares - FPS, prazoindeterminado, instrumento de natureza contábil,com a finalidade de manter os benefícios deinatividade dos militares e das pensões militares,vinculado ao IPAJM.

notas explicativas

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Institucional

Painel de Controle - TCEES

Sumário

Junho de 2020

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Conselheiros

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun - Presidente

Domingos Augusto Taufner - Vice-presidente

Rodrigo Coelho do Carmo - Corregedor

Sebastião Carlos Ranna de Macedo - Ouvidor

Sérgio Manoel Nader Borges - Conselheiro

Sérgio Aboudib Ferreira Pinto - Conselheiro

Luiz Carlos Ciciliotti da Cunha - Conselheiro

Conselheiros Substitutos

Márcia Jaccoud Freitas

João Luiz Cotta Lovatti

Marco Antônio da Silva

Ministério Público Especial de Contas

Luis Henrique Anastácio da Silva - Procurador Geral

Heron Carlos Gomes de Oliveira

Luciano Vieira

Secretária-geral Administrativa e Financeira

Arinélia Oliveira de Aguiar

Secretário-geral de Controle Externo

Rodrigo Lubiana Zanotti

Secretário-geral das Sessões

Odilson Souza Barbosa Junior

Secretário-geral de Tecnologia da Informação

Klayson Sesana Bonatto

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos gerais

Elaboração

Núcleo de Controle Externo de Consolidação das Contas de Governo (NCContas)

Núcleo de Controle Externo de Tendências de Riscos (NATR)

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Identidade organizacional

Painel de Controle - TCEES

Sumário

Junho de 2020

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Negócio

Controle Externo

Missão

Gerar benefícios para a sociedade por meio do controle externo

e do aperfeiçoamento da gestão dos recursos públicos.

Visão

Ser reconhecido como instrumento de cidadania.

Valores

Independência

Ética

Transparência

Responsabilidade sustentável

Equidade

Excelência de desempenho

Profissionalismo

Valorização das pessoas

Finanças do Estado Panorama econômico Assuntos gerais