Jornal O Lábaro - Julho de 2014

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O LÁBARO A serviço da evangelização 1 Julho 2014 Orgão Oficial da Diocese de Taubaté www.dt7.com.br/ A serviço da Evangelização “Os que abraçavam a fé estavam unidos e tudo partilhavam” (At 2, 44) O LÁBARO Ano CV - Edição nº 2.131 - Julho 2014 Distribuição Gratuita Eu Sou a Luz Entrevista do mês Professor Hermes Rodri- gues Nery, Coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida é o entrevistado de O Lábaro neste mês. Nesta edição ele fala sobre as atividades desenvolvidas, em prol da vida humana, pela comis- são da Diocese de Taubaté nos últimos anos. Págs. 14 e15 60 anos da Paróquia São Pio X de Caçapava Com Ano Jubilar, a segunda pa- róquia criada em Caçapava está ce- lebrando 60 anos de sua fundação. Criada em 1954, a nova paróquia recebeu como padroeiro o Papa São Pio X. A principal razão de ter recebido São Pio X como patrono reside no fato de que, no mesmo dia em que Dom Francisco assi- nava o decreto de criação da paró- quia, esse papa era canonizado em Roma. Pio X foi o papa que criou a Diocese de Taubaté, separando-a da Arquidiocese de São Paulo, em 1907. Págs. 8 e 9 Fachada da Igreja Matriz de São Benedito, sede da Paróquia São Pio X, fotografada em 1955. Ao lado, fotografia de 2013. DÍZIMO Caçapava em festa no mês de junho. Três festas movimentaram a cidade nesse mês. Festa de Santo Antonio e Corpus Christi Pág. 6 Recordando tradições culturais caçapa- vense, Festa de São João Batista Pág. 7 Exortação Apostólica do Papa Francisco, Evangelii Gaudium, é comentada pelo Prof. José Pereira da Silva Pág. 10 Julho, Mês Diocesano do Dízimo. O tema desse ano aborda a dimensão comunitária do dízimo. Pág. 4

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O LÁBAROA serviço da evangelização 1Julho 2014

Orgão Oficial da Diocese de Taubaté

www.dt7.com.br/

A s e r v i ç o d a E v a n g e l i z a ç ã o

“Os que abraçavam a fé estavam unidos e tudo partilhavam” (At 2, 44)

O LÁBARO Ano CV - Edição nº 2.131 - Julho 2014Distribuição Gratuita

Eu S

ou a

Luz

Entrevista do mêsProfessor Hermes Rodri-gues Nery, Coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida é o entrevistado de O Lábaro neste mês. Nesta edição ele fala sobre as atividades desenvolvidas, em prol da vida humana, pela comis-são da Diocese de Taubaté nos últimos anos.

Págs. 14 e15

60 anos da Paróquia São Pio X de Caçapava

Com Ano Jubilar, a segunda pa-róquia criada em Caçapava está ce-lebrando 60 anos de sua fundação. Criada em 1954, a nova paróquia recebeu como padroeiro o Papa São Pio X. A principal razão de ter recebido São Pio X como patrono reside no fato de que, no mesmo dia em que Dom Francisco assi-

nava o decreto de criação da paró-quia, esse papa era canonizado em Roma. Pio X foi o papa que criou a Diocese de Taubaté, separando-a da Arquidiocese de São Paulo, em 1907.

Págs. 8 e 9

Fachada da Igreja Matriz de São Benedito, sede da Paróquia São Pio X, fotografada em 1955. Ao lado, fotografia de 2013.

DÍZIMOCaçapava em festa no mês de junho. Três festas movimentaram a cidade nesse mês. Festa de Santo Antonio e Corpus Christi

Pág. 6

Recordando tradições culturais caçapa-vense, Festa de São João Batista

Pág. 7

Exortação Apostólica do Papa Francisco, Evangelii Gaudium, é comentada pelo Prof. José Pereira da Silva

Pág. 10

Julho, Mês Diocesano do Dízimo.O tema desse ano aborda a dimensão comunitária do dízimo. Pág. 4

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O LÁBAROA serviço da evangelização2 Julho 2014

editoral

A vida continua apesar da CopaEnfim, depois de tanto alvoroço, opiniões controversas e do sentimento de decepção dos brasileiros pela desclassificação fatídica da Seleção Brasileira na semi-final, a Copa do Mundo chega ao fim. Que bom! Mas esta não é uma opinião contrária à realização do evento. No fim das contas, a avaliação deverá ser positiva.Porém, os grandes eventos, sobretudo os mundiais, se por um lado tem o poder de congregar pessoas e de promover o congraçamento, não obstante a diversidade de culturas, por outro, tem igualmente o poder de abafar grandes problemas da sociedade, sobretudo do país-sede. Isso, porque existe uma agenda pré-determinada que a chamada “Grande Mídia” precisa cobrir. Assim, ficam em segundo, terceiro, ou último plano, questões que afetam diretamente a vida das pessoas, como as graves decisões políticas que são tomadas na Câmara e no Senado enquanto todos estão de olho na “telinha” torcendo para a sua Seleção. A impressão que se tem é que a consciência crítica é colocada em suspensão em tempos de Copa. Escolas, universidades, bancos, departamentospúblicos, comércio, por exemplo, adequaram o seu funcionamento aos horários dos jogos. Há que se perguntar também o que aconteceu com as manifestações tão esperadas. As que houveram, pouco apareceram nos noticiários e, consequentemente, não atingiram o que ou a quem pretendiam atingir.A Copa termina no e para o Brasil, começa a campanha política. O Brasil da Copa será o mesmo das urnas? Vamos esperar para ver!

O Brasil mostra a sua caraNo dia seguinte a abertura da copa

do mundo, li nos jornais e assisti nos noticiários televisivos que, enquanto a presidente Dilma era hostilizada no estádio por uma multidão em verde e amarelo, nas ruas, os tais de “black bloc” e outros que protestavam con-tra o evento eram atacados por cida-dãos trajando as mesmas cores. No estádio, vaias e palavrões dirigidos a presidente e aos cartolas da FIFA. Nas ruas, manifestantes eram alveja-dos por ovos e sacos com água, além da repressão policial. Aliás, muita gente aplaudia a ação da polícia e até apontava os baderneiros.

Interessante. Durante meses e até o momento dessas manifestações do povo, os dois lados diziam expri-mir a vontade popular. Enquanto o governo, em rede nacional, tentava contemporizar defendendo os gastos com a copa, os manifestantes con-

trários gritavam dizendo defender os direitos do povo. Cada um, a seu modo, dizia representar a socieda-de brasileira. Um, movimentando o aparelho estatal para financiar as obras e capitalizar dividendos eleito-rais. O outro, parando cidades todo dia com greves e piquetes.

Quando, porém, a festa de fato co-meçou, o povo verde amarelo rejeitou tanto um como outro. Mostrou-se in-satisfeito tanto com o governo quan-to com aqueles que vivem aporri-nhando o cotidiano com constantes protestos, impedindo a passagem e o direito de ir e vir, depredando patri-mônio público e os bens de cidadãos que deram o duro para conquista-lo.

Naquele dia 12 de junho, o Bra-sil mostrou a sua cara. E ela se fe-chou para dar bronca no governo e na FIFA como também nos bader-neiros. Na verdade o recado já tinha

sido dado em junho de 2013, quando as manifestações eram civilizadas, o povo era mesmo o povo e dizia, em cartazes ou na voz, aos que se fize-ram donos da opinião (políticos, jor-nalistas e intelectuais neologistas): “vocês não me representam”.

Fica o recado para esses e tam-bém para outros que pretendem ser a boca do povo. O Brasil sabe falar por si mesmo. Quer copa, quer polí-ticos honestos, quer educação e saú-de de alto padrão! Como também quer diversão, estádios, esportes e cultura de boa qualidade. Quer ir e vir quando quiser. Não quer bader-na, não quer quebradeiras, não quer a tirania de quem defende a demo-cracia.______________________ Pe. Silvio Dias [email protected]

Farra de contratações na Câmara de Taubaté As decisões tomadas por vereado-

res Brasil afora são acompanhadas, de fato, por uma parcela mínima da população das cidades, salvo em ques-tões muito específicas de apelo popu-lar e grande cobertura midiática. Tau-baté definitivamente não é exceção. Mas, um projeto aprovado em sessão extraordinária, no dia 30 de junho, merece a atenção do leitor, pelo seu teor e pelo gasto que pode representar no seu bolso.

Trata-se do projeto de Lei Com-plementar nº 27/2014, aprovado por unanimidade. Por meio dele, a mesa diretora da Câmara quer criar 32 car-gos efetivos no legislativo da cidade. Talvez os mais bem informados sai-bam que, em abril deste ano, o Minis-tério Público entrou na justiça para pedir a demissão de ao menos 70 fun-cionários comissionados da Câmara de Taubaté, 30% do total de emprega-dos ali à época. O principal argumen-to era que os contratados em cargos de confiança superavam o número de concursados, algo inconstitucional.

No final de junho, a Câmara demitiu 59 dos comissionados, 39 deles asses-sores de vereador, cumprindo decisão da Justiça.

Com a aprovação do projeto, po-rém, os cargos concursados seriam elevados para 149 na Câmara, o que ( bingo!) permitiria também a contra-tação de funcionários comissionados, ou seja, de pessoas de confiança dos caríssimos vereadores. Evidentemen-te, é uma tentativa de burlar a deter-minação judicial.

De acordo com reportagem veicu-lada no jornal O Vale, seriam contra-tados oito seguranças, um técnico de informática, um analista de reporta-gem, cinco técnicos de comunicação, oito técnicos de serviços administra-tivos, três agentes de apoio na recep-ção, três intérpretes de libras e três ze-ladores. Tudo isso, claro, desde que o prefeito sancione a lei, algo que, tudo indica, deve acontecer em breve.

Aqui, acho válido ressaltar uma ex-periência minha. Trabalhei na TV Câ-mara, como estagiário, durante ano

e meio. Ali, aprendi algumas lições profissionais importantes. E observei, também, que a infraestrutura física da emissora não suportava mais pessoas do que as ali alocadas. Tampouco era necessária a contratação de mais pes-soal para atender de maneira confor-tável à grade de programação da épo-ca. Hoje, há ainda menos produção própria, para a mesma quantidade de servidores. E querem contratar mais gente?

O contribuinte taubateano merece saber como essa provável farra com seu dinheiro caminha para se efetivar. Mais do que isso, tem o direito e o de-ver de cobrar de seus vereadores pos-turas transparentes e coerentes. Quan-to ao prefeito, deveria, evidentemente, vetar o projeto. Afinal, seu compro-misso deve ser com a população, não com o fisiologismo político.________________________ Ivan Martínez Atualmente é jornalista na Tv Recordabout.me/ivanmvs

Diretor: Pe. Silvio José Dias Editor e Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes MTB 62839/SPEditora Executiva: Iára de Carvalho - MTB 10655Conselho Editorial: Pe. Leandro Alves de Souza e Anaísa StippProjeto Gráfico: Sol Moraes

Departamento de Comunicação da Diocese de TaubatéAvenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070

Impressão: Katú Editora GráficaTiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuitaContatos: Tel.: (12) 3632-2855 / ramal: 216 (Redação) site: www.dt7.com.br email: [email protected] www.facebook.com/olabaro As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opinião deste veículo.

O LÁBAROA serviço da evangelização

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O LÁBAROA serviço da evangelização 3Julho 2014

a voz do pastor

Deu em O Lábaro há 100 anos:“Contíguo ao Seminário e dedicado ao taumaturgo Santo Antonio, ergue-se o

novo templo, atestado grandiloquente da dedicação apostólica do nosso ilustre Prela-do. De construção singela, porem muito harmoniosa no seu conjunto, reúne todas as condições para inspirar devoção e recolhimento. A sua ornamentação não está ainda completa, pois, dos sete altares que deve ter, está apenas colocado o principal que é de três corpos e talhado em madeira. Embora incompleta a ornamentação, foi marcada para o dia do orago S. Antonio a festa da benção e inauguração, cujo programma, já conhecido dos leitores, foi proficientemente executado, agradando muito a numerosa e selecta concorrência que encheu o vasto templo. (O Lábaro, 25 de junho de 1914)

100 anos atrás

Evangelização e Missionariedade“Necessitamos desenvolver a di-

mensão missionária da vida de Cristo. A Igreja necessita de forte comoção que a impeça de se instalar na como-didade, no estancamento e na indife-rença, à margem do sofrimento dos pobres do Continente. Necessitamos que cada comunidade cristã se trans-forme num poderoso centro de irra-diação da vida de Cristo. Esperamos em novo Pentecostes que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomoda-ção ao ambiente; esperamos uma vin-da do Espírito que renove nossa ale-gria e nossa esperança” (cf. DAp 362);

“Os bispos, presbíteros, diáconos permanentes, consagrados e consa-gradas, leigos e leigas, são chamados a assumir atitude de permanente con-versão pastoral, que implica escutar com atenção e discernir “o que o Espí-rito está dizendo às Igrejas” (Ap 2,29) através dos sinais dos tempos em que Deus se manifesta”. (cf. DAp 366)

1 - Introdução.Nunca, discipulado, evangelização

e missionariedade podem ficar des-ligados da missão, mormente, da do Presbítero. Ele é, sempre, ou ao me-nos deve ser, um profeta que leva aos irmãos o que ouviu do Senhor. É um enviado a falar em nome do Senhor. Ai dele se não o fizer. Além do mais, é um pastor que conhece suas ovelhas e estas o conhecem. Vai em busca das mesmas, alimentando-as, dando sua vida por elas, como o Mestre. Ele, além de tudo, faz de sua vida um cul-to vivo, amoroso e contínuo a Deus. Como Cristo. Com Ele, exclama--oblações e sacrifícios não quisestes, mas me destes um corpo. Eis me aqui – ó Senhor para fazer vossa vontade. Está escrito no livro que devo, ó Deus, fazer vossa vontade (cf. Hb 10,5-9). É a dimensão sacerdotal. A vida dos ministros ordenados é cumprir a mis-são assumida. Fora desta pauta, ela se torna insípida, preocupante, quando não traidora mesmo. As tentações do mundo atual são onipresentes e atra-entes. Só Presbíteros muito lúcidos, apaixonados por Cristo, e bem atuan-tes as percebem, mesmo que todos as sintam.

2 - Reflexão a partir da Evangelii Gaudium.

O Papa surpreende logo em sua

Exortação Apostólica. Ela não é, e nem quer ser, uma espécie de tratado teológico, mas um convincente apelo à conversão, à renovação, a sair de si, a assumir de modo vital a missão e a vivê-la com alegria. É Exortação Apostólica de um Papa Pastor: Pastor Latino-Americano. Quer que todos saiamos em missão. Ele sabe que vive-mos numa época de individualismo, consumismo, de prazeres, de superfi-cialidade e mesquinhez. Por isso, so-mos chamados e enviados a construir o Reino. Como testemunhas. Os dis-cípulos devem, pois, ser fiéis, alegres, caridosos e missionários. A nota mais característica do cristão é a alegria (cf. EG 4 e 5). O Papa recorda umas 161 vezes “a realidade da alegria”. Esta o faz assumir sua missão: ele não pode não falar, nem fazê-lo, senão com ale-gria, como Cristo, como Maria (cf. Lc 1,28-47). Paulo pede que sejamos ale-gres (Fl 1,4).

De fato, não podemos viver de modo diferente. Quem encontrou Cristo é feliz. Sente-se amado, valori-zado e enviado. Torna-se um apóstolo e com Paulo exclama: “Ai de mim se eu não evangelizar” (cf. 1 Cor 9,16).

O Papa deixa claro que a vida so-mente na medida em que é doada é vivida. É comunicada. O Papa sabe também que os sofrimentos surgem na missão, pois fazem parte da mes-ma. Devemos semear até com lágri-mas, como os Apóstolos, os Mártires.

O Papa, portanto, deseja uma re-novada evangelização. Por quê? Por-que Deus em Cristo, pelo coração de Cristo, mostrou todo seu amor por nós. Mas Cristo é, além do mais, tam-bém o primeiro e maior evangelizador (EG- 12) que nos amou por primeiro (cf. 1 Jo 4,19). Logo nos cabe corres-ponder. Mas qual é o objetivo da nova evangelização? A retransmissão da fé a todos e todas, aos crentes, ou que se dizem crentes, mas não praticam a fé, e aos afastados que não conhecem Cristo. Recorda o Papa que, a Evange-lização, é a tarefa primeira da Igreja, ou a causa missionária deve ser a pri-meira das causas (cf. EG-15). Já não o havia dito, de modo semelhante, o Papa Paulo VI? Sim: “A Igreja existe para evangelizar”... (cf. E. Nuntian-di).

Até que ponto isto é por nós assu-

mido? Como organizamos nossa vida e ação pastorais? Onde gastamos nos-so tempo? Podemos afirmar: “evange-lizare misit me Dominus?

O Papa não nos quis apresentar um simples exame de consciência, mas também não deixou nada barato. Quem somos, e o que fazemos nós? Apenas administradores paroquiais, ou missionários e testemunhas? Cada qual deverá examinar-se, pois, Cristo e a Igreja, esperam por evangelizado-res. O Papa fala em Evangelizadores com espírito (EG-259)

3 – Motivação para um renovado impulso missionário (cf. EG-262 ss).

A firma o Papa que evangelizar com espírito é vibrar com a verdade anunciada. Por isso, ele mesmo invo-ca o Espírito Santo para que venha re-novar, sacudir, impelir a Igreja a uma decidida saída para fora de si mesma. Afirma, ainda, que isso só se conse-gue, tendo vida interior, momentos de adoração... encontros orantes com a Palavra, diálogo sincero com o Se-nhor. A oração é o pulmão da Igreja evangelizadora (EG-262) que se ali-menta da leitura orante e de adora-ções perpétuas, sem cair num intimis-mo (262). Não devemos tornar-nos derrotistas. Lembremos o tempo do Império Romano, e como os cristãos, de então, com alegria, e até com o martírio evangelizaram (EG 263). Nossos tempos não são mais difíceis, são diferentes, afirma então o Papa. Pede que olhemos ainda para os San-tos e para o modo como enfrentaram os tempos difíceis.

No 264, o Sumo Pontífice, nos pede que alimentemos um encontro pes-soal com o amor de Jesus. Ninguém pode dizer que ama e se sente amado, se, por sua vez, não ama. Cristo já nos cativou, mas também nós devemos cativá-Lo, com nosso coração. Ele in-siste numa relação amorosa, cultiva-da e perseverante com o Senhor que nos chamou dizendo: “Vinde e vede”. Devemos tornar-nos contemplativos, recuperando o “espírito contemplati-vo”.

Na evangelização o Espírito já nos precedeu. Nos corações humanos existe uma ânsia, talvez, inconsciente, de conhecer a verdade. Infelizmente, nem sempre, nós estamos convictos

do tesouro que temos. Nossa infinita tristeza só se cura com um infinito amor (265). Penso que os números citados, sejam os mais belos da Exor-tação. Insiste ainda dizendo: nada, nada mesmo, substitui a experiência pessoal do encontro, constantemente renovada de saborear sua amizade e sua mensagem (266). Aliás, neste nú-mero dá ainda outros belos exemplos do amor de Cristo, pelos Santos cor-respondidos. Eles buscaram a Glória do Pai. Nós devemos, com Cristo, fa-zer o mesmo (267).

Conclusão:Cabe, então, perguntar-nos: Senti-

mo-nos cativados por Cristo continu-amente chamados e com insistência enviados? Uma coisa é certa: sem sen-tir-nos profundamente amados por Cristo, não corresponderemos, não conseguiremos ser fiéis.

Então, como estamos nós? A Dio-cese está em mãos de evangelizado-res/missionários? De testemunhas enamorados e convictos? A Evangelii Gaudium nos está provocando? Se-jamos coerentes, o Papa quer mexer com a Igreja. Logo, também, com a Diocese e com nossas paróquias. Isto exige conversão minha, vossa, nossa. Conversão a Cristo e à missão. Cris-to a espera e, certamente, a merece. Concluindo, invoquemos com o Papa a Maria:

“Estrela da nova evangelização, ajudai-nos a refulgir com o testemu-nho da comunhão, do serviço, da fé ardente e generosa, da justiça e do amor aos pobres, para que a alegria do Evangelho chegue até os confins da terra e nenhuma periferia fique pri-vada da sua luz”. (EG – 288)_______________________________Dom Carmo João Rhoden, SCJ - Bispo de Taubaté

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tema do mês

Julho, Mês Diocesano do DízimoO Mês Diocesano do Dí-

zimo é uma proposta pasto-ral da Diocese de Taubaté, nascida da necessidade de se conscientizar os fiéis da im-portância do dízimo para a pastoral e a ação evangeliza-dora da Igreja. Desde 2007, ano em que comemoramos o centenário da Diocese, ju-lho é o mês do Dízimo na Diocese de Taubaté. Esse tema foi decidido na Assem-bleia Diocesana daquele ano e consta do Plano Diocesa-no de Pastoral desde então.

A frente de sua progra-mação, a Equipe Diocesa-na da Pastoral do Dízimo propõe para cada ano um tema específico, que orien-tará os trabalhos e reflexões do Mês Diocesano do Dízi-mo. Neste ano, a Pastoral do Dízimo propõe o seguinte tema: Dízimo promove co-munidade. O lema vem do texto bíblico: “Os que abra-çavam a fé estavam unidos e tudo partilhavam” (At 2,44). A dimensão comunitária do Dízimo será, então, o ponto que norteará os trabalhos da equipe do dízimo, as cele-brações litúrgicas nesse mês de julho e a reflexão nos cír-culos bíblicos.

O cartaz do Mês Dioce-sano do Dízimo 2014

O coração repartido em três partes já é um símbolo clássico do Dízimo. Confor-me o tema para este ano, o Dízimo como formador da comunidade, o cartaz re-presenta a contribuição que cada um pode dar na cons-trução da comunhão ecle-sial. O coração representa a comunidade. Cada mão traz uma parte para completar a formação do coração.

A cor vermelha do cora-ção nos recorda a caridade. Princípio que anima a co-munidade e realiza a sua comunhão. As mãos que colocam as partes faltantes do coração simbolizam a contribuição pessoal de cada dizimista que, desse modo, participa quer da edificação da vida comunitária quer

da sua caridade. O fundo verde do cartaz faz menção ao mundo, criação de Deus, onde o cristão deve manifes-tar a sua fé e a sua esperança. É nesse mundo que devemos viver e participar da cons-trução do Reino de Deus e da edificação da Igreja. Ao mundo devemos mostrar a caridade que nos anima, a fim de que todos se sintam atraídos, mediante o amor, para viverem como filhos e filhas na família de Deus.

O lema bíblicoO Livro dos Atos dos

Apóstolos nos apresenta um retrato da comunidade ideal (cf. At 2, 42-47). Nela, “os que abraçavam a fé estavam unidos e tudo partilhavam” (At 2,44). Dois elementos se destacam nesse versículo: a unidade e a partilha. Tanto um, como outro, demons-tram o desejo de viver em comunidade. Nela se experi-mentava o verdadeiro amor, a caridade. Essa se mani-festava em gestos concre-tos de comunhão, vida em comunidade, e de partilha, de modo que não houvesse

necessitados entre eles (cf. At 4,34).

Estar em comunhão com os irmãos é o modo concre-to de manifestar a nossa fé no mesmo Cristo que nos salvou. Partilhar do que é nosso, é tomar parte ativa na comunidade dos fiéis. É colaborar na sua formação como unidade dos discípu-los de Jesus Cristo. É fazer--se missionário contribuindo diretamente para sustentar a ação evangelizadora da Igre-ja.

O temaDízimo promove comuni-

dade. Quer dizer que a parti-cipação no dízimo contribui diretamente para a consti-tuição da própria comuni-dade. Aquele que colabora com seu Dízimo, toma parte ativa na comunidade. É ver-dade que toda comunidade eclesial nasce da escuta da Palavra de Deus e da fé no Cristo Ressuscitado. Mas sua manutenção depende da colaboração de cada um e de todos. A comunhão e a missão precisam ser subsi-diadas, do contrário não se

manterão.O Documento de Apa-

recida ensina que a voca-ção cristã “é con-vocação à comunhão em sua Igreja (...) Isso significa que uma dimensão constitutiva do acontecimento Cristão é o fato de pertencer a uma co-munidade concreta na qual podemos viver uma experi-ência permanente de disci-pulado e de comunhão com os sucessores dos Apóstolos e com o Papa” (nº 156). Ele afirma ainda, que “a Igre-ja é comunhão no amor. Esta é sua essência e o sinal através do qual é chamada a ser reconhecida como se-guidora de Cristo e servido-ra da humanidade. O novo mandamento é o que une os discípulos entre si, reco-nhecendo-se como irmãos e irmãs, obedientes ao mesmo Mestre, membros unidos à mesma Cabeça e, por isso, chamados a cuidarem uns dos outros (1Cor 13; Cl 3,12-13)”. (nº 161). Para que isso aconteça é fundamental ou-tra afirmação dos bispos em Aparecida: “a diversidade de carismas, ministérios e servi-ços, abre o horizonte para o exercício cotidiano da co-munhão através da qual os dons do Espírito são coloca-dos à disposição dos demais para que circule a caridade (cf. 1Cor 12,4-12). De fato, cada batizado é portador de dons que deve desenvolver em unidade e complementa-ridade com os dons dos ou-tros, a fim de formar o único Corpo de Cristo, entregue para a vida do mundo”. (nº 162).

Nós somos a Igreja de Jesus Cristo, o seu Corpo Místico e a grande mani-festação de sua presença no mundo. Na verdade, isto se constitui num privilégio e numa responsabilidade que precisa ser assumida em to-das as suas dimensões. Uma delas é o sustento da Igreja e de suas obras. E essa tarefa compete a todos nós, os ba-tizados, membros da comu-nidade eclesial, comunidade de fé e caridade.

Todos nós participamos da sociedade humana e aju-damos em sua manutenção. Não é verdade que susten-tamos o governo político e o estado democrático com nossos impostos? São eles que garantem saúde, educa-ção e o bem estar do povo. Somos nós que sustentamos a sociedade civil. Pagamos impostos e contribuímos com um grande número de organizações. Se entramos para um clube, comprando um título, pagamos a sua mensalidade. Enfim, não existe uma verdadeira per-tença a um grupo que não implique em responsabilida-des com a sua manutenção. Diante disso, somos convi-dados a pensar o sustento da Igreja que, antes de ser simplesmente pagamento de taxa ou mensalidade, deve ser dízimo, expressão da pertença à comunidade de fé e caridade, sinal de compro-misso com os objetivos da Igreja da qual somos filhos e filhas.

O Plano Diocesano de Pastoral, seguindo as orien-tações do Documento de Aparecida, exorta as Paró-quias a serem “comunidades vivas e dinâmicas dos discí-pulos missionários, o que implica em convívio, víncu-los, afetividades, interesses, estabilidade e solidariedade. Por isso, devemos nos pre-ocupar com a animação e o fortalecimento de efetivas comunidades que buscam intensificar a vida cristã por meio de um autêntico com-promisso eclesial” (nº 96). E dentre as principais caracte-rísticas da verdadeira comu-nidade cristã está a exigência de “ser solidária com os mais pobres” (nº 97). No nº 114, objetivo específico 1, o Pla-no Diocesano convida-nos para “despertar o sentido de pertença à comunidade ecle-sial como lugar privilegiado de realização pessoal e exer-cício de dons e carismas”.________________________Equipe Diocesana da Pastoral do Dízimo

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Diocese em foco

Diocese de Taubaté terá mais um diácono neste mês de julho.Da Redação

Rafael Tiago dos Santos, semina-rista da Diocese de Taubaté, será

ordenado diácono no dia 26 de julho próximo. Natural de Taubaté, Rafael nasceu no dia 8 de outubro de 1988. Aos 18 anos entrou no Seminário Diocesano Santo Antonio. Sua or-denação diaconal acontecerá na sua comunidade de origem, a Comunida-de de Nossa Senhora de Guadalupe, atualmente, filiada à Paróquia de São Sebastião, em Taubaté. Nessa comu-nidade, onde foi coroinha e agente de pastoral, surgiu a sua vocação sacer-

dotal. Rafael está concluindo o curso de teologia, depois de sua ordenação diaconal e depois de exercer esse mi-nistério por um tempo oportuno, ele será ordenado sacerdote.

Caçula de 11 irmãos, Rafael é fi-lho de Francisco Alves dos Santos (in memoriam) e de Margarida Maria de Jesus dos Santos. Seus pais sem-pre incentivaram sua vida espiritual com o testemunho de uma vida pie-dosa. Isso favoreceu o surgimento de sua vocação sacerdotal, conforme ele contou a O Lábaro. Sua formação se-minarística já dura oito anos. Nesse

período ele fez estágio pastoral na Ca-pelania Rural de Taubaté, na Pastoral Vocacional Diocesana e na Paróquia Nossa Senhora da Assunção, em Pin-damonhangaba. Em cada um desses estágios, ele trabalhou por dois anos. Atualmente, ele estagia, aos finais de semana, na Paróquia São José Ope-rário, em Caçapava. É com grande satisfação que ele convida para a sua ordenação diaconal, que se realizará às 9h, na Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, à Rua Ivo Tomás Fernan-des, número 11, Esplanada Santa Te-rezinha, Taubaté, SP.

Encontro diocesano destaca protagonismo missionário das crianças e adolescentes

Da IAM/Taubaté

O Conselho Missionário Diocesa-no (COMIDI) de Taubaté orga-

nizou um encontro de animação e for-mação missionárias que reuniu cerca de 40 pessoas entre agentes, pais,

crianças e adolescentes da Infância e Adolescência Missionária (IAM). O evento aconteceu no sábado, 7 de ju-nho, na Paróquia do Menino Jesus, na cidade de Caçapava.

Abrindo o encontro, Pe. Leandro

Alves de Souza, Coordenador Dio-cesano de Pastoral, dirigiu palavras de exortação aos presentes. “É uma alegria para nossa diocese a presença da Infância Missionária, torcemos e incentivamos que a Obra seja implan-tada em outras paróquias da diocese”, disse Pe. Leandro em sua saudação.

O encontro abordou temas rela-cionados à realidade das crianças no mundo e tratou da história e do carisma da IAM, que é uma Obra Pontifícia. Rodrigo Alves Piatezzi, Coordenador da IAM da Diocese de São Miguel Paulista, assessorou o en-contro. As crianças da Paróquia do Menino Jesus animaram o encontro e apresentaram um teatro explicando os dez compromissos da IAM.

Participante do encontro, o peque-no Thiago, que com apenas seis anos faz parte da IAM Menino Jesus de

Caçapava, demonstrou seu entusias-mo com as atividades de seu grupo. “Jesus pediu para irmos em todo mundo e anunciar a sua Palavra. Essa é a nossa missão!”, disse o pequeno missionário em seu modo infantil de falar.

Encerrando o encontro, o Coorde-nador do COMIDI de Taubaté, Pe. Luis Paulo, falou dirigindo-se aos pais e agentes do COMIDI e IAM presen-tes ao encontro. Ele destacou a im-portância da IAM dizendo “hoje, em uma sociedade tecnológica, em que as crianças não dialogam nem com seus pais, a Infância e Adolescência Missionária destaca o protagonismo das crianças e as coloca em evidência no serviço de evangelização de outras crianças”.

Presidência do Conselho de Leigos toma posse em Taubaté

Do Secretariado Diocesano de Taubaté

Na Solenidade da Santíssima Trin-dade, sábado, 14 de junho, às 19h,

o Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), presente na Diocese de Taubaté, participou de Missa festiva, no Santuário Santa Teresinha, em Tau-baté. Ao final da celebração, tomaram posse, oficialmente, os novos membros da presidência do CNLB da Diocese de Taubaté. Eles receberam a bênção de envio dada por Mons. José Eugênio de Faria Santos, reitor do santuário, e por Pe. Gabriel Henrique de Castro, assessor diocesano da Pastoral Carce-rária.

A nova presidência do CNLB/Tau-baté terá um mandato de 2 anos, du-rando até 2016. Ela ficou constituída

da seguinte forma: como presidente, Alexandre Baylão, coordenador do Movimento Shalom; como vice-presi-dente, Maria Lúcia de Jesus Padilha, que é do CNLB/Paróquia São José Operário; como 1º secretaria, Ana Claudia Victor Ferreira, da Paróquia Santíssima Trindade; como 2º secreta-ria, Pamela Karina dos Santos, coor-denadora diocesana da Pastoral da Ju-ventude; como 1º tesoureiro, George Hanna Khuriyeh, da Paróquia N. Sra do Rosário; como 2º tesoureiro, Maria Ludimila Nunes, também da Paróquia N. Sra do Rosário. No mesmo ato to-maram posse os membros do Conse-lho Fiscal e aqueles que compõem as comissões do CNLB/Taubaté, a saber: Formação, Fé e Política e Comunica-ção.

Na pessoa do seu presidente, Ale-xandre Baylão, a Diocese de Taubaté parabeniza e deseja à nova presidên-cia, um mandato frutuoso a serviço da Igreja promovendo a presença trans-formadora nas realidades injustas do mundo, dando testemunho do Ressus-citado nos mais diferentes ambientes como a escola, o trabalho, a família, a política, movimentos sociais e eclesiais, nos conselhos municipais e de direitos, nos partidos políticos entre outros.

PASTORAL DA SAÚDE DIOCESE DE TAUBATÉ

CONVITEConvocamos todos os Agentes de Pastoral da Saúde e Ministros Extraordinários da Sagrada Eucaristia que realizam Assistência Religiosa Hospitalar para participar de capacitação:

Dia: 26 de julho, das 07h30min às 17h.

Local: Paroquia Nossa Senhora Concei-ção de Aparecida - Av. Cesar Cos-ta, 800, Vila Aparecida, Taubaté.

Serão abordados temas como:Visitas aos Doentes. Cuidados a serem tomados pelo Visitador no que falar, como agir nas mais va-riadas situações. Orientações ge-rais as Visitas. Evangelização nos hospitais. Missas nos hospitais. Unção dos Enfermos. Relatórios das atividades de 2014.

Participantes do encontro diocesano do COMIDI e IAM, na Paróquia Menino Jesus de Caçapava

Membros do CNLB da Diocese de Taubaté, reunidos na sacristia do Santuário Santa Teresinha.

Page 6: Jornal O Lábaro - Julho de 2014

O LÁBAROA serviço da evangelização6 Julho 2014

Na noite do dia 18 de junho, fiéis das seis paróquias que

compõem o Decanato de Caçapa-

va formaram grupos para enfeitar o itinerário da Procissão de Cor-pus Christi. Nessa noite, Caçapava tornou-se uma comunidade católica unida, como se fosse uma só paró-

quia. Começada a 51 anos atrás, a tradição de enfeitar as ruas com tapetes coloridos foi mais uma vez cumprida com arte, devoção e fé.

Durante todo o dia do feriado, quinta-feira, 19, turistas e pessoas da cidade, puderam visitar os belís-simos tapetes, fruto da dedicação de adultos e crianças, de famílias intei-ras que se debruçaram sobre o chão desenhando e colorindo as ruas com os tapetes. Trabalho que atra-vessou a noite e a madrugada. Às 17h pontualmente, saiu a procissão levando o Santíssimo Sacramento. Saindo da Igreja de São Benedito, ela seguiu até a Igreja Matriz de São João Batista, onde foi dada a bênção do Santíssimo e, depois, prosseguiu em direção ao Santuário Diocesano Santo Antonio, próximo ao qual, num terreno que serve de estaciona-mento para o santuário, foi celebra-da Missa Solene com a presença de todos os sacerdotes da cidade.

Chegando ao seu destino final, a procissão foi recebida por uma queima de fogos multicoloridos. Já dentro do terreno do Santuário, foi dada, mais uma vez, a bênção do Santíssimo. Em seguida, teve início a missa campal, que foi presidida pelo Pe. Anderson Luiz Lodonio. Padre da Diocese de Santo Amaro, na capital de São Paulo, Pe. Ander-son, porém, cresceu em Caçapava e viu a sua vocação florescer parti-cipando de atividades religiosas na Igreja Matriz de São João Batista. Ao seu lado, concelebraram os pá-rocos das seis paróquias da cidade e vários outros sacerdotes e diáconos. Ao final da missa, Pe. Anderson, re-petindo a simpatia demonstrada na celebração, principalmente na homi-lia, recordou seu tempo em que par-ticipou de grupo de jovens na Igreja Matriz, e agradeceu afetuosamente o convite recebido.

Diocese em foco

Corpus Christi em Caçapava

Seminário Santo Antonio festeja seu padroeiroPe. Roger Matheus dos SantosDe Taubaté

De 10 a 13 de junho, o Seminário Diocesano Santo Antonio, que

abriga os seminaristas da filosofia, promoveu comemorações em hon-ra ao seu padroeiro. Um tríduo, com missas, foi celebrado na capela do

Monumento do Cristo Redentor, em Taubaté. Depois da missa, uma quer-messe recebia os convidados no pró-prio seminário. Muitas comunidades, movimentos, irmandades, pastorais e associações se fizeram presentes, to-mando parte nas celebrações litúrgi-cas e na organização da quermesse. Por isso, o reitor do seminário, Pe.

Roger Matheus, bem como os semi-naristas da filosofia querem expres-sar, por meio do jornal “O Lábaro”, a profunda gratidão pela colaboração de todos.

No dia de Santo Antonio, sexta-fei-ra, 13, o reitor presidiu Missa Solene. A celebração começou nos jardins do Seminário, prosseguindo com a pro-

cissão levando o andor e a relíquia de Santo Antonio até a capela do Cristo Redentor. Após a celebração da missa foram abençoados e distribuídos os pães de Santo Antonio ainda na cape-la e, em seguida, seguiu-se em procis-são retornando a imagem do santo de volta para o Seminário.

Santuário de Caçapava festeja Santo Antonio de Pádua

Pe. Décio Silva SantosDe Caçapava

Em Caçapava, o Santuário San-to Antônio de Pádua celebrou

seu padroeiro com trezena, de 31 de maio ao dia 12 de junho. O evento contou com grande participação de fiéis e devotos. Vários padres convi-dados presidiram a missa em cada dia da trezena.

Diariamente foram dirigidas ora-ções e preces a Santo Antônio antes da celebração eucarística, organiza-das pela Irmandade de Santo Antô-nio. A mesma Irmandade realizou a entronização da relíquia do Santo no início de cada celebração. Ao final de cada missa todos rezaram juntos, diante da mesma relíquia, suplicando

as graças pela intercessão do Santo. Depois, o padre benzia os pãezinhos que eram distribuídos aos presentes.

O dia 13 de junho, dia de Santo Antonio, foi especialmente marcan-te na Paróquia de Santo Antonio Pádua, em Caçapava. Uma procis-são percorreu as ruas do bairro Vera Cruz. Chegando ao Santuário, os fieis foram recebidos com queima de fogos e repique dos sinos. Em segui-da aconteceu Missa solene cantada pelo Coral Municipal de Caçapava e presidida por Pe. Décio Luiz, pároco e reitor. O santuário, com capacidade para mil pessoas sentadas, estava lo-tado. Muitos devotos vinham de ou-tras localidades da cidade e mesmo de fora dela.

Em Caçapava, procissão de Corpus Christi passa por ruas enfeitadas com areia colorizada.

Missa no interior do Santuário Santo Antonio, em Caçapava, comemora o seu padroeiro.

Do Decanato de Caçapava

Page 7: Jornal O Lábaro - Julho de 2014

O LÁBAROA serviço da evangelização 7Julho 2014

Diocese em foco

Festa em honra a Santo Antônio de Lisboa

Cipriano de OliveiraDe Taubaté

A paróquia Santo Antônio de Lisboa, em Taubaté, de 31

de maio a 12 de junho, preparou--se para celebrar a festa do seu pa-droeiro. Nesses dias de trezena, as missas foram presididas por padres convidados. Contamos ainda com a presença de Dom Carmo João Rho-den, Bispo de Taubaté, e com Dom Antônio Afonso, Bispo Emérito.

No dia 13 de junho, dia de Santo Antonio, muita gente acorreu para as orações e bênçãos dos pães na paróquia. Às 19h30min aconteceu

a tradicional procissão pelas ruas no entorno da Igreja Matriz da pa-róquia. A procissão foi encerrada com a missa celebrada pelo pároco, Cônego Elair Fonseca. Ao final da missa foram distribuídos o tradicio-nal pãozinho de Santo Antonio e o bolo do santo.

Durante a trezena, nos finais de semana, teve a quermesse com di-versas barracas e o já conhecido Bingão de Santo Antonio. Sempre muito participativa, a comunidade marcou presença em todos os dias, demonstrando assim o espírito co-munitário que rege a paróquia.

Festa de São João Batista de Caçapava

Pe. Silvio DiasDe Caçapava

A Festa de São João Batista, pro-movida pela Paróquia Nossa Se-

nhora D’Ajuda, em Caçapava, trans-correu de 14 a 24 de junho. Constou de extensa programação religiosa e social. Foram contempladas as tradi-ções culturais caçapavenses e teve seu lado beneficente, em socorro às enti-dades assistenciais da cidade.

A parte religiosa da festa teve como centro a Igreja Matriz de São João Batista, começando com a no-

vena, de 14 a 23 de junho. No dia 24 de junho, foram celebradas duas missas solenes. Nesse dia, a Igreja co-memora a Solenidade da Natividade de São João Batista. Já às 6h30min, na Igreja Matriz, os sinos repicaram a alvorada festiva anunciando o iní-cio das comemorações ao santo. Às 10h, Dom Carmo João Rhoden, Bis-po Diocesano de Taubaté, presidiu missa solene na Igreja Matriz, lade-ado pelo pároco, Pe. Silvio, e vários outros sacerdotes e diáconos. Às 17h, saiu da Igreja Matriz a procissão do padroeiro percorrendo várias ruas

do centro da cidade. Grande número de fiéis seguia a procissão com mui-ta piedade e devoção. À chegada da procissão, de volta à Igreja Matriz, seu padroeiro foi homenageado por uma prolongada queima de fogos. Em seguida, foi celebrada a última missa do dia, na intenção dos paro-quianos e de todos os habitantes de Caçapava.

Como São João Batista é o padro-eiro principal de Caçapava, as home-nagens ao santo trazem tradições e cultura próprias do povo caçapaven-se e tem seu lado beneficente de aju-da as principais entidades sociais da cidade. Organizada pela Prefeitura Municipal de Caçapava, aconteceu neste ano a oitava edição da Festa Junina São João de Caçapava, de 18 a 24 de junho. Como nos anos ante-riores, esta foi uma festa beneficente, com atividades culturais, shows mu-sicais e barracas com comidas típicas, em prol das entidades assistenciais da cidade. Ao todo foram 20 entidades participando do evento. A Igreja Ma-triz de São João Batista, como faz todos os anos, esteve presente com a barraca do tradicional bolinho de São João, servido à noite, e, nos dias 19, 21, 22 e 24, ofereceu almoço. A

renda de cada barraca será destinada as atividades assistenciais desenvol-vidas pela própria entidade que nela trabalhou. A média de público, du-rante os 7 dias da festa junina, ficou em torno de 18 mil pessoas. Essa fes-ta é considerada como uma das mais importantes de São Paulo, a segunda do gênero em todo o estado.

As tradições de Caçapava foram lembradas pela procissão do Mastro de São João Batista, que aconteceu no dia 18 de junho. Depois da mis-sa na Igreja Matriz, em procissão, o mastro com a bandeira de São João foi levado até o local da festa junina, onde foi erguido, abrindo oficialmen-te os festejos beneficentes e culturais da Festa Junina São João de Caçapa-va 2014. Outra tradição revivida foi o Cortejo de Carro de Bois, realizado no dia 21 de junho. Como parte da programação da festa, mais uma vez, a Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda fez realizar o Bingão de São João. Ele aconteceu no domingo, dia 22 de junho, reunindo perto de 5 mil pes-soas. Toda a renda do bingão, mais o que foi arrecadado na barraca da paróquia, será destinada às obras de restauro da Igreja Matriz de São João Batista.

Tradicional procissão do mastro com a bandeira de São João Batista.

Côn. Elair Fonseca celebra missa na Festa de Santo Antonio de Lisboa.

Page 8: Jornal O Lábaro - Julho de 2014

O LÁBAROA serviço da evangelização8 Julho 2014

Paróquia São Pio X, em Caçapava, comemora 60 anos de sua fundaçãoColaboração: Frei Deonir Piovezan e Kleber Santos

Os 60 anos de fundação da Paróquia de São Pio X, em Caçapava, foram comemo-rados durante todo o mês de maio. Os festejos foram mar-cados com inauguração de imagem do padroeiro da pa-róquia, missas votivas, carrea-tas pelas ruas da cidade, quer-messe, almoço beneficente, dia eucarístico e tríduo pre-paratório. No dia 29 de maio, quinta-feira, na Igreja Matriz de São Benedito, Dom Car-mo presidiu a missa solene do jubileu paroquial.

Comemorando 60 anos de sua fundação a paróquia ce-lebrou também, 60 anos da canonização de seu padro-eiro, São Pio X, assim como o centenário de sua morte, ocorrida no dia 21 de agosto de 19014. São Pio X foi cano-nizado pelo papa Pio XII, aos 29 de maio de 1954. Nesse mesmo dia, Dom Francisco Borja do Amaral, por decreto curial, instituía a nova paró-quia sob o patrocínio do papa canonizado naquele dia.

Celebrações JubilaresPara celebrar tão importan-

tes datas, a Paróquia São Pio X, organizou o Mês Jubilar Paroquial. Durante todo o mês de maio, foram entroni-zadas imagens de São Pio X nos locais marcados pela pre-sença religiosa, no território paroquial tais como o Asilo Vicentino, Sede do Conselho Central de Caçapava da Socie-

dade de São Vicente de Paula e Casa da Criança. Para cada uma delas, fez-se uma procis-são levando a imagem do san-to desde a Igreja Matriz até o local onde a imagem foi intro-duzida.

As comunidades filiais tam-bém ganharam uma imagem do padroeiro da paróquia. No dia marcado, saiu uma carre-ata, com vários veículos enfei-tados, que percorreu algumas ruas da cidade até chegar ao seu destino final.

De 26 a 28 de maio acon-teceu um tríduo preparatório

para o início do Jubileu Paro-quial. Na Igreja Matriz de São Benedito, missas foram presi-didas por celebrantes convida-dos. Cada celebração enfocou algum aspecto relacionado à vida paroquial presentes no Documento de Aparecida e nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Marcaram presença as paróquias vizinhas, levando seu apoio e cumprimento à paróquia jubilanda. Participa-ram do tríduo as Paroquiais de Nossa Senhora D’Ajuda, do Menino Jesus e de Nossa Se-

nhora da Boa Esperança.O grande dia jubilar acon-

teceu no dia 29 de maio. Esse dia foi marcado na paróquia por celebrações e orações. Logo cedo, às 06h30 aconte-ceu a primeira missa do dia e benção com a relíquia de São Pio X. Durante todo o dia as pastorais e movimen-tos, assim como os paroquia-nos em geral, se revezaram na adoração do Santíssimo Sacramento que se estendeu até às 17h30min, quando foi concedida Benção Solene. Às 18h teve lugar os “Lou-vores pelo Jubileu”. Depois disso, às 19h, Dom Carmo João Rhoden, Bispo Dioce-sano de Taubaté, presidiu Solene Celebração Eucarís-tica em ação de graças pelos 60 anos da Paróquia. Ao seu lado concelebraram o pároco, Frei Deonir, e vários outros sacerdotes. Marcou presença a comunidade religiosa dos franciscanos conventuais. Se-guiu-se um coquetel de con-fraternização no Campo do Padre, onde foi organizada uma exposição fotográfica e de objetos históricos.

Nos dias que se seguiram foi realizada uma quermesse, que durou três dias. A pro-gramação foi encerrada com o Almoço do Jubileu, no do-mingo, 1 de junho. Os que participaram puderam degus-tar uma deliciosa feijoada ao som de música ao vivo. Antes disso, ainda no domingo, a Ir-

mandade de São Pio X serviu o café da manhã para os que iam participar da última car-reata fechando o Mês Jubilar.

E as comemorações jubila-res continuam. Está previsto uma romaria paroquial para Aparecida, no próximo dia 19 de julho. Estão sendo pre-paradas as festas de São Pio X (titular da paróquia) e de São Benedito (titular da Igre-ja Matriz). A festa de São Pio X deverá acontecer de 12 a 21 de agosto, e comemorará o centenário da morte do papa santo. Está programada para esse período, a 3ª Festa Ita-liana que acontecerá em dois finais de semana. Para a festa de São Benedito, em outubro, de 17 a 25, estão programa-das várias atividades como novena, quermesse e shows. Essa festa encerrará o ano ju-bilar paroquial.

Histórico da paróquiaAos 2 de maio de 1950 era

lançada a pedra fundamen-tal da atual Igreja Matriz de São Benedito. O templo foi construído em terreno doado pela Família Pantaleão. No mesmo ano, em 31 de dezem-bro, pela manhã, foi rezada a primeira missa na nova Igreja por Frei Eduardo da Gama, um frade capuchinho vindo do convento de Taubaté. À tarde, a imagem de São Be-nedito foi levada em procis-são para sua nova casa. No ano seguinte, em setembro de 1951, foi realizada a primeira festa de São Benedito nesse novo templo.

Com as obras em anda-mento, Padre José Benedito Monteiro, pároco da Pa-róquia de Nossa Senhora D’Ajuda, até então, a única paróquia de Caçapava, cien-te da necessidade de melhor assistir os fieis da cidade que

crescia, sugeriu ao Bispo de Taubaté que criasse uma nova paróquia. Atendendo a solici-tação do pároco, no dia 29 de maio de 1954, Dom Francis-co Borja do Amaral assinava um decreto criando uma se-gunda paróquia em Caçapa-va. A sede da nova paróquia ficou sendo a Igreja de São Benedito, alçada à categoria de Igreja Matriz. Entretanto, a paróquia recebia outro pa-droeiro, São Pio X, papa que foi canonizado naquele mes-mo dia em Roma. Pio X foi o papa que criou a Diocese de Taubaté.

No dia 18 de julho daquele mesmo ano, Dom Francisco instalava a Paróquia São Pio X consagrando a nova Igreja Matriz de São Benedito. De acordo com o decreto episco-pal, como linha divisória entre a nova paróquia e a Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda foi

estabelecida a estrada de ferro, que corta a cidade de Caça-pava, próximo ao seu centro. Sua extensão compreendia também as que hoje são as Paróquias do Menino Jesus, além Paraíba, criada em 1998 e Paróquia São José Operário, criada em 2012. Atualmente, o mapa paroquial abrange três comunidades.

Até o início da década de 70 a participação dos leigos se dava em Associações Religio-sas e Irmandades. Na década de 70 surgem os movimentos, retiros de conversão, PLC e Cursilhos. Na década de 80 e princípio da de 90 é forte a presença das CEB’s (Comu-nidades Eclesiais de Base) na paróquia. A partir de então, ganham força as pastorais e a R.C.C. Atualmente, convivem associações religiosas, movi-mentos e pastorais somando perto de 40 seguimentos na

vida paroquial. Da Paróquia São Pio X sur-

giram várias vocações à vida presbiteral e religiosa e até mesmo bispos. São filhos da Paróquia Dom Frei João Ma-mede, Bispo de Umuarama/PR e Dom José Benedito Si-mão, Bispo de Assis/SP. Dom Frei Fernando Mason, atual

Bispo de Piracicaba/SP, foi nomeado quando era Mestre de Noviços e atendia a pasto-ral paroquial. As associações de fiéis mais antigas da paró-quia são a Irmandade de São Benedito (138 anos), a Ordem Terceira de São Francisco (96 anos) e o Apostolado da Ora-ção (60 anos).

São Pio X

Dom Francisco Borja do Amaral chega para instalar a Paróquia São Pio X.

Page 9: Jornal O Lábaro - Julho de 2014

O LÁBAROA serviço da evangelização 9Julho 2014

A antiga capela do Largo de São Benedito

Desde 1850 até 1938, exis-tia uma igrejinha dedicada a São Benedito onde hoje está a Praça da Bandeira, no cen-tro de Caçapava. Antes desse nome, a praça se chamava “Largo de São Benedito”. Era uma construção feita em taipa de pilão, trabalho

dos escravos que pertenciam ao fundador de Caçapava, o Capitão João Batista Ramos da Silva. Essa antiga capela erguia-se no exato lugar onde atualmente está a “fonte lumi-nosa” da Praça da Bandeira e se estendia sobre a atual Ave-nida Coronel Manoel Inocên-

cio. Por esse tempo, o lugar onde se erguem hoje os pré-dios da Câmara Municipal, o Fórum e Escola Prof. João Gonçalves Barbosa, todos de frente para a praça, servia de Cemitério Municipal.

No interior da Capela ha-via um artístico altar mor em madeira talhada, obra de Marino Del Fávero, escultor italiano que, na época, era fa-moso no Vale do Paraíba. No nicho principal estava uma Imagem de São Benedito, do período colonial, que era de “roca”, tinha apenas a cabeça e as mãos, e o corpo era uma armação de varetas revestida com o habito franciscanos.

Nessa capela foi fundada a Venerável Irmandade de São Benedito, em março de 1876. Ainda hoje, na atual Igreja Matriz de São Benedito, essa confraria está atuante. São 138 anos de existência que fazem dela, a segunda asso-ciação religiosa mais antiga

da cidade. A primeira mais antiga permanece sendo a Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja Matriz de São João Batista, com 151 anos de existência.

Entre 1875, o cemitério co-meçou a ser removido para outro local, permanecendo apenas a Capela de São Bene-dito. A partir de 1918 foram construídas residências ao redor do largo, a prefeitura começou a arborizar e ilu-minar a praça e construiu ali um coreto. A pequena capela abrigou a sede da Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda, de 1926 a 1928, enquanto era reformada a Igreja Matriz de São João Batista. Dez anos depois, em 1938, a pedido do poder público, com um o novo plano diretor do Muni-cípio, visando abrir novas vias públicas, considerando tam-bém a precariedade da Cape-la e as dívidas com a reforma da Igreja Matriz de São João

Batista, o pároco permitiu a sua demolição e a venda do terreno.

Uma nova Igreja em honra a São Benedito começou a ser construída em maio de 1950, na Vila Pantaleão. Naquele mesmo ano, em 31 de dezem-bro, estando a construção pela metade, Pe. Monteiro convi-dou Frei Eduardo da Gama, OFM Cap, o qual assistia a Ordem Terceira fundada em 1918, a dizer a primeira missa no interior da Igreja. Pela tar-de, uma procissão conduziu a histórica imagem de São Be-nedito, exposta até então no altar lateral de Nossa Senho-ra do Rosário, para sua nova igreja. No ano seguinte, em 30 de setembro Pe. Monteiro fez realizar a primeira festa de São Benedito, visando arre-cadar fundos para terminar a construção. Um mês depois, em 23 de outubro, ele transfe-riu a Irmandade de São Bene-dito para a nova sede.

Os franciscanos conventuaisA Paróquia foi confiada à

Ordem dos Frades Menores Conventuais, recém-chegados ao Brasil. A justificativa para tal se dava pelos santos pa-droeiros. O titular, São Pio X, foi terceiro franciscano, tendo inclusive cursado o Se-minário em Pádua, próximo da Basílica de Santo Antônio. E pertence à sede franciscana conventual de Pádua, a Pro-víncia São Francisco de Assis do Brasil. Foi de lá que vie-ram os primeiros frades. Já São Benedito foi franciscano reformado da Ordem primei-ra, sendo depois, com a ex-tinção daquela, inserido na fraternidade de Palermo, dos frades menores. Em sua vida religiosa, São Bendito sem-pre pertenceu a uma ordem marcada pelo carisma de São Francisco de Assis, padroeiro da Diocese de Taubaté.

Quando da chegada dos primeiros frades conventu-ais, o jornal O Lábaro noti-ciava que a “Diocese do Po-

verello”, Taubaté, contava agora com os três ramos da Ordem Primeira Franciscana. Os menores estavam em Gua-ratinguetá (a Arquidiocese de Aparecida seria criada so-mente em 1958), os capuchi-nhos atendiam no Convento Santa Clara, em Taubaté e os conventuais haviam se insta-lado em Caçapava.

O primeiro pároco foi Frei Carlos Mário Varotto e o atu-al é Frei Deonir Antônio Pio-vezan, 13º da lista de párocos. A partir de 1974, portanto há 40 anos, a Paróquia passou a abrigar o Noviciado São Be-nedito, um período formati-vo decisivo na vida religiosa. Esse Noviciado é interprovin-cial, acolhendo frades do Bra-sil e, por vezes, até de algum país vizinho. Neste ano, são treze noviços, entre os quais, três são venezuelanos. Ocupa a função de mestre Frei Alo-ísio de Oliveira, que já tinha comandando a paróquia por dois anos, de 1996 a 1998.

“A paróquia está celebrando também, os 60 anos da canonização de seu padroeiro, São Pio X, assim como o

centenário de sua morte, ocorrida no dia 21 de

agosto de 1914”.

Page 10: Jornal O Lábaro - Julho de 2014

O LÁBAROA serviço da evangelização10 Julho 2014

em tempo documento da Igreja

Evangelii Gaudium: apelo ao compromisso e à compreensão dos novos sinais dos tempos

O texto da primeira exor-tação apostólica do

Papa Francisco, “Evangelii Gaudium” (A alegria do Evangelho), publicada em 24 de novembro de 2013, é muito mais inovador do que à primeira vista possa parecer. Muito densa e rica de reflexões sobre o mundo atual. O Papa encontrou palavras muito justas e cla-ras para meter o dedo em muitas feridas que a nossa sociedade manifesta, con-cretamente as desigual-dades entre países ricos e pobres, o desrespeito pela dignidade humana.

Com a exortação “Evan-gelii Gaudium” regressou no título de um documento pontifício a dimensão da alegria, depois do discurso de abertura do Concílio Va-ticano II, a 11 de outubro de 1962, quando o Papa João XXIII exclamou “ale-gra-se a Santa Mãe Igreja”.

Um dos documentos mais importantes do Con-cílio Vaticano II foi a “Gaudium et Spes” (As alegrias e as esperanças), constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo. Dez anos depois da conclu-são do Vaticano II, é com o convite apaixonado da carta de São Paulo aos Fi-lipenses que abre o único texto papal totalmente de-dicado à alegria, a exorta-ção “Gaudete in Domino” (Alegrai-vos no Senhor), do Papa Paulo VI (1963-1978), publicada em 09 de maio de 1975.

“Da alegria trazida pelo Senhor ninguém é exclu-ído” é a primeira frase do documento, a primeira que o Papa Francisco cita na sua exortação apos-tólica “O Evangelho da alegria”(EG, 3). “A ale-gria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontra com Jesus. (...) Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria. Quero, com esta Exortação, dirigir-me aos fiéis cristãos a fim de os convidar para uma nova etapa evangelizadora mar-cada por esta alegria (...) (EG, 1)

Lemos no seu início: “O grande risco do mun-do atual, com a sua múl-tipla e avassaladora oferta de consumo, é uma triste-za individualista que bro-ta do coração comodista e mesquinho, da busca de-

sordenada de prazeres su-perficiais, da consciência isolada” (E G,2).

Lendo atentamente o tex-to, encontramos reflexões sobre a alegria que se reno-va e comunica, a reconfor-tante alegria de evangelizar, a nova evangelização para a transmissão da fé, e depois a entrada para os temas fun-damentais da exortação: a começar na transformação missionária da Igreja, a par-tir da noção de uma Igreja em saída. Uma pastoral de conversão, isto é, de uma maior fidelidade à vocação própria das pessoas. No fundo, a missão encarna nas limitações humanas, considerando que a Igreja é Mãe e Mestra, de coração aberto.

Convida-nos a repensar a crise do compromisso comunitário, o que é tanto mais importante quanto é certo que a crise econômica, cujos efeitos vivemos,obriga o recurso de uma economia de exclusão, da idolatria do dinheiro, de um dinheiro que governa em vez de ser-vir, de desigualdades sociais que propiciam o risco da violência e do real que cede lugar às aparências e às ilu-sões.

“Torna-se necessário uma evangelização que ilu-mine as novos modos de se relacionar com Deus, com os outros e com o ambiente, e que suscite os valores fun-damentais” (EG,74). Daí a necessidade de uma espiri-tualidade missionária que se afaste do pessimismo estéril e abra caminho às novas relações geradas por Jesus Cristo. “O mundanismo es-piritual que se esconde por detrás de aparências de re-ligiosidade” (EG, 93) . Tem de dar lugar ao reconheci-mento de um protagonismo responsável que ponha os leigos num lugar que assu-ma maiores e mais efetivas responsabilidades,enquanto a mulher tem de ocupar um lugar mais interveniente. “A Igreja reconhece a in-dispensável contribuição da mulher na sociedade, com uma sensibilidade, uma in-

tuição e certas capacidades peculiares, que habitual-mente são mais próprias das mulheres que dos homens” (EG,103).

Afinal, todo o povo de Deus anuncia o Evange-lho, como povo de muitos rostos, em que todos somos discípulos missionários e em que não podemos esque-cer a força evangelizadora da piedade popular.

Ao falar do anúncio (que-rigma), referiu-se ainda à valorização progressiva da experiência formativa e a uma valorização dos sinais litúrgicos da iniciação cris-tã. O anúncio da “Palavra revelada” obriga, com efei-to, que nos aproximemos de Deus com maturidade e exigência. “O nosso com-promisso não consiste ex-clusivamente em ações ou em programas de promoção e assistência; aquilo que o Espírito põe em movimen-to não é um excesso de ati-vismo, mas prioritariamen-te uma atenção prestada ao outro ‘considerando-o como um só contigo mes-mo’” (EG, 199).

A Evangelli Gaudium tem um forte apelo ao com-promisso e à compreensão dos novos sinais dos tem-pos e da dignidade da pes-soa humana e, por isso, o Papa relembra com ênfase: “Acreditamos no Evange-lho que diz que o Reino de Deus já está presente no mundo, e vai-se desenvol-vendo, aqui e além de várias maneiras: como a pequena semente que pode chegar a transformar-se numa gran-de árvore (Mt 13,31-32), como o fermento que le-veda uma grande massa ( Mt 13, 31-32), e como a boa semente que cresce no meio do joio (Mt 13, 24-30) e sempre nos pode surpre-ender positivamente: ei-lo que aparece,vem outra vez, luta para florescer de novo. A ressurreição de Cristo produz por toda a parte re-bentos deste mundo novo; e ainda que os cortem, vol-tam a despontar, porque a ressurreição do Senhor já penetrou a trama oculta desta história; porque Jesus não ressuscitou em vão. Não fiquemos à margem desta marcha da esperança viva!” (E.G.,278).________________________Prof. José Pereira da Silva

Missão Jovem na Amazônia

Acontece de 30 de no-vembro a 15 de dezembro deste ano a Primeira Mis-são Jovem na Amazônia. O projeto foi organizado pelas Comissões Episcopais para a Juventude, Amazônia, Ação Missionária, Missão Con-tinental e Pontifícias Obras Missionárias (POM). Dos cerca de 2.800 jovens que se inscreveram pelo site www.jovensconectados.org.br, 74, entre 18 e 35 anos, foram selecionados para participar do projeto. Os jovens rece-berão formação online, mi-nistradas pelos assessores do projeto.

A ideia surgiu em 2012, durante o Seminário Juven-tude e Missão para preparar a Semana Missionária que antecedeu a Jornada Mun-dial da Juventude (JMJ) Rio 2013. Durante a JMJ, o ape-lo do Papa Francisco – “Ide, sem medo, para servir. Se-guindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangeli-zado, quem transmite a ale-gria da fé, recebe mais ale-gria” – deu força e inspiração para levar avante o projeto. É a Igreja mostrando o seu ros-to e protagonismo jovens na missão evangelizadora.

37ª Romaria da Terra e das Águas

De 4 a 6 de julho foi rea-lizada no Santuário de Bom Jesus da Lapa (BA), a 37ª Ro-maria da Terra e das Águas, reunindo cerca de 6 mil pes-soas de diversos lugares do país. O evento foi organizado pelas dioceses de Bom Jesus da Lapa, Barra, Barreiras e irecê, arquidiocese de Vitó-ria da Conquista, Comissão Pastoral da Terra e movimen-tos sociais e teve como tema “Libertar a terra é defender a vida”.

Os participantes realiza-ram uma Via Sacra do Santu-ário até as margens do rio São Francisco, onde coletaram o lixo jogado no Cais, como

gesto concreto, chamando à atenção para a necessidade de se preservar as bacias hidro-gráficas e reivindicando ações mais concretas para a recupe-ração dos rios. Ao final foi aprovada uma carta sobre o evento, disponível no site da CNBB,

Os resultados dos debates ocorridos nos plenários te-máticos foram apresentados no domingo, após a Missa da Ressurreição, na Grande Plenária. Os participantes aprovaram, ainda, uma carta sobre o evento, falando das pedras e luzes na caminhada dos romeiros.

Por Pe. Jaime Lemes, msj

“Lendo atentamente o texto, encontramos

reflexões sobre a alegria que se

renova e comunica, a reconfortante alegria de

evangelizar”.

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O LÁBAROA serviço da evangelização 11Julho 2014

liturgia

Pode-se assinar documentos sobre o altar?Depois da série de arti-

gos sobre a iconogra-fia e o uso da cruz sobre o altar, gostaria de discorrer neste mês sobre o sentido profundamente teológico que há em assinar algum documento sobre o altar. Para tanto, valho-me de duas citações. A primeira referente ao Rito da Profis-são Perpétua dos Religio-sos: “é aconselhável que o próprio professo coloque sobre o altar a carta de pro-fissão religiosa; e, se puder fazê-lo com facilidade, as-sine a carta EM CIMA do altar. Feito isto, volta para o seu lugar” (Pontifical Ro-mano p. 356). A segunda é tirada do Ritual do Matri-mônio: “Terminada a cele-bração, as testemunhas e o ministro assinam a ata do casamento, na sacristia ou diante do povo, mas NUN-CA sobre o altar”. (rubrica após a benção final).

Encontramos aqui a dis-tinção entre dois documen-tos: a Carta de Profissão Religiosa que o religioso(a) profere no momento em que se consagra a Deus e a Ata de Casamento (por consequência, todas as de-mais atas, como a Ata de Ordenação, a da dedicação de uma igreja, entre outros e, por analogia, decretos de qualquer espécie, como os decretos de criação de paróquia ou de nomeação de novos párocos). Em que tais documentos se diferem a ponto da carta de consa-gração religiosa merecer ser

assinada sobre o altar e to-dos os demais documentos eclesiais serem proibidos, como se deduz da peremp-tória afirmação que ata de casamento nunca pode ser assinada sobre o altar?

Atas de casamento, de ordenação, da dedica-ção de uma igreja, etc são meios de perpetuar na his-tória humana algum fato memorável, guardando a memória de tal aconteci-mento por meio da redação de uma ata. Um decreto ou provisão do bispo é um ato formal da autoridade epis-copal que determina certa realidade para o bem da Igreja de Deus. Já a carta de profissão religiosa “é uma promessa livre e delibera-da feita ao próprio Deus” (cânon 1191 §1). Portan-to, a carta de consagração religiosa não se constitui apenas em um escrito as-sim redigido destinado aos homens. O decreto de cria-ção de uma paróquia ou a

ata de casamento ou orde-nação, por exemplo, sem-pre serão para o louvor a Deus, mas são documentos destinados aos homens que guardam a memória de tal fato por meio da ata ou, de ora em diante, constituem--se como “paróquia” por força do decreto emanado. A carta de consagração re-ligiosa, por sua vez, é des-tinada a Deus, enquanto livre promessa que o candi-dato à vida religiosa faz de si mesmo ao Senhor.

Segundo a tese de douto-rado de Denílson Geraldo, canonista, “essa definição de voto (que a carta de pro-fissão religiosa expressa) constitui um verdadeiro culto a Deus, com a qual a pessoa quer honrar a Deus como Senhor de toda cria-ção”. Sendo verdadeiro culto ao Senhor, a referida carta não só pode como deve ser assinada sobre o altar. Todos os demais do-cumentos da Igreja, por

importantes que sejam, não deveriam ser postos so-bre o altar e, menos ainda, assinados sobre o mesmo, para resguardar este espaço tão sagrado como exclusi-vamente lugar de culto ao Senhor.

Quando se fizer neces-sário assinar algum docu-mento no ínterim de ce-lebrações litúrgicas, seria conveniente que o respon-sável cerimonial da cele-bração providenciasse que tais documentos fossem assinados, por exemplo, na credência da igreja. Caso haja muito incômodo para tanto, ou tal ato parecer assim diminuir a grande-za do momento, seja pela localização da credência, seja por seu menor espaço, conviria ter uma pequena mesa, ou, que permaneça no presbitério durante toda a celebração, caso seja bela, de pequeno porte e que não atrapalhe o desenrolar cele-brativo nem mesmo obs-

trua a visão dos fiéis quan-to aos ritos que acontecem sobre o altar; ou que fosse trazida por acólitos até o presbitério nos momentos em que fosse exigida para as assinaturas, logo em se-guida fosse retirada pelos mesmos acólitos de forma bem discreta.

Pode-se usar o ambão da Palavra de Deus para avisos, agradecimentos, homenagens e leitura de decreto ou provisões? Da mesma forma que o altar deve ser respeitado em sua dignidade, a mesa da Pala-vra de Deus (ou Ambão) também precisa ser reser-vada para o diálogo que se estabelece entre Deus e os homens (Deus que fala por meio das leituras e a comunidade reunida que lhe responde pelo Salmo Responsorial e pela oração da comunidade). Afirma a introdução do missal ro-mano que “do ambão são proferidas as leituras, o sal-mo responsorial e o precô-nio pascal; também, se for conveniente, a homilia, a oração dos fiéis. É menos conveniente que usem o ambão o comentarista, o cantor ou o dirigente do coral” (nº 272). Assim, dever-se-ia proferir agrade-cimentos, avisos, homena-gens e outros não da Mesa da Palavra de Deus, mas de uma outra estante.________________________ Pe. Roger Matheus dos Santos

A Comissão Diocesana de Liturgia, promoveu, dia 06 de julho, Encontro Anual Dioce-sano da Liturgia. Com tema Música Ritural, o encontro abor-dou as questões sobre a letra e as características da melodia do Canto de Entrada, Aclamação ao Evangelho e Santo. O even-to aconteceu no Colégio Padre Anchieta, em Taubaté. As pa-lestras foram administradas pelo Assessor Diocesano da Liturgia, Pe. Roger Matheus dos Santos. Participaram 190 pessoas

Revmos Párocos e Vigários Paroquiais,

Prezados Leigos e Leigas,

Através do presente informamos que o Secretariado de Pastoral está recebendo inscrições para o curso ministrado pelo Pe. José Adalberto Vanzella, sobre o documento 100 da CNBB (Comunidade de comunidades: uma nova paró-quia) e sobre o Estudo 107 da CNBB (Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade).

O curso acontecerá às terças-feiras, no Centro de Pas-toral Santa Terezinha - Rua Quintino Bocaiúva nº 80, das 20h às 22h e terá início em 05 de agosto.

As inscrições (livres de taxa) devem ser realizadas até o dia 04 de agosto, através deste e-mail ou pelo telefone (12) 3632-2855 (com Mazé).

Page 12: Jornal O Lábaro - Julho de 2014

O LÁBAROA serviço da evangelização12 Julho 2014

Santa Maria Madalena

Em seu livro de ficção policial, O código Da

Vinci, Dan Brown faz uma

afirmação infame dizendo que a Igreja negligencia Maria Madalena. Segun-

do o autor, ela não recebe devoção, sendo excluída do calendário dos santos e impedida de ter seu nome aplicado a um templo ca-tólico. Tudo polêmica com fins comerciais. Desde tem-pos antigos, a Igreja Católi-ca comemora Santa Maria Madalena no dia 22 de ju-lho. Seu nome está inscrito oficialmente na ladainha de todos os santos. Muitas igrejas a tem por padroeira, inclusive em Roma, próxi-mo à Praça Navona. No Brasil, até mesmo uma ci-dade, no Estado do Rio de Janeiro, leva o seu nome.

Maria Madalena foi a fiel discípula que seguia o Mestre desde a Galiléia até a Judéia. Junto com mui-tas outras mulheres, ela auxiliava a missão de Jesus partilhando de seus bens (cf. Lc 8,2-3). Os evange-lhos a apresenta ao lado de Maria, a Mãe de Jesus, jun-to à cruz, compartilhando

as dores da crucificação e a morte e o sepultamen-to do Filho (cf. Mt 27,56; Mc 15,40; Jo 19,25). É ela também quem permanece em vigília amorosa na ma-drugada do domingo da ressurreição. Ela foi a pri-meira a correr ao sepulcro (cf. Jo 20,1). Aquela que, em seu ardente amor, foi premiada pelo Ressuscita-do confiando-lhe o grande anúncio da ressurreição: “Vai a meus irmãos e dize--lhes: subo a meu Pai e vos-so Pai, meu Deus e vosso Deus” (Jo 20,17). Em Lu-cas 8,2, pela primeira vez, se fala de uma “Maria, cha-mada Madalena, da qual saíram sete demônios”. Não há, porém, qualquer fundamento bíblico para considerá-la como a pros-tituta arrependida dos pe-cados que pediu perdão a Cristo (cf. Lc 7,36-50). Não há também, nos evan-gelhos, nenhuma menção

de que tenha sido prosti-tuta. Segundo uma antiga tradição grega, Maria Ma-dalena teria ido viver em Éfeso junto à Mãe de Jesus e ao apóstolo João.

O Papa São Gregório Magno comenta que San-ta Maria Madalena amava tanto o Senhor que não se afastava do sepulcro, cho-rando, sentia saudade da-quele que julgava ter sido roubado. Por isso, somente ela o viu, porque somente ela perseverara. Ele a com-para a Davi, quando no Salmo diz: Minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo (Sl 41,3). Ao reconhecer Jesus, imedia-tamente o coloca acima, chamando-o Mestre. O termo empregado por ela, “Rabuni”, é mais solene que o habitual “Rabi”, e é usado principalmente quando se refere a Deus, da mesma maneira que o faz, por exemplo, São Tomé.

Maria, promotora do encontro

É próprio de Maria con-gregar, reunir. Basta

olharmos o que acontece em tantos Santuários Ma-rianos mundo a fora, como também em torno dos mais variados encontros, tão caros à devoção de nos-so povo, que o Papa Ben-to XVI chamou de “rica

e profunda religiosidade popular, na qual aparece a alma dos povos latino--americanos”, e a apresen-tou como “o precioso te-souro da Igreja Católica na América Latina” (DAp 258). Em muitos desses en-contros é Maria a motiva-ção primeira para conduzir

ao encontro dos irmãos e, assim, ao seu Filho Jesus Cristo, intercedendo pelas necessidades do povo de Deus. Maria sempre está presente em nosso cotidia-no, ela é para nós um mo-delo de mística e síntese do evangelho.

Como afirmou o Papa Francisco em sua Exorta-ção Apostólica Evangelii Gaudium: “Maria sabe reconhecer os vestígios do Espírito de Deus tanto nos grandes acontecimentos como naqueles que pare-cem imperceptíveis. É con-templativa do mistério de Deus no mundo, na histó-ria e na vida diária de cada um e de todos. É a mulher orante e trabalhadora em Nazaré, mas é também Nossa Senhora da pronti-

dão, a que sai “às pressas” (Lc 1,39) da sua povoação para ir ajudar os outros” (EG 288).

Assim, Maria ensina a cada um de nós a tomar a iniciativa, a envolver-se, a acompanhar... da mesma forma que fizera ao dar seu sim a Deus: “Eis aqui a ser-va do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua pala-vra” (Lc 1,38). Em seguida vai ao encontro de Isabel e esta manifesta a alegria pela magnífica presença portadora do Salvador (cf. Lc 1,40-45). Também nas Bodas de Caná está presen-te e atenta (cf. Jo 2,1-11), pois, “juntamente com o Espírito Santo, Maria sem-pre está no meio do povo” (EG 284). Somos assim chamados a seguir seus

passos para o discipulado missionário: ir, visitar, sau-dar, contagiar, ouvir, servir e celebrar (cf Lc 1,46-55). Maria conjuga todos estes verbos em seu agir, sem-pre em vista de nos con-duzir e ajudar a aderir ao projeto do Pai no encontro com o outro, para juntos construirmos o Reino que o Filho Jesus veio propor. Ela continua a nos dizer: “Fazei o que ele vos disser” (Jo 2,5). Que a nossa de-voção a Maria se expresse no amor ao próximo, lugar por excelência do encontro com Deus.______________________Kleyber Freitas do CarmoSeminarista Missionário de São José4º ano de Teologia

santo do mês

falando de Maria

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O LÁBAROA serviço da evangelização 13Julho 2014

Aniversários: Bispos, Padres e Diáconos

JulhoNatalício1 - Pe. Roger Matheus dos Santos2 - Pe. Luís Paulo de Aquino Cunha8 - Pe. José Fernandes de Oliveira, scj9 - Diác. Carlos Alberto de Carvalho da Silva10 - Frei Rogério Rodrigues Dias, OFMcap12 - Pe. Edgar Delbem, sjr13 - Pe. Edson Carlos Alves Rodrigues14 - Diác. Antônio Donizete dos Santos14 - Pe. Narciso Ferreira, sdb15 - Pe. José Vicente20 - Pe. João Justino Sobrinho, sjc24 - Pe. Joaquim Ferreira Xavier Júnior, sjr29 - Pe. Moacir Francisco Pedrini, scj30 - Pe. Celso Batista de Oliveira, sjc

Ordenação3 - Frei Simão Esteves Figueredo, OFMcap7 - Pe. Ederson Carlos Alves Rodrigues8 - Diác. Antonio Caninéo8 - Diác. Guilherme Leite Machado Filho8 - Diác. Geraldo Aiello9 - Pe. José Bonifácio Itou20 - Côn. Elair Fonseca Ferreira25 - Pe. Alan Rudz de Carvalho Rebelo25 - Pe. Edson Joaquim dos Santos28 - Frei Joaquim Dutra, OFMcap29 - Pe. Narciso Ferreira, sdb29 - Frei Rogério Rodrigues Dias, OFMcap29 - Pe. Aloísio Wilibaldo Knob, scj29 - Pe. Augusto César Pereira, scj30 - Pe. Marlon Múcio Corrêa Silveira30 - Côn. Pedro Alves dos Santos30 - Diác. Edvaldo dos Santos

Aniversários auxiliares paroquiais

JULHO

12 Lucinéa (Par. São Benedito – Pinda)

21 Selma (Par. N. Sra. Boa Esperança – Caçapava)

21 Sandra (Par. N. Sra. da Conceição – Quiririm)

24 Denise (Par. Santíssima Trindade)

28 Rosiane (Par. N. Sra. Assunção – Pinda)

AGOSTO

2/sáb – Decanato Taubaté III, peregrina-ção diocesana ao Santuário Bom Jesus

2/sab – SAV, Encontro de Discernimento Vocacioanl (1ª Etapa), 8h às 17h, no Semi-nário Diocesano Cura D’Ars.

2/sab – Liturgia, reunião para coordenado-res paroquiais e música ritual, 14h30min., Colégio Anchieta.

2/sab – Movimento Apostólico Schoens-tatt, reunião de coordenação, 15h, Cúria Diocesana.

2/sab e 3/dom – RCC, Retiro e formação para formadores 2.

3/dom – SAV, encontro de discernimento vocacional (2ª etapa), das 8h às 17h, Semi-nário Diocesano Cura D’Aras.

3/dom – RCC, Conselho Mensal, Tauba-té.

4/seg – Dia do Padre, Pastoral Presbiteral, 9h – Decanato Serra da Mantiqueira

4/seg – Pastoral Familiar, reunião ordiná-ria, 20h, Comunidade N. Sra de Lourdes, Taubaté.

6/qua – COPS, reunião das entidades so-ciais de inspiração religiosa, das 14h às 17h, Cúria Diocesana de Taubaté.

9/sab – Missa de Abertura da Semana Na-cional da Familia, Paróquia São José de Tremembé.

9/sab – Pastoral da Saúde, encontro e reti-ro espiritual, 9h, Cúria Diocesana de Tau-baté.

9/sab – Catequese, reunião da Equipe Diocesana com representantes dos deca-natos, 9h, Cúria Diocesana de Taubaté

9/sab – Setor Juventude, sub-região de Aparecida, 9h, Cúria Diocesana de Tau-baté.

9/ sab – Liturgia, Reunião da Comissão Diocesana, 10h, Seminário Diocesano Santo Antonio.

9/sab – Diacônio, Festa de São Lourenço, missa e confraternização, 10h, Paróquia São Vicente de Paula, Moreira Cesar.

9/sab e 10/dom – Cursilhos de Cristanda-de, promoção cursilhistas, Casa de Cursi-lhos.

13/qua – Sagração da Catedral, Missa Solene, 16h, Catedral São Francisco das Chagas.

13/qua – Decanato de Caçapava, reunião, 9h, Paróquia São José Operário.

13/qua – Reunião da Coordenação do Diacônio, 19h30min., Cúria Diocesana de Taubaté.

16/sab – Pastoral da Criança, RRA reu-nião mensal, das 8 às 12h – Cúria Diocesa-na de Taubaté.

16/sab – MESC – Concentração Diocesa-na, das 8h às 12h, Decanato de Caçapava, Centro Cultural.

16/sab – Pastoral da Pessoa Idosa, 14h30min., Cúria Diocesana de Taubaté.

16/sab – Comissão Diocesana da Cam-panha da Fraternidade, reunião ordinária, 15h, Cúria Diocesana de Taubaté.

16/sab e 17/dom – Cursilhos de Cristan-dade, Decolorito e Decolores, Casa de Cursilhos.

17/dom – Aniversário de Ordenação Epis-copal de Dom Carmo (18 anos).

17/dom – SAV – Concentração Vocacio-nal

de 22 a 24 – Diálogo Ecumênico, XIX En-contro Ecumênico do Regional Sul I, Vila Bom Bosco, Campos do Jordão.

23/sab – Diacônio, Encontro de Forma-ção Permanente, das 8h às 11h30min., Cú-ria Diocesana de Taubaté.

23/sab – Pastoral da Saúde, reunião da Comissão Diocesana, 14h30min., Cúria Diocesana de Taubaté.

23/sab – RCC, Congresso de Ministérios.

24/dom – Pastoral da Criança, Encontrão com lideres, 8h às 16h.

27/qua – Reunião Geral do Clero, 8h30min., Seminário Cura D’Ars.

de 29 a 31 – Movimento Shalom, encon-trão, Casa do Shalom.

30/sab – Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral, 8h30min., Cúria Diocesana de Taubaté.

31/dom – Pastoral do Dízimo, encontro diocesano, das 8h às 16h, Colégio Padre Anchieta.

Agenda Diocesana

Com missa solene, presidida por Dom Carmo, Bispo de Taubaté, foi comemorado o centenário da Capela Santo Antônio. Inaugurada em 1914, ela serviu de capela para o Seminário Diocesano de mesmo nome. Hoje, serve de capela para o Colégio IDESA e para o Colégio Diocesano Padre José de Anchieta. Dia 13 de junho de 2014, em Taubaté.

DízimoParticipe da alegria de ser comunidade!

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O LÁBAROA serviço da evangelização14 Julho 2014

Entrevista do mês:

O Desafio de conjugar Legislação e VidaPor Anaísa Stipp

Hermes Rodrigues Nery é especialista em Bioética, pela PUC-RJ, coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté. Membro da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, diretor da Associação Nacional Pró-Vida e Pró--Família e da Associação Guadalupe. É autor do livro “A Igreja é Viva e Jovem” (Ed. Linotipo Digital, 2013), lançado na Jornada Mundial da Juventude. Nesta edição, em entrevista para O Lábaro, ele conta um pouco dos desafios enfrentados pela Igreja na defesa da vida e na tentativa de conjugar legislação e promoção da vida humana.

O Lábaro: O senhor vem se dedicando, há algum tem-po, à defesa da vida, represen-tando a Diocese de Taubaté.

Prof. Hermes: Por con-vite do nosso Bispo Dio-cesano, Dom Carmo João Rhoden, assumi a Comis-são em Defesa da Vida há quase dez anos. Em 28 de outubro de 2005, o Bis-po fundou o Movimento Legislação e Vida, com o carisma de defender os princípios e valores da doutrina social da Igreja, contidos especialmente na Evangelium Vitae.

O Lábaro: Como tem sido os trabalhos da Comissão?

Prof. Hermes: Nosso maior desafio é enfrentado no difícil campo legislati-vo, onde os ataques contra a vida humana e a família tem se intensificado, atra-vés de leis contrárias ao direito natural. Começa-mos por fazer um mapea-mento da situação verifi-cando quais projetos de lei tramitavam no Congresso Nacional tratando do as-sunto. Depois disso, fomos entrando em contato com os tomares de decisão, jun-tamente com outros gru-pos de diversas partes do País, buscando conscienti-zar deputados, senadores e ministros do Supremo Tri-bunal Federal. O objtivo era evitar que aprovassem leis que atentam contra a dignidade da vida humana (cuja inviolabilidade está prevista no art. 5º da Cons-tituiçao Federal), bem como propor iniciativas de afirmação da cultura da vida. Nesse particular nossa intenção é aprovar a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) pela Vida, que visa explicitar na nos-sa Carta Magna, através de uma emenda constitu-cional, o direito a vida des-

de a concepção. Tem sido esse o nosso trabalho ao longo de dez anos.

O Lábaro: Então, a Co-missão tem trabalho também em defesa dos valores da famí-lia?

Prof. Hermes: A Evan-gelium Vitae faz esse apelo, que o nosso bispo destacou na fundação do Movimen-to Legislação e Vida, di-zendo que “em meio aos desafios da atualidade, a Igreja é chamada a concla-mar o valor da família e da vida humana, posicionan-do-se em favor dos mais fragilizados. Hoje, são tan-to os atentados contra a fa-mília e a dignidade da pes-soa humana, que urgem ações que visam afirmar uma ‘cultura da vida’ e da solidariedade, quando em todo o mundo vamos assis-tindo uma ‘conjura contra a vida’, de dimensões cada vez mais abrangentes, e não podemos enquanto cristãos e comunidade de fé, estarmos omissos”. Nestes quase dez anos, com o Padre Ethewaldo Naufal Júnior, trabalha-mos com uma equipe en-xuta, mas coesa. A Anto-nia Helena Couto e Silva é a vice-coordenadora e também está desde 2005, sempre nos ajudando nas demandas existentes.

O Lábaro: Que outras ações foram desenvolvidas pela Comissão?

Prof. Hermes: Sempre participamos de grupos de estudos, principalmen-te ligados ao Regional Sul 1 da CNBB e Associação Nacional Pró-Vida e Pró--Família, cujo presiden-te, Prof. Humberto Leal Vieira (esteve presente na fundação do Movimen-to Legislação e Vida, em São Bento do Sapucaí)

é membro da Pontifícia Academia para a Vida. Procuramos estudar e nos aprofundar cada vez mais nos temas voltados à vida e à família. Em nível dioce-sano, promovemos quatro seminários de Bioética e um importante congresso internacional em defesa da vida, na abertura da Cam-panha da Fraternidade de 2008, que teve como tema a “Defesa da Vida”. A questão do aborto é pon-ta do iceberg de toda esta problemática, como ex-plicita bem a Evangelium Vitae.

O Lábaro: A comissão tem batalhado contra a libera-ção do aborto. Quais tem sido os resultados?

Prof. Hermes: Para defender a vida é preciso começar por onde ela está mais ameaçada e fragili-zada, por isso, a questão do aborto é relevante. Nas discussões, por exemplo,

Prof. Hermes e alguns integrantes da Comissão Diocesana em Defesa da Vida

Prof. Hermes discursa no II Seminário de Bioética promovido pela Diocese de Taubaté

Page 15: Jornal O Lábaro - Julho de 2014

O LÁBAROA serviço da evangelização 15Julho 2014

sobre a reforma do Código Penal, já se fala em euta-násia. Na Declaração de Aparecida em Defesa da Vida (documento final do congresso internacional promovido pela Diocese de Taubaté, em fevereiro de 2008), destacamos que “desde os anos 80, por consenso estratégico, ela-borado pelas grandes Fun-dações internacionais que promovem o aborto, as políticas de controle popu-lacional têm sido apresen-tadas propositadamente camufladas sob a aparência de uma falsa emancipação da mulher e da defesa de pretensos direitos sexuais e reprodutivos, difundidos através da criação e do fi-nanciamento de uma rede internacional de organiza-ções não-governamentais (ONGs) que promovem o feminismo, a educação sexual liberal e o homosse-

xualismo.” E ainda que “a Organização das Nações Unidas (ONU), desde a década de 1980, compro-meteu-se com as políticas de controle populacional, que constituem, atualmen-te, um dos grandes pólos de suas ações. Através de seus comitês de monito-ramento a ONU tem pro-positalmente fomentado o desenvolvimento de uma jurisprudência no campo do direito internacional pela qual tenciona-se pre-parar o reconhecimento do aborto como direito humano. Através de vários de seus órgãos e de suas agências, a ONU tem sido ainda um dos principais organismos internacionais promotores da legalização do aborto nos países da América Latina.” Por isso, a questão do aborto é tam-bém uma questão política. Nesse sentido, a Comissão

em Defesa da Vida e Mo-vimento Legislação e Vida precisariam não apenas ter um diagnóstico da situa-ção, e atuar feito bombeiro nas comissões do legisla-tivo brasileiro, buscando impedir leis antivida e an-tifamília, mas também ter ações propositivas nestes campos decisórios.

O Lábaro: Mas como podemos impedir tantos mo-vimentos, até mesmo interna-cionais, a favor do aborto?

Prof. Hermes: Foi assim que atuamos, por exem-plo, em conjunto com ou-tros grupos, no caso do PL 1135/91, que visava legalizar o aborto no Bra-sil. Depois de levarmos in-formações aos deputados e senadores, conseguimos que não fosse aprovado, numa histórica votação, em 7 de maio de 2008, na Comissão de Seguridade e Família, obtendo uma im-portante vitoria, quando, por unanimidade, os de-putados votaram contra o aborto e pela vida, em con-sonância com todas as pes-quisas de opinião, que afir-mam ser a maioria do povo brasileiro (82% segundo o VOX POPULI) contrária ao aborto e a favor da vida. E os deputados votaram pela vida naquela votação. Eu estava lá no plenário da Câmara dos Deputados, naquele dia, e o primeiro quem avisei, pelo celular, falando daquela importan-te vitória foi o nosso bispo diocesano, Dom Carmo João Rhoden. Naquele dia vivênciamos realmen-te, uma histórica votação. E mostrou que é possível, com um trabalho sério e dedicado, fazer afirmar a cultura da vida, no desafio de conjugar legislação e vida, como pede a Evange-lium Vitae.

O Lábaro: No campo po-lítico, quais outras iniciativas foram feitas?

Prof. Hermes: Ainda em 2008, a nossa Comissão em Defesa da Vida partici-pou de uma audiência pú-blica na Câmara dos De-putados. Lá defendemos a posição da Igreja mantida

pelo Dr. Cláudio Fonteles, na ADIn3510. O STF ha-via promovido uma audi-ência pública para debater o tema “quando começa a vida humana”, e o minis-tro relator da ADIn3510, Carlos Ayres Brito, jus-tificou o uso das células--tronco embrionárias para fins de pesquisa científica, recorrendo ao fato do tex-to constitucional omitir-se sobre a afirmação de quan-do deve se garantir a invio-labilidade da vida humana (art. 5º da CF). O relator afirmava que “há um silên-cio de morte sobre o início da vida” no texto constitu-cional. Daí então, o Movi-mento Legislação e Vida começou a trabalhar para tornar explícito o direito à vida, desde a sua concep-ção, em todos os textos le-gislativos, começando pelo âmbito municipal.

O Lábaro: O senhor, quando presidiu a Câma-ra Municipal de São Bento do Sapucai, conseguiu fazer aprovar, pela primeira vez no Brasil, uma lei em defesa da vida. Qual foi a repercussão disso?

Prof. Hermes: Como Presidente da Câmara Mu-nicipal de São Bento do Sa-pucaí (gestão 2009-2010), foi promulgada a primeira lei orgânica pró-vida do Brasil. Essa lei estabelece políticas públicas em defe-sa da vida humana, desde a concepção, e promoção da família, primeira e prin-cipal instituição humana. Dom Carmo esteve pre-sente na sessão solene de promulgação da inédita lei orgânica pró-vida, que se tornou referência para ou-tras localidades, em outros estados e até mesmo fora do País. Nesse sentido, lan-çamos a Campanha São Paulo pela Vida e começa-mos a coletar assinaturas visando incluir o direito à vida desde a concepção, na constituição do estado de São Paulo, via iniciativa popular, com apoio de ou-tras comissões em defesa da vida de outras dioceses. Nosso objetivo é alcançar 330 mil assinaturas. Já conseguimos obter quase

duzentas mil assinaturas.

O Lábaro: E como está indo essa campanha? Ela con-tinua?

Prof. Hermes: Fizemos mutirões em prol da vida na Catedral de Taubaté, na Basílica de Aparecida, na Canção Nova e outras paróquias, e prossegui-mos com a coleta de assi-naturas. Esperamos tam-bém, com essa e outras iniciativas, fazer aprovar no Congresso Nacional a PEC pela Vida, com o fim de explicitar no art. 5º da Constituição Federal, a inviolabilidade da vida humana, desde a sua con-cepção. Em dezembro do ano passado, a Comissão Diocesana em Defesa da Vida representou oficial-mente a Diocese de Tau-baté em audiência pública sobre a questão do aborto, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. No primeiro semestre des-te ano, atuamos com vá-rios grupos em Brasília e conseguimos erradicar a inclusão da chamada ide-ologia de gênero no Plano Nacional de Educação, obtendo mais esta impor-tante vitória pró-família no Congresso Nacional. Des-se modo perseveramos, no carisma e missão do mo-vimento diocesano Legis-lação e Vida. A comissão em defesa da vida trabalha em sintonia com o Regio-nal Sul 1 da CNBB, e par-ticipa de várias entidades e organizações, integrando inclusive a diretoria da As-sociação Nacional Pró-Vi-da e Pró-Família e a Asso-ciação Guadalupe (que faz atendimento a gestantes em situações de vulnera-bilidade, dando acolhida e assistência). Apesar das di-ficuldades e desafios exis-tentes, são quase dez anos de perseverança na mis-são evangelizadora. Todas estas iniciativas são mo-tivadas pelo nosso bispo diocesano, Dom Carmo João Rhoden, e, com toda equipe procuramos traba-lhar sempre em comunhão eclesial.

Page 16: Jornal O Lábaro - Julho de 2014

O LÁBAROA serviço da evangelização16 Julho 2014

Paróquias e Horários de MissaDECANATO TAUBATÉ IDecano: Mons. Marco Eduardo 3632-3316

DECANATO TAUBATÉ IIDenaco: Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864

DECANATO TAUBATÉ IIIDecano: Pe. José Vicente 3672-1102

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇACôn. José Luciano 3652-1832Matriz: Nossa Senhora da Esperançadomingo 10h • 19h

PARÓQUIA SÃO PIO XFrei Deonir Antônio, OFMConv 3653-1404Matriz: São Beneditodomingo 6h30 • 9h30 • 11h • 18h • 20h

PARÓQUIA DO MENINO JESUS Pe. Carlos Alberto 3652-8459 Matriz: Menino Jesusdomingo 6h30 • 10h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORESPe. Gracimar Cardoso 3978-1165

Matriz: Nossa Senhora das Doresdomingo 8h • 19h

PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO Pe. Kleber Rodrigues da Silva 3653-4719Matriz: São José Operariosábado 19hdomingo 9h • 19h

DECANATO PINDAMONHANGABADecano: Pe. Celso Aloísio 3642-1320

DECANATO CAÇAPAVA Decano: Pe. Sílvio Dias 3652-2052

PARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSAPe. Álvaro (Tequinho) 3671-1848Matriz: São Luiz de Tolosa(São Luiz do Paraitinga)domingo 8h • 10h30 • 19h

DECANATO SERRA DO MARDecano: Côn. Amâncio 3676-1228

DECANATO SERRA DA MANTIQUEIRA

Decano: Pe. Celso, sjc 3662-1740

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOMons. José Eugênio 3632-2479Matriz Santuário de Santa Teresinhadomingo 6h30 • 8h • 9h30 • 17h • 19hsábado 19h

PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOA

Côn. Elair Ferreira 3608-4908Igreja de Santo Antônio de Lisboa(Vila São José)domingo 8h • 20h

PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO

Pe. Luís Lobato 3633-2388Matriz: São José Operáriosábado 12h • 18h. domingo 7h • 10h30 • 18h • 20h

PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLO

Pe. Fábio Modesto 3633-5906Matriz: São Pedro Apóstolodomingo 8h • 9h30 • 17h • 18h30 • 20h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJAPe. Octaviano, scj 3411-7424Matriz: Santuário São Beneditodomingo 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30

PARÓQUIA MENINO JESUSPe. Renato Marques, msj 3681-4334Matriz Imaculado Coração de Mariadomingo 8h • 11h • 19h

PARÓQUIA SANTA LUZIA Côn. Carlos Antonio da Silva 3632-5614Matriz: Santa Luziadomingo 10h • 19h

PARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIAPe. Arcemírio, msj 3681-1456Matriz: Sagrada Famíliadomingo 8h • 10h30 •17h • 19h

PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOPe. Éderson Rodrigues 3621-8145

Matriz: São Vicente de Paulodomingo 7h • 10h • 17h • 19h30

PARÓQUIA Nª Sra. AparecidaCôn. Paulo César Nunes de Oliveira

sábado 19h30domingo 8h • 10h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉMPe. Celso Luiz Longo 3621-5170Matriz Nossa Senhora do Belémdomingo 9h30 • 19h30

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOPe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864Matriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm)sábado 19hdomingo 8h • 18h

PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO Pe. Rodrigo Natal 3629-4535domingo 8h • 10h • 19h

PARÓQUIA S JOÃO BOSCOPe. Ricardo Luís Cassiano 3933-0366

PARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADEPe. Alberto Aparecido FerreiraMatriz: Nossa Senhora das Graçasdomingo 7h • 9h • 10h30 • 19h

PARÓQUIA SAGRADO CORA-ÇÃO DE JESUSPe. Aloísio Wilibaldo Knob, scj 3621-4440Matriz: Sagrado Coração de Jesussábado 17hdomingo 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30

PARÓQUIA SENHOR BOM JESUSPe. José Vicente 3672-1102Matriz: Basílica do Senhor Bom Jesusdomingo 7h • 8h30 • 10h • 17h • 18h30 • 20hIgreja São SebastiãoMissa:18h (Rito Bizantino)

PARÓQUIA SÃO JOSÉPe. Alan Rudz 3672-3836Matriz: São José (Jardim San-tana)sábado 18h30domingo 7h30 • 10h30 • 19h30

PARÓQUIA ESPÍRITO SANTOPe. Antônio Barbosa, scj 3602-1250domingo 10h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDAPe. Sílvio Dias 3652-2052Matriz: São João Batistadomingo 6h30 • 9h30 • 11h • 18h30

PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUAPe. Décio Luiz 3652-6825Matriz: Santuário Santo An-tônio de Páduadomingo 7h • 9h • 19h....................................................Comunidade de São Pedro: Vila Bandeirantedomingo 17h

PARÓQUIA NOSSA SENHORADO BOM SUCESSOCôn. Luiz Carlos 3642-2605Matriz: Santuário Nossa Se-nhora do Bom Sucessodomingo 7h • 9h • 11h • 18h

PARÓQUIA NOSSA SENHORADAS GRAÇASPe. Vitor Hugo 12 3522-53181º e 3º domingos 10h • 18h302º, 4º e 5º domingos 7h • 10h • 18h30

PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOCôn. Geraldo 3637-1981

Igreja Matriz: São Vicente de Paulo (Moreira César)domingo 7h • 9h • 19h30

PARÓQUIA NOSSA SENHORADO ROSÁRIO DE FÁTIMACôn. Francisco 3642-7035Matriz: Nossa Senhora do Rosário de Fátimadomingo 7h30 • 9h • 19h

PARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)Pe. João Miguel 3643-6171Matriz: São Miguel Arcanjodomingo 8h • 19h

PARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César)Pe. José Júlio 3641-1928Matriz: São Benedito (Vila São Benedito)domingo 8h

PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO Cidade NovaPe. Sebastião Moreira, ocs 3648-1336

Igreja Matriz: São Cristóvãodomingo 7h • 19h

PARÓQUIA SANTA CRUZCôn. Amâncio 3676-1228Matriz: Santa Cruz (Redenção da Serra)domingo 8h • 18h30

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADEPe. Alexandre 3677-1110Matriz: Nossa Senhora da Natividade (Natividade da Serra)domingo 9h30 • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOPe. Antonio Claudio 3677-4152Matriz: Nossa Senhora da Conceição - Natividade da Serra (Bairro Alto)domingo 10h (2º e 4º Domingos do mês)

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA SAÚDEPe. José Rosa 3662-2919domingo 10h • 20h

PARÓQUIA SANTA TEREZINHADO MENINO JESUSPe. Celso, sjc 3662-1740Igreja Matriz: Santa Terezi-nha do Menino Jesus (Aber-néssia)domingo 7h • 9h • 19h

PARÓQUIA SÃO BENEDITOPe. Vicente Batista, sjc 3663-1340

Matriz: São Benedito (Capivari)domingo 10h30 • 18h

PARÓQUIA SÃO BENTO DO SAPUCAÍPe. Ronaldo, msj 3971-2227Matriz: São Bentodomingo 8h • 10h • 18h

PARÓQUIA SANTO ANTONIO DO PINHALPe. João Miguel da Silva 3666-1127

Matriz: Santo Antôniodomingo 8h • 10h • 19h

Participe do jornal

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PARÓQUIA JOÃO PAULO IIPe. Antônio Fernando da Costadomingo 19h

PARÓQUIA DA CATEDRAL DESÃO FRANCISCO DAS CHAGAS Mons. Marco Eduardo 3632-3316sábado 12h • 16hdomingo 7h • 9h • 10h30 • 18h30 • 20h......................................................Convento Santa Clarasábado 7h • 19hdomingo 7h • 9h • 11h • 19h......................................................Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas)domingo 8h30 .....................................................Igreja de Santanadomingo 9h30 (Rito Bizantino)

PARÓQUIA NOSSA SENHORADA ASSUNÇÃO

Pe. Celso Aloísio 3642-1320Matriz: São Beneditodomingo 7h • 9h30 • 18h • 19h30

PARÓQUIA S. Miguel ArcanjoPe. Edson Carlos Alves da Silvadomingo

PARÓQUIA S. BENEDITOPe. Antônio Carlos Monteiro domingo

PARÓQUIA NOSSA SENHORA RAINHA DOS APÓSTOLOS (Cidade Jardim)Côn. Joaquim Vicente dos Santosdomingo 8h • 19h