Jornal O Lábaro

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C O M U N I C A Ç Ã O A S E R V I Ç O D A F É “O que vos digo ao pé do ouvido proclamai-o por sobre os telhados” (Mt 10,26). Distribuição Gratuita Ano CII - Edição nº 2.103 - Junho 2011 www.diocesedetaubate.org.br O LÁBARO NESTA EDIÇÃO: ENCARTE ESPECIAL SOBRE A nova sede da MITRA DIOCESANA Trazida pelo padre redentorista Robson de Oliveira, a imagem, que chega na Diocese no dia 19 de junho, expressa devoção que remonta ao século 19 Taubaté recebe visita da Imagem Peregrina do DIVINO PAI ETERNO O Concílio Vaticano II e a Diocese de Taubaté Pág. 8 Lectio Divina: um caminho seguro de espiritualidade Pág. 5 Banco de Leite Humano de Taubaté precisa de doações Pág. 11 Novas ordenações na Diocese Pág. 11 Pág. 9

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Edição nº 2.103 - Junho 2011

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1O LÁBAROComunicação a serviço da fé

• C O M U N I C A Ç Ã O A S E R V I Ç O D A F É •

“O que vos digo ao pé do ouvido proclamai-opor sobre os telhados” (Mt 10,26).

Distribuição GratuitaAno CII - Edição nº 2.103 - Junho 2011w w w. d i o c e s e d e t a u b a t e . o rg . b r

O LÁBARO

NESTA EDIÇÃO: ENCARTE ESPECIAL SOBRE A nova sede da MITRA DIOCESANA

Trazida pelo padre redentorista Robson de Oliveira, a imagem, que chega na Diocese no dia 19 de junho,

expressa devoção que remonta ao século 19

Taubaté recebe visita da Imagem Peregrina doDIVINO PAI ETERNO

O Concílio Vaticano II e a Diocese de Taubaté

Pág. 8

Lectio Divina: um caminho seguro de espiritualidade

Pág. 5

Banco de Leite Humano de Taubaté precisa de doações

Pág. 11

Novas ordenações na DiocesePág. 11

Pág. 9

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2 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Vivemos em tempos conturba-dos. Na política, a cada dia surge uma notícia que nos deixa ainda mais desacreditados: ministro com aumento ilícito de patrimônio, prefeito acusado de envolvimento em esquemas de corrupção entre outros episódios menos notáveis; na economia, a inflação que insis-te em assombrar os consumidores brasileiros, sobretudo aqueles que dependem do salário mínimo para viver. Enquanto isso, a educação continua sendo colocada em se-gundo plano e a saúde, de muleta, pede socorro.

Aturdidos em meio a todas essas realidades, sentimo-nos, muitas ve-zes, impotentes e não conseguimos vislumbrar nenhuma perspectiva real de mudanças. Perguntamos, então, qual o sentido de nossas buscas e de nossos sonhos. As res-postas nem sempre nos parecem tão claras e simples. Por outro lado, enquanto cristãos, não podemos ficar inertes e alheios aos aconte-cimentos do mundo, que também afetam diretamente a nossa vida.

Jesus, na oração sacerdotal, pede ao Pai: “Eu não rogo que os tires do mundo, mas que os guar-des do maligno. Assim como tu me enviaste ao mundo, eu tam-bém os enviei ao mundo” (Jo 17,15.18). Nesta passagem, Jesus deixa claro que a missão dos dis-cípulos, como a sua, não se realiza numa realidade supramundana, mas a vocação inerente a todos os cristãos é ser fermento, sal e luz do mundo. Assim, em todos os tem-pos somos conclamados a dar ra-zão de nossa fé e de nossa esperan-ça, com atitudes que expressem, ao mesmo tempo, consciência cidadã e comprometimento na vivência do Evangelho de Jesus Cristo.

Nesta edição, além das reflexões sobre temas pertinentes propostas pelos nossos articulistas, O Lábaro traz reportagens sobre a devoção aos santos populares do mês de junho e sobre a visita da Imagem Peregrina do Divino Pai Eterno.

As empresas precisam de trabalhadores: de operários. Estes ne-

cessitam de preparo: de formação técnica e profissional. Desta está carente o mercado. É, pois, preci-so capacitar melhor os que enve-redam por esse campo. Também, naquele humano/religioso é pre-ciso investir mais. Falta ética não só no mercado, mas também nas pessoas, na sociedade e em outros âmbitos também. Muitos países se ufanam de sua tecnologia, mas, infelizmente, não podem fazer o mesmo em relação a sua cultura axiológica e religiosa. Há carência ética nos relacionamentos e nas instituições, porque existe lamen-tável falta de formação humana e religiosa. Quem não sabe bem de onde veio, nem para onde vai, so-fre, de fato, de desnorteamento, de inconsistência pessoal. Está à de-riva. Precisa de socorro, que nem sempre é, por ele, desejado. E, às vezes, é até negado, quando não substituído: pelo álcool, pelas dro-gas, pelo uso da violência.

A sociedade precisa de ho-mens e mulheres de caráter. De consciência. De responsabilida-de. Com tudo isto, não se nasce. Adquire-se com esforço, garra e determinação constantes. A pes-soa precisa conhecer-se, amar-se e aceitar-se. Necessita de valores pessoais, sociais, morais, espiritu-ais e religiosos. Somos, não pou-cas vezes, visivelmente carentes, humana e afetivamente. Às vezes, até destemperados neste campo. Isto acarreta conseqüências, até, desastrosas. As famílias deixam a desejar na educação. Ninguém dá o que não tem. Sendo pobre humanamente, leva tal pobreza, para a Família, a Escola, à Igreja, e para a sociedade. Crianças que crescem na violência, violentas se tornam. O noticiário está reple-to de casos. As famílias andam estressadas. As escolas recebem os jovens assim. Não conseguem fazer então sua parte. Os profes-

sores, não poucas vezes, sentem medo, ou até, angústia. Estão perplexos. Não sabem bem o que fazer, mas nem sempre porque despreparados. A problemática deixa-os perplexos.

Precisamos de formação não só humana e profissional, mas, tam-bém, ética, religiosa. Como já dei-xamos entrever, o indivíduo é um ente complexo, polifacético. Nas-ce limitado. Incompleto e nem sempre disposto a investir em si. Além do mais, todo ser humano é pecador. Psicólogos, sociólogos ou antropólogos, geralmente, não trabalham com esta hipótese. Ape-nas com explicações imanentistas. As faculdades e universidades, na maioria das vezes, detestam expli-cações metafísicas ou religiosas. Há catedráticos, hoje, como o grande poeta de outrora, Goethe. Ele na hora da morte pediu mais luz (Mehr Licht). Não sabemos de que “luz” falava, ou, talvez, já, tarde para pedi-la. O homem e mulher não precisam apenas de cultura, trabalho, posição social e realização profissional. Precisam de valores. De Deus.

Repito: também de valores éti-cos e religiosos. Certas doenças não têm cura plena sem que a di-mensão transcendente seja reco-nhecida pelo paciente. A logosofia de Viktor E. Frankl é muito escla-recedora neste campo. A realiza-ção humana requer a harmonia existencial e esta exige os valores superiores: os ético-religiosos. Os economistas falam da necessidade

de valores agregados; os cristãos de valores éticos e transcenden-tes. A patologia do mundo atual não mostra claramente a ausência destes valores? Não é isto visível? Que mundo estamos preparando para os venturos? Confesso minha preocupação. Preocupação? Não. Angústia.

Postulamos, antes, a exigên-cia de valores religiosos; agora reivindicamos os cristãos. Não negamos outros. Apresentamos os nossos. Somos cristãos. Ao in-dicativo da fé segue o imperativo da moral. Paulo defendeu ardo-rosamente os valores do mundo religioso judaico. Conheceu Jesus Cristo. Deu, então, uma guinada fantástica e apresentou a necessi-dade do seguimento do Senhor Je-sus. Apaixonou-se pela proposta de Cristo. Viveu-a. Apresentou-a a todos os homens de boa vonta-de. Tornou-se discípulo de Cristo, abandonando, assim, a Gamaliel. Descobriu Cristo e percebeu as la-cunas de Moisés. Tudo para ele se relativizou, após o encontro com Cristo. Não afirmo que nós cris-tãos estejamos vivendo bem os va-lores do Evangelho. Falhamos, so-mos omissos. Devemos rever-nos.

De fato, precisamos de mais ética na sociedade e de santida-de na Igreja. Não são impecáveis expedientes retóricos que conver-tem os corações, mas impolutas atitudes existenciais. Precisamos de santos no Brasil, afirmou João Paulo II. Sim, urgentemente. Em tempo: no mundo todo, também.

A VOZ DO PASTOR

O Brasil precisa de santosDom Carmo João Rhoden, scj

EDITORIAL

- EXPEDIENTE

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO DA DIOCESE DE TAUBATÉAvenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070Diretor: Pe. Kleber Rodrigues da SilvaEditor e Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes, msj – MTE 62.839 / SPConselho Editorial: Pe. Kleber Rodrigues, Pe. Jaime Lemes, Pe. Silvio Dias, Pe. Rodrigo Natal, Mons. Marco Silva, Henrique Faria, Eliane Freire, Valquíria Vieira e Diego Simari.Reportagem: Valquíria VieiraProjeto Gráfi co: Diego SimariRevisão: Eliane FreireImpressão: Katú Editora Gráfi caTiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuitaContatos: Tel.: (12) 3632-2855 / ramal: 216 (Redação) E-mail: [email protected] matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opnião deste veículo.

O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Dar razão à fé eà esperança

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3O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Quem já teve oportunidade de viajar pelo Brasil ou mesmo ler sobre a cultura brasileira, sabe o quanto diversa ela é. Cada região é caracterizada pelas suas peculia-ridades culturais, que englobam música, dança, culinária e religio-sidade popular. Esta última quase sempre ligada à devoção aos san-tos. Na Bahia, por exemplo, tem a devoção ao Senhor do Bonfim; no Nordeste, de modo geral, há a ve-neração ao Pe. Cícero, tido como santo; no Pará, a festa do Círio de Nazaré. Já na região do Vale do Paraíba, é forte a devoção à Nossa Senhora Aparecida e a São Benedi-to. Mas o sucesso de popularidade fica por conta dos santos juninos: Santo Antônio, São João e São Pedro. De Norte a Sul do Brasil, o santo casamenteiro é festejado, acende-se a fogueira de São João e ergue-se o mastro com a bandeira de São Pedro.

Na Diocese de Taubaté não é diferente. Fortemente presentes na devoção popular, esses santos são festejados em diversas paróquias e comunidades. Destacando as mais tradicionais festas realizadas na Diocese de Taubaté, a Paróquia Santo Antônio de Pádua, em Ca-çapava, celebrou o santo casamen-teiro com o tema “Santo Antônio

e a Ecologia da Vida”. A novena aconteceu de 30 de maio a 11 de junho com missas às 19h. No do-mingo, 12 de junho, as festivida-des começaram cedo com missa às 7h, e o Bispo Dom Carmo João Rhoden, scj participou da festa ce-lebrando a missa às 9h. Precedida pela a Procissão do andor de Santo Antônio, a Santa Missa solene foi presidida pelo Pároco e Reitor do Santuário, Pe. Décio Luiz da Silva Santos. E no dia de Santo Antônio, 13 de junho as missas das 7h e das 19h celebraram a festividade do Padroeiro.

A Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda, igreja São João Batis-ta em Caçapava, está em festa e comemora a natividade do santo padroeiro com uma programação religiosa, e como a festa já faz par-te do calendário oficial da cidade, a prefeitura preparou um grande arraial junino para arrematar a co-memoração. Na programação reli-giosa, a novena é celebrada de 14 a 22 de junho com o terço às 18h e missa às 19h. No dia de São João, 24 de junho, a missa solene será ce-lebrada às 10h pelo Bispo Diocesa-no Dom Carmo João Rhoden, scj. A procissão sairá às 17h da Igreja Matriz e, em seguida, será celebra-da a Santa Missa.

Já na programação da Festa Ju-nina de São João, em Caçapava, promovida pela prefeitura, o ar-raial acontece na Avenida Brasil de 17 a 19 e de 22 a 26 de junho. A festa é beneficente e dela parti-cipam diversas entidades sociais, contando com atrações culturais, shows musicais e barracas típicas. E no dia 26 de junho acontecerá um bingo com premiações espe-ciais em prol da Igreja Matriz de Caçapava.

Em Taubaté, São Pedro Após-tolo é comemorado com uma fes-ta tradicional no bairro que leva o nome do santo e o evento tem como tema central “Para um novo tempo um novo jeito de fazer o Reino”. No Alto de São Pedro, o padroeiro dos pescadores será ce-lebrado de 30 de junho a 10 de ju-lho. A novena terá missas todos os dias, de 30 de junho a 9 de julho.

No dia da festa de São Pedro Apóstolo, 10 de julho, às 16h sairá a procissão seguida de missa so-lene. A tradicional comemoração também faz parte do calendário oficial da cidade e todas as noites haverá o funcionamento de barra-cas e bingo. No último dia da festa, a Paróquia São Pedro, em Tauba-té, também fará o sorteio da Ação Entre Amigos às 23h.

Da RedaçãoSantos populares são lembrados pelos fiéis em diversos festejos realizados nas paróquias

DA REDAÇÃO ESPECIAL

Equipe do Jornal “O Lábaro” apresenta novo projeto gráfi co e editorial do veículo durante a 31ª Semana de Comunicação da Unitau: Pe. Jaime Lemes, Pe. Kleber Rodrigues, Valquíria Vieira e Diego Simari (da esq. para a dir.)

A trajetória do veículo de comu-

nicação oficial da Diocese de Tau-

baté, fundado em 1910, mereceu

uma participação especial na 31ª

Semana de Comunicação (Secom)

do Departamento de Comunicação

Social da Universidade de Taubaté.

Para comemorar o Dia Nacional

da Imprensa, 1º de junho, a equipe

do Lábaro – composta pelo diretor

Pe. Kleber Rodrigues, pelo editor e

jornalista responsável Pe. Jaime Le-

mes, pela jornalista Valquíria Vieira

e pelo supervisor de projeto gráfico

Diego Simari – apresentou o novo

projeto gráfico e editorial do perió-

dico a alunos, professores e convida-

dos da Secom.

Paralelamente, uma exposição so-

bre o jornal centenário ocupou uma

das salas do Departamento, com o

objetivo de revelar peculiaridades do

veículo década a década, por meio

de reproduções de páginas do jornal

que demonstram sua evolução grá-

fica e seu papel como instrumento

evangelizador. “Pensamos em fazer

uma exposição que reunisse mate-

rial sobre a história da imprensa, e o

Lábaro é um exemplo para nossa re-

gião”, salientou a Profª. Dra. Eliane

Freire, responsável pela organização

da mostra. Em breve, a exposição

ficará aberta ao público nas novas

instalações da Mitra Diocesana.

Junho é mês de devoção na Diocese

Foto

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ilo C

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teiro

Foto: Emanuella Valdez

Novo projeto editorial do jornal “O Lábaro” é apresentado durante Semana da Comunicação da Universidade de Taubaté

População acompanha as missas e procissões em homenagem aos santos padroeiros

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O LÁBAROComunicação a serviço da fé4

Toda pessoa traz, nas profunde-zas do seu espírito, a exigência de Deus. Mesmo que se queira negar a existência de um Ser Supremo que governa todo o universo, há momentos de aflição que dentro de nós apelam para o sobrenatu-ral. Não somos somente carne e ossos, que depois da morte a terra vai consumir. Há em nós o espíri-to, ou alma, que é o princípio im-pulsionador da vida.

O espírito exige um relaciona-mento indispensável com o nos-so Deus. É por isso que todos os povos, desde os mais primitivos, invocavam um Deus, quem que punham a sua confiança através da existência, e a quem atribuíam as influências das leis da nature-za. As chuvas e as tempestades; os frutos da terra que alimentavam homens e animais; as estrelas e a lua que embelezavam as noites; florestas, rios, flores que encanta-vam os olhos; era todos reconhe-cidos pela criatura humana, em sua primitiva inteligência, como bens concedidos pelo Ser invisível e imortal que tudo dirigia.

Corridos séculos, talvez milê-nios, dignou-se este Deus imortal revelar-se a uma parcela escolhida no meio da humanidade. Revelou-se a um Patriarca, conhecido na Bíblia como Pai de um povo eleito por Deus. Ele chama-se Abraão.

É bom que leiamos esta página do livro que conta as revelações divinas. Vamos ao Capítulo 12 do Gênesis. Ali está escrito: “O Se-

nhor disse a Abraão: ‘Sai da tua terra, do meio de teus parentes, da casa de teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. Farei de ti uma grande nação e te abençoa-rei, engrandecerei o teu nome, de modo que se torne uma bênção’” (Gn12,1-3).

É assim que começam as reve-lações pessoais de Deus às novas gerações. Estas revelações estão na Bíblia, livro fundamental da verdadeira religião. Muitos não querem crer e não se interessam pelo que a consciência, depois, lhes gritará em altos brados. Por essas recusas de muitos, aí está o mundo de hoje, em que muitos não só não são religiosos, mas se tornam evidentemente bárbaros. Bárbaro é aquele que não teve ou perdeu as raízes de sua cultura ini-cial de seres humanos.

Somos uma nação que temos raízes profundamente cristãs. Nossos índios, que habitavam es-tas terras imensas se distinguiam pelo senso religioso, que os levava ao culto de um ser supremo, que os criara e regia, ao qual davam o nome de Tupã. Foi isto que fa-cilitou aos jesuítas a civilização daqueles indígenas. A crença num Deus que não conheciam perfeita-mente foi semente do Cristianis-mo que a evangelização fez ger-minar.

Não se pode privar a nova ge-ração que frequenta agora nossas escolas da formação religiosa, que faz parte de nossa cultura ances-

SOB O OLHAR DA FÉ

Pelo combate ao ateísmoD. Antônio Afonso de Miranda, sdn*

tral. Lastimável que, sob pretexto de sermos um “Estado laico”, não se ministre nenhum ensino reli-gioso aos futuros cidadãos. Que mal lhes faria conhecer a religião cristã, que durante dois mil anos presidiu sabiamente à civilização de povos ilustrados e felizes, que nos precederam?

Se o ensino religioso nas esco-las não for o baluarte de nossa resistência à degradação moral e religiosa, qual será a sorte das novas gerações, atraídas para fu-tilidades, para a exacerbação do sexo, para o engodo das drogas, e estimulada pela impunidade da corrupção e do crime?

Não só a sociedade precisa de “Deus nas escolas”, para recons-tituir-se na herança primitiva do “senso religioso”, mas cada um de nós precisa de Deus mais pro-fundamente enraizado na consci-ência e no coração.

O dinheiro e o bem-estar ma-terial trazem uma felicidade ilu-sória, enganadora. A pobreza de dinheiro leva à miséria. A miséria leva muitas vezes ao crime. A po-breza do conhecimento de Deus leva à suprema desgraça.

Não deixemos morrer em nós as sementes da fé que nossos pais e a Igreja plantaram em nossos corações. Cultivemo-las pela lei-tura da Bíblia, pelo estudo e au-dição da Palavra de Deus. É so-bre esta Palavra que o Papa nos escreveu a Exortação Apostólica Dei Verbum, onde nos lembra: “Num mundo que frequentemen-te sente Deus como supérfluo ou alheio, confessamos como Pedro que só Ele tem “palavras de vida eterna” (Jo 6,68). Não existe prio-ridade maior do que esta: reabrir ao homem atual o acesso a Deus. A Deus que fala e nos comuni-ca o seu amor, para “que tenha-mos vida em abundância” (cf. Jo 10,10).

PONTO DE VISTA

Ilust

raçã

o: D

iego

Sim

ari

Qual a sua opinião sobre as festas dos Santos populares do mês de Junho?

“Vejo que há dois lados: a fé

configurada na devoção aos santos,

que por intercessão deles acontece

muitas coisas na vida das pessoas, e

a popularidade, que arrasta o povo

para a festa. Penso que isso não

deve acabar, mas deve haver foco

na valorização dos santos”.

João Henrique de Moraes Ramos Paróquia Sagrado Coração de Jesus

“Acho que é uma festa bem

popular. Todo mundo conhece pela

festa junina, a quadrilha, os comes

e bebes, mas, pra mim, o religioso

é que faz tudo isso acontecer, pois

na minha família, por exemplo,

todo ano fazemos festa junina. Mas

o mais importante é que reunimos

a família e antes de tudo rezamos

a Santo Antônio, São João e São

Pedro. Sem a oração a festa não

acontece”.

Vânia de Paula VieiraParóquia Nossa Senhora do Belém

“Sinto que essa é uma festa que

reaviva a fé, não é só a popularidade.

São Santos de força, acredito na

intercessão deles”.

Fátima PresotoParóquia do Menino Jesus

“A festa desses santos deveria

ser mais testemunhal, pois vejo que

o foco hoje é a festa popular com

bebida alcoólica. Fora isso, com

certeza é uma festa que reforça a fé

e que serve para suscitar vocações”.

Valéria Augusta Maranhão Paróquia do Menino Jesus

ESCREVA, OPINE, PARTICIPE!

Responda a pergunta abaixo e participe da nossa próxima edição:

QUAL A EXPERIÊNCIA DE SER DIZIMISTA NA SUA PARÓQUIA?

Envie para:[email protected]

O dinheiro e o bem-estar material trazem uma felicidade ilusória, enganadora

*Dom Antônio Aff onso de Miranda é bispo emérito de Taubaté e membro da Acadêmia Taubateana de Letras

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O LÁBAROComunicação a serviço da fé 5

Quando atribuímos à Mãe de Deus o título de Mãe do Crucifica-

do, afirmamos que ela obteve a misericórdia de uma maneira úni-ca e que mereceu misericórdia du-rante toda sua vida terrena, em es-pecial, aos pés da cruz. Através da sua participação na missão de Je-sus foi escolhida, especificamente, para garantir às pessoas o amor misericordioso de Deus. Este amor misericordioso de Deus em Maria e por Maria, é manifestado na história da Igreja e da huma-nidade. Em Maria e através dela, Deus mais plenamente nos faz compreender o mundo pela sua misericórdia.

Na espiritualidade da Divina Misericórdia, ensinada por Santa

Faustina, observamos que a San-ta teve uma vida de intimidade com Virgem Maria. Para a Irmã, Maria era Mãe e Mestra da vida espiritual, a Mãe de Misericórdia, um apoio para a união com Deus e para a missão apostólica.

Certa vez, recitando a Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, a Irmã Faustina viu a Virgem com o Menino nos braços, que profe-riu as seguintes palavras: “Não sou apenas a Rainha do Céu, mas também a Mãe da Misericórdia e tua Mãe” (Diário de Santa Faustina, 330). Na festa de Nossa Senhora da Misericórdia, em 5 de agosto de 1935, Maria disse-lhe: Sou vos-sa Mãe pela infinita misericórdia de Deus (Diário, 449).

Santa Faustina modela a sua

Mãe e a Divina Misericórdia

FALANDO DE MARIA

Padre Rodrigo Natal*

vida pautando-se na Mãe de Deus, desenvolvendo as virtudes ensinadas por ela: “Desejo, mi-nha filha caríssima, que te exercites em três virtudes, que Me são as mais caras e as mais agradáveis a Deus: a primeira é a humildade, humildade e mais uma vez humildade; a segunda, a pureza, a terceira, o amor de Deus. Como minha filha, deves brilhar de maneira especial com essas virtudes” (Diário, 1415).

Nossa Senhora foi apoiando Santa Faustina na sua missão, que é, hoje, a nossa missão apostólica de anunciar o mistério da miseri-córdia divina através da ação, pa-lavra e oração: “Fala às almas dessa grande misericórdia, enquanto é tem-po de compaixão. Se tu te calares ago-

ra, terás de responder naquele dia ter-

O Documento de Apa-recida aponta a Lec-tio Divina como uma

forma privilegiada para nos levar ao encontro pessoal com Jesus (DAp 249). Mais recentemente, a Exortação pós-sinodal Verbum Domini faz particular referência à Lectio Divina como fundamental para sustentar a vida espiritual dos cristãos de todos os estados de vida (VD 86).

Muito se tem escrito ultimamen-te na intenção de promover o res-gate dessa forma ao mesmo tempo simples e profunda de entender e rezar a Palavra de Deus. E tudo começa com a redescoberta da importância da Escritura na vida cristã promovida pela Igreja no Vaticano II, que a considera “regra suprema de sua fé” (DV 21).

A Lectio é uma “leitura oran-te da Bíblia”, e por isso combina leitura e oração ou, como dizem alguns, coração de Deus e cora-ção humano; por essa razão, é

também conhecida como leitura afetiva da Bíblia. Um caminho que, levando-nos das palavras es-critas à Palavra viva que é Cristo, nos introduz no dom da contem-plação e nos ensina a confrontar o dia a dia com a vontade de Deus. Isso porque parte do princípio de que a Bíblia é, ao mes-mo tempo, Palavra e acontecimento.

Experimentamos a riqueza da Lectio quando nos dispo-mos a caminhar na prática do exercí-cio em seus quatro ou cinco momentos: conhecer o sentido do texto bíblico (leitura), discernir o que ele diz particular-mente para nós hoje (meditação), clamar o que ele nos leva a dizer a Deus (oração) e saber ver, en-tão, com olhar novo a realidade (contemplação) para viver concre-tamente melhor (ação). Tal me-

Lectio Divina: um caminho seguro de espiritualidade

ESPIRITUALIDADE

Fr. Osmar Cavacca*

todologia, feita à luz do Espírito Santo, permite entrar no diálogo que Deus inicia conosco: Ele nos fala na Palavra, e nós responde-mos na oração. Enfim, é o cami-nho por excelência da oração e da espiritualidade cristãs.

Embora supo-nha certo empenho racional, a Lectio Divina o exige pro-porcionalmente à condição intelec-tual de cada um. Mas, em todos, por força do Espírito, desperta, sobretu-do, os rincões pro-

fundos e adormecidos do coração, onde está a nossa “melhor parte” (Lc 10,42). Assim, doutores e ope-rários, teólogos e donas de casa, todos podemos experienciar esse imenso dom.

Mas de todos se exige a atitude humilde e pequena de uma Ma-ria, irmã de Marta e Lázaro que,

mais com o coração do que com a inteligência, se senta aos pés do Senhor para beber de sua Palavra (cf. Lc 10,38ss).

Às vezes, corremos à procura de uma multidão de métodos de ora-ção e de complicadas propostas de espiritualidade que, não raro, nos alienam da própria vida... No entanto, temos um tesouro junto a nós, e não o conhecemos bem: a Palavra. Se o buscarmos com sin-ceridade, ele se deixará descobrir (cf. Mt 7,7), e seremos iluminados pelo brilho que emana de sua luci-dez e enriquecidos pela graça da maturidade humana e cristã.

Eis a Lectio Divina, um cami-nho seguro de saudável espiritua-lidade... Tão simples, que só aos simples e pequenos, que sabem crer amando, é dado percorrer (cf. Mt 11,25).

“A Lectio é uma leitura orante da Bíblia, e por isso combina leitura e oração ou, como

dizem alguns, coração de Deus e coração humano”

rível por um grande número de almas. Nada receies, sê fiel até o fim, Eu me compadeço de ti” (Diário, 635).

V i r g e m I m a c u l a -da, Mãe de Misericórdia, recorremos a tua de-fesa, te pedindo que o nosso coração seja semelhante ao teu. Nós, teus filhos, que-remos servir teu Filho Jesus, fiel-mente, na humildade. Amém!

*Padre Rodrigo Natal é pároco da Paróquia São Sebasti ão em Taubaté-SP.

O LÁBAROComunicação a serviço da fé 5

rível por um grande número de almas. Nada receies, sê fiel até o fim, Eu me compadeço

(Diário,

V i r g e m

Misericórdia, recorremos a tua de-fesa, te pedindo que o nosso coração seja semelhante ao teu.

*Frater Osmar Cavacca é professor de Teologia na Faculdade Dehoniana e fundador da Fraternidade Monásti ca Irmãos de Nazaré em Santo Antônio do Pinhal-SP

Page 6: Jornal O Lábaro

6 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

A Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus,

em Campos do Jordão, acolheu com muita

alegria e festa, no dia 29 de maio, a imagem

Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, o Círio

de Nazaré.

Houve uma concentração na entrada da

cidade, seguida de carreata até a Igreja Matriz,

onde foi celebrada a Santa Missa. Grande

número de fiéis participou da celebração,

prestigiando o evento. A imagem, que já visitou

a cidade de São Luiz do Paraitinga, ficou em

Campos do Jordão até o dia 5 de junho e depois

retornou a Belém, no Pará.

Campos do Jordão recebe o Círio de Nazaré

DIOCESE EM FOCO

A Diocese de Taubaté, em comunhão

com a Igreja no Mundo, celebrou o 45º Dia

Mundial da Comunicação Social, em 5 de

junho. Para essa comemoração, uma Mis-

sa por intenção dos comunicadores, com

o tema “Verdade, anúncio e autencidade

de vida, na era digital”, foi celebrada no

Santuário São Benedito, na Paróquia Nos-

sa Senhora Mãe da Igreja. A mensagem

do Papa Bento XVI para esse dia reforça

aos comunicadores e anunciadores da Pa-

lavra, que mesmo numa era digital, é im-

portante valorizar a pessoa. “A verdade do

Evangelho não é algo que possa ser objeto

de consumo ou de fruição superficial, mas

dom que requer uma resposta livre. Mesmo

se proclamada no espaço virtual da rede,

aquela sempre exige ser encarnada no mun-

do real e dirigida aos rostos concretos dos

irmãos e irmãs com que partilhamos a vida

Diocese de Taubaté celebra 45º Dia Mundial da Comunicação Social

diária. Por isso permanecem fundamentais

as relações humanas diretas na transmissão

da fé”, afirma o papa.

A Missa pelos comunicadores foi presidi-

da pelo assessor da Pastoral da Comunica-

ção da Diocese de Taubaté, Pe. Jaime Le-

mes, que é padre do Instituto Missionário

São José e vigário da Paróquia do Menino

Jesus, em Taubaté.

Na terça-feira, 24 de maio, a Paróquia

Senhor Bom Jesus de Tremembé, recebeu

a professora Maria Dolores Alves Cocco e

mais cinco alunos da Universidade de Tau-

baté para apresentar o novo projeto inicial

para a reforma da Basílica.

A principal intenção da Universidade

nesse contexto é conseguir que o Ministério

da Cultura aprove recursos para a reforma,

e concluir todo o processo em dois anos

após o início das obras. A comissão que es-

tuda a estrutura é composta por 50 alunos e

cinco professores do Departamento de Ar-

quitetura e Urbanismo da Unitau.

Segundo a professora Maria Dolores, foi

feito um levantamento da situação estru-

tural do prédio, por meio de fotos e pros-

pecções. Com isso, foram descobertas sete

camadas diferentes de tinta, e um símbolo

de Roma, referente à data de consagração

da Basílica. Foram achados também pi-

sos hidráulicos, que podem ser do período

Barroco. A partir dessas descobertas, serão

Projeto da Basílica de Tremembé tem mais uma etapa concluída

analisadas amostras de material colhido

por laboratório.

A professora espera que as obras come-

cem em janeiro de 2012 e, de acordo com

o pároco e reitor da Basílica Pe. José Vi-

cente, o andamento do projeto tem seguido

no ritmo certo. “O projeto atendeu minhas

expectativas e a comunidade saiu contente

da apresentação. Isso também me agradou

muito”, disse o pároco.

O próximo passo é aguardar a análise la-

boratorial e apresentar o projeto ao Minis-

tério da Cultura, para obter apoio. Assim,

as obras da Basílica seguem o ritmo espe-

rado para que a obra seja concretizada da

melhor forma possível, visando resistência

e durabilidade na estrutura a ser feita.

O Apostolado da Oração da Paróquia

Santíssima Trindade em Taubaté realizou em

15 de maio um encontro em que refletiu sobre

a Missão Continental. O encontro aconteceu no

salão São José da Comunidade Nossa Senhora

Aparecida, na Vila Aparecida.

Quarenta pessoas participaram do encontro,

entre as quais, membros da Comunidade Nossa

Senhora Aparecida e da Paróquia Santo Antonio

de Lisboa.

O encontro foi assessorado pelo coordenador

Diocesano de Pastoral, Pe. Kleber Rodrigues da

Silva, e teve como objetivo formar os membros

do Apostolado da Oração de acordo com a

Missão Continental, em sintonia com o Plano de

Evangelização Diocesano.

Apostolado da Oração promove relexão sobre Missão Continetal

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Page 7: Jornal O Lábaro

7O LÁBAROComunicação a serviço da fé

A Paróquia Nossa Senhora da Boa

Esperança de Caçapava inaugurou, em 5

de junho, a igreja da comunidade São João

Batista, no bairro Vila Favorina, com a

presença do Bispo Diocesano Dom Carmo

João Rhoden, que abençoou a nova igreja

e o altar numa cerimônia realizada às 17h.

No mesmo dia, às 19h, foi celebrada uma

Missa de Ação de Graças, presidida pelo

pároco Côn. José Luciano Matos Santana.

A igreja, que tem 12 portas em homenagem

aos 12 Apóstolos, foi construída com

recursos de toda a paróquia, formada por 17

comunidades que trabalham com o sistema

de administração unificada. “A obra foi

realizada em 19 meses e inaugurada já com

bancos, equipamento de som e altar fixo

em pedra São Tomé polida rosa”, destacou

o Côn. Luciano, ressaltando que, graças à

unidade paroquial, a obra pôde ser entregue

completa.

Paróquia inaugura Igreja de São João Batista em Caçapava

DIOCESE EM FOCO

Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

tá-la como normal. “A violência contra os

idosos deve ser entendida como uma grave

violação aos Direitos Humanos”, enfatiza a

coordenadora.

A Pastoral da Pessoa Idosa da Diocese

de Taubaté realiza visitas domiciliares men-

sais, acompanhando principalmente as pes-

soas que estão em situação de pobreza e de

abandono, estimulando, os seus membros e

assistidos a uma inserção nas ações por um

envelhecimento digno, com melhor quali-

dade de vida.

O dia 15 de junho marca o Dia Mundial

de Conscientização da Violência contra a

Pessoa Idosa, data instituída em 2006 pela

Organização das Nações Unidas (ONU)

e pela Rede Internacional de Prevenção à

Violência à Pessoa Idosa.

Marele Oliveira, coordenadora da Pasto-

ral da Pessoa Idosa na diocese, explica que

o objetivo da data é criar uma consciência

mundial, social e política da existência da

violência contra a pessoa idosa e, simulta-

neamente, disseminar a ideia de não acei-

Taubaté terá no dia 17 de julho o Dia de

Recolhimento da Obra dos Santos Anjos, das 9h

às 17h, no Colégio Idesa.

Para participar é necessário inscrição de

R$15,00, que pode ser feita até o dia do retiro. Os

participantes devem levar caderno para anotações

e Bíblia, além de lanche para o café comunitário.

Outras informações podem ser obtidas pelos

telefones (12) 3426-5698 (com Marlene) ou (12)

3602-1848 (com Isa).

Dia de Recolhimento da Obra dos Santos Anjos

Corpus Christi será celebrado na catedral de Taubaté com o tema “Fica Conosco Senhor”

A Catedral de São Francisco das Chagas de Taubaté preparou a celebração de Corpus

Christi com o tema “Fica Conosco Senhor”.

A programação começa com o Tríduo Eucarístico no dia 20 de junho e termina no dia 23

com a celebração da solenidade.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

20/06 - O discípulo se alimenta da Eucaristia16h – Santa Missa

21/06 - A Eucaristia nos envia em missão16h – Santa Missa

22/06 - A Eucaristia nos faz promotores da vida16h – Santa Missa

23/06 - Solenidade de Corpus Christi8h - Santa Missa11h - Santa Missa15h - Adoração Eucarística16h - Solene Procissão Eucarística17h - Missa Pontifical

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O cartaz distribuído pela Pastoral da Pessoa Idosa pretende divulgar a importância da conscienti zação

Page 8: Jornal O Lábaro

8 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

O Concílio Vaticano II (1962-1965) foi um dos fatos mais im-portantes de todo o século XX. Em 2012 vamos comemorar 50 anos de sua abertura.

O anúncio do Concílio Vatica-no II pelo Papa João XXIII (1958-1963) causou surpresa em todo o mundo. Na Diocese de Taubaté não poderia ser diferente. Os obje-tivos e a natureza do Concílio vão sendo esboçados progressivamen-te. Da Igreja do Brasil participa-ram 153 bispos, quatro cardeais e o Núncio Apostólico Bom Sebas-tião Baggio. Dom Francisco Borja do Amaral (1898-1989), bispo da Diocese de Taubaté, participou em todas as sessões do Concílio Vaticano II. Exerceu seu ministé-rio episcopal de 1944-1976.

O Vaticano II foi um aconte-cimento singular, que colocou a Igreja no século XX, com suas aceleradas mudanças culturais, sociais, científicas e técnicas. Tal processo de atualização fez emer-gir uma verdadeira redescoberta da Igreja particular como realiza-ção viva e característica de toda a Igreja (Ad gentes, n.20).

A Diocese de Taubaté prepa-rou-se para a abertura do Concílio Vaticano II. Dom Francisco esta-beleceu que a Diocese de Taubaté ficasse em “estado de Concílio”, ou seja, realizasse três solenida-des: a primeira no dia da abertura do Concílio; a segunda quando o concílio estivesse em plena ativi-dade e a terceira no encerramento

do Concílio.No mês de agosto de 1962,

Dom Francisco, por meio de cir-cular, estabeleceu que todas as igrejas da Diocese realizassem a Novena do Divino Espírito Santo em prol do Concílio Vaticano II, que aconteceu de 21 a 29 de se-tembro de 1962, encerando com uma grande concentração na sede do Bispado no dia 30 de setembro.

Toda a fase de preparação da diocese para o Concílio terminou no dia 4 de outubro, na festa de São Francisco das Chagas, às 16h, com uma procissão de encerra-mento das solenidades.

No dia 8 de outubro de 1962, às 21h30, embarcaram no areoporto do Galeão os Bispos do Brasil, em direção à Roma, para participa-rem do Concílio Vaticano II. Entre os bispos estavam Dom Francisco Borja do Amaral e os eu bispo au-xiliar Dom Gabriel Paulino Bue-no Couto (1910-1982). Dom Ga-briel também participou de todas as sessões do Concílio Vaticano II. Inclusive de Roma enviava fi-tas com as gravações que fazia a respeito das cerimônias transcor-ridas durante o Concílio.

Houve por parte de Dom Fran-cisco todo um empenho para con-cretizar o Vaticano II na Diocese de Taubaté. Foi um dos primeiros bispos a ordenar homens casa-dos como diáconos permanentes. Mesmo de Roma, havia pedido que os padres Benedito Beni, Eu-sébio Scheid, José Antônio do

SOB O OLHAR DA FÉ

O Concílio Vaticano II e a Diocese de TaubatéJosé Pereira da Silva*

Couto e Paduan preparassem can-didatos ao diaconato permanente.

No dia 20 de janeiro de 1965, Dom Francisco lança uma carta pastoral apresentando a Instrução para executar retamente a Cons-tituição da Sagrada Liturgia. A partir do Vaticano II passou-se a usar um novo Ritual para as Orde-

nações Presbiterais, porém antes mesmo do seu uso oficial, Dom Francisco realizou uma ordena-ção presbiteral na Igreja Catedral de Taubaté segundo esse novo ri-tual, foi a ordenação do Pe. Irineu Batista da Silva.

Realizou semanas de liturgia inclusive para o uso de vernáculo

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Do povo. Para o povo.CÂMARA MUNICIPAL DE TAUBATÉ

tv.camarataubate.sp.gov.br

A Câmara Municipal é a cara de Taubaté e do Taubateano.

Suas decisões espelham as necessidades e exigências dos cidadãos, que se transformam em leis para tornar a cidade cada vez mais moderna, agradável e bonita, melhorando a qualidade de vida de todos.

Participe das atividades da Câmara, conhecendo o processo legislativo e ajudando a garantir sua transparência. Afinal, a Câmara é sua.

Aqui, você é de.casa.

Assista às sessões da Câmara todas as quartas-feiras, às 15h.

Pela TV Câmara: Canal 17 digital ou 98 analógico da Net.

Na Internet:tv.camarataubate.sp.gov.br

na missa. Incentivou os leigos a viverem as propostas do Concílio. Deu os primeiro passos na pasto-ral de conjunto, dinamizando to-dos os setores de apostolados.

Dom Francisco viveria a rea-lidade de redescobrir ser pastor numa diocese segundo os mol-des propostos pelo Vaticano II.

Portanto, viveu momentos de es-perança, mas também de dificul-dades e desafios. E fica a grande lição, é preciso voltar ao Concílio. É preciso retomar nas mãos os documentos do Vaticano II para descobrir a grande riqueza dos es-tímulos doutrinais e pastorais.*José Pereira da Silva é historiador e professor

“O Vaticano II foi um acontecimento singular, que colocou a Igreja no século XX, com suas

aceleradas mudanças culturais, sociais, científi cas e técnicas”

Papa João XXIII preside uma das sessões do Concílio Vati cano II na Basílica de São Pedro

Page 9: Jornal O Lábaro

9O LÁBAROComunicação a serviço da fé

A Igreja Catedral promo-ve, no próximo dia 19 de junho, a partir das 15h, a

grande celebração da Solenidade da Santíssima Trindade, com a

chegada da Imagem Peregri-na do Divino Pai Eterno, na Avenida do Povo.

Segundo Monsenhor Marco Eduardo Jacob Sil-va, pároco da Catedral essa é uma visita importante na

divulgação da devoção. “A importância da visita da ima-

gem peregrina é a divulgação da devoção do Divino Pai Eter-no na nossa Diocese, mais preci-samente na paróquia Catedral”, ressalta.

A Imagem do Divino Pai Eter-no chegará pelas mãos do Pe. Robson de Oliveira, Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, da cidade de Trindade, em Goiás.

A devoção do Divino Pai Eter-no consiste na experiência de fé e

de amor da humanidade para com a Santíssima Trindade, pois o Pai Eterno tem um amor especial pe-los fracos e doentes, pelos pobres e oprimidos, pelos pecadores e marginalizados.

Quando tomamos consciência de que somos realmente amados por Deus, somos capazes de amar melhor as pessoas com quem con-vivemos.

“A comunidade pode participar através de seu louvor e presença na Avenida no Povo a partir das 15 horas” convida Mons. Marco.

A Santa Missa será celebrada pelo padre redentorista Robson de Oliveira, responsável pela propa-gação da devoção ao Divino Pai Eterno.

A celebração será às 17h30, com transmissão ao vivo pela Rede Vida de Televisão. Outras informações na Secretaria da Igre-ja Catedral: (12) 3632-3316.

Venha celebrar o AMOR DO DIVINO PAI ETERNO.

TAUBATÉ recebe visita da Imagem do DIVINO PAI ETERNOcom presença do Padre Robson de Oliveira

de semana. Numerosos prodígios, graças e milagres começaram a acontecer. A notícia se espalhou e, aos poucos, outros moradores locais passaram a rezar juntos ao Divino Pai Eterno.

O número de devotos foi crescendo e a casa de Constantino já não comportava tanta gente. Por volta de 1843 foi construída uma capela de folhas de buriti, mas esta também ficou pequena. O casal então doou um terreno às margens do córrego Barro Preto e todos construíram uma nova capela.

Constantino encomendou uma réplica da figura encontrada no medalhão, em tamanho maior e esculpida em madeira, ao artista plástico Veiga Valle, que morava em Pirenópolis - GO. Daí surgiu a imagem venerada em Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo coroando, solenemente, a Virgem Maria. Esta imagem, feita pelo famoso artista goiano, pode ser vista ainda hoje no Santuário Velho, também conhecido como Igreja Matriz de Trindade.

A devoção ao Divino Pai Eterno teve início por volta de 1840, com o casal de agricultores Constantino Xavier Maria e Ana Rosa de Oliveira. Eles vieram se estabelecer nas proximidades do Córrego do Barro Preto, distante aproximadamente vinte e dois quilômetros do município de Campininha das Flores (Hoje “Campininha das Flores” é o bairro de Campinas, de onde se originou a cidade de Goiânia, capital do Estado de Goiás).

Constantino, um homem muito religioso, começou a trabalhar na terra para plantação. Certo dia, enquanto lidavam no campo, a enxada tocou em algo rígido que não era pedra. Ao conferir, notaram ser um medalhão belíssimo de barro, com tamanho em torno de meio palmo de circunferência, e onde estava representada a Santíssima Trindade coroando a Virgem Maria. Eles beijaram o medalhão sagrado e o levaram para casa.

Constantino e seus familiares começaram a rezar o terço, principalmente aos finais

A DEVOÇÃO

Page 10: Jornal O Lábaro

10 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Colocar Cristo no centro era o que pedia o Cardeal Ratzinger na abertura do conclave que o elegeu Bento XVI. Mais tarde, falando sobre a liturgia, pedia que essa mostrasse o rosto do Senhor. Não é outro rosto que a Igreja deve mostrar senão aquele de seu espo-so Jesus Cristo. Que triste ver, no entanto, aparecer não o rosto do Cristo, mas o de outra pessoa, pa-recendo fazer marketing pessoal.

Evangelizar é apresentar o rosto de Jesus Cristo. Mas, quando ca-pas de CDs, camisetas, botons e outros produtos de marketing pro-movem rostos de artistas e culti-vam celebridades, verdadeiramen-te evangelizam? Às vezes, vejo que alguns cartazes anunciam nove-nas ou missas em datas especiais, ostentando nomes de celebridades do mundo eclesiástico, parecendo mais propaganda de show do que convite para celebrar o Mistério da Fé. Onde está o rosto de Jesus em anúncios como “missa com a participação de fulano” ou “reti-ro com a presença de beltrano”? Quem está no centro das atenções nesses convites?

Em recente artigo, uma dessas celebridades eclesiásticas se quei-xava de não ser o suficientemen-te prestigiado. Em seu desabafo, protestava por não ser tratado de acordo com sua fama e projeção midiática. Afirmava ter sofrido psicologicamente por esse desa-preço e indiferença da parte de seus iguais e de seus superiores. Ora, se é Jesus que apresentamos,

Queremos Ver Jesus!

REFLEXÃO

Pe. Silvio Dias*

então, com humildade, aprenda-mos a dizer com João Batista: “É preciso que Ele cresça e eu dimi-nua” (João 3,30). Vale também, ainda com maior força, o ensi-namento do Senhor, que manda dizer: “Somos servos inúteis, não fizemos mais que nossa obriga-ção” (Lucas 17,10), depois de ter servido segundo nosso ministério. E ainda, ensina o nosso Mestre, que não devemos buscar, naquilo que fazemos, apenas a notorieda-de e os elogios dos homens, (cf. Mateus 6,1-4).

Nossa vocação de batizados é ser sinal da presença do Cris-to. Esse princípio se aplica ainda mais aos que foram ordenados pela Igreja para, nela, fazerem às vezes do Cristo. Para serem sinal de sua presença como Pastor e Sacerdote. Não foram ordenados para impor seu projeto pessoal, mas aquele do Cristo, em comu-nhão com a Igreja. Não foram chamados para manifestar os próprios dotes a fim de revelar a própria face, construindo fama e sucesso em detrimento da missão de revelar o rosto do Senhor Jesus.

Missão da Igreja é anunciar O Evangelho. Jesus é o conteúdo do Evangelho. Evangelizar é possível sem estrelismo, sem ocultar o ros-to de Cristo mostrando outras fa-ces e sem marketing pessoal. Dei-xando assim, que o mundo veja o rosto de Cristo!

A crise que abateu mais uma vez o ministro Antônio Palocci – duas vezes defenestrado como mi-nistro de governo – é muito mais do que uma crise política. É ética e moral. Ética porque fere a lisura com que deveria ser conduzido o governo em suas duas instâncias políticas: o Executivo e o Legisla-tivo. Moral porque vai contra tudo o que se prega, não só aos políti-cos, mas a uma nação inteira, a um povo, a uma família, a um jovem, a um adolescente, a uma criança, quando se ensina que os fins não justificam os meios, que nós temos uma norma de con-duta a seguir bali-zada pela honesti-dade, pelo respeito ao próximo, pela sensibilidade para com os menos fa-vorecidos. Como justificar o enrique-cimento em níveis estratosféricos e em tão curto espaço de tempo? Sinto muito... Mas só rou-bando.

E você, caro leitor, não espere qualquer punição para o ministro caído. Punidos somos nós, pobres mortais, com os juros escorchan-tes que nos impõem; que não te-mos nossa renda sequer atualiza-da de acordo com a deterioração da moeda, quando mais com al-guns centavos a mais que a faça aumentar seu poder de compra. Isso, considerando os 32 milhões de brasileiros a mais que o gover-no chama de “classe média”, que superaram a barreira da miséria e não se falando dos 16 milhões que os mesmos governantes alar-deiam que ainda são miseráveis, apesar de todo o choro do Lula em seu discurso inaugural de go-verno, em 2003, quando disse que em seu governo, os pobres teriam pelo menos três refeições por dia.

Pode esperar, caro leitor, o nosso ex-ministro sentado numa confortável cadeira de executivo

Ainda há tempo para acreditar

DE OLHO NA REALIDADE

Henrique Faria*de alguma estatal, ou mesmo de alguma multinacional – emprego arranjado por conluios políticos, é claro – nos próximos três meses, ganhando cinco, dez, ou mais ve-zes do que o seu minguado – põe minguado nisso – salário de mi-nistro.

Isso porque o nosso sistema político é imoral pela sua pró-pria estrutura. O “gene” político é eivado de imoralidade. Mas o pior de tudo é que quem votou na grande mudança ética prometida pelo partido vencedor das eleições de 2002, que ainda continua no poder, não se surpreendeu com o

golpe mortal desfe-rido contra a ética, porque, afinal, a surpresa seria ver-mos esses mesmos homens que domi-nam a política em nosso país serem pessoas éticas. O que nos desencan-tou foi a imorali-

dade, o descaso total com a moral política, a moral da família, a mo-ral religiosa, cujo acinte especial-mente às duas últimas, não obs-tante os nossos alertas, faz parte do PNDH-3, o projeto de governo da atual presidente.

Nós, eleitores, vimos sendo avi-sados frequentemente, e estamos sempre errando. Haja vista a nos-sa própria política doméstica, essa confusão em nosso próprio quin-tal... Fica difícil não acreditar que só uma lição muito traumática, como tiveram Japão, Alemanha, França e outras grandes potên-cias, sejam para nós o remédio para curar a mesmice cultural dos nossos cento e vinte anos de repú-blica. Mas eu acredito que é pos-sível, sim, redenção sem sangue. Não vamos perder a fé no nosso povo, já que das nossas institui-ções políticas estamos descrentes há muito tempo.

*Henrique Faria é colaborador leigo e responsável por esta coluna

“Pode esperar, caro leitor, o nosso ex-ministro sentado numa confortável

cadeira de executivo de alguma estatal,

ou mesmo de alguma multinacional”

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*Padre Silvio Dias é pároco da Paróquia Nossa Senhora d’Ajuda em Caçapava-SP

Page 11: Jornal O Lábaro

11O LÁBAROComunicação a serviço da fé

cursou o Ensino Médio. No perío-do de 2001 a 2002, trabalhou pas-toralmente na Comunidade São Silvestre; em 2003, trabalhou na Paróquia de Santo Antônio, San-to Antônio do Pinhal; em 2005, atuou na Capelania Rural da Paró-quia São Pedro Apóstolo; de 2006 a 2007 fez pastoral na Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Pindamonhangaba; de 2008 a 2009 trabalhou novamente na Pa-róquia de Santo Antônio, em San-to Antônio do Pinhal.

Desde 2006, faz parte da Equi-pe Diocesana da Campanha da Fraternidade, da qual é o atual assessor. Ordenado, o Diácono Leandro, exerce o seu ministério na Paróquia Santo Antônio de Lis-boa, sua comunidade de origem, que agora comemora o diaconato.

Seminarista Leandro Alves é o mais novo Diácono da Diocese de Taubaté

PRESBITÉRIO

A Diocese de Taubaté conta com um novo diácono em seu clero, o seminarista Leandro Alves, da Re-sidência Teológica Cura D’Ars em Taubaté, que foi ordenado Di-ácono pela imposição das mãos do Bispo Diocesano Dom Carmo João Rhoden, no último dia 3 de junho. A ordenação aconteceu na Paróquia Santo Antonio de Lis-boa, na Vila São José, às 19h30, com a participação de padres, di-áconos e seminaristas da Diocese de Taubaté, de outras dioceses e de congregações religiosas, além de grande número de fiéis.

Filho de Valter de Souza e de Aparecida de Fátima Alves de Souza, o Diácono Leandro nasceu no dia 26 de fevereiro de 1986, em Taubaté. Em 22 de janeiro de 2001 entrou para o Seminário Menor e

Olga Óculos,20 anos, escrevemos juntos esta história!!!

www.olgaoculos.com.brTAUBATÉ - LOJA 1R: Jacques Félix, 601 - CentroTels.: (012) 3632-2979 / 3632-2993

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Novos decanos são nomeados Os decanatos da Diocese de

Taubaté ganharam novos decanos

em fevereiro deste ano, por meio de

decreto de nomeação promulgado

pelo Bispo Diocesano Dom Carmo

João Rhoden.

Para o Decanato Taubaté I foi

mantido o decano Monsenhor

Marco Eduardo Jacob Silva; o

Decanato Taubaté II tem agora

como novo decano o Padre Silvio

Lira Menezes, sjc. Para o Decanato

Taubaté III foi nomeado o Padre

José Vicente, o Decanato Caçapava

conta agora com o Padre Silvio

José Dias como decano. O Padre

Celso Aloísio Cardoso assumiu o

Decanato Pindamonhangaba, o

Padre Celso Batista de Oliveira, sjc,

o Decanato Serra da Mantiqueira

e para o Decanato Serra do Mar, o

novo Decano é o Padre Amâncio

Calderaro Júnior.

Os decanos deverão permanecer

nesta função até 23 de fevereiro de

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Diácono Alberto será ordenado presbítero

No próximo dia 16 de julho, a Diocese de Taubaté ganhará mais um sacerdote. O Diácono Alberto Aparecido Ferreira será ordena-do durante celebração eucarística presidia pelo Dom Carmo João Rhoden, scj, Bispo Diocesano de Taubaté. A cerimônia será realiza-da às 9h na Igreja Nova, ao lado da Basília do Senhor Bom Jesus de Tremembé. No mesmo dia, o neo-sacerdote celebrará a sua primeira missa, também na Igreja Nova, às 19h30. No dia 17 de julho, mais duas missas serão celebradas: às 17h, no Carmelo de Tremembé, e

às 19h30, em Taubaté, na sua pa-róquia de origem, a Igreja do Sa-grado Coração de Jesus, na Vila São Geraldo. O Diácono convida a todos a participarem com ele des-se momento de realização vocacio-nal.

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O Diácono Alberto Ferreira celebrará sua primeira Missa no dia 16 de julho

Page 12: Jornal O Lábaro

12 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

aquilo que foi feito, ensinado e es-crito, a partir do amor e da fé nele. A Bíblia recebe muitos nomes: Sa-grada Escritura, Palavra de Deus, Sagradas Letras, Livro da Aliança ou do Testamento, Livro Sagra-do...

a) As Línguas originais da Sa-grada Escritura – Originalmente, a Bíblia foi escrita em três lín-guas: hebraico, aramaico e grego. Hebraico e aramaico são línguas muito parecidas. No tempo de Je-sus, os judeus falavam aramaico, escreviam em hebraico e muita gente “arranhava” o grego (al-guns, até o latim).

b) O Antigo Testamento foi es-crito em hebraico, com algumas exceções: a) Em aramaico foram escritas as passagens de Esd 4,6 – 6,18; 7,12-26; Dn 2,4 – 7,28; duas palavras em Gn 31,47; uma frase em Jr 10,11. b) Escritos totalmen-te em grego são os livros de 2Mc, Sb e Eclo (embora o original deste último seja hebraico); parcialmen-te em grego, temos Est, Jt, 1Mc, Tb, além de partes de Dn (3,24-90; 13 – 14), Br e C.Jr.

c) O Novo Testamento foi todo escrito em língua grega, o chama-do grego koiné (= comum) que, na verdade, é o grego ático (de Ate-nas) que se impôs em toda Grécia.

A Palavra na Vida e a Vida na Palavra

E A PALAVRA SE FEZ CARNE...

Pe. Mariano Weizenmann, scj*

Atualmente a Bíblia Sagrada está traduzida em 2.600 línguas dife-rentes, continuando a ser o livro mais lido no mundo.

Os materiais em que a Bíblia foi escrita originalmente

Os materiais primitivos mais comuns para o registro da Pala-vra de Deus eram: a) a pele crua, normalmente de carneiro; b) o pa-piro, comum no Egito e já usado desde 3000 a.C.; c) o pergaminho, pelo ano 100 a.C., oriundo de Pérgamo, na Ásia Menor, donde proveio a denominação; d) outros materiais, como pedra, metal, ti-jolo, cerâmica e óstraca.

Quem escreveu a Bíblia?Foi o próprio Deus, por meio

de muitas pessoas que acredita-ram nele. Estas pessoas quiseram ajudar seu povo a viver como fi-lhos e filhas de Deus. Por isso es-creveram mensagens, inspiradas por Deus, para ajudar sua gente a viver. Embora Palavra de Deus, portanto, a Bíblia foi escrita por pessoas humanas, em linguagem humana. Trata-se de um verdadei-ro livro feito em mutirão, em lu-gares diferentes, distintas épocas e por muitas pessoas.

Para a formação da Bíblia con-

tribuíram, entre outros, chefes populares e poetas, legisladores e profetas, sacerdotes e historiado-res, mestres e cantores, políticos e salmistas, apóstolos e evangelis-tas, sábios e catequistas, missio-nários e liturgistas, pais e mães de família.

Divisão da Bíblia em títulos, capítulos e versículos

Nossas Bíblias, hoje, trazem títulos e subtítulos, para orientar os leitores. Contudo, os textos originais não os traziam. Nem a divisão dos livros bíblicos em ca-pítulos e versículos provém dos autores sagrados. Aí dá para ima-ginar a dificuldade que existia para citar um texto. A divisão da Escritura em capítulos foi obra de Estêvão Langton, arcebispo de Cantuária, entre 1226 e 1228. Frei Sante Pagnini dividiu os capítulos dos livros do Antigo Testamento em versículos e Roberto Estêvão colocou os versículos nos textos do Novo Testamento.*Padre Mariano Weizenmann, scj, é biblísta e provincial da Congragação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus da Provincia Brasil Central

Para começarAo início de uma (in)formação

sobre a Palavra de Deus, é impor-tante lembrar que a Bíblia não é a primeira Palavra de Deus. A pri-meira é a da Vida que, porém, não foi devidamente entendida e aco-lhida. Por isso, Deus nos ofereceu sua segunda Palavra: a Escritura.

Eis uma comparação: o cabide é importante por causa da roupa que nele se pendura; a roupa é im-portante por causa da pessoa que a usa. Assim, também, é com os cursos e livros sobre a Bíblia, a própria Bíblia e a vida. Cursos e livros são importantes, mas relati-vos à Bíblia. Esta, por sua vez, é relativa à Vida. Interessa-nos co-nhecer e amar a Palavra de Deus na Escritura para melhor entender e vivenciar a Palavra de Deus na vida. Aliás, tudo o que está na Bí-blia, já foi vida e deve voltar para a vida.

Nomes e línguas da BíbliaO nome “Bíblia” vem do grego

e significa “os livros”, uma verda-deira “biblioteca”. A Bíblia é for-mada por duas grandes partes: a) O Antigo ou Primeiro Testamento refere-se ao tempo antes de Jesus; b) O Novo ou Segundo Testamen-to apresenta o próprio Jesus, com

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LEITURAS DOS DOMINGOS DE JUNHO

Dia 19 - Ex 34, 4b-6.8-9; 2Cor 13,11-13; Jo 3,16-18

Dia 26 - 2Rs 4,8-11.14-16a; Rm 6,3-4.8-11; Mt 10,37-42

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que o Papa deseja evidenciada por elementos práticos, sugeridos em seus estudos como cardeal e em recentes trabalhos sobre a liturgia, bem como através de seu departa-mento de celebrações litúrgicas.

Em sua obra “Introdução ao Es-pírito da liturgia” (p. 74-84), o Papa Bento XVI aborda toda a proble-mática a respeito da orientação do sacerdote durante a celebração da Santa Missa. Mediante argumen-tos teológicos, o papa conclui que a orientação mais adequada para o sacerdote seria a ad orientem, isto é, da mesma maneira que todo o povo santo de Deus, voltado para o altar, evidenciando a centralida-de de Cristo, na assembléia santa de seu povo eleito e redimido. Em contrapartida, conhecem-se bem os motivos pastorais e práticos pe-los quais os padres conciliares e os documentos posteriores sobre esta matéria, optaram pela celebração versus popolum, isto é, voltado para o povo. O papa salienta que não seria pastoralmente viável al-terar esta disciplina litúrgica neste momento e por isso ele sugere mu-danças sutis que conduzam ao real espírito da celebração eucarística.

Com relação ao altar, sugere o uso daquilo que se está convencio-nando chamar “arranjo benedi-tino”, tal qual se faz nas liturgias presididas pelo próprio Pontífice, quer em Roma quer nas viagens apostólicas ao redor do mundo. Interessante notar que esta reinter-pretação sugerida por Bento XVI não fere nenhuma das orientações presentes nos documentos da re-forma litúrgica, nem na Instru-ção Geral para o Missa Romano (IGMR), antes disso as corrobora, ainda que, por outro lado, o que é inevitável, se choque com cor-rentes que insistem em equiparar a participação ativa dos fiéis com um “popularismo” na maneira de celebrar, desfigurando a celebra-ção cristã de sua mística e espiritu-alidades irrenunciáveis.

O “arranjo beneditino” é, em síntese, marcado pela presidên-cia visível do crucifixo (IGMR 308), que colocado sobre a toa-lha do altar (IGMR 304), e lade-ado por velas, no mínimo duas e no máximo sete (IGMR 307) e por flores (IGMR 305), que nada mais fazem que evidencie sua centralidade em todo o mistério celebrado, aponta para o real sentido do aspecto sacrifical da eucaristia, sem detrimento algum do aspecto do banquete, evidenciado pelo altar em si.

“Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces?”

LITURGIA

Monsenhor Marco Eduardo Jacob Silva*

Trata-se de uma pequena ino-vação, com a qual o Santo Padre deseja fazer ver à igreja toda que o protagonista da ação litúrgica é o Cristo e não o sacerdote, por maiores que sejam seus “louros”. Também o livro dos evangelhos, devido à dignidade das sagradas escrituras é depositado sobre o al-tar (IGMR 306), bem como, a par-tir do ofertório, as oblatas do pão e do vinho.

Como responsável pela Igreja-mãe da diocese, em comunhão com nosso Pastor Diocesano, procuramos, ainda que limitada-mente, fazer valer tais orientações, afim de que nossas liturgias, so-bretudo as mais solenes, eviden-ciem o caráter da unidade com toda a igreja. Procuramos seguir as orientações do Papa, mais do que os modismos que se sucedem, a fim de que a sede do Bispo seja uma referência segura para o povo de Deus.

Na mesma hermenêutica da continuidade, temos em algumas celebrações mais solenes, observa-do o imemorial costume de depo-sitar aos pés da cruz ou junto dela, algumas das relíquias dos santos e mártires que se veneram na nossa Igreja Catedral, desde tempos re-motos. A Igreja sempre admitiu esta prática e nunca a proibiu por meio de qualquer orientação, pro-va disso é que mesmo na basílica de São Pedro se faz, sobretudo da festa de todos os santos e em ou-tras ocasiões. Este costume, como parece crer alguns, não surgiram do nada ou de um devocionismo piegas, mas está embasada em imagens bíblicas, sobretudo na-quela de Apocalipse, capítulo seis, em que o apóstolo João declara: “Vi junto ao altar as almas dos que tinham sido imolados por causa da palavra de Deus e do testemu-nho que dela tinham prestado”. A presença das relíquias dos santos e mártires, nas celebrações mais im-portantes de nosso calendário, faz eco à verdade de que não apenas a Igreja Militante celebra a glória de Deus, mas com ela, também a Igreja Triunfante. Catequiza-nos de que a santidade está intrínseca ao mistério da cruz e que é lá, aos pés do madeiro que nos alcançou a salvação, que o seguimento me-lhor se configura.

Ademais, um costume tão anti-go e tão evocativo há de ser, cer-tamente, mais inofensivo do que uma série de outras práticas intro-duzidas na celebração nos últimos anos e que fazem clamar aos céus,

tamanha a banalização que se es-tabeleceu.

Como nos ensinara o Cardeal Giuseppe Siri, arcebispo de Gê-nova, e em cuja escola litúrgica formou-se o atual responsável pe-las celebrações litúrgicas do Santo Padre: “O Esplendor da liturgia é instrumento eficaz para evidenciar e anunciar a verdade”. Assim, pro-curamos por meio do uso do que temos de melhor na música, nas indumentárias, nas posições do corpo, no cuidado com cada par-te da celebração, com sua prepa-ração carinhosa e com a oferta de nossos sacrifícios e fadigas prestar um culto agradável a Deus, que partindo do coração, que anseia pelo belo, bom e verdadeiro, possa nos tornar mais santos e sensíveis aos apelos da palavra, ainda que, em si, nada acrescentem ao que Deus é.

Se existem, por parte de alguns, duvidas quanto à pureza de inten-ção, à sinceridade de coração e à fé com que se organizam e reali-zam as celebrações, não temos escrúpulos de publicar sem meias palavras, que quanto há isso não nos posicionamos, cientes de que só a Deus cabe julgar os corações, como rezamos naquela bela prece eucarística: “Lembrai-vos ó Pai dos vossos filhos [...] cuja fé só vos conhecestes”.

Outras muitas coisas podería-mos ainda trazer a este espaço, in-clusive o louvável costume, de co-locar junto do altar da celebração, imagens dos santos, conforme o costume Romano, que se podem verificar nas celebrações papais solenes em que as imagens de São Pedro e São Paulo estão sempre sobre o altar, do que se deduz não ser proibido ou condenável tal cos-tume. Infelizmente, não dispomos de imagens adequadas para este fim.

“Há tanto tempo estou convos-co e, não me conheces?”, poderia nos indagar Jesus se nos esque-cêssemos que na liturgia vivencia-mos o “já” e o “ainda não” e que a maior experiência do Pai, que realizamos por intermédio Dele, parte do coração, tocado bem mais pela beleza que por razões humanamente criadas, e por isso provisórias. Certamente ele com-pletaria, tal qual a Filipe, naquela tarde de despedida: “ Em verdade vos digo: quem crê em mim fará as obras que eu faço. E fará até maio-res” (Jo. 14,12).

*Monsenhor Marco Eduardo Jacob Silva é pároco da Catedral de Taubaté

As palavras de Jesus expressas nesta passagem do Evangelho (Jo.14,9) são reveladoras da perso-nalidade e do ministério do Filho de Deus. À proposta imatura de Felipe para que lhes possibilitasse “ver o Pai”. Jesus é pedagogica-mente enérgico, como evidencia o excerto com que intitulamos esta reflexão. Mesmo diante da insistência reticente em não olhar além da própria insignificância de compreensão, Jesus não omite aos seus discípulos participarem da sua “ciência”: Ver é mais que enxergar! Ele não dissimula o que deseja expressar, ainda que hu-manamente o pareçam frustrar a imaturidade na fé de seus seguido-res mais chegados. Não se projeta com superioridade apática e nem manda “recados”, o que seria an-titético ao seu próprio ministério, mas ensina com objetividade a maravilha da verdade inquestio-nável de que só a sua própria vida é sinal do Pai. Ele é a imagem do Pai que sendo Deus faz-se criatura para que tenhamos vida: este é o mistério da liturgia.

O louvor de Deus é celebrado pela Igreja nas vicissitudes dos séculos, evidenciando sempre a centralidade do mistério da encar-nação e da redenção de Senhor. O Papa Bento XVI, com quem estamos ligados por obediência, acatamento e filial admiração, estabeleceu como objetivo de seu ministério pastoral a verdadeira aplicação dos louváveis desejos do Concílio Vaticano II, através de uma lúcida e coerente “reforma da reforma” litúrgica.

Fala-se, mais ou menos, em uma hermenêutica da continui-dade. O que isso quer dizer? Quer dizer que o Santo Padre deseja que todo o processo de reforma litúrgica propiciado pelo Concílio seja vivenciado numa continuida-de com toda a imemorial tradição litúrgica da Igreja e não como fato isolado. Evita-se, assim, a tenta-ção de considerar tudo quanto se implementou como louvável, o que de fato o é, em oposição a tudo que havia antes, considerado dispensável e mesmo desprezível.

Algumas são as pistas oferecidas pelo magistério eclesiástico, for-mal ou menos formalmente, para que se estabeleça um processo pa-cífico de diálogo e continuidade na vida litúrgica da Igreja. Gostaria, certo da impossibilidade de abran-ger a questão toda, de salientar o aspecto da centralidade de Cristo, alvo de tantas afirmações vagas, e

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Como é bom poder acordar de manhã, caminhar até a janela e abri-la lentamente para que os raios de sol preencham o quarto de luz. Como é bom dar e receber um bom dia em tom maior. Ao menos naquele momento breve, temos a sensação ou grata ilusão de que o nosso dia vai ser mesmo bom e que o nosso bom dia tem o mágico poder de tornar melhor o dia das pessoas. E pode ser que tenha mesmo. Ao menos precisa-mos acreditar nisso para que não se banalize o ritmo matinal.

Se você pode – ainda que não o faça sempre, ou nunca – realizar todas essas coisas, pare só por um momento agora e faça uma prece a Deus, pela graça de poder en-xergar, andar, falar, ouvir. Muitas pessoas dariam tudo por isso, mas foram, por algum motivo, privadas de algum sentido. Privadas sim, mas não barradas no desejo de vi-ver a vida como dom maior.

Um dia desses, resolvi ir ao sho-pping sozinho. Não que eu preci-sasse ir ao shopping nem que eu

goste de sair sozinho. Mas, na-quele dia, eu me sentia um tanto desolado e queria ficar sozinho, acho que por medo de contami-nar as pessoas com a minha deso-lação. Fiquei um bom tempo an-dando de vitrine em vitrine, vendo todas aquelas futilidades que se exibiam sedutoras para mim, po-rém, por mais interessantes que parecessem, não eram capazes de despertar em mim um sentimento de empolgação. Resolvi ir à praça de alimentação e pedir algo para comer enquanto passasse o tem-po. Percebi ali algo de diferente. Um grupo de moças e rapazes de sorrisos sempre abertos e de ges-tos largos e precisos roubou a mi-nha atenção. Eram surdos-mudos. Eles se expressavam com tamanha vivacidade que não havia como dizer que não estavam felizes. Era visível. Fiquei ali um bom tempo, observando cada gesto desenhado no ar por aquelas mãos tão habi-lidosas, que pareciam dançar. Era bonito ver a sua harmonia e leve-za. Às vezes, a expressão dos sem-

Quando a palavra não diz tudo

CRÔNICA

Padre Jaime Lemes,

blantes era dramática, mas logo era interrompida por um sorriso cativante.

A experiência daquela tarde me levara a uma reflexão profunda sobre o valor da existência huma-na e sobre como muitas vezes não sabemos valorizar aquilo que nos foi dado de modo perfeito e gratui-tamente, como os nossos sentidos. Aquelas moças e rapazes tinham muitas razões para se fecharem em si mesmos e lamentarem pelo resto da vida o fato de não pode-rem nem ouvir, nem falar e conce-berem a sua existência no mundo como uma maldição, assim como era entendido na antiga concep-ção bíblica. No entanto, aquilo que, aos meus olhos e aos de tan-tas outras pessoas era uma terrível deficiência, aqueles jovens, pelo modo de viver – com espantosa naturalidade – conseguiam provar

exatamente o contrário. Não que eles negassem a sua condição, mas não quiseram fazer de rogados. Conscientes da condição que a vida lhes impusera, preferiram en-cará-la de frente e dar a volta por cima. Certamente lutaram duro, principalmente em uma sociedade ainda sustentada por sistemas ex-cludente e desumanizadores como a nossa.

Num mundo em que a palavra, de tanto ser dita sem compromisso com a verdade, perdeu o seu valor fundamental, é gratificante poder constatar que ela continua viva nos gestos e no coração daqueles que fo-ram privados da oralidade. Aí ela parece estar mais plena de sentido, mais verdadeira, porque foram su-perados todos os seus limites.

*Padre Jaime Lemes, msj, é vigário da Paróquia do Menino Jesus em Taubaté e assessor da Pastoral da Comunicação na Diocese

LINK CULTURAL

Um boa opção de leitura é o livro “A vida imortal de Henrietta Lacks”, escrito por Rebecca Skloot e publicado pela Companhia das Letras

A história de uma dona de casa norte-ame-ricana que mor-reu em 1951 de um câncer no colo do útero é contada pela bióloga Rebec-

ca Skloot de maneira arrebatadora neste livro de 464 páginas. Negra e pobre, Henrietta Lacks teve um pequeno pedaço do tumor, que lhe tiraria a vida aos 31 anos, retirado pelos médicos. Cultivadas em la-

boratório, as células cancerígenas se reproduziram com tamanha ra-pidez e facilidade, que acabaram se tornando um inestimável instru-mento de pesquisa científica, possi-bilitando uma série de descobertas científicas. Batizadas de HeLa (as sílabas iniciais da dona de casa), as células foram reproduzidas e são utilizadas até hoje em pesquisas de vacinas e genéticas e no desenvol-vimento de novos remédios.O livro revela a trajetória de Hen-rietta e de sua família, que só to-mou conhecimento do uso das células nos anos 70, apesar da im-portância científica do material. A obra discute questões éticas que envolvem a Medicina, os avanços científicos e o ganho dos laborató-rios farmacêuticos com o uso de material genético.

// LIVRO // FILMEVale à pena assistir em família à animação “Rio”, do diretor brasileiro Carlos Saldanha, que já está disponível em DVD nas locadoras

Depois de estre-ar nos cinemas brasileiros em abril de 2011 e arrecadar mais R$ 50 milhões, atraindo mais cinco milhões de espectado-

res, chega às locadoras, em julho, a animação “Rio”, longa-metragem produzido pelo brasileiro Carlos Saldanha, de “A Era do Gelo”. Com duração de 96 minutos, o fil-me narra as aventuras de Blu, uma

arara-azul que nasceu no Rio de Janeiro e foi parar na fria Minne-sota, nos Estados Unidos. Lá, Blu é criado por Linda, com quem tem um forte laço afetivo. Um dia, o ornitólogo Túlio (dublado por Ro-drigo Santoro) diz que Blu é o úl-timo macho da espécie e pede que ele acasale com a única fêmea viva, que está no Brasil. Linda e Blu par-tem para a Cidade Maravilhosa, onde conhecem Jade, uma fêmea que detesta ficar engaiolada. Quan-do o casal de araras-azuis é captu-rado por uma quadrilha de venda de aves raras, eles precisam unir forças para escapar do cativeiro. Daí em diante, o filme é uma bela homenagem ao Rio de Janeiro, com impressionantes imagens fei-tas por computação gráfica e muita diversão para todas as idades.

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DIOCESE DE TAUBATÉ

Expediente

Decanatos / Decanos / Paróquias / PárocosDECANATO TAUBATÉ I - Decano: Mons. Marco Eduardo -------------- 3632-3316Catedral de São Francisco das Chagas – Mons. Marco Eduardo 3632-3316Nossa Senhora do Rosário (Santuário Sta. Teresinha) – Mons. José Eugênio 3632-2479São José Operário – Pe. Luís Lobato 3633-2388Santo Antônio de Lisboa – Côn. Elair Ferreira 3608-4908São Pedro Apóstolo – Pe. Fábio Modesto 3633-5906Nossa Senhora do Belém – Pe. Valter Galvão 3621-5170São Vicente de Paulo – Pe. Éderson Rodrigues 3621-8145

DECANATO TAUBATÉ II - Decano: Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864Sagrada Família – Pe. Arcemírio, msj 3681-1456Santa Luzia – Pe. Ethewaldo Júnior 3632-5614do Menino Jesus – Pe. Vicente, msj 3681-4334Nossa Senhora Mãe da Igreja – Pe. Emerson Ruiz, scj 3411-7424Nossa Senhora da Conceição (Quiririm) – Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864São Sebastião – Pe. Rodrigo Natal 3629-4535

DECANATO TAUBATÉ III – Decano: Pe. José Vicente 3672-1102Santíssima Trindade – Côn. Paulo César 3621-3267Sagrado Coração de Jesus – Pe. Carlos, scj 3621-4440Senhor Bom Jesus (Basílica de Tremembé) – Pe. José Vicente 3672-1102São José (Jd. Santana-Tremembé) – Pe. Alan Rudz 3672-3836Espírito Santo – Pe. Antônio Barbosa, scj 3602-1250

DECANATO CAÇAPAVA – Decano: Pe. Sílvio Dias 3652-2052Nossa Senhora D’Ajuda (Igreja São João Batista) – Sílvio Dias 3652-2052Santo Antônio de Pádua – Pe. Décio Luiz 3652-6825Nossa Senhora da Boa Esperança – Côn. José Luciano 3652-1832São Pio X (Igreja de São Benedito) – Frei Deonir Antônio, OFMConv 3653-1404Menino Jesus – Pe. Luiz Carlos 3653-5903Nossa Senhora das Dores (Jambeiro) – Pe. Gracimar Cardoso 3978-1165

DECANATO PINDAMONHANGABA – Decano: Pe. Celso Aloísio 3642-1320Nossa Senhora do Bom Sucesso – Côn. Luiz Carlos 3642-2605Nossa Senhora da Assunção (Igreja de São Benedito) – Pe. Celso Aloísio 3642-1320Nossa Senhora do Rosário de Fátima – Côn. Francisco 3642-7035São Miguel Arcanjo (Araretama) – Pe. João Miguel 3642-6977São Benedito (Moreira César) - Pe. José Júlio 3641-1928São Vicente de Paulo (Moreira César) - Côn. Geraldo 3637-1981São Cristóvão (Cidade Nova-Km 90 da Dutra) – Pe. Sebastião Moreira, ocs 3648-1336

DECANATO SERRA DO MAR – Decano: Côn. Amâncio 3676-1228Santa Cruz (Redenção da Serra) – Côn. Amâncio 3676-1228Nossa Senhora da Natividade (Natividade da Serra) – Côn. Joaquim 3677-1110Nossa Sra da Conceição (Pouso Alto-Natividade da Serra) – Côn Joaquim 3677-1110São Luís de Tolosa (São Luiz do Paraitinga) – Pe. Edson Rodrigues 3671-1848

DECANATO SERRA DA MANTIQUEIRA – Decano: Pe. Celso, sjc 3662-1740Santa Terezinha do Menino Jesus (Campos do Jordão) - Pe. Celso, sjc 3662-1740São Benedito (Campos do Jordão) – Pe. Vicente Batista, sjc 3663-1340São Bento (São Bento do Sapucaí) – Pe. Ronaldo, msj 3971-2227Santo Antônio (Santo Antônio do Pinhal) – Côn. Pedro Alves 3666-1127

Horário de MissasTAUBATÉPARÓQUIA DA CATEDRAL DESÃO FRANCISCO DAS CHAGASCatedral de São Francisco das ChagasMissa preceitual aos sábados: 12h / 16h. Aos domingos: 7h / 9h / 10h30 / 18h30 / 20hConvento Santa ClaraMissa preceitual aos sábados: 19h30.Aos domingos: 7h / 9h / 11h / 17h30 / 19h30Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas)Missas aos domingos: 8h30Igreja de SantanaMissa no Rito Bizantino, às 9h30 aos domingosPARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOMatriz: Santuário de Santa TeresinhaAos domingos: 6h30 / 8h / 9h30 / 17h / 19hMissa preceitual aos sábados: 19hPARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIOMatriz: São José OperárioMissa preceitual aos sábados: 12h / 18h. Aos domingos: 7h / 10h30 / 18h / 20hPARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOAIgreja de Santo Antônio de Lisboa(Vila São José)Missas aos domingos: 8h / 19h30PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLOMatriz: São Pedro ApóstoloMissas aos domingos: 8h / 9h30 / 17h18h30 / 20hPARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIAMatriz: Sagrada FamíliaMissas aos domingos: 8h / 10h30 / 17h / 19hPARÓQUIA SANTA LUZIAMatriz: Santa LuziaMissas aos domingos: 10h / 19h30PARÓQUIA MENINO JESUSMatriz Imaculado Coração de MariaMissas aos domingos: 8h / 11h / 19hPARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJAMatriz: Santuário São BeneditoMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 17h30 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOMatriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm)Missa preceitual aos sábados: 19h00.Aos domingos: 8h / 18hPARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADEMatriz: Nossa Senhora das GraçasMissas aos domingos: 7h / 9h / 10h30 / 19hPARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUSMatriz: Sagrado Coração de JesusMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 17h30 19h30PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOMatriz: São Vicente de PauloMissas aos domingos: 7h / 10h / 17h / 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉMMatrizMissa aos domingos: 9h / 19h

CAÇAPAVAPARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDAMatriz: São João BatistaMissas aos domingos: 6h30 / 9h30 / 11h 18h30PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUAMatriz: Santuário Santo Antônio de PáduaMissas aos domingos: 7h / 9h / 19hComunidade de São Pedro: Vila BandeiranteMissas aos domingos: 17hPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇAMatriz: Nossa Senhora da EsperançaMissas aos domingos: 10h / 19hPARÓQUIA SÃO PIO XMatriz: São BeneditoMissas aos domingos: 6h30 / 9h30 / 11h18h / 20hIgreja São José OperárioMissas aos sábados e domingos: 19hPARÓQUIA MENINO JESUSMatriz: Menino JesusMissas aos domingos: 6h30 / 10h / 19h

CAMPOS DO JORDÃOPARÓQUIA SANTA TEREZINHADO MENINO JESUSIgreja Matriz: Santa Terezinha do MeninoJesus (Abernéssia)Missas aos domingos: 7h / 9h / 19hPARÓQUIA SÃO BENEDITOMatriz: São Benedito (Capivari)Missas aos domingos: 10h30 / 18hJAMBEIROPARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORESMatriz: Nossa Senhora das DoresMissas aos domingos: 8h0 / 19hNATIVIDADE DA SERRAPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADEMatriz: Nossa Senhora da Natividade Natividade da SerraMissas aos domingos: 9h30 / 19hPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOMatriz: Nossa Senhora da Conceição - Natividade da Serra (Bairro Alto)Missas aos domingos: 2º e 4º Domingos do mês: 10hPINDAMONHANGABAPARÓQUIA NOSSA SENHORADO BOM SUCESSOMatriz: Santuário Nossa Senhora do Bom SucessoMissas aos domingos: 7h / 9h / 11h / 18hPARÓQUIA NOSSA SENHORADA ASSUNÇÃOMatriz: São BeneditoMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 18h / 19h30Igreja Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos(Cidade Jardim)Missas aos domingos: 8h / 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORADO ROSÁRIO DE FÁTIMAMatriz: Nossa Senhora do Rosário de FátimaMissas aos domingos: 7h30 / 9h / 19hPARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César)Matriz: São Benedito (Vila São Benedito)Missas aos domingos: 8hPARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOIgreja Matriz: São Vicente de Paulo (Moreira César)Missas aos domingos: 7h / 9h / 19h30PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO - Cidade NovaIgreja Matriz: São CristóvãoMissas aos domingos: 7h / 19hPARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)Igreja Matriz: Missas aos domingos: 8h / 19hREDENÇÃO DA SERRAPARÓQUIA SANTA CRUZMatriz: Santa Cruz (Redenção da Serra)Missas aos domingos: 9h30SÃO LUIZ DO PARAITINGAPARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSAMatriz: São Luiz de Tolosa(São Luiz do Paraitinga)Missas aos domingos: 8h / 10h30 / 19hSANTO ANTONIO DO PINHALPARÓQUIA SANTO ANTONIO DO PINHALMatriz: Santo AntônioMissas aos domingos: 8h / 10h / 19hSÃO BENTO DO SAPUCAÍPARÓQUIA SÃO BENTO DO SAPUCAÍMatriz: São BentoMissas aos domingos: 8h / 10h / 18hTREMEMBÉPARÓQUIA SENHOR BOM JESUSMatriz: Basílica do Senhor Bom JesusMissas aos domingos: 7h / 8h30 / 10h /17h 18h30 / 20hIgreja São SebastiãoMissa no Rito Bizantino, às 18hPARÓQUIA SÃO JOSÉMatriz: São José (Jardim Santana)Missa preceitual aos sábados: 18h30. Aos domingos: 7h30 / 10h30 / 19h30

DIOCESE DE TAUBATÉMITRA DIOCESANA DE TAUBATÉ - CNPJ 72.293.509/0001-80Avenida Professor Moreira, nº 327. Centro - Taubaté-SPCEP 12030-070Expediente: De Segunda a Sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.Telefone (12) 3632-2855

Bispo Diocesano: Dom Carmo João Rhoden, scjVigário Geral: Mons. José Eugênio de Faria SantosEcônomo e Procurardor: Côn. Luiz Carlos de SouzaChanceler do Bispado: Mons. Irineu Batista da SilvaCoordenador Diocesano de Pastoral: Pe. Kleber Rodrigues da Silva

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16 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

O Banco de Leite Humano de Taubaté está precisando de do-adoras para conseguir atender à demanda de crianças recém-nas-cidas ou em tratamento pediátrico que necessitam do leite materno. A entidade alerta que, excepcio-nalmente este ano, o nível de leite humano em estoque está muito baixo.

Todo ano, o Banco de Leite Hu-mano (BLH) convoca as mulheres que acabaram de dar à luz para contribuir com a doação de leite, porém tem enfrentado problemas na coleta do material. Mesmo ofe-recendo orientação para as mães e dando um kit especial para a reti-rada do leite, o banco tem recebi-do o material com muita sujeira, o que tem feito com que 90 litros

de leite, em média, sejam jogados fora todo mês.

O Banco de Leite Humano atende crianças da unidade de tratamento intensivo neonatal e com risco de vida do Hospital Universitário e do Hospital São Lucas. A gerente administrativa do BLH, Elaine Danelli, expli-ca que o objetivo seria de que os hospitais encaminhassem as mu-lheres que acabaram de dar à luz ao banco de leite, para que assim o leite da própria mãe retornasse para o bebê que está no hospital. “Teoricamente, toda mulher que gera tem leite”, ressalta. Porém, a partir do momento em que o bebê está internado, ele não mama, e assim não estimula a produção de leite da mãe.

O número de doadoras tem sido muito baixo para o número de be-bês, pois o banco de leite atende, em média, 47 crianças por mês. Até as doações de ‘mães exter-nas’, que não são as mães biológi-cas das crianças que recebem, não têm sido suficiente para manter o estoque balanceado. Elaine Da-nelli explica que a coleta do ma-terial é feita na própria casa das mães que resolvem ser doadoras. “A mãe liga para o Banco de Leite Humano, se cadastra, e uma pes-soa do banco vai até o domicílio para fazer a coleta”, esclarece.

Banco de Leite Humano de Taubaté sofre com a falta de doações

CIDADANIA EM PAUTA

Ingrid Freitas*

Após ser coletado, todo o leite passa por um tratamento de pasteurização, igual ao feito com o leite integral. O processo é realizado por uma bióloga especializada da instituição e, após o procedimento, o lei-te pode ser armazena-do por até seis meses.

A gerente salienta que a quantidade de leite produzido varia de mulher para mu-lher, devido a fatores como a saúde da mãe e os tipos de alimen-tos que ela costuma ingerir, e que conta com doadoras que já colaboram com o projeto há um ano e meio. O leite humano é 100% utilizável e só não pode ser consumido pela criança caso essa tenha algum tipo de alergia ou intolerância.

As campanhas de conscienti-zação sobre a doação acontecem geralmente duas vezes por ano, porém, com a falta de doação – e com a grande quantidade de leite que tem sido coletado de maneira irregular – o Banco de Leite Hu-mano quer divulgar mais sua ne-cessidade de arrecadação de leite materno. A campanha é lançada

em postos de saúde, hospitais e outras instituições da cidade.

O Banco de Leite Humano mantém parcerias, mas precisa do apoio da população para es-timular e divulgar a doação. As mulheres interessadas em ajudar o projeto podem entrar em conta-to com a instituição, pelo telefone (12) 3921-3400. Ao fazer o cadas-tro, um agente da entidade vai até a residência da mãe doadora e orienta sobre como funciona a coleta de leite materno.

*Ingrid Freitas é aluna de 2º ano de Jornalismo da Universidade de Taubaté

Entidade ligada à Casa da Criança quer conscientizar doadoras sobre a coleta e o armazenamento adequados do leite materno

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Leite humano doado passa por rigoroso processo de pasteurização e pode ser armazenado por até seis meses