Jornal O Lábaro

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C O M U N I C A Ç Ã O A S E R V I Ç O D A F É “O que vos digo ao pé do ouvido proclamai-o por sobre os telhados” (Mt 10,26). Distribuição Gratuita Ano CII - Edição nº 2.102 - Maio 2011 www.diocesedetaubate.org.br O LÁBARO Diocese lança nova campanha para concluir as obras da cúria Pág. 06 Campanha de reciclagem de óleo traz conscientização ecológica Pág. 16 Único jornal centenário da região, o periódico da Diocese de Taubaté passa por mudança gráfica e editorial Pág. 3 João Paulo II se torna beato da Igreja Um milhão de pessoas comparencem à cerimônia de beatifi cação na Praça de São Pedro no Vaticano Pág.9 Por que falar de espiri- tualidade nos dias de hoje Pág. 5 A freira baiana será beatifi cada no próximo dia 22, em Salvador. O decreto de beatifi cação foi promulgado em 2010 pelo Papa Bento XVI. Pág.8 Bem-aventurada Dulce dos Pobres

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Edição nº 2.102 - Maio 2011

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1O LÁBAROComunicação a serviço da fé

• C O M U N I C A Ç Ã O A S E R V I Ç O D A F É •

“O que vos digo ao pé do ouvido proclamai-opor sobre os telhados” (Mt 10,26).

Distribuição GratuitaAno CII - Edição nº 2.102 - Maio 2011w w w. d i o c e s e d e t a u b a t e . o rg . b r

O LÁBARO

diocese lança nova campanha para concluir as obras da cúria

Pág. 06

Campanha de reciclagem de óleo traz conscientização ecológica

Pág. 16

Único jornal centenário da região, o periódico da diocese de taubaté passa por mudança gráfi ca e editorial

Pág. 3

João Paulo II se torna beato da IgrejaUm milhão de pessoas comparencem à cerimônia de beatifi caçãona Praça de São Pedro no Vaticano Pág.9

Por que falar de espiri-tualidade nos dias de hoje

Pág. 5

A freira baiana será beatifi cada no próximo dia 22, em Salvador. O decreto de beatifi cação foi promulgado em 2010 pelo Papa Bento XVI. Pág.8

Bem-aventuradadulce dos Pobres

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2 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

“Quem não se comunica se trumbica”, já dizia Abelardo Bar-bosa, o “Chacrinha”. A comu-nicação é fundamental, sempre, na vida do ser humano, por que este é um ser de relações, e não há como se relacionar prescindindo do ato de comunicar. Relacionar-se implica necessariamente esta-belecer comunicação com o ou-tro, no propósito de compartilhar suas experiências e apreender as experiências de alguém. Podería-mos então dizer que comunicação é a arte de ir ao encontro do outro, de se colocar no mundo.

Todo este preâmbulo, que pode parecer dispensável, é para falar da intenção desta publicação que chega às suas mãos, caro leitor, com um novo aspecto. Pois, como pode perceber, nosso centenário jornal ganhou um novo projeto gráfico e editorial, empreendido no afã de estabelecer uma proximidade maior com a sociedade, atendendo as exigências contemporâneas da comunicação impressa. Assim, apresentamos um jornal com uma identidade visual pensada para oferecer uma melhor leitura ao seu público, com um conteúdo de relevância para os tempos atuais.

Queremos propor uma comunicação que evangelize. Para isso, contamos com um corpo de colaboradores clérigos e leigos, os quais o leitor terá a oportunidade de conhecer por meio dos artigos e reportagens que serão veiculados a partir desta edição. Aproveitamos o momento para agradecer o valoroso trabalho do Henrique Faria e do Dom Antônio Afonso, que dedicaram longos anos de suas vidas na editoração deste jornal e continuarão a colaborar conosco nessa missão.

Por fim, esperamos, com esta publicação, proporcionar ao leitor um espaço, não só de informações acerca dos acontecimentos da diocese, mas, sobretudo, de reflexão sobre temas fundamentais da fé e da vida humana como um todo.

As empresas precisam de trabalhadores: de operários. Estes necessitam de preparo: de formação técnica e profissi¬¬onal. Desta está carente o mercado. É, pois, preciso capacitar melhor os que enveredam por esse campo. Também, naquele humano/religioso é preciso investir mais. Falta ética não só no mercado, mas também nas pessoas, na sociedade e em outros âmbitos também. Muitos países se ufanam de sua tecnologia, mas, infelizmente, não podem fazer o mesmo em relação a sua cultura axiológica e religiosa. Há carência ética nos relacionamentos e nas instituições, porque existe lamentável falta de formação humana e religiosa. Quem não sabe bem de onde veio, nem para onde vai, sofre, de fato, de desnorteamento, de inconsistência pessoal. Está à deriva. Precisa de socorro, que nem sempre é, por ele, desejado. E, às vezes, é até negado, quando não substituído: pelo álcool, pelas drogas, pelo uso da violência.

A sociedade precisa de homens e mulheres de caráter. De consciência. De responsabilidade. Com tudo isto, não se nasce. Adquire-se com esforço, garra e determinação constantes. A pessoa precisa conhecer-se, amar-se e aceitar-se. Necessita de valores pessoais, sociais, morais, espirituais e religiosos. Somos, não poucas vezes, visivelmente carentes, humana e afetivamente. Às vezes, até destemperados neste campo. Isto acarreta conseqüências, até, desastrosas. As famílias deixam a desejar na educação. Ninguém dá o que não tem. Sendo pobre humanamente, leva tal pobreza, para a Família, a Escola, à Igreja, e para a sociedade. Crianças que crescem na violência, violentas se tornam. O noticiário está repleto de casos. As famílias

andam estressadas. As escolas recebem os jovens assim. Não conseguem fazer então sua parte. Os professores, não poucas vezes, sentem medo, ou até, angústia. Estão perplexos. Não sabem bem o que fazer, mas nem sempre porque despreparados. A problemática deixa-os perplexos.

Precisamos de formação não só humana e profissional, mas, também, ética, religiosa. Como já deixamos entrever, o indivíduo é um ente complexo, polifacético. Nasce limitado. Incompleto e nem sempre disposto a investir em si. Além do mais, todo ser humano é pecador. Psicólogos, sociólogos ou antropólogos, geralmente, não trabalham com esta hipótese. Apenas com explicações imanentistas. As faculdades e universidades, na maioria das vezes, detestam explicações metafísicas ou religiosas. Há catedráticos, hoje, como o grande poeta de outrora, Goethe. Ele na hora da morte pediu mais luz (Mehr Licht). Não sabemos de que “luz” falava, ou, talvez, já, tarde para pedi-la. O homem e mulher não precisam apenas de cultura, trabalho, posição social e realização profissional. Precisam de valores. De Deus.

Repito: também de valores éticos e religiosos. Certas doenças não têm cura plena sem que a dimensão transcendente seja reconhecida pelo paciente. A logosofia de Viktor E. Frankl é muito esclarecedora neste campo. A realização humana requer a harmonia existencial e esta exige os valores superiores: os ético-

religiosos. Os economistas falam da necessidade de valores agregados; os cristãos de valores éticos e transcendentes. A patologia do mundo atual não mostra claramente a ausência destes valores? Não é isto visível? Que mundo estamos preparando para os venturos? Confesso minha preocupação. Preocupação? Não. Angústia.

Postulamos, antes, a exigência de valores religiosos; agora reivindicamos os cristãos. Não negamos outros. Apresentamos os nossos. Somos cristãos. Ao indicativo da fé segue o imperativo da moral. Paulo defendeu ardorosamente os valores do mundo religioso judaico. Conheceu Jesus Cristo. Deu, então, uma guinada fantástica e apresentou a necessidade do seguimento do Senhor Jesus. Apaixonou-se pela proposta de Cristo. Viveu-a. Apresentou-a a todos os homens de boa vontade. Tornou-se discípulo de Cristo, abandonando, assim, a Gamaliel. Descobriu Cristo e percebeu as lacunas de Moisés. Tudo para ele se relativizou, após o encontro com Cristo. Não afirmo que nós cristãos estejamos vivendo bem os valores do Evangelho. Falhamos, somos omissos. Devemos rever-nos.

De fato, precisamos de mais ética na sociedade e de santidade na Igreja. Não são impecáveis expedientes retóricos que convertem os corações, mas impolutas atitudes existenciais. Precisamos de santos no Brasil, afirmou João Paulo II. Sim, urgentemente. Em tempo: no mundo todo, também.

A VOZ DO PASTOR

tempo PascalDom Carmo João Rhoden, scj

EDITORIAL

A “cara” nova d’O Lábaro

- EXPEDIENTE

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO DA DIOCESE DE TAUBATÉAvenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070Diretor: Pe. Kleber Rodrigues da SilvaEditor e Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes, msj – MTE 62.839 / SPConselho Editorial: Pe. Kleber Rodrigues, Pe. Jaime Lemes, Pe. Silvio Dias, Pe. Rodrigo Natal, Mons. Marco Silva, Henrique Faria, Eliane Freire, Valquíria Vieira e Diego Simari.Reportagem: Valquíria VieiraProjeto Gráfi co: Diego SimariImpressão: Katú Editora Gráfi caTiragem: 5.000Contatos: Tel.: (12) 3632-2855 / ramal: 216 (Redação) E-mail: [email protected] matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opnião deste veículo.

O LÁBAROComunicação a serviço da fé

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3O LÁBAROComunicação a serviço da fé

No dia nove de janeiro de 1910 saía a primeira edição do jornal “O Lábaro”, com o slogan “In hoc signo vinces”, expressão latina que significa “Sob este sinal venceremos”. Depois de mais de um século, “O Lábaro” continua a ser editado como um importante veículo de comunicação da Diocese de Taubaté. Mas, hoje, ele sai com uma “nova cara”.

Até então, sob a administra-ção da Fundação Dom Antônio do Couto, com responsabilida-de jornalística do Dom Antônio Afonso de Miranda, bispo auxi-liar de Taubaté, e coordenação editorial de Henrique Farias, o jornal voltou a ser administra-do pela Mitra Diocesana, sob a responsabilidade editorial do Departamento de Comunica-ção do Secretariado Diocesano de Pastoral.

Com o intuito de melhorar a apresentação visual do periódico, fazendo uma melhor distribuição do conteúdo, além de prezar pela qualidade da informação, foi formado um conselho editorial, que criou e executou o novo projeto gráfico e editorial que ganhou corpo nesta edição. O conselho está constituído pelos seguintes membros: Pe. Kleber Rodrigues, coordenar diocesano de pastoral; Pe. Jaime Lemes,

vigário da Paróquia do Menino Jesus, jornalista e assessor da Pastoral da Comunicação; Pe. Silvio Dias, pároco da Paróquia Nossa Senhora d’Ajuda, em Caçapava; Pe. Rodrigo Natal, pároco da Paróquia São Sebastião; Mons. Marco Silva, pároco da Catedral; Henrique Faria, editor de “O Lábaro” nos últimos 14 anos; Eliane Freire, jornalista e professora de Jornalismo na Universidade de Taubaté; Valquíria Vieira, jornalista do Departamento de Comunicação da diocese e Diego Simari, publicitário do Departamento de Comunicação da diocese.

Para o padre Kleber Rodrigues, secretário diocesano de pastoral, a comunicação é fundamental para a Igreja e “O Lábaro” é um instrumento importante para torná-la efetiva. “Todo projeto pensado pelo Secretariado de Pastoral visa à integração das pessoas com seus dons e a disposição de servir a Cristo. Deste modo, esta nova fase [d’O Lábaro] aprimora o nosso anseio de promover uma cultura da comunicação dentro da Igreja, com ferramentas que auxiliem na evangelização, e o jornal é um meio pelo qual conseguimos atingir uma parcela do povo de Deus”, enfatiza.

O padre Jaime Lemes, assessor da Pastoral da Comunicação, disse que a diocese de Taubaté tem um grande potencial na área da comunicação e que precisa ser aproveitado. “Além do jornal “O Lábaro”, a diocese tem a Rádio Cultura, o site e, o que é mais importante, muita gente capacitada na área, que pode oferecer grande contribuição. O que precisa é um esforço conjunto no sentido de produzir uma comunicação integrada, para que o processo de evangelização seja efetivo”, diz o padre, que coordena o novo projeto editorial do jornal.

“O Lábaro” é um dos jornais católicos mais antigos do Brasil e não foi a primeira vez que passou por mudanças no projeto gráfico. No decorrer de sua história centenária, muitas alterações e melhorias foram feitas, tanto no que diz respeito aos aspectos gráficos quanto ao conteúdo. Inclusive, houve um período em que até mudou de nome. De 1925 até 1937 o periódico oficial da diocese de Taubaté passou a se chamar “O Santuário de Santa Teresinha”. Com o novo projeto editorial e gráfico do jornal, a diocese quer otimizar a sua comunicação, com o objetivo de tornar mais eficaz a sua ação evangelizadora.

“O Lábaro” ganha novo projeto editorial

Da Redação

Único jornal centenário da região, o periódico da Diocese de Taubaté passa por mudança gráfica e editorial

DA REDAÇÃO MEMÓRIA

Imagem da edição número 1 do Jornal “O Lábaro” de 1910

“Sentindo a necessidade imprescindível de um jornal dedicado exclusivamente à di-vulgação e à defesa da verdade católica e à publicação do de-senvolvimento religioso nesta nova Diocese de Taubaté, a primeira autoridade diocesana aplaudiu com a maior predile-ção a iniciativa da fundação de um novo periódico, nesta sede episcopal, destinado a ser por toda parte o mensageiro da boa doutrina e, na qualidade de jor-nal oficial da diocese, a publi-car o expediente do bispado, a crônica do movimento religio-so das paróquias sem descurar das notícias e de outros escritos que a todos possam interessar na ordem científica, política, econômica, literária e social. O título de um jornal deve conter a síntese de seu programa. As-sim, ao encerrar a publicação desde novo periódico, achou-se que era significativo intitulá-lo O Lábaro, por ser destinado às munificências da solidariedade na cruzada do bem”.

(Trecho do editorial d’O Lábaro, n. 1).

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4 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Cresce no meio pseudo cultural do mundo de hoje a presunção

de muitos em querer dizer-se ateus. Em pessoas “pouco-cultas”, é isto uma vaidade. Julgam que lhes traz status social negar a existência de Deus.

Este é um fato que remonta a muitas décadas anteriores, por exemplo, às décadas de 50 e 60, quando o Pe. Leonel Franca, S.J., um dos homens mais cultos e talentosos de seu tempo, publicou um livro intitulado “O Problema de Deus” (1955 – Livraria AGIR Editora).

Para este arguto escritor, a suprema questão não é o ateísmo, que passa a ser fuga da inteligência e negação da capacidade humana para solucionar as dificuldades naturais da vida. O problema, anterior ao ateísmo, era se a inteligência humana estava se propondo, com o núcleo central de seu pensamento, a existência, ou não, do Absoluto, um Ser Transcendente, que sobrepaira à existência efêmera do mundo material e até à inteligência do próprio homem.

O mundo material é que cria nos ditos ateus, convictos ou não, toda a causa de sua descrença: o orgulho, a vaidade, a revolta diante da existência do

mal, do sofrimento, da fome, da guerra, dos desastres, das hecatombes, e, enfim, diante da própria da própria morte e do que, depois dela, sucederá.

Ninguém é ateu fortuitamen-te. É ateu, ou se diz tal, porque não encontra a explicação para as vicissitudes adversas à exis-tência humana, que passa a ser uma sequência de males, já que o homem não consegue superá-las.

Ora, o mundo, como as cria-turas humanas, passa, deterio-ra-se, acaba-se fatalmente. O homem, com toda sua inteli-gência, filosófica ou técnica, não pode superar o inevitável da morte, nem a transitorieda-de dos fenômenos.

Então, o intelecto humano não pode estacionar-se na indagação simplesmente da materialidade do universo e de

Ateísmo, pueril vaidade

SOB O OLHAR DA FÉD. Antônio Afonso de Miranda, sdn

si mesmo, criatura mortal. Por sua inteligência, o homem tem que apelar para o Absoluto, o não transitório, o não mortal.

Por isso, o Pe. Leonel Franca inicia o seu livro sobre “o problema de Deus” com esta frase de lógica irretorquível: “No centro de todos os problemas humanos, inevitável e denso de consequências infinitas, coloca-se o problema da existência de Deus. Questão primordial, em todos os outros influi por essencial, e dela todas as demais radicalmente

dependem. Daí em todos os tempos e através de todas as vicissitudes das civilizações a usa atualidade sempre viva das coisa eternas. Hoje como ontem, nos séculos da incredulidade como nas eras de fé, nas quadras históricas elevadas pela atração dos ideais do espírito como nos tempos trabalhados pelo materialismo das aspirações e

industrialismo das atividades, a grande questão, a questão única e decisiva dos nossos destinos impõe-se com a força imperiosa de uma necessidade indeclinável” (Op. cit., p. 12).

Não há por onde escapar à busca de um Deus supremo, inefável, sapientíssimo, que a tudo criou e a tudo presi-de, face à transitoriedade dos acontecimentos e à morte ine-vitável dos próprios homens.

Querer passar-se por ateu é, assim, uma presunção de superar a própria mediocridade, que impede o exercício mais fundamental da inteligência: reconhecer que tanto o universo como o homem com sua inteligência procedem de uma causa primeira e superior de tudo o que é passageiro e transitório.

Achar que ser ateu traz status social é uma estultícia inexplicável num mundo de tanto progresso que, sabemos por experiência, vai esfacelar-se para cada um de nós no instante de nossa morte.

Sejamos humildes, reconhe-çamos o nosso ser transitório mesmo apesar de nossa inte-ligência, e a nossa humildade será caminho para recebermos a graça de crer no Deus eterno e onipotente.

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5O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Maio! Mês Mariano! Mês das flores! Mês das nossas

queridas Mães!São Pedro Julião Eymard nos

aconselha a honrar Maria com uma piedade toda filial, pois ela é – nos diz ele – nossa terna Mãe, e nós somos seus felizes filhos.

Segundo ele, nossa piedade para com Maria deve ser simples, confiante e dedicada. Devemos ser simples para com Maria em nossas orações, em nosso amor. Devemos ser mesmo ingênuos como as crianças. É o que Maria quer de nós, pois é somente mediante a simplicidade que ela concede seus favores e até mesmo os milagres.

Depois, é necessário irmos ao encontro de Maria com confiança. Ela é nossa Mãe, ela não sabe recusar nada, ela é a Mãe de Jesus, e Jesus nada pode recusar-lhe. No céu, ela tem dois títulos: Rainha e Mãe de Misericórdia. Salve Regina, Mater Misericordiae, canta a Igreja; ela é Rainha dos anjos e dos santos, mas também é

Salve Maria, Mãe de Misericórdia!

FALANDO DE MARIAIrmãs Sacramentinas

a Rainha de Misericórdia, e este título é para nós. Ela dá preferência a este segundo título.

A piedade para com Maria deve ser, ainda, dedicada. O amor fala e age pelo objeto amado. Se amarmos Maria, encontraremos felicidade em torná-la conhecida, amada e servida. E na hora de nossa morte, o que mais nos consolará, o que nos dará maior confiança será o fato de termos levado outros a honrarem Maria.

Mas maio é também o mês das mães. São Pedro Julião Eymard afirma que Maria ama as mães com um amor de predileção. E apresenta o motivo: é porque elas são mães, mães para Jesus, para dar-lhe discípulos, membros, filhos de seu amor, herdeiros de sua graça e de seu Reino. Ele aconselha as mães a terem uma confiança

ainda mais especial em Maria diante das preocupações e dos sacrifícios contínuos de uma família a educar, a conservar e a consolar. Muitas vezes as mães podem se encontrar sobre o calvário, e este calvário sem Maria seria um lugar de suplício; com Maria é somente um lugar de provações e de ocasiões para a prática das virtudes.

Parabéns a todas as mães! Que elas recebam já agora a recompensa pela sua incansável dedicação. E que esta recompensa aqui na terra, enquanto aguardam a herança eterna, seja a felicidade de ver seus filhos no caminho do bem, da fidelidade aos deveres cristãos.

Se alguém tiver o orgulho de afirmar que a espiritualidade, hoje,

está fora de moda, basta observar bem a realidade para concluir que está totalmente enganado, tentando iludir-se a si mesmo.

Embora cercados por todos os lados pelos muros do materialismo, vivemos num mundo que, por diversos modos, anseia por uma vida espiritual. Só a matéria não satisfaz aos anseios do homem moderno. Só a matéria não dá sentido à vida.

Entre os impulsos essenciais que distinguem o ser humano dos seres inferiores, há o impulso de auto-transcendência. O ser humano não se contenta em “ser”. Ele sempre quer ser mais, ultrapassar-se, transcender-se, buscar algo além de si mesmo. Enquanto os seres inferiores sobem no sentido da “hominização”, o homem caminha para a “amorização”, em busca do amor absoluto, total, transfigurante, como afirmou o

jesuíta Teillard de Chardin.Tudo isto pode ser comprovado

pelos diversos tipos de espiritualidade hoje existentes: busca do ocultismo (nas mais diversas formas); interesse evidente pelos métodos de meditação oriental; movimentos religiosos comunitários; procura de encontros de oração; centros contemplativos ecumênicos, freqüência a “desertos”, como ilhas de paz no torvelinho das turbulências humanas.

Mas deve ficar claro também, entre outras coisas, que a espiritualidade, hoje, tem outras exigências: uma espiritualidade não apenas subjetiva, intimista, egoísta, centrada em si mesmo, exclusivamente voltada para a auto-satisfação. Tem que ser uma espiritualidade encarnada nas atuais circunstâncias históricas, culturais, sociais, até ambientais.

Não se aceita mais uma espiritualidade alienada, ignorante da realidade. Exige-se uma espiritualidade libertadora,

Espiritualidade, hoje?

ESPIRITUALIDADEPe Pedro Lopes

que não satisfaça apenas aos anseios pessoais. Não basta acolher um “Deus-Amor” por mim que desconheça “O Deus-Amor por todos”, que desvincule o amor por Deus do amor para com todos os filhos de Deus. Minha alegria em servir a Deus impele-me a servir a todos os irmãos.

“Uma alma que se eleva, eleva o mundo” – dizia Elizabeth Léseur. Nossa espiritualidade deve ser uma “espiritualidade cósmica”. Tudo se renova quando Cristo renova o homem. Todos os valores humanos são transfigurados, quando uma vida espiritual profunda transfigura a alma de um homem ou de uma mulher.

Basta olhar para alguns luminares da vida espiritual, contemporâneos nossos: João Paulo II, Madre Tereza de Calcutá, Chiara Lubich, Dom Oscar Romero, Dom Helder Câmara, Irmã Dulce, Nhá Chica.

Há quem exija que o homem viva uma espiritualidade imantada por uma profunda experiência de Deus. É verdade

que a experiência de Deus pode parecer algo de exclusivamente pessoal. Mas uma vez que um ser humano degustou a presença de Deus, experienciou a união transformante com Cristo, seu coração fica inquieto. Não consegue guardar tanta alegria, fechada no coração. Ele pode exclamar: “eu e Cristo-maioria absoluta”. Ele pode afirmar como S.Paulo: “para mim viver é Cristo”. Mas ele vai sentir também o ímpeto interior do apóstolo: “ai de mim, se eu não evangelizar!”. Ele vai se convencer de que o legado de Jesus não consiste apenas em amar ao Pai. Mas, inspira- do pela força do amor terá de viver o testamento do Mestre: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Todos os devem convencer-se de que só será bom discípulo aquele que aceita ser missionário, conforme a afirmação lapidar do documento de Aparecida.

Eis, irmãos, algumas reflexões sobre espiritualidade.

Sei que não fui original. Mas espero ter sido útil.

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6 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

A Diocese de Taubaté realizou uma ação entre amigos em que foram sorteados diversos prêmios. A ação realizada em 2010 arrecadou fundos para a reforma da nova Mitra Diocesana, que agora se encontra instalada na avenida Professor Moreira 327, centro Taubaté.

O novo prédio foi todo reformado para abrigar, os departamentos da Mitra Diocesana, o Centro Diocesano de Pastoral, a Fundação Dom José Antonio do Couto e Museu de Arte Sacra Dom Epaminondas.

Continuando o trabalho de arrecadação, a Diocese está com algumas obras em andamento. Para isso, conta com uma nova campanha, em que cada paróquia realizará suas ações para captação de recursos e colaborar com os projetos diocesanos.

diocese de taubaté realiza nova campanha em prol da cúria

DIOCESE EM FOCODa Redação

A Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança realiza a festa da sua Padroeira até o dia 22 de maio. Para isso foi organizada uma extensa programação religiosa e cultural.

O tema da festa em 2011 é “Maria, Mãe da Palavra, Mãe da alegria”

Festa de Nossa Senhora da Boa Esperança acontece em Caçapava

e o Lema: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Palavra”. (Lc i, 38).

Todos estão convidados a participar. Confira a programação completa no site da Diocese –www.diocesedetaubate.org.br

A Paróquia São Sebastião em Taubaté realizou no próximo dia 01 de Maio a Festa da Misericórdia. A festa começou no dia 28 de abril no primeiro dia do Tríduo Preparatório às 19h30 com a Missa e o Terço da Misericórdia com o tema “Sabedoria para decidir em horas difíceis” e ainda a benção do sal, no segundo dia do tríduo dia 29 de abril o tema celebrado foi “ O Senhor Abençoa e guarda-me” com a benção do óleo e por fim no terceiro dia do tríduo o tema “ Devolvendo paciência” foi celebrado pelo padre Rodrigo Natal que concedeu também a benção da água. No dia 01 de maio celebrando também a Beatificação de João Paulo II a festa da Misericórdia começou às 15h com o terço da Misericórdia pela cura e libertação, em seguida louvor e adoração, benção do Santíssimo Sacramento, benção e entronização do quadro de Jesus Misericordioso e Santa Missa em Louvor a Divina Misericórdia.

Paróquia São Sebastião realiza Festa da Misericórdia

São Luis do Paraitinga recebeu no dia 01 de Maio a Imagem peregrina de Nossa Senhora do Círio de Nazaré.

A imagem chegou de helicóptero no campo da cidade e às 17h saiu a procissão que seguiu para a praça central da cidade onde aconteceu a Santa Missa.

Segundo o pároco da Matriz de São Luis de Tolosa, Padre Edson Carlos Alves Rodrigues, a procissão seguiu com mais de mil pessoas mesmo em baixo de chuva. “Mesmo com a chuva do domingo dia 01 de maio o povo compareceu”, afirmou.

A imagem peregrina de Nossa Senhora do Círio de Nazaré ficará em São Luis do Paraitinga até o dia 29 de maio quando seguirá para a cidade de Campos do Jordão para a Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus.

Círio de Nazaré visita diocese de taubaté

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7O LÁBAROComunicação a serviço da fé

partir de agosto a arquidiocese de Mariana dará início ao processo de beatificação de Dom Luciano Mendes de Almeida, morto no dia 27 de agosto de 2006. Dom Geraldo solicitou que os bispos assinassem a petição da beatificação a ser encaminhada à Santa Sé ao que os mais de 300 bispos responderam com uma sonora salva de palmas, pondo-se prontos para atender ao pedido.

O terceiro dia da Assembleia, 6 de maio, começou com a mis-sa lembrando o ano Internacional dos Afros-descendentes, procla-mado em janeiro pela ONU. A ce-lebração foi presidida pelo Bispo de Bagé (RS), Dom Gílio Felício, tendo como concelebrantes prin-cipais os bispos negros.

Foi aprovado pelos bispos da 49ª Assembleia da CNBB, na manhã do dia 6, o desmembramento do Setor de Comunicação Social da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação, Cultura e Comunicação tornando-se uma Comissão específica. A proposta já havia sido aprovada pelos Conselhos Pastoral e Permanente da CNBB.

Também o plenário aprovou por unanimidade a realização da 5ª Semana Social Brasileira (SSB).

Durante a coletiva de imprensa deste dia 6, o Bispo da prelazia do Xingú, Dom Erwin Krautler, reafirmou mais uma vez a sua opinião contrária a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo erguida no rio Xingú, no estado do Pará. O bispo disse que o atual governo brasileiro não está se preocupando com as causas indígenas. “Luto contra a Belo Monte há 30 anos” disse.

49ª Assembleia dos Bispos é encerrada em Aparecida

IGREJA NO BRASILDa Redação

A última sessão do terceiro dia de trabalhos da 49ª Assembleia da CNBB foi dedicado ao debate sobre a questão indígena. O assunto foi apresentado pelo Bispo da prelazia do Xingú (PA) e presidente do Conselho Indigenista Missionário, dom Erwin Krautler. O Bispo de Roraima (RR), Dom Roque, também participou da apresentação do tema.

A Assembleia prosseguiu no final de semana dias 07 e 08 e maio com o retiro espiritual dos bispos. Marcado pelo silêncio e pela oração, o retiro foi orientado pelo prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Oullet.

Retornando a Assembleia na segunda feira dia 09 de maio, os bispos votaram em um novo presidente para a CNBB, já que Dom Geraldo Lyrio Rocha usou da tribuna para informar que não era candidato a reeleição, então foi eleito como presidente da CNBB o Cardeal Arcebispo de Aparecida Dom Raimundo Damasceno Assis.

O Concílio Vaticano II foi assunto da coletiva de imprensa concedida no dia 09 pelo Arcebispo de Olinda e Recife(PE) Dom Antônio Fernando Saburido. “O Concílio Vaticano II é o acontecimento mais importante da Igreja no Século XX” disse.

De acordo com o Arcebispo, a Igreja no Brasil já começa a se articular para as comemorações dos 50 anos que terão seu ponto alto em 2012, ano do cinquentenário.

Dom Fernando adiantou algumas propostas que já estão sendo pensadas para comemorar no Brasil a data histórica para a Igreja no mundo. “Nós teremos a

celebração de abertura exatamente no dia que o Concílio Vaticano II faz 50 anos: 11 de outubro de 2012” contou.

Além disso, em 2013 a 51ª Assembleia Geral da CNBB deve trazer como tema central o Concílio Vaticano II e outra proposta, segundo ele, é “uma Campanha da Fraternidade com um tema que aborde o Concílio” e, por último uma Campanha para a Evangelização.

Durante o sexto dia da Assembleia também foi aprovado às novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para o próximo quadriênio (2011-2015). O Documento tem cerca de 50 páginas e 130 parágrafos. E tem por objetivo “Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida (Jo 10,10), rumo ao Reino definitivo”.

Na terça-feira dia 10 de maio prosseguindo a 49ª Assembleia dos bispos e continuando as eleições para a CNBB foram eleitos o vice-presidente e o secretário geral, respectivamente, Dom José Belisário da Silva, Arcebispo de São Luís (MA), e Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo da Prelazia de São Felix (MT). Marcando ainda esse dia os bispos divulgaram um texto em homenagem a Irmã Dulce que será beatificada na Bahia no próximo dia 22 de maio.

No oitavo dia da 49ª Assembleia Geral dos Bispo, 11 de maio, foi dada continuidade ao processo de eleição da CNBB agora elegendo os presidentes de comissões (confira os eleitos no quadro).

A 49ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) terminou na manhã de sexta-feira, 13, com uma Santa Missa presidida pelo Arcebispo de Aparecida (SP) e atual presidente da CNBB, Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis. A Celebração Eucarística que aconteceu no Santuário Nacional de Aparecida, marcou a posse da nova presidência do órgão, que será responsável por representar a Igreja do Brasil nos próximos quatro anos.

Os Bispos do Brasil estiveram reunidos em Aparecida de 04 a 13 de maio para a 49ª Assembleia Geral da CNBB (Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil).

Ao todo participaram 456 pessoas que discutiram as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) para o próximo quadriênio (2011-2015).

A Assembleia foi aberta no dia 04 de maio, pela manhã, pelo então presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha.

Na quinta-feira 5 de maio, foi celebrada uma missa pelas vítimas das catástrofes naturais ocorridas em várias regiões do país neste ano. Dom Edney Gouvêa Mattoso, Bispo de Nova Friburgo, uma das cidades mais castigadas na região serrana do Rio de Janeiro, presidiu a celebração no Santuário Nacional de Aparecida.

Nesse segundo dia da Assembleia foi iniciado o debate de um dos temas centrais, as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, para isso foram feitas às análises de conjuntura social e eclesial apresentadas, respectivamente, pelo economista Márcio Pochmann e pelo teólogo Padre Mário de França Miranda.

Os Bispos aprovaram a criação de uma Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude. Com a decisão, os assuntos de juventude que eram tratados num dos Setores da Comissão para o Laicato ficam sob a responsabilidade da nova Comissão.

Durante o segundo dia da Assembleia o Arcebispo de Mariana e presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, anunciou para os bispos que a

Da esquerda para direita: Dom Orani João Tempesta, Dom José Belisário da Silva, Cardeal Raymundo Damasceno Assis e Dom Francisco de Assim Dantas na coletiva de imprensa da 49ª Assembleia dos Bispos realizada no dia 04/05/2011.

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8 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

A tRAJEtóRIA dE

IRMã duLCEA nova beata do Brasil, Irmã

Dulce, nasceu em Salvador na Bahia e seus pais Augusto e Dulce deram-lhe o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Sua mãe faleceu, Maria Rita ainda era criança, então o pai e uma tia Madalena a criaram.

Aos 13 anos de idade começava a despertar em Maria Rita o dom da caridade, pois sua tia a levava aos casebres onde viviam as famílias mais carentes de Salvador e lá ela observava a pobreza a dificuldade com que aquelas pessoas viviam. Se envolvendo no drama daqueles pais de família Maria Rita começa a ajuda-los.

Maria Rita, agora com 15 anos, confidenciava à tia Madalena que tinha interesse em entrar para a Ordem Terceira de São Francisco, cuja espiritualidade era voltada aos pobres.

A casa de Maria Rita se tornava um ponto de acolhimento e ajuda aos humildes que cada vez mais a procuravam.

Em 1929 uma religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus em Santarém-PA pedia ajuda a população ribeirinha da Amazônia despertando em

Maria Rita o desejo, mais uma vez, pela vida consagrada, foi quando revelou ao seu pai essa vontade, quando então entrou para a Ordem Franciscana Secular.

Mais tarde trocou a Ordem Terceira de São Francisco pelo postulantado no Convento do Carmo em São Cristóvão-SE e em 1934 fez seus votos perpétuos mudando seu nome para Dulce, homenageando sua mãe.

Irmã Dulce tinha o interesse e anseio de ajudar os mais necessitados e também pelo conhecimento, chegou a cursar farmácia que ajudou muito no cuidado com os doentes. Lecionava em Salvador e sempre ajudando que mais precisava, quando foi designada para lecionar numa escolada favela de Massaranduba, lá a freira baiana constatava mais uma vez a pobreza, famílias que viviam em barracos, pessoas doentes, ela com a grande vontade e ajuda-los. Foi quando dispensada do colégio pode dedicar-se inteiramente a caridade.

Agora no meio dos mais necessitados ela impetrara sua vontade de ensinar, cuidar e ajudar propriamente as pessoas, ali próxima das pessoas Irmã Dulce ensinava e catequizava as pessoas.

A missão de Irmã Dulce era tão grande que ela não parava nem mesmo quando ficava

doente, levantava cedo recolhia as pessoas na rua. Sempre amparada na oração e confiando na Providência Divina ajudava a todos sem cessar. Não tinha vergonha nem medo de pedir ajuda, falava com governantes, empresários e assim foi mudando a vida de muita gente.

O cuidado com as pessoas doentes era tão especial que como não havia um local apropriado para abriga-las Irmã Dulce chegou arrombar casas fechadas e sem uso para poder atender dignamente os enfermos, mas logo depois precisou desocupar as casas já que seus proprietários a denunciaram. Ela então levou os doentes para debaixo de uma ponte e de lá também precisou sair por ordem do prefeito, no convento, então teve a ideia de onde transformar um terreno onde ficavam as galinhas num ambulatório médico e dessa singela forma começou a história do que é hoje o Hospital Santo Antônio.

Irmã Dulce ajudou os doentes, as crianças, as famílias, os desempregados e não esqueceu dos moradores de rua aqueles que rejeitados pela família esqueciam de si próprio, ela acolhia dava de comer e o mais importante dava carinho. Fazia com que governantes enxergasse esses jovens como futuro do país e que dessem atenção especial a eles.

O Papa Bento XVI promulgou o decreto de beatificação da Freira Baiana em 2010, quando ficou provado um milagre por intercessão da Venerável Serva de Deus.

Com o reconhecimento final do Papa, Irmã Dulce passará a se chamar a “Bem-aventurada Dulce dos Pobres”. Um dia após o decreto papal, o processo de canonização da bem-aventurada foi iniciado, isto significa que qualquer graça ocorrida a partir do dia 11 de dezembro pode vir a ser analisada pelo Vaticano como o potencial milagre de sua santificação ou canonização.

Na ocasião da beatificação o Cardeal Arcebispo Emérito de Salvador na Bahia, Dom Geraldo Majella Agnelo, será o delegado papal na solenidade representando Papa Bento XVI e presidindo a cerimônia que acontecerá no Parque de Exposições em Salvador a partir das 14h.

PROGRAMAçãO CERIMÔNIA dE BEAtIFICAçãODia: 22 de Maio12h - abertura dos portões14h - início da apresentação artística sobre a vida de Irmã Dulce;17h - início da cerimônia canônica do rito da beatificação. Local: Parque de Exposições de Salvador, Av. Luis Viana Filho – Paralela

Irmã dulceé beatifi cada na BahiaIrmã Dulce será beatifi cada no dia 22 de maio em Salvador na Bahia, a programação para beatifi cação será extensa e contará com missa, cerimônia ofi cial, apresentação artística e carreata.

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9O LÁBAROComunicação a serviço da fé

em 1999, em 2000 foi então instalado o processo, em 2009 foi reconhecida as virtudes heroicas de Irmã Dulce, quando o Vaticano a concedeu o título de Venerável e em 2010 o Papa Bento XVI assinou o decreto de Beatificação, depois de os peritos e cardeais da Congregação para a Causa dos Santos terem sido unânimes no reconhecimento de um milagre.

O Papa João Paulo II foi beatificado no ultimo dia 01 de Maio em Roma em cerimônia celebrada pelo Papa Bento XVI que reuniu e emocionou muitas pessoas. Agora já pode ser chamado de Beato João Paulo II.

Da cerimônia participaram 800 padres, cem cardeais que concelebraram com papa Bento XVI, cerca de um milhão de pessoas presente na Praça de São Pedro e a freira francesa Marie Simon Pierre, que recebeu o milagre por intercessão de João Paulo II.

Muitos brasileiros presencia-ram a cerimônia em Roma e representando o Governo Bra-sileiro estava no Vaticano, o vice-presidente do país Michel Temer, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mo-reira Franco; e o deputado Ga-briel Chalita.

Bento XVI emocionado beatificou seu predecessor, coisa que não acontecia há quase mil anos.

Depois de toda a cerimônia na Basílica de São Pedro uma procissão encabeçada pelo Arcipreste da Basílica, Cardeal Angelo Comastri, seguiu da Sacristia até a frente do túmulo onde estão os restos mortais do Apóstolo Pedro, para um momento de oração, com a Ladainha dos Santos Pontífices, e dirigiu-se para a Capela de São Sebastião, onde já estava o caixão de João Paulo II sob o altar, mas ainda à vista.

Ao final da Ladainha, após

a tripla invocação em canto de Beate Ioanne Paule, foi recitada a oração própria do novo Beato e feita a incensação. Então junto à Capela de São Sebastião foi colocada uma grande lápide de mármore branco – com as palavras Beatus Ioannes Paulus PP. II – e fecharam o vão sob o altar, onde está depositado o caixão com os restos mortais de João Paulo II.

Agora os fiéis que entram na Basílica podem venerar o Beato na colocação definitiva.

Cada vez mais o trabalho, a luta de Irmã Dulce era reconhecida em todo Brasil, por onde ela passava deixava uma lição de vida e uma mudança na vida de alguém.

Em 1992 Irmã Dulce veio a falecer em 13 de março quando já estava a mais de um ano na cama devido a uma doença pulmonar.

O processo para a beatificação de Irmã Dulce começou

O milagre, por intercessão de Irmã Dulce, que a proclama Beata aconteceu em 2001 no Nordeste. Uma parturiente apresentava uma forte hemorragia quando deu a luz. Dentro de 18 horas após o parto a pacientes já havia passado por três cirurgias e a hemorragia continuava. Durante todo o trabalho médico empenhado em salvar a paciente um grupo de oração pedia a intercessão de Irmã Dulce para o bem da mãe que dera a luz, nesse instante de oração a hemorragia cessou.Um médico que fora chamado para atender a paciente e que

viria de outra localidade imaginou chegar ao hospital somente para constatar o óbito devido à gravidade do caso. Ao chegar foi surpreendido com o estado em que a parturiente se encontrava, ela estava bem e já com o filho no colo.Esse caso foi analisado primeiramente no Brasil pelos peritos médicos e de acordo com o estudo trata-se de um caso extraordinário de cura impossível ser explicado pela ciência.Ainda muitas graças por intercessão da Beata Irmã Dulce são notificados e cada um deverá ser analisado, examinado para o processo de canonização.

O MILAGRECerimônia de beatificação de João Paulo II emociona milhões de pessoas

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ORAçãO PRóPRIA dO BEAtO JOãO PAuLO II(Segundo a Liturgia das Horas)

Ó Deus, rico de

misericórdia, que escolhestes

o Beato João Paulo II para

governar a Vossa Igreja

como Papa, concedei-nos

que, instruídos pelos seus

ensinamentos, possamos

abrir confiadamente os

nossos corações à graça

salvífica de Cristo, único

Redentor do homem. Ele

que convosco vive e reina,

na unidade do Espírito

Santo, por todos os séculos

dos séculos. Amém.

Cláudia Cristiane Santos de Araújo foi curada de uma hemorragia após dar à luz a Gabriel.

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10 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Desde o início de seu papado, Bento XVI ensina que

a sagrada liturgia deve ter o Cristo ao centro. A celebração deve mostrar o rosto do Senhor. Entendo o que o Papa quer dizer quando tenho de participar de uma cerimônia cheia de pompa e circunstância.

Numa liturgia onde desfilam vestimentas variadas, adorna-das de adereços diversos, fa-zendo parecer que na Igreja existe mais hierarquia do que os três graus da Ordem, como ver o rosto de Jesus? Como enxergar a presença do Cristo no sacerdote e na Santa Euca-ristia lá no altar, se esses estão escondidos por uma muralha dourada de castiçais e por uma cortina de fumaça perfumada? Como revelar o rosto de Jesus assim encoberto? A reforma li-túrgica do Vaticano II propõe uma liturgia tão solene e bela quanto sóbria. A abundância justifica talvez a devoção. Mas os excessos escondem o Cristo e supervalorizam elementos acessórios.

E como perceber e ouvir o Cristo, quando a equipe de canto reúne uma parafernália de instrumentos, disputando quem toca mais alto? E a batalha que esses músicos travam com os cantores pela primazia dos alto-falantes? E o povo excluído, incapaz de acompanhar tamanha virtuose, deixa de participar ativamente da liturgia. E aqueles comentários empolados e infindáveis, que tentando explicar o inexplicável tornam

Queremos Ver Jesus!

REFLEXÃOPe. Silvio Dias

ainda mais incompreensíveis e inatingíveis os mistérios da liturgia? Instrumentos e cânticos em alto volume e a verborragia incontrolável impedem que se perceba a presença do Cristo na celebração. E o silêncio, tão necessário para se escutar o Cristo que fala, dá lugar a vaidades pessoais deixando de lado o principal objeto do nosso culto.

O altar é também sinal do Cristo. Mas quando tantas coisas são colocadas sobre o altar (castiçais, arranjos de flores, relíquias e até imagens) é difícil perceber que se trata da mesa eucarística. O altar não pode estar coberto de coisas ou ficar escondido atrás de arranjos enormes ou cadeiras pomposas.

“Queremos ver Jesus” (Jo 12,21), pediam os pagãos aos apóstolos. Agora é a Igreja que pede para a liturgia revelar a presença do Senhor na celebra-ção. A reforma litúrgica pro-movida pelo Vaticano II tor-nou todo batizado participante e responsável pela celebração do mistério de Cristo. Para isso será preciso diminuir os ruí-dos, os excessos de pompas, panos e ornamentos para que se possa ver o altar e o sacer-dote, ouvir a Palavra e sentir-se membro participante da as-sembléia litúrgica. Assim será possível ver o rosto de Cristo na celebração da Igreja.

Perdeu um pouco a atualidade, mas ain-da vale recordar como

uma referência para a minha reflexão. Estou falando do ca-samento do príncipe Willian com a ex-ple-beia Kate Middleton. Talvez não tenha tido o brilho das bodas de Charles e Diana, mais pelo carisma de Lady Di do que pela elegância da ce-rimônia em si. O ca-samento do príncipe, realizado no último dia 29 de abril, foi o evento mais glamo-roso da nobreza do Reino Unido nos últi-mos trinta anos.

A cerimônia reli-giosa chamou minha atenção pela elegante simplicidade traduzi-da na decoração da nave cen-tral da Abadia de Westmisnter. Também, e principalmente, pelo desenrolar da celebração, com a participação rigorosa-mente litúrgica da congrega-ção anglicana, mantendo uma postura reverente durante as orações, cantando quando era

o momento de cantar junto com o coral. Ali se pôde ver o superstar Elton John com o li-breto na mão participando do coro da assembleia como qual-quer simples mortal. Uma ceri-mônia séria. Litúrgica.

Bem... você poderia dizer: “Ora, mas era o casamento do príncipe!”. Eu lhe diria que era a celebração de um matrimônio de um casal que se ama – é evidente o afeto entre Willian e Kate – reduzidos a duas pessoas comuns quando

Chique é ser litúrgico

DE OLHO NA REALIDADEHenrique Faria

se trata de postar-se diante de Deus para receber a sua bênção. Aquele momento sagrado não faz distinção de classes por posição econômica ou social.

A seriedade conduzida pelo presidente da celebração, pelos noivos e pela congregação na Abadia de Westminster foi um exemplo de que, afinal, chique é ser litúrgico.

Diferente das nossas cele-brações de casamento, quando se dispõe de uma parafernália distribuída entre a aparelha-gem de som, os cantores e a de-coração rebuscada de lençóis estendidos, colunas luminosas em fibra de vidro, arcos flori-dos e o pior: uma cantora se estrebuchando em inglês, aos berros que pateticamente ten-tam imitar Whitney Houston em seu antológico “The Body-guard”.

Se você quer ser chique, é melhor repensar suas referências.

“Aquele momento sagrado não faz distinção

de classes por posição econômica

ou social.”

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11O LÁBAROComunicação a serviço da fé

generoso, para que este encontro seja para muitos uma ocasião de “profundo e autêntico encontro com Jesus Cristo”.

O Papa Bento XVI enviou uma mensagem aos participantes, na qual os convidou a “intensificar a oração pelos frutos da JMJ” e a que seu trabalho impulsione “a evangelização das novas gerações, que se espera com entusiasmo a partir deste importante acontecimento eclesial”.

Um dos marcos do dia foi a estreia da equipe de apresentadores que conduzirão os principais atos durante a Jornada. Até este momento, 340 mil pessoas se inscreveram na JMJ, procedentes de 170 países.

FONTE: ZENIT

8 mil pessoas comemoraram contagem regressiva da Jornada Mundial da Juventude

IGREJA NO MUNDO

Cem dias antes do início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), foi realizado em 8 de maio, domingo, em Madri, um encontro para agradecer a colaboração de milhares de famílias e voluntários que trabalham na preparação do evento, do qual o Papa Bento XVI participará na capital espanhola, encontrando-se com milhares de jovens do mundo inteiro.

Durante o encontro, do qual participaram mais de 8 mil pessoas, houve momentos de oração e de festa. O cardeal arcebispo de Madri, Antonio María Rouco Varela celebrou a Missa e na sua mensagem para esta “reta final”, ele disse que “a JMJ é um grande dom e uma enorme responsabilidade”, razão pela qual é urgente o compromisso

o até agora Núncio Apostólico em Cuba, o Arcebispo Giovanni Angelo Becciu.

Nos próximos dias Bento XVI deverá decidir ao sucessor de Dom Becciu na Nunciatura Apostólica em Cuba, para o qual deve avaliar os candidatos para esta representação diplomática na ilha.

O Papa também nomeou Dom Giuseppe Pinto, até agora Núncio Apostólico no Chile, como novo Núncio Apostólico nas Filipinas. Nos próximos dias o Santo Padre deverá avaliar aos candidatos para suceder Dom Giuseppe no país sul-americano.

FONTE: ACIDIGITAL

O Papa faz importantes mudanças na cúria vaticana e avaliará candidatos para a nunciatura em Cuba

O Papa Bento XVI decidiu no último dia 10 de maio duas importantes mudanças na Cúria do Vaticano com a nomeação de um novo Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos e um novo Substituto para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado.

O Santo Padre nomeou o Arce-bispo Fernando Filoni, até agora Substituto para os Assuntos Ge-rais da Secretaria de Estado, como novo Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos. Ele sucede assim o Cardeal Ivan Dias, cuja renuncia ao cargo foi aceita por limite de idade, como dispõe o Código de Direito Canô-nico.

Com esta nomeação, o Papa decidiu nomear em substituição do Arcebispo Filoni no cargo de Substituto para os Assuntos Geral da Secretaria de Estado Vaticano

A imagem de Nossa Senhora destinada ao Santuário de Fátima no Rio de Janeiro foi benzida nesta sexta-feira dia 13 de maio, no contexto da peregrinação aniversária de maio ao Santuário português.

A imagem será levada para o Rio de Janeiro, onde será entronizada numa réplica da Capelinha das Aparições, com as mesmas dimensões da do Santuário de Fátima.

A inauguração dessa capela no Rio está prevista para dia 28 de maio. Será presidida pelo arcebispo local, D. Orani João Tempesta. De Portugal, virá ao Brasil para a cerimônia o bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto.

FONTE: ZENIT

Santuário de Fátima enviará imagem ao Brasil

Olga Óculos,20 anos, escrevemos juntos esta história!!!

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12 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

de conhecimento para um católico? Onde posso encontrar as palavras que darão realmente sentido ao meu dia? Internet, amigos, televisão, jornal, rádio? Todas estas fontes são necessárias. No entanto, para um católico, a leitura diária da Palavra de Deus continua sendo nosso manancial de vida, alimento diário e força nas provações. Um homem de fé pode passar dias sem ler um jornal, assistir televisão ou consultar a internet. No entanto, nossa fé não sobrevive sem o acesso diário à Palavra Divina.

Podemos (e devemos) fazer cursos de Bíblia, devorar livros de estudo e ouvir boas palestras. Mas nada substitui a leitura constante da Palavra.

A leitura diária da Palavra de deus

E A PALAVRA SE FEZ CARNE...Pe. Émerson Ruíz, scj

Isto vale para qualquer cristão: leigo, religioso ou padre. Sem a leitura diária, o cristão é como a planta que não é regada – murcha, não cresce ou produz fruto, seca, morre.

Obviamente, a Leitura Diária da Palavra não é uma olhadela superficial no texto como se faz muitas vezes numa revista, jor-nal ou internet. Na Bíblia, não lemos um livro. Conhecemos uma pessoa, Jesus Cristo. E co-nhecimento pessoal se faz com paciência e diálogo. Por isso, a leitura deve ser profunda e acompanhada de oração. Deve ser profunda, para que aden-tre nas camadas mais resisten-tes e áridas de nosso ser. De ser acompanha-da da oração porque não há c o n h e c i m e n -to pessoal sem conversa. “A tua oração é a tua palavra dirigi-da a Deus. Quando lês, é Deus que fala; quando rezas, és tu que falas a Deus” (Santo Agostinho).

Nossa diocese possui inúmeros Setores (Círculos Bíblicos). Ali, em comunidade, partilhamos o que Deus tem realizado em nossa vida interior por meio da Palavra. No leigo engajado em pastorais, a leitura

fiel produz uma fé madura. Pela leitura diária da Bíblia, o próprio Jesus dissipa a frieza de nossa fé. “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (Lc 24,32). A leitura constante da Palavra nos limpa e purifica: “Vós já estais limpos por causa da palavra que vos falei” (Jo 3,15). Na leitura obediente da palavra o leigo redescobre sua audácia apostólica: “pela tua palavra, lançarei as redes” (Lc 5,5).

Concluo com as palavras da Mensagem final do Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus: “Façamos agora silêncio

para escutar a Palavra de Deus com eficácia e continuemos este silêncio após ouvi-la, pois assim ela seguirá habitando, vivendo em nós

e nos falando. Deixemos que ela ressoe ao princípio do nosso dia para que Deus tenha a primeira palavra e permitamos que ela ecoe em nós à noite para que a última palavra seja de Deus.”

Somos a sociedade da informação. Para-fraseando alguém

famoso, nunca antes na história da humanidade os dados chegaram tão rápido, tão numerosos e a tantas pessoas. No recente “tsunami” no Japão, em poucos minutos inúmeras pessoas tinham acesso a fotos, gráficos e dados. Hoje, pela internet, é possível aprender línguas, fazer amigos e até cursar faculdade. Através das redes sociais podemos conhecer inúmeras pessoas e suas vidas. Podemos seguir e ser seguidos. São informações que instruem, iluminam, formam e, às vezes, deformam.

Diante deste oceano de informações, nos perguntamos – onde está a fonte essencial

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“A leitura diária da Palavra de Deus

continua sendo nosso manancial de vida, alimento diário e força nas

provações.”

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13O LÁBAROComunicação a serviço da fé

temos o costume ou o hábito de dizer que vamos a Eucaristia, ou ainda, como algumas deno-minações religiosas utilizam, Santa Ceia. Não quero reduzir a expressão missa, mas alertar para o sentido de que, podemos estar distante, quando dizemos simplesmente que quero assis-tir a missa. Por isso, entender a missa como eucaristia, é dar um passo na fé. A missa é um rito ou ação, por isso, uma ação de graças, que precisa ser envolvi-da. A missa nada mais é do que o termo evoluído.

1. A EuCARIStIA MIStÉRIO PARtICIPAdO:

Então o que significa: Ir a Eucaristia?

Significa ter o desejo de criar comunhão, de tornar-se um participante ativo, consciente, para poder colher os frutos do ato que celebramos. Participar do mistério, exige de nós uma disciplina espiritual, ou seja, dispor o coração para o culto, buscar o melhor lugar, desligar os aparelhos sonoros, para mergulhar no tempo da graça de Deus, sem se esquecer é claro de que quando chegamos, devemos primeiramente ir, onde está o dono do casa e saudá-lo, ou seja, a disciplina espiritual, começa por uma visita a capela do santíssimo.

A nossa participação na vida eucarística, nasce nesta noite a partir das Palavras do Cristo. Nesta noite, tão bela nasce para a Igreja dois sacerdócios, um complemento do outro. O sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio instituído.

Num primeiro instante, pode-nos assustar a expressão de que enquanto povo de Deus, participante da missa, somos denominados SACERDOTES.

O sacerdócio comum dos fieis nasce de Jesus Cristo e se concretiza a partir do nosso batismo. A partir dele passamos

A Eucaristia: Expressão do Ressuscitado mistério participado, acreditado e vivido

LITURGIAPe. Kleber Rodrigues

a fazer parte de um povo eleito, escolhido e denominado por Deus. Fazemos parte de uma Igreja, de uma instituição, de uma Paróquia de uma comunidade. Neste sacerdócio, recebemos a responsabilidade, a tarefa, a missão de continuar acreditando, participando, celebrando e vivendo o mistério que o Cristo hoje institui como expressão do amor.

Ser um povo sacerdotal é acreditar que vocês existem para oferecer com o Cristo, com o padre, o sacrifício e recordá-lo. Cristo é o único e eterno sacerdote, mas pela sua graça nos faz participantes. Pelo amor que sente por nós, se faz oferta e ofertante em nosso coração quando diz: deixo isto para que façam sempre em minha memória.

Nisto esta uma das graças do sacerdócio batismal: participar do sacerdócio de Jesus Cristo. E isto se dá a cada eucaristia que celebramos.

Aqui ainda compreendemos porque a Eucaristia é um mistério participado.

2. A EuCARIStIA MIStÉRIO ACREdItAdO:

Por isso, um segundo passo na compreensão da Eucaristia, se dá, como Mistério Acreditado.

Acreditar no que?Acreditar que tudo que

fazemos não é uma peça teatral. Nem mesmo o gesto do lava-pés! Tenho pena daqueles que dizem que a Eucaristia é a mesma coisa toda vez e por isso não participam dela. O rito pode ser o mesmo, mas o momento espiritual é atualizado.

Acreditar nas palavras de Jesus. Ai esta a grande novidade do culto cristão e a diferença do culto judaico. A crença nas palavras de Jesus na última ceia. É preciso dar veracidade as palavras de Jesus, onde ele diz, que aquele pão é o seu corpo e o vinho é o seu sangue.

Confesso que imagino Jesus, fazendo uma “confusão mental” na cabeça dos apóstolos naquela noite! É por isso, que continuamos dizendo após a

narrativa da ceia: Eis o mistério da fé! Eis o mistério acreditado!

Por isso, para que o mistério seja participado ele precisa ser acreditado, assim a fé da Igreja é essencialmente eucarística. E saibam que quanto maior for a nossa fé na Eucaristia, mais será o nosso desejo de ser Igreja.

É preciso acreditar que Jesus não dá alguma coisa, mas dá a si mesmo.

3. A EuCARIStIA MIStÉRIO A SER VIVIdO.

Assim, uma coisa vai puxando a outra. A eucaristia depois de ser um mistério participado, acreditado, é um mistério a ser vivido.

Jesus disse: “Quem come deste pão viverá eternamente! Permanece em mim e eu nele!”

A cada eucaristia que comun-gamos do Cristo, tornamo-nos participantes da vida eterna, mas com os pés no chão. Por isso, não podemos viver uma fá-bula eucarística. Pela eucaristia, tornamo-nos adultos na fé.

Santo Agostinho em seu livro, as Confissões, diz que a eucaristia não deve ser simplesmente um alimento para a carne, ela deve levar-nos a transformação, ou seja, não é um alimento que se transforma em nós, mas somos nós que acabamos misteriosamente mudados por ele.

CONCLuSãOQue em cada eucaristia,

tenhamos o mesmo sentimento dos discípulos de Emaús, que reconheceram Jesus ao partir do pão e voltaram alegremente para contar aos outros a experiência que tiveram de Jesus e no mesmo instante diziam: não nos ardia o coração quando ele nos falava pelo caminho. Que neste caminho que percorremos com estas palavras, o Jesus Eucarístico, tenha feito arder vossos corações, para que façam a cada dia dele, um sacrário. Um lugar de habitação.

Vivenciamos caros lei-tores a grande experi-ência Pascal. Depois

de percorridos os dias do Mis-tério da Paixão-Morte e Ressur-reição, degustamos na liturgia, das conseqüências destes misté-rios. O tempo pascal é belíssimo na sua liturgia, as experiências narradas pelo autor dos atos dos apóstolos e as narrativas evangé-licas, levam-nos a uma profundi-dade de compreensão do que foi o início das comunidades que celebravam sua memória recen-te do ressuscitado.

Mas olhando para este belo tempo, acredito que Jesus nos deixou aquilo que atrevo-me a chamar de “Sacramento do Ressuscitado”, ou seja, a Eucaristia. Por Ela podemos nos identificar com o Ressuscitado, dar a Ele uma resposta de fé, como Tomé, e abraçar a missão como a comunidade ungida pelo Espírito Santo. Por isso, colocamos a seguir alguns elementos da Eucaristia.

A Eucaristia algo tão comum. Diariamente, semanalmente, dominicalmente, anualmente, celebramos este sacramento. A Igreja nos diz, através do Catecismo, que ele é o SACRAMENTO DOS SACRAMENTOS. E por isso, a riqueza deste, se expressa de diversas formas. Seja no modo de cada padre de presidir, no modo de cada assembléia litúrgica presente, de cada região, de cada bairro, seja no modo de ser transmitido, acreditado, vivido e assumido. Por isto, se não nos atermos corrermos o risco de no comum da eucaristia, perder o sentido maior.

A importância do nome Eu-caristia. Eucaristia tem sua origem grega, que vai signifi-car, AÇÃO DE GRAÇAS. A profundidade desta palavra é expressa no simples modo de dizer que vamos a missa, que vamos assistir a missa, mas não

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14 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Rotina

CRÔNICAPe. Jaime Lemes,msj

O ponteiro do antigo relógio de parede realiza o último movimento que sinalizaria o fim do sono dos justos, tão sagrado e tão breve. Mas foi do relógio do celular, sincronizado àquele que há décadas acompanhava a família, a maldita tarefa de despertá-lo do merecido descanso. Acorda sobressaltado ao som de uma música agitadíssima que havia programado para o despertador. O relógio marca

cinco horas da manhã. O corpo pede para ficar mais um pouco na cama, mas a consciência sabe que o tempo é impiedoso e não espera ninguém. Ainda sonolento entra no banheiro, deixando a cargo da água morna que esguicha forte do chuveiro a tarefa de completar o processo despertador. Mais uma vez, o corpo pede para ficar mais um pouco. Sente-se tentado, mas resiste, porque não tem tempo e porque sabe: um minuto a mais de registro ligado significa aumento da conta no fim do mês.

Veste rapidamente o uni-forme azul-marinho, calça os sapatos pretos com solado de borracha, põe no pescoço o cordão com o cartão de pon-to, dá um beijo na esposa, entra no quarto dos filhos e

lhes faz um afago. Em segui-da, pega na cozinha um pão amanhecido e sai às pressas, devorando-o pelo caminho até o ponto do ônibus que o levará até a fábrica. Vai se juntar às centenas de outros operários que todos os dias também seguem o mesmo destino.

Lá, o trabalho é duro... automático... repetitivo. Não sobra tempo para sonhar, não há oportunidade para se relacionar, não há espaço para qualquer ilusão. A máquina de produção em série, diante da qual passa horas repetindo os mesmos comandos, é uma devoradora de sonhos. Egocêntrica, não aceita dividir atenção... exige exclusividade. Como em “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, engole o humano, de modo que

operário e máquina se tornam uma coisa só. O tempo passa sem que perceba. Imerso na sua caverna platônica, é privado da reflexão sobre os acontecimentos do mundo, inclusive sobre a sua própria condição... inumana.

Do lado de fora, o sol, que mal vira nascer, se põe. O sinal da fábrica anuncia a hora da libertação. Os portões se abrem. Sai a passos cansados, misturado à multidão uniformizada, em direção ao ônibus que o levará de volta para casa.

A noite segue o seu curso. O ponteiro do antigo relógio de parede realiza o último movimento que sinalizaria o fim do sono dos justos, tão sagrado e tão breve... e tudo começa outra vez.

PONTO DE VISTA

“Quanta honra ter o conhecido em vida, gratificante essa convivência, através da mídia tínhamos essa aproximação, a cada visita dele ele apresentava um chamado a fortalecer a nossa fé, e agora a beatificação fortalece ainda mais”.

José Benedito MotaParóquia São Bento do Sapucaí. - São Bento do Sapucaí-SP

“Quando ele veio ao Brasil em uma de suas visitas eu tinha uns 7 anos e senti a presença de um santo, um homem de Deus perto da gente, ele sempre transpareceu ser um homem de bem, com a beatificação Deus honrou o seu Servo, esse verdadeiro líder de Deus na terra e que representou Jesus”.

Nilton Sales Junior Paróquia Sagrada Família -Taubaté-SP

“Na ocasião da morte do Papa João Paulo II eu trabalhava em uma paróquia no Rio Grande do Sul, e lá o sino foi tocado durante uma hora anunciando a morte e agora ouvir os sinos replicando a alegria da beatificação trouxe uma intensa emoção, como na ocasião da morte o som do sino trouxe a triste comoção agora trouxe a alegria”.

Eduardo Dalabeneta Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja - Taubaté-SP

“João Paulo foi o Papa da paz, buscou o diálogo entre os povos e esse diálogo estava esquecido agora no nosso tempo e com a beatificação foi reavivado para a paz entre os homens”.

Silvio Negreiros Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus - Campos do Jordão-

SP

Que signifi cado teve para você a Beatifi cação do Papa João Paulo II?

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15O LÁBAROComunicação a serviço da fé

DIOCESE DE TAUBATÉ

Expediente

decanatos / decanos / Paróquias / PárocosDECANATO TAUBATÉ I - Decano: Mons. Marco Eduardo 3632-3316Catedral de São Francisco das Chagas – Mons. Marco Eduardo 3632-3316Nossa Senhora do Rosário (Santuário Sta. Teresinha) – Mons. José Eugênio 3632-2479São José Operário – Pe. Luís Lobato 3633-2388Santo Antônio de Lisboa – Côn. Elair Ferreira 3608-4908São Pedro Apóstolo – Pe. Fábio Modesto 3633-5906Nossa Senhora do Belém – Pe. Valter Galvão 3621-5170São Vicente de Paulo – Pe. Éderson Rodrigues 3621-8145

DECANATO TAUBATÉ II - Decano: Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864Sagrada Família – Pe. Arcemírio, msj 3681-1456Santa Luzia – Pe. Ethewaldo Júnior 3632-5614do Menino Jesus – Pe. Vicente, msj 3681-4334Nossa Senhora Mãe da Igreja – Pe. Emerson Ruiz, scj 3411-7424Nossa Senhora da Conceição (Quiririm) – Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864São Sebastião – Pe. Rodrigo Natal 3629-4535

DECANATO TAUBATÉ III – Decano: Pe. José Vicente 3672-1102Santíssima Trindade – Côn. Paulo César 3621-3267Sagrado Coração de Jesus – Pe. Carlos, scj 3621-4440Senhor Bom Jesus (Basílica de Tremembé) – Pe. José Vicente 3672-1102São José (Jd. Santana-Tremembé) – Pe. Alan Rudz 3672-3836Espírito Santo – Pe. Antônio Barbosa, scj 3602-1250

DECANATO CAÇAPAVA – Decano: Pe. Sílvio Dias 3652-2052Nossa Senhora D’Ajuda (Igreja São João Batista) – Sílvio Dias 3652-2052Santo Antônio de Pádua – Pe. Décio Luiz 3652-6825Nossa Senhora da Boa Esperança – Côn. José Luciano 3652-1832São Pio X (Igreja de São Benedito) – Frei Deonir Antônio, OFMConv 3653-1404Menino Jesus – Pe. Luiz Carlos 3653-5903Nossa Senhora das Dores (Jambeiro) – Pe. Gracimar Cardoso 3978-1165

DECANATO PINDAMONHANGABA – Decano: Pe. Celso Aloísio 3642-1320Nossa Senhora do Bom Sucesso – Côn. Luiz Carlos 3642-2605Nossa Senhora da Assunção (Igreja de São Benedito) – Pe. Celso Aloísio 3642-1320Nossa Senhora do Rosário de Fátima – Côn. Francisco 3642-7035São Miguel Arcanjo (Araretama) – Pe. João Miguel 3642-6977São Benedito (Moreira César) 3641-1928São Vicente de Paulo (Moreira César) 3637-1981São Sebastião (Cidade Nova-Km 90 da Dutra) – Pe. Sebastião Moreira, ocs 3648-1336

DECANATO SERRA DO MAR – Decano: Côn. Amâncio 3676-1228Santa Cruz (Redenção da Serra) – Côn. Amâncio 3676-1228Nossa Senhora da Natividade (Natividade da Serra) – Côn. Joaquim 3677-1110Nossa Sra da Conceição (Pouso Alto-Natividade da Serra) – Côn Joaquim 3677-1110São Luís de Tolosa (São Luiz do Paraitinga) – Pe. Edson Rodrigues 3671-1848

DECANATO SERRA DA MANTIQUEIRA – Decano: Pe. Celso, sjc 3662-1740Santa Terezinha do Menino Jesus (Campos do Jordão) - Pe. Celso, sjc 3662-1740São Benedito (Campos do Jordão) – Pe. Vicente Batista, sjc 3663-1340São Bento (São Bento do Sapucaí) – Pe. Ronaldo, msj 3971-2227Santo Antônio (Santo Antônio do Pinhal) – Côn. Pedro Alves 3666-1127

Horário de MissastAuBAtÉPARÓQUIA DA CATEDRAL DESÃO FRANCISCO DAS CHAGASCatedral de São Francisco das ChagasMissa preceitual aos sábados: 12h / 16h. Aos domingos: 7h / 9h / 10h30 / 18h30 / 20hConvento Santa ClaraMissa preceitual aos sábados: 19h30.Aos domingos: 7h / 9h / 11h / 17h30 / 19h30Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas)Missas aos domingos: 8h30Igreja de SantanaMissa no Rito Bizantino, às 9h30 aos domingosPARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOMatriz: Santuário de Santa TeresinhaAos domingos: 6h30 / 8h / 9h30 / 17h / 19hMissa preceitual aos sábados: 19hPARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIOMatriz: São José OperárioMissa preceitual aos sábados: 12h / 18h. Aos domingos: 7h / 10h30 / 18h / 20hPARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOAIgreja de Santo Antônio de Lisboa(Vila São José)Missas aos domingos: 8h / 19h30PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLOMatriz: São Pedro ApóstoloMissas aos domingos: 8h / 9h30 / 17h18h30 / 20hPARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIAMatriz: Sagrada FamíliaMissas aos domingos: 8h / 10h30 / 17h / 19hPARÓQUIA SANTA LUZIAMatriz: Santa LuziaMissas aos domingos: 10h / 19h30PARÓQUIA MENINO JESUSMatriz Imaculado Coração de MariaMissas aos domingos: 8h / 11h / 19hPARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJAMatriz: Santuário São BeneditoMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 17h30 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOMatriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm)Missa preceitual aos sábados: 19h00.Aos domingos: 8h / 18hPARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADEMatriz: Nossa Senhora das GraçasMissas aos domingos: 7h / 9h / 10h30 / 19hPARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUSMatriz: Sagrado Coração de JesusMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 17h30 19h30PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOMatriz: São Vicente de PauloMissas aos domingos: 7h / 10h / 17h / 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉMMatrizMissa aos domingos: 9h / 19h

CAçAPAVAPARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDAMatriz: São João BatistaMissas aos domingos: 6h30 / 9h30 / 11h 18h30Nossa Senhora D’Ajuda (Caçapava Velha)Missas aos domingos: 10hPARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUAMatriz: Santuário Santo Antônio de PáduaMissas aos domingos: 7h / 9h / 19hComunidade de São Pedro: Vila BandeiranteMissas aos domingos: 17hPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇAMatriz: Nossa Senhora da EsperançaMissas aos domingos: 10h / 19hPARÓQUIA SÃO PIO XMatriz: São BeneditoMissas aos domingos: 6h30 / 9h30 / 11h18h / 20hIgreja São José OperárioMissas aos sábados e domingos: 19h

PARÓQUIA MENINO JESUSMatriz: Menino JesusMissas aos domingos: 6h30 / 10h / 19hCAMPOS dO JORdãOPARÓQUIA SANTA TEREZINHADO MENINO JESUSIgreja Matriz: Santa Terezinha do MeninoJesus (Abernéssia)Missas aos domingos: 7h / 9h / 19hPARÓQUIA SÃO BENEDITOMatriz: São Benedito (Capivari)Missas aos domingos: 10h30 / 18hJAMBEIROPARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORESMatriz: Nossa Senhora das DoresMissas aos domingos: 8h0 / 19hNAtIVIdAdE dA SERRAPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADEMatriz: Nossa Senhora da Natividade Natividade da SerraMissas aos domingos: 9h30 / 19hPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOMatriz: Nossa Senhora da Conceição - Natividade da Serra (Bairro Alto)Missas aos domingos: 2º e 4º Domingos do mês: 10hPINdAMONHANGABAPARÓQUIA NOSSA SENHORADO BOM SUCESSOMatriz: Santuário Nossa Senhora do Bom SucessoMissas aos domingos: 7h / 9h / 11h / 18hPARÓQUIA NOSSA SENHORADA ASSUNÇÃOMatriz: São BeneditoMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 18h / 19h30Igreja Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos(Cidade Jardim)Missas aos domingos: 8h / 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORADO ROSÁRIO DE FÁTIMAMatriz: Nossa Senhora do Rosário de FátimaMissas aos domingos: 7h30 / 9h / 19hPARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César)Matriz: São Benedito (Vila São Benedito)Missas aos domingos: 8hPARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOIgreja Matriz: São Vicente de Paulo (Moreira César)Missas aos domingos: 7h / 9h / 19h30PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO - Cidade NovaIgreja Matriz: São CristóvãoMissas aos domingos: 7h / 19hPARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)Igreja Matriz: Missas aos domingos: 8h / 19hREdENçãO dA SERRAPARÓQUIA SANTA CRUZMatriz: Santa Cruz (Redenção da Serra)Missas aos domingos: 9h30SãO LuIZ dO PARAItINGAPARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSAMatriz: São Luiz de Tolosa(São Luiz do Paraitinga)Missas aos domingos: 8h / 10h30 / 19hSANtO ANtONIO dO PINHALPARÓQUIA SANTO ANTONIO DO PINHALMatriz: Santo AntônioMissas aos domingos: 8h / 10h / 19hSãO BENtO dO SAPuCAÍPARÓQUIA SÃO BENTO DO SAPUCAÍMatriz: São BentoMissas aos domingos: 8h / 10h / 18htREMEMBÉPARÓQUIA SENHOR BOM JESUSMatriz: Basílica do Senhor Bom JesusMissas aos domingos: 7h / 8h30 / 10h /17h 18h30 / 20hIgreja São SebastiãoMissa no Rito Bizantino, às 18hPARÓQUIA SÃO JOSÉMatriz: São José (Jardim Santana)Missa preceitual aos sábados: 18h30. Aos domingos: 7h30 / 10h30 / 19h30

DIOCESE DE TAUBATÉ

MITRA DIOCESANA DE TAUBATÉ - CNPJ 72.293.509/0001-80Avenida Professor Moreira, nº 327. Centro - Taubaté-SPCEP 12030-070Expediente: De Segunda a Sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.Telefone (12) 3632-2855

Bispo Diocesano: Dom Carmo João Rhoden, scjVigário Geral: Mons. José Eugênio de Faria SantosEcônomo e Procurardor: Côn. Luiz Carlos de SouzaChanceler do Bispado: Mons. Irineu Batista da SilvaCoordenador Diocesano de Pastoral: Pe. Kleber Rodrigues da Silva

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16 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

de desentupimento de esgotos.Os resultados do PROL servi-

ram de modelo para a amplia-ção do programa a diferentes localidades. No início de março, a professora Marisa Cardoso da Universidade de Taubaté (Uni-tau), adaptou a campanha ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) e levou alunos do Departamento de Ciências Biológicas da Uni-tau para a Escola Estadual Jac-ques Félix. Lá, ela e os alunos desenvolveram um trabalho de conscientização ambiental para os estudantes.

O professor Paulo Fortes, co-ordenador do “Unitau reciclan-do”, afirma que o PROL é de grande importância para a co-munidade. “O óleo jogado nas pias de casa acaba contaminan-do os córregos, trazendo dificul-dades e gastos, pois o óleo pode provocar entupimentos nas ins-talações internas e nas próprias redes de coleta de esgoto”, expli-ca o professor.

Os moradores levam, em gar-rafas pet, o óleo usado para os pontos de coleta, onde são ar-mazenados em tonéis. A Sabesp é responsável pela remoção e en-

Campanha de reciclagem de óleo traz conscientização ecológica

CIDADANIA EM PAUTA

Pierre Cruz*

vio do óleo para a empresa pro-dutora de biodiesel, a Lírium. Serão produzidos biocombus-tível e glicerina com o material coletado; um litro de óleo equi-vale a 0,95 litros de biodiesel. Com esse óleo, é gerada uma renda destinada a comunidade carente. Em Taubaté, o dinhei-ro vai para a Avape (Associação para valorização de pessoas com deficiência), organização filan-trópica de assistência social, e o Centro de Educação Paulo Sou-za.

A responsável pela coleta de óleo na Avape, Benedita Sebas-tiana da Costa, informou que a instituição já recebeu 2980 litros do material. “A expectativa é a de bater um recorde em maio, a divulgação tem sido muito eficiente e muitas pessoas que não conheciam o projeto se in-teressaram em participar. Temos muito apoio da sociedade, prin-cipalmente de escolas da cida-de”, conta Benedita. A campanha mobilizou morado-res de locais pertos dos pontos de coleta e estudantes dos de-partamentos onde também se encontram tonéis.

Os danos causados ao meio ambiente pelo despejo indevido de óleo de cozinha nos ralos e nas pias de casa trouxeram preocupação às entidades protetoras do meio ambiente. Entre elas, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) se destacou, em 2007, ao criar o Programa de Reciclagem de Óleo de Fritura (PROL) em parceria com a Sociedade de Amigos de Bairro Cerqueira César (SAMOORC) e a ONG Trevo. Na área piloto onde o programa foi inicialmente adotado constatou-se redução de 26% no número

Diferentes campanhas em parceria com a Sabesp fazem a coleta e reciclagem de óleo de fritura no município de Taubaté

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Tonel onde as garrafas com óleo são armazenadas na Escola Estadual Jacques Félix.

MEIO AMBIENtE

Quando o óleo de fritura atinge os corpos d’água (rios, lagos e mares), acontece um processo de degradação do material por microorganismos presentes em que é consumido todo o oxigênio dissolvido. Com a escassez de oxigênio, a fauna aquática é afetada e peixes, crustáceos e moluscos não conseguem respirar.

No solo, o efeito é de proliferação indesejável de microorganismo e fermentação. “um litro de óleo pode contaminar até 10 mil litros de água limpa, é um impacto muito agressivo. Além disso, o óleo dificulta a biodegradação, obstrui a rede de esgoto e provoca o acúmulo de outros poluentes”, explica o professor Ademir Fernando Morelli, doutor especialista na área de impactos ambientais.

*Pierre Cruz é aluno do segundo ano de jornalismo da UNITAU

Este espaço tem a colaboração dos alunos de jornalismo da Universidade de Taubaté.

Comissão diocesana participa do 4º Encontro de Legisladores e Governantes em defesa da Vida

A Comissão Diocesana em Defesa da Vida da Diocese de Taubaté participou no último dia 27 de abril da reinstalação da Frente Parlamentar em Defesa da Vida no Congresso Nacional.

Na ocasião a Diocese de

Taubaté propôs a PEC pela Vida à Frente Parlamentar em Defesa da Vida, no 4º Encontro de Legisladores e Governantes em Defesa da Vida, realizado no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília, na manhã de 27 de abril.

A proposta foi sugerida pelo Prof. Hermes Rodrigues Nery, coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e Movimento Legislação e Vida, que coordena também a campanha “São Paulo pela Vida”, que visa incluir na constituição estadual, o direito a vida, desde a fecundação, por iniciativa popular.

Durante seu pronunciamento, na tribuna, ele fez um apelo aos deputados federais presentes, para que somasse esforços na inclusão do direito à vida, desde a concepção até a morte natural, na Constituição Federal, explicitando no art. 5º da Carta Magna, a inviolabilidade da vida humana, “desde a fecundação”.

A proposta foi acolhida pelo presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida, Deputado Federal Salvador Zimbaldi, que assumiu o compromisso de trabalhar nesse sentido, nesta legislatura.

Em sua fala, o Prof. Hermes

também chamou a atenção ao caráter ideológico do projeto Rede Cegonha, do Governo Federal, cujos princípios expostos pela representante do Ministério da Saúde, Maria Ester de Albuquerque Villela, “estão pautados na ideologia de gênero, na contracepção e nos direitos sexuais e reprodutivos, princípios estes contidos no PNDH3(Plano Nacional dos Direitos Humanos), que buscam num futuro próximo tornar o aborto como direito humano”.

FONTE: Wagner Mourah t t p : / / d i a s i m d i a t a m b e m . w o r d p r e s s .com/2011/04/29/emenda-constitucional-pela-vida/

Dra. Lenise Garcia, deputado federal Salvador Zimbaldi e Prof. Hermes Rodrigues Nery no 4º Encontro de Legisladores e Governantes em Defesa da Vida