Jornal O Lábaro

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C O M U N I C A Ç Ã O A S E R V I Ç O D A F É “O que vos digo ao pé do ouvido proclamai-o por sobre os telhados” (Mt 10,26). Distribuição Gratuita Ano CIII - Edição nº 2.111 - Fevereiro 2012 www.diocesedetaubate.org.br O LÁBARO Pág. 8 e 9 CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012 PROMOVE DEBATE SOBRE SAÚDE Durante a Quaresma, Diocese de Taubaté quer conscientizar a comunidade sobre a responsabilidade de cuidar e de ser cuidado, para que todos tenham uma vida saudável e digna. Pág. 16 Eventos conquistam jovens fiéis da Diocese PARÓQUIA SÃO JOSé OPERÁRIO é INAUGURADA EM CAçAPAVA Pág. 7 Dom Carmo ordena mais um sacerdote para o clero de Taubaté Pág. 6 CURTA A PÁGINA DE NOSSA DIOCESE NO facebook.com/diocesedetaubate CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012 PROMOVE DEBATE SOBRE SAÚDE INTERNAUTAS OPINAM SOBRE A SAÚDE PÚBLICA Pág. 4

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Edição nº 2.111 - Fevereiro 2012

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Page 1: Jornal O Lábaro

1O LÁBAROComunicação a serviço da fé

• C O M U N I C A Ç Ã O A S E R V I Ç O D A F É •

“O que vos digo ao pé do ouvido proclamai-opor sobre os telhados” (Mt 10,26).

Distribuição GratuitaAno CIII - Edição nº 2.111 - Fevereiro 2012w w w. d i o c e s e d e t a u b a t e . o rg . b r

O LÁBARO

pág. 8 e 9

Campanha da Fraternidade 2012promoVe deBate soBre saÚdeDurante a Quaresma, Diocese de Taubaté quer conscientizar a comunidade sobre a responsabilidade de cuidar e de ser cuidado, para que todos tenham uma vida saudável e digna.

pág. 16

eventos conquistam jovens fiéis da dioceseparÓQUia sÃo José operÁrio é inaUGUrada

em CaçapaVapág. 7

dom Carmo ordena mais um sacerdote para o clero de taubaté

pág. 6

CURTA A PÁGINA DE NOSSA DIOCESE NO

facebook.com/diocesedetaubate

Campanha da Fraternidade 2012promoVe deBate soBre saÚde

internaUtas opinam soBre a saÚde pÚBliCapág. 4

Page 2: Jornal O Lábaro

2 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

A saúde pública é uma questão

crucial de nosso tempo. Embora a

Constituição Brasileira defina, con-

forme o Art. 196, que todos têm di-

reito à saúde e que este é um dever do

Estado, a saúde pública sempre foi

colocada de lado como que questão

de importância menor. Nos debates

políticos em ocasiões eleitorais, ela

sempre ocupa o primeiro lugar nos

planos de governo, mas só no papel.

Como tantas outras questões cru-

ciais, tornou-se peça de um discurso

puramente demagógico.

Mas é papel da sociedade, e nisto

consiste a cidadania, vigiar para

que o Estado faça valer os direitos

constitucionais. A Igreja Católica,

como instituição que está inserida

na sociedade e é parte dela, há

muito tem se preocupado com

os problemas sociais e dado uma

preciosa contribuição, tanto na

reflexão desses problemas quanto em

iniciativas concretas e efetivas para

ajudar a solucioná-los. Desde 1966,

é lançada todo ano, por ocasião do

Tempo Quaresmal, a Campanha da

Fraternidade (CF), que sempre traz

à tona, a partir do método pastoral

“Ver, Julgar e Agir”, a reflexão de

um problema social urgente. Neste

ano, a Campanha da Fraternidade

aborda a saúde pública, com o lema:

“Que a saúde se difunda sobre a

terra”. Nesta edição, O Lábaro traz

uma reportagem especial sobre este

tema, apresentando um pouco do

cenário desta questão e mostrando

como a Campanha será realizada

na Diocese de Taubaté.

Com a Quarta-feira de Cinzas, a

Igreja entra num novo tempo litúr-

gico: a Quaresma. Durante quarenta

dias, os cristãos católicos são convi-

dados a uma atitude de recolhimento

mais intenso, com jejuns e orações,

como modo de se prepararem para

a grande celebração da Páscoa do

Senhor. É um tempo de penitência e

atitudes de conversão, que se expres-

sa no amor-solidário aos irmãos.

Boa Leitura!

A Campanha da Fraternidade

de 2012 é urgente e necessária.

Deus quer que seus filhos tenham

saúde. Plena. Integral. Portanto,

saúde física, psíquica, social, mo-

ral e espiritual. Jesus o demonstrou

em suas atitudes, curando doentes,

perdoando pecados, expulsando

demônios, e integrando as pesso-

as na comunidade. Quanto este-

jamos necessitando de mais saúde

no Brasil, o sabemos. A situação,

já, melhorou bastante. Muito, no

entanto, falta por fazer. Exijamos

do governo, mas façamos também

a nossa parte. Como exigir das ins-

tituições, se não cuidarmos da saú-

de pessoal, e se não colaborar-nos

com a pública? Há muito por fazer.

Possamos nós, discípulos do Se-

nhor, dar o exemplo. O cristão não

pode ser individualista. É pessoa.

Pertence a uma família. É membro

da Igreja. Foi ajudado. É ajudado.

Agora, cabe-lhe fazer o mesmo.

É esta temática que deve ser

devidamente aprofundada e assu-

mida na Diocese. Ela não é exclu-

sivamente tarefa do governo, mas

de todos: das pessoas, das Associa-

ções, Instituições, ONGs, Escolas

e das Igrejas também. Não somos

ilhas. Convivemos. Podemos trans-

mitir doenças e sermos também

contaminados. Cabe-nos cuidar

da saúde pública, cuidando, por

exemplo, do nosso meio ambiente,

não contaminando rios, lagoas...

zelando pelas fontes aqüíferas.

Precisamos cuidar mais e melhor

das florestas, das árvores de lei. Do

ar. Cabe-nos combater a dengue e

congêneres. Temos uma grande

responsabilidade social. Não vou

falar de dados mais técnicos, de ci-

fras, mas da responsabilidade pú-

blica e privada, da obrigação dos

governos e da responsabilidade

das pessoas e dos grupos.

Todos nós precisamos cuidar

também de nossa saúde. Não tem

autoridade de exigir mais saúde

pública, quem não zelar pela

pessoal ou particular. Este assunto

é grave. Sou responsável pela

minha saúde. Não posso comer,

nem beber demais, nem alimentar

atitudes não saudáveis. Preciso ir

ao médico com esmero. Preciso

cuidar da velocidade do carro...

e de não expor facilmente minha

vida e a vida de outros. Preciso

zelar física, psíquica, moral, social

e espiritualmente da minha vida.

Só quem cuidar, devidamente, de

todos estes aspectos pode ter saúde

pessoal e influenciar, positivamente,

naquela pública.

Quem reflete sobre a saúde, já

faz bastante, mas não o suficiente.

É preciso agir. Boas intenções são

necessárias e prioritárias, mas não

bastam. É preciso fazer algo, susci-

tando toda uma cultura da saúde,

pela atenção aos enfermos, aos ne-

cessitados, aos químico-dependen-

tes. É preciso lutar

pela melhoria do

sistema público

de saúde. Não se

trata tanto acusar,

mas de agir pesso-

al e comunitaria-

mente em prol da

saúde. Conscien-

tizar. Mobilizar

as forças existen-

tes. O texto-base quando trata dos

objetivos específicos é bem claro.

Usemo-lo em família, em grupos.

Organizemo-nos. A saúde pública

é fruto de pequenas, mas constan-

tes conquistas. Já existe a pastoral

da saúde em sua comunidade? A

da criança e a dos idosos? É pre-

ciso acompanhar melhor o que é

feito pelos governos, começando

pelo municipal. Como estão nossos

pronto-socorros, nossos SUS? Nos-

sos hospitais? Os remédios a quem

tem direito, são acessíveis? Para

onde vão os recursos da saúde? O

governo não está subtraindo uns R$

7.000,000,00 da saúde, neste ano de

2012, refazendo seus gastos? Se não

zelarmos, hoje, pela saúde pública,

amanhã, estaremos comprometen-

do o futuro de muitos irmãos e ir-

mãs. O nosso também.

Fraternidade sim: saúde pública

também. Zelemos pela nossa saúde

e a da comunidade. Para melhorar o

sistema (da saúde) não bastam dis-

cursos e promessas. São necessárias

atitudes, lutas e insistência. Há muito

por fazer. Reunamo-nos para refletir

sobre a temática

da Campanha.

Assumamo- la .

Convertamo-nos

para melhorarmos

o bem comum.

Façamos pressão

e usemos os meca-

nismos que temos

para exigir nos-

sos direitos, as-

sumindo nossos deveres. O tempo

quaresmal é oportuno para refletir,

orar e converter-se, principalmen-

te, tendo presente o exemplo de

Jesus. Boa Campanha da Fraterni-

dade para todos!

A VOZ DO PASTOR

“Fraternidade e saúde pública”“Que a saúde se difunda sobre a terra!” (Cf. eclo 38,8)Dom Carmo João Rhoden, scj

EDITORIAL

- EXPEDIENTE

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO DA DIOCESE DE TAUBATÉAvenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070Diretor: Pe. Kleber Rodrigues da SilvaEditor e Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes, msj – MTE 62.839 / SPConselho Editorial: Pe. Kleber Rodrigues, Pe. Jaime Lemes, Pe. Silvio Dias, Pe. Rodrigo Natal, Mons. Marco Silva, Henrique Faria, Eliane Freire, Valquíria Vieira e Diego Simari.Revisão: Eliane FreireProjeto Gráfi co: Diego SimariImpressão: Katú Editora Gráfi caTiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuitaContatos: Tel.: (12) 3632-2855 / ramal: 216 (Redação) E-mail: [email protected]

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opnião deste veículo.

O LÁBAROComunicação a serviço da fé

CF- 2012: a saúde pública colocada em pauta

“É preciso fazer algo, suscitando

toda uma cultura da saúde, pela atenção aos enfermos, aos necessitados, aos

químico-dependentes”

Page 3: Jornal O Lábaro

3O LÁBAROComunicação a serviço da fé

DA REDAÇÃO

Uma palavra de agradecimentoQuando fui convidado para co-

ordenar o novo projeto editorial d’O Lábaro, fiquei muito feliz, porque além de poder colaborar com a Diocese, eu estaria fazen-do aquilo que um jornalista mais quer e que o realiza: trabalhar num jornal. Posso dizer, sem som-bra de dúvidas, que foi mesmo um tempo de realização. Cada edição concluída era como um filho, não só para mim, mas para todos os que estavam envolvidos no pro-cesso. Quem faz jornal sente as dores e as alegrias de um parto. Só quem já passou pela experiên-

cia consegue entender realmente o que estou falando. Com esta edi-ção, completaram-se dez doloro-sos e prazerosos partos. E é com esta edição que também deixo o trabalho com O Lábaro. Como padre religioso que sou, devo estar sempre à disposição do meu Insti-tuto, para atender às urgências da missão. Afinal, o nosso lema é “Ir aonde a Igreja necessitar de nós”. Seria incoerente se não abraçasse esse carisma. Em março, vou as-sumir a Paróquia São Sebastião, em Japurá, no Paraná, Diocese de Umuarama. Agradeço ao Dom

Carmo e ao Pe. Kle-ber pela confiança, aos membros do Conselho Edito-rial pelo apoio, ao colaborares, e, de modo particular, ao Diego Simari e à Eliane Freire, que foram fundamen-tais em todo esse processo e com quem compartilhei as aflições e alegrias nas muitas tardes e noi-tes de fechamento do jornal. Um agradecimento especial também a

você leitor, que dá sentido ao nos-so trabalho. Conto com as orações de todos. Que Deus os abençoe! Paz e Luz... Sempre!

Pe. Jaime Lemes, msj

NSA SRA RAINHA DOS ANJOSESPÍRITO SANTOMENINO JESUS (CAÇAPAVA)MENINO JESUS (TAUBATÉ)NSA SRA D’AJUDANSA SRA DA ASSUNÇÃONSA SRA CONCEIÇÃONSA SRA DA BOA ESPERANÇANSA SRA DA NATIVIDADENSA SRA DAS DORESNSA SRA DO BELÉMNSA SRA DO BOM SUCESSONSA SRA DO ROSÁRIONSA SRA DO ROSÁRIO DE FÁTIMANSA SRA MÃE DA IGREJASAGRADA FAMÍLIASAGRADO CORAÇÃO DE JESUSSANTA CRUZSANTA LUZIASANTA TEREZINHA DO MENINO JESUSSANTÍSSIMA TRINDADESANTO ANTÔNIO DE LISBOASANTO ANTÔNIO DE PÁDUASANTO ANTÔNIO DO PINHALSÃO BENEDITO (CAMPOS DO JORDÃO)SÃO BENEDITO (MOREIRA CÉSAR)SÃO BENTOSÃO CRISTÓVÃOSÃO FRANCISCO DAS CHAGASSÃO JOSÉSÃO JOSÉ OPERÁRIOSÃO LUIZ DE TOLOSASÃOMIGUEL ARCANJOSÃO PEDRO APÓSTOLOSÃO PIO XSÃO SEBASTIÃOSÃO VICENTE DE PAULO (STO ANTÔNIO DO PINHAL)SÃO VICENTE DE PAULO (TAUBATÉ)SENHOR BOM JESUS

TOTAL

45% DIOCESE20% REGIONAL SUL 1 - CNBB35% CNBB - NACIONAL

R$ 223,00R$ 1.711,00

R$ 1.280,00R$ 3.300,00R$ 1.615,00

R$ 1.676,20R$ 61,15R$ 110,00

R$ 1.849,30R$ 1.950,00R$ 572,25R$ 4.213,20R$ 840,75R$ 3.415,00R$ 938,00R$ 1.418,00R$ 1.312,45R$ 1.085,00R$ 390,00R$ 576,35R$ 460,70R$ 1.139,60R$ 1.663,20R$ 875,25R$ 1.040,00R$ 1.873,47R$ 1.676,90R$ 400,00

R$ 935,80R$ 2.404,05R$ 1.176,50R$ 881,00

R$ 2.100,00

R$ 45.163,12

R$ 20.323,40R$ 9.032,62R$ 15.807,09

Coleta “para eVanGeliZaçÃo” 2011 DECRETO

Foto

: Arq

uivo

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O LÁBAROComunicação a serviço da fé4

É impossível falar da família sem lembrar o papel importante que nela desempenha a mulher. É provável que, sob certos aspectos, este papel seja mais importante que o do homem. Porque no con-texto familiar há um profundo to-que de feminilidade, sem o qual este contexto desapareceria.

Não é, entretanto, com a ótica simplesmente sexual que é preci-so considerar a função da mulher dentro do matrimônio. Embora seja, na verdade, o seu sexo que explica todos os aspectos psicoló-gicos, indispensáveis na formação de um lar, é necessário que não se considere “coisa” o sexo. Ele é essencialmente o modo de ser de uma “pessoa’ que deve ser amada, querida e respeitada na sua dig-nidade espiritual, que emoldura também o sexo.

É sob este aspecto espiritual (a mulher é possuidora de uma alma à semelhança de Deus) que a mulher deve ser considerada e valorizada, tanto na família quanto na sociedade.

Sob este ponto de vista, não existe inferioridade da mulher diante do homem. Não há “sexo frágil”. Homem e mulher são iguais. São pessoas. E porque pes-soas, igualmente responsáveis na doação recíproca do matrimônio,

não há por onde a mulher se tor-nar um “objeto”.

“É de ressaltar-se antes de tudo — ensina-nos o Papa João Paulo II na Familiaris Consortio — a igual dignidade e responsabilida-de da mulher em ralação ao ho-mem: tal igualdade encontra uma forma singular de realização na doação recíproca de si ao outro e de ambos aos filhos. Doação que é específica do matrimônio e da família” (n. 22).

Desta igual dignidade e respon-sabilidade resultam consequências muito importantes para o mo-mento que estamos vivendo. Uma destas consequências se refere à promoção da mulher no contexto social. A outra, à condenação do aviltamento de sua imagem, quan-do ela passa a ser “objeto” e não “pessoa” relativamente ao homem.

Sem dúvida, é compreensível que a igualdade da mulher en-quanto pessoa humana reivindi-que para ela, no mundo hodierno, os mesmos direitos e uma verda-deira promoção feminina no novo projeto da sociedade. Assiste-lhe o direito ao trabalho, e nele o di-reito ao exercício das funções pú-blicas e até políti-cas.

Contudo, ob-serva o ensina-mento da Fami-liaris Consortio: “Por outro lado, a verdadeira pro-moção da mulher exige também que seja clara-mente reconheci-do o valor da sua função materna e familiar em con-fronto com todas as outras tarefas públicas e com to-das as outras pro-fissões” (n. 23).

E mais. “Se há que reconhecer as mulheres, como aos homens, o direito de ascender às diversas ta-refas públicas, a sociedade deve es-truturar-se, contudo, de maneira tal que as esposas e as mães não sejam de fato constrangidas a trabalhar fora de casa e que a família possa dignamente viver e prosperar, mes-mo quando elas se dedicam total-

SOB O OLHAR DA FÉ

a família e a mulherD. Antônio Affonso de Miranda, sdn*

*Dom Antônio Aff onso de Miranda é bispo emérito de Taubaté e membro da Acadêmia Taubateana de Letras

mente ao lar próprio” (ib.).Como se vê, a doutrina da Igre-

ja, mil vezes repetida, aí reapare-ce: a função principal da mulher, que a dignifica e enobrece, é a função materna com a dedicação ao lar. Esta função, normalmen-te, jamais deve ser sacrificada por outras tarefas, mesmo se estas se fazem necessárias.

A segunda consequência da igualdade espiritual entre o ho-mem e a mulher é que esta não pode jamais fazer-se nem consentir que outros a façam simplesmente “objeto”, em vez de “pessoa”.

“Familiaris Consortio” lastima a ofensa que hoje se faz à dignida-de da mulher e aponta as conse-quências daí resultantes: “Infeliz-mente, a mensagem cristã acerca da dignidade da mulher vem sen-do impregnada por aquela persis-tente mentalidade que considera o ser humano não como pessoa, mas como coisa, como objeto de compra e venda, ao serviço de um interesse egoístico e exclusivo do prazer: e a primeira vítima de tal mentalidade é a mulher. Esta mentalidade produz frutos bas-tante amargos, como o desprezo

do homem e da mulher, a escra-vidão, a opres-são dos fracos, a pornografia, a prostituição — sobretudo quan-do é organizada — e todas aque-las várias discri-minações que se encontram no âmbito da educa-ção, da profissão, da retribuição do trabalho, etc.” (n. 24).

Nunca será demais repetir que há uma ver-

dadeira imagem da mulher a ser reconstituída pelo senso crítico diante da perda dos valores. Esta imagem é transmitida pela Bíblia: “a mulher é companheira do ho-mem, semelhante a ele (Gn 2,18) para se tornar mãe de seus filhos (Gn 3,20).

“A função principal da mulher,

que a dignifi ca e enobrece, é a

função materna com a dedicação ao

lar. Esta função, normalmente, jamais deve ser sacrifi cada por outras tarefas, mesmo se estas se

fazem necessárias.”

PONTO DE VISTA

Como você avalia a saúde pública hoje em dia?

“Infelizmente, nossa saúde pública está um caos. Quem pode, acaba pagando convênio, que também não é

garantia de bom atendimento.”.ANA CLARA PRADO – Paróquia São Sebastião - Taubaté-SP

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“A questão da saúde pública está preocupante, tanto na estrutura quanto na formação dos médicos. Vejo

dificuldades para o agendamento, que muitas vezes precisa ser feito de madrugada por conta das filas, e o momento do atendimento, quando há pouca atenção e o paciente não se sente acolhido com o cuidado necessário”.CIDA NÁPOLES – Secretariado de Pastoral

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“Está um caos, é triste. Falta amor nas pessoas, no momento de uma consulta. Falta até mesmo amor à

profissão. Uma consulta, ás vezes, é muito fria, muito distante, não é humanizada”.IVANISE SANTANA DE LIMA – Paróquia Menino Jesus, Comunidade São José Operário - Taubaté-SP

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“Acho que ela precisa ser mais fiscalizada e dada a quem realmente precisa! Muita gente usufrui dela e

está no “comodismo”. Precisamos ser mais rigorosos com os governantes para eles realmente enxergarem o que acontece e não acontece na saude publica”.RENATO CUGINI JUNIOR – Paróquia São José Operário - Taubaté-SP

Foto

: sxc

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Page 5: Jornal O Lábaro

O LÁBAROComunicação a serviço da fé 5

Uma realidade comum às religi-

ões é usar da metáfora da luz para

acenar uma realidade transcenden-

te, uma divindade ou um estado

de vida. Naturalmente, ouvimos

dizer que alguém é iluminado por

Deus, quando não, em nossas pre-

ces, pedimos a graça de sermos ilu-

minados. De fato, viver na luz não

é graça ou mérito de poucos, mas

vocação à qual todos somos cha-

mados. Quando a Igreja propõe

celebrar, e de fato o faz, a memória

da bem-aventurada Virgem Maria,

sob o título de Nossa Senhora das

Candeias, faz expressar o que cada

fiel traz consigo como tesouro em

potes de argila: o carinho à Mãe de

Deus, que em sua missão foi ilumi-

nada pelo Altíssimo, sendo assim

reconhecida pela comunidade de

fé como Senhora da Luz.

Não celebramos esta memória

como se fosse privilégio de alguém,

mas como momento oportuno em

que todos podem se sentir inse-

ridos na mesma dinâmica de fé,

para acolher a luz de Cristo, na li-

berdade de filhos de Deus. Somos,

na Luz, a luz que no mundo deve

sempre iluminar e reluzir tanto

quanto o sol a acariciar as criaturas

num dia de frio. (Mt 5,14). Tanto

em Mateus, quanto em São Paulo,

encontramos expressa a missão de

cada um e da comunidade de ilu-

minar a realidade em que vivemos

(Fil 2,15). Em primeiro lugar, Deus

em maria contemplamos a luz de Cristo

Falando de Maria

é a Luz que ilumina e dá sentido a

tudo quanto existe, do visível ao in-

visível. É da Luz, portanto, que re-

cebemos o dom de iluminar, visto

que tão próximos estamos do Cria-

dor; não como criatura, mas como

filhos, no Filho, pelo Espírito (Rm

16,8; Gl 3,26; Ef 1,5).

A vocação a que nos referimos

torna-se também missão na urgên-

cia atual do testemunho da fé. So-

mente desta forma perceberemos

as realidades singulares que devem

ser, à luz do Evangelho, ilumina-

das, para que no Cristo, Luz-da-

Luz, sejam transfiguradas. Este é

um dos assuntos mais recorrentes

nas Diretrizes que norteiam a ação

evangelizadora da Igreja no Brasil *Eliano Rodrigues é seminarista Missionário de São José e cursa o 4º ano de Teologia

Eliano Rodrigues*

até o ano de 2015. De fato, a ur-

gência do testemunho faz-nos per-

ceber que não deve haver distância

mínima entre o que cremos e o que

fazemos. Que nossa vida testemu-

nhe, em nosso agir, Aquele o qual

um dia permitiu-nos fazer consigo

um encontro muito singular e pes-

soal.

Maria, a Senhora das Candeias,

inspire-nos e motive-nos a assumir

esta vocação, bem como esta mis-

são. Ela, que singularmente foi a

vocacionada do Pai, nos fortaleça

em nossa caminhada de Igreja,

para que se faça em nosso meio a

vontade do Altíssimo.

Quando penso em espiritualidade, vem à minha mente uma entrevista que certa vez foi realizada com o Da-lai-Lama. A pergunta foi a seguinte:

— O que é espiritualidade?Para surpresa do repórter, a respos-

ta foi extremamente simples: — Espiritualidade é aquilo que

produz no ser humano uma mudança interior.

O repórter surpreso, mas confuso, perguntou:

— Mas se eu praticar a religião e observar as tradições, isso não é espi-ritualidade?

O Dalai-Lama coçou sua cabeça e respondeu:

— Pode ser espiritualidade, mas, se não produzir em você uma transfor-mação, não é espiritualidade.

E acrescentou:— Um cobertor que não aquece

deixa de ser cobertor.Então, o repórter o indagou:— A espiritualidade muda ou é

sempre a mesma coisa?E o Dalai-Lama falou:— Como dizem os antigos, os tem-

pos mudam e as pessoas mudam com ele. O que ontem foi espiritualidade, hoje não precisa mais ser. O que em geral se chama de espiritualidade é apenas a lembrança de antigos cami-nhos e métodos religiosos.

E arrematou:— O manto deve ser cortado para

se ajustar aos homens. Não são os ho-

mens que devem ser cortados para se ajustar ao manto.

Belíssima visão de espiritualidade, visão essa que nos aponta que espi-ritualidade é o que produz em nós mudança, que nos transforma, nos faz diferentes. Com isso, podemos ter na espiritualidade cristã o ensejo que nos transforma, ou melhor, nos confi-gura a uma pessoa: Jesus Cristo. Ou, ao menos, com isso deveria acontecer uma espiritualidade que nos tornasse semelhante a aquilo que buscamos.

Vale lembrar que o ser humano é o ser de mudança, nós não fomos criados prontos e acabados, mas sim estamos sempre em processo de evo-lução, como aponta Pierre Teilhard de Chardin, padre, teólogo, filósofo e paleontólogo francês. Estamos num processo de evolução até chegarmos ao ser humano perfeito, isto é, nosso mestre Jesus Cristo.

Por isso, podemos afirmar que so-mos capazes de Deus, somos criados para Ele. A verdadeira espiritualidade nos aproxima Dele e nos permite ser transformados pela Sua graça. Sen-do assim, a espiritualidade deve ser cultivada. Ouso dizer que, da mes-ma maneira que comemos, bebemos e fazemos as necessidades biológi-cas – porque tudo isso é intrínseco a nós – também precisamos da espiri-tualidade. Pois, sem Deus nós mor-reríamos. Não uma morte física, mas espiritual. Para que me serve

espiritualidade: Um encontro com deus que nos modifi ca

ESPIRITUALIDADE

um cobertor se eu não me cubro?Podemos citar a experiência da-

queles que fizeram um encontro apaixonado por Deus: “Distante de ti Senhor não posso viver, não vale a pena existir”. Quantos de nós não passamos por uma experiência pro-funda com Deus em um determina-do dia ou momento! Lógico, longe aqui de confundir experiência com sentimentalismo. Isso me recorda a experiência profunda paulina ao ponto de dizer: “Nele vivemos, Nele movemos e Nele existimos” (At 17, 28). Ou em outra passagem, na qual o mesmo apóstolo nos aponta: “Não sou eu mais quem vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). Uma espiritualidade que o toca e o trans-forma, essa é a experiência do cristão: não mais viver por viver, entretanto, uma vida por Jesus. Com isso, pode-mos afirmar que uma espiritualidade apaixonada modifica a pessoa para a comunidade (entendida globalmen-te e não simplesmente a assembleia reunida na Igreja), para o cotidiano, para ver a vida de forma diferente. Sendo assim, a espiritualidade é o que nos dá força para enfrentar o dia a dia de nossas vidas.

Pois bem, como cultivar nossa espiritualidade?

Existem vários e bons caminhos para isso. Uma boa opção é a Leitura Orante da Palavra de Deus. É preciso estarmos abertos, ou melhor, vazios

Cleiton William*

de nós mesmos para conhecermos mais de Deus. Como a experiência do profeta Samuel: “Fala, Senhor, que teu servo escuta”.

Além disso, temos a vida de ora-ção. Cito as práticas de piedade po-pular, como o exercício da espirituali-dade mariana por meio da oração do terço, por exemplo. Existem ainda os retiros, dos quais podemos participar, nos aprofundar e mergulhar mais em Deus. E por que não uma boa músi-ca bem orquestrada, um bom livro, como os de Anselm Grün?

Estamos chegando ao tempo litúr-gico da quaresma, um tempo forte e propício para alimentar e aprofundar nossa espiritualidade; tempo voltado para a penitência. Contudo, é um tempo que também somos chama-dos a experimentar profundamente o amor de Deus. É hora de procurar-mos retomar o caminho espiritual de onde paramos e não nos separar mais Daquele que nos ama.

Para concluir, quero salientar que a nossa espiritualidade é sempre a partir de baixo, isto é, a nossa expe-riência de Deus passa pela realidade, feita de felicidades, tristezas, quedas e pecados. O meu pecado não é des-culpa para eu me afastar de Deus, mas, ao contrário, é a possibilidade de eu reconhecer os meus limites e perceber como necessito Dele.* Cleiton William é seminarista da Diocese de Taubaté e cursa o 3º ano de Teologia

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6 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

DIOCESE EM FOCO

representante da Comissão diocesana de liturgia conclui curso de atualização litúrgica

No último dia 28 de janeiro, o seminarista Diego de Paula Cam-pos encerrou o curso de especia-lização em Liturgia, promovido pela equipe do Centro de Litur-gia “Dom Clemente Isnard”, em parceria com o Campus Pio XI do centro UNISAL. Estruturado em duas etapas, ou seja, dois ja-neiros consecutivos em regime de internato, o curso tem como objetivo construir um saber te-ológico-litúrgico, com propos-tas para a Liturgia no Brasil, à luz da renovação proposta pelo Concílio Vaticano II, além de outros pronunciamentos do magistério da Igreja, em parti-cular na América Latina e, es-pecialmente, no Brasil.

O seminarista Diego, que é membro da comissão diocesana de Liturgia de Taubaté, relata que a experiência vivenciada pelo cur-so se dá em vários âmbitos. “Gos-taria de destacar a experiência que obtive ao ter contato com pessoas das mais diversas regiões do Bra-sil e até mesmo países vizinhos ao nosso. Junto aos participantes, conheci as mais diversas riquezas culturais vividas pelo nosso povo. Além disso, temos uma visão ge-ral de como andam nossas cele-brações por todo Brasil e até fora. Havia participantes do curso pro-vindos de Caracas, na Venezuela, da Diocese de Chapecó (SC), do Maranhão, de Cantagalo (PR), de Salvador, de Belo Horizonte,

de Manaus, en-tre outras regi-ões do Brasil”.

Outro elemento que enriquece o curso é a dinâmica dos assessores, ex t remamente capacitados nas mais diversas

áreas. “Os assessores trazem a riqueza de seus ensinamentos e desvendam a arte de celebrar e vivenciar o Mistério de Cristo. Alguns assessores nos encantam com suas experiências de vida, por exemplo, Pe Gregório Lutz, Ione Buyst, José Ariovaldo, Maria da Penha Carpanedo, Pe. Hernaldo Pinto Faria”, salienta o seminarista Diego.

Vale destacar que o curso não se dá apenas em aulas expositivas, mas também por meio de celebra-ções: o Ofício Divino das Comu-nidades, a Celebração da Palavra, as Celebrações Eucarísticas, vi-vências de laboratório e trabalhos em grupos. Tudo isso dá uma

característica particular ao curso, que também proporciona visitas a uma sinagoga e a igrejas orien-tais, como também uma romaria ao Santuário da Mãe Aparecida. Tudo isso acompanhando e de-senvolvido pelos coordenadores do curso, Ir. Veronice Fernandes e Jeferson Gonçalo Ribeiro.

“Poderia relatar uma infinida-de de experiências que em muito me ajudaram a vivenciar o dese-jo da Sacrosanctum Concilium, onde fica expresso o desejo da Mãe Igreja de ter fiéis que partici-pem conscientemente, ativa e fru-tuosamente (SC 11). Aproveitan-do a oportunidade, faço o convite a todas as pessoas a conhecerem e tomarem parte dessa experiên-cia, pois, a partir de janeiro do ano que vem, inicia uma nova etapa deste curso”, enfatiza o seminarista. Para obter mais informações sobre o curso, po-de-se entrar em contato com Ir. Veronice, pelo (11) 3726-4833, ou pelo E-mail: atualizaç[email protected].

mais um presbítero é ordenado para o clero de taubaté

Após dez anos de caminhada vocacional, tendo passado pela experiência de diácono transi-tório, Leandro Alves de Souza recebeu o segundo grau do sa-cramento da ordem numa Sole-ne Celebração Eucarística, pela oração da Igreja e pela imposi-

ção das mãos do Bispo Diocesa-no Dom Carmo João Rhoden, scj. A celebra-ção foi realiza-da no dia 18 de fevereiro, às 9h, na Casa Shalom, um espaço am-

plo para acolher à comunidade, que pertence à região da Paró-quia Santo Antônio de Lisboa. Além de familiares e amigos, a cerimônia contou com a pre-sença do pároco Cônego Elair Fonseca Ferreira, e também

com um número expressivo de padres, diáconos, religiosos e do povo de Deus, que lotaram o espaço celebrativo. Para o Pe. Leandro Alves, que passou por um tríduo de preparação na Pa-róquia nos dias 15, 16 e 17 de fe-vereiro, a ordenação foi um mo-mento ímpar. “Me vi realizando um sonho, e, ao mesmo tempo, rezando e pedindo a Deus para que eu seja de fato um padre, a fim de servir ao rebanho dele”, ressaltou o novo presbítero.

Após a ordenação, foi servido um almoço de confraternização organizado pela comunidade

para todos os que se fizeram presentes. Em sua primeira mis-sa, às 19h30 na Paróquia, o Pe. Leandro Alves agradeceu, de modo particular, o empenho de todos. “Me senti o filho des-ta comunidade, que correu e se organizou, dando o melhor de si, assim como meus pais, que a vida inteira sempre fizeram de tudo para me dar o melhor. Me senti filho daqueles que me deram o melhor, desde as coisas mais simples, até as mais complexas, todos ajuda-ram dentro de suas possibili-dades”, destacou.

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7O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Tendo como objetivo a plena realização humana e cristã dos alunos e profissionais que lá atuam, preparando-os para atuar em sociedade e sendo capaz de transformá-la, o Colégio Diocesano Padre Anchieta professa o catolicismo cristão, já que é de direito diocesano. Localizado à Rua Engenheiro Fernando de Mattos, nº 327, no centro de Taubaté e próximo ao Santuário de Santa Terezinha, o Colégio tem como premissa a idéia de que ‘Igreja é Igreja e Escola é Escola’.

Assim, no início e ao longo de mais um período letivo, o Colégio Padre Anchieta, fundado por Monsenhor Theodomiro Lobo em 1951, preza muito a relação com a família dos alunos, de maneira amistosa e dialogal, sendo o ensino e a evangelização os

dois braços do fazer educacional do Colégio. Nas atividades do Ensino Infantil, Fundamental e Médio, há avaliações constantes e troca de experiências, que diferenciam o conjunto da obra ao formar a ‘família Anchieta’.

Entre as vantagens que os alunos têm ao estudar na instituição, a direção do Colégio aponta a formação voltada para o desenvolvimento das potencialidades, como elemento de auto-realização-humano-cristã, tanto para a preparação para o trabalho, quanto para o exercício consciente da cidadania. Além disso, o ensino é voltado a propiciar condições para que o educando se integre na sociedade e na cultura de seu tempo, respeitando a dignidade e as liberdades

fundamentais do ser humano.

Considerando que a qualidade da educação é fundamental, o Colégio Diocesano Padre Anchieta está de portas abertas a toda a comunidade da região, oferecendo vagas em todas as séries do período letivo 2012.

DIOCESE EM FOCO

Colégio diocesano padre anchieta oferece ensino e evangelização há 60 anos

A Diocese de Taubaté ganhou no último dia 18 de fevereiro de 2012, mais uma Paróquia. Foi criada e instalada a Paróquia São José Operário de Caçapava. Na ocasião, foi dada posse ao primeiro Pároco, Padre Kleber Rodrigues da Silva, que irá acumular as funções, continuando a ser o Secretário Diocesano de Pastoral. A nova paróquia foi desmembrada da Paróquia São Pio X, que, como comunidade era atendida pelos Freis Conventuais, de Caçapava.

A celebração foi presidida pelo Bispo Diocesano Dom Carmo João Rhoden,scj e contou com a presença de alguns padres, diáconos, religiosas e um grande número de fiéis.

“A paróquia está preparada para caminhar com as próprias pernas. Diríamos que a comunidade atingiu sua idade adulta e, com a criação da paróquia, a Igreja pode organizar melhor sua ação pastoral e se fazer presente na cidade, de uma forma mais efetiva, especificamente nos bairros que irão compor a nova paróquia”, explica o pároco.

nova paróquia na diocese de taubaté

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8 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Por Pe. Jaime Lemes

“Estamos reunidos para ini-ciar a caminhada quaresmal. Quarenta dias nos separam da grande festa da Páscoa. Vamos trilhar o caminho da conversão proposto pela Quaresma e pela Campanha da Fraternidade, que nos ajuda e refletir sobre a saúde pública”. Foram estas palavras da liturgia no início das celebra-ções que receberam os fiéis que foram às missas da Quarta-feira de Cinzas, 22 de fevereiro, nas Paróquias da Diocese de Tau-baté. Como em todo o Brasil, teve início nesta data a Campa-nha da Fraterni-dade 2012, cujo lema é “Que a saúde se difunda sobre a terra!” (Eclo, 38, 8).

Todos os anos, durante o perí-odo quaresmal, considerado tempo de conver-são, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB realiza a Campanha da Fraternidade, que tem por objetivo despertar

a solidariedade de seus fiéis e de toda a sociedade em relação a um problema concreto que envolve todo o país, buscando debater e apresentar propostas para sua solução. É na Quaresma, tempo em que a liturgia da Igreja convi-da os fiéis a se prepararem para a Páscoa, mediante a conversão, com práticas de oração, jejum e esmola, que acontece um dos principais eventos da Igreja Ca-tólica no Brasil, o lançamento

da Campanha da Fraternidade, que é realizada todos os anos e está na sua 49ª edição.

Em 2012, a Campanha da F r a t e r n i d a d e destaca a saúde pública e preten-de promover a reflexão sobre o cenário da saúde no Brasil, cons-

cientizando o Governo da pre-carização de condições dos hos-pitais e mobilizando a sociedade civil para reivindicar melhorias. A CF 2012, como é conhecida,

tem como propósito despertar a solidariedade das pessoas em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasilei-ra, buscando caminhos e apon-tando soluções para a saúde inte-gral. “Há muito tempo, ela vem sendo considerada a principal preocupação e pauta reivindica-tória da população brasileira, no campo das políticas públicas”, informa o material distribuído pela CNBB.

Entre os objetivos concretos da CF 2012, destacam-se: refle-tir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitar o espírito fra-terno e comunitário das pessoas na atenção dos enfermos e mo-bilizar pela melhoria no siste-ma público de saúde. Tais ações incluem também disseminar o conceito de bem viver e sensibi-lizar para a prática de hábitos de vida saudável.

A vida saudável requer har-monia entre corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre personalidade e responsabili-dade. Nesse sentido, a saúde é uma condição essencial para o desenvolvimento pessoal e co-

munitário. Destaca-se, neste âmbito, o trabalho da Igreja por meio da Pastoral da Criança e da Pastoral da Saúde. A Pasto-ral da Criança, em suas ações, promove o desenvolvimento in-tegral das crianças de famílias de baixa renda, da concepção aos seis anos de idade em seu contexto familiar e comunitário, com ações preventivas de saúde, nutrição, educação e cidadania. Uma das razões da significativa redução da mortalidade infantil, entre as crianças atendidas pela Pastoral da Criança, é o trabalho solidário e contínuo de inúme-ros voluntários na promoção de ações básicas de saúde. Dentre elas, salienta-se a campanha de incentivo à utilização do soro ca-seiro.

Já a Pastoral da Saúde repre-senta a atividade desempenhada pela Igreja no setor da saúde e é expressão de sua missão e ma-nifesta a ternura de Deus para com a humanidade que sofre. Seu objetivo geral é promover, educar, prevenir, cuidar, recupe-rar, defender e celebrar a vida ou promover ações em prol da vida saudável e plena de todo o povo

Campanha da Fraternidade2012 é lançada na dioCese

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Com o tema “Fraternidade e saúde pública”, objetivo é promover ampla discussão sobre a realidade da saúde no Brasil

“A CF 2012, como é conhecida,

tem como propósito despertar a

solidariedade das pessoas em relação

a um problema concreto que

envolve a sociedade brasileira”

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9O LÁBAROComunicação a serviço da fé

de Deus, tornando presente, no mundo de hoje, a ação libertado-ra de Cristo na área da saúde. Sua atuação é em âmbito nacional e de referência internacional e esse trabalho evangelizador atua em três dimensões, sempre em consonância com as Diretrizes de Ação da CNBB: dimensão so-lidária, dimensão comunitária e dimensão político-institucional.

Os agentes da pastoral da saú-de são os discípulos missioná-rios de Jesus Cristo e de sua Igre-ja, envolvidos em sua missão de cura e de salvação. Dentre os ob-jetivos da CF 2012 neste sentido, estão: alertar para a importância da organização da Pastoral da Saúde nas comunidades para criar onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la onde ela já existe. Ana Regina de Oliveira Gama, coordenado-ra diocesana da Pastoral da Saú-de, avalia que a reflexão sobre a saúde pública na CF 2012 é ex-tremamente positiva. “É preciso debater o que está funcionando, o que não está, por que não está e o que pode ser feito pela saúde pública no Brasil, uma vez que o tema saúde sempre foi alvo de críticas, às vezes positivas, mas muito mais negativas”, salienta a coordenadora. Na Diocese de Taubaté, a Pas-toral da Saúde se mobilizou desde 2009 para coletar assina-turas e encami-nhar à CNBB, solicitando que o tema da CF 2012 debates-se a saúde no país. Em 2010, a proposta foi apresentada e aprovada e, em setembro de 2011, ocorreu um congresso da Pastoral da Saúde, em São Paulo, para a capacitação dos agentes e apresentação dos obje-tivos da Campanha. “Como cris-

tãos, discípulos missionários e agentes políticos, temos que par-ticipar e cobrar melhorias do po-der público, mas também discu-tir ações de prevenção, além de ter hábitos saudáveis, pois cada um de nós é responsável pela sua própria saúde e também pela saúde pública”, diz Ana Regina.

Para o Pe. Leandro Alves de Souza, assessor diocesano da Campanha da Fraternidade 2012, o que a Igreja pretende é humanizar o tema saúde públi-ca, de modo que o ser humano seja respeitado no seu todo. “As-sim como paz não quer dizer ausência de guerra, ter saúde não significa somente ausência de doenças”, frisa o sacerdote. “Uma pessoa pode não ter enfer-midades, mas não tem sua saúde respeitada se não for bem tra-tada, se não receber um atendi-mento digno”. O assessor afirma que a Igreja quer resgatar, com a CF 2012, a visão da saúde como um todo, seja ela física, psíqui-ca, social, moral e espiritual. “A saúde pública é responsabilidade de todos, não se pode reduzi-la ao poder público, pois cada um de nós deve contribuir para me-lhorar a nossa própria saúde e de nossa comunidade, seja com há-bitos saudáveis, seja com ações

que beneficiem a todos”.

Antes do iní-cio da Campa-nha, os Decana-tos da Diocese se organizaram e algumas Pa-róquias solici-taram ações de preparação, in-clusive com o material forneci-do pela CNBB, como cartazes, folhetos, apre-sentações e o texto-base, com

o tema “Fraternidade e saúde pública”. Os líderes das comuni-dades entenderam que é preciso que toda sociedade se mobilize,

em colaboração com o Estado, para possibilitar um atendimen-to digno e saú-de para todos, especialmente àqueles que não têm acesso à as-sistência de saú-de pública com suas necessida-des e dignidade. “Cuidar da saú-de começa em casa e, no tem-po quaresmal, devemos viver intensamente o espírito de con-versão a fim de buscar transfor-mações na nossa vida”, diz Pe. Leandro, salientando que quali-dade de vida e o bem-estar são ênfases da CF 2012.

Na Paróquia do Sagrado Co-ração de Jesus, em Taubaté, a preparação reuniu mais de 200 pessoas do Decanato III da Dio-cese, e os participantes estão engajados em debater a saúde como um direito de todos duran-te a Quaresma. Para enfatizar o tema, o site da Paróquia pu-blicará uma série de artigos da coordenadora diocesana da Pas-toral da Saúde, Ana Regina de Oliveira Gama. “Não só por ter uma amplitude nacional, a saú-de é um tema importante na vida da pessoa e deve ser discutida”, avalia a secretária da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Eli-sângela Cavalheiro. “Os líderes, participantes e assembleia da Pa-róquia não podem ver somente o lado negativo da questão, mas participar deste assunto, cobran-do, debatendo e traçando metas. Saúde é desde a conscientização da pessoa sobre seu próprio cor-po até o acesso aos recursos, a gestão e a estrutura oferecida. A CF faz com que a nossa cidada-nia seja exercida nesse sentido, por meio da conscientização”, completa a secretária.

Além da vivência e da reflexão promovida durante o período da Campanha da Fraternidade, al-gumas Paróquias adotam o tema nas festas de padroeiros e em eventos ao longo do ano junto à comunidade, o que permite que os objetivos da CNBB se esten-dam ao longo do ano. “Quando se observa o cartaz da CF 2012 e se vê o paciente e o médico sorrindo, olhando nos olhos um do outro, em nome do contato humano, desejamos que a Cam-panha seja a grande esperança de todos nós, para que a saúde seja humanizada, a começar por cada um de nós, buscando res-peitar o enfermo, valorizando a dignidade humana, expressando ações de cuidar e de ser cuida-do”, completa Pe. Leandro. Para apresentar a CF 2012, a equipe da Diocese responsá-vel irá apresentar a Campanha nas Câmaras de Vereadores de Taubaté, Pindamonhangaba e Caçapava, tendo como orador o Pe. Leandro Alves de Souza. A CF 2012 será apresentada durante a sessão da Câmara de Taubaté no dia 28 de fevereiro, às 19h30; na sessão da Câmara de Pinda no dia 29 de feverei-ro, às 19h; e na Câmara de Ve-readores de Caçapava, no dia 13 de março, às 20h.

“Além da vivência e da

reflexão promovida durante o período

da Campanha da Fraternidade,

algumas Paróquias adotam o tema nas festas de padroeiros

e em eventos ao longo do ano junto à

comunidade”

O Pe. Leandro Alves de Souza, assessor diocesano da CF 2012, salien-ta a importância da conscientização e da transformação propostas no tempo quaresmal

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Page 10: Jornal O Lábaro

10 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Tirei férias em janeiro. Pas-

sei alguns dias chuvosos na

praia e depois fui descansar

num sítio aprazível perto da

serra. Além dos canarinhos,

pintassilgos, tizius, colerinhas,

bem-te-vis, entre tantos outros

pássaros que cantam por lá,

ouvia-se música caipira raiz.

Os sons melodiosos que canta-

vam as coisas da terra vinham

de uma estação de rádio (não

me recordo mais o nome) se-

diada em Jacareí.

Uma beleza, não fosse a in-

terrupção, a todo instante, para

o anúncio dos serviços de um

tal padre Miguel Arcanjo, ca-

rismático, vidente e exorcista,

prometendo façanhas para li-

vrar a pessoa de qualquer pro-

blema. O comercial dizia que

ele é formado e preparado nas

artes sobrenaturais, que enten-

dia tudo sobre o espiritismo,

que tinha contatos imediatos

com as forças ocultas e que

viaja pelo espaço sideral a fim

de encontrar a resposta para as

questões que lhe fossem apre-

sentadas. A propaganda garan-

tia, ainda, que ele recebia, em

seu gabinete da vidência, men-

sagens telepáticas vindas dire-

tas dos anjos e mesmo de Deus.

Ouvindo ele próprio, esse afir-

mava impavidamente que en-

frentava qualquer força oculta,

fosse exu ou demônio, que que-

brava macumba e tirava traba-

lho feito, enfim, que pegava o

“bicho” pelo chifre porque não

tinha medo de nada. Ele resol-

via a coisa mesmo, não tinha

conversa não.

Comentando com alguns pa-

roquianos sobre o assunto, en-

tre divertido e espantado, vim

a saber que se trata de um mes-

mo sujeito que, tempos atrás,

já havia tentado a sorte em Ca-

çapava, apresentando-se como

padre Alberto. Vestia batina,

dava bênção, celebrava missa e

Cuidado com os falsos profetas!

REFLEXÃO

Pe. Silvio Dias*

até confessava, recebendo uns

troquinhos para isso. Sincera-

mente, naquela época fiquei

mais abismado com a credu-

lidade de alguns, acreditando

numa figura como essa, do que

propriamente preocupado com

o assalto de um mercenário ao

meu rebanho.

Como esse, existem muitos

outros falsos profetas por ai,

prometendo o céu na terra:

saúde inabalável, prosperida-

de sem fim e muito dinheiro

no bolso. O sonho de todo ma-

terialista egocêntrico. Sendo

cristãos, devemos nos pergun-

tar como é que alguém pode

entregar-se à confiança de tais

mercenários, ignorando os en-

sinamentos evangélicos e cor-

rendo atrás de pequenas vanta-

gens para si mesmo? O exemplo

que vem de Jesus, nosso divino

Mestre, Pastor e Senhor, é o

de total entrega no serviço de

amor ao próximo, sacrificando

a própria vida para dar salva-

ção à humanidade. O Cristo

não buscou a glória de si mes-

mo, mas o bem do próximo e

fazer a vontade do Pai. E ele

prometeu a vida eterna, para

aqueles que o seguirem, imi-

tando o seu exemplo de amor

gratuito. Nada além disso.

É Jesus mesmo quem nos

adverte a respeito dos falsos

profetas, ensinando a distin-

gui-los dos verdadeiros pelos

frutos que apresentam (cf. Mt

7,14-15). É triste ver, no entan-

to, pessoas – as quais tiveram

tantos exemplos de pastores

dedicados exclusivamente ao

bem de seu rebanho, que não

acumularam riquezas, que não

buscaram glórias pessoais –

ignorando os avisos do Evan-

gelho, fixadas em si mesmas,

deixam-se levar por falsas pro-

messas e sinais enganadores.

A proximidade da Campanha da

Fraternidade, que neste ano vai tra-

tar da saúde – sem trocadilho – deve

levar em consideração o nosso papel,

como cidadãos, nesse intrigante pro-

blema.

Dizer que a saúde pública está um

caos é chover no molhado. Ainda

que tenham havido alguns avanços

– como a distribuição grátis de remé-

dios para algumas doenças como o

diabetes e a hipertensão, e algumas

outras conveniências discutíveis,

como pílulas anticoncepcionais e

preservativos da forma com que o

governo distribui, sem critério – não

podemos contabilizar a este atual go-

verno e nem aos que o sucederam,

centrados nas duas grandes forças

políticas da atualidade, um saldo po-

sitivo que atenda aos ditames cons-

titucionais de proteção à saúde do

cidadão.

A Constituição da República Fe-

derativa do Brasil é muito clara em

seu artigo 196: “A saúde é direito de

todos e dever do Estado...” Portanto,

não somente aqueles que têm con-

dições de pagar um plano de saúde

particular, que nem sempre atende

às suas necessidades, têm direito ao

acesso aos serviços de proteção e re-

cuperação da saúde. “A saúde é um

direito de todos...”

As pessoas mais afinadas com o

sagrado atribuem a Deus, e somente

a Ele, a responsabilidade pela nossa

saúde. “Deus dá, Deus tira, e que

seja feita a Sua vontade”, afirmam os

resignados. Mas não é bem assim.

Deus dá inteligência ao homem e

lhe dá a liberdade de escolher entre

os métodos éticos e aéticos as condi-

ções de curar, de recuperar, de criar

sobrevida onde a morte pode parecer

certa. É muito cômodo, especialmen-

te para os homens do Poder Público,

ouvir dos resignados que alguém

morreu porque chegou a sua hora. A

hora da nossa morte pode ser estabe-

lecida por Deus, embora, num senti-

do de eternidade não exista para Ele

nem hora nem tempo. A hora é nos-

nossa saúde é um dom de deus e um dever do estado

DE OLHO NA REALIDADE

Henrique Faria*

sa e o tempo também o é, enquanto

apenas caminheiros da eternidade,

seres viventes num espaço e no tem-

po.

Quem faz a nossa hora somos nós

mesmos. E Deus nos deu esse dom

de adquirimos melhor qualidade de

vida – de vida aqui, no nosso mundo

e não na eternidade – de trabalhar-

mos o nosso corpo e o nosso espírito,

que se dão tão bem, para termos vida

em plenitude e saúde. E ainda colo-

cou a nosso serviço uma flora riquís-

sima – onde há remédio para tudo

– e uma tecnologia que elabora, por

meio de processos químicos refina-

díssimos, os remédios que atenuam a

nossa dor, dão-nos sobrevida quando

a natureza parece que vai se acovar-

dando diante do nosso fim iminente.

Acontece que o homem estraga

tudo. Sendo dele a responsabilidade

de utilizar dos meios dispostos por

Deus para a conservação da nossa

saúde, a minimização da nossa dor e

o prolongamento da nossa vida, nem

sempre ele corresponde à expectati-

va divina de que utilize com critério,

com ética e com amor a sua liberda-

de.

É assim que o Poder Público ig-

nora profissionais da saúde e doen-

tes com o mesmo desdém. Pagando

mal àqueles e atendendo mal a estes.

Achando que “Deus dá, Deus tira e

que assim seja feita a Sua vontade”,

os homens responsáveis pela saúde

do povo brasileiro se esquecem de

que assinaram um documento sério,

pétreo, assumindo, pelo governo, o

dever de cuidar da saúde de todos e

de cada um.

Nós temos que cobrar desses homens

não pelo que está na Bíblia, mas pelo

que está consignado em nossa Consti-

tuição federal. Nem todos eles assinam

embaixo as premissas evangélicas de

uma vida em plenitude, mas, com cer-

teza, em nome de todos nós assinaram,

em 1988, um compromisso de proteger

a nossa saúde, curando a nossa dor e

prolongando a nossa existência.*Pe. Silvio Dias é pároco da Paróquia Nossa Senhora d’Ajuda em Caçapava-SP *Henrique Faria é colaborador leigo e

responsável por esta coluna

Page 11: Jornal O Lábaro

11O LÁBAROComunicação a serviço da fé

os livros litúrgicos e a maneira de proferir os diversos textos

CATEDRAL

Mons. Marco Eduardo Jacob Silva*

O número VII da primeira parte do Cerimonial dos Bispos trata especificamente dos livros litúrgicos utilizados nas diver-sas celebrações da vida da Igre-ja, sobretudo naquelas solenes presididas pelo Bispo diocesa-no, e da maneira como se deve proferir os diversos textos.

O cerimonial afirma que os livros litúrgicos devem ser tra-tados com cuidado e respeito (115), porquanto deles se pro-clama a Palavra de Deus e ne-les está resguardada a “oração da Igreja”. Quando alude à “oração da igreja”, certamen-te o cerimonial não se refere a uma oração ou rito especifico, mas ao rico conjunto de cele-brações e fórmulas, colhidas nas escrituras e nas experiên-cias da comunidade primitiva e comunicadas pela venerável tradição da Igreja, preserva-das em sua ortodoxia com toda a dignidade nos livros litúrgicos, cujo formato foi convencionado pelo colégio apostólico.

Nas celebrações da vida da Igreja, sobretudo naque-las presididas pelo pastor da diocese, devem ser utilizados livros litúrgicos com os textos oficiais, isto é, versados das edi-

ções latinas para o português, e que primem pela beleza, tanto na impressão quanto na enca-dernação. Visibiliza-se assim a dignidade da oração que expri-me a unidade da Igreja, no lou-vor a Deus. De maneira geral, os livros litúrgicos são de duas categorias: aqueles que trazem excertos das escrituras, orde-nados logicamente para o uso litúrgico (evangeliário, lecioná-rios); e os livros sacramentais, com as orações ligadas a cada rito, bem como com as orienta-ções práticas para sua execução (missal, rituais, pontifical, bre-viário).

Quanto à maneira de profe-rir os textos, a partir do núme-ro116, o cerimonial adverte que – no que se refere àqueles que devem ser proferidos em voz alta – o sejam de forma clara, distinta e compreensí-vel, bem como em consonân-cia com o seu gênero, quer literário, quer ritual. Admo-esta, ainda, que quando há opção entre cantar ou dizer, deve-se sempre cantar, a não ser que haja motivo realmen-te relevante e se aconselhe o contrário.

*Mons. Marco Eduardo Jacob Silva é Pároco e Mestre de Cerimônias da Igreja Catedral

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DECRETO

Dom Carmo, nosso Bispo Diocesano, emitiu nos últimos

dias alguns Decretos que visam o bem de nossa Igreja.

Foram nomeações e transferências de padres, a saber:

1 - PARÓQUIA SÃO LUÍS DE TOLOSA, assume como

pároco o Padre Álvaro Mantovani (Pe Tequinho), transferindo

da Paróquia Santíssima Trindade.

2 – PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DO PINHAL, assume

como pároco o Padre Edson Carlos Alves Rodrigues (Pe

Edinho) transferindo da paróquia de São Luís de Tolosa.

3 – PARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJA,

assume como pároco o Padre Aparecido Otaviano Pinto da

Silva,scj e os Padres Jorge de Paula e João Justino, como

vigários paroquiais.

4 – PARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADE, assume

como vigário paróquial o Padre Alberto Aparecido Ferreira,

transferindo da Basílica do Bom Jesus de Tremembé.

5 – PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO (Taubaté)

assume como vigário Paróquia o Padre Marcelo Silva Emídio,

transferindo-o da Paróquia Santo Antônio do Pinhal.

6 - PARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS assume

como pároco o Padre José Wilibaldo Knob,scj.

7 – Houve ainda a emissão do decreto de Incardinação do Pe.

Fábio José de Melo Silva à Diocese de Taubaté e de Residência

do Pe. Carlos Alberto de Souza, a título de experiência por

dois anos.

decretos da diocese de taubaté

Page 12: Jornal O Lábaro

12 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Roma também é confirmada por 1Pd 5,13. A partir deste testemu-nho, tornou-se opinião comum que Marcos tenha escrito seu Evangelho para os cristãos de Roma, em base à pregação de Pedro (de acordo com Pápias, séc. II). Assim, sabemos que Pe-dro e Paulo se encontravam em Roma na época em que Marcos escreveu o Evangelho.

Pelo texto de Rm sabemos que a comunidade de Roma já existia bem antes de Paulo e Pedro che-garem à capital do Império e ti-nha destaque entre as comunida-des (cf. Rm 1,8; 16,19). O local das liturgias eram as casas (cf. Rm 16,3-5.10-11.14-15) e o mi-nistério era exercido também por mulheres (cf. Rm 16,1.6). Existe, também, a hipótese de que Mc te-nha sido escrito na Galileia, por volta do ano 68. As probabilida-des mais consistentes, porém, le-vam a preferir Roma como local de redação do primeiro “catecis-mo” da comunidade cristã, por volta dos anos 64 -68.

reFleXÃo soBre mC 14,51-52Hoje, vamos conhecer um pou-

co do perfil de Marcos, a quem é atribuída a redação do mais anti-go dos Evangelhos. Apreciemos breve texto que lhe diz respeito.

O que dizem estes dois versí-culos, ao relatar a prisão de Je-

o evangelho de marcos

E A PALAVRA SE FEZ CARNE...

Pe. Mariano, scj*

sus no Monte das Oliveiras e a consequente fuga dos discípulos? Ei-lo: “Um jovem seguia Jesus e sua roupa era apenas um len-çol enrolado no corpo. Quando os soldados foram agarrá-lo ele, deixando o lençol, fugiu nu”. (Mc 14,51-52)

Existe amplo consenso entre os estudiosos de que esta breve nota de crônica seja uma informação au-tobiográfica do autor, o próprio Marcos. Aliás, algo parecido é observado em Mt 13,52 relativo ao autor do Evan-gelho Mateano. Na verdade, o autor de Mt teria sido um escriba convertido, que homenageou o líder Mateus atri-buindo-lhe seu Evangelho: “En-tão Jesus lhes disse: ‘Por isso, todo escriba que se tornou discí-pulo do Reino dos Céus é seme-lhante ao homem que do seu te-souro tira coisas novas e velhas’ ”. Um judeu convertido, bom conhecedor da Escritura, tendo aderido a Jesus tem, agora, a ri-queza do AT relida e assumida a partir do novo que é Jesus.

Voltemos ao nosso texto de Mc 14,51-52... Partimos do pres-

suposto de que o protagonista que foge nu seja Marcos. Ele é apresentado como jovem. Como os demais discípulos, foge quan-do Jesus é preso. Não era do gru-po dos Doze, mas devia ser ad-mirador deles e, quando lhe era possível, também seguia Jesus. Muito simplesmente, prefere fu-gir pelado para não ser aprisio-nado. É um dado interessante. Mais do que curiosidade, porém, o autor quer retratar o próprio discipulado. Textualmente, afir-ma-se que aquele jovem “seguia Jesus”. Logo, ele representa os discípulos todos. Está vestido apenas com lençol, que é rou-pa de dormir, bastante precária. Na linguagem bíblica, a veste é, muitas vezes, símbolo da identi-dade de quem a usa. Portanto, nosso jovem representa bem os

discípulos, cuja identidade esta-va debilitada e comprometida. No dia do teste-munho corajo-so, veste apenas roupa de dormir. Muito parecido com os três após-tolos do círculo mais estreito de Jesus que, con-vidados a orar e

vigiar, acabam dormindo (Mc 14,33-41). Por isso, na hora do perigo, ele foge nu, quer dizer, perde sua identidade discipular.

*Pe. Mariano, scj é doutor em Teologia, Mestre em Bília e Provincial da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (Provincia Brasil Central)

Quem é Marcos? Seria o João Marcos que aparece em At, filho de Dona Maria, em cuja casa a comunidade de Jerusalém se reu-nia e para onde se dirigiu Pedro após sua miraculosa libertação (cf. At 12,12-17)? Talvez seja ele o discípulo anônimo de Mc 14,51. Marcos era primo ou so-brinho de Barnabé (cf. Cl 4,10). Foi companheiro dele e de Pau-lo, na primeira viagem missioná-ria (cf. At 12,25; 13,5). Por sua causa, Barnabé e Paulo se desen-tenderam (cf. At 15,36-39).

O certo é que, mais tarde, João Marcos aparece ao lado de Paulo. Em Cl 4,10 o autor que se coloca nas vestes de Paulo o recomenda à comunidade de Colossas. Fm 1,24 menciona-o como colaborador de Paulo. Em 2Tm, o autor pede que Timóteo leve Marcos a Roma, porque lhe seria útil no ministério. Essas informações nos mostram que aqueles homens maravilhosos também tinham problemas e se desentendiam. Mais ou menos como acontece hoje. Consola-nos saber que, tal como eles, também nós podemos dar a volta por cima. Brigar por picuinha é coisa feia, mas brigar para acer-tar é coisa de gente séria que ain-da não é perfeita, mas quer fazer a coisa bem feita.

A presença de Marcos em

leitUras dos dominGos de FeVereiro

Dia 05 - Jó 7,1-4.6-7 / Sl 146 (147) 1Cor 9,16-19.22-23 / Mc 1,29-39

Dia 12 - Lv 13,1-2,44-46 / Sl 31 (32) 1Cor 10,31-11,1 / Mc 1,40-45

Dia 19 - Is 43,18-19.21-22 / Sl 40 (41) 2Cor 1, 18-22 / Mc 21-1-12

Dia 26 - Gn 9, 8-15 / Sl 24 (23) 1Pd 3,18-22 / Mc 1,12-15

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“ Um judeu convertido, bom conhecedor da

Escritura, tendo aderido a Jesus tem,

agora, a riqueza do AT relida e

assumida a partir do novo que é Jesus”

Page 13: Jornal O Lábaro

13O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Olga Óculos,20 anos, escrevemos juntos esta história!!!

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LITURGIA

Se em sua paróquia esta per-gunta não faz mais parte do diálogo habitual dos responsá-veis pela organização litúrgica, agradeça profundamente ao Senhor! O espírito do Concílio Vaticano II já está se instau-rando em sua comunidade pa-roquial.

Muito se avançou na consci-ência de uma liturgia bem cele-brada por nossos diversos mi-nistros e ministras espalhados pela Diocese. Grande parte de nossas assembleias litúrgicas já contam com um estável grupo de leitores para as missas que, antecipadamente, se preparam para o exercício de tão excelso ministério litúrgico. Excelso sim, sem exagero por parte do autor destas linhas!

Alguém poderá dizer: “mas sem o leitor a missa acontece da mesma forma”. De fato, ju-ridicamente (ou seja, por lei di-vinamente instituída) Jesus se faz presente no pão e no vinho

“Você pode fazer leitura na missa hoje?”Pe. Roger Matheus dos Santos*

consagrado por um padre vali-damente orde-nado. Mas, sem um leitor apai-xonado pela sua missão, compe-tente no exercí-cio da mesma e t ransbordante de espiritua-lidade pascal, penso que Deus “perderá” uma opor tun idade ímpar de atin-gir um coração distraído e que esteja presen-te em Sua as-sembleia. Jesus Re s s u s c i t a d o conta com bons leitores, diá-conos e padres para se tornar

Palavra outra vez e chegar aos corações humanos: excelso mi-nistério daquele que empresta todo o seu ser para que o Se-nhor possa se comunicar com sua família!

Digo “todo o seu ser” pois, humanamente, um bom comu-nicador não se utiliza somente de sua voz. Segundo Lair Ri-beiro, o comunicador deve es-tar atento aos gestos, pois a pa-lavra representa apenas 7% da capacidade de influenciar pes-soas, enquanto que, o tom de voz representa 38% do poder da comunicação e a postura corporal 55% desse poder. Se estes três elementos estão pre-sentes em qualquer comunica-ção humana, em se tratando da leitura da Palavra de Deus, um quarto fator precede (mas não desmerece) a todos os demais: a espiritualidade.

O bom leitor (seja ele leigo, a respeito das leituras e do canto

do salmo, ou ministro ordena-do, quanto à proclamação do Evangelho), é aquele que deixa transbordar pela postura, olhar e voz a SUA experiência com o Senhor da Palavra. Só assim ele poderá proclamar a “Pala-vra do Senhor” com a nobreza de quem se entende “Arauto do Rei” e com a humilda-de de quem sabe que é importante que “Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30). Lê bem a Palavra que nos traz a salvação aquele que leva seus irmãos para o Senhor, e não para si próprio. Mesmo que sua experiência com o Senhor seja fundamen-tal para o salutar exercício de seu ministério, o bom Leitor é uma seta: aponta para o Cristo, único Cordeiro que tira o peca-do do mundo (Jo 1,27).

Nossas liturgias já avança-ram muito. Nossos Leitores (com “L” maiúsculo) estão des-cobrindo a grandeza de seu mi-

nistério nas celebrações litúrgi-cas. Mas, como o Senhor disse a Elias por meio do anjo, hoje também nos repete: “Levanta-te e come, ainda tens longo ca-minho a percorrer” (1Rs 19,7). A cada Domingo, dia do Res-

suscitado, a Igreja se levanta de seu natural cansaço diante de tantos desafios que o mundo nos apre-senta no decorrer da semana, se ali-menta da Palavra e da Eucaristia e, robustecida pela graça de seu Se-nhor, volta para a sua missão de es-palhar pelo mun-

do, o reinado Daquele que ven-ceu o pecado e a morte.

Queridos Leitores e Leitoras de nossas santas assembléias: o ministério que vocês exercem é insubstituível. Não descuidem de seu exercício, não subesti-mem sua grandeza, não me-nosprezem o seu valor.

*Pe. Roger Matheus dos Santos é assessor de liturgia da Diocese de Taubaté

“ Nossas liturgias já avançaram

muito. Nossos Leitores (com

“L” maiúsculo) estão descobrindo

a grandeza de seu ministério nas celebrações

litúrgicas”

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Page 14: Jornal O Lábaro

14 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Tenho pensado muito ultimamen-

te sobre os caminhos que trilhamos.

Sobre aqueles que, concretamente,

perfazemos, mas também, e sobretu-

do, sobre aqueles que metaforizam

as nossas escolhas, as nossas buscas,

o nosso destino... Enfim, nas minhas

andanças, venho observando melhor

as estradas por onde passo.

Este é um exercício que me possi-

bilita perceber com maior sensibilida-

de os traços, nuances e peculiarida-

des de cada caminho. Cada um tem

suas curvas, ladeiras e pedras que lhe

são próprios. Não existem caminhos

iguais. Para a floresta, caminhos são

indesejáveis, porque interferem na

ordem normal da natureza, causam

dor. Tanto à terra, quanto às mãos

que a ferem, para entranhá-la e abrir

passagem, diminuindo as distâncias

entre os mundos . Mas são neces-

sários. Extremamente necessários.

Sem caminho não vamos a lugar ne-

nhum. Os próprios animais, embora

instintivamente, precisam de um ca-

minho.

Caminho é referência, é possibi-

lidade de encontro e de chegada.

Se ele não é mais utilizado, porque

não leva mais a nenhum lugar, per-

de a sua razão de ser. Neste caso, a

própria natureza, como sábia que

é, trata de destruí-lo. As árvores da

margem estendem suas raízes e ra-

mos sobre ele e cresce mato de toda

a espécie até cobri-lo por completo.

Na vida da gente acontece algo

semelhante. A vida é feita de cami-

nhos, muitos caminhos e todos têm

as suas características próprias, que

fazem com que cada caminho seja

único. Nascemos para abrir, apon-

tar e ser caminho. Para os outros e

para nós mesmos. O próprio ato do

nascimento dá essa conotação. A ati-

tude da criança que irrompe o útero

da mãe em busca de outro espaço

é a imagem inequívoca da vocação

humana para o caminho, para ir

além de si, ao encontro de um senti-

do maior que justifique o seu ser no

mundo.

Como dizia Sartre, “o homem é

um ser de lonjuras”. Morre se impe-

dido de caminhar. A possibilidade

de ir e vir revela o seu impulso vital.

Não por acaso, esse é um dos prin-

Caminho que a gente é

CRÔNICA

Pe. Jaime Lemes, msj*

cipais direitos assegurados a toda

pessoa pela Declaração Universal

dos Direitos Humanos (Art. XIII) e

pela Constituição Brasileira (Art. 5º,

XV). Ir e vir entendidos aqui não só

– talvez menos – no sentido geográ-

fico, mas como a condição necessá-

ria para que sejamos seres humanos

em plenitude, embora não acabados.

Aliás, é o fato de não sermos acaba-

dos que nos possibilita a plenitude.

Caminhar é a atitude de quem

sabe que a vida é movimento – para

fora e para dentro de nós mesmos.

Para fora, vamos ao encontro do

outro, conhecemos as suas misérias,

angústias, sonhos, alegrias, esperan-

ças; pra dentro, sempre mais difícil,

atingimos o autoconhecimento. Os

dois movimentos são igualmente

necessários e interdependentes. À

medida que vamos em direção ao

outro, avançamos para dentro de nós

mesmos, e, à medida que buscamos

o autoconhecimento, avançamos na

nossa relação com o outro.

Como nas estradas que percorre-

mos, na vida também é preciso ter a

sensibilidade de perceber a beleza do

caminho que nos propomos a fazer,

não obstante as pedras, ladeiras e si-

nuosidades que são parte dele. Nem

sempre o mais importante é chegar.

Mesmo porque só poderá chegar

quem tiver feito o caminho. “Vem,

vamos embora...” *Pe. Jaime Lemes, msj, é Jornalista, vigário da

Paróquia do Menino Jesus em Taubaté e assessor da Pastoral da Comunicação na Diocese

LINK CULTURAL

O trabalho das Figu-reiras de Taubaté de m o d e l a r p e q u e n a s figuras teve início no sé-culo XVII, por meio

dos frades franciscanos do Convento de Santa Clara, que encomendavam às mulheres, por ocasião das festas natalinas, a confecção de presépios com cenas relativas ao nascimento de Jesus. Com o tempo, com muita criatividade, sensibilidade e humor, as Figureiras passaram a espelhar em seus trabalhos outros temas. Novos personagens surgiram, representados por pequenas figuras sempre bem coloridas, com dimensões entre 3cm e 25cm, retratando o cotidiano, as profissões, as festas religiosas, os ani-mais e o imaginário popular. Assim,

surgiram o Pavão (também chamado de Galinho do Céu e escolhido como símbolo do Folclore Paulista), a Chu-va de Pavões, o São Francisco com os pássaros, e também personagens do Sítio do Pica-pau Amarelo, de autoria do escritor Monteiro Lobato, ilustre taubateano. Além das mulheres, exí-mias na arte de esculpir em barro cru obras que espelham o cotidiano da vida do interior com seus usos, tipos, costumes e temas religiosos, há tam-bém homens e crianças que aprende-ram o ofício numa tradição passada de geração para geração. Em Tau-baté, os trabalhos das Figureiras são encontrados na Casa do Figureiro e nas proximidades, na Rua Imacula-da Conceição, no Alto de São João. A Casa do Figureiro, cooperativa que reúne os artesãos, está situada na Rua dos Girassóis, nº 60 – Campos Elíseos – Taubaté-SP – CEP 12090-290 – Tel.: (12) 3625-5154 – Site: casadofigurei-ro.com.br.

// artes // CinemaO diretor americano Martin Scorsese, famoso por filmes com gângsteres e ma-fiosos que tratam da violência, faz uma homenagem ao cinema com “A Inven-ção de Hugo Cabret”, filme indicado a 11 categorias do Oscar que estreia este mês no Brasil. A obra narra em 3D a singela história de Hugo Cabret, um garoto órfão (Asa Butterfield), que pe-rambula por Paris nos anos 1930. Mas o principal apelo do enredo está no per-sonagem do cineasta francês Georges Méliès, pioneiro no uso de efeitos espe-ciais nas telas do cinema, interpretado pelo ator inglês Ben Kingsley. Criado por um tio relojoeiro, o menino Hugo, de 12 anos, mora em uma estação de trem no centro de Paris e passa o tem-po ajudando o pai adotivo a cuidar da manutenção do imenso relógio do lo-cal. Familiarizado com o funcionamen-to de engrenagens, o garoto passa boa parte da história tentando consertar um robô herdado do pai. É nesse ponto que ele fica sabendo que o autômato fora

construído por Méliès, um mágico que, encantado com a invenção dos irmãos Lumière no final do século 19, torna-se precursor das ficções científicas ao so-brepor imagens e realizar efeitos espe-ciais quando o cinema dava seus primei-ros passos. Na trama, Hugo des-cobre frag-m e n t o s de filmes c l á s s i c o s do cineas-ta, como o conhecidíssimo “Viagem à Lua”, que mostra o satélite da Terra ser atingido no “olho” por uma espaçona-ve, numa cena reproduzida com fideli-dade por Scorsese. O filme homenageia também os irmãos Lumière, com a pri-meira exibição pública de um filme, e o ator Charlie Chaplin, na cena que se passa no interior de um relógio.

Eliane Freire*

*Eliane Freire é doutora em comunicação, jornalista e professora na UNITAU

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DIOCESE DE TAUBATÉ

expediente

decanatos / decanos / paróquias / párocosDECANATO TAUBATÉ I - Decano: Mons. Marco Eduardo -------------- 3632-3316Catedral de São Francisco das Chagas – Mons. Marco Eduardo 3632-3316Nossa Senhora do Rosário (Santuário Sta. Teresinha) – Mons. José Eugênio 3632-2479São José Operário – Pe. Luís Lobato 3633-2388Santo Antônio de Lisboa – Côn. Elair Ferreira 3608-4908São Pedro Apóstolo – Pe. Fábio Modesto 3633-5906Nossa Senhora do Belém – Pe. Valter Galvão 3621-5170São Vicente de Paulo – Pe. Éderson Rodrigues 3621-8145

DECANATO TAUBATÉ II - Decano: Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864Sagrada Família – Pe. Arcemírio, msj 3681-1456Santa Luzia – Pe. Ethewaldo Júnior 3632-5614do Menino Jesus – Pe. Vicente, msj 3681-4334Nossa Senhora Mãe da Igreja – Pe. Emerson Ruiz, scj 3411-7424Nossa Senhora da Conceição (Quiririm) – Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864São Sebastião – Pe. Rodrigo Natal 3629-4535

DECANATO TAUBATÉ III – Decano: Pe. José Vicente 3672-1102Santíssima Trindade – Côn. Paulo César 3621-3267Sagrado Coração de Jesus – Pe. Carlos, scj 3621-4440Senhor Bom Jesus (Basílica de Tremembé) – Pe. José Vicente 3672-1102São José (Jd. Santana-Tremembé) – Pe. Alan Rudz 3672-3836Espírito Santo – Pe. Antônio Barbosa, scj 3602-1250

DECANATO CAÇAPAVA – Decano: Pe. Sílvio Dias 3652-2052Nossa Senhora D’Ajuda (Igreja São João Batista) – Sílvio Dias 3652-2052Santo Antônio de Pádua – Pe. Décio Luiz 3652-6825Nossa Senhora da Boa Esperança – Côn. José Luciano 3652-1832São Pio X (Igreja de São Benedito) – Frei Deonir Antônio, OFMConv 3653-1404Menino Jesus – Pe. Luiz Carlos 3653-5903Nossa Senhora das Dores (Jambeiro) – Pe. Gracimar Cardoso 3978-1165

DECANATO PINDAMONHANGABA – Decano: Pe. Celso Aloísio 3642-1320Nossa Senhora do Bom Sucesso – Côn. Luiz Carlos 3642-2605Nossa Senhora da Assunção (Igreja de São Benedito) – Pe. Celso Aloísio 3642-1320Nossa Senhora do Rosário de Fátima – Côn. Francisco 3642-7035São Miguel Arcanjo (Araretama) – Pe. João Miguel 3642-6977São Benedito (Moreira César) - Pe. José Júlio 3641-1928São Vicente de Paulo (Moreira César) - Côn. Geraldo 3637-1981São Cristóvão (Cidade Nova-Km 90 da Dutra) – Pe. Sebastião Moreira, ocs 3648-1336

DECANATO SERRA DO MAR – Decano: Côn. Amâncio 3676-1228Santa Cruz (Redenção da Serra) – Côn. Amâncio 3676-1228Nossa Senhora da Natividade (Natividade da Serra) – Côn. Joaquim 3677-1110Nossa Sra da Conceição (Pouso Alto-Natividade da Serra) – Côn Joaquim 3677-1110São Luís de Tolosa (São Luiz do Paraitinga) – Pe. Edson Rodrigues 3671-1848

DECANATO SERRA DA MANTIQUEIRA – Decano: Pe. Celso, sjc 3662-1740Santa Terezinha do Menino Jesus (Campos do Jordão) - Pe. Celso, sjc 3662-1740São Benedito (Campos do Jordão) – Pe. Vicente Batista, sjc 3663-1340São Bento (São Bento do Sapucaí) – Pe. Ronaldo, msj 3971-2227Santo Antônio (Santo Antônio do Pinhal) – Côn. Pedro Alves 3666-1127

horário de missastaUBatéPARÓQUIA DA CATEDRAL DESÃO FRANCISCO DAS CHAGASCatedral de São Francisco das ChagasMissa preceitual aos sábados: 12h / 16h. Aos domingos: 7h / 9h / 10h30 / 18h30 / 20hConvento Santa ClaraMissa preceitual aos sábados: 19h30.Aos domingos: 7h / 9h / 11h / 17h30 / 19h30Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas)Missas aos domingos: 8h30Igreja de SantanaMissa no Rito Bizantino, às 9h30 aos domingosPARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOMatriz: Santuário de Santa TeresinhaAos domingos: 6h30 / 8h / 9h30 / 17h / 19hMissa preceitual aos sábados: 19hPARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIOMatriz: São José OperárioMissa preceitual aos sábados: 12h / 18h. Aos domingos: 7h / 10h30 / 18h / 20hPARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOAIgreja de Santo Antônio de Lisboa(Vila São José)Missas aos domingos: 8h / 19h30PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLOMatriz: São Pedro ApóstoloMissas aos domingos: 8h / 9h30 / 17h18h30 / 20hPARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIAMatriz: Sagrada FamíliaMissas aos domingos: 8h / 10h30 / 17h / 19hPARÓQUIA SANTA LUZIAMatriz: Santa LuziaMissas aos domingos: 10h / 19hPARÓQUIA MENINO JESUSMatriz Imaculado Coração de MariaMissas aos domingos: 8h / 11h / 19hPARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJAMatriz: Santuário São BeneditoMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 17h30 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOMatriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm)Missa preceitual aos sábados: 19hAos domingos: 8h / 18hPARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADEMatriz: Nossa Senhora das GraçasMissas aos domingos: 7h / 9h / 10h30 / 19hPARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUSMatriz: Sagrado Coração de JesusMissa preceitual aos sábados: 17hMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 17h30 19h30PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOMatriz: São Vicente de PauloMissas aos domingos: 7h / 10h / 17h / 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉMMatrizMissa aos domingos: 9h / 19h

CaçapaVaPARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDAMatriz: São João BatistaMissas aos domingos: 6h30 / 9h30 / 11h 18h30PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUAMatriz: Santuário Santo Antônio de PáduaMissas aos domingos: 7h / 9h / 19hComunidade de São Pedro: Vila BandeiranteMissas aos domingos: 17hPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇAMatriz: Nossa Senhora da EsperançaMissas aos domingos: 10h / 19hPARÓQUIA SÃO PIO XMatriz: São BeneditoMissas aos domingos: 6h30 / 9h30 / 11h18h / 20hIgreja São José OperárioMissas aos sábados e domingos: 19hPARÓQUIA MENINO JESUSMatriz: Menino JesusMissas aos domingos: 6h30 / 10h / 19h

PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIOMatriz: São José OperárioMissas aos domingos: 09h / 19h

Campos do JordÃoPARÓQUIA SANTA TEREZINHADO MENINO JESUSIgreja Matriz: Santa Terezinha do MeninoJesus (Abernéssia)Missas aos domingos: 7h / 9h / 19hPARÓQUIA SÃO BENEDITOMatriz: São Benedito (Capivari)Missas aos domingos: 10h30 / 18hJamBeiroPARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORESMatriz: Nossa Senhora das DoresMissas aos domingos: 8h0 / 19hnatiVidade da serraPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADEMatriz: Nossa Senhora da Natividade Natividade da SerraMissas aos domingos: 9h30 / 19hPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOMatriz: Nossa Senhora da Conceição - Natividade da Serra (Bairro Alto)Missas aos domingos: 2º e 4º Domingos do mês: 10hpindamonhanGaBaPARÓQUIA NOSSA SENHORADO BOM SUCESSOMatriz: Santuário Nossa Senhora do Bom SucessoMissas aos domingos: 7h / 9h / 11h / 18hPARÓQUIA NOSSA SENHORADA ASSUNÇÃOMatriz: São BeneditoMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 18h / 19h30Igreja Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos(Cidade Jardim)Missas aos domingos: 8h / 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORADO ROSÁRIO DE FÁTIMAMatriz: Nossa Senhora do Rosário de FátimaMissas aos domingos: 7h30 / 9h / 19hPARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César)Matriz: São Benedito (Vila São Benedito)Missas aos domingos: 8hPARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOIgreja Matriz: São Vicente de Paulo (Moreira César)Missas aos domingos: 7h / 9h / 19h30PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO - Cidade NovaIgreja Matriz: São CristóvãoMissas aos domingos: 7h / 19hPARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)Igreja Matriz: Missas aos domingos: 8h / 19hredençÃo da serraPARÓQUIA SANTA CRUZMatriz: Santa Cruz (Redenção da Serra)Missas aos domingos: 9h30sÃo lUiZ do paraitinGaPARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSAMatriz: São Luiz de Tolosa(São Luiz do Paraitinga)Missas aos domingos: 8h / 10h30 / 19hsanto antonio do pinhalPARÓQUIA SANTO ANTONIO DO PINHALMatriz: Santo AntônioMissas aos domingos: 8h / 10h / 19hsÃo Bento do sapUCaÍPARÓQUIA SÃO BENTO DO SAPUCAÍMatriz: São BentoMissas aos domingos: 8h / 10h / 18htrememBéPARÓQUIA SENHOR BOM JESUSMatriz: Basílica do Senhor Bom JesusMissas aos domingos: 7h / 8h30 / 10h /17h 18h30 / 20hIgreja São SebastiãoMissa no Rito Bizantino, às 18hPARÓQUIA SÃO JOSÉMatriz: São José (Jardim Santana)Missa preceitual aos sábados: 18h30. Aos domingos: 7h30 / 10h30 / 19h30

dioCese de taUBatéMITRA DIOCESANA DE TAUBATÉ - CNPJ 72.293.509/0001-80Avenida Professor Moreira, nº 327. Centro - Taubaté-SPCEP 12030-070Expediente: De Segunda a Sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.Telefone (12) 3632-2855

Bispo Diocesano: Dom Carmo João Rhoden, scjVigário Geral: Mons. José Eugênio de Faria SantosEcônomo e Procurardor: Côn. José Luciano Matos SantanaChanceler do Bispado: Mons. Irineu Batista da SilvaCoordenador Diocesano de Pastoral: Pe. Kleber Rodrigues da Silva

Page 16: Jornal O Lábaro

16 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

A Igreja, apesar de secular, quer se manter jovem por meio da ju-ventude de hoje que será o futuro de amanhã, dando continuidade à religião e à propagação da palavra de Deus. Mas, para que isso aconte-ça, o jovem precisa ser amparado e instruído para aprender a trabalhar na Igreja. A Pastoral da Juventude é um ministério responsável pelo acompanhamento e formação dos jovens, promovendo baladas cris-tãs, grupos de oração e grupos de jovens que promovam a evangeliza-ção desses fiéis.

Atualmente, as comunidades ca-tólicas estão abrindo mais espaços para os jovens, tanto em espaços físicos, quanto na organização, dando-lhes deveres e direitos dentro das comunidades. Hoje, o jovem tem a opção de esco-lher onde se en-caixar e trabalhar na comunidade, na catequese, na dança, na música ou em grupos de orientação, como os grupos de oração. Para que haja o incentivo desses jovens, a Igre-ja está investindo em eventos que

possam mostrar o papel que eles desenvolvem na comunidade, e também para que eles se divirtam e conquistem novos jovens, tirando-os das ruas, das drogas e levando-os de encontro a Deus. “É preciso fazer que cada vez mais os jovens gostem de Deus e passem a procu-rar Deus”, ressalta Dom Antônio Afonso de Miranda, Bispo Emérito de Taubaté.

Muitos desses eventos direcio-nados à juventude contam com o apoio de bandas católicas, que ainda estão no começo da cami-nhada, e que recebem aval de suas comunidades, tendo o espaço para

apresentações, di-vulgando o traba-lho que fazem e, ao mesmo tempo, evangelizando os jovens por meio da música durante esses eventos. Con-siderando que é da natureza do jovem ser ‘elétrico’ e gos-tar de ‘barulho’, muitas bandas uti-lizam do rock, um dos ritmos mais apreciados pela

juventude, para levar a palavra de Deus a cada um e tocá-los ao co-ração. “Por meio da banda, nós

igreja Católica busca “santos de calças jeans”

CIDADANIA EM PAUTA

queremos fazer com que as outras pessoas experimentem Deus, a Sua glória, que os jovens experimentem Deus ao invés de experimentar as drogas e o crime”, enfatiza Die-go Carvalho, vocalista da banda Mac3. Entretanto, os adolescentes precisam não só apreciar as baladas cristãs, não só participar dos grupos dentro da comunidade. “Mas tam-bém participar das missas, orar, porque o jovem que se aproxima da Igreja que está participando, ele é uma riqueza”, afirma Dom Antô-nio. Diferente dos adultos e idosos, o jovem tem um jeito diferente de buscar a santidade. “Nós podemos ser santos, sem deixar de ser jovens, podemos buscar a santidade sem deixarmos de sermos nós, curtir, dançar, mas buscando sempre a Deus”, destaca Bruno Pereira Alk-

min, baterista da Mac3. A dança também é um meio uti-

lizado para alcançar a juventude. “Ela atrai os jovens pela vontade de dançar, para o corpo da Igreja, e introduzindo Deus em suas vi-das com o passar dos ensaios”, diz Antônio Marcos dos Santos, coor-denador do grupo de dança JPII, da comunidade Senhor Bom Jesus, em Caçapava. É por meio de pro-jetos como esses, que a Igreja está atingindo essa parcela jovem das comunidades e deixando a mensa-gem que para aproveitar a vida, o cristão não precisa estar alcooliza-do e nem drogado. “Vocês, que são jovens, façam com que os jovens venham à Igreja”, propõe Dom Antônio.

*Ludmila Castro é aluna de Jornalismo da Universidade de Taubaté

Comunidades cristãs promovem eventos aos finais de semana para atrair jovens fiéisPor Ludmila Castro*

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Grito de Carnaval com Cristo na comunidade do Senhor Bom Jesus em Caçapava

“ Atualmente, as comunidades católicas estão abrindo mais

espaços para os jovens, tanto em espaços

físicos, quanto na organização,

dando-lhes deveres e direitos dentro das

comunidades”