Jornal do CASACA! - Edição 19 - Agosto 2005

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1 Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br Jornal do ANO 3 Nº 019 - Jornal Editado pelo Site www.casaca.com.br - Distribuição interna - Agosto de 2005 Vasco 107 anos! No mês em que o clube comemora 107 anos, inicia as obras do Centro de Treinamento das divisões de base do futebol na sede da Rodovia Washing- ton Luiz em Duque de Caxias. Páginas 8 e 9

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Periódico do CASACA! sobre o Club de Regatas Vasco da Gama. Acesse: http://www.casaca.com.br

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  • 1Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    Jornal do

    ANO 3 N 019 - Jornal Editado pelo Site www.casaca.com.br - Distribuio interna - Agosto de 2005

    Vasco 107 anos!No ms em que o clube comemora 107

    anos, inicia as obras do Centro deTreinamento das divises de base dofutebol na sede da Rodovia Washing-ton Luiz em Duque de Caxias.

    Pginas 8 e 9

  • 2 Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    Distribuio interna editadopelo site www.casaca.com.br

    Conselho Editorial

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    Fabio FerreiraFernando dArribadaJoo Carlos Nbrega

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    autor e veculo.

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    [email protected]

    Jornal do

    mbora muitos no queiram, ou-

    tros ajam para impedir, terceiros

    tentem denegrir, o Vasco vai fin-

    EDITEDITEDITEDITEDITORIALORIALORIALORIALORIALde ponta como d queles que no chega-

    ro l, mas que tero, por certo, uma for-

    mao humana com o selo de qualidade

    Vasco.

    Em contrapartida, o Vasco ir desfrutar

    de muitos talentos que poderiam seguir

    aprisionados nos guetos de pobreza e vio-

    lncia, caso no tivessem a oportunidade

    oferecida por uma instituio do tamanho

    da nossa. Talvez este seja o captulo prin-

    cipal e motivador do sonho: ajudar para

    que o abismo social se torne, em algum

    momento, no mais do que mero meio-fio.

    O esforo sobre-humano de quem so-

    nhou e tornou real o sonho comea a ser

    recompensado neste domingo, 21 de agos-

    to de 2005, quando ser lanada a pedra

    fundamental do Centro de Treinamento na

    Rodovia Washington Luiz. Em parceria

    com a prefeitura de Caxias, um novo es-

    pao vascano comea a surgir. Junto a ele,

    uma nova perspectiva na formao de atle-

    tas e, principalmente, na formao de pes-

    soas, objetivo do qual o Vasco amador

    jamais de distanciou: 107 anos de um clu-

    be sem medo de enfrentar os desafios so-

    ciais que sempre se apresentaram diante

    dos vascanos.

    Senhores vascanos que acreditam, acre-

    ditaram e continuaro acreditando, senho-

    res vascanos que evitam dar ouvidos aos

    encostos de sempre: tomem seus lugares,

    as amarras j foram soltas, a caravela vai

    partir de novo. O rumo o sculo XXII. Para

    ns, ele j comeou.

    Equipe CASACA!

    Joo Carlos Nbrega

    Vasco, 107 anos,rumo ao sculo XXII

    Ecando os alicerces para seguir como uma

    das potncias esportivas deste pas. Ao com-

    pletar 107 anos e dar incio s obras do

    Centro de Treinamento na Rodovia Wa-

    shington Luiz, compra-se o bilhete defini-

    tivo rumo ao sculo XXII, viagem que o clu-

    be pretende realizar ao futuro com cem

    anos de antecipao.

    Caem as fronteiras fsicas: com sedes na

    Zona Norte, Zona Sul, Centro, Zona Oeste

    e Baixada Fluminense, a pluralidade his-

    trica se concretiza no patrimnio. Caem

    as fronteiras sociais: o clube se estabelece

    em espaos de misria e flagelos da mes-

    ma forma que est presente nas ilhotas de

    abastados do Grande Rio. Caem as frontei-

    ras da irresponsabilidade, inclusive ambi-

    ental, belssimo sinal de como os habitan-

    tes deste planeta tero que viver no sculo

    XXII, onde estamos chegando bem antes: o

    Vasco no poupar esforos para a ocupa-

    o do espao de forma adequada, evitan-

    do o comprometimento da rea de mangue

    presente no terreno e imaginando transfor-

    m-la num pequeno parque ambiental.

    Caem, novamente, atravs de esforos vas-

    canos, as fronteiras do preconceito, levan-

    do o clube a dar oportunidade a pobres

    como pode dar a ricos, a negros como pode

    dar a brancos, a craques de bola e atletas

  • 3Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    A recuperao no Brasileiro

    os braos da torcida o Vasco vem realizando uma campanha derecuperao no Campeonato Brasileiro 2005. Desacreditado noincio da competio, o Gigante da Colina est mostrando que o verdadeiro time da virada e desde a chegada do tcnico Renato

    NGacho subiu sete posies na tabela e almeja agora a vaga na Copa Sul-Americana de 2006.

    A torcida cruzmaltina vem comparecendo em massa nos jogos em SoJanurio e o clube detentor da quinta melhor mdia de pblico no tor-neio: 18.002 torcedores por partida em casa at a 20 rodada. Os fiis vasca-nos no esto gastando tanto para acompanharem o time de perto, poistodos os jogos em So Janu so promocionais. Em certas partidas h apromoo da Nestl Torcer pelo seu time faz bem, onde o torcedor doauma lata de Nescau e ganha o ingresso em troca. Nas demais partidas, apromoo o Gol de Placa do Governo do Estado do Rio de Janeiro, ondeo vascano adquire o ingresso aps pagar 1 real e apresentar notas fiscaisque totalizem 50 reais em compras. Graas participao macia da torci-da nos jogos, o time vem recebendo o apoio que precisava para virar parti-das difceis.

    Alm da presena sempre marcante do Baixinho Romrio, o atacanteAlex Dias tem feito a alegria da galera vascana nesta temporada. No Brasi-leiro, o artilheiro pantaneiro participou de todas as partidas do Vasco emarcou 12 gols at o momento, dividindo a artilharia com Fred, do Cruzei-ro e Marcinho, do Palmeiras.

    Municiando o ataque surgem duas revelaes: Fernandinho e Morais.Recm-chegado do Cricima, Fernandinho estreou marcando um gol navitria contra o Santos e, desde que foi efetivado como titular, o time aindano perdeu. Formado em So Janurio, Morais saiu do clube em 2004 evoltou este ano como principal contratao para o meio-campo. Apesar dogol de peito em sua estria contra o Cruzeiro, no Mineiro, o meia chegou aser criticado em algumas partidas, mas deu a volta a por cima com as exce-lentes atuaes nas vitrias sobre Paysandu e Atltico-MG, conseguindo sefirmar na equipe titular.

    Os volantes Ygor, Osmar e Ives, oriundos das categorias de base do clube,do a fora e marcao no meio. Destaque do time em 2004, Ygor voltou aganhar confiana com a chegada de Renato Gacho. O jovem Osmar, quechegou aos juniores do Vasco vindo do Madureira, tambm comea a sefirmar aps trs partidas consecutivas como titular. Ives outro volanteque ganhava seu espao, at sofrer uma contuso no ombro.

    Nas laterais, Renato Gacho conta com jovens e promissoras opes. Nadireita, Wagner Diniz, contratado junto ao Treze-PB, e Claudemir, formadoem So Janurio, lutam pela camisa dois. Na esquerda, Diego est maissolto com a chegada do novo treinador e tornou-se uma grande opo ofen-

    Ubiratan Solino

    A volta por cimanos braos do povo

    siva para a equipe.A defesa, antes criticada por todos, comea a ganhar segurana. Renato

    Gacho tem dado ritmo de jogo dupla Ciro e der, vinda do Americano, eao bom zagueiro Luciano, que veio do Cricima. Para reforar ainda mais osetor, o chileno Adn Vergara estava aprimorando a parte fsica e j estliberado para jogar.

    Aps muitas tentativas, o Vasco parece ter um encontrado o seu camisa 1.Roberto, tambm contratado ao Cricima, assumiu a posio aps a derrotapara o Atltico-PR em Curitiba e no largou mais. Nas ltimas quatro parti-das com Roberto no gol, o Vasco teve trs vitrias e somente uma derrota.

    Nomes como os atacantes nderson e Elber e do meia Abedi costumammarcar presena durante as partidas, sendo consideradas peas importan-tes pelo treinador vascano. Em meio s crticas de alguns eternos descon-fiados, mas com a fora e apoio dos verdadeiros vascanos, a nau cruzmalti-na segue seu caminho rumo s novas glrias, visando recolocar o Vasco nocenrio do futebol mundial.

  • 4 Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    Romrio: O segundomaior goleador

    Campeonatos Brasileiros

    se vo mais de 130 gols. Por enquanto, at o fecha-mento deste jornal, uma conta exata de 138 gols de Ro-mrio em Campeonatos Brasileiros. Ele deixou paraL

    trs muitos artilheiros. O ltimo a ser ultrapassado foi Zico,com um gol contra o Fluminense, no Estdio da Cidadania,em Volta Redonda, no dia 4 de agosto. frente do Baixinho,apenas um, tambm vascano, Roberto Dinamite, com 190 gols.O Vasco pode se orgulhar de ter gerado em casa os dois mai-ores artilheiros de todos os Brasileires. E so tantos golspara serem ultrapassados, que passaro vrias geraes atque se encontre feito igual (isto a partir de um clculo oti-mista). Sendo realista, uma proeza que nunca ser copiada.Se for, s mesmo com jogadores do bero de So Janurio.

    Romrio fez e faz gols de todos os tipos, para todos os gos-

    Rafael Fabro

    O S M A I O R E S A R T I L H E I R O S D O S C A M P E O N A T O S B R A S I L E I R O SO S M A I O R E S A R T I L H E I R O S D O S C A M P E O N A T O S B R A S I L E I R O SO S M A I O R E S A R T I L H E I R O S D O S C A M P E O N A T O S B R A S I L E I R O SO S M A I O R E S A R T I L H E I R O S D O S C A M P E O N A T O S B R A S I L E I R O SO S M A I O R E S A R T I L H E I R O S D O S C A M P E O N A T O S B R A S I L E I R O S

    * Ex-jogadores do Vasco.** O jogo e o gol contra o Brasiliense, no Campeonato Brasileiro de 2005, no entram no clculo.

    JOGADORJOGADORJOGADORJOGADORJOGADOR GOLSGOLSGOLSGOLSGOLS PERODOPERODOPERODOPERODOPERODO JOGOSJOGOSJOGOSJOGOSJOGOS MDIAMDIAMDIAMDIAMDIA

    1 Roberto Dinamite* 190 71-92 1326 0,582 ROMRIO 138** 85-05 225** 0,613 Zico 135 71-89 248 0,544 Tlio 129 88-05 238 0,545 Serginho 125 74-90 191 0,656 Edmundo* 116 92-05 220 0,527 Dario 113 71-85 237 0,488 Evair* 101 86-02 239 0,429 Reinaldo 93 73-85 177 0,5310 Careca 92 78-86 130 0,71

    tos. Porm, primou pela obviedade ululante do gol simples edidtico. Para muitos que no entendem de futebol, tentosfceis de fazer, que at eles fariam. Quem j no escutoutamanha blasfmia contra o gnio da pequena rea? Pois ,eles no sabem mesmo o que dizem. No sabem que os golsaparentemente fceis assim parecem por ser o executor delesum professor. Um professor na arte de ensinar cotidianamen-te como o futebol pode ser encantador com um simples toque.

    O primeiro gol em Brasileiros foi feito l nos idos de 86, nodia 5 de outubro, em So Janurio, diante de 5.632 pagantes. Oadversrio era o Operrio-MT e Romrio fechou a goleada vas-cana de 6x0, aos 39 minutos do segundo tempo. Naquele mo-mento, se forjava uma histria brilhante. Quem no lembra,por exemplo, dos trs gols diante do Bahia e outros trs diantedo Corinthians na Copa Unio de 87? E datemporada espetacular de 2000 em queajudou o clube cruzmaltino a levantaro quarto caneco? Fez um golao que setor nou o emblema da conquista con-tra o So Caetano. 2001 tambm foi pra-to cheio para o artilheiro. Trs golsdiante do Cruzeiro de Edmundo emSo Janurio, num dia em que duasidolatrias apaixonadas se encontra-ram. E as goleadas contra o Guara-ni (quatro gols dos sete), o Flamen-go (trs dos cinco) e o So Paulo(trs dos sete), quem esquece?

    A h , q u e d e l c i a r e m e m o r a r o sgols do Baixinho. E melhor ainda saber que o segundo maiora r t i l h e i r o d o s B r a s i l e i r o sainda est a , correndo e v i d o p o r g o l s . A f i n a l ,mesmo com 39 anos e comu m a i m p r e n s a c e g a l h epressionando, mantm suam d i a t r a d i c i o n a l d e 0 , 6 1gols por jogo no Brasileiro desteano. Continua o mesmssimo emaproveitamento.

    Po r t a n t o , c a r o t o rc e d o r,aproveite e aplauda de p Ro-mrio.

  • 5Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    Alex DiasEntrevista

    sse sul-matogrossense de 33 anos, chegou ao Vasco com a famade ser o atual vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro e, emtrs meses, conquistou o corao da torcida cruzmaltina. AlexDias conversou exclusivamente com site oficial do clube.E

    Site Oficial: Alex, apesar de ser sul-matogrossense, voc comeoua carreira como jogador profissional no Remo. Como se deu essasua ida ao Par e aonde voc deu os primeiros passos como joga-dor de futebol?

    Alex Dias: Era um sonho desde criana ser jogador de futebol e na mi-nha cidade (Rio Brilhante-MS) j tinham dois jogadores como profissio-nais, o Clber e o Chico, centroavante, e alm disso sempre joguei mi-nhas peladas. Foi quando tive a oportunidade, atravs de uma pessoaque era de Rio Brilhante mas estava morando em Belm e me levou parafazer um teste em 1992, quando consegui me profissionalizar no Remo edar incio a minha carreira, superando muitas dificuldades e com muitaseriedade e persistncia.

    Voc teve duas passagens distintas na Europa. A primeira em Por-tugal e a segunda na Frana. Como voc avalia essas experinci-as, tanto profissionalmente quanto na sua vida particular?

    A minha primeira passagem pela Europa, que aconteceu no Boavista dePortugal, foi uma coisa boa mas eu era muito menino, muito inexperien-te ainda. Tinha um contrato de 4 anos, mas s fiquei um ano e seis meses.Depois voltei ao Brasil, atuei pelo Gois, consegui uma maior estabili-dade, consegui ter uma seqncia de jogos, me destaquei e fui vendidopara a Frana. Foi uma experincia excelente, junto com Alosio fuiconsiderado uma grande contratao e fiz um timo papel tanto no Saint-Etienne quanto no Paris Saint-Germain.

    Embora voc sempre tenha marcado gols, custou um pouco a servisto como um grande jogador no futebol brasileiro. Por que achaque isso aconteceu?

    O Brasil cheio de grandes jogadores, todo mundo se preocupa maiscom o jogador que est se destacando numa grande equipe, em um gran-de centro, mas sempre por onde passei fui vitorioso, campeo, artilhei-ro e tive meu nome na histria desses clubes. Graas a Deus aqui noVasco estou dando continuidade e espero poder, a cada ano e a cada jogo,fazer o meu melhor.

    Muito se fala sobre crise no futebol carioca. Como voc rece-beu a proposta do Vasco e a possibilidade de jogar no Rio deJaneiro?

    um grande centro, o Rio de Janeiro est na mdia sempre, aqui um futebol charmoso, onde eu tinha de tudo para fazer o meu me-

    Fernando Lopeslhor. Acreditei que poderia vir aqui e jogar. Crise todo mundo fala, masvoc estando bem, o time estando bem, nada seria crise. O importante que estou feliz aqui, espero fazer o melhor no Campeonato Brasileiro.

    Voc conseguiu cativar a torcida do Vasco em pouco tempo. Quaisso as suas expectativas a partir de agora?

    Eu acho que foi o trabalho, com seriedade e honestidade. Graas a Deusfui feliz e tenho carinho pela torcida. Mas sei que, a partir de agora,tenho que estar sempre fazendo gols, pois se comear a jogar mal e nofizer os gols, a torcida pode esquecer e comear a pegar no p. Mas euespero fazer por onde, dar o meu melhor dentro de campo, para continu-ar tendo meu nome aclamado pelos torcedores.

    Qual a maior alegria da sua carreira?

    J um sonho ser profissional, poder jogar uma partida e isso eu j rea-lizei. J conheo o futebol mundial, brasileiro e o esporte me deu essaoportunidade de poder estar conhecendo pessoas importantes. Estou fe-liz e s tenho alegrias no futebol.

    D uma mensagem para a torcida vascana.

    Peo aos torcedores que continuem comparecendo para nos prestigiar. Nsjogadores sempre entramos em campo para dar alegria

    torcida, mas infelizmente no sempre isso que acontece.Estou feliz de estar aqui vestindo essa camisa maravilho-sa e sei que vrios jogadores queriam estar no meu lugar.

    FICHA TCNICA - ALEX DIAS

    Posio:Pos io:Pos io:Pos io:Pos io: Atacante

    Nome:Nome:Nome:Nome:Nome: Alex Dias de AlmeidaNascimento: 26/05/1972 (33 anos)

    Natural idade:Natural idade:Natural idade:Natural idade:Natural idade: Rio Brilhante-MS

    Al tura:Al tura:Al tura:Al tura:Al tura: 1,75m

    Peso:Peso:Peso:Peso:Peso: 74kg

    Carreira:Carreira:Carreira:Carreira:Carreira: Comeou no Remo-PA em 1992.Jogou tambm no Boavista (Portugal),Gois-GO, Saint-tienne (Frana), Pa-ris Saint-Germain (Frana) e Cruzeiro-MG. Est no Vasco desde o incio de2005.

  • 6 Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    nicialmente fundado para a prtica do remo, o Club de Re-gatas Vasco da Gama aos poucos foi se fazendo representarpor outros esportes. No fugindo s origens, o Vasco com-pleta 107 anos como referncia nacional na formao de

    Iatletas nos mais diversos esportes e tambm no futebol.

    O clube foi um celeiro para diversos atletas importantes na his-tria do esporte nacional. O mais clebre atleta do Vasco foi o bi-campeo olmpico de salto triplo em 1952 e 1956, Adhemar Ferreirada Silva. Mais recentemente, o Vasco acolheu centenas de atletas,alguns de renome internacional: Gustavo Borges - nadador com 4medalhas em 3 Olimpadas; Rbson Caetano e Zequinha Barbosa -lendas do atletismo nacional; Pretinha - maior artilheira do futebolfeminino do pas; Manoel Tobias - campeo mundial de futsal pelaseleo brasileira e eleito melhor jogador do mundo. O basquete,que sempre deu muitos ttulos ao clube, se destaca pelo coletivo, eo treinador do time masculino do Vasco e da seleo brasileira,Hlio Rubens, foi uma figura marcante desse esporte dentro do clu-be. Graas ao Vasco, o piv Nen alcanou a NBA. No basquete fe-minino, destacam-se a treinadora Maria Helena Cardoso e a joga-dora Janeth.

    Tudo isso sem citar os inmeros nomes que passaram pelo fute-bol do clube e foram importantssimos para a histria do esportenacional e internacional. Vale o destaque para os 2 maiores arti-lheiros do Campeonato Brasileiro: Romrio e Roberto Dinamite,ambos revelados pelo Vasco.

    Em 2005, a trajetria de ttulos segue plena e irretocvel. Com asdivises de base do futebol, os vascanos podem ter a certeza de umfuturo vitorioso. A equipe de Juniores conquistou a Taa Rio e vice-lder da Copa Cultura Rio-So Paulo de Juniores, alm de re-velar nomes como Ives, Jnior, Gustavo Corra e Bruno Meneghelque frequentemente integram o elenco profissional, alm do late-ral-esquerdo Hugo, recm-convocado para a Seleo BrasileiraSub18.

    Os mais jovens tambm tm feito a cruz-de-malta brilhar nos gra-mados pelo Brasil. Os times Infantil e Juvenil ter minaram a faseclassificatria do Campeonato Estadual na primeira posio e commais de 70% de aproveitamento. A garotada do Mirim vem fazendoum campeonato de recuperao e, com vitrias expressivas como ade 4x2 sobre o Flamengo e 10x0 sobre a Friburguense, classifican-do-se para o Octogonal Final.

    Embora no tenha feito uma campanha positiva na Liga Nacionaladulta, o Futsal do Vasco voltou a se destacar na formao de atle-tas. No Campeonato Carioca, o Gigante da Colina chegou a quatrofinais em cinco categorias disputadas, ficando com o ttulo no Mi-rim (invicto) e na classe Fraldinha.

    O tradicional Remo vascano, 45 vezes campeo carioca, lidera oCampeonato Estadual 2005 desde a primeira regata. Entre as estre-las cruzmaltinas destaque para a bela Fabiana Beltrame, nica re-madora brasileira a participar de uma Olimpada (Atenas 2004). NoSul-Americano de Remo, disputado em So Paulo, os remadores do

    Fernando LopesVasco ajudaram o Brasil a conquistar o ttulo faturando sete meda-lhas (4 de ouro, 1 de prata e 2 de bronze). O destaque foi GibranVieira da Cunha, que subiu duas vezes ao degrau mais alto do pdio.

    No Atletismo, o clube continua produzindo talentos para o Bra-sil. Entre as promessas est Thiago de Jesus Sales, quarto lugar noPan-Americano Juvenil do Canad. Na categoria Infanto-Juvenildestacam-se Luana Martins Correia (100m e 100m com barreiras) eLeonardo Lopes (110 com barreiras e 400 com barreiras).

    O Basquete vascano tambm segue o caminho das vitrias. Nacategoria Juvenil, o clube fez a melhor campanha da 1 fase do Es-tadual. Destaque para o ala / armador Marcellus, que ainda temidade de Infanto-Juvenil, e inclusive faz parte da Seleo Brasilei-

    Segue sua gloriosa Fbrica de talentos

    A bicampe mundial Cia e parte da campeonssima equipe de karat do Vasco

  • 7Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    trajetria de ttulosra nesta categoria. A equipe de So Janurio lidera de forma invic-ta os Estaduais Mirim e Infanto-Juvenil, alm de realizar boa cam-panha na categoria Infantil.

    Treinados pelo Professor Nemo, os atletas do Boxe Olmpico doVasco tambm buscam seu lugar ao sol. Entre os principais nomesdo esporte est o super pesado Fbio Batista.

    O ano de 2005 tem sido inesquecvel para a equipe de Futebol deMesa, que faturou a Taa Rio e as Copas Geraldo Dcourt e Guana-bara na categoria Mster, o Carioca na modalidade 3 Toques e di-versas outras taas nas Modalidades Pastilha, Dadinho e 12 Toques.

    Sucesso entre a garotada, o Handebol vascano um dos princi-pais fornecedores de atletas para a Seleo Brasileira Feminina nacategoria Cadete. Amanda Evangelista, Amanda Felicssimo, Da-niele Galvo, Desiree Domingos e Raiane Vieira foram convocadaspara testes visando o Pan-Americano da categoria. Antes do Esta-dual, as meninas de So Janurio faturaram o Torneio de Petrpo-lis e mais dois tor neios de Handebol Cadete, alm do Festival In-fantil.

    No Jud, o meio-pesado Renato Carvalho tem colocado o Vasco nolugar mais alto do pdio. Em Santa Maria (RS), o atleta faturou obicampeonato Sul-Americano na Classe Mster e de quebra con-quistou a prata na Classe Snior. Ainda em 2005, Renato conquistouo hexacampeonato carioca e o Torneio Abertura da Liga de Jud doEstado do Rio de Janeiro.

    Sob coordenao do Professor Manoel Varella, o Karat um dosesportes que mais ttulos trouxe a So Janurio nos ltimos anos.Hexacampeo carioca nas categorias Adulto, Jnior, Juvenil e In-fantil, o Vasco mantm sua hegemonia no Estado do RJ e conta comos principais karatecas do pas: Cia, Alessandro Gualberto, Si-drack Netto, Maicon Medeiros e Fernanda Monturil. Entre os maisjovens, destaque para as conquistas internacionais de Caio Duprate Micaella Dantas (atleta de Roraima).

    A Natao vascana tambm continua com a saga de formar novostalentos. Na categoria Infantil, Mariana Lopes e Victor Augusto Soa-res so promessas para o futuro do esporte brasileiro. A juvenil Dan-dara Mendes tambm a revelao que j virou realidade, nadandono mesmo estilo (borboleta) da consagrada Ivi Monteiro, figurinhacerta nas Selees Brasileiras principais. Um importante status foiconquistado tambm fora das piscinas em 2005. O diretor da nataodo clube, Ricardo de Moura, teve seu trabalho reconhecido e foi in-dicado para integrar o Comit Tcnico da Federao Internacionalde Natao, que ir dirigir e programar todas as atividades tcnicasda natao mundial durante o perodo de 2005 a 2009.

    Uma das maiores duplas da histria do Vlei de Praia mundial,Adriana Behar / Shelda continua levando a cruz de malta s qua-dras de todo o planeta. Bicampe do mundo e tetracampe do Cir-cuito Mundial, a dupla foi forada a uma separao temporria de-vido ao estiramento no quadrado lombar sofrido por Shelda. Noentanto, os laos familiares no foram rompidos e Adriana Behartem participado das competies do Circuito Mundial ao lado deShaylyn, irm de Shelda.

    Com a mistura de jovens talentos e experientes atletas, o Vascoda Gama chega aos 107 anos com a promessa de continuar como f-brica de talentos e principal potncia de esportes do Brasil.

    Ivi Monteiro, segurando umahomenagem do Vasco

    Fabiana Beltrame, nicaremadora olmpica na histria do Brasil

  • 8 Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    Aniversrio

    Histria ter muito a comemorar nesses 107 anosque o Vasco completa em 21 de agosto, pois o clu-be estar fincando marcas permanentes nos trsA

    Ubiratan Solino e Paulo Vianna

    Vasco 107 anos:A base ganha o seu CT

    pilares que o sustentam desde a fundao: no religioso,com a entrega da remodelada e majestosa (em sua sim-plicidade) capela de Nossa Senhora das Vitrias, que com-pletou 50 anos de sagrao dia 15 de agosto; e nos camposesportivo e social, com o lanamento das pedras funda-mentais, em parceria com a Prefeitura de Duque de Caxi-as, do Centro de Treinamento das divises de base dofutebol vascano e do Hospital Dr.Moacir Rodrigues doCarmo, no terreno da rodovia Washington Luiz.

    Com o CT na Baixada Fluminense, o Vasco o nicoclube carioca a ter presena fsica em todas as reas doGrande Rio: na Zona Norte, com o Estdio Vasco da Gama(So Janurio); no Centro, com o Calabouo; na Zona Sul,com a sede da Lagoa; e na Zona Oeste, com o Vasco Bar-ra, nica unidade ainda no incorporada definitivamen-te ao patrimnio do clube, mas est arrendada com op-o de compra, o que provavelmente ser feito em breve,para dar continuidade Academia de Esportes.

    A reabertura da capela, com a volta da imagem da pa-droeira a seu nicho durante missa em ao de graas qual estiveram presentes a diretoria administrativa e re-presentantes de todos os poderes do clube, o reconheci-mento do Vasco, Comenda da Ordem Militar de Cristo, sua padroeira, que lhe d aquela fora invisvel de quefala o presidente Eurico Miranda para suplantar e atra-vessar tormentas, verdadeiras ou criadas muitas vezespor tripulantes ou mercenrias sublevados, mas que oVasco sempre soube superar em sua histria.

    No campo esportivo, a pedra fundamental do Centro de

    Obras na rea destinada aos campos de futebol

    Vista noturna da Capela de Nossa Senhora das Vitrias

  • 9Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    Treinamento o primeiro passo fsico para a realizaodo antigo sonho de abrigar todas as categorias de basedo clube. Inicialmente, sero trs a quatro campos detreinamento, vestirios, alojamentos, uma rea adminis-trativa, que j estaro em funcionamento ainda este ano.Mais tarde vir toda estrutura complementar, com inves-timentos a serem delineados nos prximos oramentosdo clube.

    Dito assim, parece fcil, mas uma histria to sofri-da e vencedora quanto o prprio Vasco. O terreno da Wa-shington Lus foi doado pela Unio, na gesto do Presi-dente Ernesto Geisel e por interferncia do ento presi-dente da CBF, almirante Heleno Nunes, e confirmada pos-teriormente pelo Presidente Fernando Henrique Cardo-so, graas s gestes do ento deputado federal EuricoMiranda, hoje Presidente do Vasco.

    A certido definitiva da cesso est registrada em car-trio com todos os documentos legais, inclusive as certi-des negativas (e no apenas positivas, com efeito de ne-gativas) de quitao de todos os impostos federais e con-tribuies previdencirias. O que era simples complicouquando o clube foi tomar posse da terra: nos quase 500mil metros quadrados do terreno, 48% constituam re-as de manguezais, que o Vasco se obrigou a preservar, eainda pior: na outra praticamente metade, havia possei-ros e grileiros em cerca de 17 lotes, que o Vasco foi obri-gado a indenizar para que deixassem o local, alguns me-diante acordo, outros com aes na Justia.

    Prazos e oportunidades foram perdidos, bices de todotipo foram criados, com objetivos polticos e eleitoreiros,at que o Vasco encontrou no prefeito de Duque de Caxi-as, o vascano Washington Reis, um parceiro ideal: comoa Prefeitura precisava de terreno para a construo deum hospital pblico de nvel internacional, e como umadas prioridades do Vasco o social, uniram-se os esfor-os, para que os dois empreendimentos tivessem sua pe-dra fundamental lanada na mesma data: o dia do ani-versrio do Vasco.

    Para isso, foram feitos o manilhamento e a canalizaode riachos e crregos que cortavam o terreno, com tubosde dois metros de dimetro, e toda a terraplanagem darea, para que ficasse acima da Rodovia WashingtonLuiz. Para tanto, foram colocados ali cerca de 10 mil ca-minhes de entulho.

    Paralelamente, e bem antes do acordo com a Prefeitu-ra, o Vasco desenvolveu o Parque de Preservao e Edu-cao Ambiental, na rea de manguezais, com a partici-pao da ONG Mundo da Lama, de renome internacional,promovendo a erradicao de ervas daninhas e o plantiode mudas prprias a manguezais.

    Idealizado pelo prefeito Washington Reise com apoio do Governo do Estado, o proje-to do Hospital Municipal Dr. Moacir Rodri-gues do Car mo representa um complexohospitalar com capacidade para 924 cirur-gias por ms e 43.119 consultas por ano naunidade de consultas trauma/pr-hospitalar.Destina-se principalmente ao atendimentos populaes de Caxias e da Baixada Flu-minense, mas tambm de bairros mais pr-ximos da cidade do Rio de Janeiro.

    Esse complexo inclui tambm unidades deImagem com Tomografia,Radiologia, Endos-copia e Ultra-sonografia e de Mtodo Grfi-co, com laboratrios de Anlises Clnicas ede Anatomia Patolgica.

    Sua rea construda ser de 17,6 mil me-tros quadrados (dos 38 mil metros quadra-dos cedidos pelo Vasco) e ter 221 leitos,quatro unidades para tratamento intensivo(doenas do corao, queimados, neonatale geral) e ambulatrio com capacidade paramais de 470 consultas por dia.

    O Hospital

    Vista area do hospital

  • 10 Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    hegamos aos 107 anos com a constatao de que o Vas-co s admite dois sentimentos dos vascanos: amar eservir. Desde a sua fundao, em sua gloriosa traje-C

    tria, o Vasco tem superado todos os obstculos. Particular-mente nos ltimos anos, no-vascanos infiltrados em nossafamlia tem colocado novas barreiras no vitorioso caminhodo Vasco da Gama. Elas foram de tal forma lesivas ao nossoclube que no tenho outra alternativa seno classifica-los ejulga-los como no vascanos, vascanos de ocasio. (...)

    O desejo destas pessoas, que certamente no se concretiza-r, tomar o poder a qualquer custo. (...)

    No gosto de adjetivar o vascano, nem de falar em vasca-nos verdadeiros ou falsos. Mas como o Vasco s admite o amare o servir, inadmissvel que algum que agrida o clube comoestes indivduos, tente se rotular como vascano. Buscandotodos os meios, tentam se aproveitar de qualquer momentoem que o Vasco abra o seu flanco para ferir de morte a Insti-tuio. Acontece, que mesmo com as constantes presses des-tes no-vascainos junto s reparties governamentais exi-gindo que o Vasco sofra devassas em seus assuntos internosde competncia exclusiva de seus poderes, estes objetivos soinatingveis. (...)

    Nesses 107 anos, o Vasco uma instituio forjada no amor.E ns no vamos mudar os nossos caminhos, em respeito prin-cipalmente aos nossos fundadores e aos nossos antecessores,que construram um clube para permitir oportunidades aosmenos favorecidos, e disso o Vasco no abre mo, independen-temente dos governos, das suas polticas e dos modismos.

    Em segundo lugar, preciso mostrar a todos e ao mundoque o Vasco tem algo que buscado pela grande maioria, masque muito poucos podem ter, que a competncia. O Vascotem competncia para enfrentar na gua, nas quadras e noscampos os seus adversrios. A mensagem que quero colocarnesses 107 anos que o Vasco no abre mo um milmetrosequer desses princpios que coloquei.

    E a propsito, enquanto eu for vivo, independentementede ser ou no presidente do clube, vou lutar com todas as

    Trechos da entrevista do Presidente Eurico Miranda concedida especialmente ao JORNAL DO CASACA! minhas foras para impedir que o Vasco mude seus objeti-vos. E o que eu quero dizer com isso? Est em moda hoje ochamado clube-empresa, uma modernidade que transfor-mar essas instituies centenrias em empresas. E qual afinalidade da empresa? o lucro. E a busca do lucro passapor cima dos nossos objetivos, supera os nossos objetivos. OVasco uma entidade sem fins lucrativos e vai continuar as-sim, enquanto eu tiver foras. um dever para aqueles quenos antecederam, principalmente os nossos fundadores. O lu-cro do Vasco ser sempre as suas conquistas, as oportunida-des que o clube abre aos menos favorecidos. (...)

    Este aniversrio tambm importante porque nos permi-te entregar, restaurada, a capela de Nossa Senhora das Vit-rias, que est completando 50 anos e um marco irremov-vel de nossa histria. Tambm importante porque algo quens perseguimos h algum tempo estamos vendo se trans-formar em realidade, que o Centro de Treinamento da Bai-xada, que vem ao encontro daquelas oportunidades aosmenos favorecidos para as quaiso Vasco foi criado.

    Outro motivo impor tantep a r a c o m e m o r a r m o s aconfir mao do intocvelpatrimnio fsico do Vasco,que no s aumentado: aumentado com o carinhoc o m o s e f o s s e h u m a n o ,como se tivesse vida. cimento, areia,m a s t a m b mu m a l g o m a i s ,que s o Vascoe n t e n d e. Eporque enten-de, trata, con-s e r v a , a p r i -m o r a , a m -plia... Isso que funda-mental.

    Amar e ServirEntrevista - Presidente Eurico Miranda

  • 11Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    Futebol

    Vasco est fazendo 107 anos de vida muito bem vivida. Vidacheia de lutas em que representou sempre a tolerncia ra-cial, a igualdade social e a dignidade. Foi pioneiro em mui-tos atos e feitos. Desde a afirmao dos negros no futebol,

    Opassando pela construo de um estdio com recursos prprios e ttu-los nunca conquistados por clubes brasileiros at chegar aos dias dehoje, o clube cruzmaltino foi vencedor e causou admirao. Admira-o de muitos, inveja de alguns desafortunados.

    Tais infelizes que teimam em no entender o que significa o Club deRegatas Vasco da Gama tm algumas cismas. No incio, perseguiam oclube por este trazer a um jogo at ento de elite cidados que erambarrados nos outros trs clubes da cidade. No suportavam ver umclube nascido de razes miscigenadas crescer tanto tendo na vitrinenegros.

    Depois, passaram a usar outras armas. O Vasco necessitava de umestdio para se adequar aos ditames impostos. Pois bem, mesmo comtodas as dificuldades, a instituio cruzmaltina levantou um monu-mento solidariedade de annimos, o Estdio de So Janurio. Desdesua fundao, o estdio recebe crticas as mais variadas, mesmo sen-do o nico dos quatro clubes grandes da cidade realmente apto parareceber jogos de mdio e grande porte. O que faz a inveja, no?

    Vieram vitrias e mais vitrias com a poca estrondosa do Expres-so da Vitria. Silncio sepulcral na imprensa, com tmidas comemo-raes quando, de vez em quando, vencia um clube da zona mais abas-tada da cidade. Foi a poca urea (1945 a 1951) em que o Vasco ficouseis anos ou vinte jogos sem perder do Flamengo. Mesmo assim, mui-tos para encontrar modos de criticar o Vasco, conseguiram culpar jo-gadores vascanos pela perda do ttulo da Copa do Mundo no Maraca-n, em 1950 (ou ento, confessaram abjetamente que nem torcerampela seleo por esta ter em sua maioria jogadores cruzmaltinos; paraquem no lembra, falo de Armando Nogueira).

    Veio a dcada de 60 e uma poca de seca de ttulos e de grandestimes. Ditadura militar, Fla, Flu e Bota em alta dividindo os holofotesda imprensa. Para o Vasco, deboches, piadas e at fingida compaixo.O Vasco se reergueu com times aguerridos na dcada de 70 e foi oprimeiro carioca a vencer um Brasileiro, em 1974.

    Chegaram as dcadas vitoriosas de 80 e 90, com timaos de encan-tar meio mundo. Tudo isso baseado num trabalho de base brilhantemisturado com grandes contrataes de jogadores gabaritados. A im-prensa resolveu encontrar outros modos de criticar. Achou EuricoMiranda, figura emblemtica do clube (at seus opositores reconhe-cem isso, no falo mais que o bvio ululante, me desculpem), quetransformou a maneira de se ver o Vasco da Gama. Quem debochava,passou a ter raiva e inveja por tantas conquistas em vrios esportes e

    Rafael Fabro

    Cultura popular oumercadoria?

    at fora de campo. O Vasco virou objeto das mais fundas obsesses etaras. Muitos crticos at hoje passam o dia buscando uma forma debradar contra o clube, gozando um prazer fetichista todo particular.

    No fim dos anos 90, com o comeo de uma nova era do futebol, cheiade clichs modernos como profissionalismo, estrutura, planeja-mento e clube-empresa, o Vasco foi o primeiro a se bater contratal panacia. Via que era importante progredir, mas sabia do graveerro que comeava a ser gerado sob o nome Lei Pel, a pedra funda-mental para os clichs modernos comearem a saltar todos os diasnos cadernos esportivos. O que era visto como remdio para todos osmales do futebol brasileiro, hoje j recebe desconfianas at de jor-nalistas que na poca aplaudiram de p tamanho ataque base dofutebol brasileiro: os clubes. Diante de tantos problemas com empre-srios, valores confusos em transaes, jovens de menos de 20 anosindo aos montes para Europa e sia, fica fcil criticar. O Vasco viu oproblema uns cinco ou seis anos antes. Pioneiro mais uma vez.

    O Club de Regatas Vasco da Gama e qualquer pessoa sensata quegoste de futebol entende que o futebol paixo que transcende mari-nheiros marqueteiros de primeira viagem ou mercadores de jogado-res, bandeiras, ingressos, biscoitos, camisas, bons e chaveirinhos.O futebol para o clube que faz 107 anos sempre foi visto como culturapopular, arte, movimento social, espao para aglutinao de comuni-dades, qualquer coisa bem diferente de veculo para lucro.

    Como exemplo dessa gente que pensa que futebol foi feito para sergerido como uma boutique de luxo (no Primeiro Mundo, a coisa ficabem mais fcil, n?), cito o ex-jogador Leonardo (que passou porFlamengo, So Paulo, Milan, entre outros) e atualmente alto exe-cutivo do A.C.Milan. Numa conversa com Renato Maurcio Prado(ou R.M.Pink, se preferirem), publicada no O Globo de 14 de agosto,ele diz: O futebol, no mundo todo, um produto vendido para aclasse A. claro que atinge tambm as classes C e D. Mas quem pagaa conta mesmo, quem mantm toda aquela formidvel estrutura aclasse A. No Brasil, o futebol feito somente para as classes C e D.Nota-se, claramente, o discurso marginalizante que se v muito pora em outras bocas tidas como sbias. Um discurso que at usa eufe-mismos do tipo claro que atinge tambm as classes C e D, parano ficar to perverso socialmente, mas que, ao fim e ao cabo, quertornar o futebol popular algo destinado aos gostos da elite. O torce-dor comum? Pode ficar vendo televiso, afinal no tem mesmo comopagar a conta alta.

    O futebol como cultura popular no d lucro para os empresrios eexecutivos. Para entrarem na brincadeira, querem mudar as regrasdo jogo de todos os jeitos. J conseguiram mudar bastante. Mudaromais e mais? O futebol para eles h de abolir essa relao doentia echata entre torcedor apaixonado e clube. Para eles, vale mais um con-sumidor vido com bolso cheio do que a lgica insensata da paixo.

    O Vasco continuar incompreensvel para os que teimam em ver ofutebol com olhos sem paixo. Por outros 107 anos.

  • 12 Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    O Vasco e a Timemania

    nquanto alguns megalmanos navegavam em seustransatlnticos, o almirante, que conhece algumas dasagruras do mar, vinha no seu barquinho a remo. OE

    Titanic do futebol brasileiro, por uma srie de questes, cho-cou-se com pequenos icebergs, sofreu escoriaes, mas seguiuseu rumo, enquanto a gua j ia invadindo-o atravs de fratu-ras imperceptveis. No entanto, aps colidir com o maior ice-berg de todos os tempos, a Lei Pel, no resistiu e foi a pique.Homens ao mar; clubes ao mar; bias ao mar.

    O governo Federal atirou-as recentemente, aguardando aaprovao do Congresso Nacional. A Timemania a tbua desalvao de 99% destes clubes que, sufocados na prpria me-galomania e agredidos pela legislao oficial, puseram-se dejoelhos. Efeito colateral da catstrofe legislativa do doutor Aran-tes, a nova loteria chega para a retumbante maioria dos clubes

    Joo Carlos Nbrega

    Em mar revolto, biapara quem precisa

    pouco antes da extrema-uno; e para setores da mdiae$portiva e do empre$ariado, que aguardavam espreita comas mandbulas escancaradas h anos, como e$perana num fu-turo pr$pero. O projeto dessa turma claro em relao aosclubes: sucateamento e falncia, obrigatoriedade de transfor-mao em empresa, aquisio de instituies centenrias pe-los espertalhes a preo de banana, novo mercado de trabalhopara a turma dos ilibados e entendidos, que habitam as re-daes de jornais e outros poleiros. Assim, defendem voraz-mente quer a contrapartida da Timemania seja a transforma-o compulsria dos clubes em empresas.

    O que desmoraliza o argumento dos jornaleiros exatamen-te o barquinho a remo que vem surgindo l no horizonte nahora do pr do sol. Enquanto alguns ainda procuram bia quesirva na cintura, perto de onde o transatlntico afundou, o ve-lho almirante vem no seu bote, saudvel, obrigaes renegoci-adas, sem necessidade de colete salva-vidas e, muito menos,de se tornar empresa para andar na linha. De novo, o pionei-rismo vascano, agora manifestado pelo esforo fiscal que sepor um lado manteve o remo como propulsor do barco, poroutro lhe diminuiu o peso por no necessitar de equipa-lo com

    bias, sobressai em guas turbulentas. lgico que o pr-ximo projeto comprar um motor de popa. No entanto,

    no deixa de ser uma bno de Netuno que se tenhaoptado pelo remo, pelo barco pequeno e pela ausnciade bias emprestadas.

    Isso significa o seguinte: o Vasco no tem nenhumaurgncia em aderir a Timemania. Caso o Governo Fe-deral ache por bem que a marca do Vasco esteja pre-sente na nova loteria, que arrume uma forma de com-

    pensar decentemente a sua cesso, e, com isso, premiar oesforo do clube em manter sua austeridade fiscal. Ou que

    estipule regras claras e especficas para quem vem cumprin-do obrigaes (sem ser empresa), remando com dificuldade e eco-nomizando para depois, talvez, adquirir novamente um motor.

  • 13Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    Contra tudo e contra todos

    t bem pouco tempo atrs, o Vasco era o lti-mo dos cariocas no Campeonato Brasileiro2005. Cumpria uma campanha muito ruim, daA

    qual, agora, tenta se livrar. Freqentou a zona do re-baixamento, foi lanter na. Trs vitrias consecutivase outras espordicas levaram-no ao dcimo quinto lu-gar, empurrando, dentre outros, o Flamengo para bai-xo, hoje na zona de rebaixamento.

    Neste interim, a imprensa esportiva, alimentadapelo um deter minado grupo oposicionista, deu asas aoprojeto oportunidade de ouro (faa-se justia, o pa-drinho de batismo do projeto foi um dos iluminadosque comemoram derrotas do Vasco dizendo-se vasca-no). Aproveitando a fase difcil, tentaram dar flegoao empreendimento. Muito se fez: dossis, denuncis-mos, mentiras, baboseiras. Foram ouvidos especialis-tas em marketing, em psicologia, em administrao,em direito, em contabilidade, dentre outros profissi-onais, desde que suas falas seguissem um script pr-definido: porrada no Vasco, o clube-retrocesso, brin-des ao clube-empresa, aquilo que muitos deles nemsabem do que se trata. Enxergaram nesse momento de-licadssimo a chance de deflagrar a oportunidade deouro que, dentre outras distores, pretende trazera discusso da poltica inter na do clube para j, umano e meio antes das prximas eleies.

    Tudo parecia se encaixar muito bem. Enquanto cho-viam agresses, o time de futebol no conseguia res-ponder em campo, tornando cclica a questo: derro-tas motivam a oposio, que alimenta a mdia semprecontra, que abusa da canalhice gratuita nas reporta-gens, que diminui a moral do time, que no jogavanada, que perdia, o que motiva a oposio que torcecontra e por a vai.

    Por outro lado, curioso observar a reao da mes-ma mdia esportiva em relao ao Flamengo. A situa-o esportiva e poltica exatamente a mesma que ado Vasco h dias atrs: zona de rebaixamento, eleies

    Joo Carlos Nbrega

    Oportunistas do caosno final de 2006. A situao conjuntural, muito pior:clube endividado at a testa, com o triplo de aes tra-balhistas que tem o Vasco, insolvncia fiscal, patri-mnio inexistente, jogadores de vitrine cujos contra-tos no prevem nem multa por resciso.

    Nenhuma linha questionando gesto. Nenhuma edi-torial falando em eleio 2006. Nenhum grupo de opo-sio opinando ao sabor dos ventos. Nenhum profis-sional arejado dando pitacos acadmicos. Nenhumdossi. Enfim, um cuidado solene que vale como umrecado passado pela imprensa esportiva a ns: Vas-co em baixa, martelada na cabea; Flamengo em bai-xa, cama elstica.

    O alvo dessa diferenciao facilmente identifica-do. Ataca-se um modelo dito retrgrado por no ad-mitir o clube-empresa, o que contraria diversos inte-resses de alguns espertalhes, enquanto se preservaum discurso, o discurso do atual presidente do Fla-mengo, defensor aparente do clube-empresa, muitoembora nem o senhor Mrcio Braga e nem os acad-micos consigam explicar para ns como seria a mgi-ca de fazer uma empresa nascer quebrada. Vida quesegue.

    A tur ma da oportunidade de ouro j est contan-do com a ajuda significativa da imprensa, que faz umacampanha direcionada clara. Assim continuar a serno prximo ano, ano eleitoral. Ao vascano comumvale a anlise fria dos fatos com alguns questionamen-tos: Por que assim? Quais as verdadeiras intenesde quem est por trs disso? Por que a discriminaoentre Vasco e Flamengo num tratamento que deveriaser pautado pela isonomia? As respostas no virocom palavras, viro com a identificao que devemosfazer dos intere$$e$ que motivam todo o jogo de cena.

    A turma da oportunidade de ouro j est con-

    tando com a a juda s ign i f i ca t i va da imprensa, que

    faz uma campanha di rec ionada c lara. Ass im cont i -

    nuar a ser no prx imo ano, ano e le i tora l .

  • 14 Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    Fbio Barbosa

    - O maior problema das equipes do Cam-peonato Brasileiro (como em todo o fute-bol mundial) ataque. Uma equipe sem1

    ataque dificilmente consegue chegar longe em al-guma competio. O Vasco possui um dos artilhei-ros do campeonato (Alex Dias) e Romrio o seguede perto. Temos o quarto ataque mais positivo.

    2 - No sentimos mais a falta de um camisa 10. Com Morais e Fer-nandinho, o ataque fica bem municiado, como podemos verificarnos gols a favor.

    3 - Uma defesa pode ser arrumada e corrigida no decorrer de um campe-onato. Como um setor que depende muito mais de colocao ttica,trabalho de treinador e treinamento do que a fina flor do talento (noquero dizer a histrica frase de que beque qualquer um serve). Porm, natural que uma boa defesa dependa muito mais de fatores coletivos doque somente o talento individual do atleta.

    4 - O campeonato est perde e ganha. O prprio lder do campeona-to tem 11 vitrias mas tem mais da metade em derrotas (6). No mo-mento o ltimo classificado pra Sul-Americana conseguiu apenas 50%dos pontos disputados.

    5 - Os salrios esto em dia. Essa informao dispensa maiores co-mentrios.

    6 - Comisso tcnica e jogadores esto unidos. Esse o princpiofundamental para a formao do que se pode chamar de grupo. Dessaforma o trabalho se desenvolver muito mais rpido e com muitomais qualidade.

    7 - As condies de treinamento oferecidas pelo Vasco esto entre asprimeiras do Brasil. Com isso qualquer trabalho bem executado trarconseqncias positivas rapidamente.

    8 - A diretoria continua buscando reforos de qualidade para o setor de-fensivo, que o mais carente do time. Junto a um bom trabalho, solucio-naremos esse problema rapidamente.

    9 - A torcida acordou. Por causa da ameaa precoce de rebaixamento atorcida resolveu se fazer presente. So Janurio cheio, mesmo entre pro-testos e incentivos, So Janurio cheio, repleto de vascanos, comouma grande corrente a favor e que mexe com os brios dos atletas.

    10 - O Vasco o time da virada!

    Fernando DArribada

    vascano antes de tudo um inveteradoapaixonado pelo clube. A grande presenada torcida nos jogos do atual campeonatoO

    brasileiro, apesar dos seguidos insucessos do time,no deixa dvida sobre a fora desse sentimento. Senem o desnimo causado por derrotas vexatriasconseguiu afastar a torcida, bastaram apenas duasvitrias consecutivas sobre Figueirense e Paysan-du para adicionar fidelidade dos torcedores o tem-pero da euforia.

    Mas, sensatos, os vascanos ainda hesitam antes de sonhar com algomais na competio. Uma vaga na Libertadores parece muito difcil, e ottulo, por ora, impossvel. Contudo, mesmo aqueles que andavam afasta-dos da Colina j comeam a percorrer o caminho de volta.

    - Al, Fernando! A lata de Nescau t na mo, pra gente ver o Vascodepenar o Galo!

    Depois de ouvir aquela voz h muito ausente, boquiaberto, perguntei:- Voc t vivo... Vai mesmo?O empolgado do outro lado da linha, respondeu: claro, p!.Os egressos do sof me fizeram refletir sobre as razes de tamanho entu-

    siasmo, j que o futebol do Vasco vive tempos difceis, de alegrias escassascomo doses homeopticas de um remdio que pinga com a pequena fre-qncia permitida por um conta-gotas de orifcio obstrudo. Esse entusi-asmo atende pelo nome de Alex Dias. O artilheiro tem sido um antidepres-sivo farto e eficaz para mitigar a tristeza do torcedor cruzmaltino. O Panta-neiro consegue honrar a tradio de artilheiros do clube na histria doBrasileiro, fazendo gols que refrescam e arrebatam a alma como pingosabundantes de uma forte chuva no escaldante vero.

    Por isso, se coletivamente o time ainda deixa muito a desejar pelos cons-tantes enxertos e amputaes no elenco ao longo do campeonato, uma ci-randa que tem se repetido nos ltimos anos e compromete o sonho de con-quistas maiores, o vascano tem motivos de sobra para torcer e se entusi-asmar com os gols do indefectvel Alex Dias, que assim evitar o pesadeloda segunda diviso e far com que o clube tenha pela stima vez, em 35anos de disputa, o artilheiro da competio, escrevendo seu nome numaseleta galeria, ao lado de Roberto (74-84), Paulinho (78), Bebeto (92), Ed-mundo (97) e Romrio (2001) o que seria um recorde absoluto, uma vez queo concorrente mais prximo do Vasco o Atltico Mineiro, clube que fez ogoleador em cinco ocasies.

    O indefectvel, aquele que nunca nos deixa em falta, o nosso Alex detodos os Dias, sempre presente de corpo, alma e gols, transpirando garra esuor em todas as partidas do time, sem falhar uma nica vez, mais um dosnossos dolos de todos os anos, a cereja no bolo de aniversrio do nossoamado Club de Regatas Vasco da Gama, que chega aos 107 anos, no dia 21/08/05, como o clube que, nas ltimas dcadas, mais premiou a sua torcidacom jogadas e gols de dolos que alcanaram consagrao nacional e inter-nacional, uma lista interminvel como rezar um tero.

    Ento, certos de que So Janurio interceder pelo perdo da nossa he-resia, rezemos todos juntos antes de cada partida:

    Alex Dias que estais no campoAbenoadas sejam as vossas conclusesVenham a ns os vossos golsSejam feitos segundo a sua vontadeAssim na cabea como nos psOs pontos nossos de cada rodada nos dai hojePerdoai-nos as nossas ofensas ao time, assim como ns perdoamos a en-

    carnao dos torcedores alheios que nos tem ofendidoE no nos deixeis cair em depresso, mas livrai-nos das derrotasAmm!

    Depois segue-se o mantra: AAAAA-L-X... DIAS! DIAS!

    10 Razes pra pensar emCopa Internacional em 2006

    O Alex nosso de todos os Dias

    no Rdio

    O programa

    esportivo 101%

    vascano .

    Entrevistas

    exclusivas com

    jogadores, tcnicos

    e dirigentes.

    Apresentao: Eduardo Lopes

    Segunda-feira - 20h - RdioBandeirantes AM 1360 kHz

  • 15Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    Eduardo Maganha

    e alguns anos pra c, o movimento deoposio do Vasco vem desenvolvendona imprensa um trabalho extremamen-D

    te nocivo ao clube. O objetivo construir e sus-tentar uma imagem negativa da instituio, fa-zendo com que empresas desistam de assinarparcerias ou patrocnios com o Vasco, inviabi-lizando-o financeiramente.

    A ttica utilizada jogar no ventilador meiasverdades ou mentiras completas para a mdia divulgar, sempre di-recionando o ataque administrao do presidente Eurico Miran-da. Depois, na maior cara de pau, utilizam o discurso que "o Vascotem uma imagem negativa por causa do Eurico".

    Esse CRIME contra o Vasco comea no campo poltico e acabaenfraquecendo os cofres do clube, afetando seu desempenho espor-tivo. A conseqncia desse trabalho de "assessoria de imprensa anti-Vasco" prestado pela oposio o verdadeiro responsvel por notermos patrocnios desde o ano 2000.

    Mesmo com o grande mercado publicitrio voltado para o estadode So Paulo, a marca Vasco continua despertando interesse. Empre-sas como a Volskwagen, Siemens, TIM, entre outras, chegaram a ne-gociar patrocnios com o clube nos ltimos meses. Mas sempre que ocontrato estava prestes a ser assinado, uma capa de jornal do O GLO-BO, ou O DIA, ou LANCE, ou JB, se utilizando dos servios prestadospela oposio, afastava qualquer chance do acordo ser firmado.

    Ano aps ano, o Vasco vem tendo a maior ou uma das maioresexposies de mdia do futebol brasileiro. Com isso, Diretores /Superintendentes / Vice-Presidentes de Marketing de grandes em-presas visualizam a oportunidade de anunciar suas marcas ou pro-dutos na camisa cruzmaltina e procuram o Vasco. As negociaesseguem at a primeira bomba de notcia negativa ser lanada naimprensa: EURICO DEPE NA POLCIA FEDERAL, FRAUDENAS ELEIES DO VASCO, ou BALANO DO VASCO SOB IN-VESTIGAO.

    Com isso, o tal responsvel pela rea de Marketing da potencialpatrocinadora pula fora. Mesmo que ele seja vascano, no tem co-ragem de sentar na sua reunio de Diretoria e informar que estfechando um negcio de meio milho de reais por ms com um clu-be que acaba de aparecer com manchetes garrafais sensacionalis-tas nos jornais. No importa se o que foi veiculado verdade oumentira, pois o povo brasileiro no questiona o que sai na impren-sa. Acredita e pronto!

    A turma da oposio, que diz querer tirar o clube dessa situao, justamente a responsvel por inviabliz-lo financeiramente. A ima-gem negativa do Eurico foi criada pela Globo em 2001, mas o movi-mento de oposicionistas que teima em aliment-la dia aps dia. Comisso, patrocnios no so fechados e o clube no tem dinheiro paracontratar 5 ou mais jogadores acima da mdia, sem poder repetir asSele-Vascos que o Eurico montou nas ltimas dcadas.

    A inteno dos oposicionistas enfraquecer o Eurico ao mximo,para derrot-lo nas prximas eleies. S que para enfraqueceremo Eurico, eles vm prejudicando o Vasco atravs da imprensa. Serque nas eleies de 2006, a maioria do quadro social do Vasco vaidar a presidncia do clube para esse grupo oposicionista que traba-lhou CONTRA O VASCO nos ltimos anos? Ser que esse o prmiopara qualquer um que decidir ficar repetindo mentiras na impren-sa? Se a maioria dos scios entender que essa oposio no dignada presidncia do clube, ser que o MUV vai partir para mais 3anos de linchamento do Vasco na mdia?

    Entendo, e at aceito, que essa gente no esteja disposta a colabo-rar com o clube. Afinal, eles tm toda a liberdade para no quererajudar. Porm, no tm o direito de atrapalhar!

    A oposio AO VascoJoo Carlos Nbrega

    m nmero recente causou surpresa.Ele foi pouco divulgado porque noatende aos interesses e objetivos deU

    quem deveria divulgar por obrigao profis-sional. A pouca divulgao na imprensa con-vencional vem acompanhada de susto. Aque-les que se arriscaram a buscar respostas esta-vam, em pouco tempo, envoltos com mqui-nas de calcular e teorias sociolgicas. No to simples explicar o stimo lugar parcial do Vasco em mdia depblico no Brasileiro de 2005. ainda mais difcil entender ejustificar que o Vasco esteja frente de muitos dos "trens paga-dores" cantados em prosa e verso pela mdia especializada.

    No ano passado, bem como no ano retrasado, as teses multipli-caram-se. Todas elas apontavam numa direo: time ruim noleva pblico, diretoria retrgrada no merece apoio, clube deca-dente perde torcida. Em nenhum momento foram levados emconsiderao dois aspectos que, em combinao, poderiam darorigem aos resultados fracos em relao presena da torcidavascana nos jogos. A conseqncia disso o esboo de mais ummico da imprensa esportiva na anlise afoita (e revanchista)dos fatos.

    O primeiro destes aspectos nunca considerado elementar. Boaparte do turno do Campeonato Brasileiro 2005 no teve rodadasintermedirias. Tanto em 2004 quanto em 2003, o Vasco mandouseus jogos no Rio de Janeiro preponderantemente nos meios desemana, noite. A influncia disso numa cidade sitiada comoesta inegvel.

    O outro aspecto , de certa forma, conseqncia do primeiro.Baratearam os ingressos. O futebol a um real, subsidiado peloGoverno do Estado, no deixa de ser uma resposta sincera, ummea culpa de quem incapaz de garantir segurana ao cidadocomum. Oferece-se, ento, algo semelhante a um seguro de vidaonde a aplice vale nove reais. Com o ingresso a dez, ningumsaa de casa. Com o ingresso a um, j vale o risco para muitos. Oscaminhos podem ser tortuosos, a estratgia populista, a visolimitada, mas no se pode negar: surte efeito.

    E assim, com jogos em fins de semana e parcela de ingressos aum real, o Vasco desmonta, e isso o que vale aqui, as teorias dossabiches. Os problemas no so time ruim, diretoria retrgra-da, clube decadente. A paixo do verdadeiro torcedor impedeque ele se afaste do estdio por causa, apenas, de circunstnciaspassageiras. Afinal, amanh as vitrias voltam e tudo passa a sermaravilhoso novamente. Ao contrrio, em tempos difceis, mui-tos se negam a abandonar a sua paixo, querem estar prximos,como se esta proximidade fosse capaz de evitar a crise, o resulta-do ruim, a queda na tabela. O que afasta o torcedor o medo donibus, do tnel, da blitz falsa, da bala perdida, do assalto e daviolncia estpida, exatamente no dia em que ele saiu de casapara se divertir, possibilidade cada vez mais rara no Rio de Janei-ro. E pagar para se arriscar s faz sentido, s vezes, se for pouco.

    Trabalho de casa, portanto, para a imprensa esportiva: o timedo Vasco, que passou por serssimas dificuldades no certame de2005, dificuldades ainda maiores do que em 2003 e 2004, anos-base das estatsticas dos "doutores", leva mais pblico ao est-dio do que a maior parte dos grandes clubes brasileiros, muitosdeles em posio muito melhor na competio. Fator de comple-xidade: mesmo levando torcida ao estdio, o Vasco o segundona venda de pacotes de PPV, o que parece uma contradio. Fa-vor explicar as informaes supracitadas. Como o trabalho decasa e, conseqentemente, com consulta, segue a referncia:www2.uol.com.br/cbf/2005/brasileiro/doca/estatsticas.htm.

    Um fenmeno chamado fidelidade

  • 16 Agosto de 2005 /Jornal do CASACA! www.casaca.com.br

    Fotogaleria

    Vitor Pinheiro, Carolline e Camille (Kearny, New Jersey - EUA)

    Rafael Accacio (Vista Alegre-RJ)

    Pai Santana, sempre presente em So Janurio Marcos Jnior, Renta Assef e Gulherme - Natal-RN

    Dirigentes do futsal do Vasco com o artilheiro Felipedo futsal Mirim

    Thiago, Marisa, Fabiana e Rodrigo (Brasilia-DF)